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Edima Aranha Silva - Campus de Três Lagoas

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manifestação do urbano, caracterizada pela complexida<strong>de</strong> social, se revela contraditória, poisenquanto a maioria é empurrada para a periferia <strong>de</strong>sestruturada e <strong>de</strong>sassistida, alguns vivem emilhas <strong>de</strong> excelências (BHERING, 2002).De um lado, a segregação forçada e <strong>de</strong> outro, a auto segregação. É uma opção <strong>de</strong> seviver junto aos iguais, indiferentes à periferia dos pobres, on<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> famílias sereproduzem em exíguas moradias, sem escolas, unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e, distantes dos centroscomerciais. Para estes, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> multicentralida<strong>de</strong> é fábula. Conforme Santos (2002) é adisseminação <strong>de</strong> uma liturgia <strong>de</strong> anticida<strong>de</strong>.Nesse contexto, longe é um lugar que existe, diferentemente do que o clássico <strong>de</strong>Bach (1990) inspira, as relações sociais revelam que a tessitura <strong>de</strong>sse território se vinculatambém, às escalas tempo e espaço.É necessário a intervenção do Estado, pois este, enquanto agente or<strong>de</strong>nador doterritório precisa acomodar da melhor forma os trabalhadores migrantes, pois pressupõe queestes, assumem papel vital na economia local, como força <strong>de</strong> trabalho barata, inclusive. Noentanto, “sem medidas apropriadas para integração social, para a moradia e para a educação,parece ser difícil manter ou ampliar o papel produtivo dos trabalhadores e evitar confrontospolíticos”, enfatiza, Baltrusis (2007, p.3).A socieda<strong>de</strong> urbana industrial é concebida por um processo em que se explo<strong>de</strong>m asantigas formas urbanas, a concentração da população acompanha a dos meios <strong>de</strong> produção e otecido urbano prolifera. A dinâmica territorial se torna complexa e contraditória e seu conteúdosocial se expressa concretamente na periferia expandida, na proliferação <strong>de</strong> conjuntoshabitacionais, na formação <strong>de</strong> suntuosos condomínios fechados, <strong>de</strong>ntre outras possibilida<strong>de</strong>s.Essa dinâmica territorial da cida<strong>de</strong> que consiste em um conjunto <strong>de</strong> transformaçõesque a socieda<strong>de</strong> vivencia passará do período em que predominam “as questões <strong>de</strong> crescimento e<strong>de</strong> industrialização, ao período on<strong>de</strong> a problemática urbana prevalecerá; em que a busca dassoluções e das modalida<strong>de</strong>s próprias da socieda<strong>de</strong> urbana passará ao primeiro plano”(LEFEBVRE, 1999, p. 33).São inúmeras as necessida<strong>de</strong>s e carências enfrentadas pelos grupos sociaisenvolvidos na busca por melhores condições <strong>de</strong> vida e trabalho, sob efeito das contradiçõesexpressas na relação capital e trabalho, que abrange o modo <strong>de</strong> produção e institui ascontradições no interior dos aparelhos do Estado (BEGA SANTOS, 2008). A<strong>de</strong>mais, os moradoresora se territorializam ora se <strong>de</strong>sterritorializam por e a partir das questões relacionadas com o uso eocupação do solo, com a apropriação e distribuição da terra urbana e dos equipamentos urbanos coletivos.410

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