12.07.2015 Views

avaliação e predição do desempenho na canoagem slalom

avaliação e predição do desempenho na canoagem slalom

avaliação e predição do desempenho na canoagem slalom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOSLICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICALUÍS ALBERTO GOBBOAVALIAÇÃO E PREDIÇÃO DO DESEMPENHO NACANOAGEM SLALOM: UMA PROPOSTAMETODOLÓGICALONDRINA2003


LUÍS ALBERTO GOBBOAVALIAÇÃO E PREDIÇÃO DO DESEMPENHO NACANOAGEM SLALOM: UMA PROPOSTAMETODOLÓGICATrabalho de Conclusão de Cursoapresenta<strong>do</strong> à coorde<strong>na</strong>ção <strong>do</strong>curso de Licenciatura emEducação Física, da UniversidadeEstadual de Londri<strong>na</strong>, comorequisito obrigatório paraconclusão <strong>do</strong> curso.Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Dr. Edilson SerpeloniCyrinoLONDRINA2004


COMISSÃO EXAMINADORA_________________________________Prof. Dr. Edilson Serpeloni Cyrino_________________________________Prof. Ms. Carlos Alberto Veiga Bruniera_________________________________Prof. Ms. Marcos Augusto RochaLondri<strong>na</strong>, 17 de fevereiro de 2004


DedicatóriaA Deus e a São João Bosco, meuseternos protetores.Aos meus pais José Carlos e Irani emeus irmãos Junior e Luciano, e aA<strong>na</strong> Léa, que confiaram sempre emmeu trabalho.


AGRADECIMENTOSAos meus tios Lúcio e Márcia e aos meus primos, Antonio, André eA<strong>na</strong>, pelo apoio, paciência e amor, e principalmente, por terem setransforma<strong>do</strong>s em pais e irmãos nesses quatro anos.Ao professor Edilson Serpeloni Cyrino, por sua dedicação eincentivo à pesquisa científica, por sua eter<strong>na</strong> orientação, e poracreditar em to<strong>do</strong>s os nossos potenciais.Ao grande amigo, professor e trei<strong>na</strong><strong>do</strong>r Eduar<strong>do</strong> Bod<strong>na</strong>riuc Fontes,pelas oportunidades dadas e pela confiança em meu trabalho.À Confederação Brasileira de Canoagem, pela realização desteprojeto.Ao trei<strong>na</strong><strong>do</strong>r da seleção brasileira de <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>, AlainJourdant, e seus atletas, Cássio, Érika, Fabrício, Filipi, Guilherme,João, José Luiz, Mayra, Patrick e Rogério, por aceitarem a propostae se dedicarem com extrema motivação e afinco ao projeto.Aos meus companheiros de turma, pela amizade e incentivo e aosintegrantes <strong>do</strong> GEPEMENE, pela grande contribuição <strong>na</strong> minhaformação profissio<strong>na</strong>l e acadêmica.Aos professores Carlos Alberto Bruniera e Marcos Rocha emaceitarem a participação <strong>na</strong> <strong>avaliação</strong> deste trabalho.E a to<strong>do</strong>s os professores e funcionários <strong>do</strong> Centro de EducaçãoFísica e Desportos e da Universidade Estadual de Londri<strong>na</strong>, pelaatenção, dedicação e respeito com que me trataram ao longodestes quatro anos de graduação.


GOBBO, L. A. Avaliação e <strong>predição</strong> <strong>do</strong> <strong>desempenho</strong> <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong><strong>slalom</strong>: uma proposta meto<strong>do</strong>lógica. 2004. Trabalho de Conclusão deCurso (Licenciatura em Educação Física) – Universidade Estadual deLondri<strong>na</strong>, Londri<strong>na</strong>.RESUMOO objetivo <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> foi propor um teste motor específico paraavaliar o trei<strong>na</strong>mento físico e predizer o <strong>desempenho</strong> esportivo <strong>na</strong><strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>. Para tanto, 10 atletas da seleção brasileira de<strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> adulta (8 homens e 2 mulheres) foram avalia<strong>do</strong>sdurante 4 momentos distintos. Os atletas foram submeti<strong>do</strong>s a testesmotores para avaliar a capacidade de força (força em deslocamento - FD)e resistência muscular (resistência de velocidade - RV), além <strong>do</strong> testeproposto, denomi<strong>na</strong><strong>do</strong> de teste <strong>do</strong> losango (LOS). Este teste constitui dequatro voltas em um losango delimita<strong>do</strong> por quatro bóias, utilizan<strong>do</strong>-se osmovimentos específicos da <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>. Utilizou-se <strong>na</strong> análiseestatística a estatística descritiva, o teste t de Student e a análise devariância para a comparação <strong>do</strong>s tempos obti<strong>do</strong>s entre cada <strong>avaliação</strong> e acorrelação linear de Pearson <strong>na</strong> associação entre os tempos de descida emprova e <strong>do</strong> LOS. Os resulta<strong>do</strong>s indicaram associações elevadas eestatisticamente significativas entre a somatória <strong>do</strong>s tempos de descidasem correção das pe<strong>na</strong>lidades com o tempo das quatro voltas obti<strong>do</strong> noLOS (r = 0,93 e 0,95) nos <strong>do</strong>is últimos momentos, respectivamente,quan<strong>do</strong> os atletas estavam mais bem prepara<strong>do</strong>s para a principalcompetição <strong>do</strong> semestre. A melhor volta no teste e o índice de fadigatambém apresentaram valores eleva<strong>do</strong>s de correlação (0,90 e 0,80,respectivamente), poden<strong>do</strong> ser utiliza<strong>do</strong>s também para <strong>avaliação</strong> dascapacidades força e resistência muscular, respectivamente. Os resulta<strong>do</strong>ssugerem que o teste <strong>do</strong> losango pode ser utiliza<strong>do</strong> principalmente para a<strong>predição</strong> <strong>do</strong> <strong>desempenho</strong> em provas, em especial quan<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong>s emdatas próximas às datas de competição. Com isso, pode-se utilizar umteste motor específico para uma modalidade complexa, onde testeslaboratoriais fogem da especificidade <strong>do</strong> esporte, e desta forma,aumentan<strong>do</strong> sua validade ecológica.Palavras-chave: trei<strong>na</strong>mento esportivo, testes motores, força eresistência muscular, <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>.


GOBBO, L. A. Evaluation and performance prediction in whitewatercanoeing: a metho<strong>do</strong>logical proposal. 2004. Trabalho de Conclusãode Curso (Licenciatura em Educação Física) – Universidade Estadual deLondri<strong>na</strong>, Londri<strong>na</strong>.ABSTRACTThe purpose of the present study was to consider a specific motor test inthe whitewater canoeing to evaluate training and the capacities muscularstrength and endurance and to predict the athletic performance. For this,10 athletes of the Brazilian <strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l whitewater canoeing team had beenevaluated during 4 distinct moments (8 men and 2 women). The athleteshad been tested through a motor test used to evaluate the capacitymuscular strength (force in displacement - FD), a test to evaluate thecapacity muscular endurance (speed resistance - RV) and for theconsidered test, the test of losango (LOS), where the athletes had carriedthrough four laps in one square delimited by four buoys, carrying throughspecific movements of the whitewater canoeing. Through the statistica<strong>na</strong>lysis (descriptive statistics, test t of Student, a<strong>na</strong>lysis of variance andlinear correlation of Pearson) the values had been correlated andcompared to the best times and the averages of the times of the threetests, and the index of fatigue of LOS and RV, as well as the time of theLOS test had been correlated to the lap time on competition. The resultshad indicated high associations and statistically significant between thesum of the competition laps without correction of the pe<strong>na</strong>lties with thetime of the four laps gotten in the LOS (r = 0,93 and 0,95) at themoments 3b and 4, respectively, when the athletes were most preparedfor the main competition of the semester. The best lap in the test (r =0,90) and the index of fatigue (r = -0,80) also had presented high valuesof correlation, being able also to be used for evaluation of the capacitiesmuscular strength and endurance, respectively. With the results, the testof losango can be used mainly for the prediction of the performance intests, being indicated in dates next to the competition dates. With this, aspecific motor test for a complex modality can be used, where labs testsrun away from the sports specificity, increasing its ecological validity.Key-words: athletic training, motor test, muscular strength andendurance, whitewater canoeing.


LISTA DE FIGURASFigura 1Esquema de colocação e tamanho das bóias e profundidade<strong>do</strong> ambiente de <strong>avaliação</strong>...................................................... 16Figura 2Esquema de passagens pelas bóias durante uma volta nolosango................................................................................. 17Figura 3Comparação entre os índices de fadiga obti<strong>do</strong>s no teste <strong>do</strong>losango e no teste de resistência de velocidade ................... 25


LISTA DE TABELASTabela 1 Coeficiente de qualidade de testes de aptidão motora........... 09Tabela 2 Correlação entre número de voltas e SUM TD........................ 18Tabela 3 Caracterização antropométrica da amostra........................... 20Tabela 4Média, desvio padrão e correlação entre LOS TT e SUM TD eSUM TC.................................................................................. 21Tabela 5Análise da correlação entre SUM TD e LOS MED, LOS MV,LOS PV e LOS IF.................................................................... 22Tabela 6Análise da correlação entre SUM TD e LOS TT, LOS MV, FDMT, FD TSL e RV MV............................................................... 22Tabela 7Coeficientes de correlação, níveis de significância, errospadrão de estimativa e equações de regressão dasassociações entre SUM TD e LOS TT...................................... 23Tabela 8Comparação entre LOS TT obti<strong>do</strong>s nos quatro momentos de<strong>avaliação</strong>............................................................................... 23Tabela 9Comparação entre LOS MV obti<strong>do</strong>s nos quatro momentos de<strong>avaliação</strong>............................................................................... 24Tabela 10Comparação entre LOS IF obti<strong>do</strong>s nos quatro momentos de<strong>avaliação</strong>............................................................................... 24


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS%G Percentual de gordura corporalATPC1C2CBCacmCPDE1 TCDE1 TDDE2 TDDE2TCEctoEn<strong>do</strong>EPEEstFCFD MEDFD MTFD TSLICFAdenosi<strong>na</strong> tri-fosfatoEmbarcação tipo canoa para um atletaEmbarcação tipo canoa para <strong>do</strong>is atletasConfederação Brasileira de CanoagemCentímetrosCreati<strong>na</strong>-fosfatoTempo corrigi<strong>do</strong> pelas pe<strong>na</strong>lidades da primeiradescidaTempo da primeira descida sem pe<strong>na</strong>lidadeTempo da segunda descida sem pe<strong>na</strong>lidadeTempo corrigi<strong>do</strong> pelas pe<strong>na</strong>lidades da segundadescidaComponente <strong>do</strong> somatotipo ectomorfiaComponente <strong>do</strong> somatotipo en<strong>do</strong>morfiaErro padrão de estimativaEstatura (em centímetros)Freqüência cardíacaMédia <strong>do</strong>s tempos no teste de força emdeslocamentoMelhor tiro no teste de força em deslocamentoTempo <strong>do</strong> tiro sem lastro no teste de força emdeslocamentoInter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Canoeing FederationIMC Índice de massa corporal (em kg/m 2 )K1 FK1 MkJEmbarcação tipo caiaque femininoEmbarcação tipo caiaque masculinoQuilo joules (medida de força)


LOS IFLOS MEDLOS MVLOS PVLOS TTMCMesoOBLAprr 2RV IFRV MEDRV MTRV PTsSUM TCSUM TDVO 2 maxXÍndice de fadiga obti<strong>do</strong> no teste <strong>do</strong> losangoMédia das voltas no teste <strong>do</strong> losangoMelhor volta no teste <strong>do</strong> losangoPior volta no teste <strong>do</strong> losangoTempo total (4 voltas) no teste <strong>do</strong> losangoMassa corporal (em quilos)Componente <strong>do</strong> somatotipo mesomorfiaInício <strong>do</strong> acúmulo <strong>do</strong> lactato sanguíneoNível de significância (estatística)Coeficiente de correlação (estatística)Coeficiente de explicação (estatística)Índice de fadiga obti<strong>do</strong> no teste de resistência develocidadeMédia <strong>do</strong>s tiros obti<strong>do</strong>s no teste de resistência develocidadeMelhor tiro obti<strong>do</strong> no teste de resistência develocidadePior tiro obti<strong>do</strong> no teste de resistência de velocidadeDesvio padrão (estatística)Somatória <strong>do</strong>s tempos de DE1 TD e DE2 TDSomatória <strong>do</strong>s tempos de DE1 TC e D2 TCConsumo máximo de oxigênioMédia aritmética (estatística)% Variação percentual (estatística)


SUMÁRIOPÁGINASLISTA DE FIGURAS.......................................................................viiLISTA DE TABELAS......................................................................viiiLISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS..............................................ix1 INTRODUÇÃO............................................................................012 JUSTIFICATIVA......................................................................... 033 OBJETIVO ................................................................................. 044 REVISÃO DA LITERATURA......................................................... 054.1 Trei<strong>na</strong>mento esportivo........................................................... 054.2 Testes motores ...................................................................... 074.3 Força e resistência muscular ................................................. 094.4 Canoagem <strong>slalom</strong>................................................................... 115 INDIVÍDUOS E MÉTODOS.......................................................... 135.1 Sujeitos ................................................................................. 135.2 Delineamento experimental ................................................... 135.3 Testes motores ...................................................................... 155.3.1 Força em deslocamento ...................................................... 155.3.2 Resistência de velocidade ................................................... 155.3.3 Teste <strong>do</strong> losango................................................................. 165.4 Análise estatística.................................................................. 196 RESULTADOS ............................................................................ 207 DISCUSSÕES ............................................................................. 267.1 Associações <strong>do</strong>s testes com as provas ................................... 267.2 Comparações entre as avaliações .......................................... 318 CONCLUSÕES ............................................................................ 35REFERÊNCIAS .............................................................................. 37ANEXOS ....................................................................................... 44


