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NCRF 14 – Empresariais e os i - Estudo de caso n – Concentrações ...

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<strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s<strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> da sua aplicação- <strong>Estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> no setor empresarialSandra Isabel Soares da C<strong>os</strong>taProjeto apresentado ao Instituto Superior <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> para aobtenção do Grau <strong>de</strong> Mestre em AuditoriaOrientada pela Professora Doutora Alcina Augusta Sena DiasS. Mame<strong>de</strong> Infesta, Setembro <strong>de</strong> 2012


<strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s<strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> da sua aplicação<strong>Estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> no setor empresarialSandra Isabel Soares da C<strong>os</strong>taOrientada pela Professora Doutora Alcina Augusta Sena DiasS. Mame<strong>de</strong> Infesta, Setembro <strong>de</strong> 2012


<strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoResumoNum cenário <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> globalização <strong>de</strong> mercad<strong>os</strong> e economias, as diferenças existentesentre <strong>os</strong> países em term<strong>os</strong> <strong>de</strong> relato económico-financeiro, têm tendência a diminuir<strong>de</strong>vido á crescente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> harmonização contabilística.Em Portugal, o processo <strong>de</strong> harmonização <strong>de</strong>u um passo importante em 2005, quandopassou a ser obrigatório a aplicação das IAS/IFRS ao grupo <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>s que tinhamtítul<strong>os</strong> em negociação no mercado <strong>de</strong> valores.O IASB emitiu a IFRS 3, na qual prevê a mensuração ao Justo Valor das concentrações<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais. Portugal, não estando indiferente a esta problemática,introduz entre nós o Justo Valor, como forma <strong>de</strong> mensurar das Concentrações <strong>de</strong>Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong>, no recentemente criado Sistema <strong>de</strong> NormalizaçãoContabilística, com a Norma <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> Relato Financeiro <strong>14</strong> -Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong>, e na qual dá corpo às preocupações sentidasa nível mundial relativamente a estas matérias.O presente trabalho tem como principal objetivo, evi<strong>de</strong>nciar as alterações ao nível d<strong>os</strong>Resultad<strong>os</strong>, d<strong>os</strong> Capitais Própri<strong>os</strong> e d<strong>os</strong> Ativ<strong>os</strong>, da adoção do Justo Valor, nasconcentrações <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais.Foram realizad<strong>os</strong> estud<strong>os</strong> quantitativ<strong>os</strong> e qualitativ<strong>os</strong>, <strong>de</strong> modo a ajudar a compreensãod<strong>os</strong> impact<strong>os</strong> da aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>.Do estudo, concluiu-se que o reconhecimento da concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>sempresariais origina alterações significativas tanto a nível <strong>de</strong> relato, como <strong>de</strong>valorização das entida<strong>de</strong>s, no entanto, <strong>os</strong> valores são diferentes <strong>de</strong> <strong>caso</strong> para <strong>caso</strong>.Palavras-chave: Globalização, Harmonização Contabilística, Análise financeira,Impact<strong>os</strong>.i


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAbstractIn a scenario of larger globalization of markets and economies, the differences betweencountries as to economic and financial reporting, tend to <strong>de</strong>crease due to the increasingneed for accounting harmonization.In Portugal, the harmonization process had a relevant contribution 2005 when it becamemandatory to apply IAS / IFRS by stock exchange listed companies.IASB issued IFRS 3, which provi<strong>de</strong>s the measurement at fair value for businesscombinations. Portugal has introduced Fair Value concept as a way to measure businesscombinations, following the newly created Accounting Standards, <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> - BusinessCombinations, which embodies the concerns of the world about these matters.This work has as a main goal, to show the changes in Income, Equity and Assets, theadoption of fair value in business combinations.Studies have been conducted or a quantitative and qualitative basics and will toun<strong>de</strong>rstand the impact of the implementation of IAS <strong>14</strong>.From this study, has been conclu<strong>de</strong>d that the recognition of business combination,causes significant changes in reporting.Keywords: Globalization, Harmonization in Accounting, Financial Analysis, Impacts.ii


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAgra<strong>de</strong>ciment<strong>os</strong>À professora, doutora, Alcina Augusta Sena Dias, um sincero agra<strong>de</strong>cimento pela suatotal e permanente disponibilida<strong>de</strong> e principalmente, pela gener<strong>os</strong>ida<strong>de</strong> e amiza<strong>de</strong> comque sempre me apoiou.À minha família e amig<strong>os</strong>, por terem suportado, <strong>de</strong> modo perseverante, todo o tempoque não estive presente.O meu profundo e sentido agra<strong>de</strong>cimento a todas as pessoas que contribuíram para aconcretização <strong>de</strong>ste projeto.iii


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoLista <strong>de</strong> AbreviaturasCE – Comunida<strong>de</strong> EuropeiaCI – Controlo InternoCIRC – Código do Imp<strong>os</strong>to sobre o Rendimento das Pessoas ColetivasCLC – Certificação Legal das ContasCNC – Comissão <strong>de</strong> Normalização ContabilísticaCSC – Código das Socieda<strong>de</strong>s ComerciaisDC – Diretriz ContabilísticaDRA – Diretriz <strong>de</strong> Revisão/AuditoriaDST – Demonstrações FinanceirasEBIT – Earnings Before Interest and TaxesEBITDA – Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and AmortizationEBT – Earnings Before TaxEPS – Earnings Per ShareERS – Entida<strong>de</strong> Reguladora da Saú<strong>de</strong>IAS – International Accounting StandardIASB - International Accounting Standards BoardIFAC – International Fe<strong>de</strong>ration of AccountantsIFRS – International Financial Reporting StandardIIA – The Institute of Internal AuditorsISA – International Standards on AuditingMEP – Método <strong>de</strong> Equivalência Patrimonial<strong>NCRF</strong> – Norma <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> e Relato Financeiro<strong>NCRF</strong>-MI – Norma <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> e Relato Financeiro para Micro Entida<strong>de</strong>s<strong>NCRF</strong>-PE – Norma <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> e Relato Financeiro para Pequenas EmpresasNFM – Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Fundo <strong>de</strong> ManeioNIC – Norma Internacional <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong>NIRF – Normas Internacionais <strong>de</strong> Relato FinanceiroNOPLAT –Net Operating Profit Less Adjusted TaxesOCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económic<strong>os</strong>PCGA – Princípi<strong>os</strong> Contabilístic<strong>os</strong> Geralmente AceitesPER - Price Earning RatioPOC – Plano Oficial <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong>iv


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoÍndiceResumo ........................................................................................................................................... iAbstract ......................................................................................................................................... iiAgra<strong>de</strong>ciment<strong>os</strong> ........................................................................................................................... iiiLista <strong>de</strong> Abreviaturas .....................................................................................................................ivÍndice .............................................................................................................................................viÍndice <strong>de</strong> quadr<strong>os</strong> ........................................................................................................................ viiiÍndice <strong>de</strong> figuras .......................................................................................................................... viiiÍndice <strong>de</strong> organigramas ............................................................................................................... viiiÍndice <strong>de</strong> Anex<strong>os</strong> e apêndices ..................................................................................................... viiiIntrodução ..................................................................................................................................... 1Objetiv<strong>os</strong> ................................................................................................................................... 2Metodologia .............................................................................................................................. 3I – Revisão da Literatura ................................................................................................................ 51. Enquadramento................................................................................................................. 51.1. Histórico .................................................................................................................... 61.2. Setorial ...................................................................................................................... 91.3. Normativo ................................................................................................................. 91.3.1. Diferenças entre o SNC E IAS/IFRS .................................................................. 101.3.2. Diferenças entre o POC e SNC ......................................................................... 131.4. Estrutura conceptual ............................................................................................... 162. <strong>Estudo</strong> na Norma Contabilística <strong>de</strong> Relato Financeiro nº <strong>14</strong> .......................................... 202.1. Objetivo ................................................................................................................... 202.2. Definição e âmbito .................................................................................................. 222.3. Método <strong>de</strong> contabilização ....................................................................................... 232.3.1. Aplicação do método <strong>de</strong> compra .................................................................... 232.3.1.1. I<strong>de</strong>ntificação da adquirente. ....................................................................... 242.3.1.2. Custo <strong>de</strong> uma concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais ........................... 242.4. Imputação do custo ................................................................................................. 252.5. Goodwill................................................................................................................... 262.6. Divulgação ............................................................................................................... 273. <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> vs. IFRS 3 ........................................................................................................... 284. Implicações fiscais do SNC............................................................................................... 294.1. Situação anterior ..................................................................................................... 29vi


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação4.2. Situação SNC ............................................................................................................ 305. A Auditoria e o SNC ......................................................................................................... 325.1. A materialida<strong>de</strong> no trabalho <strong>de</strong> auditoria ............................................................... 325.2. .Definição <strong>de</strong> Risco em Auditoria ............................................................................ 345.3. Controlo Interno ...................................................................................................... 355.3.1. Impacto no controlo interno pela aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> ................................ 375.4. O planeamento do trabalho <strong>de</strong> auditoria ............................................................... 385.4.1. Impacto no planeamento pela aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> ..................................... 395.5. Implicações no relato <strong>de</strong> auditoria .......................................................................... 395.5.1. Impacto no relato pela aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> ................................................. 40II - Metodologia ........................................................................................................................... 416. Abordagem metodológica ............................................................................................... 416.1. Análise quantitativa ................................................................................................. 416.2. Análise qualitativa ................................................................................................... 456.3. .Am<strong>os</strong>tra.................................................................................................................. 46III – Parte Empírica ...................................................................................................................... 487. Caso prático ..................................................................................................................... 487.1. Quantitativo ............................................................................................................ 487.1.1. Análise das <strong>de</strong>monstrações financeiras .......................................................... 507.1.1.1. Balanço ........................................................................................................ 507.1.1.2. Capital próprio ............................................................................................ 527.1.1.3. Passivo ......................................................................................................... 537.1.1.4. Demonstração <strong>de</strong> Resultad<strong>os</strong> ..................................................................... 547.1.2. Análise <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> Financeir<strong>os</strong> .......................................................................... 557.1.2.1. Ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho económico-financeir<strong>os</strong> ......................................... 567.1.2.2. Ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> equilíbrio financeiro .................................................................... 607.2. Qualitativo - dad<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> nas entrevistas ............................................................ 65Conclusões .................................................................................................................................. 68Bibliografia .................................................................................................................................. 71Anex<strong>os</strong> ......................................................................................................................................... 77Apêndices .................................................................................................................................... 88vii


<strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoIntroduçãoO presente trabalho insere-se no âmbito <strong>de</strong> projeto conducente à obtenção do grau <strong>de</strong>Mestre. A escolha <strong>de</strong>ste tema <strong>de</strong>corre do facto que a contabilida<strong>de</strong> sofreu profundasalterações com a adoção do Sistema <strong>de</strong> Normalização Contabilística.As normas que estiveram em vigor até 31/12/2009, o Plano Oficial <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> eas Diretrizes Contabilísticas, não traduziam toda a realida<strong>de</strong> subjacente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo pelofacto <strong>de</strong> ser o custo histórico, o principal pilar <strong>de</strong>stes normativ<strong>os</strong>, e porque existem<strong>os</strong>cilações <strong>de</strong> valorização, ficando o custo histórico <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quado, pois não reflete arealida<strong>de</strong>.O crescimento das empresas po<strong>de</strong>, <strong>de</strong> acordo com Silva (2007), conseguir-se através dopróprio <strong>de</strong>senvolvimento ou pela aquisição <strong>de</strong> outras empresas. A constituição <strong>de</strong>agrupament<strong>os</strong> <strong>de</strong> empresas mediante a aquisição <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s económicas ou pelaconstituição <strong>de</strong> empresas dá origem ao que normalmente se <strong>de</strong>signa por Grup<strong>os</strong>.Face à importância do tema principalmente com o momento atual, este trabalho vaifocar-se no estudo na <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> – Concentração <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e na análisedo impacto da sua aplicação. O estudo <strong>de</strong> <strong>caso</strong> consi<strong>de</strong>ra uma socieda<strong>de</strong>, que passou daapresentação <strong>de</strong> contas individuais em 2009, para contas consolidadas em 2010resultado do reconhecimento d<strong>os</strong> seus investiment<strong>os</strong>, através da aplicação da N.C.R.F.<strong>14</strong>. Tal facto resultou em <strong>os</strong>cilações relevantes n<strong>os</strong> indicadores económico-financeir<strong>os</strong>,cuj<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> são suportad<strong>os</strong> na informação <strong>de</strong> relato apresentada pela socieda<strong>de</strong>.A <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> tem por base a Norma Internacional <strong>de</strong> Relato Financeiro IFRS 3 –Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> 1 , adotada pelo texto original doRegulamento (C.E.) nº 1126/2008 da Comissão, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> novembro.As alterações introduzidas pelo Regulamento (C.E.) 1606/2002 visam a harmonizaçãodas informações financeiras e contabilísticas, <strong>de</strong> modo a assegurar um elevado grau <strong>de</strong>comparabilida<strong>de</strong> e transparência das <strong>de</strong>monstrações financeiras.Para que haja comparabilida<strong>de</strong> entre as <strong>de</strong>monstrações financeiras internacionais, émuito importante que as normas sejam aceites internacionalmente. O que estásubjacente é a convergência das normas e regras <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> utilizadas atualmente1 Sempre que houver neste estudo remissões para as Normas Internacionais <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>-se que estas sereferem às adotadas pela União Europeia, no term<strong>os</strong> do Regulamento (C.E.) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu edo Concelho <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> julho e em conformida<strong>de</strong> com o texto original do regulamento (C.E.) nº 1126/2008 <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong>novembro.1


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoa nível internacional, com o objetivo <strong>de</strong> criar um conjunto único <strong>de</strong> normas <strong>de</strong>contabilida<strong>de</strong> a nível mundial.A Comissão Europeia <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que:“…sempre que p<strong>os</strong>sível e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que assegurem um elevado grau <strong>de</strong>transparência e <strong>de</strong> comparabilida<strong>de</strong> das informações financeiras na Comunida<strong>de</strong>, estasnormas <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong> utilização obrigatória por parte <strong>de</strong> todas as socieda<strong>de</strong>s daComunida<strong>de</strong> a títul<strong>os</strong> são negociad<strong>os</strong> publicamente, bem como por todas as empresascomunitárias…” (Comissão Europeia, 2002: 2)Des<strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2005 até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009 em Portugal havia um conflitoentre o normativo fiscal e o contabilístico. Durante este período as empresas que tinhamvalores cotad<strong>os</strong> em bolsa, no Mercado <strong>de</strong> Valores Mobiliári<strong>os</strong>, teriam que apresentar assuas <strong>de</strong>monstrações financeiras segundo dois normativ<strong>os</strong>.O normativo europeu era exigido para que houvesse comparabilida<strong>de</strong> entre as<strong>de</strong>monstrações financeiras <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s europeias. Para o sistema fiscalportuguês, a elaboração das <strong>de</strong>monstrações financeiras, teria <strong>de</strong> ser segundo onormativo contabilístico português, ou seja pelas normas contabilísticas do PlanoOficial <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong>.Assim, será abordado neste projeto o processo <strong>de</strong> transição do Plano Oficial <strong>de</strong>Contabilida<strong>de</strong> e Diretrizes Contabilísticas, que vigoraram até 31/12/2009, para o novonormativo, SNC, em vigor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>de</strong> 01/01/2010, no que diz respeito à ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>laboratóri<strong>os</strong> <strong>de</strong> análises clínicas.Objetiv<strong>os</strong>O estudo <strong>de</strong>ste tema tem <strong>os</strong> seguintes objetiv<strong>os</strong>:• Analisar as implicações da transição do POC e Diretrizes contabilísticas para oSNC;• Verificar e extrair <strong>de</strong> um <strong>caso</strong> prático, até que ponto a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão d<strong>os</strong>gestores <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> empresas em aplicar a <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, foi a mais a<strong>de</strong>quadapara a apresentação das <strong>de</strong>monstrações financeiras e qual o seu custo/benefício;2


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação• Aferir da aplicabilida<strong>de</strong> da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, relativa às concentrações <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>sempresariais, num grupo <strong>de</strong> empresas e i<strong>de</strong>ntificar, quantificar e analisar <strong>os</strong>impact<strong>os</strong> da sua aplicação, bem como o benchmarking com o mercado;• Analisar <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> causad<strong>os</strong>, pela adoção da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, n<strong>os</strong> principais ráci<strong>os</strong>financeir<strong>os</strong>: autonomia financeira, solvabilida<strong>de</strong>, endividamento e rendibilida<strong>de</strong>d<strong>os</strong> Capitais Própri<strong>os</strong>.• Questionar <strong>os</strong> responsáveis das empresas, <strong>de</strong> modo a verificar qual o impact<strong>os</strong>entido por eles do SNC nas <strong>de</strong>monstrações financeiras das empresas.A mudança da política contabilística fez com que as entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ixassem <strong>de</strong> terapresentação <strong>de</strong> contas individuais, passando assim, a ser uma só entida<strong>de</strong> (empresamãe)a efetuar o relato do grupo.Com este estudo preten<strong>de</strong>-se alertar <strong>os</strong> preparadores e utentes da informação <strong>de</strong> relatopara as diferenças existentes da aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>. Estas po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>rivar <strong>de</strong>, análisefinanceira, projeções, comparabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> setores, da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<strong>de</strong> investimento e <strong>de</strong> gestão.MetodologiaEste projeto está dividido em três partes. Na primeira será abordado o enquadramentohistórico do SNC, on<strong>de</strong> se encontram as várias etapas até á sua entrada em vigor. Oenquadramento setorial da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, ou seja em que setores <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> em que elatem aplicação e se po<strong>de</strong> aplicar no setor público. A <strong>de</strong>scrição das diferenças d<strong>os</strong>normativ<strong>os</strong> SNC e IAS e d<strong>os</strong> normativ<strong>os</strong> SNC e POC e as diferenças da apresentaçãonas <strong>de</strong>monstrações financeiras, bases <strong>de</strong> mensuração e classificação etc., serão algunsd<strong>os</strong> pont<strong>os</strong> a analisar neste capítulo, bem como a estrutura conceptual utilizada.Seguidamente é realizada a análise da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, conceit<strong>os</strong>, <strong>de</strong>finições e objetiv<strong>os</strong>,realizando também a comparação com a norma internacional <strong>de</strong> referência ou seja aIFRS 3. Nesta parte são também analisadas as implicações fiscais da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, ou seja,que imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> estão diretamente relacionad<strong>os</strong> com a sua aplicação, bem como asimplicações em auditoria, quer no âmbito do controlo interno, do planeamento e doreporte da opinião.3


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoA segunda parte consiste na apresentação da metodologia usada para a análisequantitativa e qualitativa do tema em estudo.A terceira parte consiste no <strong>caso</strong> prático e tratamento das resp<strong>os</strong>tas das entrevistasrealizadas, permitirá concluir a perceção sobre esta matéria.Por fim referem-se as conclusões da utilização da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, bem como a sua vantagempara <strong>os</strong> utilizadores das <strong>de</strong>monstrações financeiras.4


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoI – Revisão da Literatura1. EnquadramentoDe acordo com Marques (2007) as formas <strong>de</strong> ligação po<strong>de</strong>m ser, a concentração <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s empresariais, <strong>os</strong> acord<strong>os</strong> <strong>de</strong> cooperação, as alianças, <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> emassociadas, <strong>os</strong> empreendiment<strong>os</strong> conjunt<strong>os</strong>, conglomerad<strong>os</strong>, etc.Segundo Jiménez e Rebull (2004), importância que <strong>os</strong> grup<strong>os</strong> <strong>de</strong> empresas têm notecido empresarial atual e a internacionalização das suas ativida<strong>de</strong>s, fez com que aUnião Europeia introduzisse as normas internacionais <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> relatofinanceiro e optado por as adotar na informação financeira consolidada <strong>de</strong>stas entida<strong>de</strong>s,pelo men<strong>os</strong> as que cotizam na BolsaDe acordo com Pires (2010), <strong>os</strong> instrument<strong>os</strong> da contabilida<strong>de</strong> obriga que se adotemcritéri<strong>os</strong> e práticas uniformes e se fixem princípi<strong>os</strong> válid<strong>os</strong>, conhecid<strong>os</strong> e aceites portod<strong>os</strong> <strong>os</strong> profissionais. As alterações conjunturais ou estruturais, as novas exigências eainda <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> conheciment<strong>os</strong>, têm levado à reestruturação <strong>de</strong> conceit<strong>os</strong>. A evolução daeconomia ao longo das últimas décadas, fundamentalmente no que respeita àprogressiva abertura internacional e à queda <strong>de</strong> todo o tipo <strong>de</strong> barreiras, fez com que ainformação financeira, utilizada como ponto <strong>de</strong> partida nas <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> naturezacomercial, <strong>de</strong> investimento ou <strong>de</strong> financiamento, tenha ultrapassado as fronteiras.Surgindo assim a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação entre empresas e utilizadores <strong>de</strong>diferentes países e, consequentemente, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> analisar <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras num quadro global”.Segundo Soares, (2010, p. <strong>14</strong>), “ O processo <strong>de</strong> harmonização contabilística visaharmonizar as práticas contabilísticas <strong>de</strong> diferentes países <strong>de</strong> forma a alcançar algumacomparabilida<strong>de</strong> entre as <strong>de</strong>monstrações financeiras. Com a harmonização d<strong>os</strong>diferentes sistemas contabilístic<strong>os</strong>, preten<strong>de</strong>m alcançar a uniformida<strong>de</strong> e anormalização.”De facto, o fenómeno da globalização leva a que <strong>os</strong> países afunilem cada vez mais <strong>os</strong>seus laç<strong>os</strong> económic<strong>os</strong>, no sentido <strong>de</strong> aumentarem o volume <strong>de</strong> transações, as ativida<strong>de</strong>seconómicas e o crescimento do investimento estrangeiro. Neste contexto, <strong>os</strong> agenteseconómic<strong>os</strong> <strong>de</strong>param-se cada vez mais com dificulda<strong>de</strong>s relacionadas com o processo5


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação<strong>de</strong> compreensão <strong>de</strong> relatóri<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>, dada a diversificação contabilísticainternacional, condicionando a credibilida<strong>de</strong> da informação financeira.O processo <strong>de</strong> harmonização contabilística, preten<strong>de</strong> assim eliminar ou pelo men<strong>os</strong>atenuar a diversida<strong>de</strong> contabilística, minimizando as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>sta para<strong>os</strong> utilizadores da informação financeira. É p<strong>os</strong>sível dizer que a harmonizaçãocontabilística preten<strong>de</strong> eliminar, as lacunas ligadas à comparabilida<strong>de</strong> da informaçãofinanceira numa escala global.1.1. HistóricoSegundo Ball (2005), a adoção das IAS/IFRS é inevitável e <strong>de</strong>sejável, no entanto sugerecautela <strong>de</strong>vido a não existir dad<strong>os</strong> históric<strong>os</strong> ou estud<strong>os</strong> académic<strong>os</strong> significativ<strong>os</strong> quesuportem o seu sucesso, nomeadamente no que diz respeito à contabilização do justovalor 2 em <strong>de</strong>trimento do custo histórico. A utilização <strong>de</strong> normas internacionaisuniformes po<strong>de</strong> reduzir a concorrência entre <strong>os</strong> sistemas e a política global <strong>de</strong> longoprazo.Em 1974 o Ministério das Finanças - secretaria <strong>de</strong> Estado do Orçamento do 1º Governopós 25 <strong>de</strong> abril, nomeia em novembro e por Despacho do secretário <strong>de</strong> Estado doOrçamento <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1975, uma Comissão para o estudo <strong>de</strong> normalizaçãocontabilista das empresas.No ano <strong>de</strong> 1977 foi criada a Comissão <strong>de</strong> Normalização Contabilística (CNC)peloartigo 4º do Decreto-Lei nº 47/77 on<strong>de</strong> previa a sua <strong>de</strong>signação por Portaria doMinistério das Finanças.No ano <strong>de</strong> 1983 com do Aviso publicado na II série do Diário da República nº 75 <strong>de</strong> 31<strong>de</strong> março, foi <strong>de</strong>finida a constituição da Comissão.No ano <strong>de</strong> 1989 é aprovado o POC pelo Decreto-Lei n.º 410 <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> novembro, queentra em vigor a partir <strong>de</strong> 1990, nesta data há a adaptação á 4º Diretiva da U.E. pelo art.º6 n.º 1 e é revogado o Decreto-Lei n.º 47/77 <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> fevereiro (POC).2 Justo valor é a quantia pela qual um ativo po<strong>de</strong> ser trocado ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras edisp<strong>os</strong>tas a isso, numa transação em que não exista relacionamento entre elas (<strong>NCRF</strong> 6 - § 8).6


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoEm 1991 o POC sofre uma alteração importante, com vista a introduzir as normasrelativas à consolidação <strong>de</strong> contas, constantes <strong>de</strong> uma diretriz comunitária específica(Decreto-Lei 238/91, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> julho).Em 2003 em cumprimento do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do ParlamentoEuropeu e do Conselho, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> julho, a CNC elabora e disponibiliza na sua página,um documento estruturante para o futuro da normalização contabilística nacional,intitulado “Projeto <strong>de</strong> Linhas <strong>de</strong> Orientação para um Novo Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> NormalizaçãoContabilística”, o qual foi aprovado em reunião do conselho geral <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong>2003 e enviado para o Governo.A informação <strong>de</strong> relato financeiro tem assumido uma importância cada vez maior,refletindo-se na influência exercida na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> gestão, no p<strong>os</strong>icionamentoda entida<strong>de</strong> no mercado e na credibilida<strong>de</strong> junto das entida<strong>de</strong>s credoras. O processo <strong>de</strong>harmonização contabilística veio ajudar <strong>os</strong> interessad<strong>os</strong> na informação financeira, n<strong>os</strong>entido <strong>de</strong> melhorar a leitura das <strong>de</strong>monstrações financeiras, a sua compreensão, bemcomo a análise da situação económica e financeira da entida<strong>de</strong>.Em janeiro <strong>de</strong> 2007, a CNC elaborou o documento “Projeto <strong>de</strong> Novo Mo<strong>de</strong>loContabilístico” <strong>de</strong>signando-o <strong>de</strong> “Sistema <strong>de</strong> Normalização Contabilística” (SNC). Estedocumento foi elaborado com base no projeto <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2003 e <strong>de</strong> acordo com oplano <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> 2004. O objetivo era a adoção e adaptação das normas internacionais<strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> (NIC) e das Normas Internacionais <strong>de</strong> Relato Financeiro (NIRF), bemcomo as respetivas interpretações (SIC/IFRIC). A sua entrada em vigor estava previstapara 1 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2008, no entanto só veio a acontecer em 1 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2010.Barth, Landsman e Lang (2007), no estudo que fizeram, concluíram que <strong>os</strong> valorescontabilístic<strong>os</strong> das socieda<strong>de</strong>s que aplicam as IAS/IFRS apresentam melhor qualida<strong>de</strong>na informação financeira, em comparação com as que não aplicam estas normas.Para <strong>os</strong> intervenientes, o SNC apresenta vantagens face ao POC. No relato financeiro navertente económica (distanciando-se da fiscal), na diminuição do risco da informação(com a informação mais <strong>de</strong>talhada), na potencial melhoria <strong>de</strong> organização interna e nopotencial auxílio n<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> pela linguagem internacional associada.Segundo a CNC (2008), o SNC surge como uma solução para colmatar a insuficiênciad<strong>os</strong> PCGA, face a maiores exigências do relato financeiro, tendo em atenção anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> revisões em <strong>de</strong>terminadas matérias, como aspet<strong>os</strong> conceptuais e critéri<strong>os</strong>7


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãocontabilístic<strong>os</strong>, também refere que, com este normativo, as parcerias estratégicas e ainternacionalização d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> serão assim mais fáceisEm julho <strong>de</strong> 2009 é publicado o Decreto-Lei nº 158 aprova o Sistema <strong>de</strong> NormalizaçãoContabilística. Nesta mesma data também foram publicad<strong>os</strong> <strong>os</strong> Decret<strong>os</strong>-Lei nº159/2009 que aprova as alterações ao código <strong>de</strong> IRC e o 160/2009 que <strong>de</strong>fine as novasregras <strong>de</strong> organização e funcionamento da CNC.Em setembro <strong>de</strong> 2009 foram publicad<strong>os</strong> <strong>os</strong> restantes diplomas do Sistema <strong>de</strong>Normalização Contabilística, entre eles <strong>de</strong>stacam-se:• Portaria nº 986/2009, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> setembro (Mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> <strong>de</strong> DemonstraçõesFinanceiras);• Portaria nº 1011/2009, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> setembro (Código <strong>de</strong> Contas e notas <strong>de</strong>enquadramento);• Aviso nº 15655/2009, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> setembro (Normas Contabilísticas e <strong>de</strong> RelatoFinanceiro);• Aviso nº 15654/2009, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> setembro (Normas Contabilísticas e <strong>de</strong> RelatoFinanceiro para pequenas entida<strong>de</strong>s).É <strong>de</strong> salientar que, com a entrada em vigor em 2010 <strong>de</strong>stes normativ<strong>os</strong> é eliminada adupla contabilida<strong>de</strong> que até ao momento existia por motiv<strong>os</strong> fiscais. O relato financeiroé mo<strong>de</strong>rnizado, e as relações com <strong>os</strong> investidores po<strong>de</strong>rão ser facilitadas, uma vez quehá a redução do risco <strong>de</strong> assimetria da informação financeira.Em <strong>14</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2011 foi publicado, o Aviso 6726-A, que veio aprovar a NormaContabilística para micro entida<strong>de</strong>s. Esta tem como objetivo estabelecer <strong>os</strong> aspet<strong>os</strong> <strong>de</strong>reconhecimento, mensuração e divulgação, tid<strong>os</strong> como <strong>os</strong> requisit<strong>os</strong> contabilístic<strong>os</strong>aplicáveis às micro entida<strong>de</strong>s tal como são <strong>de</strong>finidas pelo Decreto-Lei n.º 36-A/2011, <strong>de</strong>9 <strong>de</strong> março.Com a introdução do SNC passaram a existir quatro níveis <strong>de</strong> normalização emPortugal: 1.º Nível – adoção das normas IAS/IFRS adotadas pela UE, sendo obrigatório àsempresas cuj<strong>os</strong> valores mobiliári<strong>os</strong> estejam admitid<strong>os</strong> à negociação nummercado regulamentado <strong>de</strong> qualquer Estado membro da EU.8


