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Relatório da 3ª fase - Programa Local de Habitação - Câmara ...

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Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012Ficha técnicaCoor<strong>de</strong>nação política: Vereadora Helena RosetaCoor<strong>de</strong>nadora técnica: Dra. Maria Teresa CraveiroEquipa <strong>de</strong> Projecto do <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação:Eng.ª Ana RochaDra. Ana Lúcia AntunesDra. Anabela SantosArqt.ª Jaime FreitasArqt.ª Luis CorreiaDr. Paulo Silva SantosArqt.ª Maria João DuarteA<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> FirmoCapa:François Péchereau / André Ferreira (Gabinete <strong>da</strong> Vereadora Helena Roseta)Assessoria:Arq. Miguel Graça ( Gabinete <strong>da</strong> Vereadora Helena Roseta)Agra<strong>de</strong>cem-se todos os contributos dos Serviços do MunicípioCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 3 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 20121. PreâmbuloO <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação <strong>de</strong> Lisboa não é um programa sectorial <strong>de</strong> habitação, pois contempla algunsobjectivos que extravasam, em si, a Habitação, pelo que é “um projecto estratégico para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>”. O facto<strong>de</strong> integrar o conceito mais vasto <strong>de</strong> Habitat, conforme refere o Plano Estratégico <strong>de</strong> Habitação 2008-2013,implica metodologias <strong>de</strong> Planeamento Estratégico, exigindo políticas públicas integra<strong>da</strong>s que envolvem ahabitação, o espaço público e equipamentos <strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Como faz notar GÜELL (2006) “a implementação é a etapa mais <strong>de</strong>cisiva <strong>de</strong> um plano estratégico”. Por isso,é <strong>de</strong> todo importante que no <strong>de</strong>correr do processo do PLH <strong>de</strong> Lisboa, a 3ª <strong>fase</strong> – Concretizar - surja comouma síntese a partir <strong>da</strong> monitorização <strong>da</strong> aplicação <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s propostas a título exemplificativo. Paratanto, efectuou-se um levantamento <strong>da</strong>s políticas e medi<strong>da</strong>s que foram executa<strong>da</strong>s e/ou testa<strong>da</strong>s ao longodo presente man<strong>da</strong>to, pelo Pelouro <strong>da</strong> Habitação, através duma articulação inter-pelouros, em re<strong>de</strong>, eajusta<strong>da</strong>s à actual reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, local e temporal, on<strong>de</strong> a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa se insere.É <strong>de</strong> salientar a articulação dos Objectivos Estratégicos do PLH e respectivas medi<strong>da</strong>s, com os diversosinstrumentos <strong>de</strong> gestão municipal – o Plano Anual <strong>de</strong> Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimentos e oOrçamento Municipal, implementação do QREN (Padre Cruz, Boavista e Mouraria) -, com os instrumentos<strong>de</strong> gestão territorial - com <strong>de</strong>staque para o Plano Director Municipal, em <strong>fase</strong> <strong>de</strong> revisão, e a Estratégia <strong>de</strong>Reabilitação para Lisboa 2011-2024, ain<strong>da</strong> em conclusão - e, ain<strong>da</strong> com os diversos RegulamentosMunicipais, o que implicou o acesso e tratamento transversal <strong>de</strong> um conjunto alargado <strong>de</strong> informaçõesinternas e externas, numa abor<strong>da</strong>gem transdisciplinar.Realça-se, ain<strong>da</strong>, o diálogo com as diversas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas e priva<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> que se salienta a constituiçãodo Conselho Municipal <strong>da</strong> Habitação (Proposta n.º 83/2011, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Fevereiro, aprova<strong>da</strong> em 23 <strong>de</strong> Março<strong>de</strong> 2011) na perspectiva <strong>da</strong> construção <strong>de</strong> sinergias entre diversas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s e parceiros, que no actualcontexto sócio-económico se <strong>de</strong>seja incrementar, realçando a multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> programas e acções(exemplo: Regulamentos e <strong>Programa</strong> BIP/ZIP, etc…) e que têm vindo e virão a contribuir para atransparência política municipal <strong>de</strong> habitação no actual man<strong>da</strong>to.Por último, e não menos importante, salienta-se o <strong>de</strong>sfio <strong>da</strong> participação dos ci<strong>da</strong>dãos, nas diversaspolíticas e programas do Pelouro <strong>da</strong> Habitação, com realce para o <strong>Programa</strong> dos BIP/ZIP, assim como orecurso ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um processo participativo que extravasa a “mera divulgação dosdocumentos sobre consulta”.A esta prática acresce ain<strong>da</strong> os importantes resultados <strong>da</strong>s Reuniões Descentraliza<strong>da</strong>s, do OrçamentoParticipativo, Agen<strong>da</strong> 21 <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Lisboa, em curso, que irão consoli<strong>da</strong>r a participação prepositiva no Po<strong>de</strong>r<strong>Local</strong> em Lisboa que se preten<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> mais participativo.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 4 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 20122. EnquadramentoEm Portugal, o Ministério <strong>da</strong>s Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, Or<strong>de</strong>namento do Território e Ambiente, ao lançar o PlanoEstratégico <strong>de</strong> Habitação (2008/2013) incorporou uma medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> acção a executar pelo po<strong>de</strong>r local – O<strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação (PLH) – para aprofun<strong>da</strong>r e realizar as respectivas medi<strong>da</strong>s. Lamentavelmente,não houve continui<strong>da</strong><strong>de</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>stes instrumentos por parte do Ministério, no entantoLisboa, capital do país, foi o primeiro município a <strong>de</strong>senvolver este instrumento.No entanto, optou por ultrapassar um mero plano sectorial <strong>da</strong> habitação convertendo este <strong>de</strong>safio numPlano Estratégico <strong>de</strong> 2ª geração, com o recurso a diversas ferramentas <strong>de</strong> participação - participaçãofocaliza<strong>da</strong> e a avaliação multicritério - procurando que a hierarquização <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e a i<strong>de</strong>ntificaçãodos eixos <strong>de</strong> intervenção do PLH <strong>de</strong> Lisboa respon<strong>de</strong>ssem ao maior <strong>de</strong>safio <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>:implementar, <strong>de</strong> uma forma incrementalista, o paradigma do Desenvolvimento Sustentável.Consi<strong>de</strong>ra-se que a experiência <strong>de</strong> Lisboa, por ter articulado diversas políticas no âmbito <strong>da</strong> Governação eao criar a Equipa <strong>de</strong> Projecto do PLH, preten<strong>de</strong> não só <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong><strong>de</strong> à implementação do <strong>Programa</strong>,como po<strong>de</strong>rá aju<strong>da</strong>r ain<strong>da</strong> a construir a troca <strong>de</strong> experiências, ensinamento e colaborações mutuas comoutros Municípios e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s (IHRU), contribuindo para cumulativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos instrumentos e <strong>da</strong>s políticasem Portugal.O Instituto <strong>de</strong> Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) elaborou o Plano Estratégico <strong>de</strong> Habitação(2008/2013), e nele estão previstos os <strong>Programa</strong>s Locais <strong>de</strong> Habitação (PLH), instrumentos queestabelecem a nível municipal ou intermunicipal uma visão estratégica para a Habitação, com <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>objectivos para a política <strong>de</strong> habitação local a 4-5 anos, interligando as diversas políticas <strong>de</strong> reabilitação e<strong>de</strong> reconversão urbana, entre outras.2.1. Cronologia dos Documentos do PLH aprovados pela CML e AML(ver propostas em anexo)Proposta 913/2008 – <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação – Metodologia – Em 22 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2008 foiaprova<strong>da</strong> pela Câmara Municipal a proposta <strong>de</strong> metodologia para a elaboração do PLH <strong>de</strong> Lisboa. Aproposta 913/2008, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprecia<strong>da</strong> pelas Comissões Permanentes <strong>de</strong> Urbanismo e Mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>Habitação, Reabilitação Urbana e Bairros Municipais e <strong>de</strong> Administração, Finanças e DesenvolvimentoEconómico, foi aprova<strong>da</strong> pela Assembleia Municipal em 18 <strong>de</strong> Novembro. A metodologia aprova<strong>da</strong>implicava um processo participativo, <strong>de</strong>senvolvido em 3 <strong>fase</strong>s – Conhecer, Escolher e Concretizar.Propostas 914/2008 e 914-A/2008 – Criação <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Projecto <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação. Em 22<strong>de</strong> Outubro a CML <strong>de</strong>liberou a aprovação e submissão à Assembleia Municipal, <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> uma Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 5 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012<strong>de</strong> Projecto <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação, a constituir por recursos internos <strong>da</strong> CML. Depois <strong>de</strong> aprecia<strong>da</strong>pelas Comissões Permanentes <strong>de</strong> Urbanismo e Mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> Habitação, Reabilitação Urbana e BairrosMunicipais e <strong>de</strong> Administração, Finanças e Desenvolvimento Económico, veio a ser aprova<strong>da</strong> pelaAssembleia Municipal em 18 <strong>de</strong> Novembro, publica<strong>da</strong> no Diário <strong>da</strong> República, II série, Número 238, <strong>de</strong> 10<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2008, com o número 29204/2008.Proposta 441/2009 - Matriz Estratégica do PLH <strong>de</strong> Lisboa para submissão a consulta pública – Foi aprova<strong>da</strong>pela CML em 20 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2009 e serviu <strong>de</strong> base ao questionário realizado durante a consulta pública,que <strong>de</strong>correu entre 21 <strong>de</strong> Maio e 21 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2009. Foram recebi<strong>da</strong>s 1.110 respostas ao questionáriosobre os objectivos do PLH e 310 comentários individuais escritos, para além <strong>de</strong> um comentárioinstitucional e <strong>da</strong> participação presencial <strong>de</strong> 120 pessoas nas 5 sessões públicas realiza<strong>da</strong>s.Proposta 619/2009 – Re-Habitar Lisboa - Proposta Estratégica do <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação <strong>de</strong> Lisboa –Esta proposta resultou <strong>da</strong>s alterações introduzi<strong>da</strong>s na Matriz Estratégica após a consulta pública e contémos objectivos e os programas e subprogramas <strong>de</strong> acção, bem como exemplo <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s a implementar.Foi aprova<strong>da</strong> pela CML em 22 <strong>de</strong> Julho e rejeita<strong>da</strong> pela Assembleia Municipal, <strong>da</strong><strong>da</strong> a proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>seleições, em 15 <strong>de</strong> Setembro.Proposta nº1115/2009 – Fixa os objectivos do <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação, retomando a proposta619/2009. Foi aprova<strong>da</strong> pela Câmara Municipal, já no novo man<strong>da</strong>to, a 11 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2009, eposteriormente pela Assembleia Municipal em 12 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2010.Proposta 253/2011 – Criação, em 26 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2011, <strong>da</strong> Equipa <strong>de</strong> Projecto do <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong>Habitação, na sequência <strong>da</strong> aprovação <strong>da</strong> nova orgânica municipal e no âmbito <strong>da</strong> nova Direcção Municipal<strong>de</strong> Habitação e Desenvolvimento Social.2.2. Processo <strong>de</strong> elaboração do <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação ( 1 )O PLH seguiu uma metodologia com três <strong>fase</strong>s sequenciais, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>s por: “Conhecer”, “Escolher” e“Concretizar”. As duas primeiras <strong>fase</strong>s já se encontram concluí<strong>da</strong>s. A 3.ª <strong>fase</strong> estabelece a concretizaçãodos “programas <strong>de</strong> acção <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente priorizados, estabelecendo as necessárias parcerias, elaborandocandi<strong>da</strong>turas a programas nacionais <strong>de</strong> financiamento e proce<strong>de</strong>ndo à indispensável inclusão no Plano <strong>de</strong>Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e Orçamento <strong>da</strong> CML.” Efectivamente, no <strong>de</strong>curso do actual man<strong>da</strong>to, <strong>de</strong>senvolveram-se eimplementaram-se as políticas e objectivos aprovados para o PLH, bem como projectos <strong>de</strong> acção que <strong>de</strong>les<strong>de</strong>correm, complementando-se e <strong>de</strong>senrolando-se em paralelo.1 Este capítulo foi a<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> um artigo apresentado 54th IFHP World Congress 2010 Porto Alegre (Brasil): “BuildingCommunities for the cities of the futures”; e intitulado “Avaliação Multicritério na Elaboração <strong>da</strong> Matriz Estratégica do<strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação <strong>de</strong> Lisboa” com Carlos António Bana e Costa; Maria Teresa Craveiro; Ana Sofia Rocha;João Bana e Costa;Paulo Silva Santos.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 6 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012A Metodologia do PLH, aprova<strong>da</strong> pela CML e pela AML, po<strong>de</strong> ser consulta<strong>da</strong> no site do PLHhttp://habitacao.cm-lisboa.pt .2.2.1. 1ª Fase: ConhecerDe Outubro <strong>de</strong> 2008 a Abril <strong>de</strong> 2009, <strong>de</strong>correu a <strong>fase</strong> <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> “Conhecer”, na qual se realizaramdiversos fóruns e workshops - “Fórum <strong>da</strong>s Juntas”, “Fórum dos Colaboradores <strong>da</strong> CML e EmpresasMunicipais” e “Habitação como um direito”-, com o objectivo <strong>de</strong> inquirir e recolher informação entre osvários parceiros <strong>da</strong> CML, como é o caso dos autarcas <strong>da</strong>s freguesias, dos serviços e empresas municipais,<strong>da</strong>s organizações <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil (inquilinos e senhorios), empresas e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s promotoras <strong>de</strong>habitação. To<strong>da</strong> esta informação trabalha<strong>da</strong> e sistematiza<strong>da</strong> serviu <strong>de</strong> base à avaliação multicritério,efectua<strong>da</strong> na 2.ª <strong>fase</strong>. Para <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong><strong>de</strong> ao trabalho foi, ain<strong>da</strong>, necessário realizar diversas sessões <strong>de</strong>participação com 14 membros <strong>da</strong> equipa do PLH e do DPE. Assim, este <strong>Programa</strong> foi elaborado segundouma metodologia mista <strong>de</strong> participação, ampla e aberta ao exterior na primeira <strong>fase</strong>, mais restrita einternaliza<strong>da</strong> na segun<strong>da</strong>.Criou-se, ain<strong>da</strong>, uma “Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Contactos” com o objectivo <strong>de</strong> facilitar a comunicação entre os váriosintervenientes e agilizar a realização <strong>de</strong> reuniões periódicas para efectuar o levantamento <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos eavaliar o progresso do trabalho, entre a Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Projecto do PLH e as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> AdministraçãoCentral, Serviços <strong>da</strong> CML, empresas municipais e outras. A sua constituição transversal foi um factor <strong>de</strong>relevância para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste <strong>Programa</strong>, consi<strong>de</strong>rado até inovador, uma vez que potencia osrecursos técnicos e valoriza o conhecimento existente na fragmenta<strong>da</strong> estrutura organizacional domunicípio (múltiplas direcções).Do conjunto <strong>da</strong>s diferentes percepções sobre a temática <strong>da</strong> Habitação resultou um diagnóstico evolutivo<strong>da</strong>s diversas políticas <strong>de</strong> habitação no município <strong>de</strong> Lisboa, ao nível <strong>da</strong> reabilitação do edificado, dofomento <strong>de</strong> Cooperativas <strong>de</strong> Habitação e do realojamento <strong>de</strong> população vivendo em barracas.Paralelamente, foi elaborado o Atlas do PLH, que consiste num estudo <strong>de</strong> caracterização, análise e ensaiourbanístico, e em que estão cartografados, em base geo-referencia<strong>da</strong>, <strong>da</strong>dos sobre o parque habitacional, apopulação e alguns indicadores económicos e fiscais relevantes.Realizou-se, ain<strong>da</strong>, um estudo <strong>de</strong> opinião sobre Habitação em Lisboa para aprofun<strong>da</strong>r e complementar onosso conhecimento sobre a temática <strong>da</strong> habitação, nomea<strong>da</strong>mente compreen<strong>de</strong>r o "êxodo" doshabitantes <strong>de</strong> Lisboa e conhecer a opinião dos resi<strong>de</strong>ntes e não resi<strong>de</strong>ntes sobre as questões <strong>da</strong> habitaçãona região, tendo em vista a obtenção <strong>de</strong> pistas para possíveis soluções capazes <strong>de</strong> inverter a situação.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 7 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012Com este estudo ficou <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver políticas <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> – “Equipar para morar” – e <strong>de</strong> melhorar as questões <strong>de</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>, com <strong>de</strong>staque para oestacionamento nos bairros para fixar ou atrair população.No estudo, as questões do ambiente, <strong>da</strong> poluição e <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do espaço público foram aponta<strong>da</strong>s comorazões para a saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> pela população <strong>de</strong> jovens adultos, o que implicaria, necessariamente, aintrodução <strong>de</strong> melhorias ambientais na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.No <strong>de</strong>curso <strong>da</strong> 1ª <strong>fase</strong> foi criado e posto a funcionar o site do PLH, em http://habitacao.cm-lisboa.pt, on<strong>de</strong>po<strong>de</strong>m ser consulta<strong>da</strong> to<strong>da</strong> a informação produzi<strong>da</strong> bem como to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>liberações municipais sobre atemática <strong>da</strong> habitação.Documentos produzidos na 1ª <strong>fase</strong> e disponíveis no site do PLH:• Relatório do Fórum <strong>da</strong>s Freguesias• Relatório do Fórum dos Colaboradores <strong>da</strong> CML e EM• Relatório do Workshop “Habitação como um Direito”• Relatório <strong>da</strong> 1ª <strong>fase</strong> do PLH – Conhecer, que inclui o Atlas do PLH com informação estatística àescala <strong>de</strong> quarteirão.2.2.2. 