1 INTRODUÇÃOAcredita-se, sobretu<strong>do</strong> no esporte de alto rendimento, quequanto mais específico for o trei<strong>na</strong>mento e mais próximos forem os gestosesportivos realiza<strong>do</strong>s durante as sessões de trei<strong>na</strong>mento, em relaçãoàqueles executa<strong>do</strong>s em provas e competições, maiores serão as chances<strong>do</strong>s atletas de diferentes modalidades alcançarem o sucesso. Segun<strong>do</strong>WEINECK (1999), em diversos tipos de esportes não se pode obter umeleva<strong>do</strong> <strong>desempenho</strong> competitivo sem que haja previamente umaespecialização orientada e oportu<strong>na</strong>.Assim, a eficiência no esporte, via de regra, depende <strong>do</strong>desenvolvimento da especialização. Todavia, tão importante quanto aespecificidade <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento é a especificidade <strong>na</strong> qual o atleta deve serperiodicamente avalia<strong>do</strong>, uma vez que em determi<strong>na</strong><strong>do</strong> momento dapreparação, as informações produzidas poderão auxiliar no controle <strong>do</strong>sníveis de condicio<strong>na</strong>mento físico e técnico <strong>do</strong> competi<strong>do</strong>r, proporcio<strong>na</strong>n<strong>do</strong>uma análise mais criteriosa sobre a eficiência ou não <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mentoemprega<strong>do</strong>.O desenvolvimento de modelos de análise de <strong>desempenho</strong>físico basea<strong>do</strong>s em da<strong>do</strong>s de laboratório pode ter grande aplicação práticapara a detecção de talentos, bem como para o desenvolvimento e<strong>avaliação</strong> de programas de trei<strong>na</strong>mento (RUSSELL, LE ROSSIGNOL &SPARROW, 1998). Desse mo<strong>do</strong>, particularmente <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong>,ergômetros de remada têm si<strong>do</strong> freqüentemente utiliza<strong>do</strong>s para a<strong>avaliação</strong> de variáveis fisiológicas e das respostas ao trei<strong>na</strong>mento(BOUCKAERT, PANNIER & VIJENS, 1983; HAGERMAN & HAGERMAN,1990; HAGERMAN, LAWRENCE & MANSFIELD, 1988; RODRIGUEZ et al.,1990).Na <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>, contu<strong>do</strong>, onde os trei<strong>na</strong>mentos e ascompetições são realiza<strong>do</strong>s em ambientes varia<strong>do</strong>s, com níveis e fluxos deágua diferentes, a utilização de ergômetros não parece representar


2 JUSTIFICATIVADesde a sua inclusão definitiva nos Jogos Olímpicos deBarcelo<strong>na</strong> (1992), a <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> vem adquirin<strong>do</strong> cada vez maispopularidade, o que tem feito com que o número de adeptos a essamodalidade tenha cresci<strong>do</strong> acentuadamente.Contu<strong>do</strong>, estu<strong>do</strong>s propon<strong>do</strong> ou validan<strong>do</strong> testes que possaminvestigar as capacidades motoras força e resistência, bem como adestreza técnica <strong>do</strong>s canoístas, são praticamente inexistentes, em função,ao contrário da maioria <strong>do</strong>s esportes individuais, da <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> nãoapresentar um ambiente de trei<strong>na</strong>mento padroniza<strong>do</strong> ou constante, umavez que os cursos d’água utiliza<strong>do</strong>s (independentemente de serem<strong>na</strong>turais ou artificiais) nem sempre apresentam as mesmas característicasdurante as várias fases de trei<strong>na</strong>mento.Desta forma, a proposição de testes motores <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong><strong>slalom</strong>, utilizan<strong>do</strong>-se de protocolos de campo, onde gestos motores sãoreproduzi<strong>do</strong>s de forma mais específica em relação à modalidade, podemaumentar a validade ecológica da <strong>avaliação</strong> e, assim, possibilitar a<strong>avaliação</strong> mais precisa <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento e a <strong>predição</strong> <strong>do</strong> <strong>desempenho</strong>atlético <strong>do</strong>s canoístas.Além disso, o desenvolvimento de testes motoresespecíficos para a <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> pode ser de extrema relevância parao controle <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento e <strong>do</strong>s níveis técnicos <strong>do</strong>s canoístas e,principalmente, pode produzir índices importantes a fim de que atletas dealto nível possam ter os seus <strong>desempenho</strong>s preditos antes de umacompetição importante e, se necessário, os trei<strong>na</strong><strong>do</strong>res e prepara<strong>do</strong>resfísicos possam estar interferin<strong>do</strong> no trei<strong>na</strong>mento procuran<strong>do</strong> aperfeiçoardetermi<strong>na</strong>das capacidades ou técnicas.


3 OBJETIVOSO objetivo deste trabalho foi desenvolver um teste motorespecífico para a <strong>predição</strong> de <strong>desempenho</strong> em competições e para a<strong>avaliação</strong> das capacidades motoras força e resistência muscular decanoístas <strong>slalom</strong>, <strong>na</strong> tentativa de se avaliar a eficiência ou não <strong>do</strong>sprogramas de trei<strong>na</strong>mento a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s.


4 REVISÃO DE LITERATURA4.1 Trei<strong>na</strong>mento EsportivoAlém <strong>do</strong>s fatores genéticos, o ponto chave para o sucessoem diferentes modalidades esportivas é, via de regra, o trei<strong>na</strong>mentoesportivo propriamente dito. Assim, o amplo conhecimento de trei<strong>na</strong><strong>do</strong>rese prepara<strong>do</strong>res físicos é fundamental para que as cargas de trei<strong>na</strong>mentosejam aplicadas de maneira adequada durante um determi<strong>na</strong><strong>do</strong> ciclo,respeitan<strong>do</strong>-se sempre a individualidade <strong>do</strong> atleta e a especificidade damodalidade esportiva.O trei<strong>na</strong>mento esportivo pode ser defini<strong>do</strong> como sen<strong>do</strong> umacombi<strong>na</strong>ção de fatores que envolvem a preparação física e os aspectostécnico-tático, intelectual, psíquico e moral <strong>do</strong> atleta (WEINECK, 1999).Nesse senti<strong>do</strong>, Gomes (2002) utiliza a expressão preparaçãodesportiva para definir o meio que compreende to<strong>do</strong>s os fatoresrelacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s à preparação <strong>do</strong> atleta e que podem levá-lo ao sucesso emuma modalidade específica. Assim, a preparação desportiva envolve trêssistemas integra<strong>do</strong>s, ou seja, sistemas de competições (as competiçõesem si e todas as suas ações inerentes), de trei<strong>na</strong>mentos (desenvolvimentoe aperfeiçoamento das capacidades motoras) e de fatorescomplementares (os meios auxiliares <strong>na</strong> preparação <strong>do</strong> atleta).O objetivo principal <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento é adaptar o organismohumano para melhor realizar uma determi<strong>na</strong>da tarefa (CARVALHO JUNIORet al., 2000), sen<strong>do</strong> a sua estrutura caracterizada, particularmente, pelaconveniente orde<strong>na</strong>ção <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s da preparação durante o processode trei<strong>na</strong>mento, pelas relações entre os parâmetros da carga <strong>do</strong>trei<strong>na</strong>mento e pela sucessão de diferentes ligações <strong>do</strong> processo, cujaestruturação possibilita o desenvolvimento de um momento ótimo deforma desportiva, observada em uma perspectiva temporal (OLIVEIRA &SILVA, 2001). Portanto, o trei<strong>na</strong><strong>do</strong>r deve-se atentar à aplicação adequadae orde<strong>na</strong>da de exercícios de preparação física geral e especial, à técnica e


4.2 Testes MotoresTão importante quanto a especificidade no trei<strong>na</strong>mentoesportivo são os testes motores, que em determi<strong>na</strong><strong>do</strong>s momentos dasetapas de preparação, permitem a<strong>na</strong>lisar os níveis de condicio<strong>na</strong>mentofísico e técnico <strong>do</strong>s atletas e as suas possíveis relações com o trei<strong>na</strong>mentoemprega<strong>do</strong>.Bridgman (1991) afirma que existem várias razões para aaplicação de um determi<strong>na</strong><strong>do</strong> teste motor. A primeira delas é que testesmotores podem ser utiliza<strong>do</strong>s para a classificação de atletas,demonstran<strong>do</strong> quais, em determi<strong>na</strong><strong>do</strong> ciclo <strong>do</strong> ano, estão mais aptos paracompetirem. Uma segunda razão é que os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testes motorespodem motivar os atletas, fazen<strong>do</strong>-os trabalhar mais forte em um próximociclo de trei<strong>na</strong>mento. Uma outra razão é que os resulta<strong>do</strong>s permitem a<strong>avaliação</strong> <strong>do</strong> programa de trei<strong>na</strong>mento, a<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s de formaglobal e/ou comparan<strong>do</strong>-os a outros valores já avalia<strong>do</strong>s.A <strong>avaliação</strong> e o controle <strong>do</strong> <strong>desempenho</strong> físico, bem como oplanejamento <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento, relacio<strong>na</strong>m-se entre si e são componentesdificilmente observáveis de forma isolada (WEINECK, 1999). Dessa forma,o prepara<strong>do</strong>r físico tem diante de si a importante tarefa de selecio<strong>na</strong>r aforma mais adequada de avaliar as qualidades físicas intervenientes(DANTAS, 1998).O desenvolvimento de modelos basea<strong>do</strong>s em da<strong>do</strong>slaboratoriais, nos quais a performance esportiva pode ser predita, é degrande interesse e tem importância prática valiosa <strong>na</strong> <strong>avaliação</strong> <strong>do</strong>sprogramas específicos de trei<strong>na</strong>mento. Em adição, modelos de <strong>predição</strong> daperformance podem contribuir para a compreensão das característicasfisiológicas de uma determi<strong>na</strong>da atividade (RUSSELL, LE ROSSIGNOL &SPARROW, 1998).Quan<strong>do</strong> possível, o monitoramento da performance <strong>do</strong>competi<strong>do</strong>r é mais bem executa<strong>do</strong> em seus ambientes <strong>na</strong>turais.Entretanto, em esportes como a <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>, devi<strong>do</strong> a um grande


número de dificuldades (condições <strong>do</strong> rio, correntezas, fluxo de água,temperatura, etc.), o acompanhamento parece ser mais facilmenterealiza<strong>do</strong> em condições de laboratório (MACFARLANE, EDMOND &WALMSLEY, 1997). Assim, testes de laboratórios vêm sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>sextensivamente para gerar informações sobre a relação entredetermi<strong>na</strong>das variáveis selecio<strong>na</strong>das e a performance atlética <strong>na</strong><strong>canoagem</strong> (GRANT et al., 1997). Além disso, grande variedade deergômetros de caiaque vem sen<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong>s e utiliza<strong>do</strong>s extensivamentepara estes fins (VAN SOMEREN, PHILLIPS & PALMER, 2000). Vale destacarque Pyke et al. (1973) foram os primeiros a utilizar o ergômetro decaiaque, substituin<strong>do</strong> o ergômetro de braço, até então emprega<strong>do</strong>,tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong> dessa forma, a <strong>avaliação</strong> mais específica.Contu<strong>do</strong>, mesmo com diferentes tipos de ergômetros,muitas vezes o teste acaba afastan<strong>do</strong>-se das características específicas demodalidades mais complexas. Embora procedimentos de laboratóriopossam aumentar a reprodutibilidade <strong>do</strong> teste, em função <strong>do</strong> seu melhorcontrole das condições ambientais, eventualmente pode-se perder avalidade, principalmente a chamada validade ecológica.Nesse senti<strong>do</strong>, protocolos de campo aumentam a validadeecológica, já que nem sempre protocolos de laboratórios reproduzem ascondições de trei<strong>na</strong>mento e competição (DENADAI, 2000). A <strong>canoagem</strong><strong>slalom</strong> é um esporte que, além de sua complexidade e característicaacíclica, tem o seu ambiente de competição não reproduzi<strong>do</strong> <strong>na</strong>s diversasetapas de uma temporada. Além disso, vale destacar que quan<strong>do</strong> ostestes motores são conduzi<strong>do</strong>s da mesma forma que o trei<strong>na</strong>mento, elespotencializem ao máximo a utilização das fibras musculares específicas(STROMME, INGJER E MEEN, 1977).Quan<strong>do</strong> um teste motor é proposto, deve-se atentar adiversos pontos, como por exemplo, o quão específico é o teste, àfacilidade de aplicação e execução, à sua validade, fidedignidade,objetividade e, principalmente, reprodutibilidade.


Um teste reprodutível é um teste que, durante as váriasetapas <strong>do</strong> macrociclo, pode ser administra<strong>do</strong> com confiabilidade(SCHABORT et al., 1999). Há algumas formas de se saber até que pontoum teste é vali<strong>do</strong> e confiável. A tabela 1 foi proposta para testes decondicio<strong>na</strong>mento que devem apresentar no mínimo coeficientes dequalidade aceitáveis.Tabela 1. Coeficiente de qualidade de testes de aptidão motora.Coeficiente deQualidadeValidade Fidedignidade Objetividade0,95 – 0,99 - Excelente Excelente0,90 – 0,94 - Muito boa Muito boa0,85 – 0,89 Excelente Aceitável Aceitável0,80 – 0,84 Muito boa Aceitável Aceitável0,75 – 0,79 Aceitável Fraca Fraca0,70 – 0,74 Aceitável Fraca Fraca0,65 – 0,69 Questionável Questionável Questionável0,60 – 0,64 Questionável Questionável QuestionávelFonte: Weineck, 1999.Outra possibilidade para se avaliar os coeficientes decorrelação é utilizar uma tabela de valores críticos de coeficiente decorrelação, onde, através <strong>do</strong> grau de liberdade (n-2) e <strong>do</strong> nível designificância deseja<strong>do</strong> (p


