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Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - Compilado

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Presidência <strong>da</strong> RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurídicosCONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILDE <strong>1988</strong>Emen<strong>da</strong>s ConstitucionaisAto <strong>da</strong>s Disposições Constitucionais TransitóriasAtos <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> disposto no § 3º <strong>do</strong> art. 5ºÍNDICE TEMÁTICOEmen<strong>da</strong>s Constitucionais <strong>de</strong> RevisãoÍndice TemáticoPREÂMBULONós, representantes <strong>do</strong> povo brasileiro, reuni<strong>do</strong>s em Assembléia Nacional Constituintepara instituir um Esta<strong>do</strong> Democrático, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a assegurar o exercício <strong>do</strong>s direitos sociais eindividuais, a liber<strong>da</strong><strong>de</strong>, a segurança, o bem-estar, o <strong>de</strong>senvolvimento, a igual<strong>da</strong><strong>de</strong> e a justiçacomo valores supremos <strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> fraterna, pluralista e sem preconceitos, fun<strong>da</strong><strong>da</strong> naharmonia social e comprometi<strong>da</strong>, na or<strong>de</strong>m interna e internacional, com a solução pacífica <strong>da</strong>scontrovérsias, promulgamos, sob a proteção <strong>de</strong> Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DAREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.TÍTULODos Princípios Fun<strong>da</strong>mentaisIArt. 1º A República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, forma<strong>da</strong> pela união indissolúvel <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s eMunicípios e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, constitui-se em Esta<strong>do</strong> Democrático <strong>de</strong> Direito e tem comofun<strong>da</strong>mentos:I - a soberania;II - a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>niaIII - a digni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pessoa humana;IV - os valores sociais <strong>do</strong> trabalho e <strong>da</strong> livre iniciativa;V - o pluralismo político.Parágrafo único. To<strong>do</strong> o po<strong>de</strong>r emana <strong>do</strong> povo, que o exerce por meio <strong>de</strong> representanteseleitos ou diretamente, nos termos <strong>de</strong>sta Constituição.Art. 2º São Po<strong>de</strong>res <strong>da</strong> União, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e harmônicos entre si, o Legislativo, oExecutivo e o Judiciário.Art. 3º Constituem objetivos fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>:I - construir uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> livre, justa e solidária;


II - garantir o <strong>de</strong>senvolvimento nacional;III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s sociais e regionais;IV - promover o bem <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, sem preconceitos <strong>de</strong> origem, raça, sexo, cor, i<strong>da</strong><strong>de</strong> equaisquer outras formas <strong>de</strong> discriminação.Art. 4º A República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> rege-se nas suas relações internacionais pelosseguintes princípios:I - in<strong>de</strong>pendência nacional;II - prevalência <strong>do</strong>s direitos humanos;III - auto<strong>de</strong>terminação <strong>do</strong>s povos;IV - não-intervenção;V - igual<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os Esta<strong>do</strong>s;VI - <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> paz;VII - solução pacífica <strong>do</strong>s conflitos;VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;IX - cooperação entre os povos para o progresso <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong>;X - concessão <strong>de</strong> asilo político.Parágrafo único. A República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> buscará a integração econômica,política, social e cultural <strong>do</strong>s povos <strong>da</strong> América Latina, visan<strong>do</strong> à formação <strong>de</strong> uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>latino-americana <strong>de</strong> nações.TÍTULOIIDos Direitos e Garantias Fun<strong>da</strong>mentaisCAPÍTULODOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOSArt. 5º To<strong>do</strong>s são iguais perante a lei, sem distinção <strong>de</strong> qualquer natureza, garantin<strong>do</strong>-seaos brasileiros e aos estrangeiros resi<strong>de</strong>ntes no País a inviolabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> direito à vi<strong>da</strong>, àliber<strong>da</strong><strong>de</strong>, à igual<strong>da</strong><strong>de</strong>, à segurança e à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>, nos termos seguintes:I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos <strong>de</strong>sta Constituição;II - ninguém será obriga<strong>do</strong> a fazer ou <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer alguma coisa senão em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> lei;III - ninguém será submeti<strong>do</strong> a tortura nem a tratamento <strong>de</strong>sumano ou <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>nte;IV - é livre a manifestação <strong>do</strong> pensamento, sen<strong>do</strong> ve<strong>da</strong><strong>do</strong> o anonimato;V - é assegura<strong>do</strong> o direito <strong>de</strong> resposta, proporcional ao agravo, além <strong>da</strong> in<strong>de</strong>nização por<strong>da</strong>no material, moral ou à imagem;I


VI - é inviolável a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> consciência e <strong>de</strong> crença, sen<strong>do</strong> assegura<strong>do</strong> o livre exercício<strong>do</strong>s cultos religiosos e garanti<strong>da</strong>, na forma <strong>da</strong> lei, a proteção aos locais <strong>de</strong> culto e a suasliturgias;VII - é assegura<strong>da</strong>, nos termos <strong>da</strong> lei, a prestação <strong>de</strong> assistência religiosa nas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>scivis e militares <strong>de</strong> internação coletiva;VIII - ninguém será priva<strong>do</strong> <strong>de</strong> direitos por motivo <strong>de</strong> crença religiosa ou <strong>de</strong> convicçãofilosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se <strong>de</strong> obrigação legal a to<strong>do</strong>s imposta erecusar-se a cumprir prestação alternativa, fixa<strong>da</strong> em lei;IX - é livre a expressão <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> intelectual, artística, científica e <strong>de</strong> comunicação,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> censura ou licença;X - são invioláveis a intimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a vi<strong>da</strong> priva<strong>da</strong>, a honra e a imagem <strong>da</strong>s pessoas,assegura<strong>do</strong> o direito a in<strong>de</strong>nização pelo <strong>da</strong>no material ou moral <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> sua violação;XI - a casa é asilo inviolável <strong>do</strong> indivíduo, ninguém nela po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> penetrar semconsentimento <strong>do</strong> mora<strong>do</strong>r, salvo em caso <strong>de</strong> flagrante <strong>de</strong>lito ou <strong>de</strong>sastre, ou para prestarsocorro, ou, durante o dia, por <strong>de</strong>terminação judicial;XII - é inviolável o sigilo <strong>da</strong> correspondência e <strong>da</strong>s comunicações telegráficas, <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s e<strong>da</strong>s comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por or<strong>de</strong>m judicial, nas hipóteses e naforma que a lei estabelecer para fins <strong>de</strong> investigação criminal ou instrução processual penal;XIII - é livre o exercício <strong>de</strong> qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendi<strong>da</strong>s as qualificaçõesprofissionais que a lei estabelecer;XIV - é assegura<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s o acesso à informação e resguar<strong>da</strong><strong>do</strong> o sigilo <strong>da</strong> fonte, quan<strong>do</strong>necessário ao exercício profissional;XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo <strong>de</strong> paz, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> qualquerpessoa, nos termos <strong>da</strong> lei, nele entrar, permanecer ou <strong>de</strong>le sair com seus bens;XVI - to<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> autorização, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não frustrem outra reunião anteriormenteconvoca<strong>da</strong> para o mesmo local, sen<strong>do</strong> apenas exigi<strong>do</strong> prévio aviso à autori<strong>da</strong><strong>de</strong> competente;XVII - é plena a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> associação para fins lícitos, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a <strong>de</strong> caráter paramilitar;XVIII - a criação <strong>de</strong> associações e, na forma <strong>da</strong> lei, a <strong>de</strong> cooperativas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>autorização, sen<strong>do</strong> ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a interferência estatal em seu funcionamento;XIX - as associações só po<strong>de</strong>rão ser compulsoriamente dissolvi<strong>da</strong>s ou ter suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>ssuspensas por <strong>de</strong>cisão judicial, exigin<strong>do</strong>-se, no primeiro caso, o trânsito em julga<strong>do</strong>;XX - ninguém po<strong>de</strong>rá ser compeli<strong>do</strong> a associar-se ou a permanecer associa<strong>do</strong>;XXI - as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s associativas, quan<strong>do</strong> expressamente autoriza<strong>da</strong>s, têm legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> pararepresentar seus filia<strong>do</strong>s judicial ou extrajudicialmente;XXII - é garanti<strong>do</strong> o direito <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>;XXIII - a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> aten<strong>de</strong>rá a sua função social;


XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para <strong>de</strong>sapropriação por necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> ouutili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia in<strong>de</strong>nização em dinheiro,ressalva<strong>do</strong>s os casos previstos nesta Constituição;XXV - no caso <strong>de</strong> iminente perigo público, a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> competente po<strong>de</strong>rá usar <strong>de</strong>proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> particular, assegura<strong>da</strong> ao proprietário in<strong>de</strong>nização ulterior, se houver <strong>da</strong>no;XXVI - a pequena proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> rural, assim <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> em lei, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que trabalha<strong>da</strong> pelafamília, não será objeto <strong>de</strong> penhora para pagamento <strong>de</strong> débitos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>produtiva, dispon<strong>do</strong> a lei sobre os meios <strong>de</strong> financiar o seu <strong>de</strong>senvolvimento;XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo <strong>de</strong> utilização, publicação ou reprodução <strong>de</strong>suas obras, transmissível aos her<strong>de</strong>iros pelo tempo que a lei fixar;XXVIII - são assegura<strong>do</strong>s, nos termos <strong>da</strong> lei:a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução <strong>da</strong> imagem evoz humanas, inclusive nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas;b) o direito <strong>de</strong> fiscalização <strong>do</strong> aproveitamento econômico <strong>da</strong>s obras que criarem ou <strong>de</strong> queparticiparem aos cria<strong>do</strong>res, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais eassociativas;XXIX - a lei assegurará aos autores <strong>de</strong> inventos industriais privilégio temporário para suautilização, bem como proteção às criações industriais, à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s marcas, aos nomes<strong>de</strong> empresas e a outros signos distintivos, ten<strong>do</strong> em vista o interesse social e o<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico e econômico <strong>do</strong> País;XXX - é garanti<strong>do</strong> o direito <strong>de</strong> herança;XXXI - a sucessão <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> estrangeiros situa<strong>do</strong>s no País será regula<strong>da</strong> pela leibrasileira em benefício <strong>do</strong> cônjuge ou <strong>do</strong>s filhos brasileiros, sempre que não lhes seja maisfavorável a lei pessoal <strong>do</strong> "<strong>de</strong> cujus";XXXII - o Esta<strong>do</strong> promoverá, na forma <strong>da</strong> lei, a <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r;XXXIII - to<strong>do</strong>s têm direito a receber <strong>do</strong>s órgãos públicos informações <strong>de</strong> seu interesseparticular, ou <strong>de</strong> interesse coletivo ou geral, que serão presta<strong>da</strong>s no prazo <strong>da</strong> lei, sob pena <strong>de</strong>responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, ressalva<strong>da</strong>s aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança <strong>da</strong>socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>;XXXIV - são a to<strong>do</strong>s assegura<strong>do</strong>s, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong> pagamento <strong>de</strong> taxas:a) o direito <strong>de</strong> petição aos Po<strong>de</strong>res Públicos em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> direitos ou contra ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong> ouabuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r;b) a obtenção <strong>de</strong> certidões em repartições públicas, para <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> direitos eesclarecimento <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> interesse pessoal;XXXV - a lei não excluirá <strong>da</strong> apreciação <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário lesão ou ameaça a direito;XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquiri<strong>do</strong>, o ato jurídico perfeito e a coisa julga<strong>da</strong>;XXXVII - não haverá juízo ou tribunal <strong>de</strong> exceção;


XXXVIII - é reconheci<strong>da</strong> a instituição <strong>do</strong> júri, com a organização que lhe <strong>de</strong>r a lei,assegura<strong>do</strong>s:a) a plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa;b) o sigilo <strong>da</strong>s votações;c) a soberania <strong>do</strong>s veredictos;d) a competência para o julgamento <strong>do</strong>s crimes <strong>do</strong>losos contra a vi<strong>da</strong>;XXXIX - não há crime sem lei anterior que o <strong>de</strong>fina, nem pena sem prévia cominação legal;XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória <strong>do</strong>s direitos e liber<strong>da</strong><strong>de</strong>sfun<strong>da</strong>mentais;XLII - a prática <strong>do</strong> racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena <strong>de</strong>reclusão, nos termos <strong>da</strong> lei;XLIII - a lei consi<strong>de</strong>rará crimes inafiançáveis e insuscetíveis <strong>de</strong> graça ou anistia a prática <strong>da</strong>tortura , o tráfico ilícito <strong>de</strong> entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s comocrimes hedion<strong>do</strong>s, por eles respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os man<strong>da</strong>ntes, os executores e os que, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>evitá-los, se omitirem;XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação <strong>de</strong> grupos arma<strong>do</strong>s, civis oumilitares, contra a or<strong>de</strong>m constitucional e o Esta<strong>do</strong> Democrático;XLV - nenhuma pena passará <strong>da</strong> pessoa <strong>do</strong> con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a obrigação <strong>de</strong> reparar o<strong>da</strong>no e a <strong>de</strong>cretação <strong>do</strong> perdimento <strong>de</strong> bens ser, nos termos <strong>da</strong> lei, estendi<strong>da</strong>s aos sucessorese contra eles executa<strong>da</strong>s, até o limite <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> patrimônio transferi<strong>do</strong>;XLVI - a lei regulará a individualização <strong>da</strong> pena e a<strong>do</strong>tará, entre outras, as seguintes:a) privação ou restrição <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong>;b) per<strong>da</strong> <strong>de</strong> bens;c) multa;d) prestação social alternativa;e) suspensão ou interdição <strong>de</strong> direitos;XLVII - não haverá penas:a) <strong>de</strong> morte, salvo em caso <strong>de</strong> guerra <strong>de</strong>clara<strong>da</strong>, nos termos <strong>do</strong> art. 84, XIX;b) <strong>de</strong> caráter perpétuo;c) <strong>de</strong> trabalhos força<strong>do</strong>s;d) <strong>de</strong> banimento;


e) cruéis;XLVIII - a pena será cumpri<strong>da</strong> em estabelecimentos distintos, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a natureza <strong>do</strong><strong>de</strong>lito, a i<strong>da</strong><strong>de</strong> e o sexo <strong>do</strong> apena<strong>do</strong>;XLIX - é assegura<strong>do</strong> aos presos o respeito à integri<strong>da</strong><strong>de</strong> física e moral;L - às presidiárias serão assegura<strong>da</strong>s condições para que possam permanecer com seusfilhos durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> amamentação;LI - nenhum brasileiro será extradita<strong>do</strong>, salvo o naturaliza<strong>do</strong>, em caso <strong>de</strong> crime comum,pratica<strong>do</strong> antes <strong>da</strong> naturalização, ou <strong>de</strong> comprova<strong>do</strong> envolvimento em tráfico ilícito <strong>de</strong>entorpecentes e drogas afins, na forma <strong>da</strong> lei;LII - não será concedi<strong>da</strong> extradição <strong>de</strong> estrangeiro por crime político ou <strong>de</strong> opinião;LIII - ninguém será processa<strong>do</strong> nem sentencia<strong>do</strong> senão pela autori<strong>da</strong><strong>de</strong> competente;LIV - ninguém será priva<strong>do</strong> <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> ou <strong>de</strong> seus bens sem o <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> processo legal;LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusa<strong>do</strong>s em geral sãoassegura<strong>do</strong>s o contraditório e ampla <strong>de</strong>fesa, com os meios e recursos a ela inerentes;LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obti<strong>da</strong>s por meios ilícitos;LVII - ninguém será consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> culpa<strong>do</strong> até o trânsito em julga<strong>do</strong> <strong>de</strong> sentença penalcon<strong>de</strong>natória;LVIII - o civilmente i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> não será submeti<strong>do</strong> a i<strong>de</strong>ntificação criminal, salvo nashipóteses previstas em lei;LIX - será admiti<strong>da</strong> ação priva<strong>da</strong> nos crimes <strong>de</strong> ação pública, se esta não for intenta<strong>da</strong> noprazo legal;LX - a lei só po<strong>de</strong>rá restringir a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s atos processuais quan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong>intimi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou o interesse social o exigirem;LXI - ninguém será preso senão em flagrante <strong>de</strong>lito ou por or<strong>de</strong>m escrita e fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong><strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> judiciária competente, salvo nos casos <strong>de</strong> transgressão militar ou crimepropriamente militar, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em lei;LXII - a prisão <strong>de</strong> qualquer pessoa e o local on<strong>de</strong> se encontre serão comunica<strong>do</strong>simediatamente ao juiz competente e à família <strong>do</strong> preso ou à pessoa por ele indica<strong>da</strong>;LXIII - o preso será informa<strong>do</strong> <strong>de</strong> seus direitos, entre os quais o <strong>de</strong> permanecer cala<strong>do</strong>,sen<strong>do</strong>-lhe assegura<strong>da</strong> a assistência <strong>da</strong> família e <strong>de</strong> advoga<strong>do</strong>;LXIV - o preso tem direito à i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s responsáveis por sua prisão ou por seuinterrogatório policial;LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxa<strong>da</strong> pela autori<strong>da</strong><strong>de</strong> judiciária;LXVI - ninguém será leva<strong>do</strong> à prisão ou nela manti<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> a lei admitir a liber<strong>da</strong><strong>de</strong>provisória, com ou sem fiança;


LXVII - não haverá prisão civil por dívi<strong>da</strong>, salvo a <strong>do</strong> responsável pelo inadimplementovoluntário e inescusável <strong>de</strong> obrigação alimentícia e a <strong>do</strong> <strong>de</strong>positário infiel;LXVIII - conce<strong>de</strong>r-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaça<strong>do</strong><strong>de</strong> sofrer violência ou coação em sua liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> locomoção, por ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou abuso <strong>de</strong>po<strong>de</strong>r;LXIX - conce<strong>de</strong>r-se-á man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança para proteger direito líqui<strong>do</strong> e certo, nãoampara<strong>do</strong> por "habeas-corpus" ou "habeas-<strong>da</strong>ta", quan<strong>do</strong> o responsável pela ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong> ouabuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r for autori<strong>da</strong><strong>de</strong> pública ou agente <strong>de</strong> pessoa jurídica no exercício <strong>de</strong> atribuições<strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público;LXX - o man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança coletivo po<strong>de</strong> ser impetra<strong>do</strong> por:a) parti<strong>do</strong> político com representação no Congresso Nacional;b) organização sindical, enti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> classe ou associação legalmente constituí<strong>da</strong> e emfuncionamento há pelo menos um ano, em <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong>s interesses <strong>de</strong> seus membros ouassocia<strong>do</strong>s;LXXI - conce<strong>de</strong>r-se-á man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> injunção sempre que a falta <strong>de</strong> norma regulamenta<strong>do</strong>ratorne inviável o exercício <strong>do</strong>s direitos e liber<strong>da</strong><strong>de</strong>s constitucionais e <strong>da</strong>s prerrogativas inerentesà nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>, à soberania e à ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia;LXXII - conce<strong>de</strong>r-se-á "habeas-<strong>da</strong>ta":a) para assegurar o conhecimento <strong>de</strong> informações relativas à pessoa <strong>do</strong> impetrante,constantes <strong>de</strong> registros ou bancos <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s governamentais ou <strong>de</strong> caráterpúblico;b) para a retificação <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicialou administrativo;LXXIII - qualquer ci<strong>da</strong>dão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular atolesivo ao patrimônio público ou <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> que o Esta<strong>do</strong> participe, à morali<strong>da</strong><strong>de</strong>administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, fican<strong>do</strong> o autor, salvocomprova<strong>da</strong> má-fé, isento <strong>de</strong> custas judiciais e <strong>do</strong> ônus <strong>da</strong> sucumbência;LXXIV - o Esta<strong>do</strong> prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovareminsuficiência <strong>de</strong> recursos;LXXV - o Esta<strong>do</strong> in<strong>de</strong>nizará o con<strong>de</strong>na<strong>do</strong> por erro judiciário, assim como o que ficar presoalém <strong>do</strong> tempo fixa<strong>do</strong> na sentença;LXXVI - são gratuitos para os reconheci<strong>da</strong>mente pobres, na forma <strong>da</strong> lei:a) o registro civil <strong>de</strong> nascimento;b) a certidão <strong>de</strong> óbito;LXXVII - são gratuitas as ações <strong>de</strong> "habeas-corpus" e "habeas-<strong>da</strong>ta", e, na forma <strong>da</strong> lei, osatos necessários ao exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.LXXVIII a to<strong>do</strong>s, no âmbito judicial e administrativo, são assegura<strong>do</strong>s a razoável duração<strong>do</strong> processo e os meios que garantam a celeri<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sua tramitação. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)