2.ª Fase: EscolherA <strong>fase</strong> <strong>de</strong> “Escolher” <strong>de</strong>correu <strong>de</strong> Março a Julho <strong>de</strong> 2009. Esta <strong>fase</strong> partiu <strong>da</strong>s conclusões retira<strong>da</strong>s doconhecimento adquirido na primeira <strong>fase</strong> e que foram apresenta<strong>da</strong>s e discuti<strong>da</strong>s com uma agentes eespecialistas na Conferência “Re-Habitar Lisboa”, realiza<strong>da</strong> em 6 <strong>de</strong> Março.I<strong>de</strong>ntificados os principais problemas e a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estruturar as políticas <strong>de</strong> habitação em Lisboa eavaliar os seus impactos, optou-se por <strong>de</strong>senvolver uma Avaliação Multicritério, recorrendo à abor<strong>da</strong>gemMACBETH, em vez <strong>de</strong> se utilizar apenas instrumentos <strong>de</strong> análise e síntese, já numa óptica do planeamentoestratégico <strong>de</strong> segun<strong>da</strong> geração.Tal como noutros casos complexos o processo multicritério <strong>de</strong>senvolveu-se numa série (14 no total) <strong>de</strong>“conferências <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão” com a participação <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> actores políticos e técnicos (14 membros <strong>da</strong>equipa do PLH e do DPE):Etapa <strong>de</strong> Estruturação: Primeiro, clarificaram-se, estruturaram-se e priorizaram-se os objectivosfun<strong>da</strong>mentais do PLH e os programas <strong>de</strong> acção para os alcançar.Etapa <strong>de</strong> Avaliação: De segui<strong>da</strong>, avaliaram-se a atractivi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos programas em ca<strong>da</strong> objectivo, o seubenefício global (aplicando o mo<strong>de</strong>lo multicritério) e a sua exequibili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Desse trabalho, resultou aconstrução <strong>de</strong> uma Matriz Estratégica <strong>de</strong> classificação dos programas em: Pérolas – os que melhorCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 8 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012cumprem os objectivos e que são mais fáceis <strong>de</strong> implementar; Ostras – que cumpririam bem os objectivosmas são mais difíceis <strong>de</strong> concretizar; Pães com Manteiga – <strong>de</strong> menor benefício mas fáceis <strong>de</strong> alcançar eElefantes Brancos – <strong>de</strong> menor benefício e exequibili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Etapa <strong>de</strong> Recomen<strong>da</strong>ção: O resultado final foi a construção <strong>da</strong> Matriz Estratégica, que foi submeti<strong>da</strong> aconsulta e posteriormente reformula<strong>da</strong> como Proposta Estratégica do PHL <strong>de</strong> Lisboa.Estrutura <strong>de</strong> Objectivos <strong>da</strong> PLHMissão: Re-Habitar LisboaObjectivos Gerais i<strong>de</strong>ntificados, subdivididos em oito Objectivos Fun<strong>da</strong>mentais:“Melhorar a Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>”;A - “Melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do parque habitacional”;B - “Melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> urbana e a coesão territorial”;C - “Promover a coesão territorial”;“Atrair Nova População”;D - “A<strong>de</strong>quar a oferta à procura <strong>de</strong> habitação”;E - “Poupar recursos”;“Passar <strong>da</strong> Crise à Oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>”;F - “Dar priori<strong>da</strong><strong>de</strong> à Reabilitação”G - “Garantir os solos necessários para Re-Habitar Lisboa”;H - “Promover a Administração Aberta”.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 9 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012Estes objectivos foram vali<strong>da</strong>dos na consulta pública, em que foi difundido um questionário utilizando umaescala <strong>de</strong> resposta com cinco níveis qualitativos, <strong>de</strong> concordância/discordância, do tipo Likert. Foramrecolhidos e analisa<strong>da</strong>s 1.100 respostas ao questionário, em papel e através do site do PLH.O conjunto <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s exemplificativas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> objectivo, num total <strong>de</strong> 132, foi reagrupado em 13<strong>Programa</strong>s <strong>de</strong> Acção e 6 Sub-<strong>Programa</strong>s, <strong>de</strong> acordo com o esquema seguinte.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 10 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012Note-se que, para além <strong>da</strong>s quatro classificações indica<strong>da</strong>s na figura resultantes <strong>da</strong> avaliação multicritério(“Pérolas”, “Ostras”, “Pães com manteiga” e “Elefantes brancos”) foi cria<strong>da</strong> uma nova classificação,<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> por “Tiros ao alvo”, porque as respectivas medi<strong>da</strong>s exemplificativas inci<strong>de</strong>m primordialmenteem um só objectivo fun<strong>da</strong>mental.2.3. Criação <strong>da</strong> Equipa <strong>de</strong> Projecto do <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> HabitaçãoNa distribuição <strong>de</strong> pelouros opera<strong>da</strong> pelo Despacho nº 166/P/2009, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Novembro, ficou <strong>de</strong>finido quea coor<strong>de</strong>nação do <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação no man<strong>da</strong>to 2009-2013 caberia ao pelouro <strong>da</strong> Habitação e<strong>de</strong>veria ser assegura<strong>da</strong> no quadro <strong>da</strong> Direcção Municipal <strong>de</strong> Habitação.Entretanto foi publicado o Decreto-Lei nº 305/2009, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Outubro, que previa a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> umarevisão <strong>da</strong> estrutura orgânica <strong>da</strong> CML até final <strong>de</strong> 2010. Assim foi aprova<strong>da</strong> pela CML e pela AML a novaOrgânica dos Serviços Municipais, (publica<strong>da</strong> através do Despacho nº 3683/2011 no Diário <strong>da</strong> República, IIsérie, nº 39, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> Fevereiro), cujo artigo 66º prevê a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> Equipas <strong>de</strong> projecto,“dota<strong>da</strong>s <strong>de</strong> man<strong>da</strong>tos temporários e precisos, com objectivos especificados, <strong>de</strong>finidos por <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong>Câmara Municipal”.Preten<strong>de</strong>-se com a “nova” orgânica ter um Município mais <strong>de</strong>sconcentrado, capaz <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r aos novos<strong>de</strong>safios que se colocam à ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, e mais próximo dos ci<strong>da</strong>dãos. Releve-se a importância <strong>da</strong><strong>da</strong> àscinco Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Intervenção Territorial e às competência atribuí<strong>da</strong>s em matéria <strong>de</strong> urbanismo, <strong>da</strong> gestãoCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 11 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012e manutenção do espaço público e <strong>de</strong> equipamentos locais e <strong>de</strong> intervenção comunitária que irãocontribuir para a coesão territorial <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.Assim, ao abrigo <strong>da</strong> nova Orgânica dos Serviços Municipais <strong>da</strong> Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa, foi aprova<strong>da</strong>através <strong>da</strong> Proposta 253/2011, a criação uma Equipa <strong>de</strong> Projecto para <strong>da</strong>r “continui<strong>da</strong><strong>de</strong> ao trabalho<strong>de</strong>senvolvido pela extinta Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Projecto do PLH” e para garantindo “a transferência <strong>de</strong> competênciase saberes especializados e multidisciplinares para a DMHDS, a quem cabe <strong>de</strong>senvolver e implementar o<strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação”, com efeitos a partir <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2011.Cabe a esta Equipa a elaboração do Relatório <strong>da</strong> 3ª <strong>fase</strong> do PLH e ao mesmo tempo a articulação dosObjectivos Estratégicos do PLH com os instrumentos <strong>de</strong> gestão municipal, nomea<strong>da</strong>mente o Plano Anual <strong>de</strong>Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimentos e o Orçamento Municipal, bem como com osinstrumentos <strong>de</strong> gestão territorial, com <strong>de</strong>staque para o Plano Director Municipal em <strong>fase</strong> <strong>de</strong> revisão. Estetrabalho implica o acesso e tratamento transversal <strong>de</strong> um conjunto alargado <strong>de</strong> informações internas eexternas e o permanente dialogo com diversas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas e priva<strong>da</strong>s, numa perspectiva <strong>de</strong>sinergias entre uma multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> programas e acções que <strong>de</strong>vem contribuir para a política municipal<strong>de</strong> habitação, à semelhança do que aconteceu durante a 1ª e 2ª <strong>fase</strong> do PLH. Preten<strong>de</strong>-se,simultaneamente, vir a criar as bases para uma efectiva monitorização e avaliação do PLH, com níveis <strong>de</strong>coor<strong>de</strong>nação interna e externa.AvaliaçãoMONITORIZAÇÃOFormulação, Avaliação e Selecção<strong>de</strong> Estratégias e <strong>Programa</strong>s <strong>de</strong> Gestão MunicipalImplementação <strong>de</strong> Estratégias e <strong>Programa</strong>sFonte:Prof. Manuel <strong>da</strong> Costa LoboCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 12 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 20123. Concretização dos objectivos do PLH e articulação com Planos e<strong>Programa</strong>s Estratégicos <strong>da</strong> CMLO PLH, como programa transversal, constituiu a base <strong>da</strong> alteração <strong>da</strong> política municipal <strong>de</strong> habitação noactual man<strong>da</strong>to, que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser exclusivamente concentra<strong>da</strong> no património habitacional municipal parase esten<strong>de</strong>r a to<strong>da</strong> a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, em especial às zonas e bairros mais vulneráveis.A concretização dos objectivos do PLH tem vindo a ser realiza<strong>da</strong> por duas gran<strong>de</strong>s vias: por um lado,inspirando a criação <strong>de</strong> novos programas e projectos no âmbito do pelouro <strong>da</strong> Habitação; por outro,influenciando a nível estratégico os documentos <strong>de</strong> gestão territorial <strong>de</strong>senvolvidos no âmbito do pelourodo Urbanismo e <strong>da</strong> Reabilitação Urbana. De referir ain<strong>da</strong> os dois gran<strong>de</strong>s instrumentos financeiros <strong>de</strong>suporte às estratégias visa<strong>da</strong>s, as candi<strong>da</strong>turas ao QREN e o programa <strong>de</strong> financiamento intitulado PIPARU.Iremos analisar ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>stes aspectos indissociáveis <strong>da</strong> concretização dos objectivos do PLH.3.1. Principais programas e projectos “nascidos” do PLH e <strong>de</strong>senvolvidos no âmbito do pelouro<strong>da</strong> Habitação3.1.1. Carta dos BIP-ZIP <strong>de</strong> LisboaO primeiro gran<strong>de</strong> projecto “nascido” do PLH foi a elaboração <strong>de</strong> uma Carta <strong>de</strong>sses mesmos bairros ezonas, que permitisse incluir na gestão do território <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> uma perspectiva que não fosse “cega” àdimensão social. Assim surgem a Carta e o <strong>Programa</strong> dos BIP-ZIP (Bairros e Zonas <strong>de</strong> Intervenção Prioritária<strong>de</strong> Lisboa). O conceito e a metodologia <strong>de</strong> intervenção nos Bairros <strong>de</strong> Intervenção Prioritária (BIP) inspirousena Resolução do Conselho <strong>de</strong> Ministros 143/2005, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Setembro, que aprovou a Iniciativa“Operações <strong>de</strong> Qualificação e Reinserção Urbana <strong>de</strong> Bairros Críticos”, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s <strong>de</strong>cisivas na política <strong>de</strong>ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s.O PLH assumiu a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> “bairro <strong>de</strong> intervenção prioritária” em vez <strong>de</strong> “bairro crítico”, tendo emconta que o agravamento <strong>da</strong> fractura socio-territorial é um fenómeno que o Município <strong>de</strong>ve combater eque é no quadro <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> bem articula<strong>da</strong>s com as Juntas <strong>de</strong> Freguesia e a iniciativa localque se po<strong>de</strong>m viabilizar respostas a situações <strong>de</strong> emergência social e urbanística que são um <strong>de</strong>safio para obem estar <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Em 2010, foi então constituído um Grupo <strong>de</strong> trabalho, com a presença <strong>de</strong> técnicos <strong>de</strong> diversos serviçoscamarários, com o objectivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>linear uma Proposta Preliminar <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação dos Bairros <strong>de</strong>Intervenção Prioritária (BIP), para <strong>de</strong>bate e vali<strong>da</strong>ção e finalmente integração no Plano Director Municipalem revisão.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 13 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012Com base num levantamento e na selecção <strong>de</strong> variáveis e indicadores estatísticos georreferenciáveis,foram construídos índices compostos que, aplicados aos diferentes territórios, conduziram à primeira Cartados BIP, submeti<strong>da</strong> a consulta pública e <strong>de</strong>bati<strong>da</strong> em workshops com especialistas externos e técnicoscamarários, autarcas e associações locais. Deste processo resultou a proposta final <strong>de</strong> Carta dos BIP-ZIP,com a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> 67 Bairros e Zonas <strong>de</strong> Intervenção Prioritária (BIP/ZIP), com uma população estima<strong>da</strong><strong>de</strong> 141.126 resi<strong>de</strong>ntes em 2010.A Carta dos BIP-ZIP foi aprova<strong>da</strong> pela CML e pela AML através <strong>da</strong> Proposta 616/2010, respectivamente em17 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2010 e 1 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011. Os documentos produzidos para a elaboração <strong>da</strong> Carta dosBIP-ZIP (“Metodologia <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e construção <strong>da</strong> Carta dos BIP-ZIP”, “Relatório <strong>da</strong> Consulta Públicasobre a Carta dos BIPZIP” e “Estimativa <strong>de</strong> população resi<strong>de</strong>nte por BIP/ZIP em 2010” po<strong>de</strong>m serconsultados no site do PLH, em http://habitacao.cm-lisboa.pt .3.1.2. <strong>Programa</strong> BIP-ZIP LisboaDo <strong>de</strong>bate sobre a Carta dos BIP-ZIP resultou a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar formas <strong>de</strong> actuação expeditas eparticipa<strong>da</strong>s, que <strong>de</strong>veriam incluir o apoio técnico transversal e articulado dos serviços municipaisenvolvidos, a intervenção <strong>da</strong>s Juntas <strong>de</strong> Freguesia e a participação <strong>da</strong>s associações <strong>de</strong> moradores,Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 14 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012colectivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, organizações não governamentais e movimentos <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dãos que tenham actuaçãoexpressiva nos bairros e zonas em causa. Ficou também claro que a CML <strong>de</strong>veria prever, no quadro <strong>da</strong>execução financeira do Plano <strong>de</strong> Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e Orçamento, uma verba anual para intervenções locais nosBIP/ZIP, a distribuir <strong>de</strong> acordo com as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s localmente <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s e segundo uma metodologia <strong>de</strong>orçamento participativo, a fim <strong>de</strong> garantir o envolvimento <strong>de</strong> todos os interessados.No seguimento <strong>de</strong>ste trabalho, foi criado o <strong>Programa</strong> BIP/ZIP <strong>de</strong> Lisboa, que se <strong>de</strong>stina a apoiar activi<strong>da</strong><strong>de</strong>se projectos a <strong>de</strong>senvolver nos 67 Bairros e Zonas <strong>de</strong> Intervenção Prioritária <strong>de</strong>finidos na Carta dos BIP-ZIP eapresenta-se como mais um processo participativo dos ci<strong>da</strong>dãos na gestão <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Apresenta-se, ain<strong>da</strong>,como um instrumento <strong>de</strong> política pública municipal que visa dinamizar parcerias em pequenasintervenções locais leva<strong>da</strong>s a cabo por Juntas <strong>de</strong> Freguesia, associações locais, colectivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s eorganizações não governamentais – e que po<strong>de</strong>m ir <strong>da</strong> colocação <strong>de</strong> iluminação pública à limpeza <strong>de</strong>graffiti.O programa dos BIP/ZIP foi aprovado pela Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa, em 22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2010,através <strong>da</strong> proposta 725/2010, com uma dotação orçamental anual <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> euros, a repartirsegundo uma metodologia <strong>de</strong> orçamento participativo.Na primeira edição do programa foram admiti<strong>da</strong>s 77 candi<strong>da</strong>turas, que totalizavam mais <strong>de</strong> 2,5 milhões <strong>de</strong>euros, verba bem acima <strong>da</strong> disponível no orçamento camarário para os BIP/ZIP. Foram selecciona<strong>da</strong>s 33candi<strong>da</strong>turas, suporta<strong>da</strong>s por 31 enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s promotoras e 53 enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s parceiras, para concretizar 50intervenções em 34 BIP-ZIP, num montante total <strong>de</strong> 1.249.843,48 € (2011 e 1º trimestre <strong>de</strong> 2012). Desteprocesso resultaram 33 projectos vencedores.A avaliação preliminar <strong>de</strong>ste <strong>Programa</strong> <strong>de</strong>correu em 28 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2011, tendo sido feitas 17apresentações, evi<strong>de</strong>nciando uma eleva<strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s parcerias no terreno, comsinergias