esistência ou, ainda, gerar um padrão específico de movimento em umadetermi<strong>na</strong>da velocidade de movimento (BOMPA & CORNACCHIA, 2000;FLECK & KRAEMER, 1999; ROBERTS & WEIDER, 1994; WILMORE &COSTILL, 2001), ou simplesmente a capacidade de aplicar um impulso(BOMPA, 2002), e deve ser considerada como a condição para assegurar avelocidade <strong>do</strong>s movimentos <strong>do</strong> atleta (VERKHOSHANSKI, 2001).Por outro la<strong>do</strong>, a resistência muscular pode ser definidacomo sen<strong>do</strong> a capacidade que os músculos apresentam de sustentar açõesmusculares repetidas por um determi<strong>na</strong><strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de tempo ou uma únicaação estática (BOMPA & CORNACCHIA, 2000; ROBERTS & WEIDER, 1994;WILMORE & COSTILL, 2001). Em um senti<strong>do</strong> mais amplo, a resistênciamuscular pode ser definida como a capacidade de desempenhar umtrabalho por um tempo extenso (BOMPA, 2002).Na <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>, força e resistência muscular são ascapacidades mais solicitadas e, conseqüentemente, aquelas que devemser mais especificamente a<strong>na</strong>lisadas e avaliadas durante a aplicação <strong>do</strong>stestes motores específicos. Conforme Fry e Morton (1991), odesenvolvimento da musculatura, sobretu<strong>do</strong> de membros superiores, éum pré-requisito para o sucesso <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> de alto nível.Na verdade, a <strong>canoagem</strong> é uma atividade caracterizada pordemandas excepcio<strong>na</strong>is da performance da parte <strong>do</strong> tronco (ASTRAND &RODAHL, 1977; TESCH et al., 1976). Assim, é esperada uma altacapacidade oxidativa <strong>do</strong>s músculos exigi<strong>do</strong>s especificamente com umapreponderância de fibras musculares <strong>do</strong> tipo I (lenta/vermelha)demonstrada no músculo deltóide (TESCH, 1983; TESCH et al, 1976).Uma vez que o tempo de remada <strong>na</strong>s distâncias variam de90 a 180 segun<strong>do</strong>s é assumi<strong>do</strong> que uma grande proporção de energiaa<strong>na</strong>eróbica é utilizada (TESCH, 1983), o que indica que to<strong>do</strong> o estressemuscular imposto aos atletas de <strong>canoagem</strong> demanda grande forçamuscular <strong>do</strong> braço, antebraço, ombros e <strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong>rsais.Enfim, <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> competitiva, é exigi<strong>do</strong> um alto nível deforça muscular relativa, excelente resistência muscular localizada e a


capacidade <strong>do</strong>s músculos tolerar condições de aci<strong>do</strong>se elevada (FEKETE,1998).4.4 Canoagem SlalomJá no século XVI historia<strong>do</strong>res registravam a utilização decanoas leves e rápidas, feitas de pele e madeira, <strong>na</strong> América <strong>do</strong> Norte,próprias para enfrentar os rios ca<strong>na</strong>denses, repletos de corredeiras.Enquanto que a canoa era utilizada por indíge<strong>na</strong>s no interior <strong>do</strong>continente, o caiaque era usa<strong>do</strong> pelos esquimós para a pesca e otransporte entre <strong>do</strong>is pontos da costa. Esses caiaques eram forma<strong>do</strong>s poruma estrutura de madeira, revestida com pele de foca e calafetada com agordura das articulações daqueles animais (Confederação Brasileira deCanoagem – CBCa, 2003).Atualmente, com os avanços tecnológicos tanto os caiaquesquanto as canoas são construí<strong>do</strong>s em resi<strong>na</strong> de poliéster reforçada comfibra de vidro, em sua maioria, ou mesmo em resi<strong>na</strong> epóxi com kevlar oufibra de carbono, e ainda plástico injeta<strong>do</strong> ou rotomolda<strong>do</strong> – polietileno(CBCa, 2003).A <strong>canoagem</strong> adquiriu o seu espírito de nobreza quan<strong>do</strong>participou <strong>do</strong>s Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, manten<strong>do</strong>-se nocenário olímpico, desde então, <strong>na</strong> modalidade velocidade.Novamente <strong>na</strong> Alemanha, nos Jogos Olímpicos de Munique,em 1972, a modalidade <strong>slalom</strong> (águas brancas) apareceu como esporte dedemonstração. Vinte anos depois nos Jogos Olímpicos de Barcelo<strong>na</strong>(1992), o <strong>slalom</strong> teve sua presença válida no quadro de medalhas.Futuramente, nos Jogos Pan Americano de 2007, no Rio de Janeiro, Brasil,a modalidade terá pela primeira vez a sua inclusão, em uma pistaartificial, como é realiza<strong>do</strong> em campeo<strong>na</strong>tos inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is e JogosOlímpicos (vide Anexo 4).A <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> é uma modalidade da <strong>canoagem</strong>praticada em rios com corredeiras, num percurso que varia entre 250 e


400 metros. Através de arames suspensos são penduradas até 25 portasque devem ser ultrapassadas <strong>na</strong> seqüência numérica e no senti<strong>do</strong> indica<strong>do</strong>(a favor ou contra a correnteza, de acor<strong>do</strong> com a cor da porta – verde ouvermelha). Cada toque <strong>do</strong> canoísta, embarcação ou remo em qualqueruma das balizas acrescenta <strong>do</strong>is segun<strong>do</strong>s ao tempo e a nãoultrapassagem pela porta implica em pe<strong>na</strong>lidade de 50 segun<strong>do</strong>s,acrescenta<strong>do</strong>s ao tempo total de duração <strong>do</strong> percurso. O atleta que fizer opercurso em menor tempo, levan<strong>do</strong> em consideração também aspe<strong>na</strong>lidades de duas descidas sucessivas, é o vence<strong>do</strong>r. Uma contagemem torno de 190 segun<strong>do</strong>s seria a pontuação mais comum para essamodalidade em competições de alto nível técnico (CBCa, 2003;ENDICOTT, 1988; SHEPHARD, 1987).As classes de embarcação <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> sãopadronizadas pelas regras da Federação Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de Canoagem – ICF(2003), conforme descrito a seguir:• K1 – caiaque para uma pessoa, tem o comprimentomínimo de quatro metros, largura mínima de 60 cm eo peso mínimo de 9 kg;• C1 – canoa para uma pessoa, tem o comprimentomínimo de quatro metros, largura mínima de 70 cm eo peso mínimo de 10 kg;• C2 – canoa para duas pessoas, tem o comprimentomínimo de 4,58 m, largura mínima de 80 cm e o pesomínimo de 15 kg.Os homens disputam provas <strong>na</strong>s três embarcações,enquanto que as mulheres participam ape<strong>na</strong>s da categoria K1. Noscaiaques, rema-se senta<strong>do</strong> com um remo de duas pás. Na canoa, ocanoísta apóia-se no assoalho da canoa com os joelhos e usa um remo deuma só pá (vide Anexo 2 e 3).


5 INDIVÍDUOS E MÉTODOS5.1 SujeitosDez canoístas <strong>slalom</strong>, sen<strong>do</strong> oito homens (19,4 ± 2,6 anos)e duas mulheres (25,1 ± 1,0 ano), to<strong>do</strong>s integrantes da seleção brasileiraadulta de <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>, participaram voluntariamente deste estu<strong>do</strong>.Os atletas possuíam uma média de 59,7 ± 30,0 meses deprática com a <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>, sen<strong>do</strong> a maioria com experiênciainter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, com participação em Copas <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> e Jogos Olímpicos, eestavam inician<strong>do</strong> o processo de trei<strong>na</strong>mento para o ciclo anual de 2003.To<strong>do</strong>s os sujeitos, após serem convenientementeesclareci<strong>do</strong>s sobre a proposta <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> e procedimentos aos quais seriamsubmeti<strong>do</strong>s, assi<strong>na</strong>ram consentimento livre e esclareci<strong>do</strong>.5.2 Delineamento ExperimentalDurante o primeiro semestre de 2003, três testes foramaplica<strong>do</strong>s no processo de trei<strong>na</strong>mento da seleção brasileira de <strong>canoagem</strong><strong>slalom</strong>, <strong>na</strong> tentativa de acompanhar as possíveis alterações no<strong>desempenho</strong> atlético <strong>do</strong>s canoístas, em especial, <strong>na</strong>s habilidades motorasforça e resistência muscular e <strong>na</strong> destreza.Os testes foram aplica<strong>do</strong>s, durante cada <strong>avaliação</strong>, emperío<strong>do</strong>s diferentes, <strong>na</strong> seguinte ordem: teste de força em deslocamento,teste de resistência de velocidade e teste <strong>do</strong> losango. To<strong>do</strong>s os testesforam aplica<strong>do</strong>s em um lago com água parada, <strong>na</strong> própria cidade onde osatletas trei<strong>na</strong>vam, com profundidade de aproximadamente 1,5 m.Os atletas executaram os testes com seus própriosequipamentos (embarcação, remo, vestimenta) de mo<strong>do</strong> que osmovimentos e gestos reproduzissem ao máximo as condições detrei<strong>na</strong>mento e competição.


O tempo de duração de cada teste foi medi<strong>do</strong> por um únicoavalia<strong>do</strong>r com um cronômetro digital da marca Casio, com precisão de0,01 s.As avaliações foram realizadas sempre no início de um novociclo de trei<strong>na</strong>mento (quatro momentos). Cada momento comparou uma<strong>avaliação</strong> com uma competição, conforme anexo 5. No primeiro semestre,o trei<strong>na</strong>mento visava a Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> de Canoagem, realiza<strong>do</strong> <strong>na</strong> Europanos meses de junho e julho, sen<strong>do</strong> que a seletiva para esta competiçãoocorreu em maio, <strong>na</strong> cidade de Cerquilho/SP, se tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong> assim, aprincipal competição <strong>do</strong> semestre.Os testes foram aplica<strong>do</strong>s em perío<strong>do</strong>s não superiores hátrês sema<strong>na</strong>s antes ou depois da realização das provas organizadas pelaCBCa, conforme anexo 5.As provas foram realizadas sempre em <strong>do</strong>is ou três dias,sen<strong>do</strong> que em cada prova realizada, a organização, juntamente com aCBCa, preparou duas ou três descidas, alteran<strong>do</strong> o posicio<strong>na</strong>mento e onúmeros de portas, bem como a própria extensão <strong>do</strong> percurso. Noprimeiro dia to<strong>do</strong>s os competi<strong>do</strong>res realizavam uma descida, onde foicoleta<strong>do</strong> o tempo de descida (DE1 TD) e o tempo corrigi<strong>do</strong> pelaspe<strong>na</strong>lidades (DE1 TC). No segun<strong>do</strong> dia, os mesmos competi<strong>do</strong>resrealizavam a segunda descida, com o percurso diferente, e da mesmaforma, foi coleta<strong>do</strong> o tempo de descida (DE2 TD) e o tempo corrigi<strong>do</strong>pelas pe<strong>na</strong>lidades (DE2 TC), e ao fi<strong>na</strong>l, somou-se os tempos de cadaatleta, chegan<strong>do</strong> a SUM TD e SUM TC (vide Anexo 6).Na <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>, a forma mais comum utilizada para seestar comparan<strong>do</strong> os tempos entre os atletas e o próprio rendimento <strong>do</strong>atleta durante um ciclo de trei<strong>na</strong>mento, é primeiro, independentemente<strong>do</strong> tipo de embarcação utilizada (geralmente os caiaques masculinos –K1– são os mais rápi<strong>do</strong>s, segui<strong>do</strong>s pela canoa – C1 –, pela canoa dupla – C2– e pelo caiaque feminino – K2), classificar o melhor tempo obti<strong>do</strong> (SUMTC), e então orde<strong>na</strong>r, <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> melhor até o último coloca<strong>do</strong>,


utilizan<strong>do</strong>-se da diferença percentual em relação ao tempo <strong>do</strong> primeirocoloca<strong>do</strong> (%), conforme exemplo demonstra<strong>do</strong> no anexo 6.5.3 Testes Motores5.3.1 Força em deslocamentoNo teste de força em deslocamento, cada atleta remou porquinze metros (sain<strong>do</strong> entre duas bóias a três metros uma da outra echegan<strong>do</strong> entre duas outras bóias) com um lastro crian<strong>do</strong> resistência.Como lastro, foi utilizada metade de um espaguete de <strong>na</strong>tação, fura<strong>do</strong> deponta a ponta, por onde passou uma corda elástica, utilizada paraamarrá-lo à embarcação.Os atletas executaram o primeiro tiro de quinze metros, eao fi<strong>na</strong>l da primeira bateria de tiros, foi realizada uma segunda e depoisuma terceira bateria, e em seguida uma bateria de tiros sem o lastro.Foram utiliza<strong>do</strong>s <strong>na</strong>s análises estatísticas a média <strong>do</strong>s tempos (FD MED), omelhor tempo <strong>do</strong>s três tiros de cada atleta (FD MT) e o tempo <strong>do</strong> tiro semo lastro (FD TSL). Este teste foi utiliza<strong>do</strong> para avaliar a força muscular <strong>do</strong>satletas.5.3.2 Resistência de velocidadePara o teste de resistência de velocidade, cada atletaexecutou seis tiros consecutivos de 35 metros (como no teste de força emdeslocamento, sain<strong>do</strong> entre duas bóias e chegan<strong>do</strong> entre duas outrasbóias), com dez segun<strong>do</strong>s para a virada e descanso.Foram a<strong>na</strong>lisadas estatisticamente a média <strong>do</strong>s seis tiros(RV MED), o melhor tempo (RV MT), o pior tempo (RV PT), e o índice defadiga (RV IF), através da seguinte fórmula:RV IF = (RV MT – RV MED) x 100RV MT


O teste de resistência de velocidade foi utiliza<strong>do</strong> para avaliara resistência muscular <strong>do</strong>s atletas.5.3.3 Teste <strong>do</strong> losangoO teste <strong>do</strong> losango consistiu em uma simulação de descidarealizada em água parada, ao re<strong>do</strong>r de quatro bóias peque<strong>na</strong>s forman<strong>do</strong>um losango de la<strong>do</strong> igual a 10 metros e diago<strong>na</strong>is de 14,1 metros, sen<strong>do</strong>que as bóias devem ter entre 30 e 40 centímetros de diâmetros e estaremamarradas por corda a um peso coloca<strong>do</strong> no fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> ambiente de<strong>avaliação</strong> (lago, lagoa, pisci<strong>na</strong>, etc., necessariamente com água parada),que deve ter pelo menos 1,5 metros de profundidade.No losango, os atletas realizaram giros de 135º e 225º aore<strong>do</strong>r das bóias, para a direita e para a esquerda, conforme figura 2,completan<strong>do</strong> ao to<strong>do</strong> quatro voltas seguidas pelo losango. Para secompletar a volta no teste, o atleta deve passar com a proa daembarcação <strong>na</strong> linha de chegada (entre a bóia 1 e a bóia de largada).Figura 1. Esquema de colocação e tamanho das bóias e profundidade <strong>do</strong> lago.


