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Barragem Brejão - CPRH - Governo do Estado de Pernambuco

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RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA | BARRAGEM BREJÃODurante as etapas <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s e trabalhos <strong>de</strong> campo foi constata<strong>do</strong> que o principalaquífero presente na ADA e na AID é <strong>do</strong> tipo fissural neste tipo <strong>de</strong> aquífero, a água subterrânea encontra-selimitada aos espaços fratura<strong>do</strong>s, com toda a circulação da água subterrânea ocorren<strong>do</strong>através <strong>de</strong> estruturas como geológicas como falhas, fraturas ou diáclases. Esse tipo <strong>de</strong> aquíferocaracteriza-se por sua alta heterogeneida<strong>de</strong>, anisotropia e <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> apresentarreduzida capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infiltração e armazenamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à inexistência <strong>de</strong> espaçosvazios intergranulares, ou poros, como ocorre nas rochas sedimentares.Durante a etapa <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s foram encontra<strong>do</strong>s 61 poços cadastra<strong>do</strong>s no banco <strong>de</strong>da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> IPA (Instituto Agronômico <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>) e 5 poços cadastra<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> o banco <strong>de</strong>da<strong>do</strong>s da APAC(Agência Pernambucana <strong>de</strong> Águas e Clima) na Bacia Hidrográfica GI-1. No entanto<strong>de</strong>ntro da ADA não havia nenhum poço cadastra<strong>do</strong>. Durante a etapa <strong>de</strong> campo foi observa<strong>do</strong> queexistem 4 poços na ADA, esses poços encontram se em má condições <strong>de</strong> manutenção e corroborama idéia <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecimento para o publico local através <strong>do</strong> uso <strong>de</strong>ssa recurso. A implantaçãoda barragem trará uma melhora consi<strong>de</strong>rável no abastecimento <strong>de</strong> água.Com base nos da<strong>do</strong>s geológicos, estruturais e hidrogeológicos somos capazes <strong>de</strong> afirmar que á áreadiretamente afetada é a<strong>de</strong>quada para o empreendimento da barragem a ser implantada na mesmaárea.O eixo barrável será implanta<strong>do</strong> sobre rochas <strong>do</strong> Complexo Belém <strong>de</strong> São Francisco em uma áreaestável on<strong>de</strong> não foi i<strong>de</strong>ntificada pela equipe <strong>de</strong> geologia e recursos hídricos subterrâneos nenhumaestrutura geológica que impossibilite tal implantação. A área a ser alagada apresenta um aquíferofissural que terá sua recarga beneficiada pelo aporte <strong>de</strong> água que estará em contato direto com asfissuras.As águas superficiaisO Riacho Seco é o principal afluente <strong>do</strong> rio Paraíba, um rio <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio da União que atravessa osesta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> e Alagoas, pertencente à Bacia GI-1 (Grupo <strong>de</strong> Bacias <strong>de</strong> Pequenos RiosInteriores 1). O Riacho Seco serve como divisa natural entre os municípios <strong>de</strong> Bom Conselho e Lagoa<strong>do</strong> Ouro, e entre Brejão e Terezinha. Sua nascente localiza-se entre os limites <strong>do</strong>s municípios<strong>de</strong> Caetés e Capoeiras, e em seu percurso até o rio Paraíba não atravessa nenhum núcleo urbano.A bacia abrange 10 municípios <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, <strong>do</strong>s quais apenas Terezinha estátotalmente inseri<strong>do</strong> no GI-1. Os municípios <strong>de</strong> Bom Conselho, Brejão e Paranatama possuemsua se<strong>de</strong> no grupo, enquanto Caetés, Capoeiras, Garanhuns, Iati, Lagoa <strong>do</strong> Ouro e Saloá estãoparcialmente inseri<strong>do</strong>s (PERNAMBUCO, 2006).Na Bacia GI-1 existem quatro postos pluviométricos, localiza<strong>do</strong> nos municípios Lagoa Gran<strong>de</strong>,Brejão, Terezinha e Paranatama e apenas estes três últimos encontram-se inseri<strong>do</strong>s na AID(AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA, 2012).A região apresenta seis meses chuvosos (março, abril, maio, junho, julho e agosto) e seis mesessecos (setembro a fevereiro). O trimestre mais chuvoso correspon<strong>de</strong> ao perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> maio-junhojulho,com precipitação média acumulada em torno <strong>de</strong> 388 mm.Na AID da <strong>Barragem</strong> Brejão, verifica-se que o principal uso das águas superficiais é para oabastecimento público, como também para a agropecuária com a criação <strong>de</strong> bovinos (corte eleiteiro) e avicultura. Além <strong>de</strong>sses os cultivos <strong>de</strong> café e feijão e <strong>de</strong> subsistência, assim como para<strong>de</strong>sse<strong>de</strong>ntação animal.36Também foram i<strong>de</strong>ntificadas ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>mésticas, tais como: pesca, lavagem <strong>de</strong> roupas, louçase banho. Verificou-se, ainda a inexistência o uso da água para navegação, turismo e geração <strong>de</strong>energia elétrica.

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