§ 1º - As normas <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>ras <strong>do</strong>s direitos e garantias fun<strong>da</strong>mentais têm aplicação imediata.§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros<strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> regime e <strong>do</strong>s princípios por ela a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s, ou <strong>do</strong>s trata<strong>do</strong>s internacionais emque a República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> seja parte.§ 3º Os trata<strong>do</strong>s e convenções internacionais sobre direitos humanos que foremaprova<strong>do</strong>s, em ca<strong>da</strong> Casa <strong>do</strong> Congresso Nacional, em <strong>do</strong>is turnos, por três quintos <strong>do</strong>s votos<strong>do</strong>s respectivos membros, serão equivalentes às emen<strong>da</strong>s constitucionais. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004) (Decreto Legislativo com força <strong>de</strong> Emen<strong>da</strong>Constitucional)§ 4º O <strong>Brasil</strong> se submete à jurisdição <strong>de</strong> Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenhamanifesta<strong>do</strong> a<strong>de</strong>são. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)CAPÍTULODOS DIREITOS SOCIAISIIArt. 6 o São direitos sociais a educação, a saú<strong>de</strong>, o trabalho, a moradia, o lazer, asegurança, a previdência social, a proteção à materni<strong>da</strong><strong>de</strong> e à infância, a assistência aos<strong>de</strong>sampara<strong>do</strong>s, na forma <strong>de</strong>sta Constituição. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº26, <strong>de</strong> 2000)Art. 7º São direitos <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res urbanos e rurais, além <strong>de</strong> outros que visem àmelhoria <strong>de</strong> sua condição social:I - relação <strong>de</strong> emprego protegi<strong>da</strong> contra <strong>de</strong>spedi<strong>da</strong> arbitrária ou sem justa causa, nostermos <strong>de</strong> lei complementar, que preverá in<strong>de</strong>nização compensatória, <strong>de</strong>ntre outros direitos;II - seguro-<strong>de</strong>semprego, em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego involuntário;III - fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> garantia <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong> serviço;IV - salário mínimo , fixa<strong>do</strong> em lei, nacionalmente unifica<strong>do</strong>, capaz <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a suasnecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s vitais básicas e às <strong>de</strong> sua família com moradia, alimentação, educação, saú<strong>de</strong>,lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhepreservem o po<strong>de</strong>r aquisitivo, sen<strong>do</strong> ve<strong>da</strong><strong>da</strong> sua vinculação para qualquer fim;V - piso salarial proporcional à extensão e à complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> trabalho;VI - irredutibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> salário, salvo o disposto em convenção ou acor<strong>do</strong> coletivo;VII - garantia <strong>de</strong> salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneraçãovariável;VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor <strong>da</strong>aposenta<strong>do</strong>ria;IX – remuneração <strong>do</strong> trabalho noturno superior à <strong>do</strong> diurno;X - proteção <strong>do</strong> salário na forma <strong>da</strong> lei, constituin<strong>do</strong> crime sua retenção <strong>do</strong>losa;XI – participação nos lucros, ou resulta<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>svincula<strong>da</strong> <strong>da</strong> remuneração, e,excepcionalmente, participação na gestão <strong>da</strong> empresa, conforme <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> em lei;


XII - salário-família pago em razão <strong>do</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r <strong>de</strong> baixa ren<strong>da</strong> nostermos <strong>da</strong> lei; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)XIII - duração <strong>do</strong> trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatrosemanais, faculta<strong>da</strong> a compensação <strong>de</strong> horários e a redução <strong>da</strong> jorna<strong>da</strong>, mediante acor<strong>do</strong> ouconvenção coletiva <strong>de</strong> trabalho; (vi<strong>de</strong> Decreto-Lei nº 5.452, <strong>de</strong> 1943)XIV - jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> seis horas para o trabalho realiza<strong>do</strong> em turnos ininterruptos <strong>de</strong>revezamento, salvo negociação coletiva;XV - repouso semanal remunera<strong>do</strong>, preferencialmente aos <strong>do</strong>mingos;XVI - remuneração <strong>do</strong> serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por centoà <strong>do</strong> normal; (Vi<strong>de</strong> Del 5.452, art. 59 § 1º)XVII - gozo <strong>de</strong> férias anuais remunera<strong>da</strong>s com, pelo menos, um terço a mais <strong>do</strong> que osalário normal;XVIII - licença à gestante, sem prejuízo <strong>do</strong> emprego e <strong>do</strong> salário, com a duração <strong>de</strong> centoe vinte dias;XIX - licença-paterni<strong>da</strong><strong>de</strong>, nos termos fixa<strong>do</strong>s em lei;XX - proteção <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho <strong>da</strong> mulher, mediante incentivos específicos, nostermos <strong>da</strong> lei;XXI - aviso prévio proporcional ao tempo <strong>de</strong> serviço, sen<strong>do</strong> no mínimo <strong>de</strong> trinta dias, nostermos <strong>da</strong> lei;XXII - redução <strong>do</strong>s riscos inerentes ao trabalho, por meio <strong>de</strong> normas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, higiene esegurança;XXIII - adicional <strong>de</strong> remuneração para as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s penosas, insalubres ou perigosas, naforma <strong>da</strong> lei;XXIV - aposenta<strong>do</strong>ria;XXV - assistência gratuita aos filhos e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascimento até 5 (cinco) anos<strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> em creches e pré-escolas; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 53, <strong>de</strong>2006)XXVI - reconhecimento <strong>da</strong>s convenções e acor<strong>do</strong>s coletivos <strong>de</strong> trabalho;XXVII - proteção em face <strong>da</strong> automação, na forma <strong>da</strong> lei;XXVIII - seguro contra aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho, a cargo <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>r, sem excluir ain<strong>de</strong>nização a que este está obriga<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> incorrer em <strong>do</strong>lo ou culpa;XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes <strong>da</strong>s relações <strong>de</strong> trabalho, com prazoprescricional <strong>de</strong> cinco anos para os trabalha<strong>do</strong>res urbanos e rurais, até o limite <strong>de</strong> <strong>do</strong>is anosapós a extinção <strong>do</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 28, <strong>de</strong>25/05/2000)a) e b) (Revoga<strong>da</strong>s pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 28, <strong>de</strong> 25/05/2000)


XXX - proibição <strong>de</strong> diferença <strong>de</strong> salários, <strong>de</strong> exercício <strong>de</strong> funções e <strong>de</strong> critério <strong>de</strong> admissãopor motivo <strong>de</strong> sexo, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, cor ou esta<strong>do</strong> civil;XXXI - proibição <strong>de</strong> qualquer discriminação no tocante a salário e critérios <strong>de</strong> admissão <strong>do</strong>trabalha<strong>do</strong>r porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência;XXXII - proibição <strong>de</strong> distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre osprofissionais respectivos;XXXIII - proibição <strong>de</strong> trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito e <strong>de</strong>qualquer trabalho a menores <strong>de</strong> <strong>de</strong>zesseis anos, salvo na condição <strong>de</strong> aprendiz, a partir <strong>de</strong>quatorze anos; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)XXXIV - igual<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> direitos entre o trabalha<strong>do</strong>r com vínculo empregatício permanente eo trabalha<strong>do</strong>r avulso.Parágrafo único. São assegura<strong>do</strong>s à categoria <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>mésticos os direitosprevistos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração àprevidência social.Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observa<strong>do</strong> o seguinte:I - a lei não po<strong>de</strong>rá exigir autorização <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> para a fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> sindicato, ressalva<strong>do</strong>o registro no órgão competente, ve<strong>da</strong><strong>da</strong>s ao Po<strong>de</strong>r Público a interferência e a intervenção naorganização sindical;II - é ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a criação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma organização sindical, em qualquer grau,representativa <strong>de</strong> categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será<strong>de</strong>fini<strong>da</strong> pelos trabalha<strong>do</strong>res ou emprega<strong>do</strong>res interessa<strong>do</strong>s, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser inferior à área<strong>de</strong> um Município;III - ao sindicato cabe a <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong>s direitos e interesses coletivos ou individuais <strong>da</strong>categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> categoriaprofissional, será <strong>de</strong>sconta<strong>da</strong> em folha, para custeio <strong>do</strong> sistema confe<strong>de</strong>rativo <strong>da</strong>representação sindical respectiva, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> contribuição prevista em lei;V - ninguém será obriga<strong>do</strong> a filiar-se ou a manter-se filia<strong>do</strong> a sindicato;VI - é obrigatória a participação <strong>do</strong>s sindicatos nas negociações coletivas <strong>de</strong> trabalho;VII - o aposenta<strong>do</strong> filia<strong>do</strong> tem direito a votar e ser vota<strong>do</strong> nas organizações sindicais;VIII - é ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a dispensa <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong> sindicaliza<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> registro <strong>da</strong> candi<strong>da</strong>tura acargo <strong>de</strong> direção ou representação sindical e, se eleito, ain<strong>da</strong> que suplente, até um ano após ofinal <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to, salvo se cometer falta grave nos termos <strong>da</strong> lei.Parágrafo único. As disposições <strong>de</strong>ste artigo aplicam-se à organização <strong>de</strong> sindicatos ruraise <strong>de</strong> colônias <strong>de</strong> pesca<strong>do</strong>res, atendi<strong>da</strong>s as condições que a lei estabelecer.Art. 9º É assegura<strong>do</strong> o direito <strong>de</strong> greve, competin<strong>do</strong> aos trabalha<strong>do</strong>res <strong>de</strong>cidir sobre aoportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> exercê-lo e sobre os interesses que <strong>de</strong>vam por meio <strong>de</strong>le <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r.§ 1º - A lei <strong>de</strong>finirá os serviços ou ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s essenciais e disporá sobre o atendimento <strong>da</strong>snecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s inadiáveis <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.


§ 2º - Os abusos cometi<strong>do</strong>s sujeitam os responsáveis às penas <strong>da</strong> lei.Art. 10. É assegura<strong>da</strong> a participação <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>res nos colegia<strong>do</strong>s<strong>do</strong>s órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previ<strong>de</strong>nciários sejam objeto <strong>de</strong>discussão e <strong>de</strong>liberação.Art. 11. Nas empresas <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> duzentos emprega<strong>do</strong>s, é assegura<strong>da</strong> a eleição <strong>de</strong> umrepresentante <strong>de</strong>stes com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> exclusiva <strong>de</strong> promover-lhes o entendimento direto comos emprega<strong>do</strong>res.CAPÍTULODA NACIONALIDADEIIIArt. 12. São brasileiros:I - natos:a) os nasci<strong>do</strong>s na República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, ain<strong>da</strong> que <strong>de</strong> pais estrangeiros, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>que estes não estejam a serviço <strong>de</strong> seu país;b) os nasci<strong>do</strong>s no estrangeiro, <strong>de</strong> pai brasileiro ou mãe brasileira, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que qualquer<strong>de</strong>les esteja a serviço <strong>da</strong> República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>;c) os nasci<strong>do</strong>s no estrangeiro <strong>de</strong> pai brasileiro ou <strong>de</strong> mãebrasileira, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejamregistra<strong>do</strong>s em repartição brasileira competente ou venham a residir na República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong><strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> e optem, em qualquer tempo, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> atingi<strong>da</strong> a maiori<strong>da</strong><strong>de</strong>, pela nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>brasileira; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 54, <strong>de</strong> 2007)II - naturaliza<strong>do</strong>s:a) os que, na forma <strong>da</strong> lei, adquiram a nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira, exigi<strong>da</strong>s aos originários <strong>de</strong>países <strong>de</strong> língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e i<strong>do</strong>nei<strong>da</strong><strong>de</strong> moral;b) os estrangeiros <strong>de</strong> qualquer nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>, resi<strong>de</strong>ntes na República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong><strong>Brasil</strong> há mais <strong>de</strong> quinze anos ininterruptos e sem con<strong>de</strong>nação penal, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que requeiram anacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº 3, <strong>de</strong> 1994)§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciproci<strong>da</strong><strong>de</strong> emfavor <strong>de</strong> brasileiros, serão atribuí<strong>do</strong>s os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casosprevistos nesta Constituição. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº 3, <strong>de</strong>1994)§ 2º - A lei não po<strong>de</strong>rá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturaliza<strong>do</strong>s, salvonos casos previstos nesta Constituição.§ 3º - São privativos <strong>de</strong> brasileiro nato os cargos:I - <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte e Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República;II - <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s;III - <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral;IV - <strong>de</strong> Ministro <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral;


V - <strong>da</strong> carreira diplomática;VI - <strong>de</strong> oficial <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s.VII - <strong>de</strong> Ministro <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Defesa (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 23, <strong>de</strong>1999)§ 4º - Será <strong>de</strong>clara<strong>da</strong> a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> brasileiro que:I - tiver cancela<strong>da</strong> sua naturalização, por sentença judicial, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> nocivaao interesse nacional;II - adquirir outra nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>, salvo no casos: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº 3, <strong>de</strong> 1994)a) <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong> nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> originária pela lei estrangeira; (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº 3, <strong>de</strong> 1994)b) <strong>de</strong> imposição <strong>de</strong> naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro resi<strong>de</strong>nte emesta<strong>do</strong> estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício <strong>de</strong>direitos civis; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº 3, <strong>de</strong> 1994)Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial <strong>da</strong> República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>.§ 1º - São símbolos <strong>da</strong> República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> a ban<strong>de</strong>ira, o hino, as armas e oselo nacionais.§ 2º - Os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios po<strong>de</strong>rão ter símbolos próprios.CAPÍTULODOS DIREITOS POLÍTICOSIVArt. 14. A soberania popular será exerci<strong>da</strong> pelo sufrágio universal e pelo voto direto esecreto, com valor igual para to<strong>do</strong>s, e, nos termos <strong>da</strong> lei, mediante:I - plebiscito;II - referen<strong>do</strong>;III - iniciativa popular.§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:I - obrigatórios para os maiores <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito anos;II - facultativos para:a) os analfabetos;b) os maiores <strong>de</strong> setenta anos;c) os maiores <strong>de</strong> <strong>de</strong>zesseis e menores <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito anos.§ 2º - Não po<strong>de</strong>m alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> serviçomilitar obrigatório, os conscritos.


§ 3º - São condições <strong>de</strong> elegibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, na forma <strong>da</strong> lei:I - a nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira;II - o pleno exercício <strong>do</strong>s direitos políticos;III - o alistamento eleitoral;IV - o <strong>do</strong>micílio eleitoral na circunscrição;V - a filiação partidária;VI - a i<strong>da</strong><strong>de</strong> mínima <strong>de</strong>:a) trinta e cinco anos para Presi<strong>de</strong>nte e Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República e Sena<strong>do</strong>r;b) trinta anos para Governa<strong>do</strong>r e Vice-Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral;c) vinte e um anos para Deputa<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, Deputa<strong>do</strong> Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz <strong>de</strong> paz;d) <strong>de</strong>zoito anos para Verea<strong>do</strong>r.§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.§ 5º O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, os Governa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, osPrefeitos e quem os houver sucedi<strong>do</strong>, ou substituí<strong>do</strong> no curso <strong>do</strong>s man<strong>da</strong>tos po<strong>de</strong>rão serreeleitos para um único perío<strong>do</strong> subseqüente. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº16, <strong>de</strong> 1997)§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, os Governa<strong>do</strong>res <strong>de</strong>Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Prefeitos <strong>de</strong>vem renunciar aos respectivos man<strong>da</strong>tos até seismeses antes <strong>do</strong> pleito.§ 7º - São inelegíveis, no território <strong>de</strong> jurisdição <strong>do</strong> titular, o cônjuge e os parentesconsangüíneos ou afins, até o segun<strong>do</strong> grau ou por a<strong>do</strong>ção, <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, <strong>de</strong>Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> ou Território, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> Prefeito ou <strong>de</strong> quem os hajasubstituí<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular <strong>de</strong> man<strong>da</strong>to eletivo ecandi<strong>da</strong>to à reeleição.§ 8º - O militar alistável é elegível, atendi<strong>da</strong>s as seguintes condições:I - se contar menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> serviço, <strong>de</strong>verá afastar-se <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>;II - se contar mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> serviço, será agrega<strong>do</strong> pela autori<strong>da</strong><strong>de</strong> superior e, seeleito, passará automaticamente, no ato <strong>da</strong> diplomação, para a inativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos <strong>de</strong> inelegibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e os prazos <strong>de</strong> suacessação, a fim <strong>de</strong> proteger a probi<strong>da</strong><strong>de</strong> administrativa, a morali<strong>da</strong><strong>de</strong> para exercício <strong>de</strong>man<strong>da</strong>to consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> pregressa <strong>do</strong> candi<strong>da</strong>to, e a normali<strong>da</strong><strong>de</strong> e legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s eleiçõescontra a influência <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r econômico ou o abuso <strong>do</strong> exercício <strong>de</strong> função, cargo ou empregona administração direta ou indireta. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº4, <strong>de</strong> 1994)


TÍTULOIIIDa Organização <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>CAPÍTULODA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVAArt. 18. A organização político-administrativa <strong>da</strong> República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>compreen<strong>de</strong> a União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios, to<strong>do</strong>s autônomos, nostermos <strong>de</strong>sta Constituição.§ 1º - Brasília é a Capital Fe<strong>de</strong>ral.§ 2º - Os Territórios Fe<strong>de</strong>rais integram a União, e sua criação, transformação em Esta<strong>do</strong>ou reintegração ao Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> origem serão regula<strong>da</strong>s em lei complementar.§ 3º - Os Esta<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m incorporar-se entre si, subdividir-se ou <strong>de</strong>smembrar-se para seanexarem a outros, ou formarem novos Esta<strong>do</strong>s ou Territórios Fe<strong>de</strong>rais, mediante aprovação<strong>da</strong> população diretamente interessa<strong>da</strong>, através <strong>de</strong> plebiscito, e <strong>do</strong> Congresso Nacional, por leicomplementar.§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o <strong>de</strong>smembramento <strong>de</strong> Municípios, far-se-ão porlei estadual, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> por Lei Complementar Fe<strong>de</strong>ral, e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>consulta prévia, mediante plebiscito, às populações <strong>do</strong>s Municípios envolvi<strong>do</strong>s, apósdivulgação <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Municipal, apresenta<strong>do</strong>s e publica<strong>do</strong>s na forma <strong>da</strong> lei.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 15, <strong>de</strong> 1996)Art. 19. É ve<strong>da</strong><strong>do</strong> à União, aos Esta<strong>do</strong>s, ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral e aos Municípios:I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes ofuncionamento ou manter com eles ou seus representantes relações <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência oualiança, ressalva<strong>da</strong>, na forma <strong>da</strong> lei, a colaboração <strong>de</strong> interesse público;II - recusar fé aos <strong>do</strong>cumentos públicos;III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.ICAPÍTULODA UNIÃOIIArt. 20. São bens <strong>da</strong> União:I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuí<strong>do</strong>s;II - as terras <strong>de</strong>volutas indispensáveis à <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong>s fronteiras, <strong>da</strong>s fortificações econstruções militares, <strong>da</strong>s vias fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> comunicação e à preservação ambiental, <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>sem lei;III - os lagos, rios e quaisquer correntes <strong>de</strong> água em terrenos <strong>de</strong> seu <strong>do</strong>mínio, ou quebanhem mais <strong>de</strong> um Esta<strong>do</strong>, sirvam <strong>de</strong> limites com outros países, ou se esten<strong>da</strong>m a territórioestrangeiro ou <strong>de</strong>le provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas;as ilhas oceânicas e as costeiras, excluí<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>stas, as que contenham a se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Municípios,exceto aquelas áreas afeta<strong>da</strong>s ao serviço público e a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> ambiental fe<strong>de</strong>ral, e as referi<strong>da</strong>sno art. 26, II; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituciona nº 46, <strong>de</strong> 2005)V - os recursos naturais <strong>da</strong> plataforma continental e <strong>da</strong> zona econômica exclusiva;