Figura 2. Esquema de passagens pelas bóias durante uma volta no losango.Antes <strong>do</strong> início <strong>do</strong> teste, após um trabalho de alongamentofora d’água, o atleta ou o conjunto deve realizar duas voltas pelo olosango em baixa intensidade, a fim de que haja o aquecimento articular emuscular.Através <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> losango, foram a<strong>na</strong>lisadas as variáveistempo total (LOS TT), volta média (LOS MED), melhor volta (LOS MV),pior volta (LOS PV) e o índice de fadiga (LOS IF), que foi calcula<strong>do</strong> atravésda seguinte fórmula:LOS IF = (LOS MV – LOS MED) x 100LOS MVO teste <strong>do</strong> losango foi proposto para, a princípio, avaliartanto as capacidades força e resistência muscular, bem como a destrezatécnica <strong>do</strong> atleta.Antes <strong>do</strong> ciclo adaptativo, foi realizada a <strong>avaliação</strong> 0, que foiplanejada para a familiarização <strong>do</strong> teste e testar a reprodutibilidade <strong>do</strong>teste.


O coeficiente teste-reteste, realiza<strong>do</strong> com uma amostra deseis atletas e quatro embarcações, foi de 0,98 (r 2 = 0,96), sen<strong>do</strong> o retesterealiza<strong>do</strong> um dia após o primeiro teste, haven<strong>do</strong> a recolocação das bóiasno ambiente de <strong>avaliação</strong>.A fim de verificar quantas voltas seriam necessárias paraque o teste fosse completa<strong>do</strong> com uma maior associação a uma descidaem competição, oito atletas em seis embarcações foram avalia<strong>do</strong>srealizan<strong>do</strong> uma, duas, três e quatro voltas ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> losango e, atravésda correlação linear de Pearson, foram associa<strong>do</strong>s os tempos de cada tirocom a soma <strong>do</strong>s respectivos tempos de descidas, sem a correção porpe<strong>na</strong>lidades (SUM TD), conforme tabela 2.Tabela 2. Correlação entre número de voltas e soma <strong>do</strong>s tempos de descida (SUM TD),obti<strong>do</strong>s em competição. Todas as correlações foram significativas, para p


Completa<strong>do</strong> um teste <strong>do</strong> losango, um atleta ou um conjuntorema durante aproximadamente 130 segun<strong>do</strong>, por cerca de 220 metros,realizan<strong>do</strong> 8 giros de 135º e mais 8 de 225º. Em uma prova típica, umaembarcação desce entre 120 e 150 segun<strong>do</strong>s, em até 400 metros, com 16a 25 portas, sen<strong>do</strong> que <strong>do</strong>is terços dessas portas são a favor dacorrenteza e as demais, contra.Desta forma, levan<strong>do</strong> em consideração as proximidades dascaracterísticas apresentadas acima e a hipótese de que o teste tenha umaboa correlação com o <strong>desempenho</strong> em prova, além de servir para a<strong>avaliação</strong> <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento, os atletas poderão, em alguns casos (<strong>na</strong>impossibilidade de se efetuar o trei<strong>na</strong>mento em rio), trei<strong>na</strong>r osmovimentos específicos da <strong>canoagem</strong> e realizar trabalho dedesenvolvimento de força e da resistência muscular.5.4 Análise EstatísticaAs informações foram tratadas mediante procedimentosdescritivos para a caracterização da amostra e quantificação <strong>do</strong>s temposmédios de cada teste. O teste t de Student foi utiliza<strong>do</strong> para comparaçõesentre os tempos obti<strong>do</strong>s <strong>na</strong> <strong>avaliação</strong> e <strong>na</strong> competição. Anova (one-way)foi empregada para as comparações entre os tempos obti<strong>do</strong>s emavaliações distintas com teste post hoc de Scheffé sen<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong> paraidentificar as possíveis diferenças. Análise de correlação linear de Pearsonfoi utilizada para a<strong>na</strong>lisar a associação entre os tempos <strong>do</strong>s testes e ostempos obti<strong>do</strong>s em competição. Foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> o nível de significância de 5%para todas as análises.


6 RESULTADOSdemonstradas <strong>na</strong> tabela 3.As características antropométrica <strong>do</strong>s atletas estãoTabela 3. Características gerais <strong>do</strong>s atletas.Atleta Sexo Idade MC Est IMC %G En<strong>do</strong> Meso Ecto1 M 17,7 68,8 174,4 22,6 6,5 2,62 4,65 2,582 M 20,7 68,1 173,6 22,6 5,6 2,33 4,09 2,543 M 17,7 84,6 190,8 23,2 8,2 3,54 4,17 3,244 M 17,2 70,9 193,0 19,0 4,5 1,98 2,09 5,555 M 24,8 58,9 175,3 19,2 6,4 2,28 3,21 4,406 M 20,8 62,8 178,5 19,7 6,4 2,33 2,50 4,297 M 18,4 66,5 169,8 23,1 6,1 2,62 6,37 2,108 M 17,8 79,4 181,8 24,0 6,1 2,33 5,09 2,389 F 24,4 65,0 164,8 23,9 22,0 4,33 3,25 1,4210 F 25,8 53,2 169,2 18,6 16,5 3,27 2,17 4,35Média 20,5 67,8 177,1 21,6 8,8 2,76 3,76 3,29DP 3,3 9,2 9,2 2,2 5,7 0,73 1,38 1,30Nota: Idade em anos; MC = massa corporal, em quilos; Est = estatura, em centímetros;IMC = índice de massa corporal, em kg/m 2 ; %G = percentual de gordura; En<strong>do</strong> =en<strong>do</strong>morfia; Meso = mesomorfia; Ecto = ectomorfia.Na Tabela 4, além de demonstra<strong>do</strong> as médias e desviospadrões <strong>do</strong>s tempos total de descida (com e sem correção porpe<strong>na</strong>lidades) e <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> losango, foi a<strong>na</strong>lisada as respectivascorrelações a fim de verificar se o teste <strong>do</strong> losango está mais associa<strong>do</strong> àsdescidas com ou sem correção por pe<strong>na</strong>lidades. Nesse senti<strong>do</strong>, utilizou-sea variável SUM TD (tempo de descida, sem correção) <strong>na</strong> discussão <strong>do</strong>trabalho.


Tabela 4. Média (±DP) <strong>do</strong>s tempos da <strong>avaliação</strong> (LOS TT), da somatória <strong>do</strong>s tempos dedescida (SUM TD) e da somatória <strong>do</strong>s tempos de descida corrigi<strong>do</strong> pelas pe<strong>na</strong>lidades(SUM TC), e coeficiente produto da análise de correlação linear de Pearson entre ostempos de descida com os tempos das avaliações, nos cinco momentos de<strong>avaliação</strong>.(p


Tabela 5. Correlação linear de Pearson entre os tempos de descidas (SUM TE) com ostempos médios (LOS MED), da melhor volta (LOS MV), da pior volta (LOS PV) e <strong>do</strong> índicede fadiga (LOS IF) <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> losango. (p< 0,05)SUM TDM1 (n=6) M2 (n=6) M3a (n=5) M3b (n=6) M4 (n=6)r r 2 r r 2 r r 2 r r 2 r r 2LOSTT 0,92 0,85 0,75 0,56 0,78 0,62 0,93 0,86 0,95 0,90LOSMED 0,92 0,85 0,75 0,56 0,78 0,62 0,93 0,86 0,95 0,90LOSMV 0,95 0,90 0,79 0,63 0,90 0,82 0,94 0,89 0,90 0,80LOSPV 0,96 0,92 0,67 0,45 0,73 0,54 0,92 0,85 0,93 0,87LOSIF -0,26 0,07 0,43 0,18 0,27 0,08 -0,20 0,04 -0,80 0,64Ainda a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-se SUM TD como a variável associativa, <strong>na</strong>tabela 6 são apresentadas as respectivas associações entre esta variávelcom as variáveis LOS TT e LOS MED, que obtiveram as melhorescorrelações, além das variáveis FD MT e FD TSL (tempo <strong>do</strong> melhor tiro e<strong>do</strong> tiro sem o lastro, <strong>do</strong> teste força em deslocamento) e da variável RV MT(tempo <strong>do</strong> melhor tiro <strong>do</strong> teste resistência de velocidade).Tabela 6. Análise da correlação linear de Pearson entre os tempos de descidas (SUM TD)com os tempos total (LOS TT) e da melhor volta <strong>do</strong> losango (LOS MV), <strong>do</strong> melhor tiro (FDMT) e <strong>do</strong> tiro sem lastro (FD TSL) <strong>do</strong> teste força em deslocamento e <strong>do</strong> melhor tiro (RVMT) <strong>do</strong> teste de resistência de velocidade. (* = p< 0,05)SUM TDM1 M2 M3a M3b M4LOS TT 0,92 0,75 0,78 0,93 0,95LOS MV 0,95 0,79 0,90 0,94 0,90FD MT 0,23 0,23 0,56 0,20 -0,32FD TSL 0,50 0,42 0,77 0,59 0,01RV MT 0,56 0,43 0,80 0,62 0,19Utilizan<strong>do</strong>-se as variáveis LOS TT e SUM TD como asprincipais variáveis a fim de se detectar as associações entre tempo deteste e de competição, a tabela 7 apresenta os coeficientes de


correlações, os níveis de significância, os erros padrões de estimativa e asequações de regressão <strong>do</strong>s cinco momentos.Tabela 7. Coeficientes de correlações (r, r 2 e r 2 ajusta<strong>do</strong>), níveis de significância (p),erros padrão de estimativa (EPE) e equações de regressão das associações entre SUM TD(x) e LOS TT (y), nos cinco momentos.r r 2 r 2 (aj) p EPE Equação de regressãoM1 0,92 0,85 0,81 0,01 17,54 y = 72,996 + 0,24102.xM2 0,75 0,56 0,45 0,09 169,66 y = 123,48 + 0,3932.xM3a 0,78 0,62 0,49 0,12 87,70 y = 118,39 + 0,6811.xM3b 0,93 0,86 0,83 0,01 11,00 y = 50,005 + 0,36342.xM4 0,95 0,90 0,88 0,00 6,84 y = 31,478 + 0,3887.xA tabela 8 apresenta as comparações <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s médiosde LOS TT obti<strong>do</strong>s <strong>na</strong>s quatro avaliações (134,96 ± 13,54 s, 133,33 ±11,35 s, 132,21 ± 10,16 s e 125,13 ± 10,33 s, respectivamente, para asavaliações 1, 2, 3 e 4)Tabela 8. Comparação entre tempos totais obti<strong>do</strong>s no teste <strong>do</strong> losango realiza<strong>do</strong>s nosquatro momentos através de variação percentual e teste t de Student.(n=4)Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3% p % p % PAvaliação 2 -1,2 0,99Avaliação 3 -2,1 0,99 -0,8 0,99Avaliação 4 -7,9 0,69 -6,6 0,79 -5,7 0,86Na tabela 9 são apresenta<strong>do</strong>s as comparações entre ostempos das melhor volta (LOS MV) obti<strong>do</strong>s <strong>na</strong>s quatro avaliações (30,07± 2,57 s, 30,51 ± 2,45 s, 29,60 ± 1,93 s e 28,49 ± 1,89 s,respectivamente, <strong>na</strong>s avaliações 1, 2, 3 e 4).


Tabela 9. Comparação entre os melhores tempos obti<strong>do</strong>s no teste <strong>do</strong> losango realiza<strong>do</strong>snos quatro momentos através de variação percentual e teste t de Student.(n=4)Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3% p % p % pAvaliação 2 +1,4 0,99Avaliação 3 -1,6 0,99 -3,0 0,95Avaliação 4 -5,6 0,80 -7,1 0,66 -3,9 0,92E fi<strong>na</strong>lmente a tabela 10 apresenta a comparação entre osíndices de fadiga (LOS IF) obti<strong>do</strong>s no teste <strong>do</strong> losango <strong>na</strong>s quatroavaliações (-12,1 ± 2,3%, -9,2 ± 1,0%, -11,6 ± 2,7% e –9,7 ± 2,3%,respectivamente, para as avaliações 1, 2, 3 e 4).Tabela 10. Comparação entre os índices de fadiga obti<strong>do</strong>s no teste <strong>do</strong> losango realiza<strong>do</strong>snos quatro momentos através de variação percentual e teste t de Student.(n=4)Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3% p % p % pAvaliação 2 -31,0 0,38Avaliação 3 -4,2 0,99 +20,4 0,53Avaliação 4 -24,5 0,53 +4,9 0,99 -19,4 0,69Ainda utilizan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> índice de fadiga como uma medida de<strong>avaliação</strong> da resistência muscular, a figura 3 compara momento amomento, os índices de fadiga obti<strong>do</strong>s no teste <strong>do</strong> losango (LOS IF) e noteste de resistência de velocidade (RV IF).


Índice de Fadiga MuscularValores percentuais (negativos)14,0012,0010,008,006,004,002,000,001 2 3 4MomentosLOS IFRV IFFigura 3. Comparação entre os índices de fadiga obti<strong>do</strong>s nos testes <strong>do</strong> losango (LOS IF) eno teste de resistência de velocidade (RV IF).