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação 2.º Nível – regime geral aplicável à generalida<strong>de</strong> das empresas, que terão queaplicar as Normas <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> e Relato Financeiro (<strong>NCRF</strong>) baseadas nasIAS/IFRS mas adaptadas à dimensão e nível <strong>de</strong> exigência <strong>de</strong> relato financeirodas empresas portuguesas. 3.º Nível – regime das pequenas entida<strong>de</strong>s é aplicável às empresas não cotadas,através da norma contabilística e <strong>de</strong> relato financeiro para as pequenas entida<strong>de</strong>s,que não integrem consolidação, não são sujeitas a certificação legal <strong>de</strong> contas enão ultrapassem dois d<strong>os</strong> três limites 3 , da Lei nº 20/2010, que retificou <strong>os</strong> limitesdo Aviso nº 15654/2009, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> setembro. 4.º Nível – regime das micro-entida<strong>de</strong>s que não integrem consolidação, não sã<strong>os</strong>ujeitas a certificação legal <strong>de</strong> contas e não ultrapassem dois d<strong>os</strong> três limites 4 .As alterações para o novo sistema obrigam a um upgra<strong>de</strong> <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> envolvid<strong>os</strong> norelato contabilístico, quer seja a nível <strong>de</strong> pessoal, quer a nível <strong>de</strong> sistemas informátic<strong>os</strong> econtrol<strong>os</strong> <strong>de</strong> gestão e planeament<strong>os</strong> praticad<strong>os</strong>.1.2. SetorialA <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> po<strong>de</strong>rá ser aplicada em vári<strong>os</strong> setores <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, uma vez que esta normaaplica-se, á junção <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s ou ativida<strong>de</strong>s empresariais separadas numa únicaentida<strong>de</strong> que relata.A estruturação <strong>de</strong> empresas po<strong>de</strong> ter por base razões <strong>de</strong> carácter legal, fiscal ou outras.Po<strong>de</strong> envolver a compra por parte <strong>de</strong> uma empresa a outra do capital próprio, <strong>de</strong> tod<strong>os</strong><strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong> e a assunção d<strong>os</strong> passiv<strong>os</strong> ou a compra <strong>de</strong> alguns d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong>,que em conjunto formem uma ou mais ativida<strong>de</strong>s empresariais. Po<strong>de</strong> envolver oestabelecimento <strong>de</strong> uma nova entida<strong>de</strong> para controlar as entida<strong>de</strong>s concentradas ou <strong>os</strong>ativ<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong> transferid<strong>os</strong> ou a reestruturação <strong>de</strong> uma ou mais entida<strong>de</strong>s concentradas.1.3. NormativoA <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> relaciona-se com outr<strong>os</strong> normativ<strong>os</strong>, particularmente com a IFRS 3 5 , umavez que é esta norma, que regula as empresas europeias cotadas em bolsa que <strong>de</strong>vem3 Total <strong>de</strong> balanço: 1.500.000 €; Volume <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> líquido: 3.000.000 €; nº médio <strong>de</strong> empregad<strong>os</strong> durante oexercício: 504 Total <strong>de</strong> balanço: 500.000 €; Volume <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> líquido: 500.000 €; Nº médio <strong>de</strong> empregad<strong>os</strong> durante o exercício:59


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãopreparar as suas <strong>de</strong>monstrações financeiras <strong>de</strong> acordo com as IFRS, incluindo as IAS 6 apartir do ano <strong>de</strong> 2005. As empresas <strong>de</strong> outras jurisdições, nomeadamente a Austrália,Canadá e Nova Zelândia, também adotaram as IAS na mesma data.1.3.1. Diferenças entre o SNC E IAS/IFRSPara Diaconu (2007) o processo <strong>de</strong> globalização torna necessário e urgente aharmonização d<strong>os</strong> sistemas contabilístic<strong>os</strong>, no intuito <strong>de</strong> ser p<strong>os</strong>sível propor um mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> financeira único. No entanto, o período <strong>de</strong> implementação será longo,mas consistente. A harmonização global permitirá uniformizar a elaboração <strong>de</strong> relato etorná-lo mais transparente e comparável, o que ajudará na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, bemcomo a análise pel<strong>os</strong> utentes da informação financeira.C<strong>os</strong>ta e Alves (2008) referem que, ao se efetuar uma comparação das <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras <strong>de</strong> empresas pertencentes a dois países diferentes, há todo o interesse em quea informação apresentada tenha sido elaborada segundo critéri<strong>os</strong> uniformes pois se issonão acontecer, essa comparação será muito difícil.Em relação às diferenças entre o SNC e IAS/IFRS o plano <strong>de</strong> contas no SNC é <strong>de</strong>aplicação obrigatória. As IAS/IFRS não tem plano <strong>de</strong> contas pre<strong>de</strong>finido, pelo que sepo<strong>de</strong> adotar um plano <strong>de</strong> contas adaptado à entida<strong>de</strong>. Para uma melhor análise, aliteratura aconselha a adoção do plano <strong>de</strong> contas SNC, com as necessárias adaptações.Mates et al (2009) expõem a importância da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> normas contabilísticas anível mundial, baseadas em princípi<strong>os</strong> fundamentais, que <strong>de</strong>vam ser aplicad<strong>os</strong> damesma forma, pelo IASB ou por organism<strong>os</strong> nacionais <strong>de</strong> padronização.A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> harmonizar a contabilida<strong>de</strong> era cada vez maior, uma vez que apesar <strong>de</strong>haver entida<strong>de</strong>s que aplicavam o normativo europeu (IAS/IFRS), por obrigação, porterem valores em negociação, as restantes tinham a aplicação do normativo fiscal(POC). Pelo pressup<strong>os</strong>to <strong>de</strong> que o normativo SNC tem como base as IAS/IFRS esperaseque também as <strong>de</strong>monstrações financeiras apresentem melhor qualida<strong>de</strong> nainformação, do que quando o normativo usado, era o POC.Para tal, contribuíram as opiniões <strong>de</strong> quem elabora as <strong>de</strong>monstrações financeiras, d<strong>os</strong>auditores e d<strong>os</strong> reguladores da legislação, que tornou ainda mais evi<strong>de</strong>nte que, <strong>de</strong>5 Em inglês a sua <strong>de</strong>nominação é: International Financial Reporting Standards (IFRS), as normas emitidas peloInternational Accounting Standards Board (IASB);6 Em inglês a sua <strong>de</strong>nominação é: International Accounting Standards (IAS), as normas emitidas pelo InternationalAccounting Standards Committee (IASC), organismo que já não existe.10


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoacordo com as normas adotadas, o tratamento da informação e resultad<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> iriamser divergentes entre eles.Além disso, a evolução d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> e a globalização das economias,tornaram ainda mais evi<strong>de</strong>nte a necessida<strong>de</strong> do balanço elaborado e apresentad<strong>os</strong>eguindo critéri<strong>os</strong> uniformes.• Na apresentação das <strong>de</strong>monstrações financeiras: Os mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> das <strong>de</strong>monstrações financeiras do SNC têm por base a versão daIAS 1 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2003, a principal diferença consiste na apresentação da<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultad<strong>os</strong>. O IASB permite que haja flexibilida<strong>de</strong> na apresentação das <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras, no entanto <strong>de</strong>termina o seu conteúdo mínimo, o SNC estabelecemesmo <strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrações financeiras. No SNC na <strong>de</strong>monstração d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> <strong>de</strong> caixa é obrigatório o método direto,o IASB permite, quer o método direto quer o indireto, no entanto recomendao direto. O IASB permite a apresentação da <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultad<strong>os</strong> por naturezasou por funções, no SNC a <strong>de</strong>monstração d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> por funções éfacultativa, mas a por naturezas é obrigatória.• Investiment<strong>os</strong> em subsidiárias, Entida<strong>de</strong>s conjuntamente controladas eassociadas: Contas Individuais:Em SNC nas contas individuais tem que usar o método da equivalênciapatrimonial a men<strong>os</strong> que existam restrições severas e duradouras queinfluenciem significativamente a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transferência d<strong>os</strong> fund<strong>os</strong>.Com as IFRS <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> são mensurad<strong>os</strong> pelo seu custo ou justo valor. Contas consolidadas:Em SNC <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> aquisição acrescem ao valor total do investimento. NasIAS/IFRS <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> aquisição passam a ser consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> diretamentecomo gast<strong>os</strong> do período, por consequência da revisão da IFRS 3.11


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação• Instrument<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>:Os que são disponíveis para venda, no IAS/IFRS são valorizad<strong>os</strong> pelo justovalor, quaisquer variações que ocorram são levadas a capital próprio. Em SNCno <strong>caso</strong> <strong>de</strong> investimento com cotações divulgadas publicamente, são valorizadaspelo justo valor, no <strong>caso</strong> em que não sejam divulgadas publicamente e cujo justovalor, não seja p<strong>os</strong>sível calcular <strong>de</strong> forma viável, então são valorizadas ao custo.• Cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> empréstim<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong>A <strong>NCRF</strong> 10 foi elaborada com base na versão anterior da IAS 23, que permitia aopção <strong>de</strong> capitalizar ou lançar como gast<strong>os</strong> <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> <strong>de</strong> empréstim<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong>.• Proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimentoEm SNC as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento em curso são consi<strong>de</strong>radas ativ<strong>os</strong>fix<strong>os</strong> tangíveis e mensuradas ao custo <strong>de</strong> aquisição, em IAS/IFRS sãoapresentadas como proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investiment<strong>os</strong> e mensuradas ou ao custo ouao justo valor, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da opção da entida<strong>de</strong>.• DivulgaçõesO normativo IAS/IFRS é mais exigente uma vez que exige mais divulgações queo SNC. A numeração das notas do normativo IAS/IFRS é <strong>de</strong> acordo com asmelhores práticas, feita em função da sequência da apresentação dascontas do balanço e da <strong>de</strong>monstração d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>. Em SNC no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> divulgação, a numeração das notas é baseado nanumeração das <strong>NCRF</strong>.• Implicações fiscaisEm relação a implicações fiscais elas não existem uma vez que o código <strong>de</strong> IRCfoi adaptado á nova legislação (SNC e IAS/IFRS) pelo que a opção <strong>de</strong> um ououtro normativo não tem implicações fiscais.12


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação1.3.2. Diferenças entre o POC e SNC• Apresentação das <strong>de</strong>monstrações financeiras• Existem diferenças entre <strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrações financeiras em POC eSNC tais como: O mo<strong>de</strong>lo do balanço é diferente, em POC havia o balanço sintético e oanalítico, mesmo com <strong>os</strong> valores a zer<strong>os</strong> apareciam as respetivasrubricas, em SNC o mo<strong>de</strong>lo do balanço segue o mo<strong>de</strong>lo IAS/IFRS peloque quando <strong>os</strong> itens não têm valores não aparecem. Passa a ser obrigatório apresentar a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> alterações <strong>de</strong> capitalpróprio para as entida<strong>de</strong>s que seguem as <strong>NCRF</strong>, as que seguem a <strong>NCRF</strong>-PE ou NC-ME não são obrigadas a apresentar esta <strong>de</strong>monstração.• Políticas contabilísticas, estimativas contabilísticas e err<strong>os</strong>Segundo a <strong>NCRF</strong> 4, as políticas contabilísticas e <strong>os</strong> err<strong>os</strong> têm aplicaçãoretr<strong>os</strong>petiva, enquanto as alterações <strong>de</strong> estimativas contabilísticas têm aplicaçãopr<strong>os</strong>petiva.• Demonstração <strong>de</strong> flux<strong>os</strong> <strong>de</strong> caixaEm SNC, é obrigatório o uso do método direto na apresentação d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> <strong>de</strong>caixa, enquanto o POC permitia a opção entre o método direto e o indireto.• Ativ<strong>os</strong> IntangíveisNo normativo POC era p<strong>os</strong>sível incluir em ativ<strong>os</strong> intangíveis, <strong>os</strong> direit<strong>os</strong> e<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> instalação, arranque ou expansão, publicida<strong>de</strong>, formação e <strong>de</strong>spesas<strong>de</strong> investigação. O SNC não aceita tais ativ<strong>os</strong>, pelo que estipula imediatacontabilização como gasto este tipo <strong>de</strong> dispêndi<strong>os</strong>.• Ativ<strong>os</strong> fix<strong>os</strong> tangíveis Ativo BrutoSegundo a <strong>NCRF</strong> 7 é p<strong>os</strong>sível mensurar <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> fix<strong>os</strong> tangíveis pelo seujusto valor, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que as reavaliações sejam regularmente efetuadas, oque não acontece em Portugal, no entanto esta norma não aceita asreavaliações legais.13


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação DepreciaçõesSegundo a <strong>NCRF</strong> 7 as <strong>de</strong>preciações <strong>de</strong>vem iniciar na data em que o bementra em funcionamento, o método <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciações <strong>de</strong>ve ser o que maisse a<strong>de</strong>qua, <strong>de</strong> modo a refletir <strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> futur<strong>os</strong>. EmPOC, o <strong>de</strong>creto regulamentar 2/90 referia que por regra o método <strong>de</strong><strong>de</strong>preciações a usar, era o das quotas constantes, sendo o das quotas<strong>de</strong>gressivas ou outr<strong>os</strong>, aceites <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que autorizad<strong>os</strong> pela DGCI. Imparida<strong>de</strong>sApesar d<strong>os</strong> normativ<strong>os</strong> SNC e POC, não terem diferenças em relação álegislação sobre as imparida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong> fix<strong>os</strong> tangíveis, a verda<strong>de</strong> é queo ponto 5.4.4 do POC não era colocado em prática. Após a tomada<strong>de</strong>cisão em capitalizar um <strong>de</strong>terminado dispêndio, somente em cas<strong>os</strong>muito excecionais é que se procedia a amortizações extraordinárias porimparida<strong>de</strong>.• Proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimentoAs proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento são apresentadas em linhas separadas;Pela <strong>NCRF</strong> 11, existe a opção <strong>de</strong> se valorizar as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimentopelo seu justo valor, <strong>de</strong>duzido das perdas por imparida<strong>de</strong> subsequentes, noentanto a exercer esta opção, <strong>de</strong>ixa-se <strong>de</strong> fazer <strong>de</strong>preciações.Segundo a <strong>NCRF</strong> 11 qualquer perda ou ganho, resultante das alterações do justovalor é incluído no resultado líquido do exercício do período. No entanto, a DC16 preconizava que <strong>os</strong> ganh<strong>os</strong> eram levad<strong>os</strong> a reservas <strong>de</strong> reavaliação.Em situações em que o bem é um ativo fixo ocupado pelo proprietário e passa aser um investimento em imóveis, registado pelo justo valor, a <strong>NCRF</strong> 7 <strong>de</strong>ve seraplicada até a data da alteração do uso. Em relação a esta matéria o POC e DC16 eram omiss<strong>os</strong>.A <strong>NCRF</strong> 11 preconiza que numa transferência <strong>de</strong> inventári<strong>os</strong>, para proprieda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> investimento registado ao justo valor, a diferença entre o justo valor e o valorcontabilístico na data da transferência, <strong>de</strong>ve ser reconhecida no resultado líquidodo período; sobre esta matéria o POC era omisso.Segundo a <strong>NCRF</strong> 11, quando há a conclusão da construção ou do<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento <strong>de</strong> construção própria,<strong>14</strong>


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoque será registada ao justo valor, a diferença <strong>de</strong>ste e o valor contabilístico, <strong>de</strong>veser reconhecido no resultado líquido do período; em relação a esta matéria oPOC também era omisso.Em relação á matéria das proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento, a <strong>NCRF</strong> 11 exigediversas divulgações, o POC não era tão exigente.• Investiment<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> e consolidação <strong>de</strong> contas Demonstrações financeiras consolidadasSegundo o artigo 4º do Decreto-Lei nº 238/91, podia haver a exclusão <strong>de</strong>uma subsidiária na consolidação <strong>de</strong> contas, quando esta tinha umaativida<strong>de</strong> tão diferente, que a sua inclusão na consolidação eraincompatível. Sobre esta matéria o SNC não prevê a exclusão por essemotivo, pelo contrário especifica mesmo, que as subsidiárias nestascondições <strong>de</strong>vem ser incluídas na consolidação <strong>de</strong> contas do grupo. Demonstrações financeiras individuaisPela <strong>NCRF</strong> 15, <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> em empresas que <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> sersubsidiárias e não se tornem associadas nem empreendiment<strong>os</strong> conjunt<strong>os</strong><strong>de</strong>vem ser contabilizad<strong>os</strong> <strong>de</strong> acordo com a <strong>NCRF</strong> 27. Em situaçõesidênticas o POC referia que o investimento <strong>de</strong>veria ser registado ao custo<strong>de</strong> aquisição, no entanto a DC 9 indicava que n<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> em que haviainterrupção do método da equivalência patrimonial, o valor a registarcontabilisticamente era o da data da interrupção.Pelo SNC <strong>os</strong> interesses minoritári<strong>os</strong> são apresentad<strong>os</strong> no capital próprio,enquanto em POC, eram apresentad<strong>os</strong> numa rubrica autónoma.• Inventári<strong>os</strong>A <strong>NCRF</strong> 18 não aceita o LIFO para a valorimetria d<strong>os</strong> inventári<strong>os</strong> ao contráriodo POC que o permitia.• Imparida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>De acordo com a <strong>NCRF</strong> 12 7 , <strong>de</strong>ve haver uma avaliação d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> á data do balanço,se houver indíci<strong>os</strong> <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>ve-se estimar a quantia recuperável do ativo.7 <strong>NCRF</strong> 12 – Imparida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ativ<strong>os</strong>15


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoDe acordo com o §6 da norma, uma concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais po<strong>de</strong>resultar numa relação entre empresa-mãe e subsidiária, na qual a adquirente é aempresa-mãe e a adquirida a subsidiária da adquirente. Nestas circunstâncias aadquirente aplica a <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> nas <strong>de</strong>monstrações financeiras consolidadas. As<strong>de</strong>monstrações financeiras individuais incluem interesse na adquirida como uminvestimento em subsidiárias aplicando a <strong>NCRF</strong> 15 9 .Uma concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais po<strong>de</strong>rá ainda, <strong>de</strong> acordo com o §7 danorma, envolver a aquisição d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong>, incluindo qualquer trespasse (goodwill)<strong>de</strong> outra entida<strong>de</strong>, em vez da compra do capital próprio. Uma tal concentração nãoresulta numa relação entre empresa - mãe e subsidiária. No entanto, embora nãotipificando uma relação entre empresa - mãe e subsidiária, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser umaconcentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais para efeit<strong>os</strong> da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>.Para a aplicação <strong>de</strong>sta norma, é imprescindível a i<strong>de</strong>ntificação da entida<strong>de</strong> adquirente,segundo a norma, a adquirente é a entida<strong>de</strong> concentrada, que obtém o controlo sobre asoutras entida<strong>de</strong>s ou ativida<strong>de</strong>s empresariais concentradas.Conforme referem Morais e Lourenço (2005), a IFRS 3 exige o reconhecimento d<strong>os</strong>ativ<strong>os</strong>, d<strong>os</strong> passiv<strong>os</strong> e d<strong>os</strong> passiv<strong>os</strong> contingentes da entida<strong>de</strong> adquirida, que cumprem orespetivo critério <strong>de</strong> reconhecimento. Contrariamente, a DC 1 refere o reconhecimentod<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> adquirid<strong>os</strong>, o POC, exige apenas o reconhecimento d<strong>os</strong> element<strong>os</strong>que constam nas DF´s da entida<strong>de</strong> adquirida.A <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> exige a valorização d<strong>os</strong> element<strong>os</strong> acima referid<strong>os</strong> pelo justo valor na datada concentração, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> existirem ou não interesses minoritári<strong>os</strong>. Pelocontrário a DC 1 e o POC, não permitiam a revalorização d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong>adquirid<strong>os</strong>, para o justo valor na proporção <strong>de</strong>tida pel<strong>os</strong> interesses minoritári<strong>os</strong>. Alémdisso, o POC, não clarifica como <strong>de</strong>terminar <strong>os</strong> valores reavaliad<strong>os</strong>.A <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> exige o reconhecimento do goodwill negativo, como um proveito doperíodo. No entanto, a DC 1 exige o reconhecimento <strong>de</strong>ste elemento como um proveitodiferido, ou como uma redução d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> não monetári<strong>os</strong> individuais adquirid<strong>os</strong>, oPOC prevê o reconhecimento do goodwill negativo como um elemento do capitalpróprio.9 <strong>NCRF</strong> 15 - Investiment<strong>os</strong> em subsidiárias e consolidação.21


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAlém disso, a <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> i<strong>de</strong>ntifica claramente, o procedimento a adotar no <strong>caso</strong>particular das aquisições por etapas. Contrariamente ao que se verificava na legislaçãoportuguesa, a <strong>de</strong>terminação do custo da concentração, do justo valor d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>,passiv<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> contingentes i<strong>de</strong>ntificáveis da entida<strong>de</strong> adquirida é realizada combase em valores provisóri<strong>os</strong>.De referir apenas que, se o interesse da adquirente no justo valor líquido d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>,passiv<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> contingentes i<strong>de</strong>ntificáveis da adquirida, reconhecid<strong>os</strong> <strong>de</strong> acordocom o § 23, exce<strong>de</strong>r o custo da concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais. A adquirente<strong>de</strong>ve reavaliar a mensuração d<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong>, a mensuração do custo da concentração ereconhecer imediatamente n<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, qualquer excesso remanescente após areavaliação.2.2. Definição e âmbitoA <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> <strong>de</strong>ve ser aplicada na contabilização <strong>de</strong> concentrações empresariais, noentanto existem restrições tais como: Concentrações <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais, em que entida<strong>de</strong>s ou ativida<strong>de</strong>sempresariais separadas, se reúnem para formar um empreendimento conjunto; Concentrações <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais, que envolvam entida<strong>de</strong>s ouativida<strong>de</strong>s empresariais sob controlo comum; Concentrações <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais, que envolvam duas ou maisentida<strong>de</strong>s mútuas.No § 5 a <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> <strong>de</strong>termina as várias formas que po<strong>de</strong>m existir <strong>de</strong> concentrações <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s empresariais que po<strong>de</strong>m resultar <strong>de</strong>:• Compra <strong>de</strong> parte do capital social por outra entida<strong>de</strong>;• Compra <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong> <strong>de</strong> outra entida<strong>de</strong>;• Compra <strong>de</strong> alguns ativ<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong> <strong>de</strong> outra entida<strong>de</strong>, que em conjuntoformem uma ou mais ativida<strong>de</strong>s empresariais.A criação <strong>de</strong> uma concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais, po<strong>de</strong> dar origem a uma novaentida<strong>de</strong>, que controla as entida<strong>de</strong>s concentradas, ou <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong> transferid<strong>os</strong>, ou areestruturação <strong>de</strong> uma ou mais entida<strong>de</strong>s concentradas.22


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoA sua <strong>de</strong>finição está no § 9 da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> em que refere que a Ativida<strong>de</strong> empresarial: éum conjunto integrado <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s conduzidas e <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong> gerid<strong>os</strong>, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>proporcionar: Um retorno a<strong>os</strong> investidores; ou Cust<strong>os</strong> mais baix<strong>os</strong> ou outr<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> direta e proporcionalmentea<strong>os</strong> participantes.Quando existe uma entida<strong>de</strong> que passa a controlar outras, significa que esta tem acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pu<strong>de</strong>r gerir as políticas financeiras e operacionais <strong>de</strong> uma outra, ou <strong>de</strong>uma ativida<strong>de</strong> económica, a fim <strong>de</strong> obter benefíci<strong>os</strong> da mesma. O controlo só existequando a adquirente tem mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> d<strong>os</strong> direit<strong>os</strong> <strong>de</strong> voto, no entanto, existeexceções. Mesmo não tendo mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> d<strong>os</strong> direit<strong>os</strong> <strong>de</strong> voto, ela passe a: Po<strong>de</strong>r sobre mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> d<strong>os</strong> direit<strong>os</strong> <strong>de</strong> voto da adquirida, resultante <strong>de</strong>acordo entre <strong>os</strong> investidores; Gerir as políticas financeiras e operacionais <strong>de</strong> outra entida<strong>de</strong>, segundo algumacláusula estatutária; Po<strong>de</strong>r nomear ou <strong>de</strong>stituir a maioria d<strong>os</strong> membr<strong>os</strong> do órgão <strong>de</strong> gestão daadquirida;2.3. Método <strong>de</strong> contabilizaçãoA <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> refere que, todas as concentrações empresariais <strong>de</strong>vem ser contabilizadaspela aplicação do método da compra. Ou seja a adquirente compra <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong> ereconhece <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> adquirid<strong>os</strong> e <strong>os</strong> passiv<strong>os</strong> e <strong>os</strong> passiv<strong>os</strong> contingentes assumid<strong>os</strong>,incluindo aqueles que não tenham sido anteriormente reconhecid<strong>os</strong> pela adquirida.2.3.1. Aplicação do método <strong>de</strong> compraDe acordo com o método <strong>de</strong> compra, contabilizam-se as fusões (aquisições) adotando <strong>os</strong>princípi<strong>os</strong> da compra normal <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong>. Assim, o comprador regista pelo seu justo valor,<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> adquirid<strong>os</strong>, à data da sua aquisição. O excesso do custo <strong>de</strong>ssaaquisição acima do justo valor líquido d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> i<strong>de</strong>ntificáveis é registadocomo goodwill.23


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoO método <strong>de</strong> compra consiste n<strong>os</strong> seguintes pass<strong>os</strong>:2.3.1.1. I<strong>de</strong>ntificação da adquirente.A adquirente é a entida<strong>de</strong> concentrada, que obtém o controlo sobre as outras entida<strong>de</strong>sempresariais concentradas.Indíci<strong>os</strong> da existência <strong>de</strong> adquirente, quando a sua i<strong>de</strong>ntificação se torna difícil: A entida<strong>de</strong> concentrada que tem o justo valor maior, provavelmente é a entida<strong>de</strong>adquirente. Instrument<strong>os</strong> <strong>de</strong> capital próprio com voto por caixa, ou por outr<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>,provavelmente a entida<strong>de</strong> que ce<strong>de</strong> o caixa, é a adquirente. A entida<strong>de</strong> com maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão, que permita selecionar a equipa <strong>de</strong>direção da entida<strong>de</strong> concentrada, provavelmente esta entida<strong>de</strong> é a adquirente. Uma entida<strong>de</strong> que emite <strong>os</strong> interesses normalmente é a adquirente. No entanto<strong>de</strong>ve-se ter em atenção tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> fact<strong>os</strong>, <strong>de</strong> modo a saber qual das entida<strong>de</strong>s, temo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> gerir as políticas financeiras e operacionais da outra entida<strong>de</strong>. Quando há a constituição <strong>de</strong> uma nova entida<strong>de</strong>, para emitir instrument<strong>os</strong> <strong>de</strong>capital próprio e efetuar uma concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, uma das entida<strong>de</strong>s quejá existia, <strong>de</strong>ve ser i<strong>de</strong>ntificada como a entida<strong>de</strong> adquirente. No <strong>caso</strong> <strong>de</strong> constituição <strong>de</strong> uma nova entida<strong>de</strong>, com mais uma entida<strong>de</strong>concentrada, a adquirente é aquela que iniciou a concentração.2.3.1.2. Custo <strong>de</strong> uma concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariaisA adquirente <strong>de</strong>ve mensurar o custo da concentração como o conjunto: D<strong>os</strong> just<strong>os</strong> valores, à data da troca, d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> cedid<strong>os</strong>, d<strong>os</strong> passiv<strong>os</strong> incorrid<strong>os</strong>ou assumid<strong>os</strong> e d<strong>os</strong> instrument<strong>os</strong> <strong>de</strong> capital que a adquirente emitiu em troca docontrolo sobre a adquirida, e; Cust<strong>os</strong> diretamente relacionad<strong>os</strong> com a concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais.A data <strong>de</strong> aquisição é a data em que a adquirente obtém o controlo sobre a adquirida,esta data po<strong>de</strong> ser a mesma, quando a transação <strong>de</strong> troca coinci<strong>de</strong> com a data <strong>de</strong>aquisição, a data po<strong>de</strong> não ser a mesma quando há sucessivas compras <strong>de</strong> ações.24


