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Edima Aranha Silva - Campus de Três Lagoas

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limites da produção econômica, enquanto condição da produção/reprodução do capital [...](CARLOS, 2004, p. 140).Sobre os vazios urbanos, Rolnik (2010, p.10) <strong>de</strong>staca que ao mesmo tempo em que alógica <strong>de</strong> expansão horizontal urbana tem sido o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> urbanização da maioria dosmunicípios brasileiros, “um dos elementos que compõem esta lógica é a gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vazios urbanos em áreas consolidadas e a consolidar”. Essa é uma realida<strong>de</strong> também vivenciadaem Três <strong>Lagoas</strong>, que tem se acentuado ainda mais, nos últimos 5 anos.Com a intencionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se expandir a malha urbana, se constata a existência <strong>de</strong>terrenos urbanos vazios e sem função social no interior da cida<strong>de</strong>, os quais se formam comoresultado <strong>de</strong> “processos <strong>de</strong>sarticulados <strong>de</strong> aprovação <strong>de</strong> loteamentos ou práticas conscientes <strong>de</strong>especulação imobiliária e permanecem como resquícios internos à cida<strong>de</strong>, dificultando alocomoção urbana e subutilizando a infraestrutura investida ao longo <strong>de</strong>stas áreas” (I<strong>de</strong>m, p. 11).Nessa perspectiva, Rolnik (2010) se posiciona contra os vazios urbanos e apontarazões pelas quais se <strong>de</strong>ve combater essa prática, a fim <strong>de</strong>:Cumprir a função social da proprieda<strong>de</strong>;• Utilizar todo o potencial investido na infraestrutura urbana já existente;• Evitar <strong>de</strong>sarticulações viárias;• Evitar que estes locais se transformem em lixões, becos e ou terrenos baldios inseguros;• Evitar o uso especulativo da terra;• Promover a utilização a<strong>de</strong>quada dos espaços da cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> acordo com suas <strong>de</strong>mandas.Ora, se viver na cida<strong>de</strong> pressupõe, <strong>de</strong>ntre outros, o direito à moradia, enquantoterritório concebido e vivido, logo se concebe que muitos sujeitos urbanos se encontram<strong>de</strong>sterritorializados. O entendimento do território é que se trata <strong>de</strong> uma categoria geopolítica,cuja tessitura se dá pelas ações políticas e socioeconômicas e que remetem às relações <strong>de</strong> força epo<strong>de</strong>r. Para Santos (2007), o território é categoria fundante do trabalho; o lugar da residência,das trocas materiais e espirituais e do exercício da vida, e, quanto maior a complexida<strong>de</strong> dasrelações externas e internas requer maior controle e regulação: “[...] e se levanta a necessida<strong>de</strong>do Estado: o Estado e os limites, o Estado e a produção, o Estado e a distribuição, o Estado e agarantia do trabalho [...]” (Id., p. 16).A partir <strong>de</strong>sse pressuposto, se enten<strong>de</strong> que o território po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido nas suas<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s a partir da idéia <strong>de</strong> que “a existência do dinheiro no território não se dá da mesmaforma. Há zonas <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação e zonas <strong>de</strong> rarefação do dinheiro” (Ibid., p. 17). Ao configurarum dado território e nele estabelecer as relações <strong>de</strong> produção, as transações e a reprodução dosmeios produtivos, as empresas buscam o apoio do Estado.408

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