7 DISCUSSÕESAo to<strong>do</strong>, cinco avaliações foram realizadas com os atletas da<strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> no primeiro semestre de 2003, conforme observa<strong>do</strong> noAnexo 5 (<strong>do</strong> momento 0 até o momento 4), bem como cinco provas foramrealizadas neste semestre. Contu<strong>do</strong>, o momento 0 não foi utiliza<strong>do</strong> <strong>na</strong>análise estatística por ser considera<strong>do</strong> como o momento parafamiliarização <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> losango, uma vez que o tempo desti<strong>na</strong><strong>do</strong> àsavaliações eram escassos e outras avaliações deveriam ser realizadas emum perío<strong>do</strong> de <strong>do</strong>is ou três dias (<strong>avaliação</strong> antropométrica e testes deforça e resistência muscular), não haven<strong>do</strong> assim tempo para ocorrer afamiliarização e aplicação <strong>do</strong> teste em um mesmo momento. Desta forma,optou-se por considerar esta primeira <strong>avaliação</strong> como um teste defamiliarização.Ao contrário, a <strong>avaliação</strong> realizada no momento 3 foiutilizada <strong>na</strong> análise estatística duas vezes, uma vez que ela antecedeuuma prova e sucedeu uma outra em perío<strong>do</strong>s não superior a trêssema<strong>na</strong>s. Assim, <strong>na</strong>s tabelas 4, 5 e 6, consideramos o momento 3a comoa situação onde foi associada a terceira <strong>avaliação</strong> com a terceira prova datemporada, e o momento 3b como a situação onde foi associada a terceira<strong>avaliação</strong> com a quarta prova da temporada. Conseqüentemente omomento 4 foi associa<strong>do</strong> a quinta prova da temporada.7.1 Associações <strong>do</strong>s Testes com as ProvasQuan<strong>do</strong> associan<strong>do</strong> os tempos obti<strong>do</strong>s no teste <strong>do</strong> losangocom os tempos totais de prova (descida = SUM TD e corrigi<strong>do</strong> = SUM TC),conforme demonstra<strong>do</strong> <strong>na</strong> tabela 4, percebe-se associações de moderadasa fortes, sen<strong>do</strong> algumas estatisticamente significativas (p


3b muito provavelmente em função de um atleta ter realiza<strong>do</strong> a primeiradescida com o remo quebra<strong>do</strong>, passan<strong>do</strong> fora da maioria das portas,receben<strong>do</strong> assim uma grande pe<strong>na</strong>lidade, e desta forma, inverten<strong>do</strong> acorrelação (r=-0,16).As correlações apresentadas nos momentos 2 e 3a, apesarde não significativas estatisticamente (de 0,74 a 0,78), podem serconsideradas boas, uma vez que os valores críticos de coeficiente decorrelação (Anexo 1) são, para o momento 2 e 3a respectivamente, 0,81e 0,88, próximos aos valores de correlação obti<strong>do</strong>s.Consideran<strong>do</strong> o fato de ter ocorri<strong>do</strong> uma grande pe<strong>na</strong>lidadeno momento 3b e também o fato de, no teste <strong>do</strong> losango, o atleta ouconjunto poder tocar <strong>na</strong>s bóias de marcação <strong>do</strong> percurso (uma vez que, sehouvesse a opção pela marcação da pe<strong>na</strong>lidade no teste, a fiscalizaçãovisual seria dificultada pelas condições locais e falta de avalia<strong>do</strong>res),foram consideradas no presente estu<strong>do</strong> as somatórias <strong>do</strong>s tempos dedescidas, sem a correção (SUM TD), como os tempos utiliza<strong>do</strong>s para seefetuar as correlações entre os testes e as provas.Desta forma, quan<strong>do</strong> correlacio<strong>na</strong><strong>do</strong> ape<strong>na</strong>s os temposreferentes a SUM TD com o tempo médio no losango (LOS MED), a melhore a pior volta no teste (LOS MV e LOS PV) e o índice de fadiga (LOS IF),<strong>na</strong> tabela 5, foram verificadas associações de moderadas a altas (comalgumas significativas) entre SUM TD com LOS TT, LOS MED, LOS MV eLOS PV (valores de r entre 0,67 e 0,95), demonstran<strong>do</strong> que o tempomédio das voltas e a melhor e pior volta obtida no teste também são bonsíndices de <strong>predição</strong> <strong>do</strong> <strong>desempenho</strong> <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>.O tempo referente ao LOS IF não pareceu um bom preditorde <strong>desempenho</strong>, uma vez que os valores obti<strong>do</strong>s não apresentaramgrandes associações durante to<strong>do</strong>s os momentos de avaliações, bemcomo não houve um padrão de associação, ten<strong>do</strong> valores positivos em<strong>do</strong>is momentos e negativos em três.Contu<strong>do</strong>, no momento 4, houve uma boa relação negativa(r=-0,80 e r 2 =0,64) entre SUM TD e LOS IF, indican<strong>do</strong> que,


possivelmente, os atletas chegaram neste perío<strong>do</strong> apresentan<strong>do</strong> baixosíndices de fadiga, indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento em resistência muscular, ouseja, quanto menor os índices de fadiga obti<strong>do</strong>s, melhores os<strong>desempenho</strong>s em prova, comprovan<strong>do</strong> então a importância não só <strong>do</strong>trei<strong>na</strong>mento muscular, como também o trei<strong>na</strong>mento da resistênciamuscular para a <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>. Também, uma maior proximidadeentre a realização das provas e da <strong>avaliação</strong> podem justificar melhorescorrelações não só para LOS IF, mas também para as demais variáveisobtidas no teste <strong>do</strong> losango neste momento.Mesmo o teste <strong>do</strong> losango apresentan<strong>do</strong> outras variáveisque podem ser preditoras <strong>do</strong> <strong>desempenho</strong> <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> (tabela 6)foram utilizadas as variáveis LOS TT e LOS MV como aquelas a seremcomparadas com variáveis de outros testes aplica<strong>do</strong>s, a fim de seconhecer quais eram as melhores para se predizer o <strong>desempenho</strong> emprova, uma vez que no momento 4 (que foi o momento com o menorespaço entre prova e <strong>avaliação</strong> e, conseqüentemente, com as melhorescorrelações) foram estas as variáveis com as maiores associações.Nesse senti<strong>do</strong>, as variáveis obtidas através <strong>do</strong> teste <strong>do</strong>losango se apresentaram com as melhores correlações, quan<strong>do</strong>associadas à SUM TD, principalmente em função das variáveis FD MT, FDTSL e RV MT não terem apresenta<strong>do</strong> correlações significativas.Certamente, tais correlações não se apresentaramsatisfatórias uma vez que os testes de força em deslocamento eresistência de velocidade tinham como objetivo principal a<strong>na</strong>lisar umcomponente isola<strong>do</strong> <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento esportivo (força muscular eresistência muscular, respectivamente), e o teste <strong>do</strong> losango foi propostopara a<strong>na</strong>lisar conjuntamente os componentes supracita<strong>do</strong>s e a destrezatécnica <strong>do</strong>s atletas, muito importante <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>.Vale lembrar que, apesar <strong>do</strong>s valores de correlação de LOSMV terem si<strong>do</strong>s maiores <strong>do</strong> que LOS TT, ou seja, há maiores associaçõesquan<strong>do</strong> o atleta rema ape<strong>na</strong>s uma volta (já que a melhor volta sempre foia primeira volta) <strong>do</strong> que quatro voltas, o teste com quatro voltas foi


escolhi<strong>do</strong> uma vez que utilizan<strong>do</strong>-se de um teste de quatro voltas, podeseobter outras variáveis interessantes, em especial, a variável indica<strong>do</strong>rada fadiga muscular (LOS IF).Também deve ser cita<strong>do</strong> que, quan<strong>do</strong> a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>s os valoresde SUM TD, correlacio<strong>na</strong>n<strong>do</strong>-os com LOS TT, contu<strong>do</strong> excluin<strong>do</strong> asmulheres (n=2), as correlações praticamente se mantiveram oumelhoraram (de 0,92 para 0,91, de 0,75 para 0,95, de 0,78 para 0,85, de0,93 para 0,91 e de 0,95 para 0,95, para os momentos 1, 2, 3a, 3b e 4,respectivamente). É possível afirmar desta forma que o teste apresentamelhores correlações quan<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s amostras mais homogêneas, quesão as amostras encontradas em competições inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is de alto nível.Não foi possível a<strong>na</strong>lisar as correlações ape<strong>na</strong>s das atletasfemini<strong>na</strong>s em função de, em nenhum momento, terem participa<strong>do</strong> damesma <strong>avaliação</strong>.Enfim, através das análises efetuadas, verificou-se que asvariáveis mais adequadas <strong>na</strong> utilização da correlação para a <strong>predição</strong> <strong>do</strong><strong>desempenho</strong> atlético foram o tempo de <strong>avaliação</strong> total (LOS TT) e asomatória <strong>do</strong>s tempo de descida em prova, sem correção das pe<strong>na</strong>lidades(SUM TD). Neste senti<strong>do</strong>, coeficientes de correlações, níveis designificância, erro padrão de estimativa e as respectivas equações deregressão são apresentadas <strong>na</strong> tabela 7.Quan<strong>do</strong> a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>s ape<strong>na</strong>s SUM TD e LOS TT, percebe-seque as maiores correlações, juntamente com os melhores EPE sãoencontra<strong>do</strong>s nos momentos 3b e 4. Dois fatos distintos podem justificartais valores. Primeiro, os <strong>do</strong>is momentos são aqueles em que asavaliações foram realizadas com menor intervalo para com as provas (3 e2 dias, respectivamente), como cita<strong>do</strong> anteriormente, e, desta forma,elimi<strong>na</strong>n<strong>do</strong> qualquer possibilidade <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento ter afeta<strong>do</strong> o<strong>desempenho</strong> a favor ou contra o atleta <strong>na</strong> <strong>avaliação</strong> ou <strong>na</strong> prova. Osatletas competiram e foram avalia<strong>do</strong>s praticamente sob as mesmascondições.


O segun<strong>do</strong> fato diz respeito ao trei<strong>na</strong>mento em si, ou seja,os melhores valores apresenta<strong>do</strong>s para a <strong>predição</strong> <strong>do</strong> <strong>desempenho</strong> emprova foram obti<strong>do</strong>s nos ciclos específicos, onde subentende-se que osatletas estão mais bem trei<strong>na</strong><strong>do</strong>s, sob to<strong>do</strong>s os aspectos e o conjuntoapresenta-se mais homogêneo e regular.Quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s a outros estu<strong>do</strong>s, os valores decorrelação entre as variáveis LOS TT e SUM TD são similares a valoresobti<strong>do</strong>s <strong>na</strong> comparação de testes em ergômetros de caiaque e tempos deprovas.Comparan<strong>do</strong> as respostas fisiológicas de uma simulação emergômetro de caiaque com a <strong>canoagem</strong> em água, van Someren, Phillips ePalmer (2000) obtiveram valores altamente correlacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s (r 2 =0,86)entre a remada em água aberta (média de 992 ± 47 m) e a simulação emum ergômetro K1 ERGO KAYAK (média de 47,64 ± 7,67 kJ). Valorespareci<strong>do</strong>s foram obti<strong>do</strong>s em um grupo de 38 atletas de <strong>canoagem</strong> queremaram em provas de 500, 1000, 10000 e 42000 metros e executaramum teste a<strong>na</strong>eróbio em um ergômetro de caiaque (FRY & MORTON, 1991).A<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> variáveis fisiológicas e a performance, Bishop(2000), avalian<strong>do</strong> 9 atletas de alto nível <strong>do</strong> sexo feminino, encontrouvalores de correlação de –0,82, -0,75, -0,89 e 0,95 (to<strong>do</strong>sestatisticamente significantes) entre o tempo da remada em 500 metroscom, respectivamente, VO 2 pico, produção de força, limiar a<strong>na</strong>eróbio e odéficit acumula<strong>do</strong> de oxigênio.Em outros esportes, como o ciclismo, por exemplo,correlações de 0,92 e 0,95 foram encontradas quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s otempo obti<strong>do</strong> em provas de 20 e 40 quilômetros, respectivamente, com o<strong>desempenho</strong> em cicloergômetro (PALMER et al., 1996).No Brasil, Caputo et al. (2001), também comparan<strong>do</strong> aperformance no ciclismo com variáveis fisiológicas, obtidas em umcicloergômetro, obtiveram valores significantes entre 0,83 e 0,98 paravelocidades obtidas em provas de 2, 4 e 6 quilômetros e variáveis comoVO 2 max, OBLA e velocidades de provas correspondentes ao VO 2 max.


Percebe-se, enfim, que os testes observa<strong>do</strong>s <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong>,são, primeiramente, quase to<strong>do</strong>s sobre a modalidade de velocidade, ondeas capacidades força muscular e potência são pre<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>nte sobre atécnica, o que não ocorre com a <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> (GOBBO et al., 2003),onde a técnica tem grande importância no <strong>desempenho</strong>. Além disso,estu<strong>do</strong>s sobre a <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> são raros, em especial no Brasil, não sósobre comparações <strong>do</strong> <strong>desempenho</strong> em provas com testes laboratoriais(em ergômetros), mas também sobre assuntos que tratam o trei<strong>na</strong>mento,as respostas fisiológicas <strong>do</strong> esporte, as características morfológicas emetabólicas <strong>do</strong>s atletas, etc., dificultan<strong>do</strong> desta forma a comparação <strong>do</strong>presente estu<strong>do</strong> com outros, a fim de facilitar a demonstração da validadeou não <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> losango.Inúmeros estu<strong>do</strong>s investigam as respostas fisiológicas daremada (freqüência cardíaca, consumo máximo de oxigênio, concentraçãode lactato no sangue, concentração de ATP, CP, glicose, glicose-6-fosfatoe glicogênio, limiar ventilatório, ventilação pulmo<strong>na</strong>r, pre<strong>do</strong>minância defibra muscular, entre outros) e o <strong>desempenho</strong> motor (tempo de teste) <strong>na</strong><strong>canoagem</strong> de velocidade e suas associações com outras variáveis, emespecial, com a performance (BISHOP, 2000; BISHOP, BONETTI &DAWSON, 2002; BUNC & HELLER, 1991; CLARKSON, KROLL &MELCHIONDA, 1982; TESCH & KARLSSON, 1984; VAN SOMEREN &OLIVER, 2002), enquanto que, <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>, temas como estessão escassos (GOBBO & CYRINO, 2003; LEVEQUE et al., 2002).7.2. Comparações entre as AvaliaçõesPara a<strong>na</strong>lisar os tempos obti<strong>do</strong>s no teste <strong>do</strong> losango com ostempos obti<strong>do</strong>s nos testes de força em deslocamento e resistência develocidade e com cada momento, foram utiliza<strong>do</strong>s ape<strong>na</strong>s os tempos dequatro embarcações (6 atletas, sen<strong>do</strong> 1 K1, 1 C1 e 2 C2), uma vez queape<strong>na</strong>s essas quatro embarcações participaram de todas as avaliações,


possibilitan<strong>do</strong> assim a comparação de um momento com outro, <strong>do</strong>primeiro ao quarto momento.Comparan<strong>do</strong> os tempos de LOS TT obti<strong>do</strong>s nos 4 momentosdistintos (Tabela 8), percebe-se uma melhora não significativa nos temposda primeira à última <strong>avaliação</strong>, contu<strong>do</strong> com uma melhora acentuada <strong>do</strong>stempos <strong>na</strong> última <strong>avaliação</strong>, demonstran<strong>do</strong> possivelmente uma melhorresposta <strong>do</strong>s atletas a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>s ao trei<strong>na</strong>mento <strong>do</strong>s ciclos específicos eespecíficos/aeróbios, que apresentaram mais sessões de treinosespecíficos, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s aos ciclos anteriores.Vale ressaltar que, <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>, melhoras inferioresa um segun<strong>do</strong>, apesar de não serem estatisticamente significativas, sãode grande importância e interesse aos trei<strong>na</strong><strong>do</strong>res e atletas uma vez que,em provas, centésimos de segun<strong>do</strong>s podem ser decisivos. Desta forma, ostempos a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>s neste estu<strong>do</strong>, apesar de não terem si<strong>do</strong> significantes,foram essenciais aos atletas e ao trei<strong>na</strong><strong>do</strong>r, em especial <strong>na</strong> análiseindividual, e foram utiliza<strong>do</strong>s no planejamento das etapas seguintes detrei<strong>na</strong>mento.Na tabela 9, comparan<strong>do</strong> as melhores voltas <strong>do</strong> teste <strong>do</strong>losango (que em to<strong>do</strong>s os casos foi a primeira volta <strong>do</strong> teste) entre osquatro momentos, percebe-se também uma melhora <strong>do</strong>s tempos (nãoestatisticamente significativa) <strong>do</strong> primeiro ao último momento, exceto <strong>do</strong>primeiro ao segun<strong>do</strong> momento. Não foram observadas melhoras entre omomento 1 e o momento 2, que coincidiu com o fi<strong>na</strong>l <strong>do</strong> ciclo de força(+1,4% contra -3,0% e -3,9%, <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> para o terceiro e <strong>do</strong> terceiropara o quarto momento, respectivamente). Tal fato se deve,principalmente, em função de alguns atletas apresentarem <strong>do</strong>resmusculares em função <strong>do</strong> forte trei<strong>na</strong>mento, uma vez que foi a primeiravez que esse trei<strong>na</strong>mento de força foi aplica<strong>do</strong>. Este fato colaborou paraque as associações obtidas neste momento fossem as mais baixasencontradas. Contu<strong>do</strong>, com a manutenção <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento de força, comoobserva<strong>do</strong> no Anexo 7, os tempos obti<strong>do</strong>s para LOS MV foramdecrescen<strong>do</strong>, cain<strong>do</strong> 7,1% <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> para o quarto momento.