VI - o mar territorial;VII - os terrenos <strong>de</strong> marinha e seus acresci<strong>do</strong>s;VIII - os potenciais <strong>de</strong> energia hidráulica;IX - os recursos minerais, inclusive os <strong>do</strong> subsolo;X - as cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;XI - as terras tradicionalmente ocupa<strong>da</strong>s pelos índios.§ 1º - É assegura<strong>da</strong>, nos termos <strong>da</strong> lei, aos Esta<strong>do</strong>s, ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral e aos Municípios,bem como a órgãos <strong>da</strong> administração direta <strong>da</strong> União, participação no resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> exploração<strong>de</strong> petróleo ou gás natural, <strong>de</strong> recursos hídricos para fins <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia elétrica e <strong>de</strong>outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zonaeconômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.§ 2º - A faixa <strong>de</strong> até cento e cinqüenta quilômetros <strong>de</strong> largura, ao longo <strong>da</strong>s fronteirasterrestres, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong> como faixa <strong>de</strong> fronteira, é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> fun<strong>da</strong>mental para <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong>território nacional, e sua ocupação e utilização serão regula<strong>da</strong>s em lei.Art. 21. Compete à União:I - manter relações com Esta<strong>do</strong>s estrangeiros e participar <strong>de</strong> organizações internacionais;II - <strong>de</strong>clarar a guerra e celebrar a paz;III - assegurar a <strong>de</strong>fesa nacional;IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitempelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;V - <strong>de</strong>cretar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio, o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e a intervenção fe<strong>de</strong>ral;VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio <strong>de</strong> material bélico;VII - emitir moe<strong>da</strong>;VIII - administrar as reservas cambiais <strong>do</strong> País e fiscalizar as operações <strong>de</strong> naturezafinanceira, especialmente as <strong>de</strong> crédito, câmbio e capitalização, bem como as <strong>de</strong> seguros e <strong>de</strong>previdência priva<strong>da</strong>;IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> território e <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento econômico e social;X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços<strong>de</strong> telecomunicações, nos termos <strong>da</strong> lei, que disporá sobre a organização <strong>do</strong>s serviços, acriação <strong>de</strong> um órgão regula<strong>do</strong>r e outros aspectos institucionais; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 8, <strong>de</strong> 15/08/95:)XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:


a) os serviços <strong>de</strong> radiodifusão sonora, e <strong>de</strong> sons e imagens; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 8, <strong>de</strong> 15/08/95:)b) os serviços e instalações <strong>de</strong> energia elétrica e o aproveitamento energético <strong>do</strong>s cursos<strong>de</strong> água, em articulação com os Esta<strong>do</strong>s on<strong>de</strong> se situam os potenciais hidroenergéticos;c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;d) os serviços <strong>de</strong> transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteirasnacionais, ou que transponham os limites <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> ou Território;e) os serviços <strong>de</strong> transporte ro<strong>do</strong>viário interestadual e internacional <strong>de</strong> passageiros;f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;XIII - organizar e manter o Po<strong>de</strong>r Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública <strong>do</strong>Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Territórios;XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo <strong>de</strong> bombeiros militar <strong>do</strong>Distrito Fe<strong>de</strong>ral, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral para a execução<strong>de</strong> serviços públicos, por meio <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> próprio; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº19, <strong>de</strong> 1998)XV - organizar e manter os serviços oficiais <strong>de</strong> estatística, geografia, geologia e cartografia<strong>de</strong> âmbito nacional;XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, <strong>de</strong> diversões públicas e <strong>de</strong> programas<strong>de</strong> rádio e televisão;XVII - conce<strong>de</strong>r anistia;XVIII - planejar e promover a <strong>de</strong>fesa permanente contra as calami<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas,especialmente as secas e as inun<strong>da</strong>ções;XIX - instituir sistema nacional <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> recursos hídricos e <strong>de</strong>finir critérios <strong>de</strong>outorga <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong> seu uso;XX - instituir diretrizes para o <strong>de</strong>senvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamentobásico e transportes urbanos;XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional <strong>de</strong> viação;XXII - executar os serviços <strong>de</strong> polícia marítima, aeroportuária e <strong>de</strong> fronteiras; (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares <strong>de</strong> qualquer natureza e exercermonopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, aindustrialização e o comércio <strong>de</strong> minérios nucleares e seus <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s, atendi<strong>do</strong>s os seguintesprincípios e condições:a) to<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> nuclear em território nacional somente será admiti<strong>da</strong> para fins pacíficose mediante aprovação <strong>do</strong> Congresso Nacional;


) sob regime <strong>de</strong> permissão, são autoriza<strong>da</strong>s a comercialização e a utilização <strong>de</strong>radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 49, <strong>de</strong> 2006)c) sob regime <strong>de</strong> permissão, são autoriza<strong>da</strong>s a produção, comercialização e utilização <strong>de</strong>radioisótopos <strong>de</strong> meia-vi<strong>da</strong> igual ou inferior a duas horas; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 49, <strong>de</strong> 2006)d) a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> civil por <strong>da</strong>nos nucleares in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> existência <strong>de</strong> culpa;(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 49, <strong>de</strong> 2006)XXIV - organizar, manter e executar a inspeção <strong>do</strong> trabalho;XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> garimpagem,em forma associativa.Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,espacial e <strong>do</strong> trabalho;II - <strong>de</strong>sapropriação;III - requisições civis e militares, em caso <strong>de</strong> iminente perigo e em tempo <strong>de</strong> guerra;IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;V - serviço postal;VI - sistema monetário e <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s, títulos e garantias <strong>do</strong>s metais;VII - política <strong>de</strong> crédito, câmbio, seguros e transferência <strong>de</strong> valores;VIII - comércio exterior e interestadual;IX - diretrizes <strong>da</strong> política nacional <strong>de</strong> transportes;X - regime <strong>do</strong>s portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;XI - trânsito e transporte;XII - jazi<strong>da</strong>s, minas, outros recursos minerais e metalurgia;XIII - nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>, ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia e naturalização;XIV - populações indígenas;XV - emigração e imigração, entra<strong>da</strong>, extradição e expulsão <strong>de</strong> estrangeiros;XVI - organização <strong>do</strong> sistema nacional <strong>de</strong> emprego e condições para o exercício <strong>de</strong>profissões;XVII - organização judiciária, <strong>do</strong> Ministério Público e <strong>da</strong> Defensoria Pública <strong>do</strong> DistritoFe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Territórios, bem como organização administrativa <strong>de</strong>stes;


XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e <strong>de</strong> geologia nacionais;XIX - sistemas <strong>de</strong> poupança, captação e garantia <strong>da</strong> poupança popular;XX - sistemas <strong>de</strong> consórcios e sorteios;XXI - normas gerais <strong>de</strong> organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação emobilização <strong>da</strong>s polícias militares e corpos <strong>de</strong> bombeiros militares;XXII - competência <strong>da</strong> polícia fe<strong>de</strong>ral e <strong>da</strong>s polícias ro<strong>do</strong>viária e ferroviária fe<strong>de</strong>rais;XXIII - seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social;XXIV - diretrizes e bases <strong>da</strong> educação nacional;XXV - registros públicos;XXVI - ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s nucleares <strong>de</strong> qualquer natureza;XXVII – normas gerais <strong>de</strong> licitação e contratação, em to<strong>da</strong>s as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s, para asadministrações públicas diretas, autárquicas e fun<strong>da</strong>cionais <strong>da</strong> União, Esta<strong>do</strong>s, Distrito Fe<strong>de</strong>rale Municípios, obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong> o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> economia mista, nos termos <strong>do</strong> art. 173, § 1°, III; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)XXVIII - <strong>de</strong>fesa territorial, <strong>de</strong>fesa aeroespacial, <strong>de</strong>fesa marítima, <strong>de</strong>fesa civil e mobilizaçãonacional;XXIX - propagan<strong>da</strong> comercial.Parágrafo único. Lei complementar po<strong>de</strong>rá autorizar os Esta<strong>do</strong>s a legislar sobre questõesespecíficas <strong>da</strong>s matérias relaciona<strong>da</strong>s neste artigo.Art. 23. É competência comum <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>sMunicípios:I - zelar pela guar<strong>da</strong> <strong>da</strong> Constituição, <strong>da</strong>s leis e <strong>da</strong>s instituições <strong>de</strong>mocráticas e conservaro patrimônio público;II - cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e assistência pública, <strong>da</strong> proteção e garantia <strong>da</strong>s pessoas porta<strong>do</strong>ras<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência;III - proteger os <strong>do</strong>cumentos, as obras e outros bens <strong>de</strong> valor histórico, artístico e cultural,os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;IV - impedir a evasão, a <strong>de</strong>struição e a <strong>de</strong>scaracterização <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte e <strong>de</strong> outrosbens <strong>de</strong> valor histórico, artístico ou cultural;V - proporcionar os meios <strong>de</strong> acesso à cultura, à educação e à ciência;VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer <strong>de</strong> suas formas;VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;


IX - promover programas <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> moradias e a melhoria <strong>da</strong>s condiçõeshabitacionais e <strong>de</strong> saneamento básico;X - combater as causas <strong>da</strong> pobreza e os fatores <strong>de</strong> marginalização, promoven<strong>do</strong> aintegração social <strong>do</strong>s setores <strong>de</strong>sfavoreci<strong>do</strong>s;XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong> pesquisa e exploração<strong>de</strong> recursos hídricos e minerais em seus territórios;XII - estabelecer e implantar política <strong>de</strong> educação para a segurança <strong>do</strong> trânsito.Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União eos Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios, ten<strong>do</strong> em vista o equilíbrio <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoe <strong>do</strong> bem-estar em âmbito nacional. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 53, <strong>de</strong>2006)Art. 24. Compete à União, aos Esta<strong>do</strong>s e ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral legislar concorrentementesobre:I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;II - orçamento;III - juntas comerciais;IV - custas <strong>do</strong>s serviços forenses;V - produção e consumo;VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação <strong>da</strong> natureza, <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> solo e <strong>do</strong>s recursosnaturais, proteção <strong>do</strong> meio ambiente e controle <strong>da</strong> poluição;VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;VIII - responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> por <strong>da</strong>no ao meio ambiente, ao consumi<strong>do</strong>r, a bens e direitos <strong>de</strong>valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;IX - educação, cultura, ensino e <strong>de</strong>sporto;X - criação, funcionamento e processo <strong>do</strong> juiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> pequenas causas;XI - procedimentos em matéria processual;XII - previdência social, proteção e <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>;XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;XIV - proteção e integração social <strong>da</strong>s pessoas porta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência;XV - proteção à infância e à juventu<strong>de</strong>;XVI - organização, garantias, direitos e <strong>de</strong>veres <strong>da</strong>s polícias civis.§ 1º - No âmbito <strong>da</strong> legislação concorrente, a competência <strong>da</strong> União limitar-se-á aestabelecer normas gerais.


§ 2º - A competência <strong>da</strong> União para legislar sobre normas gerais não exclui a competênciasuplementar <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s.§ 3º - Inexistin<strong>do</strong> lei fe<strong>de</strong>ral sobre normas gerais, os Esta<strong>do</strong>s exercerão a competêncialegislativa plena, para aten<strong>de</strong>r a suas peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s.§ 4º - A superveniência <strong>de</strong> lei fe<strong>de</strong>ral sobre normas gerais suspen<strong>de</strong> a eficácia <strong>da</strong> leiestadual, no que lhe for contrário.CAPÍTULODOS ESTADOS FEDERADOSIIIArt. 25. Os Esta<strong>do</strong>s organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que a<strong>do</strong>tarem,observa<strong>do</strong>s os princípios <strong>de</strong>sta Constituição.§ 1º - São reserva<strong>da</strong>s aos Esta<strong>do</strong>s as competências que não lhes sejam ve<strong>da</strong><strong>da</strong>s por estaConstituição.§ 2º - Cabe aos Esta<strong>do</strong>s explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais<strong>de</strong> gás canaliza<strong>do</strong>, na forma <strong>da</strong> lei, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a edição <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> provisória para a suaregulamentação. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 5, <strong>de</strong> 1995)§ 3º - Os Esta<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>rão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,aglomerações urbanas e microrregiões, constituí<strong>da</strong>s por agrupamentos <strong>de</strong> municípioslimítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução <strong>de</strong> funções públicas <strong>de</strong>interesse comum.Art. 26. Incluem-se entre os bens <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s:I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em <strong>de</strong>pósito,ressalva<strong>da</strong>s, neste caso, na forma <strong>da</strong> lei, as <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> obras <strong>da</strong> União;II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu <strong>do</strong>mínio, excluí<strong>da</strong>saquelas sob <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> União, Municípios ou terceiros;III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;IV - as terras <strong>de</strong>volutas não compreendi<strong>da</strong>s entre as <strong>da</strong> União.Art. 27. O número <strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong>s à Assembléia Legislativa correspon<strong>de</strong>rá ao triplo <strong>da</strong>representação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> na Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e, atingi<strong>do</strong> o número <strong>de</strong> trinta e seis, seráacresci<strong>do</strong> <strong>de</strong> tantos quantos forem os Deputa<strong>do</strong>s Fe<strong>de</strong>rais acima <strong>de</strong> <strong>do</strong>ze.§ 1º - Será <strong>de</strong> quatro anos o man<strong>da</strong>to <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Estaduais, aplican<strong>do</strong>- sê-lhes asregras <strong>de</strong>sta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, imuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, remuneração,per<strong>da</strong> <strong>de</strong> man<strong>da</strong>to, licença, impedimentos e incorporação às Forças Arma<strong>da</strong>s.§ 2º O subsídio <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Estaduais será fixa<strong>do</strong> por lei <strong>de</strong> iniciativa <strong>da</strong> AssembléiaLegislativa, na razão <strong>de</strong>, no máximo, setenta e cinco por cento <strong>da</strong>quele estabeleci<strong>do</strong>, emespécie, para os Deputa<strong>do</strong>s Fe<strong>de</strong>rais, observa<strong>do</strong> o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150,II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia eserviços administrativos <strong>de</strong> sua secretaria, e prover os respectivos cargos.§ 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.


Art. 28. A eleição <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r e <strong>do</strong> Vice-Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, para man<strong>da</strong>to <strong>de</strong>quatro anos, realizar-se-á no primeiro <strong>do</strong>mingo <strong>de</strong> outubro, em primeiro turno, e no último<strong>do</strong>mingo <strong>de</strong> outubro, em segun<strong>do</strong> turno, se houver, <strong>do</strong> ano anterior ao <strong>do</strong> término <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to<strong>de</strong> seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro <strong>de</strong> janeiro <strong>do</strong> ano subseqüente,observa<strong>do</strong>, quanto ao mais, o disposto no art. 77. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 16, <strong>de</strong>1997)§ 1º Per<strong>de</strong>rá o man<strong>da</strong>to o Governa<strong>do</strong>r que assumir outro cargo ou função na administraçãopública direta ou indireta, ressalva<strong>da</strong> a posse em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> concurso público e observa<strong>do</strong> odisposto no art. 38, I, IV e V. (Renumera<strong>do</strong> <strong>do</strong> parágrafo único, pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº19, <strong>de</strong> 1998)§ 2º Os subsídios <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r, <strong>do</strong> Vice-Governa<strong>do</strong>r e <strong>do</strong>s Secretários <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> serãofixa<strong>do</strong>s por lei <strong>de</strong> iniciativa <strong>da</strong> Assembléia Legislativa, observa<strong>do</strong> o que dispõem os arts. 37, XI,39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)CAPÍTULODos MunicípiosIVArt. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, vota<strong>da</strong> em <strong>do</strong>is turnos, com o interstíciomínimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z dias, e aprova<strong>da</strong> por <strong>do</strong>is terços <strong>do</strong>s membros <strong>da</strong> Câmara Municipal, que apromulgará, atendi<strong>do</strong>s os princípios estabeleci<strong>do</strong>s nesta Constituição, na Constituição <strong>do</strong>respectivo Esta<strong>do</strong> e os seguintes preceitos:I - eleição <strong>do</strong> Prefeito, <strong>do</strong> Vice-Prefeito e <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res, para man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> quatro anos,mediante pleito direto e simultâneo realiza<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o País;II - eleição <strong>do</strong> Prefeito e <strong>do</strong> Vice-Prefeito realiza<strong>da</strong> no primeiro <strong>do</strong>mingo <strong>de</strong> outubro <strong>do</strong>ano anterior ao término <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to <strong>do</strong>s que <strong>de</strong>vam suce<strong>de</strong>r, aplica<strong>da</strong>s as regras <strong>do</strong> art. 77, nocaso <strong>de</strong> Municípios com mais <strong>de</strong> duzentos mil eleitores; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 16, <strong>de</strong>1997)III - posse <strong>do</strong> Prefeito e <strong>do</strong> Vice-Prefeito no dia 1º <strong>de</strong> janeiro <strong>do</strong> ano subseqüente ao <strong>da</strong>eleição;IV - para a composição <strong>da</strong>s Câmaras Municipais, será observa<strong>do</strong> o limite máximo <strong>de</strong>:(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009) (Produção <strong>de</strong> efeito)a) 9 (nove) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)b) 11 (onze) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 15.000 (quinze mil) habitantes e <strong>de</strong>até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº58, <strong>de</strong> 2009)c) 13 (treze) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios com mais <strong>de</strong> 30.000 (trinta mil) habitantes e <strong>de</strong>até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucionalnº 58, <strong>de</strong> 2009)d) 15 (quinze) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 50.000 (cinquenta mil) habitantese <strong>de</strong> até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº58, <strong>de</strong> 2009)e) 17 (<strong>de</strong>zessete) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 80.000 (oitenta mil) habitantese <strong>de</strong> até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> ConstituiçãoConstitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)


f) 19 (<strong>de</strong>zenove) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 120.000 (cento e vinte mil)habitantes e <strong>de</strong> até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)g) 21 (vinte e um) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 160.000 (cento e sessenta mil)habitantes e <strong>de</strong> até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> ConstituiçãoConstitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)h) 23 (vinte e três) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 300.000 (trezentos mil)habitantes e <strong>de</strong> até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)i) 25 (vinte e cinco) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 450.000 (quatrocentos ecinquenta mil) habitantes e <strong>de</strong> até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)j) 27 (vinte e sete) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 600.000 (seiscentos mil)habitantes e <strong>de</strong> até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)k) 29 (vinte e nove) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 750.000 (setecentos ecinquenta mil) habitantes e <strong>de</strong> até 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)l) 31 (trinta e um) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 900.000 (novecentos mil)habitantes e <strong>de</strong> até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)m) 33 (trinta e três) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1.050.000 (um milhão ecinquenta mil) habitantes e <strong>de</strong> até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)n) 35 (trinta e cinco) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1.200.000 (um milhão eduzentos mil) habitantes e <strong>de</strong> até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;(Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)o) 37 (trinta e sete) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> 1.350.000 (um milhão e trezentos ecinquenta mil) habitantes e <strong>de</strong> até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)p) 39 (trinta e nove) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1.500.000 (um milhão equinhentos mil) habitantes e <strong>de</strong> até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluí<strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)q) 41 (quarenta e um) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1.800.000 (um milhão eoitocentos mil) habitantes e <strong>de</strong> até 2.400.000 (<strong>do</strong>is milhões e quatrocentos mil) habitantes;(Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)r) 43 (quarenta e três) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 2.400.000 (<strong>do</strong>is milhões equatrocentos mil) habitantes e <strong>de</strong> até 3.000.000 (três milhões) <strong>de</strong> habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)s) 45 (quarenta e cinco) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 3.000.000 (três milhões)<strong>de</strong> habitantes e <strong>de</strong> até 4.000.000 (quatro milhões) <strong>de</strong> habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)


t) 47 (quarenta e sete) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 4.000.000 (quatromilhões) <strong>de</strong> habitantes e <strong>de</strong> até 5.000.000 (cinco milhões) <strong>de</strong> habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)u) 49 (quarenta e nove) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 5.000.000 (cincomilhões) <strong>de</strong> habitantes e <strong>de</strong> até 6.000.000 (seis milhões) <strong>de</strong> habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)v) 51 (cinquenta e um) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 6.000.000 (seis milhões)<strong>de</strong> habitantes e <strong>de</strong> até 7.000.000 (sete milhões) <strong>de</strong> habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)w) 53 (cinquenta e três) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 7.000.000 (sete milhões)<strong>de</strong> habitantes e <strong>de</strong> até 8.000.000 (oito milhões) <strong>de</strong> habitantes; e (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)x) 55 (cinquenta e cinco) Verea<strong>do</strong>res, nos Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 8.000.000 (oitomilhões) <strong>de</strong> habitantes; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)V - subsídios <strong>do</strong> Prefeito, <strong>do</strong> Vice-Prefeito e <strong>do</strong>s Secretários Municipais fixa<strong>do</strong>s por lei <strong>de</strong>iniciativa <strong>da</strong> Câmara Municipal, observa<strong>do</strong> o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153,III, e 153, § 2º, I; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)VI - o subsídio <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res será fixa<strong>do</strong> pelas respectivas Câmaras Municipais em ca<strong>da</strong>legislatura para a subseqüente, observa<strong>do</strong> o que dispõe esta Constituição, observa<strong>do</strong>s oscritérios estabeleci<strong>do</strong>s na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)a) em Municípios <strong>de</strong> até <strong>de</strong>z mil habitantes, o subsídio máximo <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>rescorrespon<strong>de</strong>rá a vinte por cento <strong>do</strong> subsídio <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Estaduais; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)b) em Municípios <strong>de</strong> <strong>de</strong>z mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo <strong>do</strong>sVerea<strong>do</strong>res correspon<strong>de</strong>rá a trinta por cento <strong>do</strong> subsídio <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Estaduais; (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)c) em Municípios <strong>de</strong> cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo <strong>do</strong>sVerea<strong>do</strong>res correspon<strong>de</strong>rá a quarenta por cento <strong>do</strong> subsídio <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Estaduais;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)d) em Municípios <strong>de</strong> cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo <strong>do</strong>sVerea<strong>do</strong>res correspon<strong>de</strong>rá a cinqüenta por cento <strong>do</strong> subsídio <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Estaduais;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)e) em Municípios <strong>de</strong> trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo<strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res correspon<strong>de</strong>rá a sessenta por cento <strong>do</strong> subsídio <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Estaduais;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)f) em Municípios <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo <strong>do</strong>sVerea<strong>do</strong>res correspon<strong>de</strong>rá a setenta e cinco por cento <strong>do</strong> subsídio <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Estaduais;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)VII - o total <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa com a remuneração <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res não po<strong>de</strong>rá ultrapassar omontante <strong>de</strong> cinco por cento <strong>da</strong> receita <strong>do</strong> Município; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº1, <strong>de</strong> 1992)


