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Existem relatos <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> transmissão inter-humana na literatura, que ocorreram através<strong>de</strong> transplante <strong>de</strong> córnea. A via respiratória, transmissão sexual, via digestiva (em animais) etransmissão vertical também são aventadas, mas com possibilida<strong>de</strong> remota.Perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> incubaçãoÉ extremamente variável, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> dias até anos, com uma média <strong>de</strong> 45 dias no homem e <strong>de</strong>10 dias a 2 meses no cão. Em crianças, existe tendência <strong>para</strong> um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> incubação menor queno indivíduo adulto. O perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> incubação está diretamente liga<strong>do</strong> a:• localização, extensão e profundida<strong>de</strong> da mor<strong>de</strong>dura, arranhadura, lambedura ou contato com asaliva <strong>de</strong> animais infecta<strong>do</strong>s;• distância entre o local <strong>do</strong> ferimento, o cére<strong>br</strong>o e troncos nervosos;• concentração <strong>de</strong> partículas virais inoculadas e cepa viral.Perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> transmissibilida<strong>de</strong>Nos cães e gatos, a eliminação <strong>de</strong> vírus pela saliva ocorre <strong>de</strong> 2 a 5 dias antes <strong>do</strong>aparecimento <strong>do</strong>s sinais clínicos, persistin<strong>do</strong> durante toda a evolução da <strong>do</strong>ença. A morte <strong>do</strong>animal acontece, em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação <strong>do</strong>s sintomas. Em relação aosanimais silvestres, há poucos estu<strong>do</strong>s so<strong>br</strong>e o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> transmissão, saben<strong>do</strong>-se que varia <strong>de</strong>espécie <strong>para</strong> espécie. Por exemplo, especificamente os quirópteros po<strong>de</strong>m albergar o vírus porlongo perío<strong>do</strong>, sem sintomatologia aparente.Susceptibilida<strong>de</strong> e imunida<strong>de</strong>To<strong>do</strong>s os mamíferos são susceptíveis à infecção pelo vírus da raiva. Não há relato <strong>de</strong>casos <strong>de</strong> imunida<strong>de</strong> natural no homem. A imunida<strong>de</strong> é conferida através <strong>de</strong> vacinação,acompanhada ou não por soro.Aspectos clínicos e laboratoriaisManifestações clínicasApós um perío<strong>do</strong> variável <strong>de</strong> incubação, aparecem os pródromos que duram <strong>de</strong> 2 a 4 diase são inespecíficos. O paciente apresenta mal-estar geral, pequeno aumento <strong>de</strong> temperatura,anorexia, cefaléia, náuseas, <strong>do</strong>r <strong>de</strong> garganta, entorpecimento, irritabilida<strong>de</strong>, inquietu<strong>de</strong> e sensação<strong>de</strong> angústia. Po<strong>de</strong>m ocorrer hiperestesia e parestesia no trajeto <strong>de</strong> nervos periféricos, próximos aolocal da mor<strong>de</strong>dura, e alterações <strong>de</strong> comportamento. A infecção progri<strong>de</strong>, surgin<strong>do</strong> manifestações<strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e hiperexcitabilida<strong>de</strong> crescentes, fe<strong>br</strong>e, <strong>de</strong>lí<strong>rio</strong>s, espasmos musculares involuntá<strong>rio</strong>s,generaliza<strong>do</strong>s e/ou convulsões. Espasmos <strong>do</strong>s músculos da laringe, faringe e língua ocorremquan<strong>do</strong> o paciente vê ou tenta ingerir líqui<strong>do</strong>, apresentan<strong>do</strong> sialorréia intensa. Os espasmosmusculares evoluem <strong>para</strong> um quadro <strong>de</strong> <strong>para</strong>lisia, levan<strong>do</strong> a alterações cardiorrespiratórias,retenção urinária e obstipação intestinal.O paciente se mantém consciente, com perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> alucinações, até à instalação <strong>de</strong> quadrocomatoso e evolução <strong>para</strong> óbito. Observa-se ainda a presença <strong>de</strong> disfagia, aerofobia, hiperacusia,fotofobia. O perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> evolução <strong>do</strong> quadro clínico, após instala<strong>do</strong>s os sinais e sintomas até oóbito, é em geral <strong>de</strong> 5 a 7 dias.Diagnóstico diferencialNão existem dificulda<strong>de</strong>s <strong>para</strong> estabelecer o diagnóstico quan<strong>do</strong> o quadro clínico vieracompanha<strong>do</strong> <strong>de</strong> sinais e sintomas característicos da raiva, precedi<strong>do</strong>s por mor<strong>de</strong>dura,arranhadura ou lambedura <strong>de</strong> mucosas provocadas por animal raivoso. Este quadro clínico típicoocorre em cerca <strong>de</strong> 80% <strong>do</strong>s pacientes.No caso da raiva humana transmitida por morcegos hematófagos, cuja forma épre<strong>do</strong>minantemente <strong>para</strong>lítica, o diagnóstico é incerto e a suspeita recai em outros agravos quepo<strong>de</strong>m ser confundi<strong>do</strong>s com raiva humana. Nestes casos, o diagnóstico diferencial <strong>de</strong>ve serrealiza<strong>do</strong> com: tétano; pasteurelose, por mor<strong>de</strong>dura <strong>de</strong> gato e <strong>de</strong> cão; infecção por vírus B(Herpesvirus simiae), por mor<strong>de</strong>dura <strong>de</strong> macaco; botulismo e fe<strong>br</strong>e por mordida <strong>de</strong> rato (Sodóku);fe<strong>br</strong>e por arranhadura <strong>de</strong> gato (linforreticulose benigna <strong>de</strong> inoculação); encefalite pós-vacinal;

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