Para o fato de que não houve qualquer significânciaestatisticamente <strong>na</strong>s melhoras <strong>do</strong>s tempos, deve-se atentar ao fato deque o trecho percorri<strong>do</strong> foi de 15 metros, ou seja, melhoras nãosignificativas neste caso não necessariamente sugerem que nãoocorreram adaptações ao trei<strong>na</strong>mento, uma vez que, como cita<strong>do</strong>anteriormente, centésimos de segun<strong>do</strong>s podem ser determi<strong>na</strong>ntes nosresulta<strong>do</strong>s.A<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> as variações nos índices de fadiga (Tabela 10),percebe-se também que não ocorreram melhoras significativas entre cadamomento, contu<strong>do</strong>, as melhoras obtidas até o quarto momento foramutilizadas no planejamento <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento individual de cada atleta eforam consideradas relevantes para este fim.Contu<strong>do</strong>, ao contrário <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s <strong>na</strong>s comparaçõesde LOS MV, para LOS IF, o momento 2 foi o momento onde foiapresenta<strong>do</strong> os melhores índices de fadiga. Tal fato se deve muitoprovavelmente em função <strong>do</strong>s tempos da primeira volta e <strong>do</strong>s temposmédios <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> losango neste momento terem si<strong>do</strong> os mais altos.Desta forma, com altos tempos para a primeira volta, e manten<strong>do</strong>-se ostempos da última volta (que foram em quase todas as avaliações ospiores tempos), obteve-se bons índices de fadiga. Assim, os índices <strong>do</strong>terceiro e <strong>do</strong> quarto momento foram mais considera<strong>do</strong>s, uma vez queocorreram melhoras tanto nos tempos de LOS MV quanto nos índices defadiga.As melhoras também podem ser justificadas em função <strong>do</strong>trei<strong>na</strong>mento nos ciclos específicos e ciclos específicos/aeróbiosapresentarem mais sessões de treinos para capacidade aeróbia contínua efracio<strong>na</strong>da e potência aeróbia, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s aos ciclos anteriores(Anexo 7).Utilizan<strong>do</strong> os tempos referentes a LOS MV, FD MT e FD TSLcomo indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> ganho de força e potência muscular, as três variáveisforam comparadas a fim de verificar se a utilização <strong>do</strong> tempo da melhorvolta no teste <strong>do</strong> losango, compara<strong>do</strong> com testes já utiliza<strong>do</strong>s <strong>na</strong>


<strong>canoagem</strong> de velocidade para <strong>avaliação</strong> <strong>do</strong>s ganhos de força (FD MT e FDTSL), é um bom indica<strong>do</strong>r <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento de força muscular.Não foram observa<strong>do</strong>s padrões durante os quatro momentosentre LOS MV, FD MT e FD TSL, sen<strong>do</strong> que, enquanto nos tempos de LOSMV, ocorreram melhoras <strong>do</strong> primeiro para o quarto momento de 3,9%,para FD MT e FD TSL foram encontradas melhoras de 2,2% e 5,4%,respectivamente.E, enquanto que para LOS MV houve uma piora <strong>do</strong> tempo <strong>do</strong>primeiro para o segun<strong>do</strong> momento (1,42%), para FD MT e FD TSLocorreram melhoras neste perío<strong>do</strong> (0,7% e 0,4%, respectivamente), e emseguida, piora <strong>do</strong> tempo para o terceiro momento (0,7% e 2,5%,respectivamente, compara<strong>do</strong>s ao primeiro momento), voltan<strong>do</strong> a umamelhora <strong>do</strong>s tempos no último momento (1,8% e 2,8%), em relação aoprimeiro momento.Por outro la<strong>do</strong>, a<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> LOS IF e RV IF como indica<strong>do</strong>resda resistência muscular, foi percebi<strong>do</strong> um padrão de alteração nosresulta<strong>do</strong>s, com as duas variáveis varian<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s quatro momentosde forma muito similar.Enquanto que para a variável LOS IF foram obtidasmelhoras de 30,95%, 4,2% e 24,5% <strong>do</strong> segun<strong>do</strong>, terceiro e quartomomento respectivamente, comparan<strong>do</strong> com o primeiro momento, paraRV IF valores percentuais de 29,1%, 6,9% e 16,1%, respectivamente,foram obti<strong>do</strong>s, conforme pode ser percebi<strong>do</strong> <strong>na</strong> figura 3.


8 CONCLUSÕESAtravés <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s e a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>s, é possívelafirmar que a utilização <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> losango <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> é umaboa ferramenta principalmente para se predizer o <strong>desempenho</strong> emcompetições.Resulta<strong>do</strong>s comparan<strong>do</strong> o somatório <strong>do</strong>s tempos de descida,sem o acréscimo <strong>do</strong>s pontos referentes às pe<strong>na</strong>lidades (SUM TD) com ostempos das quatro voltas obtidas no teste <strong>do</strong> losango (LOS TT)apresentaram valores de correlações altos e estatisticamente significativos(0,93 e 0,95), nos momentos onde os atletas estavam mais bemtrei<strong>na</strong><strong>do</strong>s (momentos 3b e 4, respectivamente) e em perío<strong>do</strong>s de<strong>avaliação</strong> próximos às provas (de <strong>do</strong>is a três dias).A utilização de ape<strong>na</strong>s uma volta no teste <strong>do</strong> losangoapresentou também valores significativos de correlação (0,94 e 0,90),nestes mesmos momentos, poden<strong>do</strong> ser utiliza<strong>do</strong> como, além de um bompreditor <strong>do</strong> <strong>desempenho</strong> em prova, uma ferramenta razoável para seavaliar a força muscular, uma vez que não foram apresenta<strong>do</strong>s padrõesde variação semelhantes durante os quatro momentos quan<strong>do</strong>compara<strong>do</strong>s com testes utiliza<strong>do</strong>s para se medir esta capacidade <strong>na</strong><strong>canoagem</strong> de velocidade (FD MT e FD TSL).Porém, utilizan<strong>do</strong>-se de somente uma volta, além <strong>do</strong> atletanão ser coloca<strong>do</strong> em teste por um tempo mais próximo ao tempo real deprova, não é possível obter outras variáveis que também apresentarambons valores de correlação, como por exemplo, o tempo médio de prova(LOS MED), a pior volta (LOS PV) e o índice de fadiga (LOS IF), comvalores de correlação obti<strong>do</strong>s no último momento de, respectivamente,0,95, 0,93 e –0,80.Consideran<strong>do</strong> o momento 4 como o perío<strong>do</strong> mais apropria<strong>do</strong>para se realizar a <strong>avaliação</strong> (em função <strong>do</strong> nível de trei<strong>na</strong>mento <strong>do</strong>satletas), o índice de fadiga (LOS IF) obti<strong>do</strong> apresentou-se com umacorrelação muito boa (-0,80) compara<strong>do</strong> ao tempo de prova, e também


apresentan<strong>do</strong> durante os quatro momentos o mesmo padrão de variaçãoquan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> ao índice de fadiga obti<strong>do</strong> pelo teste de resistência develocidade (RV IF) (que é um teste utiliza<strong>do</strong> para se avaliar a resistênciamuscular <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> de velocidade), desta forma, poden<strong>do</strong> ser utilizadacomo uma boa ferramenta para estes fins.Assim sen<strong>do</strong>, o teste <strong>do</strong> losango é uma opção de <strong>avaliação</strong>para a <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>, utilizan<strong>do</strong>-se de água parada e <strong>do</strong>s mesmosequipamentos utiliza<strong>do</strong>s pelos atletas em competição, garantin<strong>do</strong> assim,uma maior validade ecológica ao teste.Contu<strong>do</strong>, faz-se necessário estar aplican<strong>do</strong> o teste emamostras homogêneas, trei<strong>na</strong>das e em datas não superior a uma sema<strong>na</strong>em relação às datas de provas, ou ao menos, que não haja interferência<strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento entre uma <strong>avaliação</strong> e a prova, ou vice-versa. A aplicação<strong>do</strong> teste pode ser realizada em lagos, represas ou mesmo em pisci<strong>na</strong>sonde haja espaço suficiente para as embarcações estarem realizan<strong>do</strong>to<strong>do</strong>s os movimentos necessários para completar as voltas no losango.Sugere-se também, como novos trabalhos a seremrealiza<strong>do</strong>s, a aplicação de novos testes em data próxima a uma grandecompetição com atletas participantes desta competição, haven<strong>do</strong> nestemomento a divisão por embarcação (K1 masculino, K1 feminino, C1 e C2),a fim de se validar o teste por categorias e com uma maior amostra.E fi<strong>na</strong>lmente, sugere-se novos estu<strong>do</strong>s sobre as respostasfisiológicas <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> losango, comparadas ao <strong>desempenho</strong> em provas etambém ao <strong>desempenho</strong> em ergômetros de braço e de caiaque, poden<strong>do</strong>desta forma ocorrer a análise de outras variáveis pertinentes ao<strong>desempenho</strong> e ao trei<strong>na</strong>mento, como a concentração de lactato e glicemiano sangue, o VO 2 max, a FC, entre outros, aumentan<strong>do</strong> ou não destaforma, a validade <strong>do</strong> teste proposto.


REFERÊNCIASASTRAND, P.O.; RODAHL, K. Textbook of work physiology. New York:McGraw-Hill, 1977.BARBANTI, V.J. Trei<strong>na</strong>mento físico: bases científicas. 3.ed. São Paulo:CLR Balieiro, 2001.BISHOP, D.; BONETTI, D.; DAWSON, B. The influence of pacing strategyon VO 2 and supramaximal kayak performance. Medicine and Science inSports and Exercise, Hagerstown, v.34, n.6, p.1041-7, 2002.BISHOP, D. Physiological predictors of flat-water kayak performance inwomen. European Jour<strong>na</strong>l of Applied Physiology and Occupatio<strong>na</strong>lPhysiology, Berlin, v.82, n.1-2, p.91-7, 2000.BOMPA, T.O.; CORNACCHIA, L.J. Trei<strong>na</strong>mento de força consciente:estratégias para o ganho de massa muscular. São Paulo: Phorte,2000.BOMPA, T.O. Periodização: teoria e meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento. 4. ed.São Paulo: Phorte, 2002.BOUCKAERT, J.; PANNIER, J.L.; VRIJENS, J. Cardiorespiratory response tobicycle and rowing ergometer exercise in oarswomen. European Jour<strong>na</strong>lof Applied Physiology and Occupatio<strong>na</strong>l Physiology, Berlin, v.51,n.1, p.51-9, 1983.BRIDGMAN, R. A coach's guide to testing for athletic attributes. Natio<strong>na</strong>lStrength and Conditioning Jour<strong>na</strong>l, Colora<strong>do</strong> Springs, v.13, n.3, p.34-7, 1991.


BUNC, V.; HELLER, J. Ventilatory threshold and work efficiency on abicycle and paddling ergometer in top canoeists. The Jour<strong>na</strong>l of SportsMedicine and Physical Fitness, Lisse, v.31, n.3, p.376-9, 1991.CAPUTO, F.; LUCAS, R.D.; MANCINI, E.; DENADAI, B.S. Comparação dediferentes índices obti<strong>do</strong>s em testes de campo para <strong>predição</strong> daperformance aeróbia de curta duração no ciclismo. Revista Brasileira deCiência e Movimento, Brasília, v.9, n.4, p.13-7, 2001.CARVALHO JUNIOR, C.S.; SANTOS, A.L.G.; SCHNEIDER, A.P.; BERETTA,L.; TEBEXRENI, A.S.; CESAR, M.C.; BARROS, T.L. Análise comparativa daaptidão cardiorrespiratória de triatletas, avalia<strong>do</strong>s em ciclossimula<strong>do</strong>r ebicicleta ergométrica. Revista Brasileira de Ciência e Movimento,Brasília, v.8, n.3, p.21-4, 2000.CBCa - CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CANOAGEM. Site oficial de CBCa.Disponível em . Acesso em: 2 dez. 2003.CLARKSON, P.M.; KROLL, W.; MELCHIONDA, A.M. Isokinetic strength,endurance, and fiber type composition in elite American paddlers.European Jour<strong>na</strong>l of Applied Physiology and Occupatio<strong>na</strong>lPhysiology, Berlin, v.48, n.1, p.67-76, 1982.DANTAS, E.H.M. A prática da preparação física. 4.ed. Rio de Janeiro:Shape, 1998.DENADAI, B.S. Avaliação aeróbia: determi<strong>na</strong>ção indireta da resposta <strong>do</strong>lactato sanguíneo. Rio Claro: Motrix, 2000.ENDICOTT, W.T. Strength and conditioning for canoeing and kayaking.Natio<strong>na</strong>l Strength and Conditioning Jour<strong>na</strong>l, Colora<strong>do</strong> Springs, v.10,n.4, p.36-7, 1988.