VIII - inviolabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res por suas opiniões, palavras e votos no exercício <strong>do</strong>man<strong>da</strong>to e na circunscrição <strong>do</strong> Município; (Renumera<strong>do</strong> <strong>do</strong> inciso VI, pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 1, <strong>de</strong> 1992)IX - proibições e incompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, no exercício <strong>da</strong> vereança, similares, no que couber,ao disposto nesta Constituição para os membros <strong>do</strong> Congresso Nacional e na Constituição <strong>do</strong>respectivo Esta<strong>do</strong> para os membros <strong>da</strong> Assembléia Legislativa; (Renumera<strong>do</strong> <strong>do</strong> inciso VII,pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 1, <strong>de</strong> 1992)X - julgamento <strong>do</strong> Prefeito perante o Tribunal <strong>de</strong> Justiça; (Renumera<strong>do</strong> <strong>do</strong> inciso VIII, pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 1, <strong>de</strong> 1992)XI - organização <strong>da</strong>s funções legislativas e fiscaliza<strong>do</strong>ras <strong>da</strong> Câmara Municipal;(Renumera<strong>do</strong> <strong>do</strong> inciso IX, pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 1, <strong>de</strong> 1992)XII - cooperação <strong>da</strong>s associações representativas no planejamento municipal;(Renumera<strong>do</strong> <strong>do</strong> inciso X, pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 1, <strong>de</strong> 1992)XIII - iniciativa popular <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> interesse específico <strong>do</strong> Município, <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>ou <strong>de</strong> bairros, através <strong>de</strong> manifestação <strong>de</strong>, pelo menos, cinco por cento <strong>do</strong> eleitora<strong>do</strong>;(Renumera<strong>do</strong> <strong>do</strong> inciso XI, pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 1, <strong>de</strong> 1992)XIV - per<strong>da</strong> <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to <strong>do</strong> Prefeito, nos termos <strong>do</strong> art. 28, parágrafo único. (Renumera<strong>do</strong><strong>do</strong> inciso XII, pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 1, <strong>de</strong> 1992)Art. 29-A. O total <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Legislativo Municipal, incluí<strong>do</strong>s os subsídios <strong>do</strong>sVerea<strong>do</strong>res e excluí<strong>do</strong>s os gastos com inativos, não po<strong>de</strong>rá ultrapassar os seguintespercentuais, relativos ao somatório <strong>da</strong> receita tributária e <strong>da</strong>s transferências previstas no § 5 o<strong>do</strong> art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realiza<strong>do</strong> no exercício anterior: (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)I - 7% (sete por cento) para Municípios com população <strong>de</strong> até 100.000 (cem mil)habitantes; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)(Produção <strong>de</strong> efeito)II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e300.000 (trezentos mil) habitantes; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº58, <strong>de</strong> 2009)III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil eum) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> ConstituiçãoConstitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com populaçãoentre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) <strong>de</strong> habitantes; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhõese um) e 8.000.000 (oito milhões) <strong>de</strong> habitantes; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> ConstituiçãoConstitucional nº 58, <strong>de</strong> 2009)VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima<strong>de</strong> 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constituição Constitucionalnº 58, <strong>de</strong> 2009)


§ 1 o A Câmara Municipal não gastará mais <strong>de</strong> setenta por cento <strong>de</strong> sua receita com folha<strong>de</strong> pagamento, incluí<strong>do</strong> o gasto com o subsídio <strong>de</strong> seus Verea<strong>do</strong>res. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)§ 2 o Constitui crime <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Prefeito Municipal: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)I - efetuar repasse que supere os limites <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s neste artigo; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)II - não enviar o repasse até o dia vinte <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> mês; ou (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixa<strong>da</strong> na Lei Orçamentária. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)§ 3 o Constitui crime <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara Municipal o<strong>de</strong>srespeito ao § 1 o <strong>de</strong>ste artigo. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 25, <strong>de</strong> 2000)Art. 30. Compete aos Municípios:I - legislar sobre assuntos <strong>de</strong> interesse local;II - suplementar a legislação fe<strong>de</strong>ral e a estadual no que couber;III - instituir e arreca<strong>da</strong>r os tributos <strong>de</strong> sua competência, bem como aplicar suas ren<strong>da</strong>s,sem prejuízo <strong>da</strong> obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixa<strong>do</strong>s emlei;IV - criar, organizar e suprimir distritos, observa<strong>da</strong> a legislação estadual;V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime <strong>de</strong> concessão ou permissão, osserviços públicos <strong>de</strong> interesse local, incluí<strong>do</strong> o <strong>de</strong> transporte coletivo, que tem caráteressencial;VI - manter, com a cooperação técnica e financeira <strong>da</strong> União e <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, programas <strong>de</strong>educação infantil e <strong>de</strong> ensino fun<strong>da</strong>mental; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 53,<strong>de</strong> 2006)VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira <strong>da</strong> União e <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, serviços <strong>de</strong>atendimento à saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> população;VIII - promover, no que couber, a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> or<strong>de</strong>namento territorial, mediante planejamentoe controle <strong>do</strong> uso, <strong>do</strong> parcelamento e <strong>da</strong> ocupação <strong>do</strong> solo urbano;IX - promover a proteção <strong>do</strong> patrimônio histórico-cultural local, observa<strong>da</strong> a legislação e aação fiscaliza<strong>do</strong>ra fe<strong>de</strong>ral e estadual.Art. 31. A fiscalização <strong>do</strong> Município será exerci<strong>da</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Legislativo Municipal,mediante controle externo, e pelos sistemas <strong>de</strong> controle interno <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo Municipal,na forma <strong>da</strong> lei.§ 1º - O controle externo <strong>da</strong> Câmara Municipal será exerci<strong>do</strong> com o auxílio <strong>do</strong>s Tribunais<strong>de</strong> Contas <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s ou <strong>do</strong> Município ou <strong>do</strong>s Conselhos ou Tribunais <strong>de</strong> Contas <strong>do</strong>sMunicípios, on<strong>de</strong> houver.


§ 2º - O parecer prévio, emiti<strong>do</strong> pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito<strong>de</strong>ve anualmente prestar, só <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> prevalecer por <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> <strong>do</strong>is terços <strong>do</strong>s membros <strong>da</strong>Câmara Municipal.§ 3º - As contas <strong>do</strong>s Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição<strong>de</strong> qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual po<strong>de</strong>rá questionar-lhes alegitimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, nos termos <strong>da</strong> lei.§ 4º - É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a criação <strong>de</strong> Tribunais, Conselhos ou órgãos <strong>de</strong> Contas Municipais.CAPÍTULOVDO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOSSeçãoIDO DISTRITO FEDERALArt. 32. O Distrito Fe<strong>de</strong>ral, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica,vota<strong>da</strong> em <strong>do</strong>is turnos com interstício mínimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z dias, e aprova<strong>da</strong> por <strong>do</strong>is terços <strong>da</strong>Câmara Legislativa, que a promulgará, atendi<strong>do</strong>s os princípios estabeleci<strong>do</strong>s nestaConstituição.§ 1º - Ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral são atribuí<strong>da</strong>s as competências legislativas reserva<strong>da</strong>s aosEsta<strong>do</strong>s e Municípios.§ 2º - A eleição <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r e <strong>do</strong> Vice-Governa<strong>do</strong>r, observa<strong>da</strong>s as regras <strong>do</strong> art. 77, e<strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Distritais coincidirá com a <strong>do</strong>s Governa<strong>do</strong>res e Deputa<strong>do</strong>s Estaduais, paraman<strong>da</strong>to <strong>de</strong> igual duração.§ 3º - Aos Deputa<strong>do</strong>s Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.§ 4º - Lei fe<strong>de</strong>ral disporá sobre a utilização, pelo Governo <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, <strong>da</strong>s políciascivil e militar e <strong>do</strong> corpo <strong>de</strong> bombeiros militar.SeçãoDOS TERRITÓRIOSIIArt. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária <strong>do</strong>s Territórios.§ 1º - Os Territórios po<strong>de</strong>rão ser dividi<strong>do</strong>s em Municípios, aos quais se aplicará, no quecouber, o disposto no Capítulo IV <strong>de</strong>ste Título.§ 2º - As contas <strong>do</strong> Governo <strong>do</strong> Território serão submeti<strong>da</strong>s ao Congresso Nacional, comparecer prévio <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União.§ 3º - Nos Territórios Fe<strong>de</strong>rais com mais <strong>de</strong> cem mil habitantes, além <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>rnomea<strong>do</strong> na forma <strong>de</strong>sta Constituição, haverá órgãos judiciários <strong>de</strong> primeira e segun<strong>da</strong>instância, membros <strong>do</strong> Ministério Público e <strong>de</strong>fensores públicos fe<strong>de</strong>rais; a lei disporá sobre aseleições para a Câmara Territorial e sua competência <strong>de</strong>liberativa.CAPÍTULODA INTERVENÇÃOVIArt. 34. A União não intervirá nos Esta<strong>do</strong>s nem no Distrito Fe<strong>de</strong>ral, exceto para:I - manter a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> nacional;II - repelir invasão estrangeira ou <strong>de</strong> uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração em outra;


III - pôr termo a grave comprometimento <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m pública;IV - garantir o livre exercício <strong>de</strong> qualquer <strong>do</strong>s Po<strong>de</strong>res nas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração;V - reorganizar as finanças <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração que:a) suspen<strong>de</strong>r o pagamento <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> fun<strong>da</strong><strong>da</strong> por mais <strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos consecutivos, salvomotivo <strong>de</strong> força maior;b) <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> entregar aos Municípios receitas tributárias fixa<strong>da</strong>s nesta Constituição, <strong>de</strong>ntro<strong>do</strong>s prazos estabeleci<strong>do</strong>s em lei;VI - prover a execução <strong>de</strong> lei fe<strong>de</strong>ral, or<strong>de</strong>m ou <strong>de</strong>cisão judicial;VII - assegurar a observância <strong>do</strong>s seguintes princípios constitucionais:a) forma republicana, sistema representativo e regime <strong>de</strong>mocrático;b) direitos <strong>da</strong> pessoa humana;c) autonomia municipal;d) prestação <strong>de</strong> contas <strong>da</strong> administração pública, direta e indireta.e) aplicação <strong>do</strong> mínimo exigi<strong>do</strong> <strong>da</strong> receita resultante <strong>de</strong> impostos estaduais, compreendi<strong>da</strong>a proveniente <strong>de</strong> transferências, na manutenção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> ensino e nas ações eserviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)Art. 35. O Esta<strong>do</strong> não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípioslocaliza<strong>do</strong>s em Território Fe<strong>de</strong>ral, exceto quan<strong>do</strong>:I - <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser paga, sem motivo <strong>de</strong> força maior, por <strong>do</strong>is anos consecutivos, a dívi<strong>da</strong>fun<strong>da</strong><strong>da</strong>;II - não forem presta<strong>da</strong>s contas <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s, na forma <strong>da</strong> lei;III – não tiver si<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong> o mínimo exigi<strong>do</strong> <strong>da</strong> receita municipal na manutenção e<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> ensino e nas ações e serviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)IV - o Tribunal <strong>de</strong> Justiça <strong>de</strong>r provimento a representação para assegurar a observância <strong>de</strong>princípios indica<strong>do</strong>s na Constituição Estadual, ou para prover a execução <strong>de</strong> lei, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m ou<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão judicial.Art. 36. A <strong>de</strong>cretação <strong>da</strong> intervenção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá:I - no caso <strong>do</strong> art. 34, IV, <strong>de</strong> solicitação <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Legislativo ou <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo coactoou impedi<strong>do</strong>, ou <strong>de</strong> requisição <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, se a coação for exerci<strong>da</strong> contra oPo<strong>de</strong>r Judiciário;II - no caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>sobediência a or<strong>de</strong>m ou <strong>de</strong>cisão judiciária, <strong>de</strong> requisição <strong>do</strong> SupremoTribunal Fe<strong>de</strong>ral, <strong>do</strong> Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça ou <strong>do</strong> Tribunal Superior Eleitoral;III <strong>de</strong> provimento, pelo Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> representação <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r-Geral<strong>da</strong> República, na hipótese <strong>do</strong> art. 34, VII, e no caso <strong>de</strong> recusa à execução <strong>de</strong> lei fe<strong>de</strong>ral.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)


§ 1º - O <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> intervenção, que especificará a amplitu<strong>de</strong>, o prazo e as condições <strong>de</strong>execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submeti<strong>do</strong> à apreciação <strong>do</strong> CongressoNacional ou <strong>da</strong> Assembléia Legislativa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, no prazo <strong>de</strong> vinte e quatro horas.§ 2º - Se não estiver funcionan<strong>do</strong> o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, farse-áconvocação extraordinária, no mesmo prazo <strong>de</strong> vinte e quatro horas.§ 3º - Nos casos <strong>do</strong> art. 34, VI e VII, ou <strong>do</strong> art. 35, IV, dispensa<strong>da</strong> a apreciação peloCongresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o <strong>de</strong>creto limitar-se-á a suspen<strong>de</strong>r aexecução <strong>do</strong> ato impugna<strong>do</strong>, se essa medi<strong>da</strong> bastar ao restabelecimento <strong>da</strong> normali<strong>da</strong><strong>de</strong>.§ 4º - Cessa<strong>do</strong>s os motivos <strong>da</strong> intervenção, as autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s afasta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> seus cargos aestes voltarão, salvo impedimento legal.CAPÍTULOVIIDA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICASeçãoIDISPOSIÇÕES GERAISArt. 37. A administração pública direta e indireta <strong>de</strong> qualquer <strong>do</strong>s Po<strong>de</strong>res <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios obe<strong>de</strong>cerá aos princípios <strong>de</strong> legali<strong>da</strong><strong>de</strong>,impessoali<strong>da</strong><strong>de</strong>, morali<strong>da</strong><strong>de</strong>, publici<strong>da</strong><strong>de</strong> e eficiência e, também, ao seguinte: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preenchamos requisitos estabeleci<strong>do</strong>s em lei, assim como aos estrangeiros, na forma <strong>da</strong> lei; (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)II - a investidura em cargo ou emprego público <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprovação prévia em concursopúblico <strong>de</strong> provas ou <strong>de</strong> provas e títulos, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a natureza e a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> cargoou emprego, na forma prevista em lei, ressalva<strong>da</strong>s as nomeações para cargo em comissão<strong>de</strong>clara<strong>do</strong> em lei <strong>de</strong> livre nomeação e exoneração; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 19, <strong>de</strong> 1998)III - o prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> concurso público será <strong>de</strong> até <strong>do</strong>is anos, prorrogável uma vez,por igual perío<strong>do</strong>;IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital <strong>de</strong> convocação, aquele aprova<strong>do</strong> emconcurso público <strong>de</strong> provas ou <strong>de</strong> provas e títulos será convoca<strong>do</strong> com priori<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre novosconcursa<strong>do</strong>s para assumir cargo ou emprego, na carreira;V - as funções <strong>de</strong> confiança, exerci<strong>da</strong>s exclusivamente por servi<strong>do</strong>res ocupantes <strong>de</strong> cargoefetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchi<strong>do</strong>s por servi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> carreira nos casos,condições e percentuais mínimos previstos em lei, <strong>de</strong>stinam-se apenas às atribuições <strong>de</strong>direção, chefia e assessoramento; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)VI - é garanti<strong>do</strong> ao servi<strong>do</strong>r público civil o direito à livre associação sindical;VII - o direito <strong>de</strong> greve será exerci<strong>do</strong> nos termos e nos limites <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em lei específica;(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)VIII - a lei reservará percentual <strong>do</strong>s cargos e empregos públicos para as pessoasporta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência e <strong>de</strong>finirá os critérios <strong>de</strong> sua admissão;IX - a lei estabelecerá os casos <strong>de</strong> contratação por tempo <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> para aten<strong>de</strong>r anecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> temporária <strong>de</strong> excepcional interesse público;


X - a remuneração <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res públicos e o subsídio <strong>de</strong> que trata o § 4º <strong>do</strong> art. 39somente po<strong>de</strong>rão ser fixa<strong>do</strong>s ou altera<strong>do</strong>s por lei específica, observa<strong>da</strong> a iniciativa privativa emca<strong>da</strong> caso, assegura<strong>da</strong> revisão geral anual, sempre na mesma <strong>da</strong>ta e sem distinção <strong>de</strong> índices;(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998) (Regulamento)XI - a remuneração e o subsídio <strong>do</strong>s ocupantes <strong>de</strong> cargos, funções e empregos públicos<strong>da</strong> administração direta, autárquica e fun<strong>da</strong>cional, <strong>do</strong>s membros <strong>de</strong> qualquer <strong>do</strong>s Po<strong>de</strong>res <strong>da</strong>União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios, <strong>do</strong>s <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> man<strong>da</strong>to eletivo e<strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,percebi<strong>do</strong>s cumulativamente ou não, incluí<strong>da</strong>s as vantagens pessoais ou <strong>de</strong> qualquer outranatureza, não po<strong>de</strong>rão exce<strong>de</strong>r o subsídio mensal, em espécie, <strong>do</strong>s Ministros <strong>do</strong> SupremoTribunal Fe<strong>de</strong>ral, aplican<strong>do</strong>-se como li-mite, nos Municípios, o subsídio <strong>do</strong> Prefeito, e nosEsta<strong>do</strong>s e no Distrito Fe<strong>de</strong>ral, o subsídio mensal <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r no âmbito <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo,o subsídio <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Estaduais e Distritais no âmbito <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Legislativo e o sub-sídio<strong>do</strong>s Desembarga<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Justiça, limita<strong>do</strong> a noventa inteiros e vinte e cincocentésimos por cento <strong>do</strong> subsídio mensal, em espécie, <strong>do</strong>s Ministros <strong>do</strong> Supremo Tri-bunalFe<strong>de</strong>ral, no âmbito <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário, aplicável este limite aos membros <strong>do</strong> MinistérioPúblico, aos Procura<strong>do</strong>res e aos Defensores Públicos; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 41, 19.12.2003)XII - os vencimentos <strong>do</strong>s cargos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Legislativo e <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário não po<strong>de</strong>rãoser superiores aos pagos pelo Po<strong>de</strong>r Executivo;XIII - é ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a vinculação ou equiparação <strong>de</strong> quaisquer espécies remuneratórias para oefeito <strong>de</strong> remuneração <strong>de</strong> pessoal <strong>do</strong> serviço público; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)XIV - os acréscimos pecuniários percebi<strong>do</strong>s por servi<strong>do</strong>r público não serão computa<strong>do</strong>snem acumula<strong>do</strong>s para fins <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> acréscimos ulteriores; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)XV - o subsídio e os vencimentos <strong>do</strong>s ocupantes <strong>de</strong> cargos e empregos públicos sãoirredutíveis, ressalva<strong>do</strong> o disposto nos incisos XI e XIV <strong>de</strong>ste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II,153, III, e 153, § 2º, I; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)XVI - é ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a acumulação remunera<strong>da</strong> <strong>de</strong> cargos públicos, exceto, quan<strong>do</strong> houvercompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> horários, observa<strong>do</strong> em qualquer caso o disposto no inciso XI. (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)a) a <strong>de</strong> <strong>do</strong>is cargos <strong>de</strong> professor; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)b) a <strong>de</strong> um cargo <strong>de</strong> professor com outro técnico ou científico; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)c) a <strong>de</strong> <strong>do</strong>is cargos ou empregos privativos <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, com profissõesregulamenta<strong>da</strong>s; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 34, <strong>de</strong> 2001)XVII - a proibição <strong>de</strong> acumular esten<strong>de</strong>-se a empregos e funções e abrange autarquias,fun<strong>da</strong>ções, empresas públicas, socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> economia mista, suas subsidiárias, e socie<strong>da</strong><strong>de</strong>scontrola<strong>da</strong>s, direta ou indiretamente, pelo po<strong>de</strong>r público; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)XVIII - a administração fazendária e seus servi<strong>do</strong>res fiscais terão, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> suas áreas <strong>de</strong>competência e jurisdição, precedência sobre os <strong>de</strong>mais setores administrativos, na forma <strong>da</strong>lei;


XIX – somente por lei específica po<strong>de</strong>rá ser cria<strong>da</strong> autarquia e autoriza<strong>da</strong> a instituição <strong>de</strong>empresa pública, <strong>de</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> economia mista e <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>ção, caben<strong>do</strong> à leicomplementar, neste último caso, <strong>de</strong>finir as áreas <strong>de</strong> sua atuação; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)XX - <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> autorização legislativa, em ca<strong>da</strong> caso, a criação <strong>de</strong> subsidiárias <strong>da</strong>senti<strong>da</strong><strong>de</strong>s menciona<strong>da</strong>s no inciso anterior, assim como a participação <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>las emempresa priva<strong>da</strong>;XXI - ressalva<strong>do</strong>s os casos especifica<strong>do</strong>s na legislação, as obras, serviços, compras ealienações serão contrata<strong>do</strong>s mediante processo <strong>de</strong> licitação pública que assegure igual<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> condições a to<strong>do</strong>s os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações <strong>de</strong>pagamento, manti<strong>da</strong>s as condições efetivas <strong>da</strong> proposta, nos termos <strong>da</strong> lei, o qual somentepermitirá as exigências <strong>de</strong> qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia <strong>do</strong>cumprimento <strong>da</strong>s obrigações. (Regulamento)XXII - as administrações tributárias <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>sMunicípios, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s essenciais ao funcionamento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, exerci<strong>da</strong>s por servi<strong>do</strong>res <strong>de</strong>carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e atuarão<strong>de</strong> forma integra<strong>da</strong>, inclusive com o compartilhamento <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>stros e <strong>de</strong> informações fiscais,na forma <strong>da</strong> lei ou convênio. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)§ 1º - A publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s atos, programas, obras, serviços e campanhas <strong>do</strong>s órgãospúblicos <strong>de</strong>verá ter caráter educativo, informativo ou <strong>de</strong> orientação social, <strong>de</strong>la não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s ouservi<strong>do</strong>res públicos.§ 2º - A não observância <strong>do</strong> disposto nos incisos II e III implicará a nuli<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ato e apunição <strong>da</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> responsável, nos termos <strong>da</strong> lei.§ 3º A lei disciplinará as formas <strong>de</strong> participação <strong>do</strong> usuário na administração pública diretae indireta, regulan<strong>do</strong> especialmente: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong>1998)I - as reclamações relativas à prestação <strong>do</strong>s serviços públicos em geral, assegura<strong>da</strong>s amanutenção <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna,<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s serviços; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)II - o acesso <strong>do</strong>s usuários a registros administrativos e a informações sobre atos <strong>de</strong>governo, observa<strong>do</strong> o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº19, <strong>de</strong> 1998)III - a disciplina <strong>da</strong> representação contra o exercício negligente ou abusivo <strong>de</strong> cargo,emprego ou função na administração pública. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong>1998)§ 4º - Os atos <strong>de</strong> improbi<strong>da</strong><strong>de</strong> administrativa importarão a suspensão <strong>do</strong>s direitos políticos,a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> função pública, a indisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s bens e o ressarcimento ao erário, na forma egra<strong>da</strong>ção previstas em lei, sem prejuízo <strong>da</strong> ação penal cabível.§ 5º - A lei estabelecerá os prazos <strong>de</strong> prescrição para ilícitos pratica<strong>do</strong>s por qualqueragente, servi<strong>do</strong>r ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalva<strong>da</strong>s as respectivas ações <strong>de</strong>ressarcimento.§ 6º - As pessoas jurídicas <strong>de</strong> direito público e as <strong>de</strong> direito priva<strong>do</strong> presta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong>serviços públicos respon<strong>de</strong>rão pelos <strong>da</strong>nos que seus agentes, nessa quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, causarem aterceiros, assegura<strong>do</strong> o direito <strong>de</strong> regresso contra o responsável nos casos <strong>de</strong> <strong>do</strong>lo ou culpa.