adicionais às previstas nas próprias candi<strong>da</strong>turas. Os documentos do workshop <strong>de</strong> avaliação do<strong>Programa</strong> BIP-ZIP Lisboa 2011 po<strong>de</strong>m ser consultados no site do PLH em http://habitacao.cm-lisboa.pt.Em 21 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2012 teve lugar o Workshop <strong>de</strong> Divulgação <strong>da</strong> edição do <strong>Programa</strong> BIP-ZIP Lisboa 2012- Parcerias Locais, cujas regras foram aprova<strong>da</strong>s pela CML através <strong>da</strong> proposta 34/2012, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Janeiro.3.1.3. Acupunctura UrbanaO <strong>Programa</strong> Acupunctura Urbana, um dos programas <strong>de</strong> acção previstos pelo PLH, é dirigido às Juntas <strong>de</strong>Freguesia, <strong>de</strong>stina-se a financiar pequenas intervenções <strong>de</strong> melhoria <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> habitabili<strong>da</strong><strong>de</strong> emfogos privados cujos moradores tenham carências económicas e visa garantir mínimos <strong>de</strong> confortosanitário, acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> idosos e <strong>de</strong>ficientes, conforto térmico e eficiência energética. Este <strong>Programa</strong> écomplementar dos protocolos anuais <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências para as Freguesias na área <strong>da</strong>Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 15 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012habitação, os quais financiam pequenas intervenções leva<strong>da</strong>s a cabo pelas Juntas <strong>de</strong> freguesia empatrimónio habitacional disperso.O programa Acupunctura Urbana foi criado pela CML através <strong>da</strong> Proposta 166/2011, aprova<strong>da</strong> em 13 <strong>de</strong>Abril. Todos os diagnósticos feitos sobre esta temática, nomea<strong>da</strong>mente os realizados pelo próprio PLH,evi<strong>de</strong>nciam os seguintes factores <strong>de</strong>terminantes <strong>da</strong> má habitabili<strong>da</strong><strong>de</strong> em fogos privados:• Alta percentagem <strong>de</strong> população idosa, com ren<strong>da</strong>s antigas, e a residir em habitações com muitomás condições <strong>de</strong> habitabili<strong>da</strong><strong>de</strong>;• Existência <strong>de</strong> um elevado número <strong>de</strong> habitações sem instalações sanitárias (1334 em 2001)• Elevado número <strong>de</strong> queixas relativas a infiltrações e humi<strong>da</strong><strong>de</strong>;• Falta <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação dos fogos a pessoas com mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> reduzi<strong>da</strong>.Neste <strong>Programa</strong> são aceites candi<strong>da</strong>turas, apresenta<strong>da</strong>s pelas Juntas <strong>de</strong> Freguesia, indicando o número <strong>de</strong>fogos em que se propõem intervir, com um valor médio <strong>de</strong> 2.500€ por fogo. Se o número <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>turasultrapassar a dotação do programa, é feito rateio proporcionalmente às candi<strong>da</strong>turas apresenta<strong>da</strong>s. Nessecaso, nenhuma candi<strong>da</strong>tura <strong>de</strong>verá ultrapassar 20% do total do programa.Na edição <strong>de</strong> 2011, o <strong>Programa</strong> Acupunctura Urbana teve uma dotação <strong>de</strong> 200.000€, distribuí<strong>da</strong>, nostermos <strong>da</strong> Proposta 376/2011, aprova<strong>da</strong> pela CML em 24 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2011, conforme tabela seguinte:Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 16 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 20123.1.4. <strong>Programa</strong> Integrado <strong>de</strong> Gestão e Requalificação dos Bairros MunicipaisO <strong>Programa</strong> Integrado <strong>de</strong> Gestão e Requalificação dos Bairros Municipais – PIGRBM - foi aprovado pelaCML em 22 <strong>de</strong> Junho através <strong>da</strong> Proposta 344/CM/2011. O PIGRBM avaliou o estado <strong>de</strong> conservação dosBairros Municipais e <strong>de</strong>finiu priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção a 10 anos.O processo integrado <strong>de</strong> requalificação urbana dos bairros municipais implica o envolvimento <strong>de</strong> váriosagentes, para além <strong>da</strong> empresa municipal GEBALIS, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os serviços municipais aos moradores, às suascomuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e aos parceiros locais do <strong>de</strong>senvolvimento social. Tem uma componente <strong>de</strong> gestão social, que<strong>de</strong>ve ter regras claras, <strong>de</strong>cisões transparentes e processos participativos, uma componente <strong>de</strong> gestãopatrimonial, que envolve a política <strong>de</strong> alienações, arren<strong>da</strong>mentos e condomínios, e uma componente <strong>de</strong>intervenção física e valorização, quer <strong>da</strong>s habitações e edifícios, quer dos bairros e respectivo espaçopúblico.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 17 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012Os bairros municipais são geridos pela GEBALIS, empresa municipal que tem como missão a gestão social epatrimonial <strong>de</strong>sses bairros. A GEBALIS gere um total <strong>de</strong> 23.268 fogos, incluídos em 73 bairros municipais,divididos em cinco gran<strong>de</strong>s zonas: Oci<strong>de</strong>ntal, Norte Oci<strong>de</strong>ntal, Norte Oriental, Sul e Oriental. Nos fogosgeridos pela GEBALIS habitam 61.787 resi<strong>de</strong>ntes, estimando-se a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> população resi<strong>de</strong>nte nosbairros municipais em 92.600 habitantes. O património gerido pela GEBALIS inclui ain<strong>da</strong> espaços nãohabitacionais, equipamentos <strong>de</strong>sportivos e área ver<strong>de</strong> envolvente dos bairros. A ren<strong>da</strong> média actual dosfogos geridos pela GEBALIS ron<strong>da</strong> os 78 € por fogo.Os bairros sob gestão <strong>da</strong> GEBALIS têm características socio-urbanísticas diferentes. Dos 70 bairrosmunicipais no concelho <strong>de</strong> Lisboa, 35 foram incluídos na Carta dos BIP/ZIP (Bairros e Zonas <strong>de</strong> IntervençãoPrioritária <strong>de</strong> Lisboa), por conterem indicadores sociais, ambientais e urbanísticos que lhes conferem umaespecial priori<strong>da</strong><strong>de</strong> na intervenção municipal nos próximos 10 anos. Há ain<strong>da</strong> 3 bairros municipais fora <strong>de</strong>Lisboa (Casal <strong>de</strong> Cambra, Algueirão e Zambujal).Zona N.º <strong>de</strong> Bairros Nº BIP/ZIPOci<strong>de</strong>ntal 14 5Norte Oci<strong>de</strong>ntal 9 4Norte Oriental 15 9Sul 21 9Oriental 14 8Total 73 35Apesar <strong>da</strong> maioria dos bairros municipais serem <strong>de</strong> construção recente (50% têm menos <strong>de</strong> 15 anos)verifica-se contudo que há patologias construtivas recorrentes, nomea<strong>da</strong>mente infiltrações pelascoberturas e facha<strong>da</strong>s, bem como <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção dos revestimentos. Verificam-se ain<strong>da</strong> com eleva<strong>da</strong>frequência, sobretudo nalguns bairros, actos <strong>de</strong> van<strong>da</strong>lismo ao nível dos espaços comuns, elevadores,caixas <strong>de</strong> correio e campainhas. O montante <strong>de</strong>spendido pela GEBALIS em reparações e substituições <strong>de</strong>elevadores atingiu entre 2003 e 2009 o montante <strong>de</strong> 16 milhões <strong>de</strong> euros.Nos bairros mais antigos e <strong>de</strong> maior dimensão, como na zona <strong>de</strong> alvenarias do Bairro Padre Cruz e do Bairro<strong>da</strong> Boavista, verifica-se a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> regeneração integral.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 18 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012O estado <strong>de</strong> conservação dos Bairros Municipais, i<strong>de</strong>ntificado expeditamente pelo PIGRBM, tendo emconta o edificado, as infra-estruturas e o espaço público, é que se po<strong>de</strong> ver na carta seguinte:A estimativa dos custos <strong>de</strong> intervenção a 10 anos é <strong>de</strong> 144 milhões <strong>de</strong> euros, <strong>de</strong> acordo com o quadroseguinte:Estimativa <strong>de</strong> intervenções 2011 – 2020 (valores em euros)Zona Norte Oci<strong>de</strong>ntal 32.315.000Zona Oci<strong>de</strong>ntal 29.460.000Zona Norte Oriental 37.491.000Zona Oriental 24.395.000Zona Sul 20.422.000Total 144.083.000Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 19 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012Este <strong>Programa</strong> foi tomado como base para a previsão dos Contratos <strong>Programa</strong> a celebrar entre a CML e aGEBALIS nos anos <strong>de</strong> 2011 e 2012.3.1.5. Novo quadro regulamentar <strong>da</strong> Habitação Municipal(ver Regulamentos em anexo)Uma <strong>da</strong>s priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s que resultou do objectivo <strong>de</strong> melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do parque habitacional municipalteve a ver com a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir regras claras para a gestão <strong>da</strong> habitação municipal, num quadronormativo único, através <strong>de</strong> novos regulamentos relativos à gestão, às operações <strong>de</strong> realojamento e às<strong>de</strong>socupações.Assim, foram elaborados e submetidos a consulta pública e à aprovação <strong>da</strong> Assembleia Municipal 5projectos <strong>de</strong> Regulamento, com os seguintes resultados:- Regulamento <strong>de</strong> Gestão do Parque Habitacional do Município <strong>de</strong> Lisboa: proposta 85/2011, aprova<strong>da</strong> pelaCML em 23 <strong>de</strong> Março para submissão a consulta pública; proposta 458/2011, aprova<strong>da</strong> pela CML em 28 <strong>de</strong>Setembro com as alterações resultantes <strong>da</strong> consulta pública e aprova<strong>da</strong> condiciona<strong>da</strong>mente pelaAssembleia Municipal em 6 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2012; proposta 121/2012, aprova<strong>da</strong> pela CML em 14 <strong>de</strong> Março,que fixou a re<strong>da</strong>cção <strong>de</strong>finitiva; publicação no 1º Suplemento ao BM nº 943 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2012.Este Regulamento vem respon<strong>de</strong>r a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> gestão quotidiana do Parque HabitacionalMunicipal, regulamentando com transparência as especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s contratuais do arren<strong>da</strong>mento, assimcomo os critérios e procedimentos <strong>de</strong> gestão, incluindo disposições inovadoras em matéria <strong>de</strong> participaçãodos moradores e <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> conflitos. Abrange to<strong>da</strong>s as habitações municipais, atribuí<strong>da</strong>s queratravés <strong>de</strong> cedência precária, quer mediante contrato <strong>de</strong> arren<strong>da</strong>mento celebrado no regime <strong>de</strong> ren<strong>da</strong>apoia<strong>da</strong> (Decreto-Lei nº 166/93, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Maio), contemplando ain<strong>da</strong> as habitações particulares arren<strong>da</strong><strong>da</strong>spelo Município <strong>de</strong> Lisboa para realojamento, atribuí<strong>da</strong>s <strong>de</strong> acordo com respectivo regime, ou sujeitas aoregime <strong>de</strong> arren<strong>da</strong>mento urbano.- Regulamento <strong>da</strong>s Desocupações <strong>de</strong> Habitações Municipais: proposta 84/2011, aprova<strong>da</strong> pela CML em 23<strong>de</strong> Março para submissão a consulta pública; proposta 460/2011, aprova<strong>da</strong> pela CML em 28 <strong>de</strong> Setembro, epela AML em 31 <strong>de</strong> Janeiro 2012; publicação no nº 939 do Boletim Municipal, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2012.Este Regulamento <strong>de</strong>fine os critérios e procedimentos a aplicar pela GEBALIS e pela Câmara Municipal <strong>de</strong>Lisboa para controlar e combater a ocupação abusiva <strong>de</strong> habitações municipais. Quando alguém ocupa umfogo municipal que não lhe foi atribuído, a regra é a <strong>da</strong> <strong>de</strong>socupação. Trata-se <strong>de</strong> um acto ilegal e as<strong>de</strong>socupações são efectua<strong>da</strong>s pela Polícia Municipal. As situações sociais mais graves são encaminha<strong>da</strong>spara a Re<strong>de</strong> Social (Câmara, Misericórdia e Juntas <strong>de</strong> Freguesia). To<strong>da</strong> a ocupação abusiva po<strong>de</strong> ser alvo <strong>de</strong>Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 20 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012uma queixa-crime por parte do Município. Existindo <strong>da</strong>no provocado pelo ocupante, o Município avalia ovalor do <strong>da</strong>no e notifica o seu autor para pagamento, sob pena <strong>de</strong> pedido <strong>de</strong> in<strong>de</strong>mnização através <strong>de</strong>tribunal. As ocupações anteriores a 2009, <strong>da</strong>ta em que entrou em vigor o regime <strong>de</strong> acesso à habitaçãomunicipal por concurso, são verifica<strong>da</strong>s caso a caso e <strong>de</strong>cidi<strong>da</strong>s em conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com as regras doRegulamento <strong>da</strong>s Desocupações.- Regulamento <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Realojamento: proposta 87/2011, aprova<strong>da</strong> pela CML em 23 <strong>de</strong> Marçopara submissão a consulta pública; proposta 459/2011, aprova<strong>da</strong> pela CML em 28 <strong>de</strong> Setembro, tendo sidoaprova<strong>da</strong> pela AML em 31 <strong>de</strong> Janeiro 2012,condiciona<strong>da</strong> à alteração ao artigo 21, ponto 2. Esta alteraçãofoi aprova<strong>da</strong> pela CML através <strong>da</strong> proposta 39/2012, em 8 <strong>de</strong> Fevereiro; publicação no BM nº 939, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong>Fevereiro <strong>de</strong> 2012.Este Regulamento junta num único documento as regras e critérios a cumprir sempre que a CâmaraMunicipal tiver <strong>de</strong> realojar famílias, clarificando as responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s sobre o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> realojar e ascondições para ter direito ao realojamento. A Câmara tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> promover o realojamento <strong>de</strong>emergência sempre que houver uma catástrofe, quando precise <strong>de</strong> fazer obras em prédios municipais queobriguem ao <strong>de</strong>spejo dos inquilinos, quando promova <strong>de</strong>molições <strong>de</strong> prédios municipais ou quando realizeoutras operações urbanísticas <strong>de</strong> interesse público. Em prédios particulares, o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> realojar quando háobras cabe ao proprietário, excepto se a Câmara tiver tomado posse administrativa do prédio, caso em quea obrigação passa para a Câmara.Quando há um processo <strong>de</strong> realojamento que envolva muitas famílias po<strong>de</strong>m ser criados critérioscomplementares, prevendo-se para o efeito a participação <strong>da</strong>s organizações <strong>de</strong> moradores e <strong>da</strong>s juntas <strong>de</strong>freguesia. Para incentivar a reabilitação urbana por particulares, a Câmara po<strong>de</strong> disponibilizar fogosmunicipais <strong>de</strong>volutos, intitulados “volantes <strong>de</strong> realojamento”, a promotores públicos e privados, que seresponsabilizarão pelas respectivas obras para o realojamento temporário requerido pela realização <strong>de</strong>obras <strong>de</strong> reabilitação <strong>de</strong> edifícios ocupados.- Regulamento do Conselho Municipal <strong>de</strong> Habitação: proposta 83/2011, aprova<strong>da</strong> em 23 <strong>de</strong> Março pelaCâmara Municipal para submissão a consulta pública; proposta 461/2011, aprova<strong>da</strong> pela CML em 28 <strong>de</strong>Setembro e pela Assembleia Municipal em 13 <strong>de</strong> Dezembro, através <strong>da</strong> Deliberação 79/AM/2011;publicação no 1º Suplemento do Boletim Municipal n.º 930, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2011.O Regulamento do Conselho Municipal <strong>de</strong> Habitação estabelece as regras <strong>de</strong> criação e funcionamento doConselho Municipal <strong>de</strong> Habitação, um órgão consultivo do município com representação dos principaisparceiros sociais com acção no sector <strong>da</strong> Habitação no Município <strong>de</strong> Lisboa. O Conselho temrepresentantes <strong>da</strong> Câmara, <strong>da</strong> Assembleia Municipal, <strong>da</strong> Comissão Arbitral Municipal e <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>sCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 21 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012associativas, nomea<strong>da</strong>mente representantes <strong>de</strong> inquilinos, proprietários, sectores <strong>da</strong> construção, <strong>da</strong>promoção e <strong>da</strong> mediação imobiliária, cooperativas <strong>de</strong> habitação e associações <strong>de</strong> moradores <strong>de</strong> bairrosmunicipais e <strong>de</strong> bairros e zonas <strong>de</strong> intervenção prioritária <strong>de</strong> Lisboa, num total <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 30 membros.