13.07.2015 Views

Maria do Socorro Nogueira Polary ** Consideracões em - UFMA

Maria do Socorro Nogueira Polary ** Consideracões em - UFMA

Maria do Socorro Nogueira Polary ** Consideracões em - UFMA

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

um processo educativo a-crítico,o que significa concretamentesubmeter-se se à qualquer razãoinstrumental.Para ALTHUSSER: cita<strong>do</strong>por SAVIANI(1989, p.28-35)a escoIa constitui o instrumento maisacata<strong>do</strong> de reprodução das relacões de producão <strong>do</strong> tipo capit~lista. Para isso, ela torna a sias crianças de todas as classessociais e lhes inculca duranteanos a fio de audiência obrigatQria saberes práticos envolvi<strong>do</strong>sna 'ideologia <strong>do</strong>minante. Urna gra~de parte(operários e camponeses)cumpre a escolaridade básica e éintroduzida no processo produtlvo , Outros avançam no proce ssode escolarização mas acabam porinterrompê-lo passan<strong>do</strong> a integraros quadros médios,os pequenos burgueses de toda espécie. Urna p~quena parte enfim, atinge o vertice da pirâmide escolar. Estesvâo ocupar os postos próprios <strong>do</strong>sagentes de exploração(no sist<strong>em</strong>aprodutivo), <strong>do</strong>s agentes de repre,!!são (nos aparelhos repressivos <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong>) e <strong>do</strong>s profissionais daideologia(nos aparelhos ideológlcos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>) .Para BOURDIEU & PASSERON, cita<strong>do</strong> por SAVIANI(1989), aviolência material da <strong>do</strong>minaçãoeconômica exercida pelos gruposou classes <strong>do</strong>minantes sobre osgrupos ou classes <strong>do</strong>minadas corresponde a violência simbólicada <strong>do</strong>minação cultural, já que t2<strong>do</strong> o poder que chega a impor significações e a impô-Ias corno legítimas dissimulan<strong>do</strong> as relaçõesde forças que estão na base desua força acrescenta sua própriaforça, ou seja, a força propri~mente simbólica a essas relaçõesde força. O trabalho pedagógicoé aí entendi<strong>do</strong> como um trabalhode inculcação que deve durar obastante para produzir um habituscomo produto da interiorização<strong>do</strong>s princípios de um arbitráriocapaz de perpetuar-se após a cessaçao da ação pedagógica.As análises feitas porALTHUSSER, BOURDIEU e PASSERON,têm leva<strong>do</strong> a críticas vez que, decerta forma descartam, conformeseus críticos,a possibilidade d<strong>em</strong>udança, negam a dimensão polítlca da educaç'âo admí,tin<strong>do</strong> apenasa consciência alienada como pr2duto de sua construção. Como tal,têm leva<strong>do</strong> também a uma certa sensaçao de impotência ou de pesslmismo <strong>em</strong> relação ao fenômeno ed~cativo. Preferimos considerar,noentanto, a possibilidade de con~cientização que suas posições eargumentações são capazes de of~recer sobre a realidade sociaI, conscientização que, encaramos corno um primeiro passo<strong>do</strong> avanço via transformação.Cad. Pesq., são Luís, v. 6. n. 2, p. 109-121, jul./dez. 1990. 117

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!