§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante <strong>de</strong> cargo ou emprego <strong>da</strong>administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegia<strong>da</strong>s. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira <strong>do</strong>s órgãos e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>administração direta e indireta po<strong>de</strong>rá ser amplia<strong>da</strong> mediante contrato, a ser firma<strong>do</strong> entre seusadministra<strong>do</strong>res e o po<strong>de</strong>r público, que tenha por objeto a fixação <strong>de</strong> metas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhopara o órgão ou enti<strong>da</strong><strong>de</strong>, caben<strong>do</strong> à lei dispor sobre: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº19, <strong>de</strong> 1998)I - o prazo <strong>de</strong> duração <strong>do</strong> contrato;II - os controles e critérios <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, direitos, obrigações eresponsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s dirigentes;III - a remuneração <strong>do</strong> pessoal."§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> economiamista, e suas subsidiárias, que receberem recursos <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ralou <strong>do</strong>s Municípios para pagamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> pessoal ou <strong>de</strong> custeio em geral. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 10. É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a percepção simultânea <strong>de</strong> proventos <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong>art. 40 ou <strong>do</strong>s arts. 42 e 142 com a remuneração <strong>de</strong> cargo, emprego ou função pública,ressalva<strong>do</strong>s os cargos acumuláveis na forma <strong>de</strong>sta Constituição, os cargos eletivos e oscargos em comissão <strong>de</strong>clara<strong>do</strong>s em lei <strong>de</strong> livre nomeação e exoneração. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 11. Não serão computa<strong>da</strong>s, para efeito <strong>do</strong>s limites remuneratórios <strong>de</strong> que trata o incisoXI <strong>do</strong> caput <strong>de</strong>ste artigo, as parcelas <strong>de</strong> caráter in<strong>de</strong>nizatório previstas em lei. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 47, <strong>de</strong> 2005)§ 12. Para os fins <strong>do</strong> disposto no inciso XI <strong>do</strong> caput <strong>de</strong>ste artigo, fica faculta<strong>do</strong> aosEsta<strong>do</strong>s e ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral fixar, em seu âmbito, mediante emen<strong>da</strong> às respectivasConstituições e Lei Or gânica, como limite único, o subsídio mensal <strong>do</strong>s Desembarga<strong>do</strong>res <strong>do</strong>respectivo Tribunal <strong>de</strong> Justiça, limita<strong>do</strong> a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento<strong>do</strong> subsídio mensal <strong>do</strong>s Ministros <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, não se aplican<strong>do</strong> o dispostoneste parágrafo aos subsídios <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Estaduais e Distritais e <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 47, <strong>de</strong> 2005)Art. 38. Ao servi<strong>do</strong>r público <strong>da</strong> administração direta, autárquica e fun<strong>da</strong>cional, no exercício<strong>de</strong> man<strong>da</strong>to eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)I - tratan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> man<strong>da</strong>to eletivo fe<strong>de</strong>ral, estadual ou distrital, ficará afasta<strong>do</strong> <strong>de</strong> seucargo, emprego ou função;II - investi<strong>do</strong> no man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> Prefeito, será afasta<strong>do</strong> <strong>do</strong> cargo, emprego ou função, sen<strong>do</strong>lhefaculta<strong>do</strong> optar pela sua remuneração;III - investi<strong>do</strong> no man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> Verea<strong>do</strong>r, haven<strong>do</strong> compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> horários, perceberá asvantagens <strong>de</strong> seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo <strong>da</strong> remuneração <strong>do</strong> cargo eletivo, e,não haven<strong>do</strong> compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, será aplica<strong>da</strong> a norma <strong>do</strong> inciso anterior;IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício <strong>de</strong> man<strong>da</strong>to eletivo, seutempo <strong>de</strong> serviço será conta<strong>do</strong> para to<strong>do</strong>s os efeitos legais, exceto para promoção pormerecimento;


V - para efeito <strong>de</strong> benefício previ<strong>de</strong>nciário, no caso <strong>de</strong> afastamento, os valores serão<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s como se no exercício estivesse.SeçãoIIDOS SERVIDORES PÚBLICOS(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)Art. 39. A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios instituirão, no âmbito <strong>de</strong> suacompetência, regime jurídico único e planos <strong>de</strong> carreira para os servi<strong>do</strong>res <strong>da</strong> administraçãopública direta, <strong>da</strong>s autarquias e <strong>da</strong>s fun<strong>da</strong>ções públicas. (Vi<strong>de</strong> ADIN nº 2.135-4)§ 1º A fixação <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> vencimento e <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais componentes <strong>do</strong> sistemaremuneratório observará: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)I - a natureza, o grau <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s cargos componentes <strong>de</strong>ca<strong>da</strong> carreira; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)II - os requisitos para a investidura; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)III - as peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s cargos. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 2º A União, os Esta<strong>do</strong>s e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral manterão escolas <strong>de</strong> governo para aformação e o aperfeiçoamento <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res públicos, constituin<strong>do</strong>-se a participação noscursos um <strong>do</strong>s requisitos para a promoção na carreira, faculta<strong>da</strong>, para isso, a celebração <strong>de</strong>convênios ou contratos entre os entes fe<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 3º Aplica-se aos servi<strong>do</strong>res ocupantes <strong>de</strong> cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII,VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a lei estabelecer requisitosdiferencia<strong>do</strong>s <strong>de</strong> admissão quan<strong>do</strong> a natureza <strong>do</strong> cargo o exigir. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 4º O membro <strong>de</strong> Po<strong>de</strong>r, o <strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> man<strong>da</strong>to eletivo, os Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> e osSecretários Estaduais e Municipais serão remunera<strong>do</strong>s exclusivamente por subsídio fixa<strong>do</strong> emparcela única, ve<strong>da</strong><strong>do</strong> o acréscimo <strong>de</strong> qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba <strong>de</strong>representação ou outra espécie remuneratória, obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong>, em qualquer caso, o disposto no art.37, X e XI. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 5º Lei <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios po<strong>de</strong>rá estabelecer arelação entre a maior e a menor remuneração <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res públicos, obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong>, em qualquercaso, o disposto no art. 37, XI. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 6º Os Po<strong>de</strong>res Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores <strong>do</strong>subsídio e <strong>da</strong> remuneração <strong>do</strong>s cargos e empregos públicos. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 7º Lei <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios disciplinará aaplicação <strong>de</strong> recursos orçamentários provenientes <strong>da</strong> economia com <strong>de</strong>spesas correntes emca<strong>da</strong> órgão, autarquia e fun<strong>da</strong>ção, para aplicação no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, treinamento e <strong>de</strong>senvolvimento, mo<strong>de</strong>rnização, reaparelhamento eracionalização <strong>do</strong> serviço público, inclusive sob a forma <strong>de</strong> adicional ou prêmio <strong>de</strong>produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 8º A remuneração <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res públicos organiza<strong>do</strong>s em carreira po<strong>de</strong>rá ser fixa<strong>da</strong>nos termos <strong>do</strong> § 4º. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)


Art. 40. Aos servi<strong>do</strong>res titulares <strong>de</strong> cargos efetivos <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> DistritoFe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios, incluí<strong>da</strong>s suas autarquias e fun<strong>da</strong>ções, é assegura<strong>do</strong> regime <strong>de</strong>previdência <strong>de</strong> caráter contributivo e solidário, mediante contribuição <strong>do</strong> respectivo entepúblico, <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res ativos e inativos e <strong>do</strong>s pensionistas, observa<strong>do</strong>s critérios quepreservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 41, 19.12.2003)§ 1º Os servi<strong>do</strong>res abrangi<strong>do</strong>s pelo regime <strong>de</strong> previdência <strong>de</strong> que trata este artigo serãoaposenta<strong>do</strong>s, calcula<strong>do</strong>s os seus proventos a partir <strong>do</strong>s valores fixa<strong>do</strong>s na forma <strong>do</strong>s §§ 3º e17: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 41, 19.12.2003)I - por invali<strong>de</strong>z permanente, sen<strong>do</strong> os proventos proporcionais ao tempo <strong>de</strong> contribuição,exceto se <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte em serviço, moléstia profissional ou <strong>do</strong>ença grave,contagiosa ou incurável, na forma <strong>da</strong> lei; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 41,19.12.2003)II - compulsoriamente, aos setenta anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, com proventos proporcionais ao tempo<strong>de</strong> contribuição; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 15/12/98)III - voluntariamente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que cumpri<strong>do</strong> tempo mínimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> efetivo exercíciono serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se <strong>da</strong>rá a aposenta<strong>do</strong>ria, observa<strong>da</strong>sas seguintes condições: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 15/12/98)a) sessenta anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e trinta e cinco <strong>de</strong> contribuição, se homem, e cinqüenta e cincoanos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e trinta <strong>de</strong> contribuição, se mulher; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 20, <strong>de</strong> 15/12/98)b) sessenta e cinco anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, se homem, e sessenta anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, se mulher, comproventos proporcionais ao tempo <strong>de</strong> contribuição. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 20, <strong>de</strong> 15/12/98)§ 2º - Os proventos <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria e as pensões, por ocasião <strong>de</strong> sua concessão, nãopo<strong>de</strong>rão exce<strong>de</strong>r a remuneração <strong>do</strong> respectivo servi<strong>do</strong>r, no cargo efetivo em que se <strong>de</strong>u aaposenta<strong>do</strong>ria ou que serviu <strong>de</strong> referência para a concessão <strong>da</strong> pensão. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 15/12/98)§ 3º Para o cálculo <strong>do</strong>s proventos <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria, por ocasião <strong>da</strong> sua concessão, serãoconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s as remunerações utiliza<strong>da</strong>s como base para as contribuições <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r aosregimes <strong>de</strong> previdência <strong>de</strong> que tratam este artigo e o art. 201, na forma <strong>da</strong> lei. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 41, 19.12.2003)§ 4º É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> requisitos e critérios diferencia<strong>do</strong>s para a concessão <strong>de</strong>aposenta<strong>do</strong>ria aos abrangi<strong>do</strong>s pelo regime <strong>de</strong> que trata este artigo, ressalva<strong>do</strong>s, nos termos<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em leis complementares, os casos <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 47, <strong>de</strong> 2005)I porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 47, <strong>de</strong> 2005)II que exerçam ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> risco; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 47, <strong>de</strong> 2005)III cujas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s sejam exerci<strong>da</strong>s sob condições especiais que prejudiquem a saú<strong>de</strong> ou aintegri<strong>da</strong><strong>de</strong> física. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 47, <strong>de</strong> 2005)§ 5º - Os requisitos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> contribuição serão reduzi<strong>do</strong>s em cinco anos,em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo<strong>de</strong> efetivo exercício <strong>da</strong>s funções <strong>de</strong> magistério na educação infantil e no ensino fun<strong>da</strong>mental emédio. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 15/12/98)


§ 6º - Ressalva<strong>da</strong>s as aposenta<strong>do</strong>rias <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong>s cargos acumuláveis na forma<strong>de</strong>sta Constituição, é ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a percepção <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma aposenta<strong>do</strong>ria à conta <strong>do</strong> regime <strong>de</strong>previdência previsto neste artigo. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong>15/12/98)§ 7º Lei disporá sobre a concessão <strong>do</strong> benefício <strong>de</strong> pensão por morte, que será igual:(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 41, 19.12.2003)I - ao valor <strong>da</strong> totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s proventos <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r faleci<strong>do</strong>, até o limite máximoestabeleci<strong>do</strong> para os benefícios <strong>do</strong> regime geral <strong>de</strong> previdência social <strong>de</strong> que trata o art. 201,acresci<strong>do</strong> <strong>de</strong> setenta por cento <strong>da</strong> parcela exce<strong>de</strong>nte a este limite, caso aposenta<strong>do</strong> à <strong>da</strong>ta <strong>do</strong>óbito; ou (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 41, 19.12.2003)II - ao valor <strong>da</strong> totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> remuneração <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r no cargo efetivo em que se <strong>de</strong>u ofalecimento, até o limite máximo estabeleci<strong>do</strong> para os benefícios <strong>do</strong> regime geral <strong>de</strong>previdência social <strong>de</strong> que trata o art. 201, acresci<strong>do</strong> <strong>de</strong> setenta por cento <strong>da</strong> parcela exce<strong>de</strong>ntea este limite, caso em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> na <strong>da</strong>ta <strong>do</strong> óbito. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 41,19.12.2003)§ 8º É assegura<strong>do</strong> o reajustamento <strong>do</strong>s benefícios para preservar-lhes, em caráterpermanente, o valor real, conforme critérios estabeleci<strong>do</strong>s em lei. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 41, 19.12.2003)§ 9º - O tempo <strong>de</strong> contribuição fe<strong>de</strong>ral, estadual ou municipal será conta<strong>do</strong> para efeito <strong>de</strong>aposenta<strong>do</strong>ria e o tempo <strong>de</strong> serviço correspon<strong>de</strong>nte para efeito <strong>de</strong> disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 15/12/98)§ 10 - A lei não po<strong>de</strong>rá estabelecer qualquer forma <strong>de</strong> contagem <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> contribuiçãofictício. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 15/12/98)§ 11 - Aplica-se o limite fixa<strong>do</strong> no art. 37, XI, à soma total <strong>do</strong>s proventos <strong>de</strong> inativi<strong>da</strong><strong>de</strong>,inclusive quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> acumulação <strong>de</strong> cargos ou empregos públicos, bem como <strong>de</strong>outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s sujeitas a contribuição para o regime geral <strong>de</strong> previdência social, e aomontante resultante <strong>da</strong> adição <strong>de</strong> proventos <strong>de</strong> inativi<strong>da</strong><strong>de</strong> com remuneração <strong>de</strong> cargoacumulável na forma <strong>de</strong>sta Constituição, cargo em comissão <strong>de</strong>clara<strong>do</strong> em lei <strong>de</strong> livrenomeação e exoneração, e <strong>de</strong> cargo eletivo. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong>15/12/98)§ 12 - Além <strong>do</strong> disposto neste artigo, o regime <strong>de</strong> previdência <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res públicostitulares <strong>de</strong> cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixa<strong>do</strong>s para oregime geral <strong>de</strong> previdência social. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 15/12/98)§ 13 - Ao servi<strong>do</strong>r ocupante, exclusivamente, <strong>de</strong> cargo em comissão <strong>de</strong>clara<strong>do</strong> em lei <strong>de</strong>livre nomeação e exoneração bem como <strong>de</strong> outro cargo temporário ou <strong>de</strong> emprego público,aplica-se o regime geral <strong>de</strong> previdência social. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong>15/12/98)§ 14 - A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que instituam regime<strong>de</strong> previdência complementar para os seus respectivos servi<strong>do</strong>res titulares <strong>de</strong> cargo efetivo,po<strong>de</strong>rão fixar, para o valor <strong>da</strong>s aposenta<strong>do</strong>rias e pensões a serem concedi<strong>da</strong>s pelo regime <strong>de</strong>que trata este artigo, o limite máximo estabeleci<strong>do</strong> para os benefícios <strong>do</strong> regime geral <strong>de</strong>previdência social <strong>de</strong> que trata o art. 201. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong>15/12/98)§ 15. O regime <strong>de</strong> previdência complementar <strong>de</strong> que trata o § 14 será instituí<strong>do</strong> por lei <strong>de</strong>iniciativa <strong>do</strong> respectivo Po<strong>de</strong>r Executivo, observa<strong>do</strong> o disposto no art. 202 e seus parágrafos,no que couber, por intermédio <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s fecha<strong>da</strong>s <strong>de</strong> previdência complementar, <strong>de</strong>natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos <strong>de</strong> benefícios somente


na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 41,19.12.2003)§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 po<strong>de</strong>ráser aplica<strong>do</strong> ao servi<strong>do</strong>r que tiver ingressa<strong>do</strong> no serviço público até a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> publicação <strong>do</strong> ato<strong>de</strong> instituição <strong>do</strong> correspon<strong>de</strong>nte regime <strong>de</strong> previdência complementar. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 15/12/98)§ 17. To<strong>do</strong>s os valores <strong>de</strong> remuneração consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s para o cálculo <strong>do</strong> benefício previstono § 3° serão <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente atualiza<strong>do</strong>s, na forma <strong>da</strong> lei. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 41, 19.12.2003)§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>rias e pensões concedi<strong>da</strong>spelo regime <strong>de</strong> que trata este artigo que superem o limite máximo estabeleci<strong>do</strong> para osbenefícios <strong>do</strong> regime geral <strong>de</strong> previdência social <strong>de</strong> que trata o art. 201, com percentual igualao estabeleci<strong>do</strong> para os servi<strong>do</strong>res titulares <strong>de</strong> cargos efetivos. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 41, 19.12.2003)§ 19. O servi<strong>do</strong>r <strong>de</strong> que trata este artigo que tenha completa<strong>do</strong> as exigências paraaposenta<strong>do</strong>ria voluntária estabeleci<strong>da</strong>s no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>fará jus a um abono <strong>de</strong> permanência equivalente ao valor <strong>da</strong> sua contribuição previ<strong>de</strong>nciáriaaté completar as exigências para aposenta<strong>do</strong>ria compulsória conti<strong>da</strong>s no § 1º, II. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 41, 19.12.2003)§ 20. Fica ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a existência <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um regime próprio <strong>de</strong> previdência social paraos servi<strong>do</strong>res titulares <strong>de</strong> cargos efetivos, e <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> gestora <strong>do</strong> respectivoregime em ca<strong>da</strong> ente estatal, ressalva<strong>do</strong> o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 41, 19.12.2003)§ 21. A contribuição prevista no § 18 <strong>de</strong>ste artigo incidirá apenas sobre as parcelas <strong>de</strong>proventos <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria e <strong>de</strong> pensão que superem o <strong>do</strong>bro <strong>do</strong> limite máximo estabeleci<strong>do</strong>para os benefícios <strong>do</strong> regime geral <strong>de</strong> previdência social <strong>de</strong> que trata o art. 201 <strong>de</strong>staConstituição, quan<strong>do</strong> o beneficiário, na forma <strong>da</strong> lei, for porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença incapacitante.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 47, <strong>de</strong> 2005)Art. 41. São estáveis após três anos <strong>de</strong> efetivo exercício os servi<strong>do</strong>res nomea<strong>do</strong>s paracargo <strong>de</strong> provimento efetivo em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> concurso público. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 1º O servi<strong>do</strong>r público estável só per<strong>de</strong>rá o cargo: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)I - em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentença judicial transita<strong>da</strong> em julga<strong>do</strong>; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegura<strong>da</strong> ampla <strong>de</strong>fesa; (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)III - mediante procedimento <strong>de</strong> avaliação periódica <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, na forma <strong>de</strong> leicomplementar, assegura<strong>da</strong> ampla <strong>de</strong>fesa. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong>1998)§ 2º Invali<strong>da</strong><strong>da</strong> por sentença judicial a <strong>de</strong>missão <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r estável, será ele reintegra<strong>do</strong>,e o eventual ocupante <strong>da</strong> vaga, se estável, reconduzi<strong>do</strong> ao cargo <strong>de</strong> origem, sem direito ain<strong>de</strong>nização, aproveita<strong>do</strong> em outro cargo ou posto em disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> com remuneraçãoproporcional ao tempo <strong>de</strong> serviço. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)