- Projecto <strong>de</strong> Regulamento do Provedor do Inquilino: proposta 86/2011, aprova<strong>da</strong> pela CML em 23 <strong>de</strong>Março para submissão a consulta pública; proposta 462/2011, aprova<strong>da</strong> pela CML em 28 <strong>de</strong> Setembro parasubmissão à Assembleia Municipal; esta proposta foi rejeita<strong>da</strong> pela Assembleia Municipal.Estes projectos <strong>de</strong> regulamentos foram intensamente <strong>de</strong>batidos em sessões públicas e com as associações<strong>de</strong> moradores dos bairros municipais e posteriormente com a Comissão Permanente <strong>de</strong> Habitação,Reabilitação Urbana e Bairros Municipais <strong>da</strong> Assembleia Municipal, tendo resultado os 4 novosregulamentos acima indicados e que completam o quadro regulamentar <strong>da</strong> Habitação Municipal. Orelatório <strong>da</strong> consulta pública, com mais <strong>de</strong> 1200 respostas <strong>de</strong> inquilinos e não inquilinos municipais, po<strong>de</strong>ser consultado no site do PLH em http://habitacao.cm-lisboa.pt.Aos 4 novos regulamentos aprovados e em vigor <strong>de</strong>vem ser acrescentados o Regulamento do Regime <strong>de</strong>Acesso à Habitação Municipal, aprovado em 2009 e que obriga à realização <strong>de</strong> concurso para ace<strong>de</strong>r afogos municipais e o Regulamento <strong>de</strong> Alienação <strong>de</strong> Imóveis Municipais, aprovado em 2008, que estabeleceas condições e o valor <strong>de</strong> alienação dos fogos municipais.Registe-se ain<strong>da</strong> o Regulamento para Ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> Fracções Municipais Habitacionais Devolutas a Jovensatravés <strong>de</strong> Concurso por Sorteio, com a seguinte tramitação: proposta 343 /2011, aprova<strong>da</strong> pela CâmaraMunicipal para submissão a consulta pública, em 29 <strong>de</strong> Junho; proposta 537/2011, aprova<strong>da</strong> pela CML em28 <strong>de</strong> Setembro e pela Assembleia Municipal em 29 <strong>de</strong> Novembro; publicação no 2º Suplemento ao BM nº930, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2011.3.1.6. Casas para quem precisaA CML é proprietária <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 26.000 casas municipais, atribuí<strong>da</strong>s ao longo dos anos. Nunca foi feita umaverificação completa <strong>de</strong> quem mora nessas as casas. Para agir com justiça e equi<strong>da</strong><strong>de</strong>, corrigir asirregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s e pôr termo aos abusos, a CML precisa <strong>de</strong> saber quem mora nas casas municipais e quantopaga ou <strong>de</strong>ve pagar <strong>de</strong> ren<strong>da</strong>. Assim, no âmbito do programa “Habitação Municipal – Casas para quemprecisa” , foi lançado um projecto <strong>de</strong> verificação <strong>da</strong> ocupação <strong>da</strong>s habitações municipais e actualização <strong>da</strong>condição <strong>de</strong> recursos <strong>da</strong>s famílias resi<strong>de</strong>ntes. O projecto visa saber quem mora nas casas municipais,quanto paga <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> e quanto <strong>de</strong>veria pagar e está regulado pelo <strong>de</strong>spacho 3/GVHR/2011, publicado noBoletim Municipal nº 888, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 22 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012O processo iniciou-se em Março <strong>de</strong> 2011, através do envio mensal, pelos CTT, <strong>de</strong> 1500 cartas regista<strong>da</strong>scom aviso <strong>de</strong> recepção. As cartas são envia<strong>da</strong>s por or<strong>de</strong>m alfabética, <strong>de</strong> modo a percorrer todos os nomesno prazo <strong>de</strong> dois anos. Esta verificação sistemática <strong>de</strong>verá passar a ser realiza<strong>da</strong> <strong>de</strong> três em três anos.Nessas cartas é solicita<strong>da</strong> a colaboração na entrega <strong>da</strong> documentação necessária para se verificar acomposição <strong>da</strong> família, em que nome é passado o recibo e qual o valor <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> que <strong>de</strong>verá pagarconforme os rendimentos <strong>da</strong> família. Se houver lugar a aumento <strong>de</strong> ren<strong>da</strong>, há direito a <strong>fase</strong>á-lo em trêsanos. Se houver lugar a redução, é imediatamente processa<strong>da</strong>. Os interessados são sempre ouvidos antes<strong>da</strong> alteração <strong>da</strong> ren<strong>da</strong>.3.1.7. <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Valorização do Património Habitacional Municipal – PVPEm Julho <strong>de</strong> 2011 foi aprova<strong>da</strong> pela Câmara Municipal a Proposta nº382/2011, que <strong>de</strong>finiu os objectivos emetodologia do <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Intervenção Estratégica no Património Habitacional Municipal. Esta propostafoi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> na sequência <strong>da</strong> Proposta 412/ 2010, aprova<strong>da</strong> em 28 <strong>de</strong> Julho, que criou um Grupo <strong>de</strong>Trabalho cuja missão era <strong>de</strong>finir os objectivos, critérios e priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção neste património,incluindo os diferentes usos potenciais e mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção correspon<strong>de</strong>ntes.Este <strong>Programa</strong> veio a ser renomeado como <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Valorização do Património Habitacional Municipal– PVP, que foi aprovado em pela Câmara Municipal em 21 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2011 através <strong>da</strong> Proposta679/2011.A Proposta Estratégica do <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação (PLH) <strong>de</strong>finiu como missão “(Re)Habitar Lisboa”,<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>, como vimos, em oito objectivos assim estruturados:Melhorar a Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>• A - Melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do parque habitacional• B - Melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> urbana e a coesão territorial• C - Promover a coesão territorialAtrair Nova População• D - A<strong>de</strong>quar a oferta à procura <strong>de</strong> habitação• E - Poupar recursosPassar <strong>da</strong> Crise à Oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>• F - Dar priori<strong>da</strong><strong>de</strong> à Reabilitação• G - Garantir os solos necessários para Re-Habitar Lisboa• H - Promover a Administração AbertaCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 23 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012Todos os documentos do PVP, incluindo as listagens dinâmicas <strong>de</strong> edifícios e fogos municipais abrangidosbem com a avaliação expedita <strong>da</strong>s mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção, estão disponíveis no sítio do pelouro <strong>da</strong>Habitação, em http://habitacao.cm-lisboa.pt3.1.8. Orientações Estratégicas para os Espaços Não HabitacionaisPara dinamizar o melhor uso dos Espaços Não Habitacionais do município, numa perspectiva integra<strong>da</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento económico e coesão social, a CML aprovou a Proposta 385/2011, em 7 <strong>de</strong> Setembro, quefixa as Orientações Gerais para Espaços Não Habitacionais Municipais.A <strong>de</strong>liberação 267/2009, aprova<strong>da</strong> pela CML em 1 <strong>de</strong> Abril dispunha que fosse cria<strong>da</strong> “com carácter <strong>de</strong>urgência (…) uma equipa multidisciplinar com a participação <strong>de</strong> técnicos <strong>da</strong> GEBALIS e <strong>de</strong> diversos serviçosmunicipais (…)” para “compatibilização dos critérios <strong>de</strong> fixação dos preços a aplicar à ocupação <strong>da</strong>s diversaslojas municipais (…) no sentido <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> uma nova tabela <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> lojas municipais”que <strong>de</strong>veria vigorar em 2010. Esta equipa <strong>de</strong>veria também compatibilizar essas taxas com as taxas <strong>de</strong>ocupação dos mercados. O trabalho <strong>da</strong> equipa <strong>de</strong>veria ter “como pano <strong>de</strong> fundo a conjuntura económicaactual, no sentido <strong>da</strong> promoção <strong>da</strong> coesão social, do <strong>de</strong>senvolvimento sustentado <strong>da</strong>s populações e <strong>da</strong>qualificação urbanística dos bairros on<strong>de</strong> se integram.”O Grupo <strong>de</strong> Trabalho em Junho <strong>de</strong> 2011 elaborou o Relatório “Espaços Não Habitacionais <strong>Local</strong>izados emBairros Municipais”. Este relatório permitiu ter um conhecimento e caracterização do objecto em estudo;efectuar uma reflexão sobre as práticas actuais e i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s questões, reavaliar e alterar ou ajustar ea apresentação <strong>de</strong> recomen<strong>da</strong>ções e propostas e para o futuro.A proposta 385/2011 <strong>de</strong>terminou uniformizar os critérios <strong>de</strong> fixação do preço a pagar pelos ENH tendo emconta a localização (central, intermédia ou periférica), o estado <strong>de</strong> conservação (bom, regular ou medíocre)e os usos previstos (comerciais, sociais, <strong>de</strong> inovação e empreen<strong>de</strong>dorismo). Os ENH em bairros municipaispassam a ser todos consi<strong>de</strong>rados como <strong>de</strong> localização Periférica e o estado <strong>de</strong> conservação Medíocre éatribuído a todos os espaços em “ tosco” (passando a estado Regular com o início <strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente licencia<strong>da</strong>) e aos ENH localizados em bairros classificados como BIP/ZIP, pelo período <strong>de</strong> 5anos ou enquanto o Bairro estiver assim classificado.Estes princípios orientadores já foram reflectidos na Tabela <strong>de</strong> Preços e Outras Receitas Municipais -TPORM para 2012, aprova<strong>da</strong> pela CML em Março <strong>de</strong> 2012 através <strong>da</strong> Proposta 77/2012.Todos os documentos relativos aos ENH, nomea<strong>da</strong>mente o Relatório Final dos Espaços Não Habitacionaiscom a análise exaustiva <strong>da</strong> situação actual nos bairros municipais estão disponíveis no site do PLH emhttp://habitacao.cm-lisboa.ptCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 25 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012A intervenção específica nos BIP-ZIP vem trata<strong>da</strong> no artigo 58º do RPDM, sob a epígrafe “espaços aconsoli<strong>da</strong>r”, prevendo-se no nº 4 <strong>de</strong>sse artigo que “ 4.Para permitir a requalificação ou regeneração urbanados BIP/ZIP (Bairros <strong>de</strong> Intervenção Prioritária /Zonas <strong>de</strong> Intervenção Prioritária) po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>limita<strong>da</strong> umauni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> execução.”Ao nível <strong>da</strong> execução territorial do PDM, o RPDM inclui expressamente o <strong>de</strong>senvolvimento dos váriosinstrumentos <strong>de</strong> política habitacional nos conteúdos programáticos <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s Operativas <strong>de</strong>Planeamento e Gestão, regulados pelo artigo 81ª do RPDM.Ao nível <strong>da</strong> reabilitação urbana, existe uma clara intenção <strong>de</strong> incentivar obras <strong>de</strong> reabilitação em to<strong>da</strong> aárea consoli<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, que <strong>de</strong>las carecem como se tornou visível no Atlas do PLH. As operações <strong>de</strong>reabilitação irão garantir o acesso a benefícios fiscais e a outros apoios, nomea<strong>da</strong>mente apoios financeirosque venham a ser criados no quadro legislativo nacional.Finalmente, <strong>de</strong>staca-se o facto <strong>de</strong> o RPDM prever a criação <strong>de</strong> um instrumento fun<strong>da</strong>mental para a política<strong>de</strong> solos e <strong>de</strong> habitação em Lisboa, que já tinha sido proposto pelo PLH, que é o Fundo Municipal <strong>de</strong>Urbanização (artigo 82º do RPDM).Resta sublinhar que há uma coerência global entre os objectivos estratégicos assumidos pela revisão doPDM e baseados na Carta Estratégica 2010/2024 e os objectivos estratégicos do PLH, como se po<strong>de</strong> verpela tabela anexa:3.2.2. Estratégia para a Reabilitação Urbana para Lisboa 2011- 2024A Reabilitação Urbana constitui uma priori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção <strong>da</strong> Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa plasma<strong>da</strong>no Plano Director Municipal, no Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimento e no <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação (PLH).Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 27 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012alterações e a ERUL 2011-2024 foi aprova<strong>da</strong> pela CML em anexo à Proposta 730/2011, em 21 <strong>de</strong> Dezembro<strong>de</strong> 2011 e pela AML em 20 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2012.A ERUL 2011-2024 visa suportar a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> uma Área <strong>de</strong> Reabilitação Urbana que se esten<strong>de</strong> a quaseto<strong>da</strong> a área consoli<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, como tal classifica<strong>da</strong> na Revisão do Plano Director Municipal. Integra umconjunto <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s já implementa<strong>da</strong>s, um conjunto <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s a implementar e um conjunto <strong>de</strong>programas <strong>de</strong> apoio à reabilitação e conservação <strong>de</strong> imóveis particulares.Entre as medi<strong>da</strong>s já implementa<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>stacam-se o trabalha <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> projecto nos bairroshistóricos, o projecto Viver Marvila, a acção <strong>da</strong> SRU Oci<strong>de</strong>ntal, as operações QREN lança<strong>da</strong>s para aMouraria, a Ribeira <strong>da</strong>s Naus e os Bairros Padre Cruz e Boavista, o Plano <strong>de</strong> Pormenor <strong>de</strong> Salvaguar<strong>da</strong> <strong>da</strong>Baixa Pombalina, o <strong>Programa</strong> BIP-ZIP e o <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Investimentos Prioritários em Acções <strong>de</strong> ReabilitaçãoUrbana do Município (PIPARU), aprovado pela Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa através <strong>da</strong> Deliberação n.º1116/2009, <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2009, envolvendo um financiamento <strong>de</strong> 120,1M€.Entre as medi<strong>da</strong>s a implementar, <strong>de</strong>stacam-se: a Delimitação <strong>da</strong> ARU e a preparação <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong>Reabilitação Sistemática, nomea<strong>da</strong>mente em áreas classifica<strong>da</strong>s como BIP-ZIP; a elaboração <strong>de</strong> novosPlanos <strong>de</strong> Pormenor <strong>de</strong> Reabilitação Urbana e <strong>de</strong> Salvaguar<strong>da</strong>; a revisão dos planos eficazes/elaboraçãopara respon<strong>de</strong>r às exigências <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do Património; o arquivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do edificado e aInspecção Técnica <strong>de</strong> Edifícios (ITE). A ITE visa tornar efectivos os <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> conservação e <strong>de</strong> reabilitação,previstos respectivamente nos artigos 89º do Regime Jurídico <strong>da</strong> Urbanização e Edificação (RJUE) e 55º doRegime Jurídico <strong>da</strong> Reabilitação Urbana (RJRU), através um mecanismo <strong>de</strong> controlo do estado <strong>de</strong>conservação do edificado <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, que implicará a realização <strong>de</strong> uma vistoria técnica ao edifício porforma a i<strong>de</strong>ntificar as anomalias existentes e as obras necessárias para a sua correcção, <strong>de</strong> acordo com asnormas <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s pelo LNEC para <strong>de</strong>terminação do estado <strong>de</strong> conservação do edificado (Decreto-lei nº156/2006, <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> Agosto, no âmbito do Novo Regime do Arren<strong>da</strong>mento Urbano - NRAU). Esta medi<strong>da</strong> éessencial para garantir a monitorização a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> do estado <strong>de</strong> conservação do tecido edificado <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<strong>da</strong>ndo cumprimento ao objectivo <strong>de</strong> melhorar o estado do parque habitacional, o primeiro dos objectivosdo PLH.De entre os <strong>Programa</strong>s <strong>de</strong> apoio à reabilitação e conservação <strong>de</strong> imóveis particulares propostos na ERU2011-2024, <strong>de</strong>stacam-se a Via Ver<strong>de</strong> para os projectos <strong>de</strong> reabilitação urbana, a Bolsa <strong>de</strong> fogos volantespara realojamento temporário (já incluí<strong>da</strong> no Regulamento <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Realojamento), um novosistema <strong>de</strong> incentivos, previsto no RPDM, um <strong>Programa</strong> Comparticipado <strong>de</strong> apoio a Condomínios, um<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> obras convenciona<strong>da</strong>s com proprietários particulares e o <strong>Programa</strong>: Reabilite primeiro, pague<strong>de</strong>pois. Este <strong>Programa</strong>, também já incluído no <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Valorização do Património, permitirácontratualizar com o adjudicante a cedência <strong>de</strong> edifícios ou fracções municipais em que a reabilitação éCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 29 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012realiza<strong>da</strong> pelo particular, que após a comercialização do edificado proce<strong>de</strong> ao pagamento à CML, nostermos contratualizados.A ERUL vem assim consubstanciar e <strong>de</strong>senvolver pormenoriza<strong>da</strong>mente vários dos objectivos estratégicosdo PLH, em especial o objectivo F - “Dar priori<strong>da</strong><strong>de</strong> à Reabilitação” .3.2.3. Reconversão <strong>de</strong> Áreas Urbanas <strong>de</strong> Génese Ilegal (AUGI)Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90, as políticas <strong>de</strong> habitação em Lisboa foram domina<strong>da</strong>s pelo ataque ao <strong>de</strong>ficit habitacional<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, expresso na erradicação <strong>da</strong>s barracas com a aplicação do <strong>Programa</strong> Especial <strong>de</strong> Realojamento(PER), com a construção <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 17.000 fogos. Este ciclo <strong>de</strong> políticas habitacionais (realojamento) foiuma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> perdi<strong>da</strong> na articulação com as áreas urbanas <strong>de</strong> génese ilegal (AUGI), anteriormente<strong>de</strong>signados <strong>de</strong> “bairros clan<strong>de</strong>stinos” e que até ao PDM <strong>de</strong> 1994, nunca tinham sido referenciados num“Quadro Estratégico <strong>de</strong> Intervenção Municipal” (Decreto-Lei nº 804/76 <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Novembro, Portaria nº243/84 <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Abril, Lei nº 91/95 <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro, Lei nº 165/99 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Setembro e a Lei nº 64/03 <strong>de</strong>23 <strong>de</strong> Agosto).O Plano Director Municipal <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong> 1994, já fazia referência às AUGI, i<strong>de</strong>ntificando-as nas Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>sOperativas <strong>de</strong> Planeamento (17 – Parque Periférico e 18 - Galinheiras) que estabelecia os seguintesobjectivos:• “…A UOP 17 <strong>de</strong>ve ser objecto <strong>de</strong> Planos Municipais <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento do Território (PMOT) com osseguintes objectivos:(…) Recuperar áreas <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>s e <strong>de</strong> loteamentos clan<strong>de</strong>stinos <strong>de</strong> acordo com a legislaçãoaplicável a estas áreas…”• “…A UOP 26 <strong>de</strong>ve ser objecto <strong>de</strong> planos municipais <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento do território (PMOT), com osseguintes objectivos:(…) Recuperar urbanisticamente o bairro recorrendo-se para tal aos instrumentos <strong>de</strong> planeamentoe <strong>de</strong> gestão urbanísticos previstos na legislação vigente para a reconversão <strong>de</strong> "bairrosclan<strong>de</strong>stinos"; (…) qualificar urbanisticamente os bairros clan<strong>de</strong>stinos e <strong>de</strong> habitação social <strong>de</strong>promoção municipal, através <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> equipamentos colectivos e <strong>de</strong> arranjos <strong>de</strong> espaçosexteriores…”No Regulamento <strong>da</strong> revisão do Plano Director Municipal, as AUGI são i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s, no nº 1 do artigo 59º,como espaços resi<strong>de</strong>nciais a consoli<strong>da</strong>r, on<strong>de</strong> se preconiza a respectiva reconversão. Em termos <strong>de</strong>execução, as AUGI <strong>de</strong> Lisboa estão incluí<strong>da</strong>s na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> Operativa <strong>de</strong> Planeamento e Gestão (UOPG) 1 –Coroa Norte (Lumiar; Ameixoeira; Telheiras e Carni<strong>de</strong>). O artigo 81º do RPDM, que estabekec os limitesterritoriais e os conteúdos programáticos dos 9 UOPG <strong>de</strong> propostas para Lisboa, prevê especificamente um<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> reconversão <strong>da</strong>s Áreas Urbanas <strong>de</strong> Génese Ilegal (AUGI).Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 30 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012AS Comissões <strong>de</strong> Administração Conjunta foram constituí<strong>da</strong>s a partir <strong>de</strong> 2008, a primeira em 6 <strong>de</strong> Setembro<strong>de</strong> 2008 na Quinta <strong>da</strong> Mourisca, segui<strong>da</strong>s em 24 e 26 <strong>de</strong> Novembro pelas <strong>da</strong>s Galinheiras, Rua Particular àAzinhaga dos Lameiros/Quinta <strong>da</strong>s Camareiras e Rua Particular à Azinhaga <strong>da</strong> Torre do Fato, e em 15, 16 e19 <strong>de</strong> Dezembro pelas <strong>da</strong> Quinta dos Abrantes/Quinta do Olival, Alto do Chapeleiro e Grafanil.Os Bairros <strong>da</strong> Quinta <strong>da</strong> Torrinha e Rua Particular à Azinhaga <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> não dispõem ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> Comissãoconstituí<strong>da</strong>. O Bairro dos 7 Céus dispõe <strong>de</strong> Comissão <strong>de</strong> Moradores.Apenas o Alto do Chapeleiro e a Rua Particular à Azinhaga <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> não se incluem na Carta dos BIP/ZIP.Para a Quinta <strong>da</strong> Torrinha (BIP/ZIP 6) e para as AUGI <strong>da</strong> Rua Particular à Azinhaga dos Lameiros/Quinta <strong>da</strong>sCamareiras e <strong>da</strong> Rua Particular à Azinhaga <strong>da</strong> Torre do Fato (reuni<strong>da</strong>s no BIP/ZIP 18), foram apresenta<strong>da</strong>scandi<strong>da</strong>turas na edição do <strong>Programa</strong> BIP-ZIP <strong>de</strong> 2011, respectivamente “Reabilitação do Parque <strong>da</strong> Quinta<strong>da</strong> Torrinha” (candi<strong>da</strong>tura 43) e “Caravana <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia” (candi<strong>da</strong>tura 18). Apenas esta última foifinancia<strong>da</strong>, em função <strong>da</strong> respectiva classificação.Em 5 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2011, através <strong>de</strong> Despacho conjunto dos pelouros do Urbanismo e <strong>da</strong> Habitação, foiconstituído o Gabinete <strong>de</strong> Apoio aos Bairros <strong>de</strong> Intervenção Prioritária em Áreas Urbanas <strong>de</strong> Génese Ilegal(GABIP- AUGI), constituído por uma estrutura coor<strong>de</strong>nadora e por uma estrutura <strong>de</strong> apoio e ligação. Aestrutura coor<strong>de</strong>nadora do GABIP-AUGI <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do Departamento <strong>de</strong> Planeamento e Reabilitação Urbana(DPRU) e a estrutura <strong>de</strong> apoio e ligação reúne transversalmente representantes <strong>de</strong> vários serviços. EsteDespacho prevê ain<strong>da</strong> a existência <strong>de</strong> uma Comissão Alarga<strong>da</strong> que integra, além dos vereadores e serviçosenvolvidos, os Presi<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong>s Juntas <strong>de</strong> Freguesia <strong>da</strong> Ameixoeira, Carni<strong>de</strong>, Charneca e Lumiar e osPresi<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong>s Comissões <strong>de</strong> Administração Conjunta.O quadro seguinte resume o ponto <strong>de</strong> situação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s AUGI <strong>de</strong> Lisboa, à <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong>2012.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 32 -


Relatório Final do PLH, 29 Março <strong>de</strong> 2012Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 33 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 20113.3. Instrumentos financeiros <strong>de</strong> suporte3.3.1. Candi<strong>da</strong>turas no âmbito do Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégica Nacional (QREN)O QREN constituiu-se para a CML como instrumento agregador <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s, políticas e acçõesprograma<strong>da</strong>s, ultrapassando o teor financeiro para se constituir num instrumento <strong>de</strong> cariz estratégico,concertado com diversos actores exteriores (IHRU e CCDR) e a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Actualmente estão em <strong>de</strong>senvolvimento 4 programas no âmbito do QREN: Mouraria, Padre Cruz, Boavistae Ribeira <strong>da</strong>s Naus. A Operação QREN Ribeira <strong>da</strong>s Naus é uma intervenção em espaço público, pelo que nãoserá <strong>de</strong>scrita no quadro <strong>de</strong>ste Relatório.QREN DA MOURARIA – Regulamento do <strong>Programa</strong> Operacional Regional <strong>de</strong> Lisboa - Parcerias para aRegeneração Urbana – Centros HistóricosDesignação do Projecto: Mouraria – As ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>Caracterização do <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Acção:Face a um quadro <strong>de</strong> problemas socio-urbanísticos geradores <strong>de</strong> exclusão i<strong>de</strong>ntificados no bairro <strong>da</strong>Mouraria, sendo os mais evi<strong>de</strong>ntes a <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção do edificado e do espaço público, o envelhecimento <strong>da</strong>população, as carências económicas <strong>da</strong>s famílias e a prática <strong>de</strong> comércios ilícitos, foi <strong>de</strong>senvolvido o<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Acção (PA) Mouraria: as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, constituído por um conjunto <strong>de</strong> operaçõescom vista ao reforço dos aspectos positivos do bairro, <strong>de</strong> que são exemplo o património material eimaterial, a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> económica, a vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> populacional e a multiculturali<strong>da</strong><strong>de</strong>.A intervenção <strong>de</strong> maior visibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e indutora <strong>de</strong> novos comportamentos será a requalificação do espaçopúblico, num percurso <strong>de</strong> atravessamento longitudinal <strong>da</strong> Mouraria, entre os largos do Cal<strong>da</strong>s e doInten<strong>de</strong>nte e espaços adjacentes.O reaproveitamento <strong>de</strong> materiais e a redução <strong>de</strong> consumos energéticos consubstanciam as preocupaçõesambientais patentes na candi<strong>da</strong>tura.Outra <strong>da</strong>s acções é a melhoria <strong>de</strong> acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> que esta intervenção vai permitir para apopulação resi<strong>de</strong>nte.As Juntas <strong>de</strong> Freguesia do Socorro e <strong>de</strong> São Cristóvão e São Lourenço terão as suas instalações amplia<strong>da</strong>s,<strong>de</strong> modo a terem melhores condições para o trabalho que têm vindo a <strong>de</strong>senvolver com os grupos <strong>de</strong>risco - jovens e idosos, através <strong>de</strong> protocolos estabelecidos com o Município no âmbito <strong>da</strong> <strong>de</strong>scentralização<strong>de</strong> competências (Acções 3.1 e 3.2).Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 34 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011O referido <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Acção obteve aprovação para financiamento no âmbito do FEDER através do QREN.A celebração, em 11 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2009, do subsequente Protocolo <strong>de</strong> Financiamento <strong>de</strong>terminou o início<strong>da</strong> execução do PA, com um prazo <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> três anos: um para submissão dos dossiers <strong>de</strong>candi<strong>da</strong>tura <strong>da</strong>s operações e dois para a sua realização. O PA assenta num Protocolo <strong>de</strong> Parceria <strong>Local</strong>,concebido como um processo estruturado e formal <strong>de</strong> cooperação entre enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s que se propõemimplementá-lo, sendo que ca<strong>da</strong> parceiro <strong>de</strong>verá <strong>da</strong>r um contributo concreto e relevante para a suaexecução.O Protocolo <strong>de</strong> Parceria <strong>Local</strong> do QREN Mouraria integra as seguintes enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, sociais e institucionais:• Associação Casa <strong>da</strong> Acha<strong>da</strong>;• Centro Mário Dionísio (CMD);• Associação Renovar a Mouraria (ARM);• Associação <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong> Lisboa - Visitors and Convention Bureau (ATL), Câmara Municipal <strong>de</strong>Lisboa (CML);• Empresa Pública <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong> Lisboa (EPUL);• Instituto <strong>da</strong> Droga e Toxico<strong>de</strong>pendência (IDT);• Juntas <strong>de</strong> Freguesia dos Anjos (JFA), <strong>da</strong> Graça (JFG), <strong>de</strong> Santa Justa (JFSJ), <strong>de</strong> São Cristóvão e SãoLourenço (JFSCSL) e do Socorro (JFS).A atribuição <strong>de</strong> co-financiamento comunitário confere às enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s promotoras do PA o papel <strong>de</strong> actoresna sua divulgação através <strong>de</strong> um Plano <strong>de</strong> Divulgação e Comunicação (Operação 5).ParceiroInvestimentoTotalInvestimentoElegívelFEDERCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa 6.845.567 6.581.567 3.114.111Associação Casa <strong>da</strong> Acha<strong>da</strong> 108.000 108.000 51.300Associação Renovar a Mouraria 110.400 110.400 52.440EPUL 234.881 234.881 111.568IDT 359.116 359.116 170.580QREN BAIRRO PADRE CRUZ - Regulamento do <strong>Programa</strong> Operacional Regional <strong>de</strong> Lisboa: Parcerias para aRegeneração Urbana – Bairros críticosDesignação do Projecto – Estratégia integra<strong>da</strong> para a qualificação do Bairro Padre CruzO processo <strong>de</strong> requalificação do Bairro Padre Cruz foi alvo <strong>de</strong> uma candi<strong>da</strong>tura ao <strong>Programa</strong> “Parcerias paraa Regeneração Urbana - Bairros Críticos” do QREN. Como instrumento <strong>de</strong> execução <strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong>Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 35 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011requalificação foi aprovado em Reunião <strong>de</strong> Câmara, no dia 12 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2011, através <strong>da</strong> Proposta3/2011, o Loteamento <strong>de</strong> Iniciativa Municipal do Bairro Padre Cruz.O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta acção é dinamizado pelo GAPIB Padre Cruz, que integra representantes dospelouros do Urbanismo e Habitação, <strong>da</strong> GEBALIS e <strong>da</strong> EPUL, <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Carni<strong>de</strong> e <strong>da</strong>Associação <strong>de</strong> Moradores, num activo processo participativo.O programa <strong>de</strong> acção visa, em termos materiais, a implementação <strong>da</strong>s Fases A0 e A1 do Loteamento <strong>de</strong>Iniciativa Municipal do Bairro Padre Cruz, uma intervenção que visa a substituição <strong>fase</strong>a<strong>da</strong> do actual Bairro<strong>de</strong> alvenaria por construção nova, bem como a construção <strong>de</strong> uma Residência Assisti<strong>da</strong>, uma creche, umcentro <strong>de</strong> dia, e equipamento <strong>de</strong> apoio ao empreen<strong>de</strong>dorismo local e a requalificação do espaço público. Atotali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos terrenos é proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> do município <strong>de</strong> Lisboa.A Fase A0, cujo realojamento está concluído, tendo já sido inicia<strong>da</strong> a <strong>de</strong>molição dos respectivos fogos,prevê a construção no mesmo local <strong>de</strong> um edifício que comporta três equipamentos: Residência Sénior,Creche e Centro <strong>de</strong> Dia (Operações 5 e 6) e parte dos arruamentos, espaços públicos e infra-estruturasenvolventes (Operação 1). A gestão <strong>de</strong>stes equipamentos será assegura<strong>da</strong> pela Santa Casa <strong>da</strong> Misericórdia<strong>de</strong> Lisboa, um dos parceiros <strong>da</strong> Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa nesta candi<strong>da</strong>tura.A Fase A1, que inclui, para além <strong>da</strong> reconversão do espaço público, infra-estruturas e ambiente urbano,com vista à sua qualificação (Operação 1), a construção <strong>de</strong> dois lotes <strong>de</strong> habitação para realojamento(Operação 2), a criação <strong>de</strong> espaços para novas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s económicas, no apoio ao auto-emprego eempreen<strong>de</strong>dorismo (Operação 4) e a implementação <strong>de</strong> campo <strong>de</strong> recreio e jogo informal (Operação 9).Para a implementação <strong>de</strong>stas operações prevê-se também o prévio realojamento <strong>de</strong> mais 57 famílias, queestá em curso.Para apoio a estes processos <strong>de</strong> realojamento a CML aprovou, através <strong>da</strong> Deliberação 458/2010 <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong>Julho, a celebração <strong>de</strong> um Contrato <strong>Programa</strong> com a GEBALIS para a realização <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> reabilitaçãourgentes nos fogos <strong>de</strong>volutos no Bairro Padre Cruz, no montante <strong>de</strong> 600.000€. Estes fogos <strong>de</strong>stinaram-seao realojamento dos primeiros 44 agregados familiares <strong>da</strong> <strong>fase</strong> A0, cujos fogos, situados na zona <strong>de</strong>alvenaria, <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>molidos para <strong>da</strong>r lugar ao equipamento <strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> a financiar pelo QREN(Residência Assisti<strong>da</strong>, Centro <strong>de</strong> Dia e Creche). Através <strong>da</strong> Deliberação 49/2012, <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> Fevereiro, foiaprovado pela CML um novo Contrato <strong>Programa</strong> com a GEBALIS para a reabilitação <strong>de</strong> mais 20 fogosnecessários para o realojamento parcial <strong>da</strong>s famílias a realojar na <strong>fase</strong> A1, no montante <strong>de</strong> 320.000€.Foram ain<strong>da</strong> aprova<strong>da</strong>s pela CML, em 28 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2011, para apoio ao processo <strong>de</strong> realojamento doBairro, a proposta 555/2011 - Requalificação do Bairro Padre Cruz – pequenas obras, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> a transferirpara a J. <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Carni<strong>de</strong> um montante 52.500 € para pequenas intervenções em 15 fogos <strong>de</strong>Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 36 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011alvenaria e a proposta 556/2011, que aprovou um Protocolo <strong>de</strong> parceria entre a CML e a Associação <strong>de</strong>Moradores do Bairro Padre Cruz, com um apoio <strong>de</strong> 10.000€. O processo <strong>de</strong> realojamento, <strong>de</strong>senvolvidopelo pelouro <strong>da</strong> Habitação e iniciado no final <strong>de</strong> Novembro, tem sido acompanhado pela ComissãoExecutiva do GABIP Padre Cruz, que inclui 4 representantes <strong>da</strong> CML (DMH, <strong>da</strong> DMPU, <strong>da</strong> DMAU eDMASED), 2 representantes <strong>da</strong>s empresas municipais envolvi<strong>da</strong>s no processo (GEBALIS e EPUL), oPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Carni<strong>de</strong> e a Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação <strong>de</strong> Moradores do Bairro PadreCruz.Esta candi<strong>da</strong>tura <strong>de</strong>termina um investimento global <strong>de</strong> 19,92 M €, sendo elegível 9,54 M €, com omontante a fundo perdido – FEDER – <strong>de</strong> 3,5 M €.QREN BAIRRO DA BOAVISTA - Regulamento do <strong>Programa</strong> Operacional Regional <strong>de</strong> Lisboa: Parcerias para aregeneração urbana – Eco-bairrosDesignação do Projecto - Eco-bairro Ambiente+ – Um mo<strong>de</strong>lo integrado <strong>de</strong> inovação sustentávelO Bairro <strong>da</strong> Boavista foi objecto <strong>de</strong> uma candi<strong>da</strong>tura ao <strong>Programa</strong> Operacional Regional <strong>de</strong> Lisboa, cujo<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Acção tem a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> “Eco-Bairro Boavista – Ambiente+ - Um Mo<strong>de</strong>lo Integrado <strong>de</strong>Inovação Sustentável”.O <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Acção visa a qualificação integra<strong>da</strong> do Bairro <strong>da</strong> Boavista, com base numa estratégia <strong>de</strong>sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ambiental e <strong>de</strong> eco-eficiência que conduzam à criação <strong>de</strong> um Eco-Bairro, o que supõe umareconversão urbanística e ambiental, através <strong>da</strong> criação e remo<strong>de</strong>lação <strong>da</strong>s infra-estruturas existentes e <strong>da</strong>adopção <strong>de</strong> novas técnicas <strong>de</strong> eco-eficiência, mas, também, medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> dinamização económica, social ecultural do Bairro, com vista ao reforço <strong>da</strong> coesão e a integração social.Estes diferentes domínios <strong>de</strong> actuação levaram a <strong>de</strong>finir seis eixos fun<strong>da</strong>mentais do presente <strong>Programa</strong> <strong>de</strong>Acção, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente: a qualificação urbana e ambiental, a dinamização económica, a dinamizaçãosocial, a dinamização cultural, a dinamização do <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Acção e sua divulgação e a gestão emonitorização.As enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s promotoras <strong>da</strong> candi<strong>da</strong>tura foram as seguintes: CML, Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa; EPAL,Empresa Portuguesa <strong>de</strong> Águas Livres SA; GEBALIS, Gestão <strong>de</strong> Bairros Municipais <strong>de</strong> Lisboa EEM; IHRU,Instituto <strong>de</strong> Habitação e <strong>da</strong> Reabilitação Urbana, IP; ISCTE - Instituto Superior <strong>de</strong> Ciências do Trabalho e <strong>da</strong>Empresa; SCML - Santa Casa <strong>da</strong> Misericórdia <strong>de</strong> Lisboa; e APF - Associação Portuguesa <strong>de</strong> PlaneamentoFamiliar.Foram ain<strong>da</strong> incluí<strong>da</strong>s como enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s parceiras as seguintes enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s: ABAE - Associação