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação2.4. Imputação do custoNa data da aquisição, a adquirente <strong>de</strong>ve imputar o custo <strong>de</strong> uma concentração <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s empresariais, ao reconhecer <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>, passiv<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> contingentesi<strong>de</strong>ntificáveis da adquirida, que satisfaçam <strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> <strong>de</strong> reconhecimento do § 24 pel<strong>os</strong>seus just<strong>os</strong> valores nessa data.A adquirente <strong>de</strong>ve incorporar n<strong>os</strong> seus resultad<strong>os</strong>, <strong>os</strong> da adquirida após a data <strong>de</strong>aquisição, ao incluir <strong>os</strong> rendiment<strong>os</strong> e <strong>os</strong> gast<strong>os</strong> da adquirida, com base no custo daconcentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais.A adquirente <strong>de</strong>ve reconhecer separadamente, como imputação do custo daconcentração, apenas <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>, passiv<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> contingentes i<strong>de</strong>ntificáveis daentida<strong>de</strong> adquirida, que existiam à data da aquisição e que satisfazem <strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> <strong>de</strong>reconhecimento. Só há o reconhecimento separado, <strong>de</strong> um ativo intangível da adquirida,à data <strong>de</strong> aquisição, quando esse ativo satisfizer a <strong>de</strong>finição da <strong>NCRF</strong> 6 10 e o seu justovalor pu<strong>de</strong>r ser mensurado com fiabilida<strong>de</strong>. O § 24 da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> <strong>de</strong>termina que, aadquirente, <strong>de</strong>ve reconhecer separadamente um passivo contingente da adquirida, comoparte da imputação do custo e só no <strong>caso</strong> em que seja p<strong>os</strong>sível mensurar comfiabilida<strong>de</strong>.Depois do reconhecimento à data <strong>de</strong> aquisição, a adquirente <strong>de</strong>ve mensurar <strong>os</strong> passiv<strong>os</strong>que são reconhecid<strong>os</strong> separadamente, pelo mais elevado d<strong>os</strong> valores:a quantia que seria reconhecida conforme a <strong>NCRF</strong> 21 11 ;a quantia inicialmente reconhecida men<strong>os</strong>, a amortização reconhecida <strong>de</strong> acordo com a<strong>NCRF</strong> 20 12 .Para <strong>os</strong> contrat<strong>os</strong> que tenham sido contabilizad<strong>os</strong> pela <strong>NCRF</strong> 27 13 , já não se aplica o §29 da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>. Em situações em que haja empréstim<strong>os</strong> com taxas <strong>de</strong> juro mais baixaque o mercado, e não seja p<strong>os</strong>sível a sua compensação, estes <strong>de</strong>vem ser reconhecid<strong>os</strong>inicialmente pelo seu justo valor e <strong>de</strong>pois mensurad<strong>os</strong> <strong>de</strong> acordo com o § 29 da <strong>NCRF</strong><strong>14</strong>.Quando <strong>os</strong> passiv<strong>os</strong> contingentes, são reconhecid<strong>os</strong> separadamente, na imputação docusto <strong>de</strong> uma concentração, então são excluíd<strong>os</strong> do âmbito da <strong>NCRF</strong> 21.10 <strong>NCRF</strong> 6 – Ativ<strong>os</strong> Intangíveis11<strong>NCRF</strong> 21 – Provisões, passiv<strong>os</strong> contingentes e ativ<strong>os</strong> contingentes12<strong>NCRF</strong> 20 – Rédito13<strong>NCRF</strong> 27 – Instrument<strong>os</strong> Financeir<strong>os</strong>25


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoA empesa ABC fundiu-se com a empresa XPTO. A empresa XPTO trocou 200 das suas ações ordinárias, com o valor nominal <strong>de</strong>1,00€ e o valor <strong>de</strong> mercado 2,00€, por 150 ações, com valor nominal <strong>de</strong> 1,00€ que constituem o capital da ABC. Método <strong>de</strong>contabilização:Socieda<strong>de</strong> ABC (Justo valor)Investiment<strong>os</strong> 205,00 Capital 150,00Inventári<strong>os</strong> 310,00 Reservas 240,00Dividas a receber 531,00 (valor acrescido) 6,00Caixa e <strong>de</strong>pósit<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong> 200,00 Dividas a pagar 850,001.246,00 1.246,00Justo valor <strong>de</strong> ABCContabilização da compra:Investiment<strong>os</strong> 400,00a capital 200,00a Prémio 200,00Socieda<strong>de</strong> XPTO (após a compra da soc. XPTO)Investiment<strong>os</strong> 1.400,00 Capital 2.200,00Inventári<strong>os</strong> 1.200,00 Reservas 1.000,00Dividas a receber 1.300,00 Prémio 200,00Caixa e <strong>de</strong>pósit<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong> 650,00 Dividas a pagar 1.150,004.550,00 4.550,00Socieda<strong>de</strong> ABC (Justo valor)Investiment<strong>os</strong> 205,00 Capital 150,00Inventári<strong>os</strong> 310,00 Reservas 240,00Dividas a receber 531,00 (valor acrescido) 6,00Caixa e <strong>de</strong>pósit<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong> 200,00 Dividas a pagar 850,00Socieda<strong>de</strong> XPTO1.246,00 1.246,00+Investiment<strong>os</strong> 1.000,00 Capital 2.000,00Inventári<strong>os</strong> 1.200,00 Reservas 1.000,00Dividas a receber 1.300,00 Dividas a pagar 1.150,00Caixa e <strong>de</strong>pósit<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong> 650,00Socieda<strong>de</strong> ABC + XPT4.150,00 4.150,00=Investiment<strong>os</strong> 1.205,00 Capital 2.200,00Goodwill 4,00 Reservas 1.000,00Inventári<strong>os</strong> 1.510,00 Prémio 200,00Dividas a receber 1.831,00 Dividas a pagar 2.000,00Caixa e <strong>de</strong>pósit<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong> 850,005.400,00 5.400,00Figura nº 1 - Contabilização pelo Método <strong>de</strong> compraElaboração própria. (Valores em €)2.5. GoodwillA <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> inclui o goodwill no justo valor da participada, para além d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>,passiv<strong>os</strong> i<strong>de</strong>ntificáveis e <strong>os</strong> passiv<strong>os</strong> contingentes, se o seu justo valor pu<strong>de</strong>r sermensurado com fiabilida<strong>de</strong>. Segundo o POC, este ativo era amortizado linearmente e26


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoreconhecido como custo. No novo normativo contabilístico, o goodwill não <strong>de</strong>ve seramortizado, mas <strong>de</strong>ve ser sujeito a testes <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> acordo com a <strong>NCRF</strong> 12 <strong>14</strong> . Oteste <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong> consiste em verificar se o goodwill per<strong>de</strong> valor, comparando o justovalor ou quantia recuperável d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong>, face ao valor inicial <strong>de</strong> registo.Existem dois tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> diferenças entre o preço <strong>de</strong> aquisição da adquirida e <strong>os</strong> respetiv<strong>os</strong>just<strong>os</strong> valores <strong>de</strong>sta, esquematicamente:Figura nº 2 – Trespasse/goodwill p<strong>os</strong>itivo e negativoFonte: Joaquim Santana Fernan<strong>de</strong>s fevereiro (2009)À data <strong>de</strong> aquisição, o goodwill adquirido por consequência da aquisição daconcentração empresarial, a adquirente <strong>de</strong>ve reconhecer inicialmente pelo seu custo.Após o reconhecimento inicial, a adquirente <strong>de</strong>ve realizar testes <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong> dogoodwill no mínimo anualmente, ou com maior frequência <strong>caso</strong> se justifique, <strong>de</strong> acordocom a <strong>NCRF</strong> 12, uma vez que o goodwill relativo à aquisição <strong>de</strong> uma concentração <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s empresariais não é amortizável.2.6. DivulgaçãoA adquirente <strong>de</strong>ve divulgar informação, que permita a<strong>os</strong> utentes das <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras, analisarem a natureza, bem como o efeito nas concentrações empresariais,<strong>14</strong><strong>NCRF</strong> 12 – Imparida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ativ<strong>os</strong>27


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãodurante o período, ou mesmo após o encerramento do mesmo mas, antes da autorizaçãoda emissão das <strong>de</strong>monstrações financeiras.3. <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> vs. IFRS 3A <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> é baseada na IFRS 3, que foi adotada pela União Europeia. Analisandotanto a <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> como a IFRS 3 existem algumas diferenças entre uma norma e outra, aIRFS 3 é mais minuci<strong>os</strong>a na explicação das concentrações empresariais, bem como emrelação a<strong>os</strong> ajustament<strong>os</strong>, e outr<strong>os</strong> aspet<strong>os</strong>.DiferençasIFRS 3 Regulamento nº 1606/2002 <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>Do§10 ao §13 Definição, contabilização das concentrações empresariais que envolvem controlo comum, bemÉ omissacomo d<strong>os</strong> interesses minoritári<strong>os</strong>§21 Remete para§27 Ao §31 Orientações adicionais sobre o custo <strong>de</strong> uma concentração empresarial<strong>os</strong> §27 ao §31 daIFRS 3§34 Determina que não há ajustamento ao custo quando não é p<strong>os</strong>sível mensurar com fiabilida<strong>de</strong> esse custo,quando p<strong>os</strong>teriormente for p<strong>os</strong>sível mensurar com fiabilida<strong>de</strong> esse valor, a retribuição adicional <strong>de</strong>ve ser tratada É omissacomo ajustamento no custo da concentração.§ 35 Determina que, po<strong>de</strong> ser exigido um pagamento p<strong>os</strong>terior à adquirida, por compensação <strong>de</strong> redução no valord<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> cedid<strong>os</strong>, instrument<strong>os</strong> <strong>de</strong> capital próprio emitido ou passiv<strong>os</strong> incorrid<strong>os</strong> ou assumid<strong>os</strong> pela adquirente É omissaem troca do controlo da adquirida.§39 é reforçada a aplicação do método <strong>de</strong> compra como forma <strong>de</strong> contabilização, e que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente, se atransação está fechada, ou não concluída por lei, basta que haja a obtenção do controlo, para que seja contabilizada É omissaa aquisição§42 Os contrat<strong>os</strong> <strong>de</strong> pagamento a colaboradores ou a fornecedores da adquirida é uma obrigação presente e é vistacomo um passivo contingente ate ser provado que a concentração está efetuada, após a concretização daconcentração, estes passam a ser consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong> como custo da concentração pela adquirente.§43 No entanto a adquirente não <strong>de</strong>ve reconhecer um passivo por plan<strong>os</strong> <strong>de</strong> reestruturação como parte daimputação do custo da concentração.§44 Po<strong>de</strong> haver a inclusão <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong> ou passiv<strong>os</strong> que não tenham sido anteriormente reconhecid<strong>os</strong> nas<strong>de</strong>monstrações financeiras da adquirida.É omissaÉ omissaÉ omissa§46 Definição <strong>de</strong> ativo intangível <strong>de</strong> acordo com a IAS 38 É omissa§53 Efeito sobre o valor do goodwill por ainda não haver a i<strong>de</strong>ntificação d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>, passiv<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong>contingentes da adquirida, por o goodwill ser inicialmente contabilizado pelo valor residual.É omissa§57 Definição <strong>de</strong> como o ganho <strong>de</strong>ve ser contabilizado e reconhecido <strong>de</strong> acordo com o parágrafo 36. É omissa§59 a §60 Explicação da contabilização <strong>de</strong> concentrações empresariais por fases nas situações em que <strong>os</strong> just<strong>os</strong>valores d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>, passiv<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> i<strong>de</strong>ntificáveis são diferentes na data <strong>de</strong> transação <strong>de</strong> troca, ou situações emque existe a contabilização como um investimento numa associada <strong>os</strong> just<strong>os</strong> valores é aplicado pelo método daequivalência patrimonial.§61 Determina que a contabilização inicial <strong>de</strong> uma concentração empresarial <strong>de</strong>ve envolver a i<strong>de</strong>ntificação e<strong>de</strong>terminação d<strong>os</strong> just<strong>os</strong> valores d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>, passiv<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> contingentes.§64 Tem as instruções da IAS 8 em relação à contabilização <strong>de</strong> um erro, ou seja em que <strong>de</strong>ve haver umareexpressão das DF como não tivesse havido esse erro§71 Acrescenta informação a<strong>os</strong> §66 e §67 sobre as divulgações <strong>de</strong> aquisições efetuadas após a data do balanço masantes da autorização <strong>de</strong> emissão e sobre a informação que <strong>de</strong>ve ser dada a<strong>os</strong> utentes das DF sobre <strong>os</strong> ganh<strong>os</strong> eperdas relacionad<strong>os</strong> com concentrações efetuadas no período e n<strong>os</strong> anterioresApêndice A - tem as várias <strong>de</strong>finiçõesApêndice B - é um suplemento <strong>de</strong> aplicação, ou seja complementa ainda mais a informação d<strong>os</strong> parágraf<strong>os</strong> daIFRS 3Quadro nº 4 – IFRS 3 vs. <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>Elaboração própriaÉ omissaÉ omissaÉ omissaÉ omissa§9 Tem as várias<strong>de</strong>finiçõesÉ omissa28


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoA aplicação do SNC veio influenciar também a parte fiscal, e só assim é que tinhasentido, uma vez que o SNC implica a harmonização das práticas contabilísticas, parahaver comparabilida<strong>de</strong> entre as DF´s <strong>de</strong> diferentes países.Caso não tivesse havido reformulação do código do IRC, continuava a haver o mesmoproblema da dupla contabilida<strong>de</strong>, como existia com as empresas que já eram obrigadas ausar as IFRS´s, por terem títul<strong>os</strong> em negociação no mercado <strong>de</strong> valores.Por ter havido alterações significativas, no código <strong>de</strong> IRC através do Decreto-lei159/2009, será realizada <strong>de</strong> seguida uma análise das implicações fiscais mais focadapara a aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>.4. Implicações fiscais do SNC4.1. Situação anteriorComo diz Bilau (1995), “No direito português, não existe um regime fiscal substantivo,que consi<strong>de</strong>re conjuntamente as diferentes categorias <strong>de</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> a propósito da fusão,o seu regime fiscal <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> operações individualizadas comincidência fiscal própria.”.Com efeito, existem três gran<strong>de</strong>s eix<strong>os</strong> geradores <strong>de</strong> tributação e que são: A transmissão <strong>de</strong> um património; A troca <strong>de</strong> títul<strong>os</strong> <strong>de</strong> participação social; A realização <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> at<strong>os</strong> inerentes à reorganização jurídica.O regime <strong>de</strong> neutralida<strong>de</strong> fiscal, previsto n<strong>os</strong> art.º 67º e seguintes do CIRC, referiaclaramente a obrigatorieda<strong>de</strong> da empresa beneficiária ou incorporante, <strong>de</strong> registar na suacontabilida<strong>de</strong>, <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> transferid<strong>os</strong> da socieda<strong>de</strong> contribuidora ou incorporada, pel<strong>os</strong>valores que esses ativ<strong>os</strong> estavam registad<strong>os</strong> nessa última (isto é utilizar o método dacomunhão <strong>de</strong> interesses na contabilização).Já no que diz respeito à problemática da amortização do trespasse, esta apresenta-se umpouco mais neutral em term<strong>os</strong> fiscais. De facto, a legislação fiscal portuguesa, emterm<strong>os</strong> gerais, proibia a aceitação como custo as amortizações d<strong>os</strong> trespasses(entendid<strong>os</strong> neste <strong>caso</strong> como goodwill). Assim, a contabilização ou não <strong>de</strong>staamortização, não teria efeit<strong>os</strong> fiscais prátic<strong>os</strong>.29


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoNo entanto o art.º17º, do Decreto Regulamentar n.º2/90 (regime fiscal das reintegraçõese amortizações), dizia excecionalmente que, no <strong>caso</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>perecimento efetivo<strong>de</strong>vidamente comprovado, reconhecido pela Direção-Geral das Contribuições eImp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, po<strong>de</strong>riam ser aceites em term<strong>os</strong> fiscais, as amortizações do trespasse.Neste <strong>caso</strong>, a adoção do método da compra iria fazer com que a socieda<strong>de</strong> adquirentebeneficia-se <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>dução à sua matéria coletável por via da amortização dogoodwill. Mas como é observar, só n<strong>os</strong> term<strong>os</strong> da DC 1 e para o método da compra, estaamortização era aceitável do ponto <strong>de</strong> vista contabilístico.Se <strong>os</strong> valores registad<strong>os</strong> na socieda<strong>de</strong> incorporada forem <strong>os</strong> seus just<strong>os</strong> valores, umadada socieda<strong>de</strong> incorporante que esteja obrigada a respeitar o disp<strong>os</strong>to na IFRS 3 (isto éa contabilização da concentração empresarial pelo método da compra), por força docódigo do IRC, não po<strong>de</strong>rá beneficiar do regime especial aplicável às fusões, neleprevisto. Com efeito, esta empresa não po<strong>de</strong>rá registar na sua contabilida<strong>de</strong>, <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>recebid<strong>os</strong> por valor igual ao que estes estavam registad<strong>os</strong> na socieda<strong>de</strong> adquirida, masobrigatoriamente pelo seu justo valor4.2. Situação SNCCom a entrada em vigor do SNC e com as alterações do CIRC, previstas na Lei nº 64-A/2008, Orçamento <strong>de</strong> Estado para 2009, no seu artigo 60.º alínea u) 15 , prevêautorização legislativa, <strong>de</strong> modo a adaptar o CIRC às normas Internacionais <strong>de</strong>Contabilida<strong>de</strong>.Ora, esta alteração legislativa, consubstanciou-se no Decreto-Lei nº. 159/2009, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong>julho, alterando-se, entre outr<strong>os</strong>, o nº.3 do artigo 68º do CIRC 16 , uniformizando-se acontabilida<strong>de</strong> e fiscalida<strong>de</strong> na parte que respeita “Regime especial aplicável as fusões,cisões, entradas <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong> e permutas <strong>de</strong> partes sociais”. Com esta alteração, o métododa comunhão <strong>de</strong> interesses, é eliminado, sendo obrigatório a aplicação do método dacompra, substitui-se a “i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> contabilística”, constante no nº.3 do artigo 68º, do15 “Alterar o regime especial aplicável às fusões, cisões e entradas <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong>, eliminando a exigência <strong>de</strong> que <strong>os</strong>valores patrimoniais transferid<strong>os</strong> sejam inscrit<strong>os</strong> na contabilida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> beneficiária com <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> valoresque tinham na contabilida<strong>de</strong> das socieda<strong>de</strong>s fundidas, cindidas ou contribuidoras.”16 “A aplicação do regime especial <strong>de</strong>termina que a socieda<strong>de</strong> beneficiária mantenha, para efeit<strong>os</strong> fiscais, <strong>os</strong>element<strong>os</strong> patrimoniais objeto <strong>de</strong> transferência pel<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> valores que tinham nas socieda<strong>de</strong>s fundidas, cindidasou na socieda<strong>de</strong> contribuidora antes da realização das operações, consi<strong>de</strong>rando-se que tais valores são <strong>os</strong> queresultam da aplicação das disp<strong>os</strong>ições <strong>de</strong>ste Código ou <strong>de</strong> reavaliações efetuadas ao abrigo <strong>de</strong> legislação <strong>de</strong> caráterfiscal.”30


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoanterior código, pela “integração no d<strong>os</strong>siê fiscal”, d<strong>os</strong> element<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> parasalvaguardar a tributação p<strong>os</strong>terior numa futura transmissão. Assim o artigo 68º doCIRC é renumerado, passando para o artigo 74º. A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> contabilística não secompatibiliza com o método da compra, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser exigido às socieda<strong>de</strong>sbeneficiárias, o registo contabilístico d<strong>os</strong> bens transferid<strong>os</strong>, pel<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> valores, queestavam contabilizad<strong>os</strong> na socieda<strong>de</strong> fundida ou cindida.Para permitir o controlo da <strong>de</strong>terminação d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, inerentes a<strong>os</strong> element<strong>os</strong>patrimoniais transferid<strong>os</strong>, a socieda<strong>de</strong> beneficiária <strong>de</strong>ve integrar no seu d<strong>os</strong>siê fiscal as<strong>de</strong>monstrações financeiras da socieda<strong>de</strong> fundida ou cindida, anteriores à operação <strong>de</strong>fusão/cisão. Deve conter a relação <strong>de</strong>sses bens, com a indicação d<strong>os</strong> valores, pel<strong>os</strong> quaisesses estavam inscrit<strong>os</strong>, na contabilida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> adquirida e <strong>os</strong> valores pel<strong>os</strong> quaisa socieda<strong>de</strong> beneficiária <strong>os</strong> registou na sua contabilida<strong>de</strong>.Da conjugação do novo artigo 74º e 130º., do CIRC, que no <strong>caso</strong> do regime daneutralida<strong>de</strong> fiscal, <strong>de</strong>ve-se também evi<strong>de</strong>nciar no d<strong>os</strong>siê fiscal as <strong>de</strong>preciações eamortizações, as perdas por imparida<strong>de</strong>, as provisões e <strong>os</strong> ajustament<strong>os</strong> em inventári<strong>os</strong>que se encontram registad<strong>os</strong> na socieda<strong>de</strong> fundida/cindida.A socieda<strong>de</strong> beneficiária tem <strong>de</strong> atualizar o referido d<strong>os</strong>siê, com <strong>os</strong> valores relativ<strong>os</strong> aesses bens, até que <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> sejam vendid<strong>os</strong>, transferid<strong>os</strong> ou extint<strong>os</strong>, mantendo-se anão-aceitação como custo fiscal, as perdas por imparida<strong>de</strong> relativas ao goodwill. Estaalteração, para além <strong>de</strong> passar a ser <strong>de</strong> difícil controlo, vai obrigar à utilizaçã<strong>os</strong>istemática <strong>de</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> diferid<strong>os</strong>, iniciada com a contabilização da concentração <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s empresariais e apenas terminado quando alienação/abate <strong>de</strong> cada um d<strong>os</strong>ativ<strong>os</strong> associado a esses imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> diferid<strong>os</strong>.Prevê-se nas concentrações <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais a p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong>prejuíz<strong>os</strong> fiscais (art.º 75.º n.º 1 do CIRC), para que <strong>os</strong> prejuíz<strong>os</strong> fiscais das socieda<strong>de</strong>sadquiridas p<strong>os</strong>sam ser <strong>de</strong>duzid<strong>os</strong> <strong>os</strong> lucr<strong>os</strong> tributáveis da nova socieda<strong>de</strong>, ou dasocieda<strong>de</strong> incorporante, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seja concedida autorização pelo Ministro dasFinanças.Não foi só o código <strong>de</strong> IRC que teve impact<strong>os</strong> com a aplicação do SNC, também otrabalho <strong>de</strong> auditora teve <strong>de</strong> ser reajustado. Os auditores passam a ter um esforçoadicional para a preparação e estudo relativo á implementação do SNC, mas mais ainda31


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoem relação á aplicação <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>. De seguida serão verificad<strong>os</strong> <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> na auditoriapela aplicação do SNC, mais concretamente pela <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>.5. A Auditoria e o SNCDe acordo com o Handbook of International Standards on Auditing, Assurance, andEthics Pronouncements, emitido pelo IFAC em 2008 através ISA 200 17 , o objetivo <strong>de</strong>uma auditoria às <strong>de</strong>monstrações financeiras, consiste em recolher evidência tal quepermita ao auditor emitir uma opinião profissional e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> que as<strong>de</strong>monstrações financeiras foram preparadas, em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> aspet<strong>os</strong> materialmenterelevantes, <strong>de</strong> acordo com <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> contabilístic<strong>os</strong>, ou referencial contabilístico,aplicável. O auditor <strong>de</strong>ve planear o trabalho a executar numa entida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>finir anatureza, extensão, profundida<strong>de</strong> e oportunida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> a adotarconsi<strong>de</strong>rando o risco <strong>de</strong>terminado e <strong>os</strong> limites <strong>de</strong> materialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finid<strong>os</strong>.A Diretriz <strong>de</strong> Revisão/Auditoria (DRA 842) 18 , discrimina o manual <strong>de</strong> procediment<strong>os</strong>do trabalho do auditor em relação às fusões, que em muito se assemelha a umaconcentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais.5.1. A materialida<strong>de</strong> no trabalho <strong>de</strong> auditoriaO que é a materialida<strong>de</strong>?Segundo as Normas Técnicas emanadas da Or<strong>de</strong>m d<strong>os</strong> Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas(Normas Técnicas da OROC, § <strong>14</strong>): “Consi<strong>de</strong>ra-se que uma informação ématerialmente relevante se a sua omissão ou distorção pu<strong>de</strong>r influenciar as <strong>de</strong>cisõesd<strong>os</strong> utilizadores das <strong>de</strong>monstrações financeiras.”As normas que regulamentam a prática da auditoria e <strong>de</strong>finem o mo<strong>de</strong>lo que o auditor<strong>de</strong>ve seguir no controlo do risco <strong>de</strong> auditoria. Na sua essência, este mo<strong>de</strong>lo relaciona orisco <strong>de</strong> auditoria, com a prova que o auditor necessita obter para formar a sua opinião.Os parágraf<strong>os</strong> <strong>14</strong> e 15 das Normas Técnicas <strong>de</strong> Revisão/Auditoria estabelecem que, na<strong>de</strong>terminação do risco, o auditor <strong>de</strong>ve recorrer ao seu julgamento profissional, tendo emconta a materialida<strong>de</strong> e o relacionamento <strong>de</strong>sta com o risco.17ISA 200 – Objetivo e Princípi<strong>os</strong> Gerais que Regem uma Auditoria <strong>de</strong> Demonstrações Financeiras.18 DRA 842 – Fusão <strong>de</strong> Socieda<strong>de</strong>s32


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoA DRA 320 <strong>de</strong>fine as normas e linhas <strong>de</strong> orientação relativas ao conceito <strong>de</strong>materialida<strong>de</strong> e a sua relação com o risco <strong>de</strong> auditoria: Quando o auditor/revisor <strong>de</strong>termina a natureza, extensão, profundida<strong>de</strong> eoportunida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> <strong>de</strong> revisão/auditoria; Quando o auditor/revisor avalia o efeito das distorções.A materialida<strong>de</strong> incorpora aspet<strong>os</strong> qualitativ<strong>os</strong> (que implicam maior complexida<strong>de</strong> eexigem do auditor um maior grau <strong>de</strong> experiência e perspicácia) e quantitativ<strong>os</strong>, nãopo<strong>de</strong>ndo por isso ser <strong>de</strong>finida através <strong>de</strong> um cálculo matemático, previamenteestabelecido. Na <strong>de</strong>finição da materialida<strong>de</strong> têm <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>radas as circunstânciasparticulares da omissão e da distorção.São realizadas chamadas <strong>de</strong> atenção, para efetuar correções que enten<strong>de</strong>r pertinentes <strong>de</strong>acordo com as situações apresentadas, o auditor <strong>de</strong>ve avaliar o conjunto das distorçõesque se mantiveram face à materialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finida, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>de</strong>correrão três cenári<strong>os</strong>: As distorções são superiores ao nível <strong>de</strong> materialida<strong>de</strong>; As distorções ficam abaixo do nível <strong>de</strong> materialida<strong>de</strong>; As distorções aproximam-se muito do nível <strong>de</strong> materialida<strong>de</strong>.No <strong>caso</strong> <strong>de</strong> as distorções não corrigidas estarem acima do nível <strong>de</strong> materialida<strong>de</strong>, oauditor <strong>de</strong>ve verificar se <strong>os</strong> err<strong>os</strong> específic<strong>os</strong> chegariam para atingir a materialida<strong>de</strong> nãoconsi<strong>de</strong>rando <strong>os</strong> err<strong>os</strong> estimad<strong>os</strong>. Se esta situação se confirmar o auditor <strong>de</strong>veconsi<strong>de</strong>rar o efeito <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> err<strong>os</strong> na formação da sua opinião, <strong>caso</strong> contrário, <strong>de</strong>verárealizar procediment<strong>os</strong> alternativ<strong>os</strong> <strong>de</strong> forma a confirmar a exatidão d<strong>os</strong> err<strong>os</strong> estimad<strong>os</strong>e a formar a sua opinião com base nessas conclusões. Por outro lado, quando o conjuntod<strong>os</strong> err<strong>os</strong> fica abaixo da materialida<strong>de</strong>, o auditor não <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar <strong>os</strong> efeit<strong>os</strong> <strong>de</strong>stes,não afetando por conseguinte a sua opinião.33