FEKETE, M. Periodized strength training for sprint kayaking/canoeing.Natio<strong>na</strong>l Strength and Conditioning Jour<strong>na</strong>l, Colora<strong>do</strong> Springs,December, p.8-12, 1998.FLECK, S.J.; KRAEMER, W.J. Fundamentos <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento de forçamuscular. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.FRY, R.W.; MORTON, A.R. Physiological and ki<strong>na</strong>nthropometrics attributesof elite flatwater kayakists. Medicine and Science in Sports andExercise, Hagerstown, v.23, n.11, p.1297-301, 1991.GOBBO, L.A.; CYRINO, E.S. Teste <strong>do</strong> Losango: uma proposta de testemotor para a <strong>predição</strong> <strong>do</strong> <strong>desempenho</strong> <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>. A<strong>na</strong>is <strong>do</strong> VIEncontro de Atividades Científicas da Unopar, Londri<strong>na</strong>, 2003, meiomagnético.GOBBO, L.A.; FONTES, E.B.; BORGES, T.O.; OLIVEIRA, F.C.; MELO, J.C.;ALTIMARI, L.R.; PINA, F.L.C.; NAKAMURA, F.Y.; CYRINO, E.S.Comparação entre o perfil antropométrica das seleções brasileira de<strong>canoagem</strong> de velocidade e <strong>slalom</strong>. A<strong>na</strong>is <strong>do</strong> XXVI SimpósioInter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de Ciências <strong>do</strong> Esporte, Edição Especial da RevistaBrasileira de Ciência e Movimento, São Paulo, 2003, p.220.GOMES, A.C. Trei<strong>na</strong>mento desportivo: estruturação e periodização.Porto Alegre: Artmed, 2002.GRANT, G.; CRAIG, I.; WILSON J.; AITCHISON, T. The relationshipbetween 3 km running performance and selected physiological variables.Jour<strong>na</strong>l of Sports Sciences, Lon<strong>do</strong>n, v.15, p.403-10, 1997.HAGERMAN, F.C.; HAGERMAN, M.T. A comparison of energy output andinput among elite rowers. FISA Coach, Lausanne, v.2, p.5-8, 1990.


HAGERMAN, F.C.; LAWRENCE, R.A.; MANSFIELD, M.C. A comparison ofenergy expenditure during rowing and cycle ergometry. Medicine andScience in Sports and Exercise, Hagerstown, v.20, p.479-88, 1988.ICF – INTERNATIONAL CANOE FEDERATION. Site oficial da FederaçãoInter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de Canoagem. Disponível em: www.canoeicf.com/<strong>slalom</strong>.Acesso em: 25 nov. 2003.LEVEQUE, J.M.; BRISSWALTER, J.; BERNARD, O.; GOUBAULT, C. Effect ofpaddling cadence on time to exhaustion and VO2 kinetics at the intensityassociated with VO2max in elite white-water kayakers. Ca<strong>na</strong>dian Jour<strong>na</strong>lof Applied Physiology, Montreal, v.27, n.6, p.602-11, 2002.MACFARLANE, D.J.; EDMOND, I.M.; WALMSLEY, A. Instrumentation of anergometer to monitor the reliability of rowing performance. Jour<strong>na</strong>l ofSports Sciences, Lon<strong>do</strong>n, v.15, n.2, p.167-73, 1997.McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH V.I. Fisiologia <strong>do</strong> exercício,nutrição e <strong>desempenho</strong> humano. 3.ed. Rio de Janeiro: Gua<strong>na</strong>baraKoogan, 1992.OLIVEIRA, P.R.; SILVA, J.B.F. Dinâmica da alteração de diferentescapacidades biomotoras <strong>na</strong>s etapas e micro-etapas <strong>do</strong> macro-ciclo anualde trei<strong>na</strong>mento de atletas de voleibol. Revista Trei<strong>na</strong>mentoDesportivo, Curitiba, v.6, n.1, p.18-30, 2001.PALMER, G.S.; DENNIS, S.C.; NOAKES, T.D.; HAWLEY, J.A. Assessment ofthe reproducibility of performance testing on an air-braked cycleergometer. Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Jour<strong>na</strong>l of Sports Medicine, Stuttgart, v.17,n.4, p.293-8, 1996.


PEARSON, D. Enhancing athletic performance. Natio<strong>na</strong>l Strength &Conditioning Jour<strong>na</strong>l, Colora<strong>do</strong> Springs, v.22, n.4, p.74–5, 2000.PYKE, F.S.; BAKER, J.A.; HOYLE, R.J.; SCRUTTON, E.W. Metabolic andcirculatory responses to work on a canoeing and bicycle ergometer.Australian Jour<strong>na</strong>l of Sports Medicine, Belconnen, v.5, p.22-31, 1973.ROBERTS, S.; WEIDER, B. Strength and weight training for youngathletes. Chicago, IL: Contemporary Books, 1994.RODRIGUEZ, R.J.; RODRIGUEZ, R.P.; COOK, S.D.; SANDBORN, P.M.Electromyographic a<strong>na</strong>lysis of the rowing stroke biomechanics. TheJour<strong>na</strong>l of Sports Medicine and Physical Fitness, Lisse, v.30, n.1,p.103-8, 1990.RUSSELL, A.P.; LE ROSSIGNOL, P.F.; SPARROW, W.A. Prediction of eliteschoolboy 2000-m rowing ergometer performance from metabolic,anthropometric and strength variables. Jour<strong>na</strong>l of Sports Sciences,Lon<strong>do</strong>n, v.16, n.8, p.749-54, 1998.SCHABORT, E.J.; HAWLEY, J.A.; HOPKINS, W.G.; BLUM, H. High reliabilityof performance of well-trained rowers on a rowing ergometer. Jour<strong>na</strong>l ofSports Sciences, Lon<strong>do</strong>n, v.17, n.8, p.627-32, 1999.SHEPHARD, R.J. Science and medicine of canoeing and kayaking. SportsMedicine, Auckland, v.4, n.1, p.19-33, 1987.STROMME, S.B.; INGJER, F.; MEEN, H.D. Assesment of maximal aerobicpower in specifically trained athletes. Jour<strong>na</strong>l of Applied Physiology,Bethesda, v.42, n.6, p.833-7, 1977.


TESCH, P.A.; KARLSSON, J. Muscle metabolite accumulation followingmaximal exercise. A comparison between short-term and prolonged kayakperformance. European Jour<strong>na</strong>l of Applied Physiology andOccupatio<strong>na</strong>l Physiology, Berlin, v.52, n.2, p.243-6, 1984.TESCH, P.A. Physiological characteristics of elite kayak paddlers.Ca<strong>na</strong>dian Jour<strong>na</strong>l of Applied Sports Sciences, Montreal, v.8, n.2,p.89-91, 1983.TESCH, P.A.; PIEHL, K.; WILSON, G.; KARLSSON, J. Physiologicalinvestigations of Swedish elite canoe competitors. Medicine and Sciencein Sports and Exercise, Hagerstown, v.8, n.4, p.214-8, 1976.THOMAS, J.R.; NELSON, J.K. Méto<strong>do</strong>s de pesquisa em atividadefísica. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.VAN SOMEREN, K.A.; OLIVER, J.E. The efficacy of ergometry determinedheart rates for flatwater kayak training. Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Jour<strong>na</strong>l of SportsMedicine, Stuttgart, v.23, n.1, p.28-32, 2002.VAN SOMEREN, K.A.; PHILLIPS, G.R.W.; PALMER, G.S. Comparison ofphysiological responses to open water kayaking and kayak ergometry.Inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l Jour<strong>na</strong>l of Sports Medicine, Stuttgart, v.21, n.3, p.200–4, 2000.VERKHOSHANSKI, Y.V. Trei<strong>na</strong>mento desportivo: teoria e meto<strong>do</strong>logia.Porto Alegre: Artmed, 2001.VINCENT, W.J. Statistics in kinesiology. 2.ed. Champaign, IL: HumanKinetics, 1999.WEINECK, J. Trei<strong>na</strong>mento ideal. 9.ed. São Paulo: Manole, 1999.


Anexo 1. Valores críticos de coeficientes de correlação (df = n-2).Nível de significânciadf 0,10 0,05 0,011 0,9877 0,9969 0,99992 0,9000 0,9500 0,99003 0,8054 0,8783 0,95874 0,7293 0,8114 0,91725 0,6694 0,7545 0,87456 0,6215 0,7067 0,83437 0,5822 0,6664 0,79778 0,5494 0,6319 0,76469 0,5214 0,6021 0,734810 0,4973 0,5760 0,707911 0,4762 0,5529 0,683512 0,4575 0,5324 0,661413 0,4409 0,5139 0,641114 0,4259 0,4973 0,622615 0,4124 0,4821 0,605516 0,4000 0,4683 0,589717 0,3887 0,4555 0,575118 0,3783 0,4438 0,561419 0,3687 0,4329 0,548720 0,3598 0,4227 0,536825 0,3233 0,3809 0,486930 0,2960 0,3494 0,448735 0,2746 0,3246 0,418240 0,2573 0,3044 0,393245 0,2428 0,2875 0,372150 0,2306 0,2732 0,354160 0,2108 0,2500 0,324870 0,1954 0,2319 0,301780 0,1829 0,2172 0,283090 0,1726 0,2050 0,2673100 0,1638 0,1946 0,2540FONTE: Thomas e Nelson (2002) e Vincent (1999).


Anexo 2. Tipos de embarcações e remos <strong>na</strong> <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>.


Anexo 3. Exemplos de atletas das modalidades K1, C1 e C2.


Anexo 4. Modelo de pista de <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong>.


Anexo 5. Distribuição das avaliações e provas durante o primeirosemestre de 2003.MomentoAvaliaçãoData Prova Data Local Competição0 14/01/03 - - - -1 24/02/03 1 09/02/03 Macaé/RJ Copa Brasil2 31/03/03 2 16/03/03 Itapira/SP Copa Brasil3 07/05/03 3 20/04/03 Chap.Céu/GO Copa Brasil3 07/05/03 4 04/05/03 Cerquilho/SP Seletiva4 10/06/03 5 08/06/03 Anicuns/GO Copa Brasil


Anexo 6. Classificações <strong>do</strong>s atletas da seleção brasileira de <strong>canoagem</strong><strong>slalom</strong> <strong>na</strong>s competições no primeiro semestre de 2003.Prova: Copa Brasil de Canoagem – I Etapa (Momento 1)Local: Macaé / RJData: 09/02/20031 o . coloca<strong>do</strong>: Gustavo SelbachTempo <strong>do</strong> 1 o . coloca<strong>do</strong>: 213,91 pontosTempoTempoAtleta Barco Coloc. Descida Fi<strong>na</strong>l % Avaliaç.Rogério K1 02 o . 227,38 235,38 10,04 122,89João K1 05 o . 237,38 245,38 14,71 129,51Filipi C1 06 o . 238,83 246,83 15,39 133,19Guilherme/José C2 07 o . 273,90 277,90 29,91 145,74Érika K1 08 o . 314,19 322,19 50,62 147,21Fabrício/Patrick C2 14 o . 318,80 326,80 52,77 147,59Prova: Copa Brasil de Canoagem – II Etapa (Momento 2)Local: Itapira / SPData: 16/03/20031 o . coloca<strong>do</strong>: Gustavo SelbachTempo <strong>do</strong> 1 o . coloca<strong>do</strong>: 216,33 pontosTempoTempoAtleta Barco Coloc. Descida Fi<strong>na</strong>l % Avaliaç.Cássio C1 03 o . 225,87 225,87 4,41 125,12Rogério K1 04 o . 227,82 227,82 5,31 122,05Filipi C1 10 o . 240,87 253,62 17,24 134,65Guilherme/José C2 11 o . 272,86 278,86 28,90 143,97Fabrício/Patrick C2 12 o . 280,33 288,33 33,28 142,19Mayra K1 45 o . 804,83 1008,83 366,34 153,60


Prova: Copa Brasil de Canoagem – III Etapa (Momento 3a)Local: Chapadão <strong>do</strong> Céu / GOData: 20/04/20031 o . coloca<strong>do</strong>: Rogério Fandhrs (colocações ape<strong>na</strong>s <strong>do</strong>s atletas da seleção)Tempo <strong>do</strong> 1 o . coloca<strong>do</strong>: 152,00 pontosTempoTempoAtleta Barco Coloc. Descida Fi<strong>na</strong>l % Avaliaç.Rogério K1 01 o . 152,00 152,00 - 123,94Cássio C1 02 o . 157,00 157,00 3,29 122,97Guilherme/José C2 03 o . 187,00 187,00 23,03 139,90Fabrício/Patrick C2 04 o . 271,00 271,00 78,29 142,97Érika K1 05 o . 444,00 444,00 192,11 145,56Prova: Seletiva para Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> de Canoagem (Momento 3b)Local: Cerquilho / SPData: 04/05/20031 o . coloca<strong>do</strong>: Cássio Petry (colocações ape<strong>na</strong>s <strong>do</strong>s atletas da seleção)Tempo <strong>do</strong> 1 o . coloca<strong>do</strong>: 196,69 pontosTempoTempoAtleta Barco Coloc. Descida Fi<strong>na</strong>l % Avaliaç.Cássio C1 01 o . 196,69 196,69 - 122,97Rogério K1 02 o . 205,42 215,42 9,52 123,94Guilherme/José C2 03 o . 237,03 243,03 23,56 139,90Fabrício/Patrick C2 04 o . 245,23 259,23 31,80 142,97Érika K1 05 o . 269,11 331,11 68,34 145,56João K1 06 o . 224,33 678,33 244,87 125,42


Prova: Copa Brasil de Canoagem – IV Etapa (Momento 4)Local: Anicuns / GOData: 08/06/20031 o . coloca<strong>do</strong>: Cássio PetryTempo <strong>do</strong> 1 o . coloca<strong>do</strong>: 227,00 pontosTempoTempoAtleta Barco Coloc. Descida Fi<strong>na</strong>l % Avaliaç.Cássio C1 01 o . 223,00 225,00 - 116,97Rogério K1 02 o . 221,00 227,00 0,89 115,49João K1 03 o . 228,00 238,00 5,78 123,40Filipi C1 05 o . 236,00 246,00 9,33 122,73Fabrício/Patrick C2 07 o . 259,00 267,00 18,67 135,04Guilherme/José C2 08 o . 268,00 276,00 22,67 133,03Mayra K1 13 o . 157,00 1216,00 440,44 145,65