Ban<strong>de</strong>ira Azul<strong>da</strong> Europa; APA - Agência Portuguesa do Ambiente; CARRIS, Companhia Carris <strong>de</strong> Ferro <strong>de</strong> Lisboa; EDPCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 37 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011Distribuição Energia SA; EPUL – Empresa Pública <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong> Lisboa EP; Agrupamento <strong>de</strong> EscolasPedro <strong>de</strong> Santarém; Lisboa E-NOVA, Agência Municipal <strong>de</strong> Energia - Ambiente <strong>de</strong> Lisboa; Fábrica <strong>da</strong> IgrejaParoquial <strong>de</strong> S. José do Bairro <strong>da</strong> Boavista; e VALORSUL, Valorização e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos Sólidos <strong>da</strong>Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa (Norte) SA.A candi<strong>da</strong>tura ao QREN <strong>de</strong>termina um investimento global <strong>de</strong> 15,2 M €, sendo o montante a fundo perdido– FEDER – <strong>de</strong> 7,6 M €.Em Maio <strong>de</strong> 2011 foi constituído o Gabinete <strong>de</strong> Apoio ao Bairro <strong>de</strong> Intervenção Prioritária <strong>da</strong> Boavista -GABIP Boavista, através do Despacho conjunto dos Vereadores Manuel Salgado, Helena Roseta, Nunes <strong>da</strong>Silva e Manuel Brito, que reúne os serviços intervenientes na Operação QREN bem como a GEBALIS, aJunta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Benfica e a Associação Recreativa <strong>de</strong> Moradores e Amigos do Bairro <strong>da</strong> Boavista –ARMABB.Em Fevereiro <strong>de</strong> 2012 e após audição <strong>de</strong> todos os parceiros a CML submeteu à CCFR-LVT umareprogramação <strong>da</strong> candi<strong>da</strong>tura Eco-Bairro Boavista Ambiente + - Um Mo<strong>de</strong>lo Integrado <strong>de</strong> Inovaçãosustentável, por forma a concentrar as acções e a incluir a requalificação energético-ambiental <strong>da</strong> zona PERdo Bairro. Para este feito foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s parcerias com a agência e.nova e com o LNEC e foramrealizados ensaios <strong>de</strong> novos materiais que possam resolver uma <strong>da</strong>s queixas mais frequentes dosmoradores, que é o frio, a humi<strong>da</strong><strong>de</strong> e as infiltrações <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s casas, mesmo nas zonas mais recentes dobairro. Por outro lado, verifica-se que há fissuração evi<strong>de</strong>nte nas facha<strong>da</strong>s <strong>de</strong>stes edifícios.Foram já realizados, num dos edifícios do bairro, diversos ensaios com revestimento à base <strong>de</strong> argamassa<strong>de</strong> cal e cortiça, que agora serão avaliados pela Agência e-nova e pelo LNEC para garantir que se irá utilizara melhor escolha para o investimento a realizar.A candi<strong>da</strong>tura aguar<strong>da</strong> vali<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> reprogramação por parte <strong>da</strong> CCDR-LVT3.3.2. <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Investimentos Prioritários em Acções <strong>de</strong> Reabilitação Urbana do Município(PIPARU)A Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa aprovou, em Novembro <strong>de</strong> 2009, a Proposta n.º 1116/2009, referente aofinanciamento necessário à realização do <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Investimentos Prioritários em Acções <strong>de</strong>Reabilitação Urbana do Município (PIPARU), no montante global <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 120M€, dos quais cerca <strong>de</strong>50% através <strong>de</strong> empréstimo do BEI e o restante contratado com outras enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s financeiras. Esta propostafoi igualmente aprova<strong>da</strong>, em 22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2009, pela Assembleia Municipal.Os contratos <strong>de</strong> financiamentos foram enviados para o Tribunal <strong>de</strong> Contas, tendo-se sucedido uma série <strong>de</strong>alterações a pedido <strong>de</strong>sta enti<strong>da</strong><strong>de</strong>, que conduziram a uma redução do montante global para cerca <strong>de</strong>Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 38 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011117M€. Estas alterações obrigaram por sua vez a rever as listagens iniciais <strong>de</strong> acções incluí<strong>da</strong>s no PIPARU,aprova<strong>da</strong>s pela Câmara Municipal através <strong>da</strong> Proposta n.º 763/2010, em 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011, e pelaAssembleia Municipal em 22 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011. Finalmente, o Tribunal <strong>de</strong> Contas conce<strong>de</strong>u, em 17 <strong>de</strong>Março <strong>de</strong> 2011, o visto prévio aos contratos <strong>de</strong> financiamentos relativos ao PIPARU.A execução do <strong>Programa</strong> ao longo <strong>de</strong> 2011 levou a uma nova reprogramação <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> que resultou emJaneiro <strong>de</strong> 2012 a seguinte distribuição final por gran<strong>de</strong>s áreas <strong>de</strong> actuação:O acompanhamento e controle <strong>de</strong> execução do PIPARU começou por ser feito pelo Gabinete PIPARU,criado pelo Despacho n.º 137/P/2010, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2010, publicado no Boletim Municipal n.º 849, <strong>de</strong>27 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010. Em 8 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2011, a CML aprovou, no quadro <strong>da</strong> nova orgânica municipal eatravés <strong>da</strong> proposta 310/2011, a criação <strong>da</strong> Equipa <strong>de</strong> Projecto PIPARU (EPP).Em termos <strong>de</strong> Habitação, a verba prevista no PIPARU cobre 698 acções em Habitação Municipal, queincluem a reabilitação <strong>de</strong> fracções <strong>de</strong>volutas ou a carecer <strong>de</strong> obras (previsão <strong>de</strong> intervenção em mais <strong>de</strong>500 fracções em 2012 e 2013) e intervenções integra<strong>da</strong>s em Bairros Municipais, contratualiza<strong>da</strong>s entre aCML e a GEBALIS, nomea<strong>da</strong>mente no âmbito do <strong>Programa</strong> Viver Marvila e do processo <strong>de</strong> realojamento ereconversão do Bairro Padre Cruz. As intervenções em Habitação priva<strong>da</strong> são resultantes <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>finalizar empreita<strong>da</strong>s <strong>de</strong> obras coercivas, sobretudo em zonas históricas, interrompi<strong>da</strong>s por falta <strong>de</strong>financiamento.O facto <strong>de</strong> o PIPARU financiar intervenções em espaço público e em equipamentos converge com a filosofia<strong>de</strong>fendi<strong>da</strong> pelo PLH, no sentido <strong>de</strong> encarar sempre a habitação no contexto mais vasto <strong>de</strong> “habitat”,incluindo o espaço público, os serviços e equipamentos e a mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 39 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 20113.4. O PLH em acção3.4.1. O PLH e a nova estrutura <strong>de</strong> objectivos do Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimentos <strong>da</strong> CMLA primeira tarefa que se colocou na 3ª <strong>fase</strong> do PLH, <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> logo que a AML, no início <strong>de</strong> 2010,aprovou os seus objectivos estratégicos, foi a <strong>de</strong> encontrar uma forma pragmática <strong>de</strong> inserir nas Gran<strong>de</strong>sOpções do Plano (GOP), no Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimentos (PPI) e no Plano Anual <strong>de</strong> Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s (PAA)<strong>da</strong> CML as principais medi<strong>da</strong>s emblemáticas do PLH, que em muitos casos eram transversais a váriospelouros e serviços.O método encontrado foi o <strong>de</strong> reformular a estrutura do PPI her<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong> man<strong>da</strong>tos anteriores, introduzindoum novo nível <strong>de</strong> classificação, intitulado “eixo estratégico”, que permitisse fazer a articulação entreprojectos, serviços e pelouros numa perspectiva <strong>de</strong> complementari<strong>da</strong><strong>de</strong> e transversali<strong>da</strong><strong>de</strong>.Foram assim criados 6 gran<strong>de</strong>s eixos estratégicos, que se divi<strong>de</strong>m em objectivos, programas e projectos, <strong>de</strong>acordo com a seguinte estrutura:Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 40 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011Eixo Objectivo DescriçãoACIDADE AMIGÁVELBCDEFA1A2A3A4A5A6B1B2B3B4B5B6C1C2C3C4C5D1D2D3D4D5E1E2E3E4E5E6E7F1F2F3F4F5Estrutura <strong>de</strong> eixos e objectivos do PPIURBANISMO PROXIMIDADE/VALORIZAÇÃO BAIRROESPAÇO PÚBLICO DE PROXIMIDADE / CALÇADASACESSIBILIDADE LOCALPROTECÇÃO CIVIL E SEGURANÇAACÇÃO SOCIALSAÚDEBONS SERVIÇOS URBANOSHIGIENE E LIMPEZA URBANAILUMINAÇÃO PÚBLICAREDE VIÁRIASINALIZAÇÃO E SINALÉTICAMERCADOSCEMITÉRIOSCIDADE DE OPORTUNIDADESRE-HABITAR (HABIT. E REABILIT. URBANA)EDUCAÇÃOCULTURAJUVENTUDEDESPORTOCIDADE SUSTENTÁVELESTRUTURA ECOLÓGICA – PLANO VERDESANEAMENTO BÁSICOLISBOA E-NOVA - AGÊNCIA MUN. ENERGIAMOBILIDADE E TRANSPORTESPOLÍTICA DE SOLOS E GESTÃO PATRIMONIALCIDADE COMPETITIVA, INOVADORA E INTERNACIONALIZADPLANEAMENTO ESTRATÉGICO E URBANOCOMUNICAÇÕESINOVAÇÃO, ATRACÇÃO COMPETÊNCIAS E INVESTTURISMOCOMÉRCIOLOGÍSTICA URBANAPROMOÇÃO,VALORIZ. EXTERNA E REDES INTERNGOVERNO EFICIENTE E PARTICIPATIVONOVO MODELO DE GOVERNAÇÃO DA CIDADEMODERNIZAÇÃO E SIMPLIFICAÇÃO ADMINISTRATIVARELAÇÕES INSTITUCIONAISPARTICIPAÇÃO E COMUNICAÇÃOTRANSPARÊNCIA E BOAS PRÁTICASEsta estrutura <strong>de</strong> eixos e objectivos presidiu à elaboração do PPI 2010-2013, bem como do Plano eOrçamento para 2010, que foram rejeitados pela Assembleia Municipal. No ano <strong>de</strong> 2010 a CML teve porisso <strong>de</strong> ser geri<strong>da</strong> a partir do Orçamento transposto do ano anterior, que também correspondia a umCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 41 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011A leitura <strong>de</strong>stes <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>monstra que os propósitos e o carácter transversal do <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong>Habitação estão a ser tomados em linha <strong>de</strong> conta na gestão plurianual e anual <strong>da</strong> Câmara Municipal <strong>de</strong>Lisboa.3.4.2. O PLH nos Planos <strong>de</strong> Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Anuais (PAA) <strong>da</strong> CMLPlano <strong>de</strong> Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2011 – PAA 2011Os Planos Anuais <strong>de</strong> Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s são instrumentos fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> gestão municipal. Estãoobrigatoriamente articulados com os Orçamentos Municipais e <strong>de</strong>vem espelhar a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Câmara,mesmo a que não tem impacto orçamental directo. 4Como já vimos, o PAA 2010 não chegou a ser aprovado pela Assembleia Municipal, pelo que o primeiroPAA em que se reflectiram directamente os objectivos do PLH foi o PAA 2011.Nesse ano, a dotação inicial prevista para o pelouro foi <strong>de</strong> 13,7 milhões <strong>de</strong> euros, dos quais 10,5 emdotação <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> e 3,2 em dotação não <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> (600.000 a financiar pelo saldo <strong>de</strong> gerência <strong>de</strong> 2010 e 2,5milhões <strong>de</strong> euros a financiar pelo PIPARU.Previu-se ain<strong>da</strong> que em 2011 a empresa municipal GEBALIS recebesse em 2011 <strong>da</strong> CML, para além doscontratos-programa incluídos no plano do pelouro <strong>da</strong> Habitação, um total <strong>de</strong> 15,9 milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong>outros pelouros, que correspon<strong>de</strong>m a: 12,3 milhões <strong>de</strong> euros para o reequilíbrio financeiro <strong>da</strong> empresa, 2,2milhões <strong>de</strong> euros para reabilitação <strong>de</strong> Bairros Municipais (eixo C) e 1,35 milhões <strong>de</strong> euros para investir emespaço público (eixo A). Dos 12,3 milhões <strong>de</strong> euros para o reequilíbrio financeiro foi no entanto apenastransferi<strong>da</strong> meta<strong>de</strong>, em função <strong>da</strong>s restrições orçamentais impostas pela crise.Em 2011 reforçou-se e diversificou-se a participação <strong>da</strong>s freguesias nas políticas municipais <strong>de</strong> habitaçãocom dois programas novos, o programa dos BIP/ZIP, dirigido a bairros com especiais carências a nível socioeconómico,ambiental ou urbanístico e o programa <strong>da</strong> Acupunctura Urbana, para pequenas obras <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> fogos privados. Mantiveram-se as transferências dos Protocolos <strong>de</strong> Delegação <strong>de</strong> Competências parapequenas obras em habitação municipal dispersa. O total previsto dos três programas ascen<strong>de</strong>u a 1,4milhões <strong>de</strong> euros a transferir para as freguesias.Execução do PAA 2011 em função dos objectivos do PLHComo vimos, os gran<strong>de</strong>s objectivos do <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação, aprovados pela AML, são os seguintes:- Melhorar a Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> (A - Melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do parque habitacional público e privado, B - Melhorar aquali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> urbana e a coesão territorial e C - Promover a Coesão Social)4 Por razões técnicas, e não havendo contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> analítica instala<strong>da</strong> na CML, as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s sem impactoorçamental directo são referencia<strong>da</strong>s a partir do PAA 2011 com uma dotação <strong>de</strong> 1€. O que significa que sãointegralmente <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelos serviços municipais, sem encargos adicionais.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 43 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011- Atrair Nova População (D - A<strong>de</strong>quar a oferta à procura <strong>de</strong> habitação e E - Poupar Recursos)- Passar <strong>da</strong> Crise à Oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> (F - Dar priori<strong>da</strong><strong>de</strong> à reabilitação, G - Garantir os solos necessários para(re)habitar Lisboa e H - Promover a Administração Aberta)• Melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do parque habitacional público e privadoPara melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do parque habitacional municipal e privado, o pelouro <strong>da</strong> Habitação concentrouseao longo <strong>de</strong> 2011 nos seguintes gran<strong>de</strong>s projectos:- “Casas para quem precisa” - lançou-se pela primeira vez a verificação sistemática <strong>da</strong> ocupação efectiva e<strong>da</strong> legali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ocupação <strong>da</strong> totali<strong>da</strong><strong>de</strong> do património habitacional ocupado (cerca <strong>de</strong> 25.000 fogos emBairros e património disperso). Preten<strong>de</strong>-se que esta verificação seja feita todos os três anos.- Preparação <strong>da</strong> ITE (Inspecção Técnica Edifícios) municipal – a lançar em 2012, implica a caracterização donível <strong>de</strong> estado <strong>de</strong> conservação <strong>da</strong> totali<strong>da</strong><strong>de</strong> do Património Habitacional Municipal, com uniformização <strong>de</strong>critérios a partir <strong>da</strong> ficha <strong>de</strong> caracterização do NRAU acresci<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma avaliação sumária do risco sísmico.- <strong>Programa</strong> Integrado <strong>de</strong> Gestão e Requalificação dos Bairros Municipais – Deliberação 344/CM/2011, <strong>de</strong> 22<strong>de</strong> Junho) – avaliou o estado <strong>de</strong> conservação dos Bairros Municipais e <strong>de</strong>finiu priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção a10 anos- Regras claras para a gestão <strong>da</strong> habitação municipal num quadro normativo único, através dos novosregulamentos relativos à gestão, às operações <strong>de</strong> realojamento e às <strong>de</strong>socupações. Foram aprovados pelaAML no início <strong>de</strong> 2012:• O Regulamento <strong>de</strong> Gestão do Parque Habitacional do Município <strong>de</strong> Lisboa• O Regulamento <strong>da</strong>s Desocupações <strong>de</strong> Habitações Municipais• O Regulamento <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Realojamento- Lançamento do programa Acupunctura Urbana para pequenas intervenções em fogos privados <strong>de</strong> famíliascarencia<strong>da</strong>s em colaboração com as Juntas <strong>de</strong> Freguesia; este programa complementa o Protocolo <strong>de</strong>Delegação <strong>de</strong> Competências na área <strong>da</strong> Habitação, <strong>de</strong>stinado a promover pequenas obras em habitaçãomunicipal do Património Disperso.- Reabilitação <strong>de</strong> fogos <strong>de</strong>volutos com financiamento PIPARU - Em 2011 iniciou-se a reabilitação <strong>de</strong> fogos<strong>de</strong>volutos com financiamento PIPARU e estabeleceram-se para o mesmo fim Contratos <strong>Programa</strong> com aGEBALIS.• Melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> urbana e promover a coesão socialPara melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> urbana e a coesão territorial e promover a coesão social foram<strong>de</strong>senvolvidos os seguintes projectos:Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 44 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011- <strong>Programa</strong> BIP-ZIP (Bairros e Zonas <strong>de</strong> Intervenção Prioritária) para apoio a parcerias locais <strong>de</strong> melhoria dosrespectivos habitas; a primeira edição do <strong>Programa</strong> em 2011 <strong>de</strong>monstrou uma enorme a<strong>de</strong>são <strong>da</strong>senti<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais, com 77 candi<strong>da</strong>turas, <strong>da</strong>s quais 33 foram aprova<strong>da</strong>s e estão a ser implementa<strong>da</strong>s até 31<strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2012, num montante total <strong>de</strong> 1.249M€.- Criação e apoio ao funcionamento dos GABIP - Gabinetes <strong>de</strong> Apoio a BIP-ZIP, no sentido <strong>de</strong> articular osvários serviços e empresas municipais intervenientes e permitir a participação sistemática <strong>da</strong>s Juntas <strong>de</strong>Freguesia e Associações <strong>de</strong> Moradores (criados o GABIP Padre Cruz e o GABIP Boavista; criado, na<strong>de</strong>pendência directa do Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> CML, o GABIP Mouraria); os GABIP têm um papel <strong>de</strong>cisivo nagarantia <strong>de</strong> cumprimento dos prazos <strong>da</strong>s Operações QREN nos respectivos bairros.