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoConhecimentodo negócioDF`sIntercalaresProcediment<strong>os</strong>analític<strong>os</strong>Avaliação doriscoMATERIALIDADERiscoAvaliaçãodo SistemadoControloDF`sPrograma<strong>de</strong> trabalhoTestesConclusõesMATERIALIDADERelatório <strong>de</strong> AuditoriaControl<strong>os</strong>Substantiv<strong>os</strong>Figura nº 3 - O caminho da RevisãoFonte: Material <strong>de</strong> Apoio, Curso <strong>de</strong> preparação <strong>de</strong> Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas, Módulo IV5.2. .Definição <strong>de</strong> Risco em AuditoriaSegundo o IIA, o risco é a p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> da ocorrência <strong>de</strong> um evento, que p<strong>os</strong>sa terimpacto sobre o alcance <strong>de</strong> objetiv<strong>os</strong>. O risco é medido em term<strong>os</strong> <strong>de</strong> impacto eprobabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência.A DRA 400 19 , é a norma que contém o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação do risco <strong>de</strong> revisão/auditoria. De acordo com esta norma, o risco <strong>de</strong> auditoria consiste na “suscetibilida<strong>de</strong>do revisor/auditor dar uma opinião <strong>de</strong> revisão/auditoria inapropriada quando as<strong>de</strong>monstrações financeiras estejam distorcidas <strong>de</strong> forma materialmente relevante”.No que respeita às Normas Internacionais <strong>de</strong> Auditoria, o mo<strong>de</strong>lo surge essencialmentena ISA 315 20 e na ISA 330 21 . O modo <strong>de</strong> funcionamento do mo<strong>de</strong>lo, assim como <strong>os</strong>seus objetiv<strong>os</strong>, são comuns em amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> referenciais.Em term<strong>os</strong> resumid<strong>os</strong>, o auditor consi<strong>de</strong>ra a avaliação do risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>teção (RD) 22 , comoresultado d<strong>os</strong> restantes e este influenciará a natureza, tempestivida<strong>de</strong> e extensão d<strong>os</strong>procediment<strong>os</strong> <strong>de</strong> auditoria a adotar, <strong>de</strong> modo a que o risco <strong>de</strong> auditoria (RA) sejaa<strong>de</strong>quado para o âmbito do trabalho. Significa isto, a título exemplificativo:RA= RI 23 × RC 24 × RD19 DRA 400 - Validação do Risco <strong>de</strong> Revisão/Auditoria20 ISA 315 - Compreensão da Entida<strong>de</strong> e do Seu Ambiente e Avaliar <strong>os</strong> Risc<strong>os</strong> <strong>de</strong> Distorção Material21 ISA 330 - Os Procediment<strong>os</strong> do Auditor em Resp<strong>os</strong>ta a Risc<strong>os</strong> Avaliad<strong>os</strong>22 Risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>teção - consiste na p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> substantiv<strong>os</strong> executad<strong>os</strong> pelo auditor não<strong>de</strong>tetarem as distorções materialmente relevantes nas contas da empresa23Risco inerente - consiste na p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existirem distorções materialmente relevantes nas contas,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> existirem ou não control<strong>os</strong> intern<strong>os</strong> na empresa.24 Risco <strong>de</strong> controlo - consiste na p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> das distorções inerentes à empresa e à sua ativida<strong>de</strong> não seremevitadas ou <strong>de</strong>tetadas e corrigidas atempadamente pel<strong>os</strong> control<strong>os</strong> intern<strong>os</strong> da empresa34


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoRisco InerenteRisco <strong>de</strong> ControloRisco <strong>de</strong> DeteçãoRisco <strong>de</strong> Revisão/AuditoriaFigura nº 4 – Síntese do RiscoFonte: Baptista da C<strong>os</strong>ta (2000), “Auditoria Financeira teoria e prática” 7ª edição página 132Analisando esta imagem verifica-se o seguinte: A torneira <strong>de</strong> água reflete a totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> err<strong>os</strong> que po<strong>de</strong>m afetar as<strong>de</strong>monstrações financeiras da empresa, representam o nível <strong>de</strong> risco inerente. O primeiro filtro a<strong>os</strong> err<strong>os</strong> representa <strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> <strong>de</strong> controlo interno daempresa, que quanto mais eficiente e eficaz for, mais diminui a probabilida<strong>de</strong>d<strong>os</strong> err<strong>os</strong> passarem e sem serem <strong>de</strong>tetad<strong>os</strong>, o que diz respeito ao risco <strong>de</strong>controlo. O segundo e último filtro d<strong>os</strong> err<strong>os</strong>, consiste no trabalho do auditor, n<strong>os</strong>procediment<strong>os</strong> que ele executa para <strong>de</strong>tetar <strong>os</strong> err<strong>os</strong> que conseguiram passar pelofiltro anterior – representa o risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>teção.A água que passar <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>stes dois filtr<strong>os</strong>, representa <strong>os</strong> err<strong>os</strong> não filtrad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong>procediment<strong>os</strong> intern<strong>os</strong> e não <strong>de</strong>tetad<strong>os</strong> pelo revisor no <strong>de</strong>curso do seu trabalho –representa o risco <strong>de</strong> revisão/auditoria.5.3. Controlo InternoA DRA 410 25 e a ISA 315 dão importantes indicações ao auditor, para verificar se oSistema <strong>de</strong> Controlo Interno <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> funciona e merece a confiança do auditor.O controlo interno po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido, como o processo concebido, implementado emantido pel<strong>os</strong> responsáveis pela governação, gestão e outro pessoal para proporcionar25 DRA 410 – Controlo Interno35


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçã<strong>os</strong>egurança razoável que permita atingir <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da entida<strong>de</strong> relativamente àcredibilida<strong>de</strong> do relato financeiro, eficácia e eficiência das operações e cumprimento dasleis e regulament<strong>os</strong> aplicáveis.Neste sentido, as normas distinguem 5 componentes no SCI, esquematizadas na imagemseguinte:Figura nº 5 – Componentes do Sistema <strong>de</strong> Controlo InternoFonte: COSO Report (1994), Exhibit 1, pág 17A base da pirâmi<strong>de</strong> é o ambiente <strong>de</strong> controlo, que <strong>de</strong>ve ser o primeiro ponto a analisarpelo auditor, uma vez que <strong>de</strong>fine o modo como a organização se estrutura, se comunica,etc. Se não existir um ambiente <strong>de</strong> controlo favorável, o CI da empresa não funciona e oauditor <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>finir o risco <strong>de</strong> controlo como elevado.O segundo patamar diz respeito à avaliação do risco feita pela entida<strong>de</strong>. Aqui o auditor<strong>de</strong>ve verificar se a empresa fez uma correta avaliação d<strong>os</strong> risc<strong>os</strong> empresariais, ou seja,das situações que po<strong>de</strong>m potencialmente conduzir a distorções e se são merecedoras <strong>de</strong>control<strong>os</strong>.O terceiro patamar diz respeito a<strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> <strong>de</strong> controlo, que são as políticas eprocediment<strong>os</strong> implementad<strong>os</strong> pela empresa, no sentido <strong>de</strong> atingir <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong><strong>de</strong>finid<strong>os</strong> e <strong>de</strong> eliminar <strong>os</strong> p<strong>os</strong>síveis err<strong>os</strong>.No topo da pirâmi<strong>de</strong> está a monitorização, que é a componente responsável poracompanhar o <strong>de</strong>sempenho do CI ao longo do tempo, uma vez que é normal que, com o<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico atual, <strong>os</strong> control<strong>os</strong> se tornem <strong>de</strong>sajustad<strong>os</strong> e<strong>de</strong>satualizad<strong>os</strong>.36


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoO principal objetivo d<strong>os</strong> control<strong>os</strong> implementad<strong>os</strong> pela empresa, é garantir que todas astransações são corretamente registadas, autorizadas, reais, valorizadas corretamente econtabilizadas na conta a<strong>de</strong>quada e no período correto, ou seja, querem garantir atotalida<strong>de</strong> das operações.No entanto, a existência numa empresa <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> controlo interno, mesmo queseja muito eficiente e organizado, não garante que não existam err<strong>os</strong>, irregularida<strong>de</strong>s oufrau<strong>de</strong>s. Estas situações po<strong>de</strong>m ser influenciadas por divers<strong>os</strong> fatores, tais como, a faltaempenho e participação d<strong>os</strong> órgã<strong>os</strong> <strong>de</strong> gestão na implementação e manutenção d<strong>os</strong>istema <strong>de</strong> controlo, a própria dimensão da empresa. Uma empresa <strong>de</strong> menor dimensãotorna-se mais difícil a implementação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> controlo interno. Para além d<strong>os</strong>enumerad<strong>os</strong> existem outr<strong>os</strong> fatores que potenciam a ocorrência <strong>de</strong>stas situações.5.3.1. Impacto no controlo interno pela aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>Em relação a<strong>os</strong> impact<strong>os</strong> no controlo interno com a aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, na empresaadquirente são relativamente pouc<strong>os</strong>, uma vez que o controlo interno <strong>de</strong>verá funcionarda mesma forma. A concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais implica é que também hajaconhecimento d<strong>os</strong> control<strong>os</strong> interno das adquirentes, bem como a análise da boaaplicação <strong>de</strong>les e se são eficientes e eficazes.São exempl<strong>os</strong> <strong>de</strong> controlo interno: A administração: coor<strong>de</strong>nar, autorizar as aquisições, vendas, e abates/<strong>de</strong>struição<strong>de</strong> ativ<strong>os</strong>, passiv<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> contingentes; A segregação <strong>de</strong> funções, aquisição, registo, custódia, contabilização,pagamento e recebiment<strong>os</strong>; Outro procedimento <strong>de</strong> controlo interno <strong>de</strong> extrema relevância, é a numeraçã<strong>os</strong>equencial <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> document<strong>os</strong> produzid<strong>os</strong>: notas <strong>de</strong> encomenda, notas <strong>de</strong>crédito, notas <strong>de</strong> débito, faturas, recib<strong>os</strong>, guias <strong>de</strong> entrada em armazém, etc.Mesmo <strong>os</strong> document<strong>os</strong> anulad<strong>os</strong> não <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>struíd<strong>os</strong>, <strong>de</strong> modo a persistirevidência da sua não utilização.37


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação5.4. O planeamento do trabalho <strong>de</strong> auditoriaUm d<strong>os</strong> fatores que mais impedia <strong>os</strong> auditores a utilizar procediment<strong>os</strong> analític<strong>os</strong> <strong>de</strong>auditoria segundo, Ameen e Strawser (1994), era a restrição imp<strong>os</strong>ta pelo orçamentotemporal d<strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> <strong>de</strong> auditoria e a significativa evolução ao nível <strong>de</strong> ferramentasinformáticas (recurs<strong>os</strong> tecnológic<strong>os</strong>) disponíveis para <strong>os</strong> auditores. Neste trabalho, estesautores concluem, ainda, que a utilização <strong>de</strong> testes substantiv<strong>os</strong> analític<strong>os</strong> é consistenteem qualquer uma das fases do trabalho <strong>de</strong> auditoria, ou seja, no planeamento, naexecução e recolha <strong>de</strong> evidências e na fase <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> opinião. Neste trabalhoconclui-se, finalmente, que durante a fase <strong>de</strong> execução, o aumento do recurso aprocediment<strong>os</strong> analític<strong>os</strong> por parte d<strong>os</strong> auditores tem sido bastante significativo n<strong>os</strong>últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>.De acordo com a ISA 300 26 , o planeamento <strong>de</strong> uma auditoria enten<strong>de</strong>-se como o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma estratégia geral e <strong>de</strong> uma abordagem/metodologia <strong>de</strong>talhadarelativamente à natureza, tempestivida<strong>de</strong> e extensão esperadas d<strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> a seremexecutad<strong>os</strong> na entida<strong>de</strong> auditada. Para que exista um bom planeamento é necessário queexista um a<strong>de</strong>quado conhecimento sobre as ativida<strong>de</strong>s, fatores económic<strong>os</strong>, legislaçãoaplicável e práticas operacionais da entida<strong>de</strong>. Neste sentido o objetivo do auditor é o <strong>de</strong>planear a auditoria <strong>de</strong> maneira a que esta seja executada eficazmente e tempestivamente<strong>de</strong> forma a reduzir o risco <strong>de</strong> auditoria.O trabalho <strong>de</strong> auditoria é comp<strong>os</strong>to geralmente por um conjunto <strong>de</strong> fases bem <strong>de</strong>finidase estruturadas, sendo a fase do planeamento <strong>de</strong> elevada importância. A primeira fase <strong>de</strong>um trabalho <strong>de</strong> auditoria consiste no planeamento prévio, em que o auditor <strong>de</strong>fine aabordagem que irá fazer, para que o objetivo do mesmo seja atingido <strong>de</strong> forma eficaz eeficiente. Esta fase inicial consiste no conhecimento da entida<strong>de</strong> e do seu ambienteincluindo o seu controlo interno. É com esta informação que o auditor vai i<strong>de</strong>ntificar asáreas <strong>de</strong> auditoria mais significativas, por terem subjacentes transações eaconteciment<strong>os</strong> potenciadores <strong>de</strong> distorções materialmente relevantes na informaçãofinanceira e, por conseguinte, avaliar o risco <strong>de</strong> distorção material das <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras. O auditor efetua a avaliação preliminar do risco <strong>de</strong> distorção material aonível das <strong>de</strong>monstrações financeiras como um todo e ao nível da asserção para sald<strong>os</strong> <strong>de</strong>contas, classes <strong>de</strong> transações e divulgações.26 Planear uma Auditoria <strong>de</strong> Demonstrações Financeiras38


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação5.4.1. Impacto no planeamento pela aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>Segundo a ISA 315, a obtenção do conhecimento da entida<strong>de</strong> e do seu ambiente, passapela compreensão d<strong>os</strong> seguintes aspet<strong>os</strong>: Fatores setoriais, reguladores e outr<strong>os</strong> fatores extern<strong>os</strong>, incluindo a estruturaconceptual <strong>de</strong> relato financeiro aplicável; A natureza da entida<strong>de</strong>, incluindo a seleção e aplicação <strong>de</strong> políticascontabilísticas, as operações da entida<strong>de</strong>, a sua proprieda<strong>de</strong>, governação,estrutura, investiment<strong>os</strong> e modo <strong>de</strong> financiamento. O conhecimento <strong>de</strong>stesfatores leva o auditor a compreen<strong>de</strong>r as classes <strong>de</strong> transações, sald<strong>os</strong> <strong>de</strong> contas edivulgações que espera encontrar nas <strong>de</strong>monstrações financeiras; Os objetiv<strong>os</strong>, estratégias e <strong>os</strong> risc<strong>os</strong> <strong>de</strong> negócio relacionad<strong>os</strong>, que p<strong>os</strong>samresultar numa distorção material das <strong>de</strong>monstrações financeiras. O risco donegócio é mais vasto do que o risco <strong>de</strong> distorção das <strong>de</strong>monstrações financeiras,se bem que inclua o último. A maior parte d<strong>os</strong> risc<strong>os</strong> do negócio teráeventualmente consequências financeiras e, por isso, um efeito nas DF´s; A mensuração e revisão do <strong>de</strong>sempenho financeiro da entida<strong>de</strong>, uma vez que asmedidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, quer sejam internas ou externas, criam pressão sobre aentida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo levar o órgão <strong>de</strong> gestão a distorcer as <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras.A aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> veio influenciar o trabalho <strong>de</strong> planeamento <strong>de</strong> auditoria, umavez que, é necessário verificar, até que ponto <strong>os</strong> just<strong>os</strong> valores d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>, passiv<strong>os</strong> epassiv<strong>os</strong> contingentes da adquirida estão bem reconhecid<strong>os</strong>. Ao efetuar o planeamento<strong>de</strong> auditoria numa concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais, o auditor <strong>de</strong>ve tambémverificar se <strong>os</strong> testes <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong> exigid<strong>os</strong>, mais concretamente do goodwill, estão ounão <strong>de</strong>vidamente efetuad<strong>os</strong>.5.5. Implicações no relato <strong>de</strong> auditoriaNo seu trabalho, o auditor com a entrada do SNC viu-se obrigado a analisar mais<strong>de</strong>monstrações financeiras obrigatórias por este normativo, tais como a Demonstraçãodas Alterações <strong>de</strong> Capital Próprio e d<strong>os</strong> Flux<strong>os</strong> <strong>de</strong> Caixa.39


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoApós a conclusão do trabalho <strong>de</strong> auditoria, o auditor <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r á elaboração do seurelatório <strong>de</strong> auditoria em conformida<strong>de</strong> com o nº 3 do artigo 451º do CSC, umdocumento <strong>de</strong> Certificação Legal das Contas (CLC). Este documento inclui divers<strong>os</strong>aspet<strong>os</strong>, d<strong>os</strong> quais se salienta o parecer (opinião) sobre se as <strong>de</strong>monstrações financeirasapresentam ou não, <strong>de</strong> forma verda<strong>de</strong>ira e apropriada, e <strong>de</strong> acordo com <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong>contabilístic<strong>os</strong> geralmente aceites, a p<strong>os</strong>ição financeira e <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> da empresareportad<strong>os</strong> a uma <strong>de</strong>terminada data. Apesar do auditor atestar a valida<strong>de</strong> das DF´s, n<strong>os</strong>eu relato <strong>os</strong> auditores continuam a evi<strong>de</strong>nciar que a preparação das <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras é da responsabilida<strong>de</strong> da administração ou gerentes.A aplicação do SNC teve impacto no relato <strong>de</strong> auditoria, quando existe ajustament<strong>os</strong> <strong>de</strong>valores pelo efeito da aplicação do SNC, na CLC também é evi<strong>de</strong>nciado o efeito e ovalor <strong>de</strong>ssa mesma reconciliação, remetendo a sua explicação para o ponto 1.4 doAnexo as Demonstrações Financeiras.5.5.1. Impacto no relato pela aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>De acordo com o nº 1 do artigo 508.º-D do Código das Socieda<strong>de</strong>s Comerciais (CSC) aentida<strong>de</strong> que elabora as contas consolidadas <strong>de</strong>ve submetê-las a exame pelo ROC e pel<strong>os</strong>eu órgão <strong>de</strong> fiscalização.A aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> para além <strong>de</strong> implicar um trabalho adicional no planeamento egestão <strong>de</strong> risc<strong>os</strong>, também influência o relato <strong>de</strong> auditoria. O reconhecimento <strong>de</strong> umaconcentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais po<strong>de</strong> ter efeit<strong>os</strong> bastante significativ<strong>os</strong> namaterialida<strong>de</strong> das <strong>de</strong>monstrações financeiras. Há err<strong>os</strong> que o auditor aceita err<strong>os</strong> por nãoafetem a materialida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>finiu, no entanto a análise das <strong>de</strong>monstrações financeiras<strong>de</strong> uma concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s comercias, incorre num factor bastante importanteque é o goodwill. Este po<strong>de</strong> atingir valores muito alt<strong>os</strong>, pelo que um maureconhecimento ou a não realização <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>, obriga o auditor no seurelato a evi<strong>de</strong>nciar que tal facto afeta a sua opinião.40


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoII - Metodologia6. Abordagem metodológicaPara alcançar <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> prop<strong>os</strong>t<strong>os</strong> <strong>de</strong>ste projeto, que se traduzem na aplicação da<strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> a nível económico e financeiro, foi realizada uma análise quantitativa equalitativa, das principais diferenças e alterações face à aplicação do SNC. Assim,previamente são apresentadas as am<strong>os</strong>tras <strong>de</strong> carater quantitativo (1) e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> índolequalitativo (2).Por fim, tecem-se as conclusões, on<strong>de</strong> são exp<strong>os</strong>tas <strong>de</strong> forma resumida as conclusõesretiradas do estudo do <strong>caso</strong> prático6.1. Análise quantitativaPara Encarnação (2009), a estrutura que melhor caracteriza o conhecimento económicoou seja, as informações sobre a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rada útil pel<strong>os</strong> seusutilizadores na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, é a informação contabilística, pois esta representadad<strong>os</strong> sob o formato <strong>de</strong> númer<strong>os</strong>, símbol<strong>os</strong>, fórmulas, que respeitam à situação evariação <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong>, passiv<strong>os</strong> e resultad<strong>os</strong> <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong>.Segundo McLeay e Stevenson (2006) a utilização d<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> por analistaspara comparar o <strong>de</strong>sempenho das entida<strong>de</strong>s com <strong>os</strong> seus concorrentes (nacionais einternacionais) e <strong>de</strong> um período para o seguinte tem-se <strong>de</strong>monstrado <strong>de</strong> importânciacrescente com a atual e continuada integração económica europeia.De acordo com Sant<strong>os</strong> (1987), o fundo <strong>de</strong> maneio é geralmente <strong>de</strong>finido como oconjunto <strong>de</strong> valores submetid<strong>os</strong> às transformações cíclicas <strong>de</strong> curto prazo, cujo <strong>de</strong>stinonormal, no final <strong>de</strong> cada ciclo <strong>de</strong> exploração, é a sua reutilização em nov<strong>os</strong> cicl<strong>os</strong>,garantindo à empresa uma margem <strong>de</strong> segurança que lhe permita a<strong>de</strong>quar, a todo otempo, a cadência <strong>de</strong> transformação d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> às exigências d<strong>os</strong> credores.O conceito <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> maneio está, então, intimamente relacionado com a <strong>de</strong>nominadaregra <strong>de</strong> ouro da gestão financeira, segundo Moreira (1997), p.138 “Os capitaisutilizad<strong>os</strong> pela empresa no seu financiamento em ativ<strong>os</strong> <strong>de</strong>vem ter uma maturida<strong>de</strong>(período em que estão ao seu dispor) igual ou superior à vida económica <strong>de</strong>stes(período <strong>de</strong> permanência na empresa).”41


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoNeste contexto do dia-a-dia financeiro, é relevante perceber se um indicador financeiro,que se expressa numa unida<strong>de</strong> métrica, é suficiente para uma análise a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>comparação <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s e das tendências financeiras.Segundo Cohen (1996), a “relação fundamental <strong>de</strong> tesouraria” é o núcleo da análiseestática do equilíbrio financeiro, utilizando para a sua operacionalização, o indicador<strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> Tesouraria Líquida.A tesouraria líquida está relacionada com o ciclo <strong>de</strong> financiamento <strong>de</strong> curto prazo,po<strong>de</strong>ndo ser <strong>de</strong>terminada pela diferença entre a tesouraria ativa 27 e a tesourariapassiva 28 .No SNC, a Demonstração d<strong>os</strong> Resultad<strong>os</strong> não tem uma separação clara entre <strong>os</strong> gast<strong>os</strong> e<strong>os</strong> rendiment<strong>os</strong>, no entanto permite, o cálculo direto <strong>de</strong> alguns indicadores que seassumem <strong>de</strong> particular relevância para <strong>os</strong> investidores. Indicadores estes especialmentevocacionad<strong>os</strong> para o mercado financeiro, como são <strong>os</strong> cas<strong>os</strong> do EBITDA e EBIT.Segundo Neto (2002), o EBITDA correspon<strong>de</strong> ao conceito restrito <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> caixaoperacional da empresa apurado antes do cálculo do imp<strong>os</strong>to sobre <strong>os</strong> lucr<strong>os</strong>.O EBITDA correspon<strong>de</strong> parcialmente ao resultado operacional da entida<strong>de</strong> antes dasfunções e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento, financeira e fiscal. E é um avaliador do verda<strong>de</strong>iro<strong>de</strong>sempenho operacional <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong>, mas com uma forte preocupação <strong>de</strong> fornecerinformações a<strong>os</strong> investidores no mercado, numa lógica subtrativa da evi<strong>de</strong>nciação daformação do resultado líquido do períodoDe acordo com Copeland (1996), o EBIT inclui tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> itens operacionais,inclusive a maioria das receitas e <strong>de</strong>spesas. Excluem-se receitas e <strong>de</strong>spesas financeiras.O estudo <strong>de</strong>senvolvido por McLeay e Stevenson (2006) assentou também em variáveiscomo o capital próprio, ativo total, passivo total, vendas/volume <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong> e cust<strong>os</strong>totais, consi<strong>de</strong>radas das mais relevantes, em term<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> e em term<strong>os</strong> <strong>de</strong> relato. Aconjugação <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>stas variáveis permite construir o indicador financeirochamado “Return on Equity”, consi<strong>de</strong>rado d<strong>os</strong> mais relevantes para <strong>os</strong> stakehol<strong>de</strong>rs.O estudo <strong>de</strong>senvolvido por Demerjian (2007), analisa o impacto da informação extraída<strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> na <strong>de</strong>terminação do risco <strong>de</strong> crédito, com base no <strong>de</strong>vedor ou nascaracterísticas do contrato.27 - Disponibilida<strong>de</strong>s, acréscim<strong>os</strong> e diferiment<strong>os</strong>, e outr<strong>os</strong> <strong>de</strong>vedores <strong>de</strong> curto prazo que não sejam <strong>de</strong> exploração28-Dívidas <strong>de</strong> financiamento <strong>de</strong> curto prazo e outr<strong>os</strong> credores que não sejam <strong>de</strong> exploração42


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoCor<strong>de</strong>iro et al. (2007) efetuaram um estudo sobre <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> em Portugal da adoçãodas IAS/IFRS, que incidiu sobre as contas consolidadas <strong>de</strong> 39 empresas inseridas nomercado <strong>de</strong> valores da Euronext <strong>de</strong> Lisboa, que adotaram no seu relato as normaseuropeias a partir <strong>de</strong> 2005.De acordo com <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> da análise efetuada, a aplicação das IAS/IFRSoriginou algumas variações importantes, tais como: O balanço apresentou um aumento médio <strong>de</strong> 7 milhões <strong>de</strong> eur<strong>os</strong>, quecorrespon<strong>de</strong> a uma variação p<strong>os</strong>itiva <strong>de</strong> 1,50%, resultante principalmente d<strong>os</strong>ajustament<strong>os</strong> para ativ<strong>os</strong> fix<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> e <strong>de</strong> dívida: Os resultad<strong>os</strong> consolidad<strong>os</strong> apresentaram um aumento médio <strong>de</strong> <strong>14</strong>,66% (1milhão <strong>de</strong> eur<strong>os</strong>), face à aplicação do POC:Segundo <strong>os</strong> autores não é p<strong>os</strong>sível apurar um padrão inequívoco <strong>de</strong> comportamento dasvariações (absoluto e percentual), quer a nível do balanço quer a nível da <strong>de</strong>monstraçãod<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>. Face às variações verificadas, será <strong>de</strong> assumir que haverá impact<strong>os</strong> nasrelações económicas e financeiras das empresas, nomeadamente, numa distorção do<strong>de</strong>sempenho e das condições financeiras das empresas.No estudo foram consi<strong>de</strong>radas as variações <strong>de</strong> dois ráci<strong>os</strong> vocacionad<strong>os</strong> para a análiseacionista, Price Earning Ratio (PER) e Earnings Per Share (EPS). Na pesquisa <strong>os</strong>resultad<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> sugerem, tanto com base no PER, como no EPS, uma pequena perdapara <strong>os</strong> acionistas.O PER variou 50,6 em valor, o que representa uma diminuição do potencial dasempresas <strong>de</strong> crescimento no mercado <strong>de</strong> valores e um aumento no nível <strong>de</strong> risco. Osráci<strong>os</strong> PER e EPS sugerem <strong>de</strong>preciação na p<strong>os</strong>ição d<strong>os</strong> acionistas com a aplicação dasIAS/IFRS. Em conclusão, este estudo não i<strong>de</strong>ntificou diferenças significativas na forma<strong>de</strong> adaptar a contabilida<strong>de</strong> para as normas IAS/IFRS entre as empresas, mesmo queinseridas em setores diferentes. Por outro lado, as variações percentuais <strong>de</strong> alguns itensdo balanço e da <strong>de</strong>monstração d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, no seio <strong>de</strong> algumas empresas, sã<strong>os</strong>imilares.A PriceWaterCoopers (2009) consi<strong>de</strong>ra que, a adoção do SNC em Portugal o aproximad<strong>os</strong> restantes países europeus, tendo reflexo p<strong>os</strong>itivo no acesso ao crédito e no processo<strong>de</strong> internacionalização. Além disso po<strong>de</strong>rá conduzir a impact<strong>os</strong> relevantes n<strong>os</strong> capitaisprópri<strong>os</strong>, n<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> e em ráci<strong>os</strong> relevantes.43


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoA gestão <strong>de</strong>ve incluir o novo enquadramento <strong>de</strong> valorização (justo valor) e <strong>de</strong> relatofinanceiro n<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> <strong>de</strong> administração <strong>de</strong> negócio. Este método <strong>de</strong> mensuração,evi<strong>de</strong>ncia a importância das metodologias e fontes <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação do justo valor.O estudo <strong>de</strong>senvolvido pelo ICAEW em 2007 preten<strong>de</strong>u aferir sobre, a qualida<strong>de</strong> dainformação financeira, prestada pelas entida<strong>de</strong>s com a adoção das IAS/IFRS. EmPortugal julga-se que, com a entrada em vigor do SNC, <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> sejam semelhantes,havendo assim uma melhoria generalizada da qualida<strong>de</strong> da informação financeira.Conceição (2009) realizou um estudo on<strong>de</strong> analisa a a<strong>de</strong>são ao justo valor nas empresasportuguesas, após a adoção das normas internacionais, sobre <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> fix<strong>os</strong>,<strong>de</strong>signadamente <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> fix<strong>os</strong> tangíveis e intangíveis e as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>investimento. Foi também objetivo <strong>de</strong>ste estudo, i<strong>de</strong>ntificar <strong>os</strong> fatores explicativ<strong>os</strong><strong>de</strong>ssas opções contabilísticas por parte das empresas nacionais.Os resultad<strong>os</strong> indicam que apenas nas proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento e n<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> fix<strong>os</strong>tangíveis (e neste <strong>caso</strong>, circunscrita a<strong>os</strong> terren<strong>os</strong> e a<strong>os</strong> edifíci<strong>os</strong>) houve a<strong>de</strong>são ao justovalor, embora bastante reduzida. Relativamente a<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> fix<strong>os</strong> tangíveis eintangíveis, todas as empresas optaram pelo mo<strong>de</strong>lo do custo como método <strong>de</strong> avaliaçã<strong>os</strong>ubsequente.Os principais motiv<strong>os</strong> apontad<strong>os</strong> pela autora para a escolha do mo<strong>de</strong>lo do custo são, afamiliarida<strong>de</strong> com o custo histórico e <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> associad<strong>os</strong> à opção pelo justo valor. Noque respeita a<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> intangíveis a não aplicação do justo valor po<strong>de</strong> ser explicada pelacomplexida<strong>de</strong> que envolve a mensuração ao justo valor <strong>de</strong>sses ativ<strong>os</strong>. A IAS 38 prevê ap<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> do uso do justo valor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que este p<strong>os</strong>sa ser <strong>de</strong>terminado com base nummercado ativo. A dificulda<strong>de</strong> em encontrar o referido mercado po<strong>de</strong> ser uma explicaçãopara a utilização do custo histórico.A Comissão <strong>de</strong> Acompanhamento do SNC, em analogia à adoção das IAS/IFRS em2005 por <strong>de</strong>terminadas socieda<strong>de</strong>s, analisou as variações verificadas nas <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s que aplicaram as normas pela 1ª vez. Deste modo, a análise d<strong>os</strong>valores apurad<strong>os</strong> não apresentaram <strong>de</strong>svi<strong>os</strong> muito significativ<strong>os</strong>, no entanto <strong>os</strong> impact<strong>os</strong>po<strong>de</strong>rão variar <strong>de</strong> acordo com a entida<strong>de</strong>, com o ambiente e cultura on<strong>de</strong> a entida<strong>de</strong> estáenvolvida.Na análise quantitativa do <strong>caso</strong> prático será realizada numa primeira fase do estudo, ai<strong>de</strong>ntificação das principais diferenças entre contas individuais da empresa mãe e a44


