!IBC 2011Arquivo PessoalFigura 4 – Rede MISO DVB-T2dual na Europa para o sistema DVB-T2. Olançamento de serviços HD demanda umacapacidade maior dos canais e esta tecnologiavem preencher bem a necessidadepreservando a qualidade e confiabilidadeda cobertura.O custo dos receptores ainda é significativamentesuperior à solução DVB-T, mas comoo número de fabricantes está crescendo,espera-se que em breve os preços estejamequiparados.A migração para o sistema DVB-T2 representauma segunda fase de transição que precisaráde novos canais em um espectro cadavez mais congestionado e com menos espaçopara a radiodifusão.Referências:- DVB website : http://www.dvb.org/technology/standards/- EBU – Tech 3348, Frequency and NetworkPlanning Aspects of DVB-T2- Understanding DVB-T2 – Digital TelevionTerrestrial Action Group - www.digitag.orgFrancisco é engenheiro da TV Globo.E-mail: francisco .peres@tvglobo .com.brIBC 2011 - SERVIÇOS EM DESTAQUEPor João VandorosDurante a IBC 2011, feira e congresso realizadosno início de setembro, em Amsterdã, comrecorde de participantes, as principais tendênciastecnológicas relacionadas ao mercado de comunicaçãoaudiovisual foram discutidas e apresentadas.Tiveram destaque temas relacionados ao uso eficientedo espectro, produção e manipulação em UHDTV(Ultra High Definition TeleVision), Rádio digital, CloudComputing, cadeia de distribuição multiplataforma,HbbTV (Hybrid Broadcast Broadband TV) e integraçãoda radiodifusão com redes sociais.Em síntese, a convergência dos desenvolvimentosassume como base a mudança gradativa decomportamento do telespectador, que passaria a buscarconteúdo e criar a própria grade de programação. Asoperadoras de DTH (Direct To Home) e Cabo passama criar produtos de VOD (Video On Demand) para seadequarem a esse modelo e concorrerem com asinúmeras ofertas OTT (Over The Top), como Hulu 1 eNetflix 2 .Dentre os métodos utilizados para oferta de conteúdonão linear, operadoras de DTH e de sistemas terrestrede TV por assinatura (DTT), na Europa e EstadosUnidos da América, encontraram solução na própriatransmissão unidirecional para atender essa demanda:o Push VOD. Como conceito básico, o conteúdo podeser armazenado no set-top box do assinante paraexibição posterior.Durante o congresso da IBC 2011, vários órgãosapresentaram a inclusão desse modelo em seuspadrões, como o apresentado pelo CRC 3 do Canadá– que incluiu o NRT (Non-Real-Time) com possibilidadede download em função da localidade e interesse dousuário com atualizações automáticas similares aoRSS no ATSC 2.0.Baseado nas avaliações de custo para distribuiçãode vídeo pela nuvem versus distribuição broadcastinge a massificação de produtos com capacidade dearmazenamento, pode-se definir qual a melhor formade prover, para cada tipo de conteúdo, serviços ondemande atender o interesse, cada vez maior, dosusuários por conteúdos não lineares.Neste contexto de aumento da demanda porconteúdos não lineares e distribuição multiplataforma– apenas citada nesse artigo – é importante enxergaras oportunidades não apenas para os produtores deconteúdo, emissoras e operadoras, mas também paraa indústria de software nacional, que poderá - desdeque ágil - ser inserida no cenário mundial comoprovedora de soluções maduras, criativas e eficientes.Nota do revisor técnico:1- Hulu é um website e um serviço de assinatura OTTconstituído por uma joint venture de diversas empresaspara oferecer streaming de shows de TV, filmes, vídeoclipes,etc diretamente para o usuário on-demand.2- Netflix é o sistema oferecido por uma empresanorte americana que disponibiliza filmes do seu acervode cerca de 20 mil títulos para serem assistidos viainternet (streaming) ou, se for a preferência do cliente,esses filmes são enviados à ele através dos correios.3- CRC-Communications Research Centre é umlaboratório do governo federal canadense dedicadoà pesquisa e desenvolvimento em telecomunicaçõesavançadas.João é diretor de Transmissão e Sistemas Digitaisda Rádio e Televisão Bandeirantes.email: jvandoros@band.com.br28
IBC29