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Avaliando os resultados da Justiça Restaurativa:Os programas de Justiça Restaurativa são recentes e a experiência que se acumulou éainda pequena para autorizar conclusões mais fortes. O caso da Nova Zelândia, nãoobstante, parece oferecer uma boa chance de exame porque ali a Justiça Restaurativajá conta com uma experiência significativa. Neste país, passou-se a <strong>em</strong>pregar a novaabordag<strong>em</strong> prioritariamente no trato com adolescentes infratores <strong>em</strong> 1989. Atualmente,já há vários casos de procedimentos de Justiça Restaurativa para crimes praticadospor adultos na Nova Zelândia, incluindo crimes graves e violentos. Neste país, t<strong>em</strong> sidousada uma espécie de “audiência familiar” como forma de encontro. A idéia, que partede uma antiga tradição Maori, é a de permitir que pessoas que realmente sãoimportantes para cada uma das partes estejam presentes nos encontros etest<strong>em</strong>unh<strong>em</strong> seus resultados. Não apenas m<strong>em</strong>bros da família, mas também amigosou pessoas estimadas pela partes são instados a participar ativamente.Morris (2002) sustenta que os indicadores disponíveis para reincidência são muitomenores nos casos <strong>em</strong> que a nova abordag<strong>em</strong> é <strong>em</strong>pregada. Pesquisas na NovaZelândia 9 têm d<strong>em</strong>onstrado que as vítimas se satisfaz<strong>em</strong> mais com os processos deJustiça Restaurativa e que os infratores consideram os mesmos procedimentos, maisfreqüent<strong>em</strong>ente, como “justos”. Outros trabalhos que acompanharam os resultadosobtidos na Austrália com a Justiça Restaurativa para adolescentes <strong>em</strong> conflito com a leid<strong>em</strong>onstraram estes mesmos resultados (Strang et al. 1999).Procedimentos de Justiça Restaurativa têm sido parte importante dos esforços porjustiça realizados na África do Sul e têm funcionado, <strong>em</strong> muitos outros países, na formade projetos-piloto ou atendendo a determinadas áreas ou tipos de crime. Na Inglaterrae País de Gales há, atualmente, 11 projetos <strong>em</strong> funcionamento que trabalham comJustiça Restaurativa.Há, por certo, limitações para a proposta de uma Justiça Restaurativa. A primeira e,possivelmente, a mais importante delas é que este é um sist<strong>em</strong>a de participaçãovoluntária. Tal característica propõe, de imediato, a questão do que se poderia fazer9 Latimer, J; Dowden, C. e Muise, D. (2001), “The Effectiveness of Restorative Justice Practices: a metaanalysis.” Ottawa, Ontario: Department of Justice Canada. Daly, K. (2001) “Conferences in Australiaand New Zealand: Variations, Research Findings and Prospects” in A. Morris and G. Maxwells, eds.Restoring Justice for Juveniles: conferences, mediation and circles. Oxford: Hart Publishing. Strang, H.(2001) “Justice for Victims of Young Offenders: The Centrality of Emotional Harm an Restoration”, in A.Morris and G. Maxwells, eds. Restoring Justice for Juveniles: Conferences, Mediation and Circles.Oxford: Hart Publishing. Umbreit, M; Coates, R. e Vos, B. (2001), “Victim Impact of Meeting With YoungOffenders: Two Decades of Victim Offender Mediation Practice and Research”, in A.Morris and G.Maxwells, eds. Restoring Justice for Juveniles: Conferences, Mediation and Circles. Oxford: HartPublishing. Citado por Morris (2002:607)

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