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãomédia do mercado; p<strong>os</strong>teriormente serão comparad<strong>os</strong> <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> itens d<strong>os</strong> dois grup<strong>os</strong>que aplicam a <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>. Para chegar a<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> prop<strong>os</strong>t<strong>os</strong> foram utilizad<strong>os</strong>indicadores económico-financeir<strong>os</strong> <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> estrutura <strong>de</strong> capital, <strong>de</strong>equilíbrio financeiro e outr<strong>os</strong> indicadores importantes <strong>de</strong> análiseAo fazer-se esta comparação i<strong>de</strong>ntificam-se as variações ocorridas nas DemonstraçõesFinanceiras das empresas em análise em 2010, avaliando <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> sofrid<strong>os</strong> com estaadoção.6.2. Análise qualitativaSegundo Yin, R. K. (2005) num contexto <strong>de</strong> compreensão profunda <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong>,<strong>de</strong>fine o estudo <strong>de</strong> <strong>caso</strong>, como uma investigação empírica que estuda um fenómeno<strong>de</strong>ntro do contexto <strong>de</strong> vida real, especialmente quando as fronteiras entre o fenómeno eo contexto não são absolutamente evi<strong>de</strong>ntes e acrescenta que para tal se po<strong>de</strong>m usarmúltiplas fontes para recolher evidências e informações.O estudo <strong>de</strong> <strong>caso</strong> implica um conhecimento profundo da realida<strong>de</strong> investigada e, comotal, recorre a diferentes métod<strong>os</strong> e técnicas que se enquadram, sobretudo, numparadigma <strong>de</strong> investigação qualitativa.Também Yin, R. K. (2009), refere que <strong>os</strong> principais métod<strong>os</strong> <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> são: O inquérito por questionário - colocar a um conjunto <strong>de</strong> inquirid<strong>os</strong> uma série <strong>de</strong>perguntas relativas ao ponto que interesse <strong>os</strong> investigadores; A entrevista - permite ao investigador retirar das suas entrevistas informações eelement<strong>os</strong> <strong>de</strong> reflexão muito ric<strong>os</strong> e matizad<strong>os</strong>; A observação direta - método baseado na observação visual, constitui o únicométodo que captam <strong>os</strong> comportament<strong>os</strong> no momento em que eles se reproduzeme em si mesm<strong>os</strong>, sem a medição <strong>de</strong> um documento ou <strong>de</strong> um testemunho e A recolha <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> preexistentes - estudar <strong>os</strong> document<strong>os</strong> por si própri<strong>os</strong> oufazer a análise sociológica; ou esperar encontrar neles, informações úteis paraestudar outro objeto.Tod<strong>os</strong> estes métod<strong>os</strong> trazem vantagens e <strong>de</strong>svantagens, é preciso escolher um que seencaixe com a pesquisa que se preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver.45


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoM<strong>os</strong>er e Kalton (1971), afirmam que a entrevista é uma conversa entre o entrevistado eum entrevistador, tendo como objetivo extrair <strong>de</strong>terminada informação do entrevistado.Ludke e André (1986), afirmam que a entrevista permite captar a informação <strong>de</strong>sejada,<strong>de</strong> uma forma direta e imediata. Segundo <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> autores, a técnica da entrevistap<strong>os</strong>sibilita, também, ter acesso ao que as pessoas pensam sobre <strong>de</strong>terminado assunto,a<strong>os</strong> seus pont<strong>os</strong> <strong>de</strong> vista, e a<strong>os</strong> seus valores. No fundo permite ace<strong>de</strong>r a<strong>os</strong> significad<strong>os</strong>que as pessoas atribuem às coisas e às situações.Segundo Quivy e Campenhoudt (1992), a entrevista, p<strong>os</strong>sibilita um grau <strong>de</strong>profundida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> element<strong>os</strong> <strong>de</strong> análise recolhid<strong>os</strong>, que constituem uma das gran<strong>de</strong>svantagens <strong>de</strong>sta técnica.Para o <strong>caso</strong> em análise foi selecionado o método <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> através daelaboração <strong>de</strong> uma entrevista, por consi<strong>de</strong>rar este método o mais a<strong>de</strong>quado para aconsecução do objetivo principal do estudo, que é i<strong>de</strong>ntificar <strong>os</strong> p<strong>os</strong>síveis impact<strong>os</strong> daaplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> na perceção d<strong>os</strong> gestores das empresas em estudo.6.3. .Am<strong>os</strong>traO setor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> em estudo será o das análises clínicas, uma vez que a am<strong>os</strong>tra daanálise qualitativa é constituída, pelas <strong>de</strong>monstrações financeiras: Individuais <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> anónima 29 que <strong>de</strong>tém capital social <strong>de</strong> outras trêsentida<strong>de</strong>s por quotas, mas não é obrigada a contas consolidadas. A percentagem<strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção <strong>de</strong> capital é igual á <strong>de</strong> direit<strong>os</strong> <strong>de</strong> voto. Individuais da média do mercado constituída por 150 empresas 30 , através d<strong>os</strong>dad<strong>os</strong> fornecid<strong>os</strong> pelo Banco <strong>de</strong> Portugal; Consolidadas da socieda<strong>de</strong> anonima anterior 31 on<strong>de</strong> é reconhecida aconcentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais; Consolidadas <strong>de</strong> outro grupo <strong>de</strong> empresas 32 que reconhece também aconcentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais;29 Anexo I e II30 Anexo V e VI31 Anexo III e IV32 Anexo V e VI46


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoCada uma das entida<strong>de</strong>s tem especialida<strong>de</strong>s diferentes <strong>de</strong> análises clínicas, on<strong>de</strong> seprocurou verificar qual o impacto da <strong>de</strong>cisão em utilizar a <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> ou manter as contasindividuais, com se fazia até 31/12/2009.O setor das análises clínicas está regulado pela Entida<strong>de</strong> Reguladora da Saú<strong>de</strong> (ERS) erestrita pela convenção das seguradoras e d<strong>os</strong> sistemas <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> tais como oSistema Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, PSP, PT, SAMS etc.Na análise qualitativa, foram realizadas entrevistas 33 a: Três administradores da empresa LXL; A cada um d<strong>os</strong> gerentes das três empresas adquiridas, Ao administrador da empresa GXL; Ao TOC 34 e ROC do grupo da empresa LXL.Após a entrevista foi realizado um pequeno resumo das resp<strong>os</strong>tas obtidas.33 Ver no Apêndice I34Ver no Apêndice II47


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoIII – Parte Empírica7. Caso práticoComo já foi referido anteriormente a terceira parte <strong>de</strong>ste projeto consiste na análise <strong>de</strong>um grupo <strong>de</strong> 4 empresas que até 31/12/2009, utilizavam o normativo POC como ovigente em Portugal, uma vez que não havia qualquer obrigação <strong>de</strong> aplicar outro.7.1. QuantitativoComo já foi referido anteriormente o setor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> em estudo será o das análisesclínicas. Com a aplicação do normativo SNC <strong>os</strong> administradores <strong>de</strong>cidiram que paraalém das alterações normais por consequência da aplicação <strong>de</strong>ste normativo, tambémpodiam mudar a natureza do grupo.Havia duas hipóteses ou reconheciam o grupo como uma concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>sempresariais, uma vez que o grupo cumpria tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> requisit<strong>os</strong>, o que levaria aplicaçãoda <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> ou mensuravam como um investimento em subsidiárias e passavam aaplicar a <strong>NCRF</strong> 15.Para além <strong>de</strong> todas as alterações por aplicação do SNC, a mudança <strong>de</strong> mensuração paraconcentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais, implica várias alterações tais como: Reconhecer <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>, passiv<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> contingentes à data <strong>de</strong> aquisição; Avaliar e reconhecer do goodwill ou badwill; Apresentação <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrações consolidadas não havendo individuais, pelo quesó a empresa-mãe efetua o relato; Na existência <strong>de</strong> goodwill ou badwill efetuar no mínimo anualmente teste <strong>de</strong>imparida<strong>de</strong>.A mensuração d<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>, como um investimento em subsidiáriasatravés da aplicação da <strong>NCRF</strong> 15 implica as seguintes alterações nas <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras: Avaliação do justo valor d<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> através da aplicação do método <strong>de</strong>equivalência patrimonial, uma vez que estavam mensurad<strong>os</strong> ao custo histórico;48


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação A p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todas as entida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>rem apresentar as <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras individuais, por não existir a obrigação <strong>de</strong> contas consolidadas, umavez que o grupo não ultrapassa <strong>os</strong> limites do art.º 7 do <strong>de</strong> Decreto-Lei n.º158/2009 e, Reconhecer <strong>os</strong> <strong>de</strong>vid<strong>os</strong> ajustament<strong>os</strong> n<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, e no capital próprio.Após discussão sobre o assunto a administração <strong>de</strong>cidiu avançar com o reconhecimentoda concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais, será que tomaram a <strong>de</strong>cisão correta?A resp<strong>os</strong>ta a esta questão vai ser dada através da análise <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> efinanceir<strong>os</strong>, verificando <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> <strong>de</strong>sta tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Esta concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais resulta da venda/compra <strong>de</strong> parte docapital social das entida<strong>de</strong>s adquiridas, o objetivo <strong>de</strong>sta concentração é o <strong>de</strong> po<strong>de</strong>ratingir mais público, uma vez que consegue chegar a clientes d<strong>os</strong> distrit<strong>os</strong> <strong>de</strong> Vila Real,Viseu e Miran<strong>de</strong>la, para além <strong>de</strong> alargar as especialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> oferta, uma vez que asanálises clinicas po<strong>de</strong>m ir para <strong>os</strong> vári<strong>os</strong> laboratóri<strong>os</strong> consoante a especialida<strong>de</strong>,disponível em cada um <strong>de</strong>lesA estrutura organizacional da concentração a partir <strong>de</strong> 2010 35 é a seguinte uma vez queexistiu um aumento <strong>de</strong> capital da empresa CXL, Lda.LXLlBXLCXLDetida em 97,29%Detida em 84,86%35 Anexo VIIFXLDetida em 95%Organigrama nº 1 – Estrutura da concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariaisComo este grupo trata <strong>de</strong> análises clínicas <strong>de</strong> várias especialida<strong>de</strong>s, a questão d<strong>os</strong> cust<strong>os</strong>da legalização junto das entida<strong>de</strong>s competentes, compra <strong>de</strong> equipament<strong>os</strong> e pessoalespecializado, foram <strong>de</strong>terminantes para a passar a ser um grupo para além <strong>de</strong> usaremum nome comum o que ajuda á i<strong>de</strong>ntificação das mesmas junto d<strong>os</strong> utentesinteressad<strong>os</strong>.Este estudo vai focar a análise das <strong>de</strong>monstrações financeiras da empresa LXL que<strong>de</strong>tém o controlo das empresas BXL, CXL e FXL, comparando com a média do49


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãomercado através <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> fornecid<strong>os</strong> pelo Banco <strong>de</strong> Portugal e <strong>de</strong>pois com outro grupo<strong>de</strong> concentração empresarial.7.1.1. Análise das <strong>de</strong>monstrações financeirasSerá realizada a análise através <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> para verificar qual o impacto daaplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> nas <strong>de</strong>monstrações financeiras da empresa LXL, S.A., emcomparação com as contas individuais á média do mercado, e contas consolidadas emrelação às contas consolidadas da empresa GXL, S.A.7.1.1.1. BalançoNo quadro seguinte 36 po<strong>de</strong>-se verificar as algumas das diferenças do ativo na LXL emcontas individuais com a média do mercado e o grupo LXL com o grupo GXL emcontas consolidadas.Ativo não correnteRubricaLXLIndividualMédia domercadoDiferençaLXLconsolidadoGXLconsolidadoDiferençaAtiv<strong>os</strong> fix<strong>os</strong> tangíveis 171.855,42 379.417,00 (207.561,58) 507.063,63 171.855,42 335.208,21Proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento 240.660,00 0,00 240.660,00 240.660,00 240.660,00 0,00Goodwill 444.<strong>14</strong>1,36 24.833,00 419.308,36 444.<strong>14</strong>1,36 1.061.553,03 (617.411,67)Participações financeiras - Método da equivalência patrimonial 163.427,85 0,00 163.427,85 0,00 0,00 0,00Participações financeiras - Outr<strong>os</strong> métod<strong>os</strong> 0,00 210.853,00 (210.853,00) 0,00 0,00 0,00Acionistas/Sóci<strong>os</strong> 0,00 28.303,00 (28.303,00) 0,00 0,00 0,00Outr<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> 182.225,63 0,00 182.225,63 182.225,63 202.225,63 (20.000,00)Ativ<strong>os</strong> por imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> diferid<strong>os</strong> 2.016,00 (2.016,00) 0,00 0,00 0,00Ativo correnteSub total 1.202.310,26 645.422,00 556.888,26 1.374.090,62 1.676.294,08 (302.203,46)Inventári<strong>os</strong> 6.315,18 31.541,00 (25.225,82) 19.729,43 6.315,18 13.4<strong>14</strong>,25Clientes 199.917,65 501.649,00 (301.731,35) 375.333,23 199.917,65 175.415,58Estado e outr<strong>os</strong> entes públic<strong>os</strong> 15.067,58 17.259,00 (2.191,42) 39.861,47 16.067,58 23.793,89Acionistas/Sóci<strong>os</strong> 0,00 207.487,00 (207.487,00) 28.500,00 0,00 28.500,00Outras contas a receber 21.868,00 0,00 21.868,00 29.607,59 21.868,00 7.739,59Diferiment<strong>os</strong> 2.499,75 8.682,00 (6.182,25) 5.172,20 2.499,75 2.672,45Outr<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> 0,00 701.448,00 (701.448,00) 0,00 0,00 0,00Caixa e <strong>de</strong>pósit<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong> 10.<strong>14</strong>4,92 178.469,00 (168.324,08) 46.432,87 13.470,51 32.962,36255.813,08 1.646.535,00 (1.390.721,92) 544.636,79 260.138,67 284.498,12Total do ATIVO 1.458.123,34 2.291.957,00 (833.833,66) 1.918.727,41 1.936.432,75 (17.705,34)Quadro nº 5 – Ativo em contas individuais e consolidadas(Valores em eur<strong>os</strong>)36 Elaborado com base n<strong>os</strong> anex<strong>os</strong> I,II e IV50


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoGenericamente verifica-se que o ativo da LXL em contas consolidadas aumentou, peloque por si só a aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> parece vantaj<strong>os</strong>a. O ativo da LXL em contasindividuais é inferior ao da média do mercado, sendo que também as contasconsolidadas se encontram abaixo das da GXLA rubrica <strong>de</strong> Investiment<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> em contas individuais foi avaliada com o cálculodo método da Equivalência Patrimonial, as participações inicialmente são contabilizadaspelo custo <strong>de</strong> aquisição, ao qual é acrescido ou <strong>de</strong>duzido o valor proporcional àparticipação n<strong>os</strong> capitais própri<strong>os</strong> <strong>de</strong>ssas empresas. Este método reflete a percentagemda participação da LXL sobre o valor do Capital Próprio <strong>de</strong> cada uma das suasparticipadas conforme quadro 37 abaixo.Investiment<strong>os</strong>2010 2009 2008financeir<strong>os</strong> Valor <strong>de</strong> capital PercentagemVariação Valor <strong>de</strong> PercentagemVariaçãoQuantiaQuantiapróprio <strong>de</strong> <strong>de</strong>tençãoem valor capital próprio <strong>de</strong> <strong>de</strong>tençãoem valorQuantiasBXL, Lda. 162.263,45 97,29% 157.867,73 -29.417,87 192.500,44 97,29% 187.285,60 80.283,68 107.001,92CXL, Lda. 6.544,41 84,96% 5.560,13 1.<strong>14</strong>5,45 5.779,<strong>14</strong> 76,39% 4.4<strong>14</strong>,69 -34.505,78 38.920,46FXL, Lda. -19.324,72 95% 0,00 0,00 -11.053,59 95,00% 0,00 -48.797,81 48.797,81Total <strong>14</strong>9.483,<strong>14</strong> 163.427,86 -28.272,42 187.225,99 191.700,29 -3.019,91 194.720,19Quadro nº 6 - Imputação da participação d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>(Valores em eur<strong>os</strong>)Conforme se po<strong>de</strong> verificar, tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> nas subsidiárias foram subdividid<strong>os</strong>por custo <strong>de</strong> aquisição, ou seja valor inicialmente escriturado e por ajustament<strong>os</strong> <strong>de</strong>aplicação do método <strong>de</strong> equivalência patrimonial, conforme instruções <strong>NCRF</strong> 15.Os Ativ<strong>os</strong> Intangíveis referem-se ao reconhecimento do Goodwill, que na data <strong>de</strong>aquisição das participações nas suas subsidiárias não foi reconhecido. Com aplicação da<strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, <strong>de</strong>verá ser reconhecido pelo justo valor da data <strong>de</strong> aquisição, o seu valorresulta 38 (anexo VI):Ativ<strong>os</strong> Intangíveis (Goodwill)Valor <strong>de</strong>aquisiçãoCP da associada nadata <strong>de</strong> aquisição% DeparticipaçãoJusto Valor daparticipação á data<strong>de</strong> aquisiçãoValor a reconhecercomo GoodwillBXL, Lda. 130.000,00 -48.690,10 97,29% -47.370,60 177.370,60CXL, Lda. 120.000,00 -72.382,80 76,39% -55.293,22 175.293,22FXL, Lda. 150.000,00 61.603,11 95,00% 58.522,95 91.477,05Total 400.000,00 -59.469,79 -44.<strong>14</strong>0,86 444.<strong>14</strong>0,87Quadro nº 7 – Descrição d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> intangíveis (Goodwill)(Valores em eur<strong>os</strong>)37 Extraído do anexo VII38 Extraído do anexo VII51


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoVerifica-se que até ao momento parece vantaj<strong>os</strong>o a aplicação do normativo SNC, umavez que existe uma valorização do Ativo não corrente em relação á média do mercado.No entanto pela <strong>NCRF</strong> 12 <strong>de</strong>verá existir no mínimo anualmente um teste <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>em relação ao goodwill. No <strong>caso</strong> concreto em análise não foram realizad<strong>os</strong> quaisquertestes <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong> e por esse motivo o ROC, no seu relato mencionou reserva <strong>de</strong>opinião em relação a esta matéria, (informação adquirida junto d<strong>os</strong> responsáveis daempresa LXL, SA, por estar indisponível ao público a CLC).Neste <strong>caso</strong> e pela aplicação da <strong>NCRF</strong> 1, <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> transitad<strong>os</strong> <strong>de</strong>veriam ter sidorecalculad<strong>os</strong> uma vez que com aplicação do SNC, <strong>de</strong>veriam refletir a percentagem daimputação d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> das subsidiárias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a data <strong>de</strong> aquisição uma vez que ép<strong>os</strong>sível i<strong>de</strong>ntificar <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong>. A política contabilística utilizada foi a da i<strong>de</strong>ntificaçãod<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> <strong>de</strong> 2009 e 2010, <strong>de</strong> modo a que amb<strong>os</strong> f<strong>os</strong>sem i<strong>de</strong>ntificáveis na<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultad<strong>os</strong>, para que as <strong>de</strong>monstrações financeiras f<strong>os</strong>semcomparáveis, <strong>os</strong> restantes valores foram classificad<strong>os</strong> como ajustament<strong>os</strong> <strong>de</strong>investiment<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>.Para além d<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>, não foram calculad<strong>os</strong> <strong>os</strong> <strong>de</strong>vid<strong>os</strong> just<strong>os</strong> valoresd<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> do grupo, apesar <strong>de</strong> ser recomendação do normativo SNC, aadministração juntamente com o responsável pela contabilida<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>ram mensurar<strong>os</strong> restantes ativ<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> pelo custo histórico.7.1.1.2. Capital próprioO Capital próprio também sofre alterações quando se reconhece uma concentração <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s empresariais, no quadro seguinte, é feita a comparação d<strong>os</strong> impact<strong>os</strong> nocapital próprio com este reconhecimento.RubricaLXLIndividualMédia domercadoDiferençaLXLconsolidadoGXLconsolidadoDiferençaCAPITAL PRÓPRIOCapital realizado 50.000,00 83.778,00 (33.778,00) 50.000,00 75.000,00 (25.000,00)Outr<strong>os</strong> instrument<strong>os</strong> <strong>de</strong> capital próprio 0,00 424.683,00 (424.683,00) 0,00 0,00 0,00Reservas legais 12.500,00 0,00 12.500,00 12.500,00 12.500,00 0,00Outras reservas 6.088,33 553.055,00 (546.966,67) 6.088,33 6.088,33 0,00Resultad<strong>os</strong> transitad<strong>os</strong> 178.167,06 0,00 178.167,06 132.390,25 130.390,45 1.999,80Ajustament<strong>os</strong> em ativ<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> 117.061,16 15.359,00 101.702,16 95.201,57 0,00 95.201,57Resultado líquido do período 162.647,83 168.770,00 (6.122,17) 191.539,52 115.056,21 76.483,31Interesses minoritári<strong>os</strong> 0,00 0,00 0,00 24.800,00 0,00 24.800,00Total do Capital Próprio 526.464,38 1.245.645,00 (719.180,62) 512.519,67 339.034,99 173.484,68Quadro nº 8 - Capital próprio em contas individuais e consolidadas(Valores em eur<strong>os</strong>)52


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoVerifica-se que o capital próprio da LXL fica prejudicado com o reconhecimento daconcentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais, para além que apresenta valores bem abaixo damédia do mercado, no entanto bem superiores a<strong>os</strong> do grupo GXL.7.1.1.3. PassivoO reconhecimento d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>, passiv<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> contingentes das subsidiárias implicao aumento do Passivo numa proporção superior ao ativo pelo que a estrutura <strong>de</strong> capitaisfoi penalizada, conforme é p<strong>os</strong>sível verificar no quadro 39 seguinte (valores em eur<strong>os</strong>):Passivo não correnteRubricaLXLIndividualMédia domercadoDiferençaLXLconsolidadoGXLconsolidadoDiferençaProvisões 0,00 1.446,00 (1.446,00) 0,00 0,00 0,00Financiament<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> 468.454,60 157.734,00 310.720,60 648.680,23 895.257,30 (246.577,07)Responsabilida<strong>de</strong>s por benefíci<strong>os</strong> pós-emprego 0,00 178,00 (178,00) 0,00 0,00 0,00Passiv<strong>os</strong> por imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> diferid<strong>os</strong> 0,00 785,00 (785,00) 0,00 0,00 0,00Outras contas a pagar 19.980,00 7.924,00 12.056,00 19.980,00 256.980,00 (237.000,00)Sub total 488.434,60 168.067,00 320.367,60 668.660,23 1.152.237,30 (483.577,07)Passivo correnteFornecedores 75.243,65 304.291,00 (229.047,35) 108.804,06 75.243,65 33.560,41Estado e outr<strong>os</strong> entes públic<strong>os</strong> 28.773,38 54.303,00 (25.529,62) 50.683,74 28.773,38 21.910,36Acionistas/Sóci<strong>os</strong> 3.452,08 218.028,00 (2<strong>14</strong>.575,92) 5.575,72 3.452,08 2.123,64Financiament<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> 48.500,00 7.757,00 40.743,00 58.013,83 48.500,00 9.513,83Outras contas a pagar 287.255,25 293.866,00 (6.610,75) 5<strong>14</strong>.470,16 289.191,35 225.278,81Sub total 443.224,36 878.245,00 (435.020,64) 737.547,51 445.160,46 292.387,05Total do Passivo 931.658,96 1.046.312,00 (1<strong>14</strong>.653,04) 1.406.207,74 1.597.397,76 (191.190,02)Quadro nº 9 - Passivo em contas individuais e consolidadas(Valores em eur<strong>os</strong>)Os valores do passivo encontram se abaixo d<strong>os</strong> da média do mercado e também abaixod<strong>os</strong> valores do grupo GXL, o que leva a consi<strong>de</strong>rar que o agravamento d<strong>os</strong> valores dopassivo em relação ao reconhecimento da concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais, éprejudicial uma vez que o seu aumento é em cerca <strong>de</strong> 475 mil eur<strong>os</strong>, enquanto o capitalpróprio aumenta só cerca <strong>de</strong> 13 mil eur<strong>os</strong>.39 Elaborado com base n<strong>os</strong> anex<strong>os</strong> I,II e V53


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação7.1.1.4. Demonstração <strong>de</strong> Resultad<strong>os</strong>Da análise da <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultad<strong>os</strong> 40 da am<strong>os</strong>tra verifica-se o seguinte:RubricaLXLIndividualMédia domercadoDiferençaLXLconsolidadoGXLconsolidadoDiferençaResultado antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciações, gast<strong>os</strong> <strong>de</strong>financiamento e imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>279.448,76 287.492,00 (8.043,24) 563.019,65 234.369,86 328.649,79Resultado operacional (antes <strong>de</strong> gast<strong>os</strong> <strong>de</strong>financiamento e imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>)205.472,27 232.688,00 (27.215,73) 351.615,57 157.893,37 193.722,20Resultado antes <strong>de</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> 182.355,21 221.279,00 (38.923,79) 241.048,80 134.763,59 106.285,21Resultado líquido do período 162.647,83 168.772,00 (6.124,17) 191.539,52 115.056,21 76.483,31Quadro nº 10 – Análise d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> em contas individuais e consolidadas(Valores em eur<strong>os</strong>)Os resultad<strong>os</strong> da LXL em contas individuais são muito inferiores a<strong>os</strong> valores da médiado mercado, no entanto em contas consolidadas <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> melhoram bastante, paraalém <strong>de</strong> se encontrarem tod<strong>os</strong> acima d<strong>os</strong> valores d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> do grupo da GXL.A análise das <strong>de</strong>monstrações financeiras por si só não é suficiente, é necessário quesejam avaliad<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> que indiquem se a opção pela <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> foi a melhor.A análise financeira <strong>de</strong> uma empresa recorre a um conjunto <strong>de</strong> instrument<strong>os</strong> analític<strong>os</strong>que procuram auxiliar um conjunto heterogéneo <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s no conhecimento dasituação e evolução económica e financeira <strong>de</strong> uma empresa ao longo <strong>de</strong> um certoespaço <strong>de</strong> tempo e a procurar antecipar o seu provável comportamento futuro.Verificou-se no <strong>caso</strong> prático em análise que. Balanço por aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, teve um acréscimo em relação ao ativocorrente no valor <strong>de</strong> 171.780€, e no ativo total no valor <strong>de</strong> 460.604 O facto <strong>de</strong> ter havido um acréscimo no Ativo, este em comparação com o outrogrupo em análise, ainda apresenta valores inferiores em cerca <strong>de</strong> 17.000€; A aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> prejudica o património da empresa em estudo<strong>de</strong>svalorizando-o em cerca <strong>de</strong> 2,65%, O item que tem maior impacto com a aplicação da <strong>NCRF</strong> é mesmo o passivoeste tem um acréscimo no valor <strong>de</strong> 474.548€, isto para <strong>os</strong> investidores éprejudicial ou seja, as responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> curto e longo prazo são bem maioresdo que em contas individuais, para além que o aumento do passivo é<strong>de</strong>sproporcional ao do ativo;40 Elaborado com base n<strong>os</strong> anex<strong>os</strong> III,IV e VI54


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação Os resultad<strong>os</strong> da empresa, aumentaram mas muito <strong>de</strong>sproporcionalmente aoacréscimo <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, sendo que <strong>de</strong>monstra que as empresasagregadas ao grupo, não são tão eficientes quanto a LXL;7.1.2. Análise <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> Financeir<strong>os</strong>Perante as várias perspetivas p<strong>os</strong>síveis, aquela que se procurará adotar será aquela queprivilegie a p<strong>os</strong>ição <strong>de</strong> maximização da riqueza para <strong>os</strong> acionistas (ou proprietári<strong>os</strong>) daempresa.Existem muit<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> já utilizad<strong>os</strong> para <strong>de</strong>terminar a condição financeira <strong>de</strong> umaempresa. Esses ráci<strong>os</strong> servem para pessoas internas à empresa (gestão da empresa)como para entida<strong>de</strong>s exteriores (investidores, analistas, financiadores, fornecedores eclientes). O cálculo d<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> são efetuad<strong>os</strong> tendo por base as <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras, cuj<strong>os</strong> valores <strong>de</strong>vem ser ajustad<strong>os</strong> <strong>de</strong> acordo com fact<strong>os</strong> patrimoniais quepo<strong>de</strong>rão distorcer a verda<strong>de</strong>ira situação económica e financeira das entida<strong>de</strong>s, <strong>caso</strong>contrário estarem<strong>os</strong> perante algumas limitações, nomeadamente: Utilização do custo histórico; Constituição <strong>de</strong> ajustament<strong>os</strong> e provisões <strong>de</strong> acordo com critéri<strong>os</strong> fiscais em vezd<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> e financeir<strong>os</strong>, o que po<strong>de</strong> levar à omissão <strong>de</strong> cust<strong>os</strong> potenciais; Contabilização das <strong>de</strong>preciações <strong>de</strong> imobilizado, sem a consi<strong>de</strong>ração das suasrevalorizações; Omissão <strong>de</strong> rubricas com valor financeiro, por não simbolizarem um impactocontabilístico n<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> e na situação patrimonial;Estes indicadores são instrument<strong>os</strong> <strong>de</strong> informação, no intuito <strong>de</strong> auxiliarem na perceçãomais realista da situação económico financeira e na formulação <strong>de</strong> questões, mas nãopermitem a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, pois estas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> uma avaliação mais abrangenteda situação, pelo que está relacionada com a cultura e aspet<strong>os</strong> qualitativ<strong>os</strong>organizacionais da gestão.Analisando <strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho económico, estrutura <strong>de</strong> capitais, equilíbriofinanceiro e outr<strong>os</strong> indicadores que são muito importantes para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões,será verificado até que ponto a situação do <strong>de</strong>sempenho económico e financeiro foifavorecida, com a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da administração da empresa LXL, S.A..55