§ 3º Extinto o cargo ou <strong>de</strong>clara<strong>da</strong> a sua <strong>de</strong>snecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, o servi<strong>do</strong>r estável ficará emdisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, com remuneração proporcional ao tempo <strong>de</strong> serviço, até seu a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>aproveitamento em outro cargo. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 4º Como condição para a aquisição <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, é obrigatória a avaliação especial<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho por comissão instituí<strong>da</strong> para essa finali<strong>da</strong><strong>de</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)SeçãoIIIDOS SERVIDORES PÚBLICOSDOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)Art. 42 Os membros <strong>da</strong>s Polícias Militares e Corpos <strong>de</strong> Bombeiros Militares, instituiçõesorganiza<strong>da</strong>s com base na hierarquia e disciplina, são militares <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>rale <strong>do</strong>s Territórios. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)§ 1º Aplicam-se aos militares <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Territórios, além <strong>do</strong>que vier a ser fixa<strong>do</strong> em lei, as disposições <strong>do</strong> art. 14, § 8º; <strong>do</strong> art. 40, § 9º; e <strong>do</strong> art. 142, §§ 2ºe 3º, caben<strong>do</strong> a lei estadual específica dispor sobre as matérias <strong>do</strong> art. 142, § 3º, inciso X,sen<strong>do</strong> as patentes <strong>do</strong>s oficiais conferi<strong>da</strong>s pelos respectivos governa<strong>do</strong>res. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 15/12/98)§ 2º Aos pensionistas <strong>do</strong>s militares <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Territóriosaplica-se o que for fixa<strong>do</strong> em lei específica <strong>do</strong> respectivo ente estatal. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 41, 19.12.2003)SeçãoDAS REGIÕESIVArt. 43. Para efeitos administrativos, a União po<strong>de</strong>rá articular sua ação em um mesmocomplexo geoeconômico e social, visan<strong>do</strong> a seu <strong>de</strong>senvolvimento e à redução <strong>da</strong>s<strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionais.§ 1º - Lei complementar disporá sobre:I - as condições para integração <strong>de</strong> regiões em <strong>de</strong>senvolvimento;II - a composição <strong>do</strong>s organismos regionais que executarão, na forma <strong>da</strong> lei, os planosregionais, integrantes <strong>do</strong>s planos nacionais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social, aprova<strong>do</strong>sjuntamente com estes.§ 2º - Os incentivos regionais compreen<strong>de</strong>rão, além <strong>de</strong> outros, na forma <strong>da</strong> lei:I - igual<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tarifas, fretes, seguros e outros itens <strong>de</strong> custos e preços <strong>de</strong>responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público;II - juros favoreci<strong>do</strong>s para financiamento <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s prioritárias;III - isenções, reduções ou diferimento temporário <strong>de</strong> tributos fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s por pessoasfísicas ou jurídicas;IV - priori<strong>da</strong><strong>de</strong> para o aproveitamento econômico e social <strong>do</strong>s rios e <strong>da</strong>s massas <strong>de</strong> águarepresa<strong>da</strong>s ou represáveis nas regiões <strong>de</strong> baixa ren<strong>da</strong>, sujeitas a secas periódicas.


§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação <strong>de</strong> terrasári<strong>da</strong>s e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, emsuas glebas, <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> pequena irrigação.TÍTULOIVDa Organização <strong>do</strong>s Po<strong>de</strong>resCAPÍTULOIDO PODER LEGISLATIVOSeçãoIDO CONGRESSO NACIONALArt. 44. O Po<strong>de</strong>r Legislativo é exerci<strong>do</strong> pelo Congresso Nacional, que se compõe <strong>da</strong>Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral.Parágrafo único. Ca<strong>da</strong> legislatura terá a duração <strong>de</strong> quatro anos.Art. 45. A Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s compõe-se <strong>de</strong> representantes <strong>do</strong> povo, eleitos, pelosistema proporcional, em ca<strong>da</strong> Esta<strong>do</strong>, em ca<strong>da</strong> Território e no Distrito Fe<strong>de</strong>ral.§ 1º - O número total <strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong>s, bem como a representação por Esta<strong>do</strong> e pelo DistritoFe<strong>de</strong>ral, será estabeleci<strong>do</strong> por lei complementar, proporcionalmente à população, proce<strong>de</strong>n<strong>do</strong>seaos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma <strong>da</strong>quelas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração tenha menos <strong>de</strong> oito ou mais <strong>de</strong> setenta Deputa<strong>do</strong>s.§ 2º - Ca<strong>da</strong> Território elegerá quatro Deputa<strong>do</strong>s.Art. 46. O Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral compõe-se <strong>de</strong> representantes <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> DistritoFe<strong>de</strong>ral, eleitos segun<strong>do</strong> o princípio majoritário.§ 1º - Ca<strong>da</strong> Esta<strong>do</strong> e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral elegerão três Sena<strong>do</strong>res, com man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> oitoanos.§ 2º - A representação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral será renova<strong>da</strong> <strong>de</strong> quatro emquatro anos, alterna<strong>da</strong>mente, por um e <strong>do</strong>is terços.§ 3º - Ca<strong>da</strong> Sena<strong>do</strong>r será eleito com <strong>do</strong>is suplentes.Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as <strong>de</strong>liberações <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> Casa e <strong>de</strong>suas Comissões serão toma<strong>da</strong>s por maioria <strong>do</strong>s votos, presente a maioria absoluta <strong>de</strong> seusmembros.SeçãoDAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONALIIArt. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, nãoexigi<strong>da</strong> esta para o especifica<strong>do</strong> nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre to<strong>da</strong>s as matérias <strong>de</strong>competência <strong>da</strong> União, especialmente sobre:I - sistema tributário, arreca<strong>da</strong>ção e distribuição <strong>de</strong> ren<strong>da</strong>s;II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações <strong>de</strong> crédito,dívi<strong>da</strong> pública e emissões <strong>de</strong> curso força<strong>do</strong>;III - fixação e modificação <strong>do</strong> efetivo <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s;IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento;


V - limites <strong>do</strong> território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> União;VI - incorporação, subdivisão ou <strong>de</strong>smembramento <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> Territórios ou Esta<strong>do</strong>s,ouvi<strong>da</strong>s as respectivas Assembléias Legislativas;VII - transferência temporária <strong>da</strong> se<strong>de</strong> <strong>do</strong> Governo Fe<strong>de</strong>ral;VIII - concessão <strong>de</strong> anistia;IX - organização administrativa, judiciária, <strong>do</strong> Ministério Público e <strong>da</strong> Defensoria Pública <strong>da</strong>União e <strong>do</strong>s Territórios e organização judiciária, <strong>do</strong> Ministério Público e <strong>da</strong> Defensoria Pública<strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral;X – criação, transformação e extinção <strong>de</strong> cargos, empregos e funções públicas, observa<strong>do</strong>o que estabelece o art. 84, VI, b; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)XI – criação e extinção <strong>de</strong> Ministérios e órgãos <strong>da</strong> administração pública; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)XII - telecomunicações e radiodifusão;XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;XIV - moe<strong>da</strong>, seus limites <strong>de</strong> emissão, e montante <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> mobiliária fe<strong>de</strong>ral.XV - fixação <strong>do</strong> subsídio <strong>do</strong>s Ministros <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, observa<strong>do</strong> o quedispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 41, 19.12.2003)Art. 49. É <strong>da</strong> competência exclusiva <strong>do</strong> Congresso Nacional:I - resolver <strong>de</strong>finitivamente sobre trata<strong>do</strong>s, acor<strong>do</strong>s ou atos internacionais que acarretemencargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;II - autorizar o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República a <strong>de</strong>clarar guerra, a celebrar a paz, a permitir queforças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente,ressalva<strong>do</strong>s os casos previstos em lei complementar;III - autorizar o Presi<strong>de</strong>nte e o Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República a se ausentarem <strong>do</strong> País,quan<strong>do</strong> a ausência exce<strong>de</strong>r a quinze dias;IV - aprovar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e a intervenção fe<strong>de</strong>ral, autorizar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio, oususpen<strong>de</strong>r qualquer uma <strong>de</strong>ssas medi<strong>da</strong>s;V - sustar os atos normativos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo que exorbitem <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r regulamentar ou<strong>do</strong>s limites <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação legislativa;VI - mu<strong>da</strong>r temporariamente sua se<strong>de</strong>;VII - fixar idêntico subsídio para os Deputa<strong>do</strong>s Fe<strong>de</strong>rais e os Sena<strong>do</strong>res, observa<strong>do</strong> o quedispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)VIII - fixar os subsídios <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte e <strong>do</strong> Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República e <strong>do</strong>s Ministros<strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, observa<strong>do</strong> o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)


IX - julgar anualmente as contas presta<strong>da</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República e apreciar osrelatórios sobre a execução <strong>do</strong>s planos <strong>de</strong> governo;X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer <strong>de</strong> suas Casas, os atos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>rExecutivo, incluí<strong>do</strong>s os <strong>da</strong> administração indireta;XI - zelar pela preservação <strong>de</strong> sua competência legislativa em face <strong>da</strong> atribuição normativa<strong>do</strong>s outros Po<strong>de</strong>res;XII - apreciar os atos <strong>de</strong> concessão e renovação <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> emissoras <strong>de</strong> rádio etelevisão;XIII - escolher <strong>do</strong>is terços <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União;XIV - aprovar iniciativas <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo referentes a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s nucleares;XV - autorizar referen<strong>do</strong> e convocar plebiscito;XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento <strong>de</strong> recursos hídricose a pesquisa e lavra <strong>de</strong> riquezas minerais;XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão <strong>de</strong> terras públicas com áreasuperior a <strong>do</strong>is mil e quinhentos hectares.Art. 50. A Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e o Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, ou qualquer <strong>de</strong> suas Comissões,po<strong>de</strong>rão convocar Ministro <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> ou quaisquer titulares <strong>de</strong> órgãos diretamentesubordina<strong>do</strong>s à Presidência <strong>da</strong> República para prestarem, pessoalmente, informações sobreassunto previamente <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, importan<strong>do</strong> crime <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> a ausência semjustificação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº 2, <strong>de</strong> 1994)§ 1º - Os Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> po<strong>de</strong>rão comparecer ao Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, à Câmara <strong>do</strong>sDeputa<strong>do</strong>s, ou a qualquer <strong>de</strong> suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentoscom a Mesa respectiva, para expor assunto <strong>de</strong> relevância <strong>de</strong> seu Ministério.§ 2º - As Mesas <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral po<strong>de</strong>rão encaminharpedi<strong>do</strong>s escritos <strong>de</strong> informações a Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> ou a qualquer <strong>da</strong>s pessoas referi<strong>da</strong>s nocaput <strong>de</strong>ste artigo, importan<strong>do</strong> em crime <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> a recusa, ou o não - atendimento,no prazo <strong>de</strong> trinta dias, bem como a prestação <strong>de</strong> informações falsas. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº 2, <strong>de</strong> 1994)SeçãoDA CÂMARA DOS DEPUTADOSIIIArt. 51. Compete privativamente à Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s:I - autorizar, por <strong>do</strong>is terços <strong>de</strong> seus membros, a instauração <strong>de</strong> processo contra oPresi<strong>de</strong>nte e o Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República e os Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>;II - proce<strong>de</strong>r à toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> contas <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, quan<strong>do</strong> não apresenta<strong>da</strong>sao Congresso Nacional <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sessenta dias após a abertura <strong>da</strong> sessão legislativa;III - elaborar seu regimento interno;IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ouextinção <strong>do</strong>s cargos, empregos e funções <strong>de</strong> seus serviços, e a iniciativa <strong>de</strong> lei para fixação <strong>da</strong>


espectiva remuneração, observa<strong>do</strong>s os parâmetros estabeleci<strong>do</strong>s na lei <strong>de</strong> diretrizesorçamentárias; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)V - eleger membros <strong>do</strong> Conselho <strong>da</strong> República, nos termos <strong>do</strong> art. 89, VII.SeçãoDO SENADO FEDERALIVArt. 52. Compete privativamente ao Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral:I - processar e julgar o Presi<strong>de</strong>nte e o Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República nos crimes <strong>de</strong>responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, bem como os Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> e os Coman<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong> Marinha, <strong>do</strong>Exército e <strong>da</strong> Aeronáutica nos crimes <strong>da</strong> mesma natureza conexos com aqueles; (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 23, <strong>de</strong> 02/09/99)II processar e julgar os Ministros <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, os membros <strong>do</strong> ConselhoNacional <strong>de</strong> Justiça e <strong>do</strong> Conselho Nacional <strong>do</strong> Ministério Público, o Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong>República e o Advoga<strong>do</strong>-Geral <strong>da</strong> União nos crimes <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha <strong>de</strong>:a) Magistra<strong>do</strong>s, nos casos estabeleci<strong>do</strong>s nesta Constituição;b) Ministros <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União indica<strong>do</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República;c) Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Território;d) Presi<strong>de</strong>nte e diretores <strong>do</strong> banco central;e) Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong> República;f) titulares <strong>de</strong> outros cargos que a lei <strong>de</strong>terminar;IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha<strong>do</strong>s chefes <strong>de</strong> missão diplomática <strong>de</strong> caráter permanente;V - autorizar operações externas <strong>de</strong> natureza financeira, <strong>de</strong> interesse <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, <strong>do</strong>s Territórios e <strong>do</strong>s Municípios;VI - fixar, por proposta <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, limites globais para o montante <strong>da</strong>dívi<strong>da</strong> consoli<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios;VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações <strong>de</strong> crédito externo einterno <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios, <strong>de</strong> suas autarquias e<strong>de</strong>mais enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s controla<strong>da</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público fe<strong>de</strong>ral;VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão <strong>de</strong> garantia <strong>da</strong> União emoperações <strong>de</strong> crédito externo e interno;IX - estabelecer limites globais e condições para o montante <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> mobiliária <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios;X - suspen<strong>de</strong>r a execução, no to<strong>do</strong> ou em parte, <strong>de</strong> lei <strong>de</strong>clara<strong>da</strong> inconstitucional por<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>finitiva <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral;


XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, <strong>de</strong> ofício, <strong>do</strong>Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong> República antes <strong>do</strong> término <strong>de</strong> seu man<strong>da</strong>to;XII - elaborar seu regimento interno;XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ouextinção <strong>do</strong>s cargos, empregos e funções <strong>de</strong> seus serviços, e a iniciativa <strong>de</strong> lei para fixação <strong>da</strong>respectiva remuneração, observa<strong>do</strong>s os parâmetros estabeleci<strong>do</strong>s na lei <strong>de</strong> diretrizesorçamentárias; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)XIV - eleger membros <strong>do</strong> Conselho <strong>da</strong> República, nos termos <strong>do</strong> art. 89, VII.XV - avaliar periodicamente a funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Sistema Tributário Nacional, em suaestrutura e seus componentes, e o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s administrações tributárias <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong>19.12.2003)Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presi<strong>de</strong>nte o <strong>do</strong>Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, limitan<strong>do</strong>-se a con<strong>de</strong>nação, que somente será proferi<strong>da</strong> por <strong>do</strong>isterços <strong>do</strong>s votos <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, à per<strong>da</strong> <strong>do</strong> cargo, com inabilitação, por oito anos, para oexercício <strong>de</strong> função pública, sem prejuízo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais sanções judiciais cabíveis.SeçãoDOS DEPUTADOS E DOS SENADORESVArt. 53. Os Deputa<strong>do</strong>s e Sena<strong>do</strong>res são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer <strong>de</strong>suas opiniões, palavras e votos. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 35, <strong>de</strong> 2001)§ 1º Os Deputa<strong>do</strong>s e Sena<strong>do</strong>res, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a expedição <strong>do</strong> diploma, serão submeti<strong>do</strong>s ajulgamento perante o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 35, <strong>de</strong> 2001)§ 2º Des<strong>de</strong> a expedição <strong>do</strong> diploma, os membros <strong>do</strong> Congresso Nacional não po<strong>de</strong>rão serpresos, salvo em flagrante <strong>de</strong> crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remeti<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto <strong>da</strong> maioria <strong>de</strong> seus membros,resolva sobre a prisão. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 35, <strong>de</strong> 2001)§ 3º Recebi<strong>da</strong> a <strong>de</strong>núncia contra o Sena<strong>do</strong>r ou Deputa<strong>do</strong>, por crime ocorri<strong>do</strong> após adiplomação, o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong>rá ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa <strong>de</strong>parti<strong>do</strong> político nela representa<strong>do</strong> e pelo voto <strong>da</strong> maioria <strong>de</strong> seus membros, po<strong>de</strong>rá, até a<strong>de</strong>cisão final, sustar o an<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> ação. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 35,<strong>de</strong> 2001)§ 4º O pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> sustação será aprecia<strong>do</strong> pela Casa respectiva no prazo improrrogável <strong>de</strong>quarenta e cinco dias <strong>do</strong> seu recebimento pela Mesa Diretora. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 35, <strong>de</strong> 2001)§ 5º A sustação <strong>do</strong> processo suspen<strong>de</strong> a prescrição, enquanto durar o man<strong>da</strong>to. (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 35, <strong>de</strong> 2001)§ 6º Os Deputa<strong>do</strong>s e Sena<strong>do</strong>res não serão obriga<strong>do</strong>s a testemunhar sobre informaçõesrecebi<strong>da</strong>s ou presta<strong>da</strong>s em razão <strong>do</strong> exercício <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to, nem sobre as pessoas que lhesconfiaram ou <strong>de</strong>les receberam informações. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 35,<strong>de</strong> 2001)


§ 7º A incorporação às Forças Arma<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong>s e Sena<strong>do</strong>res, embora militares eain<strong>da</strong> que em tempo <strong>de</strong> guerra, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> prévia licença <strong>da</strong> Casa respectiva. (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 35, <strong>de</strong> 2001)§ 8º As imuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong>s ou Sena<strong>do</strong>res subsistirão durante o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio, sópo<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser suspensas mediante o voto <strong>de</strong> <strong>do</strong>is terços <strong>do</strong>s membros <strong>da</strong> Casa respectiva, noscasos <strong>de</strong> atos pratica<strong>do</strong>s fora <strong>do</strong> recinto <strong>do</strong> Congresso Nacional, que sejam incompatíveis coma execução <strong>da</strong> medi<strong>da</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 35, <strong>de</strong> 2001)Art. 54. Os Deputa<strong>do</strong>s e Sena<strong>do</strong>res não po<strong>de</strong>rão:I - <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a expedição <strong>do</strong> diploma:a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica <strong>de</strong> direito público, autarquia, empresapública, socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> economia mista ou empresa concessionária <strong>de</strong> serviço público, salvoquan<strong>do</strong> o contrato obe<strong>de</strong>cer a cláusulas uniformes;b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunera<strong>do</strong>, inclusive os <strong>de</strong> que sejam<strong>de</strong>missíveis "ad nutum", nas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s constantes <strong>da</strong> alínea anterior;II - <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a posse:a) ser proprietários, controla<strong>do</strong>res ou diretores <strong>de</strong> empresa que goze <strong>de</strong> favor <strong>de</strong>corrente<strong>de</strong> contrato com pessoa jurídica <strong>de</strong> direito público, ou nela exercer função remunera<strong>da</strong>;b) ocupar cargo ou função <strong>de</strong> que sejam <strong>de</strong>missíveis "ad nutum", nas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s referi<strong>da</strong>sno inciso I, "a";c) patrocinar causa em que seja interessa<strong>da</strong> qualquer <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s a que se refere oinciso I, "a";d) ser titulares <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um cargo ou man<strong>da</strong>to público eletivo.Art. 55. Per<strong>de</strong>rá o man<strong>da</strong>to o Deputa<strong>do</strong> ou Sena<strong>do</strong>r:I - que infringir qualquer <strong>da</strong>s proibições estabeleci<strong>da</strong>s no artigo anterior;II - cujo procedimento for <strong>de</strong>clara<strong>do</strong> incompatível com o <strong>de</strong>coro parlamentar;III - que <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> comparecer, em ca<strong>da</strong> sessão legislativa, à terça parte <strong>da</strong>s sessõesordinárias <strong>da</strong> Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autoriza<strong>da</strong>;IV - que per<strong>de</strong>r ou tiver suspensos os direitos políticos;V - quan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>cretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;VI - que sofrer con<strong>de</strong>nação criminal em sentença transita<strong>da</strong> em julga<strong>do</strong>.§ 1º - É incompatível com o <strong>de</strong>coro parlamentar, além <strong>do</strong>s casos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s no regimentointerno, o abuso <strong>da</strong>s prerrogativas assegura<strong>da</strong>s a membro <strong>do</strong> Congresso Nacional ou apercepção <strong>de</strong> vantagens in<strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s.§ 2º - Nos casos <strong>do</strong>s incisos I, II e VI, a per<strong>da</strong> <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to será <strong>de</strong>cidi<strong>da</strong> pela Câmara <strong>do</strong>sDeputa<strong>do</strong>s ou pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação<strong>da</strong> respectiva Mesa ou <strong>de</strong> parti<strong>do</strong> político representa<strong>do</strong> no Congresso Nacional, assegura<strong>da</strong>ampla <strong>de</strong>fesa.