- Promoção <strong>da</strong> participação dos interessados na política <strong>de</strong> Habitação <strong>da</strong> CML, através <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> umórgão consultivo próprio, o Conselho Municipal <strong>de</strong> Habitação (Regulamento publicado em BM nº 930 <strong>de</strong> 15<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2011)- Operações <strong>de</strong> realojamento concluí<strong>da</strong>s e em curso – Em 2011 concluiu-se o processo <strong>de</strong> realojamento doBairro <strong>da</strong> Liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e do Parque dos Artistas <strong>de</strong> Circo, <strong>de</strong>senvolveu-se o processo <strong>de</strong> realojamento <strong>da</strong> 1ª<strong>fase</strong> do B. Padre Cruz e iniciou-se a 2ª <strong>fase</strong> do mesmo bairro.- Complementarmente aos programas habitacionais foi aprovado um conjunto <strong>de</strong> Orientação Gerais paraos Espaços Não Habitacionais (<strong>de</strong>liberação 385/CM/2011), para dinamizar o melhor uso <strong>de</strong>stes espaçosnuma perspectiva integra<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico e coesão social.O ano <strong>de</strong> 2011 foi também um ano <strong>de</strong> teste intensivo do Regulamento do Regime <strong>de</strong> Acesso à HabitaçãoMunicipal (RRAHM), que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final <strong>de</strong> 2009 obriga a candi<strong>da</strong>tura por concurso <strong>de</strong> pontuação. Em 2011foram recepcionados 3.728 pedidos ao abrigo do RRAHM. Suce<strong>de</strong> que os fogos disponíveis, apósreabilitação, têm <strong>de</strong> ser repartidos entre vários <strong>de</strong>stinos, nomea<strong>da</strong>mente transferências <strong>de</strong> ruínasmunicipais ou fogos insalubres ou inabitáveis em bairros municipais, processos <strong>de</strong> realojamento em cursopor razões urbanísticas e pedidos ao abrigo do RRAHM. Por isso, apesar <strong>de</strong> terem sido atribuídos 198 fogosem 2011, foi tão baixa a atribuição ao abrigo do RRAHM.Em 2012 espera-se po<strong>de</strong>r aumentar a quota dos fogos pedidos ao abrigo do RRAHM, nomea<strong>da</strong>menteatravés <strong>de</strong> um maior número <strong>de</strong> fogos disponíveis reabilitados no âmbito do PIPARU e satisfazendo oCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 45 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011máximo <strong>de</strong> pedidos RRAHM com pontuação eleva<strong>da</strong> (em Novembro <strong>de</strong> 2011 o número <strong>de</strong> pedidos compontuação superior a 100 era <strong>de</strong> 120).• Atrair nova população e passar <strong>da</strong> crise à oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>Para atrair nova população e passar <strong>da</strong> crise à oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> aprovou-se em 2011 o <strong>Programa</strong> <strong>de</strong>Valorização do Património (PVP), visando criar condições <strong>de</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> económica e financeira amédio e longo prazo <strong>da</strong>s políticas municipais <strong>de</strong> habitação. O PVP, a implementar em 2012, apresenta umconjunto <strong>de</strong> <strong>Programa</strong>s <strong>de</strong> Intervenção que consubstanciam as diversas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção(ven<strong>da</strong>, arren<strong>da</strong>mento e reabilitação) <strong>de</strong> acordo com a situação actual efectiva do património, os váriospúblicos alvo e os objectivos aprovados, <strong>de</strong> que <strong>de</strong>stacamos:<strong>Programa</strong>s <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong>: Ven<strong>da</strong> Directa a Moradores; Ven<strong>da</strong> Directa a Terceiros e Ven<strong>da</strong> Directa a Jovens<strong>Programa</strong>s <strong>de</strong> Reabilitação Urbana: <strong>Programa</strong> “Reabilita Primeiro Paga Depois” e <strong>Programa</strong> “ReabilitaArren<strong>da</strong> Devolve”<strong>Programa</strong>s <strong>de</strong> Ren<strong>da</strong> Convenciona<strong>da</strong>: Ren<strong>da</strong> Convenciona<strong>da</strong>; Ren<strong>da</strong> Convenciona<strong>da</strong> Jovem; <strong>Programa</strong> <strong>de</strong>Arren<strong>da</strong>mento Estu<strong>da</strong>nte.Todos os documentos referidos estão disponíveis no sítio do pelouro <strong>da</strong> Habitação, emhttp://habitacao.cm-lisboa.pt .De <strong>de</strong>stacar ain<strong>da</strong> a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Comissão Arbitral Municipal, no quadro do Novo Regime <strong>de</strong>Arren<strong>da</strong>mento Urbano, que em termos legais envia à AML o seu próprio relatório <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Foramrealiza<strong>da</strong>s 370 vistorias, correspon<strong>de</strong>ndo a um total <strong>de</strong> honorários <strong>de</strong> 27.639,41€ e a um montante total <strong>de</strong>receita <strong>de</strong> 22.312,50€.Na área do planeamento e monitorização, releva-se a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Equipa <strong>de</strong> Projecto do <strong>Programa</strong> <strong>Local</strong><strong>de</strong> Habitação, através <strong>da</strong> participação na actualização <strong>da</strong>s Cartas e Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Equipamentos, em articulaçãocom o pelouro do Urbanismo. Este é um trabalho que tem vindo a ser preparado à luz dos resultados doCenso <strong>de</strong> 2011 e outros <strong>da</strong>dos disponíveis, em sintonia com a actualização do documentos básicos <strong>da</strong> Re<strong>de</strong>Social <strong>de</strong> Lisboa, em especial o Diagnóstico Social <strong>de</strong> Lisboa, aprovado pelo Conselho <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Acção Social– CLAS <strong>de</strong> Lisboa em 2009.3.4.3. Síntese <strong>da</strong> execução <strong>da</strong> política <strong>de</strong> habitação municipalNo final do 1º trimestre <strong>de</strong> 2012, a síntese <strong>da</strong> execução <strong>da</strong> política <strong>de</strong> habitação municipal lança<strong>da</strong> pelo PLHe introduzi<strong>da</strong> nos instrumentos <strong>de</strong> gestão <strong>da</strong> CML po<strong>de</strong> ser analisa<strong>da</strong> a partir dos quadros seguintes queestabelecem a correspondência entre o <strong>Programa</strong>s e Sub-programas propostos no PLH e os <strong>Programa</strong>s eProjectos <strong>de</strong>senvolvidos pela CML.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 46 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011Da leitura <strong>de</strong>stes quadros ressalta que há um único programa ain<strong>da</strong> não iniciado, o <strong>Programa</strong> <strong>da</strong> Formação,que po<strong>de</strong>rá ser lançado ain<strong>da</strong> em 2012.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 47 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011<strong>Programa</strong>s e Subprogramaspropostos no PLH<strong>Programa</strong>s correspon<strong>de</strong>ntes noPAA <strong>da</strong> CMLPelourosli<strong>de</strong>rantesPrincipais Parceiros Execução Observações1. Formação - - - Não iniciado -2. Arren<strong>da</strong>mento Jovem<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Ren<strong>da</strong> Convenciona<strong>da</strong>JovemHabitação IHRU Em preparação -<strong>Programa</strong> Arren<strong>da</strong>mento Estu<strong>da</strong>nte Habitação Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Em preparação -3. Acupunctura Urbana <strong>Programa</strong> Acupunctura Urbana Habitação Juntas <strong>de</strong> Freguesia Em curso Iniciado em 2011 (ciclo anual)4. Mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Programa</strong> Zonas 30 Mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>5. Regeneração e Requalificaçãodos Bairros:Plano <strong>de</strong> Acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> Pedonal <strong>de</strong>LisboaJuntas <strong>de</strong> Freguesia e AssociaçõesLocaisEm curso Iniciado em 2012Mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> Associações; Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Civil Em curso Iniciado em 20125.1 Regeneração dos Bairros <strong>de</strong>Intervenção PrioritáriaCarta dos BIP-ZIP Habitação - Concluído Aprova<strong>da</strong> pela AML em Março <strong>de</strong> 2011<strong>Programa</strong> BIP-ZIP Parcerias LocaisHabitaçãoJuntas <strong>de</strong> Freguesia, IPSS, ONG,Colectivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e Associações <strong>de</strong>MoradoresEm cursoIniciado em 2011 (ciclo anual)Revisão do PDM e regras para os espaçosa consoli<strong>da</strong>r<strong>Programa</strong> Integrado <strong>de</strong> Gestão eRequalificação dos Bairros MunicipaisPlaneamento - Em curso Aguar<strong>da</strong> aprovação pela AMLHabitação GEBALIS, Associações Locais Em curso Aprovado em 2011 pela CML5.2 Requalificação dos BairrosConsoli<strong>da</strong>dosEstratégia <strong>de</strong> Reabilitação Urbana <strong>de</strong>Lisboa 2011-2024ReabilitaçãoUrbanaSector Imobiliário; Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Civil Concluído Aprova<strong>da</strong> pela AML em Março <strong>de</strong> 2012Requalificação <strong>de</strong> escolas Obras Administração Central, Parque Escolar Em curso -<strong>Programa</strong> B-A-Bá (creches) Obras Re<strong>de</strong> Social Em curso -Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 48 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011<strong>Programa</strong>s e Subprogramaspropostos no PLH<strong>Programa</strong>s correspon<strong>de</strong>ntes noPAA <strong>da</strong> CMLPelourosli<strong>de</strong>rantesPrincipais Parceiros Execução Observações5.3 Promoção <strong>da</strong> Proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> eBoas PráticasUni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Intervenção TerritorialMo<strong>de</strong>rnizaçãoAdministrativa eDescentralizaçãoEm curso Cria<strong>da</strong>s em Maio <strong>de</strong> 2011GABIP Mouraria, P. Cruz e BoavistaReabilitaçãoUrbana eHabitaçãoJuntas <strong>de</strong> Freguesia e AssociaçõesLocaisEm curso6. SAAL e PPP (Parcerias PúblicoPriva<strong>da</strong>s) para a ReabilitaçãoInclusão dos bairros ex-SAAL na Carta dosBIP-ZIP e no <strong>Programa</strong> BIP-ZIP ParceriasLocaisHabitação - Concluído -Loteamento PRODAC (Norte e Sul)Urbanismo eHabitaçãoAssociações <strong>de</strong> Moradores Concluído -Alienação <strong>de</strong> Lotes PRODAC (Norte e Sul)Habitação ePatrimónioAssociações <strong>de</strong> MoradoresEm cursoPRODAC Norte - Concluído / PRODACSul - Em preparaçãoResolução <strong>de</strong> outros contenciososfinanceiros, urbanísticos eadministrativos dos bairros ex-SAALHabitaçãoLNEC; Cooperativas e Associações <strong>de</strong>MoradoresEm preparação -Cooperativas - Criação do Grupo <strong>de</strong>Trabalho inter-serviços, resolução <strong>de</strong>processos pen<strong>de</strong>ntes e preparação <strong>da</strong>revisão do Protocolo com a FENACHEReabilitaçãoUrbana eHabitaçãoFENACHE Em curso -7. Respiração <strong>Local</strong>Demolições para libertação <strong>de</strong> terrenoincluí<strong>da</strong>s em PIPARUObras - Em curso -<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Espaços Expectantes Espaços Ver<strong>de</strong>s - Em curso -8. Habitação “Low-Cost” Mercado Social <strong>de</strong> Arren<strong>da</strong>mento HabitaçãoGoverno (<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> EmergênciaSocial) e BancaEm preparação -Dinamização <strong>da</strong> Ren<strong>da</strong> acessívelReabilitaçãoUrbana eHabitaçãoSector Imobiliário Em preparação -Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 49 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011<strong>Programa</strong>s e Subprogramaspropostos no PLH9. Revitalização <strong>Local</strong><strong>Programa</strong>s correspon<strong>de</strong>ntes noPAA <strong>da</strong> CMLEstratégia <strong>de</strong> Reabilitação Urbana <strong>de</strong>Lisboa 2011-2024Dinamização dos Espaços NãoHabitacionais <strong>da</strong> CMLPelourosli<strong>de</strong>rantesReabilitaçãoUrbana eHabitaçãoPrincipais Parceiros Execução ObservaçõesSector Imobiliário; Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil Concluído Aprova<strong>da</strong> pela AML em Março <strong>de</strong> 2013Habitação Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil Em cursoOrientações Gerais aprova<strong>da</strong>s pelaCML em 201110. Realojamento eRegeneração UrbanaIncubadora <strong>de</strong> empresas e criação <strong>de</strong>espaço <strong>de</strong> Co-workingEconomia eInovaçãoAIP e Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Civil Em curso -Realojamento Encosta do B. Liber<strong>da</strong><strong>de</strong> Habitação - Concluído -Realojamento do Parque dos Artistas <strong>de</strong>CircoRealojamento do Bairro Padre CruzHabitação - Concluído -HabitaçãoGEBALIS, Junta <strong>de</strong> Freguesia,Associações <strong>de</strong> MoradoresEm cursoFase A0 concluí<strong>da</strong> / Fase A1 em cursoQREN MourariaReabilitaçãoUrbanaJuntas <strong>de</strong> Freguesia, IPSS, AssociaçõesLocaisEm curso -QREN B. Padre CruzReabilitaçãoUrbana eHabitaçãoGEBALIS, EPUL, Junta <strong>de</strong> Freguesia,Associações <strong>de</strong> Moradores, IPSS,Associações Locais, SCMLEm curso -QREN BoavistaReabilitaçãoUrbana eHabitaçãoGEBALIS, Junta <strong>de</strong> Freguesia,Associações <strong>de</strong> Moradores, IPSS,Associações Locais, SCMLEm cursoAguar<strong>da</strong> aprovação <strong>da</strong> reprogramaçãoQREN Ribeira <strong>da</strong>s NausReabilitaçãoUrbanaGoverno (Ministério <strong>da</strong> Marinha) Em curso -11. Dinamização doArren<strong>da</strong>mento<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Valorização do Patrimonio erespectivos <strong>Programa</strong>s <strong>de</strong> IntervençãoHabitaçãoSector Imobiliário, IHRU, Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>CivilEm curso -12. Reabilitação SustentávelAcompanhamento <strong>da</strong> Revisão do Regimedo Arren<strong>da</strong>mento UrbanoEstratégia <strong>de</strong> Reabilitação Urbana <strong>de</strong>Lisboa 2011-2024Introdução <strong>de</strong> novos materiais namelhoria do edificado no quadro doQREN BoavistaReabilitaçãoUrbana eHabitaçãoReabilitaçãoUrbana eHabitaçãoConselho Municipal <strong>de</strong> Habitação Em <strong>de</strong>bate na AR -Sector Imobiliário; Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Civil Concluído Aprova<strong>da</strong> pela AML em Março <strong>de</strong> 2013Habitação Agência Lisboa E.nova e LNEC Em curso Em <strong>fase</strong> <strong>de</strong> testes e avaliaçãoCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 50 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011<strong>Programa</strong>s e Subprogramaspropostos no PLH<strong>Programa</strong>s correspon<strong>de</strong>ntes noPAA <strong>da</strong> CMLPelourosli<strong>de</strong>rantesPrincipais Parceiros Execução Observações13. Governança:13.1 Políticas NacionaisRevisão do Regime do Arren<strong>da</strong>mentoUrbanoRevisão do Regime Jurídico <strong>da</strong>Reabilitação UrbanaReabilitaçãoUrbana eHabitaçãoReabilitaçãoUrbana eHabitaçãoGoverno e Grupos Parlamentares <strong>da</strong> AR Em <strong>de</strong>bate na AR -Governo e Grupos Parlamentares <strong>da</strong> AR Em <strong>de</strong>bate na AR -Revisão <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> apoia<strong>da</strong> Habitação Governo, IHRU, Grupos Parlamentares Em <strong>de</strong>bate na AR Aguar<strong>da</strong> proposta legislativa13.2 Boa AdministraçãoMunicipalNovo quadro regulamentar na área <strong>da</strong>Habitação MunicipalHabitaçãoGEBALIS, Associações <strong>de</strong> Moradoresdos Bairros MunicipaisConcluídoAprovados 4 novos regulamentos pelaAML entre Janeiro e Março <strong>de</strong> 2012Regulamento do Concurso <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> <strong>da</strong>sFrações Habitacionais MunicipaisDevolutas a JovensHabitação ePatrimónioSocie<strong>da</strong><strong>de</strong> CivilConcluídoAprovado pela AML em Novembro <strong>de</strong>2011Nova orgânica dos serviços municipaisMo<strong>de</strong>rnizaçãoAdministrativa- Concluído Aprovado em 2011 pela CMLReorganização administrativa <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> ediminuição do nº <strong>de</strong> freguesiasMo<strong>de</strong>rnizaçãoAdministrativaJuntas <strong>de</strong> Freguesia e Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> CivilEm cursoAprovado pela AML; aguar<strong>da</strong>aprovação final pela ARRevisão <strong>da</strong>s Orientações Gerais e cartas<strong>de</strong> EquipamentosPlaneamento,Educação,Desporto, Cultura eHabitaçãoEnti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Administração Central,IPSS, Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> CivilEm curso -13.3 Participação Conselho Municipal <strong>de</strong> Habitação Habitação<strong>Programa</strong> BIP-ZIP - Parcerias LocaisHabitaçãoAgentes do Sector <strong>da</strong> Habitação,Cooperativas, Associações <strong>de</strong> Inquilinose Proprietários, Associações <strong>de</strong>MoradoresJuntas <strong>de</strong> Freguesia, IPSS, ONG,Colectivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e Associações <strong>de</strong>MoradoresConcluídoEm cursoConstituído; 1ª reunião realiza<strong>da</strong> emFevereiro <strong>de</strong> 2012Edição 2011 concluí<strong>da</strong>; Edição 2012 emcurso (ciclo anual)Orçamento ParticipativoMo<strong>de</strong>rnizaçãoAdministrativa eDescentralizaçãoSocie<strong>da</strong><strong>de</strong> Civil Em curso Em execução <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008 (ciclo anual)Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 51 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 20113.4.4. O PLH, o pelouro <strong>da</strong> Habitação e a estrutura orgânica <strong>da</strong> CMLO Pelouro <strong>da</strong> Habitação foi constituído após as eleições <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2009 com base nos objectivos do<strong>Programa</strong> <strong>Local</strong> <strong>de</strong> Habitação, envolvendo uma componente <strong>de</strong> habitação municipal (património disperso ebairros municipais) e uma componente <strong>de</strong> regulação e intervenção no mercado privado <strong>de</strong> habitação. Naaltura integrou os seguintes serviços municipais:• DMH – Direcção Municipal <strong>de</strong> Habitação (orgânicas 10.00. 