12.07.2015 Views

DOCENTE: PROFESSOR JOSÉ ALVES ANTUNES DE SOUSA

DOCENTE: PROFESSOR JOSÉ ALVES ANTUNES DE SOUSA

DOCENTE: PROFESSOR JOSÉ ALVES ANTUNES DE SOUSA

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

28Esmagados e postos «knock out», ou seja, fora do sistema, fora da sociedade, fora dosistema de emprego. Serão toda a vida desempregados do sistema, o que não é honra nemdesonra mas apenas uma grande chatice.A «mentalidade ideográfica» é o que sempre quiseram e continuam a querer alguns francoatiradores,mas sem grande êxito prático. Toda a pedagogia escolar enfia milhões de alunostodos os anos naquilo que é o inverso (perverso) dessa mentalidade ideográfica.No nosso curso de Naturologia Holística - onde, evidentemente, a «mentalidadeideográfica» deveria ser a única mental, tecnica e moralmente autorizada - passa-seexactamente o inverso do que devia ser: não é por culpa de ninguém, nem de professores nemde alunos. É a culpa do tal sistema, que é hoje, mais do que nunca, global e totalitário. Osjornais falam hoje muito de «globalização»: devem querer dizer que quando o barco seafundar, vamos todos, responsáveis e não responsáveis pelo afundamento, vamos todos aofundo.OS ALFABETOS SAGRADOSSe ainda há palavras lindas numa língua profanizada como a língua portuguesa,UNIVERSO é com certeza uma delas. E valia a pena saber em que nível de frequência elavibra.Universo é o uno do diverso: só por si a definição da palavra holística. A palavra«holística» já era corrente na astrologia medieval. O latim «In uno multiplo verteri» tem,evidentemente, outro sabor e não é o mesmo que a sua tradução em português, «verter omúltiplo no uno».Como teckne não é o mesmo que arte, episte não é o mesmo que ciência, fronesis não é omesmo que sabedoria, sofia não é o mesmo que sapiência, nous não é o mesmo que intelecto.Traduzir é sempre trair.Recorrer às palavras latinas - como o nosso professor tantas vezes faz - não é mero artifícioacadémico ou didáctico: corresponde a uma profunda ressonância das nomenclaturas que seencontram mais próximas da origem, o que é o caso do alfabeto grego e do idioma latino.Diga-se, no entanto, que três únicos alfabetos se podem hoje considerar sagrados: osânscrito, os hieróglifos egípcios e os ideogramas hebraicos.Uma coisa isto prova: a famigerada dicotomia, hoje em voga, entre letras e ciências - comose se estivesse a separar o trigo (ciências) do joio (letras) - , vem de longe e tem raízes. Acoisa começou a aquecer, de facto, quando os alfabetos mais próximos da língua primordialcomeçaram a cair em desuso. «Língua morta» foi o anátema lançado ao Latim. E pronto.Enterrou-se o cadáver e foram todos muito contentinhos da silva para uma de ciênciaexperimental.Já espreitava a nova e segunda babel das linguagens particulares, das cifras indecifráveis,dos códigos secretos só para eleitos. Basta dar uma vista de olhos pelas nomenclaturas donosso primeiro ano - bioquímica, biologia celular, botânica, anatomia, farmacognósia - paracompreendermos perfeitamente onde a ratio virou a pura irracionalidade.Onde a Alquimia se degradou em Química e Bioquímica.Onde a Kaballah e a Numerosofia pitagórica se degradou em matemáticas «superiores».Onde a Física das Energias ou Noologia se degradou em Física atómica ao serviço dadestruição maciça e individual.Onde a Alquimia da Vida e a Magia se degradou em biocracia médica das transplantaçõese da Iatrogénese.A lógica performativa tem a sua arma principal nos códigos secretos das especialidades: aocorpo de elite - guarda pretoriana - que vigia policialmente esses códigos (e os faz renderchorudos lucros) chama-se corpo de especialistas, cientistas, investigadores, etc. Ou, de um28

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!