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação7.1.2.1. Ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho económico-financeir<strong>os</strong>Liqui<strong>de</strong>zEstruturafinanceiraRáci<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> e financeir<strong>os</strong>LXL individualMédia domercadoDiferençaLiqui<strong>de</strong>z geral 0,58 1,87 -1,30Liqui<strong>de</strong>z Reduzida 0,56 1,84 -1,28Autonomia financeira 0,36 0,54 -0,18Endividamento 1,77 0,84 0,93Solvabilida<strong>de</strong> 0,57 1,19 -0,63Rendibilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> capitais própri<strong>os</strong> 30,89% 13,55% 17,35%Rendibilida<strong>de</strong>Rendibilida<strong>de</strong> do Ativo 19,16% 12,54% 6,62%Quadro nº11 – Análise <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho económico e financeir<strong>os</strong> - contas individuais(Elaboração própria)Os ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z são ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>, que me<strong>de</strong>m o nível <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z <strong>de</strong> umaempresa, ou seja, a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer face a<strong>os</strong> compromiss<strong>os</strong> <strong>de</strong> curto prazo.Sendo tudo o resto igual, quanto mais elevado este rácio, maior a solvabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> curtoprazo da empresa, sendo <strong>de</strong>sejável que o rácio ultrapasse pelo men<strong>os</strong> o valor <strong>de</strong> 1,significando que a empresa tem pelo men<strong>os</strong>, ativ<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong> para fazer face àsresponsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> curto prazo. Quanto mais baixo, maior a vulnerabilida<strong>de</strong>. O Rácio <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z geral é um rácio financeiro que me<strong>de</strong> a capacida<strong>de</strong> daempresa <strong>de</strong> fazer face às suas responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> curto prazo, constituindo porisso um teste <strong>de</strong> solvabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> curto prazo.A fórmula <strong>de</strong> cálculo: Liqui<strong>de</strong>z Geral = Ativo corrente / Passivo Corrente.Verifica-se que, a liqui<strong>de</strong>z geral da empresa LXL, encontra-se abaixo <strong>de</strong> 1, o quepor si só, significa que a empresa LXL, não tem ativ<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong> para fazer faceàs responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> curto prazo, em comparação com a média do mercado. O Rácio <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z reduzida é um rácio financeiro que me<strong>de</strong> a capacida<strong>de</strong> quea empresa tem <strong>de</strong> fazer face às suas responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> curto prazo comliqui<strong>de</strong>z proveniente d<strong>os</strong> seus ativ<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong>, mas <strong>de</strong> uma forma mais exigentedo que no rácio <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z geral, ou seja, assumindo que as existências (stocks<strong>de</strong> matérias-primas e produt<strong>os</strong> intermédi<strong>os</strong> e acabad<strong>os</strong>) serão difíceis <strong>de</strong>converter em dinheiro rapidamente, ou pelo valor que constam no Balanço. Afórmula <strong>de</strong> cálculo: Liqui<strong>de</strong>z Reduzida = (Ativo corrente - Inventári<strong>os</strong>) /Passivo Corrente.56


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoA liqui<strong>de</strong>z reduzida da LXL é mais baixa que a da média do mercado, no entantotambém é inferior a 1, o que leva a concluir que <strong>os</strong> níveis <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z da empresaestão muito aquém d<strong>os</strong> valores aceitáveis.Os Ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> estrutura financeira são indicadores, que procuram dar informaçã<strong>os</strong>obre o grau <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> recurso a capitais alhei<strong>os</strong> no financiamento <strong>de</strong> umaempresa. Dentro d<strong>os</strong> mais importantes: O Rácio da Autonomia financeira é útil para avaliar o risco financeiro, ou seja,fornece informações sobre a estrutura financeira da empresa. Este rácio éinfluenciado pel<strong>os</strong> lucr<strong>os</strong> da empresa, portanto maiores lucr<strong>os</strong> traduzem umamaior acumulação <strong>de</strong> Capitais Própri<strong>os</strong>, logo será maior a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>autofinanciamento da empresa e, consequentemente, este rácio terá um valorsuperior, sendo o grau <strong>de</strong> autonomia financeira superior. A fórmula <strong>de</strong> cálculo:Autonomia Financeira = Capital Próprio / Ativo.Este rácio é um d<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> endividamento mais populares, e exprime em quemedida o ativo está a ser financiado por capitais própri<strong>os</strong> e por capitais alhei<strong>os</strong>,ou seja pelo esforço financeiro d<strong>os</strong> acionistas e d<strong>os</strong> credores, se o valor forsignificativamente baixo, há maior perigo <strong>de</strong> falência. No entanto isto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>muito <strong>de</strong> setor para setor.Verifica-se que a autonomia financeira da empresa LXL está muito abaixo <strong>de</strong> 1 etambém abaixo da média do mercado, significando que a empresa não estáestável financeiramente e encontra-se vulnerável, às <strong>os</strong>cilações do mercadofinanceiro. O Rácio <strong>de</strong> Endividamento é um indicador económico que me<strong>de</strong> a importânciado endividamento na economia, <strong>de</strong>finido como o rácio entre o montante do totaldo crédito ainda por liquidar e o rendimento disponível. Sendo tudo o restoigual, quanto mais baixo este rácio, maior a estabilida<strong>de</strong> financeira da empresa.Quanto mais alto, maior a vulnerabilida<strong>de</strong>.Este rácio <strong>de</strong>ve ser analisado <strong>de</strong> forma inversa ao rácio da solvabilida<strong>de</strong>, com<strong>os</strong>e po<strong>de</strong> ver através da sua fórmula <strong>de</strong> cálculo: Endividamento = Passivo /Capital Próprio.57


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoUma Estrutura do Endividamento alta indica mais risc<strong>os</strong> <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>tesouraria para a empresa, já que uma parte maior do passivo tem um prazo maiscurto para ser pago.O indicador <strong>de</strong> endividamento da empresa LXL é elevado verifica-se que elaestá muito instável financeiramente, pois <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito <strong>de</strong> crédit<strong>os</strong>. O Rácio <strong>de</strong> solvabilida<strong>de</strong> é um rácio financeiro, que indica a proporção relativad<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> da empresa financiad<strong>os</strong> por capitais própri<strong>os</strong> versus financiad<strong>os</strong> porcapitais alhei<strong>os</strong>. Sendo tudo o resto igual, quanto mais elevado este rácio, maiora estabilida<strong>de</strong> financeira da empresa. Quanto mais baixo, maior avulnerabilida<strong>de</strong>.A solvabilida<strong>de</strong>, reflete qual o risco para <strong>os</strong> credores, através da comparação d<strong>os</strong>Capitais própri<strong>os</strong> da empresa com <strong>os</strong> capitais alhei<strong>os</strong>. A fórmula <strong>de</strong> cálculo:Solvabilida<strong>de</strong> = Capital Próprio / Passivo.Se o valor do rácio for igual a 1, significa que o risco é baixo para <strong>os</strong> credores;inferior a 1, significa que o Passivo é superior ao Capital Próprio, pelo que, <strong>os</strong>Capitais Própri<strong>os</strong> não são suficientes para cobrir <strong>os</strong> passiv<strong>os</strong>, logo reflete umelevado risco para <strong>os</strong> credores. A gestão do rácio da solvabilida<strong>de</strong> é importantepara não colocar em causa a continuida<strong>de</strong> da empresa.Mais uma vez se confirma a vulnerabilida<strong>de</strong> da LXL, pois <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito <strong>de</strong>capitais alhei<strong>os</strong>, comparativamente com a média do mercado é inferior em cerca<strong>de</strong> 63%.A Rendibilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> Capitais Própri<strong>os</strong> me<strong>de</strong> o retorno do capital investido peloacionista durante um <strong>de</strong>terminado período, medindo a eficiência da empresa em gerarlucr<strong>os</strong> a partir d<strong>os</strong> Capitais Própri<strong>os</strong>, m<strong>os</strong>trando o potencial da empresa em gerarresultad<strong>os</strong>. O rácio da rendibilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> Capitais Própri<strong>os</strong> é d<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> maisimportantes porque permite avaliar a eficiência da empresa em gerar lucr<strong>os</strong>.A fórmula <strong>de</strong> cálculo do rácio: Rendibilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> Capitais Própri<strong>os</strong> = ResultadoLíquido / Capital Próprio.Em relação á rendibilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> capitais própri<strong>os</strong> da empresa LXL verifica-se queapresentam valores superiores ao da média do mercado, ou seja a empresa é maiseficiente a gerar lucr<strong>os</strong>.58


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoO Rácio <strong>de</strong> Rentabilida<strong>de</strong> do Ativo é um rácio <strong>de</strong> avaliação do <strong>de</strong>sempenho d<strong>os</strong>capitais totais investid<strong>os</strong> na empresa, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da sua origem (própri<strong>os</strong> oualhei<strong>os</strong>). Procura relacionar <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciações, gast<strong>os</strong> <strong>de</strong>financiamento e imp<strong>os</strong>to com o ativo total da empresa, sendo calculado da seguinteforma: Rendibilida<strong>de</strong> do Ativo = R. antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciações, gast<strong>os</strong> <strong>de</strong> financiamentoe imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> / Ativo.A rendibilida<strong>de</strong> do Ativo da empresa LXL encontra-se acima da média do mercado, ouseja o <strong>de</strong>sempenho d<strong>os</strong> capitais investid<strong>os</strong> na empresa são mais eficientes.Liqui<strong>de</strong>zRáci<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> e financeir<strong>os</strong>LXL ConsolidadoLXLindividualGXL ConsolidadoDiferença entrecontasconsolidadasLiqui<strong>de</strong>z geral 0,74 0,58 0,58 0,16Liqui<strong>de</strong>z Reduzida 0,71 0,56 0,57 0,15EstruturafinanceiraRendibilida<strong>de</strong>Autonomia financeira 0,27 0,36 0,18 0,09Endividamento 2,74 1,77 4,71 -1,97Solvabilida<strong>de</strong> 0,36 0,57 0,21 0,15Rendibilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> capitais própri<strong>os</strong> 37,37% 30,89% 33,94% 3,44%Rendibilida<strong>de</strong> do Ativo 29,34% 19,16% 12,12% 17,23%Quadro nº 12 – Análise <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho económico e financeiro - contas consolidadas(Elaboração própria)Genericamente verifica-se que há valores melhores em contas consolidadas que emcontas individuais da empresa LXL, e também comparativamente a<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> da empresaGXL.Os ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z estão abaixo do nível <strong>de</strong>sejado, ou seja, acima <strong>de</strong> 1, assim sendomesmo com contas consolidadas a liqui<strong>de</strong>z é melhorada, mas aquém do <strong>de</strong>sejado.Em relação á estrutura financeira, em contas individuais <strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> apresentam melhoresresultad<strong>os</strong>, ou seja, em contas consolidadas imagem do grupo dá uma imagem <strong>de</strong> queestá muito endividada e muito vulnerável ao mercado financeiro, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo bastante<strong>de</strong> capitais alhei<strong>os</strong>.Analisando <strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong>, verifica-se que tanto a rendabilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> CapitaisPrópri<strong>os</strong> como a do Ativo, apresentam melhores resultad<strong>os</strong> em contas <strong>de</strong> grupo que emcontas individuais, para além que comparativamente com a empresa GXL, também estáacima.59


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAté ao momento parece que consolidar as contas, apresentando-as como um grupo <strong>de</strong>concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais valoriza a imagem da empresa, aliciando oinvestimento <strong>de</strong> capital, no entanto com alguma cautela.7.1.2.2. Ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> equilíbrio financeiroEquilíbrio financeiroLXL individual Média do mercado DiferençaFundo <strong>de</strong> maneio (321.832,00) 768.290,00 (1.090.122,00)Necessida<strong>de</strong>s cíclicas <strong>de</strong> exploração 221.300,41 550.449,00 (329.<strong>14</strong>8,59)Recurs<strong>os</strong> cíclic<strong>os</strong> <strong>de</strong> exploração 104.017,03 358.594,00 (254.576,97)Necessida<strong>de</strong>s/Recurso <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> maneio 117.283,38 191.855,00 (74.571,62)Tesouraria Liquida (439.115,38) 576.435,00 (1.015.550,38)Quadro nº 13 – Análise <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> - contas individuais(Elaboração própria – valores em eur<strong>os</strong>)Passando a analisar o equilíbrio financeiro, verifica-se que em relação á média domercado, a empresa LXL, apresenta valores muito baix<strong>os</strong>.Designa-se por Fundo <strong>de</strong> maneio a parte exce<strong>de</strong>nte do ativo circulante que cobre opassivo circulante, ou seja, a parte d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> fáceis <strong>de</strong> liquidar que cobre <strong>os</strong> passiv<strong>os</strong>que exigem liquidação a curto prazo.É necessária a existência <strong>de</strong> um fundo <strong>de</strong> maneio, uma margem <strong>de</strong> segurança, paraevitar ruturas <strong>de</strong> tesouraria. O rácio <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> maneiro calcula-se da seguinte forma:Fundo <strong>de</strong> Maneio = Ativo corrente / Passivo corrente.Verifica-se que a empresa LXL tem um fundo <strong>de</strong> maneio negativo o que indica que aempresa não tem ativ<strong>os</strong> fáceis <strong>de</strong> liquidar que p<strong>os</strong>sam cobrir as dívidas <strong>de</strong> curto prazo,para além que em relação ao mercado existe uma diferença <strong>de</strong> 1.090.122,00€As Necessida<strong>de</strong>s cíclicas compreen<strong>de</strong>m todas as contas que se relacionam com o ciclo<strong>de</strong> exploração e que implicam necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento. Fórmula <strong>de</strong> cálculo:Necessida<strong>de</strong>s Cíclicas <strong>de</strong> exploração = Existências + Dívidas <strong>de</strong> Clientes + Outr<strong>os</strong>Devedores <strong>de</strong> exploração + Sald<strong>os</strong> <strong>de</strong>vedores EOEP + Adiantament<strong>os</strong> aFornecedores + Acréscim<strong>os</strong> e Diferiment<strong>os</strong> Ativ<strong>os</strong> <strong>de</strong> exploração.Os Recurs<strong>os</strong> cíclic<strong>os</strong> compreen<strong>de</strong>m as contas relacionadas com operações do ciclo <strong>de</strong>exploração, que implicam criação <strong>de</strong> recurs<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>. A forma <strong>de</strong> cálculo:Recurs<strong>os</strong> Cíclic<strong>os</strong> = Dívidas a Fornecedores + Outr<strong>os</strong> Credores <strong>de</strong> exploração +60


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoSald<strong>os</strong> credores <strong>de</strong> EOEP + Adiantament<strong>os</strong> <strong>de</strong> clientes + Acréscim<strong>os</strong> eDiferiment<strong>os</strong> Passiv<strong>os</strong> <strong>de</strong> exploração.As Necessida<strong>de</strong>s em fundo <strong>de</strong> maneio (NFM) estão relacionadas às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>financiamento do ciclo <strong>de</strong> exploração, sendo que estas últimas exigem vári<strong>os</strong> mei<strong>os</strong>financeir<strong>os</strong>. Quando o valor das NFM é p<strong>os</strong>itivo, representam as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>financiamento do ciclo <strong>de</strong> exploração; se for negativo representa exce<strong>de</strong>ntes financeir<strong>os</strong>do ciclo <strong>de</strong> exploração. O rácio NFM calcula- se assim: Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong>maneio = Necessida<strong>de</strong>s Cíclicas – Recurs<strong>os</strong> Cíclic<strong>os</strong>.A Tesouraria líquida (TL) resulta da diferença entre o fundo <strong>de</strong> maneio funcional e asnecessida<strong>de</strong>s do fundo <strong>de</strong> maneio. Os investiment<strong>os</strong> permanentes <strong>de</strong>vem ser financiad<strong>os</strong>por fontes permanentes e investiment<strong>os</strong> temporári<strong>os</strong> por fontes temporárias. Sabendoque o fundo <strong>de</strong> maneio funcional diz respeito à parte <strong>de</strong> fund<strong>os</strong> permanentes (nãoincluindo o imobilizado) e como as necessida<strong>de</strong>s em fundo <strong>de</strong> maneio são investimento<strong>de</strong> carácter permanente, po<strong>de</strong> concluir-se que existe equilíbrio financeiro, se o fundo <strong>de</strong>maneio funcional se verificar em quantida<strong>de</strong> suficiente, para financiar as necessida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> maneio, o que, por consequência implica que a tesouraria líquida não sejanegativa.Po<strong>de</strong> dizer-se que a TL da empresa não é afetada por <strong>de</strong>cisões financeiras a curto prazoe permite evi<strong>de</strong>nciar a complexida<strong>de</strong> das relações na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão que conduz aoequilíbrio ou <strong>de</strong>sequilíbrio financeiro.Graficamente é p<strong>os</strong>sível verificar a relação entre o cálculo <strong>de</strong>stes três indicadores:ATIVO FIXOCAPITAL PROPRIO E ALHEIONECESSIDADES CÍCLICASRECURSOS CÍCLICOSTESOURIA ATIVATESOURIA PASSIVAFigura 6 - Relação entre <strong>os</strong> indicadores <strong>de</strong> TesourariaFonte: Vieira et al. (2008), p. 3161


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoComparativamente com <strong>os</strong> valores da média do mercado, a empresa LXL em relaçãoa<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> apresenta tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> valores muito abaixo. Isto <strong>de</strong>ve-se ao facto <strong>de</strong>a tesouraria líquida da empresa LXL ser negativa, implicando assim que ela não tenhacapacida<strong>de</strong> imediata <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z.Equilíbrio FinanceiroLXLConsolidadoLXL individualGXLConsolidadoDiferença entrecontasconsolidadasFundo <strong>de</strong> maneio (192.910,72) (321.832,00) (187.071,79) (5.838,93)Necessida<strong>de</strong>s cíclicas <strong>de</strong> exploração 434.924,13 221.300,41 222.300,41 212.623,72Recurs<strong>os</strong> cíclic<strong>os</strong> <strong>de</strong> exploração 159.487,80 104.017,03 104.017,03 55.470,77Necessida<strong>de</strong>s/Recurso <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> maneio 275.436,33 117.283,38 118.283,38 157.152,95Tesouraria Liquida (468.347,05) (439.115,38) (305.355,17) (162.991,88)Quadro nº <strong>14</strong> – Análise <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> - contas consolidadas(Elaboração própria – valores em eur<strong>os</strong>)Em relação às contas consolidadas, verifica-se que o fundo <strong>de</strong> maneio apresenta ummelhor resultado no entanto ainda negativo, em ambas as empresas. As necessida<strong>de</strong>s e<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> cíclic<strong>os</strong> da empresa LXL melhoraram e apresentam valores superiores a<strong>os</strong>da GXL, no entanto verifica-se que a tesouraria liquida, ainda foi mais agravada.Resultad<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> da ativida<strong>de</strong>LXL individual Média do mercado DiferençaEBITDA 279.448,76€ 28,29% 287.492,00€ 20,35% 7,94%EBIT 205.472,27€ 20,80% 232.688,00€ 16,47% 4,33%EBT 182.355,21€ 18,46% 221.279,00€ 15,67% 2,79%Quadro nº 15 – Análise <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> da ativida<strong>de</strong> - contas individuaisO EBITDA leva em conta apenas o <strong>de</strong>sempenho operacional da empresa e não reflete oimpacto n<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, d<strong>os</strong> itens extraordinári<strong>os</strong> e das <strong>de</strong>spesas com investimento e nasmudanças do fundo <strong>de</strong> maneio. Ao excluir <strong>os</strong> jur<strong>os</strong> d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> financiad<strong>os</strong> e a<strong>de</strong>preciação d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>, <strong>os</strong> investidores conseguem projetar uma medida <strong>de</strong> performanceda empresa no futuro, consi<strong>de</strong>rando apenas a ativida<strong>de</strong> operacional.O EBITDA com o normativo SNC é a linha que tem inscrito na <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>resultad<strong>os</strong> como “Resultado antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciações, gast<strong>os</strong> <strong>de</strong> financiamento eimp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>”, dando assim uma leitura direta do valor, no entanto também é importanteanalisar a percentagem do EBITDA em relação ao volume <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>.62


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoO EBIT é tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> lucr<strong>os</strong> antes <strong>de</strong> tomar em conta pagament<strong>os</strong> <strong>de</strong> jur<strong>os</strong> e imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>. Umfator importante que contribui para o uso generalizado do EBIT é a maneira pela qualanula <strong>os</strong> efeit<strong>os</strong> das diferentes estruturas <strong>de</strong> capital e taxas <strong>de</strong> imp<strong>os</strong>to utilizadas porempresas diferentes. O EBIT com o normativo SNC é p<strong>os</strong>sível extrair diretamente da<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultad<strong>os</strong> uma vez que é a linha que tem inscrito como “ResultadoOperacional”. Ao excluir <strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> e <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> jur<strong>os</strong>, avalia a capacida<strong>de</strong> daempresa para o lucro.O EBT fornece a<strong>os</strong> analistas <strong>de</strong> investimento, informações úteis para avaliar o<strong>de</strong>sempenho operacional da empresa sem levar em conta as implicações fiscais. Aoremover o fator fiscal, o EBT ajuda a minimizar uma variável que po<strong>de</strong> ser única <strong>de</strong>empresa para empresa, a fim <strong>de</strong> focalizar a análise em rentabilida<strong>de</strong> operacional comouma medida singular <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho. Essa análise é particularmente importante quand<strong>os</strong>e comparam empresas similares numa única indústria.Verifica-se que o EBITDA, o EBIT e o EBT da empresa LXL apresentam valoresinferiores a<strong>os</strong> da média do mercado. Em relação ao peso sobre o volume <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, apercentagem é superior á média do mercado pelo que estes ráci<strong>os</strong> apresentam valoresaceitáveis.Resultad<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> da ativida<strong>de</strong>LXL Consolidado LXL individual GXL ConsolidadoDiferença entrecontasconsolidadasEBITA 563.019,65€ <strong>14</strong>,41% 279.448,76€ 28,29% 234.369,86 23,68% (9,26)%EBIT 351.615,57€ 9,00% 205.472,27€ 20,80% 157.893,37€ 15,95% (6,95)%EBT 241.048,80€ 6,17% 182.355,21€ 18,46% 134.763,59€ 13,61% (7,44)%Quadro nº 16 – Análise <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> da ativida<strong>de</strong> - contas consolidadasAnalisando <strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> da ativida<strong>de</strong> verifica-se que a aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>melhorou <strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> em relação a valores ou seja, <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> dasempresas agregadas á concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais, foram p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong>. Emrelação á percentagem, verifica-se que <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, têm um peso inferior sobre ovolume <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, sendo que o <strong>de</strong>sempenho operacional fica bastante abaixo d<strong>os</strong>valores da LXL em conta individuais.Comparativamente a<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> do grupo GXL, apesar d<strong>os</strong> valores serem superiores, apercentagem sobre o volume <strong>de</strong> negóci<strong>os</strong>, está muito aquém, pelo que <strong>os</strong> investidores63


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoverificam que a rentabilida<strong>de</strong> operacional do grupo LXL têm que ser melhorada, peloque preferivelmente será melhor manter as contas individuais.O comportamento das socieda<strong>de</strong>s não é constante, pelo que a análise económicofinanceira<strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado período, pressupõe um conjunto <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações sobreas expectativas e <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> gestão que po<strong>de</strong>rão influenciar a sua compreensão.Relativamente ao <strong>caso</strong> prático em análise verifica-se que <strong>os</strong> principais ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>tiveram <strong>os</strong> seguintes impact<strong>os</strong>: A liqui<strong>de</strong>z aumentou; Relativamente à autonomia financeira existe diminuição; Em relação ao endividamento a vulnerabilida<strong>de</strong> aumenta, aumentando assim, a<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> capitais alhei<strong>os</strong>; A rendibilida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> Capitais Própri<strong>os</strong> evidência que existe um aumento dacapacida<strong>de</strong> em gerar lucr<strong>os</strong> a partir <strong>de</strong> Capitais Própri<strong>os</strong>; Em relação á rentabilida<strong>de</strong> do ativo existe um acréscimo; Pela análise do rácio da solvabilida<strong>de</strong>, o risco para <strong>os</strong> seus credores aumenta.As <strong>de</strong>cisões pela aplicação do SNC têm impact<strong>os</strong> diret<strong>os</strong> no reporte financeiro obtido,<strong>de</strong>vendo ser analisado com particular atenção nas socieda<strong>de</strong>s mais frágeis em term<strong>os</strong> <strong>de</strong>liqui<strong>de</strong>z, e que apresentam uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência d<strong>os</strong> seus credores, o que po<strong>de</strong>ráoriginar uma menor capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negociação e <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>.É esperado, que principalmente neste primeiro período <strong>de</strong> transição (2009/2010), nã<strong>os</strong>eja p<strong>os</strong>sível manter <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> pois, regem-se por indicadores <strong>de</strong>terminad<strong>os</strong>no passado.Tendo este estudo incidido no relato, principalmente <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> em contasindividuais e consolidadas em que foi reconhecida a concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>sempresariais, num outro grupo que também aplica a <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, e a média do mercado domesmo setor. Como o estudo foi efetuado no setor das análises clinicas, não é p<strong>os</strong>sívelgeneralizar <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong>, pois a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida e <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> epoliticas adotad<strong>os</strong> por cada socieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá influenciar <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong>.64


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação7.2. Qualitativo - dad<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> nas entrevistasÀ elaboração da entrevista 41 , antece<strong>de</strong>u-se uma análise <strong>de</strong>talhada das principaisdiferenças entre SNC e o POC, <strong>de</strong>stacando-se as principais diferenças da utilização d<strong>os</strong>normativ<strong>os</strong>. Assim, elaborou-se a entrevista, focando as diferenças i<strong>de</strong>ntificadas quepo<strong>de</strong>riam significar p<strong>os</strong>síveis impact<strong>os</strong> na contabilida<strong>de</strong> e nas DF’s das empresas, bemcomo o custo/benefício da apresentação das DF’s como uma concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>sempresariais. P<strong>os</strong>teriormente, a entrevista também é direcionada ao TOC e o ROC, dogrupo em análise, focando o impacto com a aplicação do SNC, no trabalho <strong>de</strong> relato,bem como da aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>.Da análise efetuada às resp<strong>os</strong>tas d<strong>os</strong> inquirid<strong>os</strong>, verifica-se que a aplicação das <strong>NCRF</strong>tem um impacto elevado nas empresas, nomeadamente no incremento da qualida<strong>de</strong> dassuas Demonstrações Financeiras.41 Apêndice I e II65


