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Barragem Brejão - CPRH - Governo do Estado de Pernambuco

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RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA | BARRAGEM BREJÃOmorcegos <strong>do</strong> Brasil e 23,61% daquela indicada para <strong>Pernambuco</strong>, e 32 <strong>de</strong> mamíferos terrestres –Di<strong>de</strong>lphimorphia – Di<strong>de</strong>lphidae (3 spp.), Primates – Cebidae (1 sp.), Lagomorpha – Leporidae (1sp.), Carnivora - Canidae (1 sp.), Mustelidae (02 spp.), Mephitidae (1 sp.), Procyonidae (1 sp.),Ro<strong>de</strong>ntia – Cricetidae (14 spp.), Caviidae (2 spp.) e Echymiidae (2 spp.), os quais perfazem 4,69%da riqueza <strong>do</strong> Brasil e 21,05% da riqueza <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.Dentre as espécies <strong>de</strong> mamíferos terrestres e ala<strong>do</strong>s registradas para toda a região abrangida peloempreendimento, foram i<strong>de</strong>ntificadas três espécies endêmicas (K. rupestres, W. pirrhorrhinus eC. jacchus), duas espécies <strong>de</strong>ficientes em da<strong>do</strong>s (L. longicaudis e P. lamarum) (IUCN, 2011), umaameaçada <strong>de</strong> extinção (M. ruber) (Chiarello et al., 2009) e cinco inseridas nos apêndices I (L. longicaudis),II (Cer<strong>do</strong>cyon thous, Puma yaguaroundi e Callithrix jacchus) e III (Nasua nasua) da CITES(2011). Sen<strong>do</strong> seis para a Área <strong>de</strong> Influência Indireta (K. rupestres, W. pirrhorrhinus, C. jacchus, P.lamarum, Cer<strong>do</strong>cyon thous e Callithrix jacchus), três para a Área <strong>de</strong> Influência Direta (Puma yaguaroundi,L. longicaudis, C. jacchus) e três para a Área Diretamente Afetada (Cer<strong>do</strong>cyon thous, Pumayaguaroundi, Nasua nasua).Todas as <strong>de</strong>mais apresentam ampla distribuição geográfica, ocorren<strong>do</strong> em gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste,em especial na Mata Atlântica, áreas <strong>de</strong> transição entre Mata Atlântica e Caatinga, áreas <strong>de</strong>Caatinga, áreas <strong>de</strong> Brejo <strong>de</strong> Altitu<strong>de</strong> e áreas urbanizadas. Destas, o morcego-fruteiro A. planirostris(Spix, 1823), <strong>de</strong>staca-se como a espécie <strong>de</strong> morcego mais comum na região Nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil, aqual já foi assinalada para 92 localida<strong>de</strong>s distribuídas entre os nove esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ssa macrorregião,<strong>de</strong>ntre as quais 18 são em <strong>Pernambuco</strong>.Quanto ao uso pelas comunida<strong>de</strong>s circunvizinhas, <strong>de</strong>staca-se o tatu-peba (Eufractus sexcinctus)como aquele mamífero mais aprecia<strong>do</strong> na alimentação e alvo das caçadas, que ainda persistem naregião, e são realizadas por mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> outras localida<strong>de</strong>s. As sessões <strong>de</strong> caça <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> comrelatos <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res locais acontecem, geralmente, à noite, já que os caça<strong>do</strong>res visam evitar oconfronto direto com os aqueles mora<strong>do</strong>res que não permitem tal ativida<strong>de</strong> no perímetro das suasproprieda<strong>de</strong>s.Outros tipos <strong>de</strong> interações entre as comunida<strong>de</strong>s humanas e mastofauna local como o prejuízo asplantações e aos animais <strong>de</strong> criação por eventos <strong>de</strong> herbivoria e predação, <strong>de</strong>correntes da invasão<strong>de</strong> roça<strong>do</strong>s, plantações <strong>de</strong> feijão por coelhos-<strong>do</strong>-mato (Sylvilagus brasiliensis) na ADA, e a predação<strong>de</strong> raposa (Cer<strong>do</strong>cyon thous) e gambá <strong>de</strong> orelhas brancas (Di<strong>de</strong>lphis albiventris) sobre os filhotes <strong>de</strong>aves <strong>do</strong>mésticas (galinhas – Galus <strong>do</strong>mesticus) foram também observa<strong>do</strong>s na ADA e AID. A <strong>do</strong>mesticação<strong>de</strong> mamíferos silvestres não foi registrada na área.No geral, observa-se que apesar da riqueza expressiva <strong>de</strong> mamíferos registrada in situ e, <strong>do</strong> fato <strong>de</strong>algumas espécies estarem arroladas nas listagens <strong>do</strong> IBAMA (2009), IUCN (2011) e CITES (2011),tal situação não representa obstáculo à implementação da obra planejada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seja operacionalmenteefetuada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> critérios e ações que possibilitem a conservação das populaçõeslocais e circunvizinhas, bem como o menor nível possível <strong>de</strong> estresse aos animais. E, haja medidas<strong>de</strong> resgate e translocação <strong>de</strong>sses mamíferos das áreas alagáveis para ambientes a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s a sobrevivênciadas espécies, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as exigências ambientais <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las e a capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> suporte ecológico daquelas áreas, avaliadas em estu<strong>do</strong>s prévios, para on<strong>de</strong> os espécimes serão<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s.40Quanto aos morcegos associa<strong>do</strong>s ás áreas estudadas, estes po<strong>de</strong>m ser compeli<strong>do</strong>s a buscar outraspotenciais fontes <strong>de</strong> alimento e abrigo na região, uma vez que estes apresentam um gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<strong>de</strong> vagilida<strong>de</strong> e dispersão através <strong>do</strong> voo. Sen<strong>do</strong>, portanto, ações <strong>de</strong> monitoramento, com enfoquenos hematófagos, uma vez houve relatos <strong>de</strong> ataques <strong>de</strong>sses morcegos, D. rotundus e D. ecaudata,as aves, bovinos e equinos, para se ter uma noção <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> impacto que a instalação <strong>de</strong>sseempreendimento terá sobre essas populações, as quais po<strong>de</strong>m potencialmente contribuir para aocorrência <strong>de</strong> um maior número <strong>de</strong> agressões a animais <strong>de</strong> criação, <strong>do</strong>mésticos e, eventualmente,seres humanos, em outras áreas.

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