§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a per<strong>da</strong> será <strong>de</strong>clara<strong>da</strong> pela Mesa <strong>da</strong> Casarespectiva, <strong>de</strong> ofício ou mediante provocação <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong> seus membros, ou <strong>de</strong> parti<strong>do</strong>político representa<strong>do</strong> no Congresso Nacional, assegura<strong>da</strong> ampla <strong>de</strong>fesa.§ 4º A renúncia <strong>de</strong> parlamentar submeti<strong>do</strong> a processo que vise ou possa levar à per<strong>da</strong> <strong>do</strong>man<strong>da</strong>to, nos termos <strong>de</strong>ste artigo, terá seus efeitos suspensos até as <strong>de</strong>liberações finais <strong>de</strong>que tratam os §§ 2º e 3º. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº 6, <strong>de</strong> 1994)Art. 56. Não per<strong>de</strong>rá o man<strong>da</strong>to o Deputa<strong>do</strong> ou Sena<strong>do</strong>r:I - investi<strong>do</strong> no cargo <strong>de</strong> Ministro <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Território, Secretário <strong>de</strong>Esta<strong>do</strong>, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> Território, <strong>de</strong> Prefeitura <strong>de</strong> Capital ou chefe <strong>de</strong> missãodiplomática temporária;II - licencia<strong>do</strong> pela respectiva Casa por motivo <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença, ou para tratar, semremuneração, <strong>de</strong> interesse particular, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, neste caso, o afastamento não ultrapassecento e vinte dias por sessão legislativa.§ 1º - O suplente será convoca<strong>do</strong> nos casos <strong>de</strong> vaga, <strong>de</strong> investidura em funções previstasneste artigo ou <strong>de</strong> licença superior a cento e vinte dias.§ 2º - Ocorren<strong>do</strong> vaga e não haven<strong>do</strong> suplente, far-se-á eleição para preenchê-la sefaltarem mais <strong>de</strong> quinze meses para o término <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to.§ 3º - Na hipótese <strong>do</strong> inciso I, o Deputa<strong>do</strong> ou Sena<strong>do</strong>r po<strong>de</strong>rá optar pela remuneração <strong>do</strong>man<strong>da</strong>to.SeçãoDAS REUNIÕESVIArt. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong>fevereiro a 17 <strong>de</strong> julho e <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> agosto a 22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constituicional nº 50, <strong>de</strong> 2006)§ 1º - As reuniões marca<strong>da</strong>s para essas <strong>da</strong>tas serão transferi<strong>da</strong>s para o primeiro dia útilsubseqüente, quan<strong>do</strong> recaírem em sába<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>mingos ou feria<strong>do</strong>s.§ 2º - A sessão legislativa não será interrompi<strong>da</strong> sem a aprovação <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> lei <strong>de</strong>diretrizes orçamentárias.§ 3º - Além <strong>de</strong> outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e oSena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral reunir-se-ão em sessão conjunta para:I - inaugurar a sessão legislativa;II - elaborar o regimento comum e regular a criação <strong>de</strong> serviços comuns às duas Casas;III - receber o compromisso <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte e <strong>do</strong> Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República;IV - conhecer <strong>do</strong> veto e sobre ele <strong>de</strong>liberar.§ 4º Ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong>fevereiro, no primeiro ano <strong>da</strong> legislatura, para a posse <strong>de</strong> seus membros e eleição <strong>da</strong>srespectivas Mesas, para man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> 2 (<strong>do</strong>is) anos, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a recondução para o mesmo cargona eleição imediatamente subseqüente. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 50, <strong>de</strong>2006)


§ 5º - A Mesa <strong>do</strong> Congresso Nacional será presidi<strong>da</strong> pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, eos <strong>de</strong>mais cargos serão exerci<strong>do</strong>s, alterna<strong>da</strong>mente, pelos ocupantes <strong>de</strong> cargos equivalentes naCâmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e no Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral.§ 6º A convocação extraordinária <strong>do</strong> Congresso Nacional far-se-á: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 50, <strong>de</strong> 2006)I - pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>cretação <strong>de</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa ou <strong>de</strong>intervenção fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> autorização para a <strong>de</strong>cretação <strong>de</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio e para ocompromisso e a posse <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte e <strong>do</strong> Vice-Presi<strong>de</strong>nte- Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República;II - pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, pelos Presi<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral ou a requerimento <strong>da</strong> maioria <strong>do</strong>s membros <strong>de</strong> ambas as Casas, em caso <strong>de</strong>urgência ou interesse público relevante, em to<strong>da</strong>s as hipóteses <strong>de</strong>ste inciso com a aprovação<strong>da</strong> maioria absoluta <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s Casas <strong>do</strong> Congresso Nacional. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 50, <strong>de</strong> 2006)§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente <strong>de</strong>liberará sobre amatéria para a qual foi convoca<strong>do</strong>, ressalva<strong>da</strong> a hipótese <strong>do</strong> § 8º <strong>de</strong>ste artigo, ve<strong>da</strong><strong>do</strong> opagamento <strong>de</strong> parcela in<strong>de</strong>nizatória, em razão <strong>da</strong> convocação. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 50, <strong>de</strong> 2006)§ 8º Haven<strong>do</strong> medi<strong>da</strong>s provisórias em vigor na <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> convocação extraordinária <strong>do</strong>Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluí<strong>da</strong>s na pauta <strong>da</strong> convocação. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)SeçãoDAS COMISSÕESVIIArt. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias,constituí<strong>da</strong>s na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato <strong>de</strong> queresultar sua criação.§ 1º - Na constituição <strong>da</strong>s Mesas e <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> Comissão, é assegura<strong>da</strong>, tanto quantopossível, a representação proporcional <strong>do</strong>s parti<strong>do</strong>s ou <strong>do</strong>s blocos parlamentares queparticipam <strong>da</strong> respectiva Casa.§ 2º - às comissões, em razão <strong>da</strong> matéria <strong>de</strong> sua competência, cabe:I - discutir e votar projeto <strong>de</strong> lei que dispensar, na forma <strong>do</strong> regimento, a competência <strong>do</strong>Plenário, salvo se houver recurso <strong>de</strong> um décimo <strong>do</strong>s membros <strong>da</strong> Casa;II - realizar audiências públicas com enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil;III - convocar Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> para prestar informações sobre assuntos inerentes asuas atribuições;IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas <strong>de</strong> qualquer pessoa contraatos ou omissões <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas;V - solicitar <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> qualquer autori<strong>da</strong><strong>de</strong> ou ci<strong>da</strong>dão;VI - apreciar programas <strong>de</strong> obras, planos nacionais, regionais e setoriais <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento e sobre eles emitir parecer.§ 3º - As comissões parlamentares <strong>de</strong> inquérito, que terão po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> investigaçãopróprios <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s judiciais, além <strong>de</strong> outros previstos nos regimentos <strong>da</strong>s respectivas


Casas, serão cria<strong>da</strong>s pela Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, em conjunto ousepara<strong>da</strong>mente, mediante requerimento <strong>de</strong> um terço <strong>de</strong> seus membros, para a apuração <strong>de</strong>fato <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> e por prazo certo, sen<strong>do</strong> suas conclusões, se for o caso, encaminha<strong>da</strong>s aoMinistério Público, para que promova a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> civil ou criminal <strong>do</strong>s infratores.§ 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa <strong>do</strong> Congresso Nacional,eleita por suas Casas na última sessão ordinária <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> legislativo, com atribuições<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, aproporcionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> representação partidária.SeçãoVIIIDO PROCESSO LEGISLATIVOSubseçãoIDisposição GeralArt. 59. O processo legislativo compreen<strong>de</strong> a elaboração <strong>de</strong>:I - emen<strong>da</strong>s à Constituição;II - leis complementares;III - leis ordinárias;IV - leis <strong>de</strong>lega<strong>da</strong>s;V - medi<strong>da</strong>s provisórias;VI - <strong>de</strong>cretos legislativos;VII - resoluções.Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, re<strong>da</strong>ção, alteração econsoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s leis.SubseçãoDa Emen<strong>da</strong> à ConstituiçãoIIArt. 60. A Constituição po<strong>de</strong>rá ser emen<strong>da</strong><strong>da</strong> mediante proposta:I - <strong>de</strong> um terço, no mínimo, <strong>do</strong>s membros <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s ou <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>Fe<strong>de</strong>ral;II - <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República;III - <strong>de</strong> mais <strong>da</strong> meta<strong>de</strong> <strong>da</strong>s Assembléias Legislativas <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração,manifestan<strong>do</strong>-se, ca<strong>da</strong> uma <strong>de</strong>las, pela maioria relativa <strong>de</strong> seus membros.§ 1º - A Constituição não po<strong>de</strong>rá ser emen<strong>da</strong><strong>da</strong> na vigência <strong>de</strong> intervenção fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong>esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa ou <strong>de</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio.§ 2º - A proposta será discuti<strong>da</strong> e vota<strong>da</strong> em ca<strong>da</strong> Casa <strong>do</strong> Congresso Nacional, em <strong>do</strong>isturnos, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se aprova<strong>da</strong> se obtiver, em ambos, três quintos <strong>do</strong>s votos <strong>do</strong>srespectivos membros.§ 3º - A emen<strong>da</strong> à Constituição será promulga<strong>da</strong> pelas Mesas <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>se <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, com o respectivo número <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m.


§ 4º - Não será objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação a proposta <strong>de</strong> emen<strong>da</strong> ten<strong>de</strong>nte a abolir:I - a forma fe<strong>de</strong>rativa <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>;II - o voto direto, secreto, universal e periódico;III - a separação <strong>do</strong>s Po<strong>de</strong>res;IV - os direitos e garantias individuais.§ 5º - A matéria constante <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> emen<strong>da</strong> rejeita<strong>da</strong> ou havi<strong>da</strong> por prejudica<strong>da</strong> nãopo<strong>de</strong> ser objeto <strong>de</strong> nova proposta na mesma sessão legislativa.SubseçãoDas LeisIIIArt. 61. A iniciativa <strong>da</strong>s leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ouComissão <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral ou <strong>do</strong> Congresso Nacional, aoPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, ao Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, aos Tribunais Superiores, aoProcura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong> República e aos ci<strong>da</strong>dãos, na forma e nos casos previstos nestaConstituição.§ 1º - São <strong>de</strong> iniciativa privativa <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República as leis que:I - fixem ou modifiquem os efetivos <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s;II - disponham sobre:a) criação <strong>de</strong> cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquicaou aumento <strong>de</strong> sua remuneração;b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviçospúblicos e pessoal <strong>da</strong> administração <strong>do</strong>s Territórios;c) servi<strong>do</strong>res públicos <strong>da</strong> União e Territórios, seu regime jurídico, provimento <strong>de</strong> cargos,estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e aposenta<strong>do</strong>ria; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)d) organização <strong>do</strong> Ministério Público e <strong>da</strong> Defensoria Pública <strong>da</strong> União, bem como normasgerais para a organização <strong>do</strong> Ministério Público e <strong>da</strong> Defensoria Pública <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Territórios;e) criação e extinção <strong>de</strong> Ministérios e órgãos <strong>da</strong> administração pública, observa<strong>do</strong> odisposto no art. 84, VI; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)f) militares <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s, seu regime jurídico, provimento <strong>de</strong> cargos, promoções,estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, remuneração, reforma e transferência para a reserva. (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)§ 2º - A iniciativa popular po<strong>de</strong> ser exerci<strong>da</strong> pela apresentação à Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s<strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> lei subscrito por, no mínimo, um por cento <strong>do</strong> eleitora<strong>do</strong> nacional, distribuí<strong>do</strong> pelomenos por cinco Esta<strong>do</strong>s, com não menos <strong>de</strong> três décimos por cento <strong>do</strong>s eleitores <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um<strong>de</strong>les.Art. 62. Em caso <strong>de</strong> relevância e urgência, o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República po<strong>de</strong>rá a<strong>do</strong>tarmedi<strong>da</strong>s provisórias, com força <strong>de</strong> lei, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> submetê-las <strong>de</strong> imediato ao CongressoNacional. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)


§ 1º É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a edição <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s provisórias sobre matéria: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)I – relativa a: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)a) nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>, ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, direitos políticos, parti<strong>do</strong>s políticos e direito eleitoral; (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 32, <strong>de</strong> 2001)c) organização <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário e <strong>do</strong> Ministério Público, a carreira e a garantia <strong>de</strong> seusmembros; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais esuplementares, ressalva<strong>do</strong> o previsto no art. 167, § 3º; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº32, <strong>de</strong> 2001)II – que vise a <strong>de</strong>tenção ou seqüestro <strong>de</strong> bens, <strong>de</strong> poupança popular ou qualquer outroativo financeiro; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)III – reserva<strong>da</strong> a lei complementar; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)IV – já disciplina<strong>da</strong> em projeto <strong>de</strong> lei aprova<strong>do</strong> pelo Congresso Nacional e pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sanção ou veto <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong>2001)§ 2º Medi<strong>da</strong> provisória que implique instituição ou majoração <strong>de</strong> impostos, exceto osprevistos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiroseguinte se houver si<strong>do</strong> converti<strong>da</strong> em lei até o último dia <strong>da</strong>quele em que foi edita<strong>da</strong>.(Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)§ 3º As medi<strong>da</strong>s provisórias, ressalva<strong>do</strong> o disposto nos §§ 11 e 12 per<strong>de</strong>rão eficácia,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a edição, se não forem converti<strong>da</strong>s em lei no prazo <strong>de</strong> sessenta dias, prorrogável, nostermos <strong>do</strong> § 7º, uma vez por igual perío<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o Congresso Nacional disciplinar, por<strong>de</strong>creto legislativo, as relações jurídicas <strong>de</strong>las <strong>de</strong>correntes. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á <strong>da</strong> publicação <strong>da</strong> medi<strong>da</strong> provisória,suspen<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se durante os perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> recesso <strong>do</strong> Congresso Nacional.(Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)§ 5º A <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s Casas <strong>do</strong> Congresso Nacional sobre o mérito <strong>da</strong>smedi<strong>da</strong>s provisórias <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> juízo prévio sobre o atendimento <strong>de</strong> seus pressupostosconstitucionais. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)§ 6º Se a medi<strong>da</strong> provisória não for aprecia<strong>da</strong> em até quarenta e cinco dias conta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sua publicação, entrará em regime <strong>de</strong> urgência, subseqüentemente, em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s Casas<strong>do</strong> Congresso Nacional, fican<strong>do</strong> sobresta<strong>da</strong>s, até que se ultime a votação, to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>mais<strong>de</strong>liberações legislativas <strong>da</strong> Casa em que estiver tramitan<strong>do</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual perío<strong>do</strong> a vigência <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> provisória que,no prazo <strong>de</strong> sessenta dias, conta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua publicação, não tiver a sua votação encerra<strong>da</strong> nasduas Casas <strong>do</strong> Congresso Nacional. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)


§ 8º As medi<strong>da</strong>s provisórias terão sua votação inicia<strong>da</strong> na Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)§ 9º Caberá à comissão mista <strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong>s e Sena<strong>do</strong>res examinar as medi<strong>da</strong>sprovisórias e sobre elas emitir parecer, antes <strong>de</strong> serem aprecia<strong>da</strong>s, em sessão separa<strong>da</strong>, peloplenário <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s Casas <strong>do</strong> Congresso Nacional. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 32, <strong>de</strong> 2001)§ 10. É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a reedição, na mesma sessão legislativa, <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> provisória que tenhasi<strong>do</strong> rejeita<strong>da</strong> ou que tenha perdi<strong>do</strong> sua eficácia por <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> prazo. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)§ 11. Não edita<strong>do</strong> o <strong>de</strong>creto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após arejeição ou per<strong>da</strong> <strong>de</strong> eficácia <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> provisória, as relações jurídicas constituí<strong>da</strong>s e<strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> atos pratica<strong>do</strong>s durante sua vigência conservar-se-ão por ela regi<strong>da</strong>s. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)§ 12. Aprova<strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> conversão alteran<strong>do</strong> o texto original <strong>da</strong> medi<strong>da</strong> provisória,esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sanciona<strong>do</strong> ou veta<strong>do</strong> o projeto. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)Art. 63. Não será admiti<strong>do</strong> aumento <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa prevista:I - nos projetos <strong>de</strong> iniciativa exclusiva <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, ressalva<strong>do</strong> o dispostono art. 166, § 3º e § 4º;II - nos projetos sobre organização <strong>do</strong>s serviços administrativos <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>sDeputa<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, <strong>do</strong>s Tribunais Fe<strong>de</strong>rais e <strong>do</strong> Ministério Público.Art. 64. A discussão e votação <strong>do</strong>s projetos <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> iniciativa <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República,<strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Tribunais Superiores terão início na Câmara <strong>do</strong>sDeputa<strong>do</strong>s.§ 1º - O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República po<strong>de</strong>rá solicitar urgência para apreciação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong>sua iniciativa.§ 2º Se, no caso <strong>do</strong> § 1º, a Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e o Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral não semanifestarem sobre a proposição, ca<strong>da</strong> qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias,sobrestar-se-ão to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>liberações legislativas <strong>da</strong> respectiva Casa, com exceção<strong>da</strong>s que tenham prazo constitucional <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, até que se ultime a votação. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)§ 3º - A apreciação <strong>da</strong>s emen<strong>da</strong>s <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral pela Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s far-se-áno prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z dias, observa<strong>do</strong> quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.§ 4º - Os prazos <strong>do</strong> § 2º não correm nos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> recesso <strong>do</strong> Congresso Nacional, nemse aplicam aos projetos <strong>de</strong> código.Art. 65. O projeto <strong>de</strong> lei aprova<strong>do</strong> por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno <strong>de</strong>discussão e votação, e envia<strong>do</strong> à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ouarquiva<strong>do</strong>, se o rejeitar.Parágrafo único. Sen<strong>do</strong> o projeto emen<strong>da</strong><strong>do</strong>, voltará à Casa inicia<strong>do</strong>ra.Art. 66. A Casa na qual tenha si<strong>do</strong> concluí<strong>da</strong> a votação enviará o projeto <strong>de</strong> lei aoPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, que, aquiescen<strong>do</strong>, o sancionará.