10.01 e 10.02)• DCEP – Departamento <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong> Edifícios Particulares (orgânica 7.01) <strong>da</strong> DMCRU -Direcção Municipal <strong>de</strong> Conservação e Reabilitação Urbana• DCCH – Departamento <strong>de</strong> Construção e Conservação <strong>de</strong> Habitação (orgânica 14.03) <strong>da</strong> DMPO _Direcção Municipal <strong>de</strong> Obras• Divisão <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Informação e Apoio Técnico, também <strong>da</strong> DMCRU.Ao pelouro <strong>da</strong> Habitação foi ain<strong>da</strong> atribuí<strong>da</strong> a tutela <strong>da</strong> GEBALIS, EEM e <strong>da</strong> CAM – Comissão ArbitralMunicipal, cria<strong>da</strong> no âmbito do NRAU.Com a reestruturação <strong>de</strong> 2011, a partir <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2011 o antigo Departamento <strong>de</strong> Acção Social,renomeado Departamento De Desenvolvimento Social, passou a integrar a Direcção Municipal <strong>de</strong>Habitação, renomea<strong>da</strong> como Direcção Municipal <strong>de</strong> Habitação e Desenvolvimento Social – DMHDS(orgânica 13.00) com 3 Departamentos, respectivamente Departamento <strong>de</strong> Política <strong>de</strong> Habitação – DPH,Departamento <strong>de</strong> Gestão <strong>da</strong> Habitação Municipal – DGHM e Departamento <strong>de</strong> Desenvolvimento Social –DDS. Manteve-se a tutela <strong>da</strong> CAM pelo pelouro <strong>da</strong> Habitação, bem como <strong>da</strong> GEBALIS, EEM. Foi ain<strong>da</strong>constituí<strong>da</strong> a Equipa <strong>de</strong> Projecto do PLH, responsável pela monitorização do PLH e pela manutenção <strong>de</strong>uma perspectiva <strong>de</strong> transversalização nas políticas <strong>de</strong> habitação municipal e coesão social.Esta junção <strong>da</strong>s áreas do Desenvolvimento Social e <strong>da</strong> Habitação teve reflexos na alteração <strong>de</strong> pelouros,passando o vereador <strong>da</strong> Habitação a tutelar também a área do Desenvolvimento Social.O organigrama <strong>da</strong> actual DMHDS é o seguinte:Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 52 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 53 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 20114. Monitorização dos pilares complementares4.1. Enquadramento para a concretização dos três pilares fun<strong>da</strong>mentais - Cartas <strong>de</strong>Equipamentos e as Orientações EstratégicasO <strong>de</strong>senvolvimento do PLH constituiu um <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> um instrumento <strong>de</strong> intervençãoestratégica, planeado a diversas escalas e <strong>de</strong> interligação entre as problemáticas <strong>da</strong> habitação com osdiversos sectores responsáveis pela quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> urbana, uma vez que a oferta <strong>da</strong> habitação não estádissocia<strong>da</strong> do tecido urbano on<strong>de</strong> se integra.O PLH, numa perspectiva <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos ci<strong>da</strong>dãos, partiu assim duma “triangulação” on<strong>de</strong> atemática <strong>da</strong> habitação passa por um conceito mais lato, que integra três pilares fun<strong>da</strong>mentais: a habitação,os equipamentos/espaço público e a mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>.No sector dos equipamentos, assumem releva<strong>da</strong> importância as Cartas <strong>de</strong> Equipamentos e as OrientaçõesEstratégicas, documentos <strong>de</strong> enquadramentos <strong>da</strong>s acções a <strong>de</strong>senvolver para o estabelecimento <strong>da</strong>s Re<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Equipamentos Públicos, que foram verti<strong>da</strong>s na revisão do PDM e constituem hoje uma linha <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento estratégico do Município <strong>de</strong> Lisboa, tendo em vista atrair população e tornar a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>coerente socialmente, <strong>da</strong>ndo quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e equi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ao seu território e à suapopulação resi<strong>de</strong>nte.Com efeito, “equipar para morar” constitui um <strong>de</strong>sígnio estratégico aparentemente paradoxal numa ci<strong>da</strong><strong>de</strong>que per<strong>de</strong>u população por mais <strong>de</strong> duas déca<strong>da</strong>s, mas que ao longo dos anos, acumulou défices <strong>de</strong>equipamentos públicos <strong>de</strong> várias valências, tornando-se o solo municipal um “bem escasso”.De salientar que, se entre 1981 e 2001, a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa per<strong>de</strong>u mais <strong>de</strong> 120 000 habitantes (15%) pordéca<strong>da</strong>, esta tendência parece ter abran<strong>da</strong>do significativamente, tendo a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> população na últimadéca<strong>da</strong>, 2001-2011, sido apenas <strong>de</strong> menos <strong>de</strong> 20 000 habitantes (3,4%), preten<strong>de</strong>ndo-se implementarain<strong>da</strong> políticas atractivas <strong>da</strong> revitalização do centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 54 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 20114.2. Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> equipamentos públicosO aumento e reforço <strong>da</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> foi planeado e programado com diversascartas <strong>de</strong> equipamentos, já previstas nomea<strong>da</strong>mente no art.º 127.º do Regulamento do PDM em vigor(Resolução do Conselho <strong>de</strong> Ministros n.º94/94), para os sectores do Ensino, <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e do Desporto.Devendo estar concluí<strong>da</strong>s em 1996, com uma actualização bienal posterior, foi no entanto preciso esperarpor 2008 para se verificar a aprovação <strong>da</strong> primeira Carta (Ensino).As Cartas <strong>de</strong> Equipamentos Públicos têm vindo finalmente a ser aprova<strong>da</strong>s e integra<strong>da</strong>s no PDM emrevisão, constituindo hoje um importante instrumento do Município, nomea<strong>da</strong>mente para a elaboração doseu Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimentos(2011/2014).Assim, a Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa dispõe já <strong>de</strong> quatro documentos nos sectores do ensino (CartaEducativa <strong>de</strong> Lisboa), <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> (Carta <strong>de</strong> Equipamentos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa), <strong>da</strong> acção social para a infância(Orientações Estratégicas – Equipamentos Sociais – Infância) e do <strong>de</strong>sporto (Carta Desportiva <strong>de</strong> Lisboa).À semelhança <strong>de</strong>stes documentos, a Câmara <strong>de</strong>verá vir a aprovar outros documentos relativos à Re<strong>de</strong> <strong>de</strong>Bibliotecas Públicas e aos Equipamentos Sociais para Idosos.4.1.1. Carta Educativa <strong>de</strong> LisboaA Carta Educativa <strong>de</strong> Lisboa foi aprova<strong>da</strong> pela Assembleia Municipal em 29 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2008 e homologa<strong>da</strong>em 15/5/08 pela Ministra <strong>da</strong> Educação, correspon<strong>de</strong>ndo a uma primeira <strong>fase</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> carências eapresentando um <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Intervenções Prioritárias em instalações escolares do ensino básico esecundário, mencionando ain<strong>da</strong> alguns terrenos que se encontram reservados para a construção <strong>de</strong> novosequipamentos.4.1.2. Carta <strong>de</strong> Equipamentos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>A Carta <strong>de</strong> Equipamentos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> foi aprova<strong>da</strong> pela Assembleia Municipal em 2 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2009,i<strong>de</strong>ntificando as carências e as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s principais zonas emtransformação, quer no que concerne os Cui<strong>da</strong>dos Primários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, USF…), quer aosCui<strong>da</strong>dos Continuados Integrados <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, tendo criado as condições para a construção <strong>de</strong> 10 novasUni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cui<strong>da</strong>dos Primários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, na sequência <strong>de</strong> um Contrato-<strong>Programa</strong>firmado entre a CML e o Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, assinado logo após a sua aprovação em 21 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2009.Quanto à Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cui<strong>da</strong>dos Continuados, <strong>da</strong>s 15 propostas <strong>de</strong> localização, apenas 4 seriam <strong>de</strong>concretização imediata (Alto do Lumiar, Quinta do Charquinho, Carni<strong>de</strong> e Belém). A Câmara envidouesforços para captação <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s priva<strong>da</strong>s não lucrativas interessa<strong>da</strong>s na sua construção e gestão,Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 55 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011tendo havido apenas 2 enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s interessa<strong>da</strong>s (Montepio Geral e Associação S. João d’Ávila), não existindoain<strong>da</strong> nenhum projecto concluído.4.1.3. Orientações Estratégicas - Equipamentos Sociais - InfânciaAs Orientações Estratégicas - Equipamentos Sociais – Infância (Re<strong>de</strong> Pública <strong>de</strong> Creches) é um documentoaprovado pela CML em 31 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2009 e que apresenta o quadro global <strong>da</strong>s carências actuais,quantifica<strong>da</strong>s e especializa<strong>da</strong>s, em matéria <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> Pública <strong>de</strong> Creches, indicando a maior parte <strong>da</strong>ssoluções a adoptar para a sua resolução, incluindo alguns terrenos a afectar à construção <strong>de</strong> equipamentosem falta.As propostas foram incorpora<strong>da</strong>s no PDM em revisão e serviram <strong>de</strong> base ao recentemente criado <strong>Programa</strong>B-a-Bá – “<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Creches em Lisboa”, objecto <strong>de</strong> um “Memorando <strong>de</strong>Entendimento” assinado em 2 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2011, entre a CML, a União <strong>da</strong>s Misericórdias, a União Distrital<strong>da</strong>s IPSS e a União <strong>da</strong>s Mutuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Portuguesas, para a construção <strong>de</strong> 11 equipamentos correspon<strong>de</strong>ndoa 9 creches duplas e 2 creches simples.4.1.4. Carta Desportiva <strong>de</strong> LisboaA Carta do Desporto foi aprova<strong>da</strong> em 2 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2010 pela Assembleia Municipal, i<strong>de</strong>ntificandocarências e <strong>de</strong>finindo priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção. No entanto, não foram estabelecidos critérios <strong>de</strong>diferenciação entre equipamentos <strong>de</strong> utilização pública e priva<strong>da</strong>, nem taxas mínimas ou <strong>de</strong> referência paraa cobertura <strong>da</strong> Re<strong>de</strong> Pública.4.1.6. Equipamentos Culturais – BibliotecasIntegrado no esforço <strong>de</strong> Planeamento <strong>da</strong>s Re<strong>de</strong>s Públicas <strong>de</strong> Equipamentos Colectivos, a Câmara <strong>de</strong>liberouem 5/12/2006 (<strong>de</strong>liberação n.º 605/CM/2006), a constituição <strong>de</strong> um Grupo <strong>de</strong> Trabalho que proce<strong>de</strong>u aolevantamento dos equipamentos existentes, a um diagnóstico e i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e carências,para a criação <strong>de</strong> uma Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bibliotecas Municipais, a integrar o PDM em Revisão, propondo areconversão <strong>da</strong> re<strong>de</strong> existente até 2024. O actual pelouro <strong>da</strong> Cultura já preparou uma proposta <strong>de</strong>reconversão <strong>da</strong> re<strong>de</strong>, que será oportunamente apresenta<strong>da</strong> em sessão <strong>de</strong> Câmara.4.3. Espaço PúblicoOs espaços públicos e <strong>de</strong> lazer são a par dos equipamentos colectivos, uma <strong>da</strong>s garantias <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> urbana e <strong>da</strong> coesão social.Conservar, reabilitar e criar espaços públicos e <strong>de</strong> lazer contribui assim para a melhoria <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong>habitação no seu sentido lato, no que se inclui igualmente a aprovação do Mapa Estratégico do Ruído ou aCâmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 56 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011intervenção nos percursos pedonais, tendo sido <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> a “Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Percursos e Corredores”, articula<strong>da</strong>com o Plano Ver<strong>de</strong> e com a Estrutura Ecológica.Refira-se ain<strong>da</strong> o programa BIP/ZIP, em que foram selecciona<strong>da</strong>s 33 candi<strong>da</strong>turas na edição <strong>de</strong> 2011, cujosprojectos recaem em três eixos distintos: socio-económico, ambiental e urbanístico-legal. Do total dos 77projectos admitidos nessa edição, 12 inci<strong>de</strong>m no espaço público: Armador, Horta Nova, Ourives/Estra<strong>da</strong> <strong>de</strong>Chelas, Centro Histórico <strong>de</strong> Carni<strong>de</strong>, Cooperativa Rua João Nascimento Botelho/Carlos Botelho, Alta <strong>de</strong>Lisboa (Sul e Centro), Quinta do Lavrado, Padre Cruz, 2 <strong>de</strong> Maio, Horizonte, Liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e BomPastor/IssanSartawi.4.4. Mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>Fechando o triângulo <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> aparece-nos como 3.º pilar do PLH, a mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para garantia<strong>de</strong> um nível básico <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, há que ser assegura<strong>da</strong>, em segurança, uma efectiva mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>,que passa pela garantia <strong>de</strong> acesso e circulação, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> existência <strong>de</strong> eventuais limitações<strong>de</strong> locomoção, permanentes ou transitórias, <strong>de</strong>correntes nomea<strong>da</strong>mente <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência.No campo <strong>da</strong> segurança rodoviária e <strong>da</strong> circulação dos peões, é <strong>de</strong> relevar a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Zonas 30,zonas <strong>de</strong> acalmia <strong>de</strong> tráfego em que a veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> máxima permiti<strong>da</strong> é <strong>de</strong> 30 km/h, promovendo umaconvivência salutar entre peões e veículos, e reduzindo a poluição sonora e atmosférica, e o<strong>de</strong>senvolvimento do projecto-piloto: “VERDINHOS em segurança para a escola”, que envolveu voluntáriosseniores, a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> escolar e as juntas <strong>de</strong> freguesia, no sentido <strong>de</strong> melhorar as condições <strong>de</strong>atravessamento em segurança nas imediações <strong>da</strong>s escolas, reduzindo as veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>s pratica<strong>da</strong>s e asinistrali<strong>da</strong><strong>de</strong>.Um dos mais importantes instrumentos em elaboração pela Câmara é o Plano <strong>de</strong> Acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> Pedonalque tem por objectivo tornar a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> acessível, e que irá <strong>de</strong>finir estratégias e acções que, envolvendodiversos serviços municipais e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s parceiras, permitirão prevenir o aparecimento <strong>de</strong> novas barreiras,eliminar progressivamente as barreiras existentes e mobilizar a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para transformar Lisboa numaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para to<strong>da</strong>s as pessoas.5. Conclusões e perspectivas futurasO Relatório <strong>da</strong> 3ª <strong>fase</strong> do PLH que agora se apresenta comprova que os objectivos estratégicos do PLHforam introduzidos nos instrumentos <strong>de</strong> gestão e nos instrumentos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento territorial <strong>da</strong> CML e<strong>de</strong>ram origem a novos programas e projectos em que se consubstancia a actual política municipal <strong>de</strong>habitação.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 57 -


Relatório Final do PLH, 28 Julho <strong>de</strong> 2011Depois <strong>de</strong> uma geração <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> habitação domina<strong>da</strong>s pelo realojamento dos bairros <strong>de</strong> barracas emLisboa, está em curso um novo ciclo, que preten<strong>de</strong> colocar a reabilitação urbana no cerne <strong>da</strong>s políticasmunicipais. Reabilitação que não se esgota no tecido edificado mas preten<strong>de</strong> ser integra<strong>da</strong> com arequalificação dos equipamentos e espaço público, com as novas políticas <strong>de</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> e com umaperspectiva <strong>de</strong> coesão social e territorial para to<strong>da</strong> a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.Neste novo ciclo a política municipal <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> se centrar exclusivamente na habitaçãomunicipal para abarcar uma visão <strong>de</strong> “habitat”, embora sublinhando a existência <strong>de</strong> carências sociourbanísticasnos BIP-ZIP, bairros e zonas <strong>de</strong> intervenção prioritária <strong>de</strong> Lisboa, um dos conceitos maisemblemáticos nascidos do PLH e que está em <strong>de</strong>senvolvimento com um forte envolvimento e participação<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil.Daqui para a frente é necessário garantir a sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> política municipal <strong>de</strong> habitação e respon<strong>de</strong>raos novos <strong>de</strong>safios, nomea<strong>da</strong>mente a dinamização do mercado <strong>de</strong> arren<strong>da</strong>mento, a oferta <strong>de</strong> habitaçãoacessível para população jovem e não só, bem como a requalificação dos bairros municipais. É tambémnecessário reforçar o quadro <strong>de</strong> parcerias com a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil já esboçado e que terá no ConselhoMunicipal <strong>de</strong> Habitação um instrumento fun<strong>da</strong>mental.Posto em acção o novo ciclo <strong>da</strong> política municipal <strong>de</strong> habitação, a partir do PLH, é fun<strong>da</strong>mental continuar amonitorizar os programas e medi<strong>da</strong>s em curso e a lançar, <strong>de</strong> forma a po<strong>de</strong>r avaliar a sua evolução global eo seu impacto na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Essa é a tarefa em que a Equipa do PLH se irá doravante concentrar, através <strong>de</strong>um conjunto <strong>de</strong> indicadores que possam ser incorporados sistematicamente nos relatórios municipais e nasInformações Escritas bimensais que o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> CML tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> apresentar à AssembleiaMunicipal.Resta-nos agra<strong>de</strong>cer a todos os serviços envolvidos na concretização do PLH e a todos os parceiros comquem temos vindo a colaborar. A existência <strong>de</strong> uma estratégia comum claramente <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> e vali<strong>da</strong><strong>da</strong> pelaAssembleia Municipal, após um amplo processo participativo, é sem dúvi<strong>da</strong> o maior contributo do PLH paraa concretização <strong>da</strong>s políticas necessárias e para a criação <strong>de</strong> sinergias entre a CML, as empresas municipaise a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, com vista à missão que se preten<strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r a to<strong>da</strong> a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>: Re-Habitar Lisboa.Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa - 58 -

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