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação1234567QuestãoO SNC facilitou aleitura das DF´s?É p<strong>os</strong>sível com oSNC comparar asDF´s comempresasestrangeiras?O maior nível <strong>de</strong>divulgação ajuda áredução d<strong>os</strong> risc<strong>os</strong>?A utilização <strong>de</strong>ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>pel<strong>os</strong> analistas paraa análise do<strong>de</strong>sempenho éimportante?Os nov<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>monstraçõesfinanceiras ajudama i<strong>de</strong>ntificar ráci<strong>os</strong>financeir<strong>os</strong>?A aplicação doSNC veio valorizaro património dasentida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> que éresponsável?A apresentação dorelato financeiro doano <strong>de</strong> 2010, achaque foi a melhor<strong>de</strong>cisão ser só aempresa LXL aefetuar o relato?Nº <strong>de</strong>resp<strong>os</strong>tasSim 5Não 1Sim 6Não 0Sim 5Não 1Sim 6Não 0Sim 3Não 3Resumo da resp<strong>os</strong>taOs inquirid<strong>os</strong> verificaram que o balanço sintético foi dispensado e que as alíneas embranco não aparecem; em relação á DR ela ficou mais resumida, dando uma imagemmais clara da situação da entida<strong>de</strong>Porque a implementação do SNC foi pouco divulgada e confusa inicialmente, o que<strong>de</strong>morou a apresentação das <strong>de</strong>monstrações por parte do TOC, prejudicando a análiseatempadaSendo o SNC baseado nas IFRS as empresas que apresentam as <strong>de</strong>m<strong>os</strong>traçõesfinanceiras são comparáveis com bases num ou noutro normativoQuanto maior a divulgação e análise, melhor po<strong>de</strong>rá ser a avaliação d<strong>os</strong> risc<strong>os</strong> eoportunida<strong>de</strong>s com que a entida<strong>de</strong> se <strong>de</strong>paraA tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão é feita tendo em conta outr<strong>os</strong> fatores, para além da apresentaçãodas DF´s tais como o ambiente que envolve a entida<strong>de</strong>A utilização <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> é muito importante, pois dão uma imagem daentida<strong>de</strong>, no entanto a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões não po<strong>de</strong> ser só influenciada pela análise <strong>de</strong>ráci<strong>os</strong>, mas sim tendo em atenção que o meio envolvente po<strong>de</strong> vir a distorcer asprevisõesApós conversa com o TOC, verificaram que existem ráci<strong>os</strong> que são p<strong>os</strong>síveis extrairdiretamente, sem a ajuda <strong>de</strong> cálcul<strong>os</strong> auxiliares, tem<strong>os</strong> como por exemplo o EBITDA, oEBIT e o EBTComo estavam sempre habituad<strong>os</strong> a analisar separadamente com o antigo normativo,nem sequer repararam que estes indicadores tinham leitura direta na <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>resultad<strong>os</strong>Sim 4Com a aplicação do SNC, a empresa LXL, tinha a hipótese <strong>de</strong> passar a reconhecer aaquisição das subsidiárias através do método <strong>de</strong> equivalência patrimonial, ou passar areconhecer todo o grupo como sendo uma entida<strong>de</strong> só a efetuar o relato, <strong>os</strong>administradores optaram pela última hipótese, assumindo que o património da LXL foivalorizado, seja em contas individuais ou em SNCNão 2Dois d<strong>os</strong> gerentes das empresas subsidiárias assumem que ao reconhecer <strong>os</strong> just<strong>os</strong>valores tiveram uma redução do valor do património das empresas.Os três gerentes das empresas subsidiárias, são da opinião que ser a empresa LXL aSim 3 efetuar o relato foi melhor, uma vez que em contas consolidadas <strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> melhoram doque f<strong>os</strong>sem individuaisOs três administradores da LXL, acham que o relato em grupo foi prejudicado, uma vezque <strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> e <strong>os</strong> <strong>de</strong> equilíbrio financeiro baixaram, emNão 3 relação a<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z e <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong> do Capital e do Ativo houve umaumento, no entanto o rácio <strong>de</strong> endividamento aumentou, achando que po<strong>de</strong> vir a serprejudicial em relação á obtenção <strong>de</strong> crédito junto da bancaQuadro nº 17 - Resumo das resp<strong>os</strong>tas d<strong>os</strong> gerentes e administradores(Elaboração própria)Questionad<strong>os</strong> sobre a leitura das <strong>de</strong>monstrações financeiras, <strong>os</strong> gerentes/administradoresna sua generalida<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>ram que as <strong>de</strong>monstrações financeiras passaram a dar umaimagem mais verda<strong>de</strong>ira da situação das empresas <strong>de</strong> que são responsáveis.Em relação a<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> tod<strong>os</strong> estão <strong>de</strong> acordo, que a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão nãopo<strong>de</strong> estar só <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>, uma vez que são basead<strong>os</strong> em fact<strong>os</strong>anteriores, mas, ter em atenção o meio envolvente da entida<strong>de</strong>.Sobre a aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, <strong>os</strong> gerentes das entida<strong>de</strong>s subsidiárias são da opiniãoque passar a consolidar contas foi melhor, uma vez que, como eram entida<strong>de</strong>s maispequenas a serem absorvidas pela empresa mãe passaram a ter maior força no mercado.Os administradores da empresa LXL são da opinião que consolidar as contas tornou as66


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoDf´s mais vulneráveis, pois é com base nas DF´s que as instituições bancárias conce<strong>de</strong>mcrédito.12345QuestãoO SNC facilitou aleitura das DF´s?Acha que aaplicação do SNCveio facilitar otrabalho do relatofinanceiro?O maior nível <strong>de</strong>divulgação ajuda áredução d<strong>os</strong> risc<strong>os</strong>Até que pontohouve impact<strong>os</strong> naquestão daaplicação da <strong>NCRF</strong><strong>14</strong>, acha quefacilitou o relato dogrupo?A aplicação da<strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> vei<strong>os</strong>implificar/dificultar o seu trabalho, oupelo contráriotornou-o maismor<strong>os</strong>o?Nº <strong>de</strong>resp<strong>os</strong>tasSim 2Não 0Sim 2Não 0Sim 2Não 0Sim 2Não 0Sim 2Resumo da resp<strong>os</strong>taSão profissionais que não tinham empresas que utilizavam as IFRS, quer por opção ou porobrigação, sendo que houve um período <strong>de</strong> adaptação, no entanto assumem que está maisfácil a leitura das DF´sA maior divulgação obrigatória do SNC implicou para além <strong>de</strong> acréscimo <strong>de</strong> formação umacréscimo <strong>de</strong> trabalhoAssumem que maior relato significa menor risco, no entanto <strong>de</strong>ve haver cautela uma vezque <strong>de</strong>masiada divulgação po<strong>de</strong> implicar entraves ao financiamento por parte <strong>de</strong>instituições bancáriasApesar <strong>de</strong> terem mudado <strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> <strong>de</strong> contabilização e relato do grupo, amb<strong>os</strong> são daopinião que foi a melhor opção uma vez que o grupo passa a ter maior força no ambienteem que está envolvido e o ativo e capital próprio foram valorizado, no entanto a fusão comas empresas subsidiárias po<strong>de</strong> ser parcialmente prejudicial, pelo facto <strong>de</strong> ter havido ráci<strong>os</strong>com impacto negativo.Amb<strong>os</strong> concordam que <strong>os</strong> ajustament<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> para o reconhecimento inicial daConcentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> empresarial, trouxe mais trabalho no relato uma vez que foinecessário reconhecer o GoodwillNão 0Quadro nº 18 - Resumo das resp<strong>os</strong>tas do TOC e ROC do grupo(Elaboração própria)Este nível <strong>de</strong> concordância <strong>de</strong>ve-se às inúmeras vantagens das <strong>NCRF</strong>, como o aumentoda comparabilida<strong>de</strong>, compreensibilida<strong>de</strong> e transparência d<strong>os</strong> relatóri<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> eincremento da qualida<strong>de</strong> das DF’s, as fases do processo contabilístico: reconhecimento,mensuração e divulgação d<strong>os</strong> element<strong>os</strong> contabilístic<strong>os</strong> sofreram alteraçõessignificativas com a aplicação do novo normativo (SNC).67


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoConclusõesPortugal, tal como qualquer outro país, tem a sua cultura, o seu sistema político ejurídico, a sua economia e in<strong>de</strong>pendência entre as normas contabilísticas e o sistemafiscal, mas estes são diferentes entre cada um, pelo que surgiu a necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong>mercad<strong>os</strong>, d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> e da informação financeira.A harmonização contabilística surge com a intenção <strong>de</strong> criar um relato financeiro <strong>de</strong>cariz económico, <strong>de</strong> modo a reduzir o risco da informação, com da transparência obtida<strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> divulgação mais <strong>de</strong>talhadas; melhorar a organização interna e eliminardiferenças na “linguagem internacional” potenciando <strong>os</strong> negóci<strong>os</strong> entre as empresas.Esta necessida<strong>de</strong> culminou na revogação do POC, substituindo-o a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> janeiro<strong>de</strong> 2010, pelo SNC que tem como base as normas IAS/IFRS.O presente projeto foi <strong>de</strong>senvolvido, com base nas DF´s <strong>de</strong> uma empresa com contasindividuais, em comparação com a média do mercado, e em contas consolidadas atravésdo reconhecimento da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> em comparação com um outro grupo que tambémaplica essa norma. O reconhecimento da concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais fezcom que as <strong>de</strong>monstrações financeiras passassem <strong>de</strong> individuais para consolidadas, umavez que por aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> só uma empresa, a mãe, é que faz o relato do grupo.De uma forma geral, as empresas em análise divulgam <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> que as suasDemonstrações Financeiras têm aquando da adoção da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>. Quanto ao <strong>de</strong>talhe dasdivulgações, estas variam, uma vez que algumas empresas divulgam <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> mais<strong>de</strong>talhadamente do que outras. Estas informações são bastante importantes, para que <strong>os</strong>utilizadores p<strong>os</strong>sam avaliar e enten<strong>de</strong>r quais as mudanças ocorridas e quais <strong>os</strong> seusimpact<strong>os</strong> nas Demonstrações Financeiras.Em relação ao reconhecimento da Concentração <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>Empresariais</strong>, <strong>os</strong> gerentesdas subsidiárias afirmam que foi favorável o relato do grupo ser só efetuado pelaempresa-mãe, enquanto <strong>os</strong> administradores <strong>de</strong>la não estão <strong>de</strong> acordo pois receiam queseja prejudicial, para as relações com as instituições bancárias.68


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoEm term<strong>os</strong> sintétic<strong>os</strong> e sinótic<strong>os</strong> as conclusões do estudo realizado estão presentes n<strong>os</strong>eguinte quadro:1)2)3)4)5)6)ConclusõesRevisão da literatura Análise quantitativa Analise qualitativaNo <strong>caso</strong> prático em análise verifica-se que oBarth , Landsman e Lang (2007)Balanço elimina as alíneas em branco, não existe Os inquirid<strong>os</strong> verificaram que o balanço sintético foirealizaram um estudo em que aso balanço sintético e a DR apresenta-se com a dispensado e que as alíneas em branco não aparecem;entida<strong>de</strong>s que usam a IAS/IFRSsoma e subtração d<strong>os</strong> proveit<strong>os</strong> e gast<strong>os</strong> em relação á DR ela ficou mais resumida, dando umaapresentam melhor qualida<strong>de</strong>respetivamente dando uma imagem mais clara e imagem mais clara da situação da entida<strong>de</strong>financeira que as que não aplicamverda<strong>de</strong>ira da situação das empresas em estudo.Pires (2010), Soares (2010) e oCNC (2008) referem anecessida<strong>de</strong> da análise financeiraa nível globalGr<strong>os</strong>u (2009) afirma que as DF´s<strong>de</strong>vem permitir a leitura daestrutura da situação financeira,do <strong>de</strong>sempenho e das alteraçõesda p<strong>os</strong>ição financeiraMcLeay e Stevenson (2006)referem a utilização <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong>financeir<strong>os</strong> por analistas tem umaelevada importânciaNeto (2002) e Copeland (1996)consi<strong>de</strong>ram o EBITDA e EBITindicadores muito importantesCor<strong>de</strong>iro et al (2007) efetuaramum estudo sobre o impacto emPortugal da IAS/IFRS eregistaram aumento do balançoA área <strong>de</strong> análises clinicas utiliza muit<strong>os</strong>reagentes que são adquirid<strong>os</strong> a empresasinternacionais e existem grup<strong>os</strong> <strong>de</strong> laboratóri<strong>os</strong>que têm filiais em outr<strong>os</strong> países, sendo o SNCestruturado com base nas normas internacionaisfaz com que as DF´s, sejam comparáveis com asque usam IAS/IFRS.Nas entida<strong>de</strong>s em estudo verifica-se que as DF´spermitem a leitura da situação financeira, do<strong>de</strong>sempenho e das alterações da p<strong>os</strong>içãofinanceira.Com base n<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong> analisad<strong>os</strong> verifica-se queas DF´s do grupo foram valorizadas com autilização da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>.A utilização da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> fez com que <strong>os</strong> ráci<strong>os</strong>económic<strong>os</strong> e <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> f<strong>os</strong>sem prejudicad<strong>os</strong>Com o SNC mas com a aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>,o Ativo foi valorizado em cerca <strong>de</strong> 500.000,00€,no entanto o CP teve um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><strong>14</strong>.000,00€ e o Passivo teve um aumento <strong>de</strong>cerca <strong>de</strong> 475.000,00€, pelo que <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> nã<strong>os</strong>erão sempre iguais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das entida<strong>de</strong>s emestudo.Sendo o SNC baseado nas IFRS as empresas passam ater <strong>de</strong>m<strong>os</strong>trações financeiras comparáveis, com outrasque utilizam as IFRS´s.Quanto maior a divulgação e análise, melhor po<strong>de</strong>ráser a avaliação d<strong>os</strong> risc<strong>os</strong> e oportunida<strong>de</strong>s com que aentida<strong>de</strong> se <strong>de</strong>paraA utilização <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> é muito importante,mas a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, não po<strong>de</strong> ser só influenciadapela análise <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong>, mas sim tendo em atenção que omeio envolvente, maior relato significa menor risco.Verifica-se que existem ráci<strong>os</strong> que são p<strong>os</strong>síveis extrairdiretamente, sem a ajuda <strong>de</strong> cálcul<strong>os</strong> auxiliares, tem<strong>os</strong>como por exemplo o EBITDA, o EBIT e o EBTO património da LXL foi valorizado, seja em contasindividuais ou em SNC. Dois d<strong>os</strong> gerentes dasempresas subsidiárias assumem que ao reconhecer <strong>os</strong>just<strong>os</strong> valores tiveram uma redução do valor dopatrimónio das empresas.7)Conceição (2009) realizou umestudo sobre o reconhecimento dojusto valor e da dificulda<strong>de</strong> d<strong>os</strong>eu reconhecimentoNo reconhecimento da Concentração <strong>de</strong>Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> foi mais difícil chegarao justo valor das empresas uma vez que o meioenvolvente po<strong>de</strong> distorcer a realida<strong>de</strong>.Os três gerentes das empresas subsidiárias, são daopinião que ser a empresa LXL a efetuar o relato foimelhor. Os três administradores da LXL, acham que orelato em grupo foi prejudicado, uma vez que teveimpact<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong> em vári<strong>os</strong> itens.8)Diaconu (2007) refere anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> harmonização mas, que o período <strong>de</strong> implementaçãoe adaptação do relato será longoA maior divulgação obrigatória do SNC implicouacréscimo <strong>de</strong> trabalho e formação para o TOC e para oROC. Apesar <strong>de</strong> terem mudado <strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> <strong>de</strong>contabilização e relato do grupo, o TOC e o ROC sãoDevido ao período <strong>de</strong> adaptação ao SNC, <strong>os</strong>da opinião que foi a melhor opção uma vez que oresponsáveis pela elaboração das DF´s tiveramgrupo passa a ter maior força no ambiente em que estáque realizar formações e estud<strong>os</strong> para seenvolvido. Amb<strong>os</strong> concordam que <strong>os</strong> ajustament<strong>os</strong>atualizar á nova realida<strong>de</strong> contabilística.necessári<strong>os</strong> para o reconhecimento inicial daConcentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> empresarial, trouxe maistrabalho no relato uma vez que foi necessárioreconhecer o goodwillQuadro nº 19 – Resumo das conclusões do estudo(Elaboração própria)Analisando a revisão da literatura efetuada neste projeto e o estudo do <strong>caso</strong> pratico tantoqualitativamente como quantitativamente conclui-se que:1) As <strong>de</strong>monstrações financeiras apresentam melhor qualida<strong>de</strong> financeira;2) A harmonização contabilística era urgente, para facilitar as relações comercias, efinanceiras entre empresas e entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> países;3) Os nov<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> <strong>de</strong> Df´s financeiras são mais intuitiv<strong>os</strong> e facilitam a leitura dasituação financeira, do <strong>de</strong>sempenho e das alterações da p<strong>os</strong>ição financeira;69


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação4) A utilização <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> é muito importante, no entanto é necessário ter ematenção o meio envolvente da entida<strong>de</strong>, para tomar <strong>de</strong>cisões e analisar risc<strong>os</strong>;5) No mo<strong>de</strong>lo da <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultad<strong>os</strong>, é p<strong>os</strong>sível extrair <strong>de</strong> forma direta ráci<strong>os</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho (EBITDA e EBIT), no <strong>caso</strong> em estudo, verifica-se que essesmesm<strong>os</strong> ráci<strong>os</strong>, foram prejudicad<strong>os</strong> com a aplicação da NCF <strong>14</strong>;6) A entrada em vigor do SNC, obrigou a alguns ajustament<strong>os</strong> <strong>de</strong> transição que são<strong>de</strong>scrit<strong>os</strong> no anexo às <strong>de</strong>monstrações financeiras, no <strong>caso</strong> prático em análise forami<strong>de</strong>ntificad<strong>os</strong> alguns ajustament<strong>os</strong>, mas não são <strong>de</strong> aplicação generalizada, poisvariam <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> para entida<strong>de</strong>;7) Reconhecer o justo valor d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong>, passiv<strong>os</strong> e passiv<strong>os</strong> contigentes, é o passo maisdifícil para reconhecer a concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s comerciais, po<strong>de</strong>ndo oreconhecimento da concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s comerciais, prejudicar as<strong>de</strong>monstrações financeiras da empresa-mãe com o foi que aconteceu no <strong>caso</strong> práticoem análise;8) O período <strong>de</strong> harmonização será longo, pois implica adaptação <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong>interessad<strong>os</strong> na informação financeira ao novo normativo..O objetivo principal <strong>de</strong>ste estudo foi limitado a dois grup<strong>os</strong> <strong>de</strong> empresas com doisobjetiv<strong>os</strong> quantitativa e qualitativamente <strong>os</strong> impact<strong>os</strong> da adoção ou não da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>,com o reconhecimento da concentração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s empresariais.As principais limitações <strong>de</strong>ste estudo são: O facto <strong>de</strong> a am<strong>os</strong>tra não ser muito extensa, apesar <strong>de</strong> ter sido utilizada a média<strong>de</strong> mercado <strong>de</strong>ntro do mesmo setor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>; Em relação á análise quantitativa elaborada sobre as rubricas dasDemonstrações Financeiras das empresas, é p<strong>os</strong>sível i<strong>de</strong>ntificar a variaçõesocorridas, torna-se difícil i<strong>de</strong>ntificar na variação quais <strong>os</strong> valores que resultamda alteração das normas e quais são resultado do reconhecimento daconcentração; Na análise qualitativa, a am<strong>os</strong>tra é um pouco reduzida <strong>de</strong>vido á especializaçãoprofissional (ROC,TOC e gestores das organizações).O contributo do presente projeto relaciona-se com o tratamento contabilístico da <strong>NCRF</strong><strong>14</strong>, numa ótica académica enunciando alguns pont<strong>os</strong> fortes e frac<strong>os</strong> da sua aplicação.70


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N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoWorking Paper Series. Acedido em 1 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2011, em:http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1325384Mcleay, S. e Stevenson, M. (2006). Mo<strong>de</strong>lling the Longitudinal Properties of FinancialRati<strong>os</strong> of European Firms. Institute for International Integration Studies, IIIS DiscussionPaper, 184, Acedido em 15 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2011, em:https://www.tcd.ie/iiis/documents/discussion/pdfs/iiisdp184.pdfMonti. (1995). Harmonização Contabilística: uma nova estratégia relativamente àharmonização internacional. Comunicação da Comissão. Acedido dia 26 junho <strong>de</strong>2011, em: http://ec.europa.eu/internal_market/accounting/docs/com-95-508/com-95-508_pt.pdfOr<strong>de</strong>m d<strong>os</strong> Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas (2008/2009). Manual <strong>de</strong> Auditoria Financeirado CPROC. OROC. Lisboa.Petreski, M. (2006). The Impact of International Accounting Standards on Firms. AAA2006 Financial Accounting and Reporting Section (FARS) Meeting Paper. Acedido em16 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2011 em: http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=901301PriceWaterCoopers (2009). A adoção do Sistema <strong>de</strong> Normalização Contabilística(SNC). A caminho da convergência internacional. [Versão eletrónica]. Lisboa. Acedidoem <strong>14</strong> <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2011, em: http://www.pwc.com/pt_PT/pt/corporate/imagens/SNC-set-09.pdfQuivy, R., Campenhoudt, L.V. (2008). Manual <strong>de</strong> investigação em ciências sociais, 5ªEdição. Gravida. Lisboa.Rodrigues, A.M., Carvalho, C., Cravo, D. e Azevedo, G. (2010). SNC contabilida<strong>de</strong>financeira: sua aplicação. Edições Almedina. Coimbra.Rodrigues, J. (2005). Adoção em Portugal das Normas Internacionais <strong>de</strong> RelatoFinanceiro. Áreas Editora. Lisboa.Rodrigues, J. (2009a). Sistema <strong>de</strong> Normalização Contabilística Explicado. PortoEditora. Porto.Silva, S. (2007). Ajustament<strong>os</strong> <strong>de</strong> consolidação <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> transações comerciaisentre empresas industriais pertencentes ao mesmo Grupo económico. Revista Revisorese Auditores, 39. Acedido em 26 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2012:http://www.oroc.pt/fot<strong>os</strong>/editor2/Revista/OutDez2007/contabilida<strong>de</strong>.pdf73


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoYin, R. K. (2009). Case study research: Design and methods, 4ª Edição. SagePublications. Thousand Oaks, Califórnia.Nota: As NIC/IFRS citadas bem como as <strong>NCRF</strong> foram consultadas no site da CNC -http://www.cnc.min-financas.pt74


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoLegislação:Aviso n.º 6726-A/2011, <strong>de</strong> <strong>14</strong> <strong>de</strong> março. Diário da República, N.º 51 /2011 - 2.ª Série.Ministério das Finanças e da Administração Publica. LisboaAviso nº 15652/2009, <strong>de</strong> 7 setembro. Diário da República, N.º 173 /2009 - 2.ª Série.Ministério das Finanças e da Administração Publica. LisboaAviso nº 15653/2009, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> setembro. Diário da República, N.º 173 /2009 - 2.ª Série.Ministério das Finanças da Administração Publica. LisboaAviso nº 15654/2009, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> setembro. Diário da República, N.º 173 /2009 - 2.ª Série.Ministério das Finanças da Administração Publica. LisboaAviso nº 15655/2009, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> setembro. Diário da República, N.º 173 /2009 - 2.ª Série.Ministério das Finanças da Administração Publica. LisboaDeclaração <strong>de</strong> retificação nº 67-A <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> setembro. Diário da República, N.º 177/2009 - 1.ª Série. Ministério das Finanças da Administração Publica. LisboaDeclaração <strong>de</strong> retificação nº 67-B <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> setembro. Diário da República, N.º 177/2009 - 1.ª Série. Ministério das Finanças da Administração Publica. LisboaDecreto - Regulamentar 25/2009 <strong>de</strong> <strong>14</strong> <strong>de</strong> setembro. Diário da República, N.º 178 /2009- 1.ª Série. Ministério das Finanças da Administração Publica. LisboaDecreto-Lei n.º 158/2009, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> julho. Diário da República, N.º 133 /2009 - 1.ªSérie. Ministério das Finanças da Administração Publica. LisboaDecreto-Lei n.º 159/2009, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> julho. Diário da República, N.º 133 /2009 - 1.ªSérie. Ministério das Finanças da Administração Publica. LisboaDiretriz <strong>de</strong> Revisão/Auditoria 400 (2000). Avaliação do risco <strong>de</strong> revisão/auditoria.Or<strong>de</strong>m do Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas.Diretriz <strong>de</strong> Revisão/Auditoria 410 (2000). Controlo Interno. Or<strong>de</strong>m do RevisoresOficiais <strong>de</strong> Contas.Diretriz <strong>de</strong> Revisão/Auditoria 842 (2002). Fusão <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>s. Or<strong>de</strong>m do RevisoresOficiais <strong>de</strong> ContasInternational Standard On Auditing 315 (2009). Compreensão da Entida<strong>de</strong> e do SeuAmbiente e Avaliar <strong>os</strong> Risc<strong>os</strong> <strong>de</strong> Distorção Material. International Fe<strong>de</strong>ration ofAccountants.75


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoInternational Standard On Auditing 330 (2009). Os Procediment<strong>os</strong> do Auditor emResp<strong>os</strong>ta a Risc<strong>os</strong> Avaliad<strong>os</strong>. International Fe<strong>de</strong>ration of Accountants.International Standard On Auditing 520 (2009). Procediment<strong>os</strong> Analític<strong>os</strong>. InternationalFe<strong>de</strong>ration of Accountants.Lei n.º 64-A/2008 <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. Diário da República, N.º 252 /2008 - 1.ª Série.Assembleia da República. LisboaPortaria nº 1011/2009, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> setembro. Diário da República, N.º 175 /2009 - 1.ª Série.Ministério das Finanças da Administração Publica. LisboaPortaria nº 986/2009, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> setembro. Diário da República, N.º 173 /2009 - 1.ª Série.Ministério das Finanças da Administração Publica. LisboaRegulamento (CE) n.º 1126/2008 <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> novembro. Jornal oficial nº L 320/2008.Parlamento Europeu e do ConselhoRegulamento (CE) n.º 1606/2002 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> julho. Jornal oficial nº L 243/2002.Parlamento Europeu e do Conselho.Regulamento (CE) nº 495/2009 3 <strong>de</strong> junho. Jornal oficial nº L <strong>14</strong>9/2009. ParlamentoEuropeu e do Conselho76


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAnex<strong>os</strong>77


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAnexo I – Balanço individual da empresa LXL em 31 <strong>de</strong><strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010LXL, SABALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010Unida<strong>de</strong>: EUROSNIPC: 599 999 999Rubricas Notas 31-12-2010 31-12-2009A C T I V OAtivo não correnteAtiv<strong>os</strong> fix<strong>os</strong> tangíveis 171.855,42 234.362,84Proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Investimento 240.660,00 244.440,00Trespasse (Goodwill) 444.<strong>14</strong>1,36 444.<strong>14</strong>1,36Participações financeiras (método <strong>de</strong> equivalência patrimonial) 163.427,85 191.700,29Outr<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> 182.225,63 172.225,63Subtotal 1.202.310,26 1.286.870,12Ativo correnteInventári<strong>os</strong> 6.315,18 10.589,71Clientes 199.917,65 <strong>14</strong>6.284,37Estado e outr<strong>os</strong> entes públic<strong>os</strong> 15.067,58 3.240,00Outras contas a receber 21.868,00 24.618,30Diferiment<strong>os</strong> 2.499,75 1.963,19Caixa e <strong>de</strong>pósit<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong> 10.<strong>14</strong>4,92 3.902,51Subtotal 255.813,08 190.598,08Total do ativo 1.458.123,34 1.477.468,20Capital Próprio e PassivoCapital PróprioCapital realizado 50.000,00 50.000,00Reservas legais 12.500,00 12.500,00Outras reservas 6.088,33 6.088,33Resultad<strong>os</strong> transitad<strong>os</strong> 178.167,06 23.419,70Ajustament<strong>os</strong> em ativ<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> 117.061,16 116.565,89Subtotal 363.816,55 208.573,92Resultado líquido do exercício 162.647,83 154.747,36Total do capital próprio 526.464,38 363.321,28P A S S I V OPassivo não correnteFinanciament<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> 468.454,60 489.312,24Outras contas a pagar 19.980,00 59.940,00Subtotal 488.434,60 549.252,24Passivo correnteFornecedores 75.243,65 100.349,50Estado e outr<strong>os</strong> entes públic<strong>os</strong> 28.773,38 23.048,04Acionistas/Sóci<strong>os</strong> 3.452,08 48.571,10Financiament<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> 48.500,00 90.000,00Outras contas a pagar 287.255,25 301.268,84Diferiment<strong>os</strong> 0,00 1.657,20Subtotal 443.224,36 564.894,68Total do Passivo 931.658,96 1.1<strong>14</strong>.<strong>14</strong>6,92Total do capital próprio e do passivo 1.458.123,34 1.477.468,20A Administração/Gerência ____________________________O Técnico oficial <strong>de</strong> contas ____________________________78


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAnexo II – Balanço consolidado da empresa LXL em 31 <strong>de</strong><strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010LXL, SABALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010Unida<strong>de</strong>:Eur<strong>os</strong>NIPC: 599 999 999Rubricas Notas 31-12-2010 31-12-2009A C T I V OAtivo não correnteAtiv<strong>os</strong> fix<strong>os</strong> tangíveis 6 507.063,63 552.025,72Proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Investimento 9 240.660,00 244.440,00Trespasse (Goodwill) 11 444.<strong>14</strong>1,36 444.<strong>14</strong>1,36Outr<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> 182.225,63 172.225,63Subtotal 1.374.090,62 1.412.832,71Ativo correnteInventári<strong>os</strong> 13 19.729,43 25.210,74Clientes 375.333,23 303.219,76Estado e outr<strong>os</strong> entes públic<strong>os</strong> 39.861,47 41.752,99Acionistas/Sóci<strong>os</strong> 28.500,00 70.000,00Outras contas a receber 29.607,59 34.975,48Diferiment<strong>os</strong> 5.172,20 3.730,11Caixa e <strong>de</strong>pósit<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong> 46.432,87 53.704,88Subtotal 544.636,79 532.593,96Total do ativo 1.918.727,41 1.945.426,67Capital PróprioCapital realizado 50.000,00 50.000,00Reservas legais 12.500,00 12.500,00Outras reservas 6.088,33 6.088,33Resultad<strong>os</strong> transitad<strong>os</strong> 11 132.390,25 23.419,70Ajustament<strong>os</strong> em ativ<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> 11 95.201.57 157.590,65Subtotal 296.180,15 249.598,68Interesses minoritári<strong>os</strong> 24.800,00 25.350,00Resultado liquido do exercício 191.539,52 83.316,53Total do capital próprio 512.519,67 358.265,21Passivo não correnteFinanciament<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> 7/8 648.680,23 677.170,90Outras contas a pagar 19.980,00 59.940,00Subtotal 668.660,23 737.110,90Passivo correnteFornecedores 108.804,06 155.100,24Estado e outr<strong>os</strong> entes públic<strong>os</strong> 50.683,74 49.6<strong>14</strong>,05Acionistas/Sóci<strong>os</strong> 5.575,72 52.571,10Financiament<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> 7/8 58.013,83 93.019,68Outras contas a pagar 5<strong>14</strong>.470,16 495.199,64Diferiment<strong>os</strong> 0,00 4.545,85Subtotal 737.547,51 850.050,56Total do Passivo 1.406.207,74 1.587.161,46Total do capital próprio e do passivo 1.918.727,41 1.945.426,67A Administração/Gerência ____________________________O Técnico oficial <strong>de</strong> contas ____________________________79


