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Edima Aranha Silva - Campus de Três Lagoas

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Nesse sentido, a <strong>de</strong>finição da proprieda<strong>de</strong> da terra não ocorre apenas no espaçoagrário, mas também no espaço urbano, e, com a intensificação do processo <strong>de</strong>urbanização/industrialização, esta questão se intensifica (RODRIGUES, 1998).A intervenção do Estado direta ou indiretamente, se torna necessária. Indiretamente,através do financiamento aos consumidores a as firmas construtoras, ampliando a <strong>de</strong>mandasolvável e viabilizando o processo <strong>de</strong> acumulação capitalista e, diretamente, o próprio Estado é oprodutor das unida<strong>de</strong>s habitacionais.Para Gomes (2002) é inegável, no entanto, que a intervenção do Estado em termos <strong>de</strong>habitação <strong>de</strong> interesse social, possibilita algumas condições para a constituição <strong>de</strong> uma cidadaniareal, embora através <strong>de</strong>ssa intervenção se reproduza a oposição entre dominantes e dominados <strong>de</strong>forma mais complexa, compreen<strong>de</strong>ndo uma participação subordinada dos dominados.O recente programa fe<strong>de</strong>ral “Minha Casa, Minha Vida” é insuficiente do ponto <strong>de</strong>vista quantitativo, além <strong>de</strong> reproduzir a prática <strong>de</strong> periferização da pobreza, afastando ostrabalhadores do mercado <strong>de</strong> trabalho, por conseguinte, precarizando ainda mais sua vida, peloencurtamento do seu tempo e da sua renda. Dito <strong>de</strong> outro modo, gasta-se muito tempo nopercurso entre casa-trabalho, e mais, do já tão pouco, dinheiro com o transporte urbano.As políticas <strong>de</strong> urbanização planejadas e conduzidas pelo Estado, por meio <strong>de</strong>programas diversos, apenas atenuam as distorções no processo <strong>de</strong> urbanização das cida<strong>de</strong>s, poisas <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais presentes têm suas raízes na própria formação social e que é <strong>de</strong>correntedas relações sociais estabelecidas entre os moradores urbanos, não apenas em nível local e noespaço <strong>de</strong> moradia, mas fundamentalmente a partir das relações <strong>de</strong> trabalho. Pressupõe que aincapacida<strong>de</strong> do Estado em formular e implementar uma política habitacional consistente sejauma das causas da formação, expansão e consolidação <strong>de</strong> soluções informais <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>moradia, entre elas, o padrão periférico <strong>de</strong> crescimento da cida<strong>de</strong>.Para Rodrigues (1998), espacialmente mudam as características da habitação. Hágran<strong>de</strong> diferenciação entre as moradias dos bairros, tamanhos dos lotes, das construções, da“conservação”, <strong>de</strong> acabamento das casas, as ruas – pavimentadas ou não –, se há iluminação,esgoto, <strong>de</strong>ntre outros. Para se ter noção da segregação espacial urbana. Ao mesmo tempo, háespaços servidos <strong>de</strong> infra-estrutura e outros com gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocupação, mas comrarefação <strong>de</strong> serviços. Isto significa que “a diversida<strong>de</strong> não se refere apenas ao tamanho ecaracterísticas das casas e terrenos, mas à própria cida<strong>de</strong>” (I<strong>de</strong>m, p.11). É reflexo econdicionante das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, que se materializam na dinâmica territorial urbana.Há crise habitacional sempre que se consi<strong>de</strong>ra a incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagar doscompradores, quando o ritmo da urbanização é tanto, que o ritmo das construções <strong>de</strong> habitação406

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