!IBC 2011David Brittodispositivos como tablets e smartphones”,opina Aguinaldo.Cerca de cem brasileiros participaram do Brazilian MeetingFoi a primeira vez que o engenheiro participoudo encontro da <strong>SET</strong> na IBC. Para ele é muitobom ver que a <strong>SET</strong> começa a ter a mesmatradição que já existe na NAB há alguns anoscom grande sucesso. “Também foi uma gratasurpresa ver uma apresentação sobre o sistemaHybridcast da NHK, que nada mais fazdo que propor praticamente o mesmo tipo desolução híbrida broadcast-broadband que foiapresentada em nossa palestra”.A importância da IBCO vice presidente da <strong>SET</strong>, Olimpio Franco,gostou muito do evento este ano, que paraele, tem crescido muito e a diversidade deempresas e temas têm sido marcantes. Tinhamtrês painéis destinados para o que eleschamam de What caught my eye! (O que chamouminha atenção!). Neles foram demonstradosos principais produtos da feira. Em suamaioria proveniente de pequenas empresascom idéias criativas.Olimpio descreve um produto da empresaVericorder que possui uma solução para usarI-Pod e I-Phone como câmera, gravador eeditor de vídeo e áudio. É uma pequena carenagemque possui bateria adicional, encaixepara pequenas lentes de entrevista e outra demaior zoom. O produto possui um softwarepróprio que permite editar as matérias nocampo, com o próprio aparelho. Depois bastagravar para um pen drive ou enviar via 3Gdo próprio dispositivo. Outro ponto é a umapequena luminária LED que se encaixa naparte superior desta carenagem e tem bateriaseparada e própria. Esta solução custavaUS$300,00. Está foi apenas uma solução, entretantas outras interessantes para diferentesaplicações apresentadas no espaço.Na opinião de David, a IBC é o mais organizadoe importante evento do setor, que procuratratar os temas de tecnologia, regulamentação,novas oportunidades e ameaças que surgem,pela convergência tecnológica, de formatransparente e educativa.Para a diretora de eventos da <strong>SET</strong>, DanielaSouza, a IBC possui um diferencial em relaçãoa NAB. A conferência de Amsterdã tem umaabordagem mais institucional e de discussõesamplas, já o NABShow é focado nos negócios.“Sinto que o objetivo principal é a transferênciae debate de informações, que em algum momentoserá revertido em novos negócios. Este éo quarto ano que participo da IBC e a impressãose mantém a mesma. Os painéis são de nívelelevado e muito bem estruturados”.“Creio que ainda mais do que na NAB, queé muito voltada para equipamentos e tecnologiapara grandes cadeias de radiodifusão,a IBC se preocupa mais com os aspectosde conteúdo e tecnologia e isso temcertamente um grande impacto no momentoque estamos vivendo no Brasil com asquestões sobre a ameaça ou oportunidadedas TVs conectadas e as imensas dúvidassobre como será a melhor maneira que osprodutores de conteúdo podem encontrarpara engajar os usuários da internet e dosDiversidades dos temasO destaque principal do evento foi o uso daTV em múltiplas telas dentro da casa, principalmente,com a disseminação dos tablets esmartphones. A tendência se tornou realidadee a distribuição de conteúdo em múltiplastelas recebeu o foco e atenção geral. Outrodestaque foi o Super Hi-Vision. A tecnologiade 3D começa a mostrar que o caminho é o3D glassless (sem o uso dos óculos).“Em minha área de atuação (interatividade),mais uma vez tivemos a oportunidade derevisitar os temas mais sensíveis e avaliar aevolução mercadológica dos mesmos. A convergênciaentre internet e TV, representadapela TV conectada e pelas soluções híbridas,é um caminho sem volta para o futuro daindústria de entretenimento. Foi muito importanteacompanhar a evolução do IPlayer(BBC) e do projeto HBBTV”, conclui David.A exposição mostrou uma clara disseminação desoluções 4K e até 8K. Os departamentos de P&Dda NHK e BBC desenvolveram e expuseram transmissõese tecnologias de display em 8K. O SuperHi-Vision da NHK ganhou o cobiçado “ConferenceAward” pelo melhor paper do evento. A rede mostrouo Super Hi-Vision com exibições em telas gigantesde 6 metros de altura e com um sistema desom com 22.2 canais de áudio. A BBC planeja umaestréia para o público desta tecnologia durante asOlimpíadas de 2012 em Londres.Durante o evento o tema sobre conteúdo – programação– distribuído através das diversas mídiasde comunicações foi discutido e defendido por todaa comunidade. “Os profissionais falaram sobre onovo conceito chamado D-consumer (from tape,to tablet). Ou seja, em função da melhor malha dedistribuição de cobertura de banda larga em suasregiões, a Europa e a América do Norte têm possibilitadoa expansão das novas maneiras de distribuição,sejam através de Tablets, BroadbandTV,Mobile, entre outros”, lembra a diretora.O impacto das redes sociais na televisão convencionaltambém foi discutido em um painelexclusivo. Os números apresentados durantea palestra impressionaram os participantes.Existe um grande debate sobre como a audiênciapode interagir com o conteúdo e comas redes sociais, e as soluções que compartilhamrecomendações para a programaçãoganharam destaque. “Há muito tempo, osradiodifusores são proprietários de “redes so-24
IBC 2011 !David Brittoe pós produção. Os pavilhões de um a cincoe 13 abrigaram os sistemas de distribuiçõesde conteúdos, como os móveis, cabo, satélite,provedores de serviços, Broadcasters, ITV,IPTV, sistemas domésticos e banda largaUma parte dos fabricantes está tanto na NABcomo na IBC, porém, o público deste último ébastante diferente, pois é freqüentado pelosprofissionais da Europa central e leste, africanos,árabes e asiáticos e russos. Com relaçãoàs empresas de pequeno e médio portes muitosnão participam da NAB.Distribuição híbrida foi o tema abordado pela NHK em seu estandeciais” instantâneas que se formam ao longoda grade de programação e é necessário usara tecnologia para adaptarem-se a este momento.Os radiodifusores não devem perderesta oportunidade”, afirma David.Além das conferênciasO evento conta com palestras, exibição deequipamentos e workshops em menor escala.Havia áreas de exposição com estandes menoresdedicados a pequenas empresas e anovos projetos, pesquisa e desenvolvimento,com alto nível e de valor científico.Havia 13 áreas distintas de feira. Nas áreasde 10 a 12 estavam os fabricantes e provedoresdedicados na criação de sistemas deestúdios, produção de conteúdos, telecine, filmese áudio. Nas áreas de seis a nove encontravamexpositores dedicados a integração desistemas, servidores e sistemas de automação,aplicações, gerenciamento de acervosIBC 2012Para David Britto, é fundamental para os brasileirosa repetição do evento da <strong>SET</strong> na conferênciaIBC, assim como a escolha de temáticas significativaspara o mercado brasileiro e em consonânciacom os destaques do próprio eventoIBC 2012. Com as Olimpíadas de Londres sendouma memória recente, certamente o tema doseventos esportivos, principalmente, de 2014 e2016 deverá ter ainda maior destaque. Mas, osradiodifusores e membros da <strong>SET</strong> devem continuara destacar as soluções de convergência.Gilmara é editora da Revista da <strong>SET</strong>. e-mail:gelinska@gmail.com25