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAnexo III – Demonstração individual <strong>de</strong> resultad<strong>os</strong> 31 <strong>de</strong><strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010LXL, SA Moeda: Unida<strong>de</strong>:Demonstração individual d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> por naturezas EUR Eur<strong>os</strong>Período findo em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010 NIPC: 599 999 999Rendiment<strong>os</strong> e Gast<strong>os</strong> Notas 2010 2009Vendas e serviç<strong>os</strong> prestad<strong>os</strong> 987.825,48 993.746,75Subsídi<strong>os</strong> à exploração 5.905,45 1.183,71Ganh<strong>os</strong>/Perdas imputad<strong>os</strong> <strong>de</strong> subsidiárias, associadas e empreendiment<strong>os</strong>conjunt<strong>os</strong>47.500,75 45.776,81Variação <strong>de</strong> Inventári<strong>os</strong> na produção 0,00 0,00Trabalh<strong>os</strong> para a própria entida<strong>de</strong> 0,00 0,00Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -165.769,94 -179.562,95Forneciment<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong> extern<strong>os</strong> -346.286,01 -385.090,63Gast<strong>os</strong> com pessoal -264.313,95 -2<strong>14</strong>.626,52Ajustament<strong>os</strong> <strong>de</strong> inventári<strong>os</strong> (perdas/reversões) 0,00 0,00Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dívidas a receber (perdas/reversões) 0,00 0,00Provisões (aument<strong>os</strong>/reduções) 0,00 0,00Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong> não <strong>de</strong>preciáveis / amortizáveis (perdas/reversões) 0,00 0,00Aument<strong>os</strong> / Reduções <strong>de</strong> justo valor 0,00 0,00Outr<strong>os</strong> rendiment<strong>os</strong> e ganh<strong>os</strong> 22.265,51 24.303,61Outr<strong>os</strong> gast<strong>os</strong> e perdas -7.678,53 -13.712,94Resultado antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciações, gast<strong>os</strong> <strong>de</strong> financiamento e imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> 279.448,76 272.017,84Gast<strong>os</strong> / reversões <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação e <strong>de</strong> amortização -73.976,49 -72.864,28Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong> <strong>de</strong>preciáveis / amortizáveis (perdas/reversões) 0,00 0,00Resultado operacional (antes <strong>de</strong> gast<strong>os</strong> <strong>de</strong> financiamento e imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>) 205.472,27 199.153,56Jur<strong>os</strong> e rendiment<strong>os</strong> similares obtid<strong>os</strong> 0,00 0,00Jur<strong>os</strong> e gast<strong>os</strong> similares suportad<strong>os</strong> -23.117,06 -28.577,69Resultado antes <strong>de</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> 182.355,21 170.575,87Imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> sobre o rendimento do período -19.707,38 -15.828,51Resultado liquido do período 162.647,83 154.747,36Resultado das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scontinuadas (liquido <strong>de</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>)inc. no resultado liquido do períodoResultado liquido do período atribuível: (*)Detentores do capital da casa mãeInteresses minoritári<strong>os</strong>SubtotalResultado por ação básico(*) esta informação apenas será fornecida no <strong>caso</strong> <strong>de</strong> contas consolidadasA Administração/Gerência ____________________________O Técnico oficial <strong>de</strong> contas ____________________________80


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAnexo IV – Demonstração consolidada <strong>de</strong> resultad<strong>os</strong> 31 <strong>de</strong><strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010LXL, SA Moeda: Unida<strong>de</strong>:Demonstração consolidada d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> por naturezas EUR Eur<strong>os</strong>Período findo em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010 NIPC: 599 999 999Rendiment<strong>os</strong> e Gast<strong>os</strong> Notas 2010 2009Vendas e serviç<strong>os</strong> prestad<strong>os</strong> <strong>14</strong> 3.905.908,65 2.3<strong>14</strong>.723,28Subsídi<strong>os</strong> à exploração 15 26.059,69 11.687,54Ganh<strong>os</strong>/Perdas imputad<strong>os</strong> <strong>de</strong> subsidiárias, associadas e empreendiment<strong>os</strong>0,00 0,00conjunt<strong>os</strong>Variação <strong>de</strong> Inventári<strong>os</strong> na produção 0,00 0,00Trabalh<strong>os</strong> para a própria entida<strong>de</strong> 0,00 0,00Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -531.960,87 -300.000,75Forneciment<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong> extern<strong>os</strong> -1.756.137,27-1.098.206,75Gast<strong>os</strong> com pessoal - -611.595,061.071.541,72Ajustament<strong>os</strong> <strong>de</strong> inventári<strong>os</strong> (perdas/reversões) 0,00 0,00Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dívidas a receber (perdas/reversões) 0,00 0,00Provisões (aument<strong>os</strong>/reduções) 0,00 0,00Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong> não <strong>de</strong>preciáveis / amortizáveis (perdas/reversões) 0,00 0,00Aument<strong>os</strong> / Reduções <strong>de</strong> justo valor 0,00 0,00Outr<strong>os</strong> rendiment<strong>os</strong> e ganh<strong>os</strong> 51.857,87 27.670,42Outr<strong>os</strong> gast<strong>os</strong> e perdas -61.166,70 -47.768,11Resultado antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciações, gast<strong>os</strong> <strong>de</strong> financiamento e imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> 563.019,65 296.510,570,00 0,00Gast<strong>os</strong> / reversões <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação e <strong>de</strong> amortização 6/9 -211.404,08 -102.792,68Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativ<strong>os</strong> <strong>de</strong>preciáveis / amortizáveis (perdas/reversões) 0,00 0,00Resultado operacional (antes <strong>de</strong> gast<strong>os</strong> <strong>de</strong> financiamento e imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>) 351.615,57 193.717,890,00 0,00Jur<strong>os</strong> e rendiment<strong>os</strong> similares obtid<strong>os</strong> 0,00 0,00Jur<strong>os</strong> e gast<strong>os</strong> similares suportad<strong>os</strong> 7/8 -110.566,77 -82.030,77Resultado antes <strong>de</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> 241.048,80 111.687,120,00 0,00Imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> sobre o rendimento do período -49.509,28 -28.370,59Resultado líquido do período 191.539,52 83.316,53Resultado das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scontinuadas (liquido <strong>de</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>)inc. no resultado liquido do períodoResultado liquido do período atribuível: (*)Detentores do capital da casa mãeInteresses minoritári<strong>os</strong>SubtotalResultado por ação básico(*) esta informação apenas será fornecida no <strong>caso</strong> <strong>de</strong> contas consolidadasA Administração/Gerência ____________________________O Técnico oficial <strong>de</strong> contas ____________________________81


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAnexo V – Dad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Balanço do grupo GXL e da média <strong>de</strong>mercadoRUBRICASGXLCONSOLIDADOMÉDIA DOMERCADO31-12-2010 31-12-2010ATIVOAtivo não correnteAtiv<strong>os</strong> fix<strong>os</strong> tangíveis 171.855,42 379.417,00Proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento 240.660,00Goodwill 1.061.553,03 24.833,00Participações financeiras - Outr<strong>os</strong> métod<strong>os</strong> 210.853,00Acionistas/Sóci<strong>os</strong> 28.303,00Outr<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> 202.225,63Ativ<strong>os</strong> por imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> diferid<strong>os</strong> 2.016,00Sub total 1.676.294,08 645.422,00Ativo correnteInventári<strong>os</strong> 6.315,18 31.541,00Clientes 199.917,65 501.649,00Estado e outr<strong>os</strong> entes públic<strong>os</strong> 16.067,58 17.259,00Acionistas/Sóci<strong>os</strong> 207.487,00Outras contas a receber 21.868,00Diferiment<strong>os</strong> 2.499,75 8.682,00Outr<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> 701.448,00Caixa e <strong>de</strong>pósit<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong> 13.470,51 178.469,00Sub total 260.138,67 1.646.535,00Total do ATIVO 1.936.432,75 2.291.957,00CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOCAPITAL PRÓPRIOCapital realizado 75.000,00 83.778,00Outr<strong>os</strong> instrument<strong>os</strong> <strong>de</strong> capital próprio 424.683,00Reservas legais 12.500,00Outras reservas 6.088,33 553.055,00Resultad<strong>os</strong> transitad<strong>os</strong> 130.390,45Ajustament<strong>os</strong> em ativ<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> 15.359,00Resultado líquido do período 115.056,21 168.770,00Total do Capital Próprio 339.034,99 1.245.645,00PASSIVOPassivo não correnteProvisões 1.446,00Financiament<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> 895.257,30 157.734,00Responsabilida<strong>de</strong>s por benefíci<strong>os</strong> pós-emprego 178,00Passiv<strong>os</strong> por imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> diferid<strong>os</strong> 785,00Outras contas a pagar 256.980,00 7.924,00Sub total 1.152.237,30 168.067,00Passivo correnteFornecedores 75.243,65 304.291,00Estado e outr<strong>os</strong> entes públic<strong>os</strong> 28.773,38 54.303,00Acionistas/Sóci<strong>os</strong> 3.452,08 218.028,00Financiament<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong> 48.500,00 7.757,00Outras contas a pagar 289.191,35 293.866,00Sub total 445.160,46 878.245,00Total do Passivo 1.597.397,76 1.046.312,00Total do Capital Próprio e do Passivo 1.936.432,75 2.291.957,0082


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAnexo VI – Dad<strong>os</strong> da D. <strong>de</strong> Resultad<strong>os</strong> do grupo GXL e damédia <strong>de</strong> mercadoRENDIMENTOS E GASTOSGXLCONSOLIDADOMÉDIA DOMERCADO31-12-2010 31-12-2010Vendas e serviç<strong>os</strong> prestad<strong>os</strong> 989.875,48 1.412.465,00Subsídi<strong>os</strong> à exploração 5.905,45 3.908,00Ganh<strong>os</strong>/Perdas imputad<strong>os</strong> <strong>de</strong> subsidiárias, associadas e empreendiment<strong>os</strong>conjunt<strong>os</strong>0,00 13.762,00Variação n<strong>os</strong> inventári<strong>os</strong> da produção 0,00 5,00Trabalh<strong>os</strong> para a própria entida<strong>de</strong> 0,00 9,00Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (163.269,94) (237.724,00)Forneciment<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong> extern<strong>os</strong> (348.409,34) (5<strong>14</strong>.126,00)Gast<strong>os</strong> com pessoal (264.038,95) (379.872,00)Imparida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inventári<strong>os</strong> (perdas/reversões) 0,00Imparida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dívidas a receber (perdas/reversões) 0,00 (1.891,00)Provisões (aument<strong>os</strong>/reduções) 0,00 (850,00)Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investiment<strong>os</strong> não <strong>de</strong>preciáveis/amortizáveis(perdas/reversões)0,00 308,00Aument<strong>os</strong>/Reduções <strong>de</strong> justo valor 0,00 (319,00)Outr<strong>os</strong> rendiment<strong>os</strong> e ganh<strong>os</strong> 21.990,51 20.623,00Outr<strong>os</strong> gast<strong>os</strong> e perdas (7.683,35) (28.806,00)Resultado antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciações, gast<strong>os</strong> <strong>de</strong> financiamento e imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> 234.369,86 287.492,00Gast<strong>os</strong>/reversões <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação e <strong>de</strong> amortização (76.476,49) (54.804,00)Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investiment<strong>os</strong> <strong>de</strong>preciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)Resultado operacional (antes <strong>de</strong> gast<strong>os</strong> <strong>de</strong> financiamento e imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>) 157.893,37 232.688,00Jur<strong>os</strong> e rendiment<strong>os</strong> similares obtid<strong>os</strong> 0,00 1.211,00Jur<strong>os</strong> e gast<strong>os</strong> similares suportad<strong>os</strong> (23.129,78) (12.620,00)Resultado antes <strong>de</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> 134.763,59 221.279,00Imp<strong>os</strong>to sobre rendimento do período (19.707,38) (52.507,00)Resultado líquido do período 115.056,21 168.772,0083


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoAnexo VII – Relatório <strong>de</strong> Gestão da LXLLXL, SAEXERCICIO DE 2010RELATÓRIO DE GESTÃO DA ADMINISTRAÇÃODando cumprimento à legislação em vigor, n<strong>os</strong> term<strong>os</strong> Dec. Lei n.º 257/96, e <strong>de</strong>harmonia com o disp<strong>os</strong>to no art.º 65 do Código das Socieda<strong>de</strong>s comerciais, tem<strong>os</strong> ahonra <strong>de</strong> submeter à esclarecida apreciação d<strong>os</strong> senhores acionistas, o Relatório <strong>de</strong>Gestão e Contas, anex<strong>os</strong> a estes document<strong>os</strong>, da socieda<strong>de</strong> anónima. LXL, S.A.Continuou a Administração a dispensar <strong>os</strong> melhores esforç<strong>os</strong> no sentido <strong>de</strong> garantir umagestão económica equilibrada, na procura do enriquecimento do património da empresa.Foram feit<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong>, na aquisição <strong>de</strong> equipamento básico no valor <strong>de</strong> 4.245.46€,e em reclam<strong>os</strong> 3.270,00€.As Prestações <strong>de</strong> Serviç<strong>os</strong> atingiram valores <strong>de</strong> 987.825,485€, prevendo-se umcrescimento no próximo ano,A empresa não tem dívidas em situação <strong>de</strong> mora, perante o Estado nem à SegurançaSocialFace ao parágrafo anterior a Administração passa a evi<strong>de</strong>nciar a evolução d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>e a situação da socieda<strong>de</strong>:N<strong>os</strong> proveit<strong>os</strong> verificou-se a seguinte situação:O Estado optou nessa altura por abdicar da criação <strong>de</strong> laboratóri<strong>os</strong> própri<strong>os</strong> pararespon<strong>de</strong>r, na área do ambulatório, ao aumento <strong>de</strong> pedid<strong>os</strong> <strong>de</strong> exames auxiliares <strong>de</strong>diagnóstico, optando pela contratação <strong>de</strong> serviç<strong>os</strong> com laboratóri<strong>os</strong> privad<strong>os</strong>, através <strong>de</strong>um regime <strong>de</strong> contrat<strong>os</strong>-convenção, política que mantém até hoje. Em Janeiro <strong>de</strong> 2000estavam registad<strong>os</strong> no Ministério da Saú<strong>de</strong> 457 laboratóri<strong>os</strong> (cerca <strong>de</strong> 277 dirigid<strong>os</strong> porfarmacêutic<strong>os</strong> e cerca <strong>de</strong> 180 por médic<strong>os</strong>).Fact<strong>os</strong> relevantes ocorrid<strong>os</strong> no exercícioDurante o ano <strong>de</strong> 2010 houve várias alterações legais, tais como:Com o aumento do IVA, a ativida<strong>de</strong> do Laboratório sendo isenta, teve <strong>de</strong> suportar o aumento queocorreu em 2010, este impacto foi negativo principalmente no custo das matérias-primas e n<strong>os</strong> cust<strong>os</strong>gerais, apesar <strong>de</strong>ste impacto, <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> foram minimizad<strong>os</strong> pela política <strong>de</strong> redução d<strong>os</strong> consum<strong>os</strong>.A redução da emissão <strong>de</strong> cre<strong>de</strong>nciais pel<strong>os</strong> médic<strong>os</strong>, uma vez que houve instruções do Orçamento <strong>de</strong>Estado <strong>de</strong> 2010, para a redução das <strong>de</strong>spesas das Administrações Regionais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.A concorrência direta que <strong>os</strong> laboratóri<strong>os</strong> d<strong>os</strong> h<strong>os</strong>pitais passaram a fazer a<strong>os</strong> laboratóri<strong>os</strong> privad<strong>os</strong>,uma vez que há vári<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> que passam as cre<strong>de</strong>nciais para só serem p<strong>os</strong>síveis <strong>de</strong> ser realizadasem laboratóri<strong>os</strong> <strong>de</strong> Centr<strong>os</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e H<strong>os</strong>pitais.Evolução da Ativida<strong>de</strong>Este ano as prestações <strong>de</strong> serviç<strong>os</strong> diminuíram no entanto a margem bruta em 2010 ésuperior á <strong>de</strong> 2009, isto por se ter reduzido o consumo das Matérias-Primas. Em84


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação2010 o nº <strong>de</strong> doentes aumentou, isto <strong>de</strong>ve-se ao facto do Laboratório ter realizadocampanhas <strong>de</strong> divulgação e a<strong>os</strong> acord<strong>os</strong> com nov<strong>os</strong> p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> análises,tais como, a Clínica das Eiras (Castro Daire), a Clínica Cer<strong>de</strong>ira (Lamego) eCardiocentro (Chão da Cruz), e abertura <strong>de</strong> nov<strong>os</strong> p<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, o da Quinta Redonda e <strong>de</strong>Sta Marta <strong>de</strong> Penaguião.Resultado das OperaçõesVerifica-se que existe uma variação negativa das prestações <strong>de</strong> serviç<strong>os</strong> em 2010aumento d<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> rendiment<strong>os</strong> e gast<strong>os</strong> operacionais, o que resulta num resultadooperacional, superior ao <strong>de</strong> 2009.As <strong>de</strong>preciações do exercício aumentaram pelo facto <strong>de</strong> aumentar também <strong>os</strong> Ativ<strong>os</strong>Tangíveis.Os resultad<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> aumentaram isto porque durante o ano <strong>de</strong> 2010 a taxa <strong>de</strong> juroreduziu no entanto no final do ano foi-se verificando a tendência <strong>de</strong> aumento que irá termaior impacto no próximo ano, <strong>os</strong> gast<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> referem-se ao empréstimo, contacaucionada e Leasings.Política <strong>de</strong> Investiment<strong>os</strong>Período N Período N-1 Período N-2VariaçãoVariação facePolítica <strong>de</strong> investiment<strong>os</strong>Variação face aoVariaçãoQuantiasQuantiasao período Quantiasem valor períodoem valoranterioranteriorInvestiment<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> 163.427,85 (28.272,44) (<strong>14</strong>,75) % 191.700,29 (3.021,00) (1,55) % 194.721,29Proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>240.660,00 (3.780,00) (1,55) % 244.440,00 (3.780,00) (1,52) % 248.220,00investimentoActiv<strong>os</strong> fix<strong>os</strong> tangíveis 171.855,42 (62.507,42) (26,67) % 234.362,84 (82.325,29) (26,00) % 316.688,13Activ<strong>os</strong> intangíveis 444.<strong>14</strong>1,36 444.<strong>14</strong>1,36 444.<strong>14</strong>1,36Totais 1.020.084,63 (94.559,86) (8,48) % 1.1<strong>14</strong>.644,49 (89.126,29) (7,40) % 1.203.770,78A rubrica <strong>de</strong> Investiment<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> o cálculo do método da Equivalência Patrimonial, este métodoreflete a percentagem da participação da LXL sobre o valor do Capital Próprio <strong>de</strong> cada uma das suasparticipadas conforme quadro abaixo.Investiment<strong>os</strong>Financeir<strong>os</strong>QuantiasPeríodo N Período N-1 Período N-2Variação emvalorVariação faceao períodoanteriorQuantiasVariação emvalorVariação faceao períodoanteriorQuantiasBLX, Lda. 157.867,73 (29.417,87) (15,71) % 187.285,60 80.282,58 75,03% 107.003,02CXL Lda. 5.560,13 1.<strong>14</strong>5,44 25,95% 4.4<strong>14</strong>,69 (34.505,77) (88,66) % 38.920,46FXL Lda. (48.797,81) 48.797,81Totais 163.427,86 (28.272,43) (<strong>14</strong>,75) % 191.700,29 (3.021,00) (1,55) % 194.721,29A rubrica <strong>de</strong> Proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento refere-se ao edifício arrendado á sua associada CMF, a renda é<strong>de</strong> 1.800,00€ mensais. No ano <strong>de</strong> 2010 o laboratório baixou <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> realizad<strong>os</strong>, as taxas <strong>de</strong><strong>de</strong>preciação são as normais.Os Activ<strong>os</strong> Intangíveis referem-se a<strong>os</strong> valores do Goodwill da aquisição da participação das suasassociadas conforme quadro em anexo.Activ<strong>os</strong> Intangíveis (Goodwill) Valor <strong>de</strong> aquisiçãoCP da associada na data <strong>de</strong>aquisição% <strong>de</strong> participação ValorBLX, Lda. 130.000,00 (48.690,10) 97,29% 177.371,09CXL Lda. 120.000,00 (72.382,80) 76,39% 175.293,22FXL Lda. 150.000,00 61.603,11 95,00% 91.477,05Totais 400.000,00 444.<strong>14</strong>1,3685


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoSituação PatrimonialNa análise do <strong>de</strong>sempenho económico verifica-se que <strong>os</strong> Capitais têm uma rentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 30,89% e queface ao ano anterior teve um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 11,70%, a rentabilida<strong>de</strong> das vendas é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 16,47% eque teve um pequeno aumento.Face ao ano <strong>de</strong> 2009 na estrutura <strong>de</strong> capitais o endividamento baixou, isto <strong>de</strong>ve-se á amortização <strong>de</strong> partedo empréstimo e ao aumento do Capital Próprio, a autonomia financeira aumentou, isto porque houveuma redução do valor do Ativo e o Capital Próprio aumentou, este aumento fez também com que o grau<strong>de</strong> solvabilida<strong>de</strong> tivesse um crescimento <strong>de</strong> 23.90%.Analisando o equilíbrio financeiro verifica-se que a liqui<strong>de</strong>z aumentou, no entanto a liqui<strong>de</strong>z Imediata ébaixa, o prazo médio <strong>de</strong> recebimento aumentou, isto por que a ADSE no final do ano <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> pagarretomando só no início <strong>de</strong> 2011. Os outr<strong>os</strong> indicadores (EBITA, EBIT E NOPLAT) aumentaram tod<strong>os</strong>.Participações <strong>de</strong>tidas por membr<strong>os</strong> do Órgão <strong>de</strong> administração e <strong>de</strong>FiscalizaçãoParticipações d<strong>os</strong> membr<strong>os</strong> doorgão <strong>de</strong> gestão e d<strong>os</strong>membr<strong>os</strong> do órgão <strong>de</strong>fiscalização artº 447 do CSCFunçãoNº <strong>de</strong> acçõesxxxxxx Presi<strong>de</strong>nte 0xxxxxx Vogal 0xxxxxxx Vogal 0Totais 0Acção/ValornominalValor daParticipação- € - €- € - €- € - €- € - €nº 1 nº 2Publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participação <strong>de</strong> accionistaParticipações (e transacções) qualificadas no capital da socieda<strong>de</strong> art.º 448 do CSCAccionistas com participaçõesqualificadaszzz…TotaisNúmero <strong>de</strong> acções 10.000,00 10.000,00Acções <strong>de</strong>tidas no começo do períodoValor nominal unitário 5,00 5,00Valor nominal total 50.000,00 50.000,00Percentagem do capital social 100,00% 100,00%Número <strong>de</strong> acções 10.000,00 10.000,00Acções <strong>de</strong>tidas no fim do períodoValor nominal unitário 5,00 5,00Valor nominal total 50.000,00 50.000,00Percentagem do capital social 100,00% 100,00%Capital social 50.000,00Prop<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> Resultad<strong>os</strong>86


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoPara finalizar propom<strong>os</strong> à Assembleia que aprove as contas apresentadas, e que o resultado líquido<strong>de</strong>pois d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> 162.647,83 € seja assim distribuído:Rubricas2010 2009 2008Resultad<strong>os</strong> Transitad<strong>os</strong> 162.647,83 € 154.747,36 € 23.419,00 €Reserva legal - € - € - €Reservas livres - € - € - €Lucr<strong>os</strong> distribuíd<strong>os</strong> - € - € - €Para terminar, o conselho <strong>de</strong> Administração g<strong>os</strong>taria <strong>de</strong> exprimir o seu agra<strong>de</strong>cimento a tod<strong>os</strong> <strong>os</strong>Órgã<strong>os</strong> Sociais da Socieda<strong>de</strong>, bem como a tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> seus colaboradores pelo esforço e empenhomanifestado para continuar o engran<strong>de</strong>cimento da empresa,PESO DA REGUA, 28 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011.87


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoApêndices88


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoApêndice I – Entrevista a<strong>os</strong> administradores/gerentesQuestões a<strong>os</strong> administradores/gerentes do GrupoGerente da empresaComo sabe, em setembro <strong>de</strong> 2009, foi aprovado um novo normativo contabilístico, o“Sistema <strong>de</strong> normalização contabilista” SNC, o objetivo <strong>de</strong>ste, seria para além <strong>de</strong>facilitar a leitura das <strong>de</strong>monstrações financeiras, ajudar também a comparabilida<strong>de</strong> comas entida<strong>de</strong>s que utilizem as IFRS.Segundo alguns estud<strong>os</strong>, o fenómeno da globalização obriga, a que <strong>os</strong> vári<strong>os</strong> paísesadaptem <strong>os</strong> seus normativ<strong>os</strong> contabilístic<strong>os</strong> para que haja comparabilida<strong>de</strong> dainformação financeira numa escala global (Gr<strong>os</strong>u (2009)).1. Tendo em conta a transição do normativo POC para SNC, acha que lhe facilitou aleitura das <strong>de</strong>monstrações financeiras? Porquê?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________2. Com este normativo, é lhe p<strong>os</strong>sível comparar as <strong>de</strong>monstrações financeiras comempresas estrangeiras?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Até ao momento, ainda são pouc<strong>os</strong> <strong>os</strong> estud<strong>os</strong> sobre aplicação do SNC, no entanto emcomparação com IAS/IFRS, estes concluíram que <strong>os</strong> valores contabilístic<strong>os</strong> dassocieda<strong>de</strong>s que aplicam as IAS/IFRS apresentam melhor qualida<strong>de</strong> na informaçãofinanceira em comparação com as que não aplicam estas normas (Barth , Landsman eLang (2007)).89


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação3. Com a imp<strong>os</strong>ição <strong>de</strong> maior nível <strong>de</strong> divulgação acha que ajuda a gestão para aredução d<strong>os</strong> risc<strong>os</strong>?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________4. Acha que a utilização <strong>de</strong> ráci<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> analistas, para comparar o<strong>de</strong>sempenho das entida<strong>de</strong>s com <strong>os</strong> concorrentes nacionais ou internacionais éimportante?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________5. Nas reuniões trimestrais da administração, para a análise da situação das empresas,<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrações financeiras ajudam a i<strong>de</strong>ntificar ráci<strong>os</strong>financeir<strong>os</strong> importantes para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________6. O novo normativo SNC veio valorizar o património das entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> que éadministrador?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________7. Após a apresentação do relato financeiro do ano <strong>de</strong> 2010, acha que foi a melhor<strong>de</strong>cisão ser só a empresa LXL a efetuar o relato, bem como a consolidação dascontas ou manter em contas individuais?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________90


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicaçãoApêndice II – Entrevista ao Técnico Oficial <strong>de</strong> Contas e paraao Revisor Oficial <strong>de</strong> Contas.As questões ao Técnico Oficial <strong>de</strong> Contas e para ao Revisor Oficial <strong>de</strong> Contas.Como sabe, em setembro <strong>de</strong> 2009, foi aprovado um novo normativo contabilístico, o“Sistema <strong>de</strong> normalização contabilista” SNC, o objetivo <strong>de</strong>ste, seria para além <strong>de</strong>facilitar a leitura das <strong>de</strong>monstrações financeiras, ajudar também a comparabilida<strong>de</strong> comas entida<strong>de</strong>s que utilizem as IFRS.Segundo alguns estud<strong>os</strong>, o fenómeno da globalização obriga, a que <strong>os</strong> vári<strong>os</strong> paísesadaptem <strong>os</strong> seus normativ<strong>os</strong> contabilístic<strong>os</strong> para que haja comparabilida<strong>de</strong> dainformação financeira numa escala global (Gr<strong>os</strong>u (2009)).1. Tendo em conta a transição do normativo POC para SNC, acha que lhe facilitou aleitura das <strong>de</strong>monstrações financeiras? Porquê?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________2. Acha que a aplicação do SNC veio facilitar o trabalho do relato financeiro? Porquê?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Até ao momento, ainda são pouc<strong>os</strong> <strong>os</strong> estud<strong>os</strong> sobre aplicação do SNC, no entanto emcomparação com IAS/IFRS, estes concluíram que <strong>os</strong> valores contabilístic<strong>os</strong> dassocieda<strong>de</strong>s que aplicam as IAS/IFRS apresentam melhor qualida<strong>de</strong> na informaçãofinanceira em comparação com as que não aplicam estas normas (Barth , Landsman eLang (2007)).91


N.C.R.F <strong>14</strong> – Concentrações <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>Empresariais</strong> e <strong>os</strong> Impact<strong>os</strong> da sua aplicação3. Com a imp<strong>os</strong>ição <strong>de</strong> maior nível <strong>de</strong> divulgação acha que ajuda a gestão para aredução d<strong>os</strong> risc<strong>os</strong>?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________4. Até que ponto houve impact<strong>os</strong> na questão da aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong>, acha quefacilitou o relato do grupo?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________5. A aplicação da <strong>NCRF</strong> <strong>14</strong> veio simplificar/dificultar o seu trabalho, ou pelo contráriotornou-o mais mor<strong>os</strong>o?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________92

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