Anexo 7. Resumo das sessões nos ciclos de trei<strong>na</strong>mento da seleçãobrasileira de <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> durante o primeiro semestre de 2003.Ciclo de adaptação (de 14 de janeiro a 2 de fevereiro de 2003)SessõesK1 – masc. K1 – fem. C1 C2água outros água outros água outros água outrosCap. aeróbia contínua 4 7 2 7 5 7 4 7Cap. aer. fracio<strong>na</strong>da 4 2 4 4Navegação livre 3 5 2 3Técnica 4 7 2 6Força – musculação 4 4 4 4Preventivo – fisioter. 3 3 3 3Total das sessões 15 14 16 14 13 14 17 14Total geral 29 30 27 31Prep. da pista/mater. 7 9 7 9Análise de vídeos 1 1 1 1Av. prepara<strong>do</strong>r físico 2 dias 2 dias 2 dias 2 diasAv. nutricionista 2 vezes 2 vezes 2 vezes 2 vezesCiclo técnico (de 3 a 26 de fevereiro de 2003)SessõesK1 – masc. K1 – fem. C1 C2água outros água outros água outros água outrosCap. aeróbia contínua 3 4 3 3 3 4 3 4Cap. aer. fracio<strong>na</strong>da 2 2 2 2Potência aeróbia 1 1 1 1Técnica 7 10 8 10Força – musculação 4 8 2 9 4 8 2 8Preventivo – fisioter. 5 5 5 5A<strong>na</strong>er. láct. / Prova 3 3 3 3Total das sessões 20 17 21 17 21 17 21 17Total geral 37 38 38 38Prep. da pista/mater. 3 2 3 3Análise de vídeos 1 1 1 1Av. prepara<strong>do</strong>r físico 2 dias 2 dias 2 dias 2 diasAv. nutricionista 1 vez 1 vez 1 vez 1 vezTrab. c/ psicóloga 1 vez 1 vez 1 vez 1 vez


Ciclo de força (de 6 de março a 2 de abril de 2003)SessõesK1 – masc. K1 – fem. C1 C2água outros água outros água outros água outrosCap. aeróbia contínua 4 6 4 6 4 6 4 6Cap. aer. fracio<strong>na</strong>da 5 4 5 5Potência aeróbia 3 2 3 2Técnica 4 14 4 6Força – musculação 12 8 2 6 13 8 13 8Preventivo – fisioter. 6 6 6 6A<strong>na</strong>er. láct. / Prova 4 4 4 4Total das sessões 32 20 30 18 33 20 34 20Total geral 52 48 53 54Prep. da pista/mater. 6 6 6 6Análise de vídeos 3 3 3 3Av. prepara<strong>do</strong>r físico 2 dias 2 dias 2 dias 2 diasAv. médico 1 vez 1 vez 1 vez 1 vezTrab. c/ psicóloga 1 vez 1 vez 1 vez 1 vezCiclo específico (de 7 de abril a 10 de maio de 2003)SessõesK1 – masc. K1 – fem. C1 C2água outros água outros Água outros água outrosCap. aeróbia contínua 6 3 5 4 6 3 6 3Cap. aer. fracio<strong>na</strong>da 9 8 9 9Potência aeróbia 10 7 9 9Técnica 6 9 6 7Força – musculação 6 4 5 2 6 4 6 4Preventivo – fisioter. 5 5 5 5A<strong>na</strong>er. láct. / Prova 8 8 8 8Total das sessões 45 12 42 11 44 12 45 12Total geral 57 53 56 57Prep. da pista/mater. 7 7 7 7Análise de vídeos 4 4 4 4Av. prepara<strong>do</strong>r físico 2 dias 2 dias 2 dias 2 diasAv. nutricionista 2 vezes 2 vezes 2 vezes 2 vezes


Ciclo específico e aeróbio (de 19 de maio a 12 de junho de 2003)SessõesK1 – masc. K1 – fem. C1 C2água outros água outros água outros água outrosCap. aeróbia contínua 5 4 5 3 5 4 5 3Cap. aer. fracio<strong>na</strong>da 8 8 8 8Potência aeróbia 8 6 8 7Técnica 7 8 7 8Força – musculação 3 7 3 8 3 7 3 8Preventivo – fisioter. 6 6 6 6A<strong>na</strong>er. láct. / Prova 4 5 5 5Total das sessões 35 17 35 17 36 17 36 17Total geral 52 52 53 53Prep. da pista/mater. 4 4 4 4Análise de vídeos 1 1 1 1Av. prepara<strong>do</strong>r físico 2 2 2 2Av. nutricionista 1 1 1 1Trab. c/ psicóloga 1 1 1


Anexo 8. Exemplos de sessões de trei<strong>na</strong>mento da seleção brasileira de <strong>canoagem</strong> <strong>slalom</strong> durante o primeirosemestre de 2003.SESSÕES DE FORÇA ESPECIAL NA ÁGUANM1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 TECZo<strong>na</strong> deTreino1 2 3 4 4–5 4–5 4–5 5–6–7 8MultiSéries 4–6 4–6 4–6 4–6 3 2–3 2–3 2 1Séries4 4 4 4 2’ 4 2–4 2–4 1Duração10’’ 25’’ 40’’ 1’ 2’ 1’ 2’ 3’ 25–30’Intens. 95–100% 90–95% 85–90% 85% 80% 85% 80% 75–85% 50–60%IntervalorepetiçõesIntervalosériesLastro1’ 90’’ 1’ 1’ 1’ 30–60’’ 1’ 30’’ – 2’ --5’ 3’ 3’ 3’ 4’ 4’ 4’ 4’ --G M M P P -- -- -- --


SESSÕES DE FORÇA GERAL NA ACADEMIAClassific.ObjetivosMáxima IF1Desen. força,maiorrecrutamento esincronismo deunidadesmotoras, semganhos dem. muscularMáxima IIF2Desenvolverforça,aumentomodera<strong>do</strong> demassamuscularResistente IF3Desenvolverresistência deforça, comaumentoconsiderávelde massamuscularRápidaF4DesenvolverVelocidade<strong>do</strong>smovimentosResistente IIF5DesenvolverresistênciamuscularlocalizadaResistenteMuscularLocalizadaF6Desenvolverresistênciamuscularlocalizada,tolerância aolactatoResistenteMuscularAeróbioF7Desenvolvercapacidadeoxidativa dasfibrasmuscularesCircuitoF8Desenv.ResistênciamuscularlocalizadaAdaptativaF9Adaptargruposmuscularespara otrabalhointenso,hipertrofiaSéries 2 – 6 2 – 6 4 – 6 4 – 6 4 – 10 2 – 4 2 – 4 3 – 6 3 – 4Repetições 2 – 4 6 10 – 15 25 25 40 – 60 2 – 3’ 40’’ 12 – 20Carga 90 – 95% 85 – 95% 70 – 80% 30 – 40% 60 – 70% 40 – 50% 20 – 30% 40 – 50% 60 – 80%Intervalo 4’ 2’ 90’’ 4’ 2’ 2 – 4 3’ 15’’ 90’’RitmoBaixo Modera<strong>do</strong> Modera<strong>do</strong> Máximo Bom Bom Bom Bom Modera<strong>do</strong>ExercíciosSupinoTraçãoTrícepsUnilateralTorçãoSupinoTraçãoTrícepsUnilateralTorçãoSupinoTraçãoTrícepsUnilateralTorçãoAb<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>lLombarSupinoTraçãoTrícepsUnilateralTorçãoSupinoTraçãoTrícepsUnilateralTorçãoAb<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>lLombarSupinoTraçãoTrícepsUnilateralTorçãoAb<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>lLombarSupinoTraçãoTrícepsUnilateraltorçãoSupinoTraçãoTríceps I/IIUnilateralTorçãoAb<strong>do</strong>men,OmbroLombarSaltosASupinoTríceps I/IIOmbroAb<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>l ISaltosAgacham.BTraçãoUnilateralTorçãoAb<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>l IILombarRoscaPulleyAnte-braço


Sess. Natural Objetivofisiológico1 Água com poucacorredeira semportas.AeróbiaCapacidadeCAPACIDADE AERÓBIA CONTINUA OU REGENERAÇÃOObjetivo técnico Intens. Lactato Tempo de trabalhoTrabalha da remada e deslize. 70% Inferior a2mM2 x 20 min, 3 x 15 min, 4 x10min ou 5x 7min.1 Corrida nocampoOu Bicicleta.Regeneração Trabalha respiratória. 60% Inferior a2mM20 a 25 min (1 x 20 min ou 2 x20min)1 Natação Regeneração Trabalho <strong>do</strong> apoio <strong>na</strong> água etrabalho <strong>do</strong> gasto de energia emrelação no deslize.60% Inferior a2mM40 a 50 min.Sess. Natural Objetivofisiológico1 Slalom : pista ecorredeira fácil.AeróbiaCapacidadeCAPACIDADE AERÓBIA FRACIONADAObjetivo técnico Intens. Lact. Tempo de trabalho.Técnica gestual comintensidade mais baixa.70 a 75% Entre 2e 4mM.Frações compridas : frações repetitivassuperior a uma descida de Slalom. Olharexemplos em anexo.1 Slalom : pista ecorredeira fácil.AeróbiaCapacidadeTrabalho desistematização...80 a 85% Entre 2e 4mM.Frações curtas : frações repetitivas inferior auma descida de Slalom. Olhar exemplos emanexo.Sess. Natural Objetivofisiológico1 Slalom : pista ecorredeira fácil.Acostumar-se<strong>na</strong> produçãoláctica.ANAERÓBIA LÁCTICAObjetivo técnico Intens. Lacto Tempo de trabalhoManter a coorde<strong>na</strong>çãono esta<strong>do</strong> de cansaço.100 a120% daSuperiora a12mM.Olhar exemplos em anexo.


Sess. Natural Objetivofisiológico1 Slalom : Técnicacom Velocidade.Transmissão neuro- muscular eTrabalhoa<strong>na</strong>eróbiaatáctica.SESSÕES TÉCNICASObjetivo técnico Intens. Tempo de trabalhoCoorde<strong>na</strong>ção comfreqüência gestual alta.Trabalha de concentraçãomental e realização depistas limpas e rápidas.Superiora 100%Frações repetitivas curtas com recuperaçãocompleta. Fração de pista de 15 a 25 seg. comuma recuperação <strong>na</strong> cerca de 2min. Pode realizar3 a 5 series de 5 a 7 repetições. Deve mudar depista a cada serie. A recuperação entre cada serieé <strong>na</strong> cerca de 8 a 10min.1 Slalom : Técnicaeducativa.Regeneração ouAeróbiaCapacidadeSess. Natural Objetivofisiológico3 fisioterapia. - Fortalecimento- Relaxamento- AlongamentoExemplo Series Repetições Tempo detrabalhoTécnica educativa,aprendizagem gestual,adaptação técnica.60 a 70% Trabalha técnica a baixa intensidade em forma devolta com pouca recuperação.SESSÕES COM A FISIOTERAPEUTAObjetivo técnico Intens. Quantidade de trabalho- Elasticidade- Prevenção.defini<strong>do</strong> com a fisioterapeutaEXEMPLOS DE TREINOS EM CAPACIDADE AERÓBIA FRACIONADAS– FRAÇÕES COMPRIDAS –Intensidade Recup entrerepetições eseriesObservações1 3 X 2 X 5min 70-75% 1min ativa a40%. 5minentre series2 3 X 3 X 4min 70-75% 1min ativa a40%. 5minentre series3 2 X 5 X 3min 70-85% 1min30 ativa a40%. 5min4 1 X 2 Pirâmide(2’+2’30+3’+3’30+4’)entre series70-80% 2min ativas a40%. 5minentre seriesCom pista fácil, mudar de pista a cada serie. Trabalho emvolta. Subir a fora das portas.Com pista fácil, mudar de pista a cada serie. Trabalho emvolta. Subir a fora das portas.Com pista fácil, mudar de pista a cada serie. Trabalho emvolta. Subir a fora das portas.Com pista fácil, mudar de pista a cada serie. Trabalho emvolta.


EXEMPLOS DE TREINOS EM CAPACIDADE AERÓBIA FRACIONADAS– FRAÇÕES CURTAS –Exemplo Series Repetições Tempo detrabalhoIntensidade Recuperaçõesentrerepetições eseries.1 2 X 10 X 1min 80% 1min ativa a50%. 5minentre series2 4 X 10 X 30 seg 85% 30seg ativa a60%. 5minentre series3 4 X 4 X 1min30 75% 1min ativa a40%. 5minentre series4 3 X 4 X 2min 70% 1min15 ativa a40%. 5min5 1 X2 Pirâmides(30”+1’+1’30+2’+2’30+3’)entre series80-85% ativa a 40%,igual ao tempode trabalho.5min entreseriesObservaçõesCom pista técnica, mudar de pista a cadaserie. A recuperação é a fora das portas.Com pista técnica, mudar de pista a cadaserie. A recuperação é a fora das portas.Com pista técnica, mudar de pista a cadaserie. A recuperação é a fora das portas.Com pista técnica, mudar de pista a cadaserie. A recuperação é a fora das portas.Com pista técnica, mudar de pista a cadaserie.


EXEMPLOS DE TREINOS ANAERÓBIO LÁCTICAExemploSeries Repetições Tempo detrabalho1 1 X 5 a 6 X 2min 100% a105%2 1 X 4 a 6 X 1min 30seg3 1ou 2X 6 a 8X 3X 1min 15segintensidade Recuperaçõesentrerepetições eseries.100% a110%100% a110%4 3 X 4 X 40 seg 105% a110%5 4 a 5 X 4 X 15 a 20seg110% a120%8 min poucasativas, 0 a20%.4 a 6 minpoucas ativas,0 a 20%.4 a 6 minpoucas ativas,0 a 20%.3min poucasativas, 0 a20%.2 min poucasativas, 0 a20%.ObservaçõesCom pista Fácil por uma intensidade máxima.Com pista Fácil por uma intensidade máxima.Com pista Fácil ou tiros <strong>na</strong>s ondas por uma intensidademáxima.Confrontação em grupo.Confrontação com intensidade máxima.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!