VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 20111. INTRODUÇÃOVimos ao longo dos anos gran<strong>de</strong>s transformações ocorrerem no comportamento feminino,diante da socieda<strong>de</strong>, da família e do mercado. Acompanhamos o surgimento <strong>de</strong> novos formatosfamiliares, on<strong>de</strong> a figura do homem provedor e da mulher responsável somente pela conduçãodo lar e da criação dos filhos pass<strong>ou</strong> a dar lugar a lares chefiados por mulheres, casais dividindoresponsabilida<strong>de</strong>s e com a mulher se tornando participativa economicamente. Os estereótiposcriados ao longo dos anos que caracterizavam a mulher como o sexo frágil, passivo e<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte foi dando lugar a <strong>ou</strong>tros, como versatilida<strong>de</strong>, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> administrar conflitos,persuasão, <strong>de</strong>ntre <strong>ou</strong>tros. E a partir <strong>de</strong>sta quebra <strong>de</strong> paradigmas, a mulher foi não somentea<strong>um</strong>entando sua participação no mercado <strong>de</strong> trabalho como também constatamos sua crescenteocupação em cargos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança nas empresas, sejam elas <strong>de</strong> pequeno, médio <strong>ou</strong> gran<strong>de</strong> porte.Observamos, baseados em constatações <strong>de</strong> práticas do mercado e em literatura disponível, queo mercado tem enxergado na li<strong>de</strong>rança <strong>feminina</strong> <strong>um</strong> agrupamento <strong>de</strong> características que vem arespon<strong>de</strong>r positivamente as necessida<strong>de</strong> atuais.Em <strong>um</strong> ambiente on<strong>de</strong> a concorrência torna-se cada vez mais acirrada, as empresas se viramimpelidas a buscar estratégias que as tornem mais ágeis em suas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, maisadaptáveis as constantes mudanças que com freqüência são obrigadas a administrar e <strong>um</strong>ambiente mais flexível nas negociações com seus clientes internos. E elas tem encontrado nasli<strong>de</strong>ranças <strong>feminina</strong>s as características i<strong>de</strong>ais que vão <strong>de</strong> encontro a estas necessida<strong>de</strong>s.Temos, no entanto primeiramente que <strong>de</strong>finir qual o real papel da li<strong>de</strong>rança do âmbitoorganizacional, não negligenciando o conceito <strong>de</strong> que homens e mulheres possuem suascaracterísticas peculiares para o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>stas li<strong>de</strong>ranças, sejam elas <strong>de</strong>finidas porcaracterísticas <strong>de</strong> gênero, competência, habilida<strong>de</strong>s <strong>ou</strong> atitu<strong>de</strong>s.O que preten<strong>de</strong>mos é i<strong>de</strong>ntificar quais são estas características, qual seu real impactonas li<strong>de</strong>ranças exercidas pelas mulheres, e a se <strong>de</strong> fato as li<strong>de</strong>ranças <strong>feminina</strong>s são <strong>um</strong> gran<strong>de</strong><strong>diferencial</strong> no mercado.5
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO12 e 13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 20112 – O EXERCÍCIO DA LIDERANÇASegundo Chiavenato (2004) li<strong>de</strong>rança “é o processo <strong>de</strong> dirigir o comportamento daspessoas r<strong>um</strong>o ao alcance <strong>de</strong> alguns objetivos”.Li<strong>de</strong>rar po<strong>de</strong> significar conduzir, motivar, orientar, agregar pessoas e idéias. E asorganizações enten<strong>de</strong>m que necessitam encontrar e/<strong>ou</strong> treinar pessoas que possam<strong>de</strong>sempenhar estas capacida<strong>de</strong>s com o objetivo <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r as crescentes exigências <strong>de</strong> <strong>um</strong>mercado cada vez mais competitivo.Em Chiavenato (2004) encontramos a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> alg<strong>um</strong>as competências relacionadasa exercício da li<strong>de</strong>rança, e são elas:Impulso <strong>ou</strong> motivação para perseguir objetivos; motivação para li<strong>de</strong>rar; integrida<strong>de</strong>,que também inclui confiança e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformar palavras em ações;autoconfiança para fazer os li<strong>de</strong>rados se sentirem confiantes; inteligência, geralmentefocada na habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processar informação, analisar alternativas e <strong>de</strong>scobriroportunida<strong>de</strong>s; conhecimento do negócio, para que as idéias geradas aju<strong>de</strong>m aorganização a sobreviver e ser bem-sucedida; inteligência emocional, com fortequalida<strong>de</strong> na sensibilida<strong>de</strong> às situações e na habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptar-se àscircunstâncias quando necessário.E as empresas estão em busca <strong>de</strong> <strong>um</strong> perfil <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança que faça a diferença, pois nãohá nos tempos atuais espaço para o antigo chefe centralizador e simples distribuidor <strong>de</strong> tarefas.O que o mercado procura obter <strong>de</strong> seus li<strong>de</strong>res são competências que os aproximem <strong>de</strong> suasequipes e as motivem para trabalharem como <strong>um</strong> verda<strong>de</strong>iro time, <strong>de</strong> forma complementar eequilibrada. O lí<strong>de</strong>r atual precisa mais <strong>de</strong> suas habilida<strong>de</strong>s emocionais que as técnicas, pois <strong>de</strong>fato ele é <strong>um</strong> gestor <strong>de</strong> pessoas, e não somente <strong>um</strong> gestor <strong>de</strong> negócios. Segundo Renesch(2003)Nestes dias <strong>de</strong> mudanças constantes e profundas, faz-se necessário <strong>um</strong> novo estilo <strong>de</strong>li<strong>de</strong>rança. Essa necessida<strong>de</strong> exige que os atuais ocupantes <strong>de</strong> cargos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rançapromovam alterações significativas na sua atitu<strong>de</strong> e no seu jeito <strong>de</strong> ser, sob pena <strong>de</strong>se tornarem parte <strong>de</strong> <strong>um</strong>a raça em extinção.Portanto, é importante ressaltar que as empresas vem aperfeiçoando seus processosseletivos e apurando suas habilida<strong>de</strong> em i<strong>de</strong>ntificar quais características tem <strong>de</strong> ter o novo lí<strong>de</strong>rpara aten<strong>de</strong>r a estas necessida<strong>de</strong>s. Segundo Chatterjee (2007)Isso nos leva a <strong>um</strong>a <strong>nova</strong> compreensão da realida<strong>de</strong> nas organizações. Nóscomeçamos a nos conscientizar que as organizações não são meras estruturas inertes<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>partamentos, mas campos vivos <strong>de</strong> inteligência coletiva das pessoasque constituem a organização.A busca por profissionais dinâmicos, proativos, com gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação,versatilida<strong>de</strong>, empatia, <strong>de</strong>ntre <strong>ou</strong>tras características, tem sido o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio dasorganizações.3– A EVOLUÇÃO PROFISSIONAL DA MULHER6