§ 1º - Se o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República consi<strong>de</strong>rar o projeto, no to<strong>do</strong> ou em parte,inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo <strong>de</strong>quinze dias úteis, conta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>do</strong> recebimento, e comunicará, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> quarenta e oitohoras, ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral os motivos <strong>do</strong> veto.§ 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral <strong>de</strong> artigo, <strong>de</strong> parágrafo, <strong>de</strong> inciso ou<strong>de</strong> alínea.§ 3º - Decorri<strong>do</strong> o prazo <strong>de</strong> quinze dias, o silêncio <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República importarásanção.§ 4º - O veto será aprecia<strong>do</strong> em sessão conjunta, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> trinta dias a contar <strong>de</strong> seurecebimento, só po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser rejeita<strong>do</strong> pelo voto <strong>da</strong> maioria absoluta <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s eSena<strong>do</strong>res, em escrutínio secreto.§ 5º - Se o veto não for manti<strong>do</strong>, será o projeto envia<strong>do</strong>, para promulgação, ao Presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> República.§ 6º Esgota<strong>do</strong> sem <strong>de</strong>liberação o prazo estabeleci<strong>do</strong> no § 4º, o veto será coloca<strong>do</strong> naor<strong>de</strong>m <strong>do</strong> dia <strong>da</strong> sessão imediata, sobresta<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>mais proposições, até sua votação final.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)§ 7º - Se a lei não for promulga<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> quarenta e oito horas pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>República, nos casos <strong>do</strong>s § 3º e § 5º, o Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> a promulgará, e, se este não ofizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> fazê-lo.Art. 67. A matéria constante <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> lei rejeita<strong>do</strong> somente po<strong>de</strong>rá constituir objeto <strong>de</strong>novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta <strong>da</strong> maioria absoluta <strong>do</strong>smembros <strong>de</strong> qualquer <strong>da</strong>s Casas <strong>do</strong> Congresso Nacional.Art. 68. As leis <strong>de</strong>lega<strong>da</strong>s serão elabora<strong>da</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, que <strong>de</strong>verásolicitar a <strong>de</strong>legação ao Congresso Nacional.§ 1º - Não serão objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação os atos <strong>de</strong> competência exclusiva <strong>do</strong> CongressoNacional, os <strong>de</strong> competência privativa <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s ou <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, amatéria reserva<strong>da</strong> à lei complementar, nem a legislação sobre:I - organização <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário e <strong>do</strong> Ministério Público, a carreira e a garantia <strong>de</strong> seusmembros;II - nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>, ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, direitos individuais, políticos e eleitorais;III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.§ 2º - A <strong>de</strong>legação ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República terá a forma <strong>de</strong> resolução <strong>do</strong> CongressoNacional, que especificará seu conteú<strong>do</strong> e os termos <strong>de</strong> seu exercício.§ 3º - Se a resolução <strong>de</strong>terminar a apreciação <strong>do</strong> projeto pelo Congresso Nacional, este afará em votação única, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> qualquer emen<strong>da</strong>.Art. 69. As leis complementares serão aprova<strong>da</strong>s por maioria absoluta.SeçãoDA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIAIXArt. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial <strong>da</strong>União e <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> administração direta e indireta, quanto à legali<strong>da</strong><strong>de</strong>, legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong>,


economici<strong>da</strong><strong>de</strong>, aplicação <strong>da</strong>s subvenções e renúncia <strong>de</strong> receitas, será exerci<strong>da</strong> peloCongresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema <strong>de</strong> controle interno <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>Po<strong>de</strong>r.Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou priva<strong>da</strong>,que utilize, arreca<strong>de</strong>, guar<strong>de</strong>, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos oupelos quais a União respon<strong>da</strong>, ou que, em nome <strong>de</strong>sta, assuma obrigações <strong>de</strong> naturezapecuniária. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)Art. 71. O controle externo, a cargo <strong>do</strong> Congresso Nacional, será exerci<strong>do</strong> com o auxílio <strong>do</strong>Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União, ao qual compete:I - apreciar as contas presta<strong>da</strong>s anualmente pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, medianteparecer prévio que <strong>de</strong>verá ser elabora<strong>do</strong> em sessenta dias a contar <strong>de</strong> seu recebimento;II - julgar as contas <strong>do</strong>s administra<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>mais responsáveis por dinheiros, bens evalores públicos <strong>da</strong> administração direta e indireta, incluí<strong>da</strong>s as fun<strong>da</strong>ções e socie<strong>da</strong><strong>de</strong>sinstituí<strong>da</strong>s e manti<strong>da</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público fe<strong>de</strong>ral, e as contas <strong>da</strong>queles que <strong>de</strong>rem causa aper<strong>da</strong>, extravio ou outra irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> que resulte prejuízo ao erário público;III - apreciar, para fins <strong>de</strong> registro, a legali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s atos <strong>de</strong> admissão <strong>de</strong> pessoal, aqualquer título, na administração direta e indireta, incluí<strong>da</strong>s as fun<strong>da</strong>ções instituí<strong>da</strong>s e manti<strong>da</strong>spelo Po<strong>de</strong>r Público, excetua<strong>da</strong>s as nomeações para cargo <strong>de</strong> provimento em comissão, bemcomo a <strong>da</strong>s concessões <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>rias, reformas e pensões, ressalva<strong>da</strong>s as melhoriasposteriores que não alterem o fun<strong>da</strong>mento legal <strong>do</strong> ato concessório;IV - realizar, por iniciativa própria, <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong>Comissão técnica ou <strong>de</strong> inquérito, inspeções e auditorias <strong>de</strong> natureza contábil, financeira,orçamentária, operacional e patrimonial, nas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s administrativas <strong>do</strong>s Po<strong>de</strong>res Legislativo,Executivo e Judiciário, e <strong>de</strong>mais enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s referi<strong>da</strong>s no inciso II;V - fiscalizar as contas nacionais <strong>da</strong>s empresas supranacionais <strong>de</strong> cujo capital social aUnião participe, <strong>de</strong> forma direta ou indireta, nos termos <strong>do</strong> trata<strong>do</strong> constitutivo;VI - fiscalizar a aplicação <strong>de</strong> quaisquer recursos repassa<strong>do</strong>s pela União medianteconvênio, acor<strong>do</strong>, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Esta<strong>do</strong>, ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral ou aMunicípio;VII - prestar as informações solicita<strong>da</strong>s pelo Congresso Nacional, por qualquer <strong>de</strong> suasCasas, ou por qualquer <strong>da</strong>s respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira,orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> auditorias e inspeçõesrealiza<strong>da</strong>s;VIII - aplicar aos responsáveis, em caso <strong>de</strong> ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa ou irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multaproporcional ao <strong>da</strong>no causa<strong>do</strong> ao erário;IX - assinar prazo para que o órgão ou enti<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>do</strong>te as providências necessárias aoexato cumprimento <strong>da</strong> lei, se verifica<strong>da</strong> ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong>;X - sustar, se não atendi<strong>do</strong>, a execução <strong>do</strong> ato impugna<strong>do</strong>, comunican<strong>do</strong> a <strong>de</strong>cisão àCâmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e ao Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral;XI - representar ao Po<strong>de</strong>r competente sobre irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou abusos apura<strong>do</strong>s.§ 1º - No caso <strong>de</strong> contrato, o ato <strong>de</strong> sustação será a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> diretamente pelo CongressoNacional, que solicitará, <strong>de</strong> imediato, ao Po<strong>de</strong>r Executivo as medi<strong>da</strong>s cabíveis.


§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Po<strong>de</strong>r Executivo, no prazo <strong>de</strong> noventa dias, nãoefetivar as medi<strong>da</strong>s previstas no parágrafo anterior, o Tribunal <strong>de</strong>cidirá a respeito.§ 3º - As <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> que resulte imputação <strong>de</strong> débito ou multa terão eficácia<strong>de</strong> título executivo.§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório<strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante <strong>de</strong> indícios <strong>de</strong><strong>de</strong>spesas não autoriza<strong>da</strong>s, ain<strong>da</strong> que sob a forma <strong>de</strong> investimentos não programa<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong>subsídios não aprova<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>rá solicitar à autori<strong>da</strong><strong>de</strong> governamental responsável que, noprazo <strong>de</strong> cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.§ 1º - Não presta<strong>do</strong>s os esclarecimentos, ou consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s estes insuficientes, a Comissãosolicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo <strong>de</strong> trinta dias.§ 2º - Enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o Tribunal irregular a <strong>de</strong>spesa, a Comissão, se julgar que o gasto possacausar <strong>da</strong>no irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacionalsua sustação.Art. 73. O Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União, integra<strong>do</strong> por nove Ministros, tem se<strong>de</strong> no DistritoFe<strong>de</strong>ral, quadro próprio <strong>de</strong> pessoal e jurisdição em to<strong>do</strong> o território nacional, exercen<strong>do</strong>, no quecouber, as atribuições previstas no art. 96. .§ 1º - Os Ministros <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União serão nomea<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntre brasileiros quesatisfaçam os seguintes requisitos:I - mais <strong>de</strong> trinta e cinco e menos <strong>de</strong> sessenta e cinco anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>;II - i<strong>do</strong>nei<strong>da</strong><strong>de</strong> moral e reputação iliba<strong>da</strong>;III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou <strong>de</strong>administração pública;IV - mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> exercício <strong>de</strong> função ou <strong>de</strong> efetiva ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional que exijaos conhecimentos menciona<strong>do</strong>s no inciso anterior.§ 2º - Os Ministros <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União serão escolhi<strong>do</strong>s:I - um terço pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, com aprovação <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, sen<strong>do</strong> <strong>do</strong>isalterna<strong>da</strong>mente <strong>de</strong>ntre auditores e membros <strong>do</strong> Ministério Público junto ao Tribunal, indica<strong>do</strong>sem lista tríplice pelo Tribunal, segun<strong>do</strong> os critérios <strong>de</strong> antigüi<strong>da</strong><strong>de</strong> e merecimento;II - <strong>do</strong>is terços pelo Congresso Nacional.§ 3° Os Ministros <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União terão as mesmas garantias,prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens <strong>do</strong>s Ministros <strong>do</strong> Superior Tribunal <strong>de</strong>Justiça, aplican<strong>do</strong>-se-lhes, quanto à aposenta<strong>do</strong>ria e pensão, as normas constantes <strong>do</strong> art. 40.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 4º - O auditor, quan<strong>do</strong> em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias eimpedimentos <strong>do</strong> titular e, quan<strong>do</strong> no exercício <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais atribuições <strong>da</strong> judicatura, as <strong>de</strong> juiz<strong>de</strong> Tribunal Regional Fe<strong>de</strong>ral.


Art. 74. Os Po<strong>de</strong>res Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, <strong>de</strong> forma integra<strong>da</strong>,sistema <strong>de</strong> controle interno com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>:I - avaliar o cumprimento <strong>da</strong>s metas previstas no plano plurianual, a execução <strong>do</strong>sprogramas <strong>de</strong> governo e <strong>do</strong>s orçamentos <strong>da</strong> União;II - comprovar a legali<strong>da</strong><strong>de</strong> e avaliar os resulta<strong>do</strong>s, quanto à eficácia e eficiência, <strong>da</strong> gestãoorçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> administração fe<strong>de</strong>ral, bemcomo <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> recursos públicos por enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> direito priva<strong>do</strong>;III - exercer o controle <strong>da</strong>s operações <strong>de</strong> crédito, avais e garantias, bem como <strong>do</strong>s direitose haveres <strong>da</strong> União;IV - apoiar o controle externo no exercício <strong>de</strong> sua missão institucional.§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento <strong>de</strong> qualquerirregulari<strong>da</strong><strong>de</strong> ou ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>la <strong>da</strong>rão ciência ao Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União, sob pena <strong>de</strong>responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> solidária.§ 2º - Qualquer ci<strong>da</strong>dão, parti<strong>do</strong> político, associação ou sindicato é parte legítima para, naforma <strong>da</strong> lei, <strong>de</strong>nunciar irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong>s perante o Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União.Art. 75. As normas estabeleci<strong>da</strong>s nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização,composição e fiscalização <strong>do</strong>s Tribunais <strong>de</strong> Contas <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, bemcomo <strong>do</strong>s Tribunais e Conselhos <strong>de</strong> Contas <strong>do</strong>s Municípios.Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais <strong>de</strong> Contasrespectivos, que serão integra<strong>do</strong>s por sete Conselheiros.CAPÍTULOIIDO PODER EXECUTIVOSeçãoIDO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICAArt. 76. O Po<strong>de</strong>r Executivo é exerci<strong>do</strong> pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, auxilia<strong>do</strong> pelosMinistros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>.Art. 77. A eleição <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte e <strong>do</strong> Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República realizar-se-á,simultaneamente, no primeiro <strong>do</strong>mingo <strong>de</strong> outubro, em primeiro turno, e no último <strong>do</strong>mingo <strong>de</strong>outubro, em segun<strong>do</strong> turno, se houver, <strong>do</strong> ano anterior ao <strong>do</strong> término <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to presi<strong>de</strong>ncialvigente. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 16, <strong>de</strong> 1997)§ 1º - A eleição <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República importará a <strong>do</strong> Vice-Presi<strong>de</strong>nte com eleregistra<strong>do</strong>.§ 2º - Será consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> eleito Presi<strong>de</strong>nte o candi<strong>da</strong>to que, registra<strong>do</strong> por parti<strong>do</strong> político,obtiver a maioria absoluta <strong>de</strong> votos, não computa<strong>do</strong>s os em branco e os nulos.§ 3º - Se nenhum candi<strong>da</strong>to alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á novaeleição em até vinte dias após a proclamação <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>, concorren<strong>do</strong> os <strong>do</strong>is candi<strong>da</strong>tosmais vota<strong>do</strong>s e consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se eleito aquele que obtiver a maioria <strong>do</strong>s votos váli<strong>do</strong>s.§ 4º - Se, antes <strong>de</strong> realiza<strong>do</strong> o segun<strong>do</strong> turno, ocorrer morte, <strong>de</strong>sistência ou impedimentolegal <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>to, convocar-se-á, <strong>de</strong>ntre os remanescentes, o <strong>de</strong> maior votação.§ 5º - Se, na hipótese <strong>do</strong>s parágrafos anteriores, remanescer, em segun<strong>do</strong> lugar, mais <strong>de</strong>um candi<strong>da</strong>to com a mesma votação, qualificar-se-á o mais i<strong>do</strong>so.


Art. 78. O Presi<strong>de</strong>nte e o Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República tomarão posse em sessão <strong>do</strong>Congresso Nacional, prestan<strong>do</strong> o compromisso <strong>de</strong> manter, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e cumprir a Constituição,observar as leis, promover o bem geral <strong>do</strong> povo brasileiro, sustentar a união, a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> e ain<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>.Parágrafo único. Se, <strong>de</strong>corri<strong>do</strong>s <strong>de</strong>z dias <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta fixa<strong>da</strong> para a posse, o Presi<strong>de</strong>nte ou oVice-Presi<strong>de</strong>nte, salvo motivo <strong>de</strong> força maior, não tiver assumi<strong>do</strong> o cargo, este será <strong>de</strong>clara<strong>do</strong>vago.Art. 79. Substituirá o Presi<strong>de</strong>nte, no caso <strong>de</strong> impedimento, e suce<strong>de</strong>r- lhe-á, no <strong>de</strong> vaga, oVice-Presi<strong>de</strong>nte.Parágrafo único. O Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, além <strong>de</strong> outras atribuições que lheforem conferi<strong>da</strong>s por lei complementar, auxiliará o Presi<strong>de</strong>nte, sempre que por ele convoca<strong>do</strong>para missões especiais.Art. 80. Em caso <strong>de</strong> impedimento <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte e <strong>do</strong> Vice-Presi<strong>de</strong>nte, ou vacância <strong>do</strong>srespectivos cargos, serão sucessivamente chama<strong>do</strong>s ao exercício <strong>da</strong> Presidência o Presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, o <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral e o <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral.Art. 81. Vagan<strong>do</strong> os cargos <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte e Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, far-se-á eleiçãonoventa dias <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aberta a última vaga.§ 1º - Ocorren<strong>do</strong> a vacância nos últimos <strong>do</strong>is anos <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> presi<strong>de</strong>ncial, a eleição paraambos os cargos será feita trinta dias <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> última vaga, pelo Congresso Nacional, naforma <strong>da</strong> lei.§ 2º - Em qualquer <strong>do</strong>s casos, os eleitos <strong>de</strong>verão completar o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> seusantecessores.Art. 82. O man<strong>da</strong>to <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República é <strong>de</strong> quatro anos e terá início em primeiro<strong>de</strong> janeiro <strong>do</strong> ano seguinte ao <strong>da</strong> sua eleição. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº16, <strong>de</strong> 1997)Art. 83. O Presi<strong>de</strong>nte e o Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República não po<strong>de</strong>rão, sem licença <strong>do</strong>Congresso Nacional, ausentar-se <strong>do</strong> País por perío<strong>do</strong> superior a quinze dias, sob pena <strong>de</strong>per<strong>da</strong> <strong>do</strong> cargo.SeçãoDas Atribuições <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> RepúblicaIIArt. 84. Compete privativamente ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República:I - nomear e exonerar os Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>;II - exercer, com o auxílio <strong>do</strong>s Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, a direção superior <strong>da</strong> administraçãofe<strong>de</strong>ral;III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir <strong>de</strong>cretos eregulamentos para sua fiel execução;V - vetar projetos <strong>de</strong> lei, total ou parcialmente;VI – dispor, mediante <strong>de</strong>creto, sobre: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong>2001)


a) organização e funcionamento <strong>da</strong> administração fe<strong>de</strong>ral, quan<strong>do</strong> não implicar aumento<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa nem criação ou extinção <strong>de</strong> órgãos públicos; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 32, <strong>de</strong> 2001)b) extinção <strong>de</strong> funções ou cargos públicos, quan<strong>do</strong> vagos; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)VII - manter relações com Esta<strong>do</strong>s estrangeiros e acreditar seus representantesdiplomáticos;VIII - celebrar trata<strong>do</strong>s, convenções e atos internacionais, sujeitos a referen<strong>do</strong> <strong>do</strong>Congresso Nacional;IX - <strong>de</strong>cretar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio;X - <strong>de</strong>cretar e executar a intervenção fe<strong>de</strong>ral;XI - remeter mensagem e plano <strong>de</strong> governo ao Congresso Nacional por ocasião <strong>da</strong>abertura <strong>da</strong> sessão legislativa, expon<strong>do</strong> a situação <strong>do</strong> País e solicitan<strong>do</strong> as providências quejulgar necessárias;XII - conce<strong>de</strong>r indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, <strong>do</strong>s órgãosinstituí<strong>do</strong>s em lei;XIII - exercer o coman<strong>do</strong> supremo <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s, nomear os Coman<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong>Marinha, <strong>do</strong> Exército e <strong>da</strong> Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para oscargos que lhes são privativos; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 23, <strong>de</strong> 02/09/99)XIV - nomear, após aprovação pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, os Ministros <strong>do</strong> Supremo TribunalFe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Tribunais Superiores, os Governa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Territórios, o Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong>República, o presi<strong>de</strong>nte e os diretores <strong>do</strong> banco central e outros servi<strong>do</strong>res, quan<strong>do</strong><strong>de</strong>termina<strong>do</strong> em lei;XV - nomear, observa<strong>do</strong> o disposto no art. 73, os Ministros <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong>União;XVI - nomear os magistra<strong>do</strong>s, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advoga<strong>do</strong>-Geral<strong>da</strong> União;XVII - nomear membros <strong>do</strong> Conselho <strong>da</strong> República, nos termos <strong>do</strong> art. 89, VII;XVIII - convocar e presidir o Conselho <strong>da</strong> República e o Conselho <strong>de</strong> Defesa Nacional;XIX - <strong>de</strong>clarar guerra, no caso <strong>de</strong> agressão estrangeira, autoriza<strong>do</strong> pelo CongressoNacional ou referen<strong>da</strong><strong>do</strong> por ele, quan<strong>do</strong> ocorri<strong>da</strong> no intervalo <strong>da</strong>s sessões legislativas, e, nasmesmas condições, <strong>de</strong>cretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;XX - celebrar a paz, autoriza<strong>do</strong> ou com o referen<strong>do</strong> <strong>do</strong> Congresso Nacional;XXI - conferir con<strong>de</strong>corações e distinções honoríficas;XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitempelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> diretrizesorçamentárias e as propostas <strong>de</strong> orçamento previstos nesta Constituição;


XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sessenta dias após aabertura <strong>da</strong> sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;XXV - prover e extinguir os cargos públicos fe<strong>de</strong>rais, na forma <strong>da</strong> lei;XXVI - editar medi<strong>da</strong>s provisórias com força <strong>de</strong> lei, nos termos <strong>do</strong> art. 62;XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.Parágrafo único. O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>legar as atribuições menciona<strong>da</strong>snos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, ao Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong>República ou ao Advoga<strong>do</strong>-Geral <strong>da</strong> União, que observarão os limites traça<strong>do</strong>s nas respectivas<strong>de</strong>legações.SeçãoDa Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> RepúblicaIIIArt. 85. São crimes <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> os atos <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República que atentemcontra a Constituição Fe<strong>de</strong>ral e, especialmente, contra:I - a existência <strong>da</strong> União;II - o livre exercício <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Legislativo, <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário, <strong>do</strong> Ministério Público e <strong>do</strong>sPo<strong>de</strong>res constitucionais <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração;III - o exercício <strong>do</strong>s direitos políticos, individuais e sociais;IV - a segurança interna <strong>do</strong> País;V - a probi<strong>da</strong><strong>de</strong> na administração;VI - a lei orçamentária;VII - o cumprimento <strong>da</strong>s leis e <strong>da</strong>s <strong>de</strong>cisões judiciais.Parágrafo único. Esses crimes serão <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em lei especial, que estabelecerá asnormas <strong>de</strong> processo e julgamento.Art. 86. Admiti<strong>da</strong> a acusação contra o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, por <strong>do</strong>is terços <strong>da</strong> Câmara<strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, será ele submeti<strong>do</strong> a julgamento perante o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, nasinfrações penais comuns, ou perante o Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, nos crimes <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.§ 1º - O Presi<strong>de</strong>nte ficará suspenso <strong>de</strong> suas funções:I - nas infrações penais comuns, se recebi<strong>da</strong> a <strong>de</strong>núncia ou queixa-crime pelo SupremoTribunal Fe<strong>de</strong>ral;II - nos crimes <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, após a instauração <strong>do</strong> processo pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral.§ 2º - Se, <strong>de</strong>corri<strong>do</strong> o prazo <strong>de</strong> cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluí<strong>do</strong>,cessará o afastamento <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte, sem prejuízo <strong>do</strong> regular prosseguimento <strong>do</strong> processo.§ 3º - Enquanto não sobrevier sentença con<strong>de</strong>natória, nas infrações comuns, o Presi<strong>de</strong>nte<strong>da</strong> República não estará sujeito a prisão.


§ 4º - O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, na vigência <strong>de</strong> seu man<strong>da</strong>to, não po<strong>de</strong> serresponsabiliza<strong>do</strong> por atos estranhos ao exercício <strong>de</strong> suas funções.SeçãoDOS MINISTROS DE ESTADOIVArt. 87. Os Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> serão escolhi<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntre brasileiros maiores <strong>de</strong> vinte e umanos e no exercício <strong>do</strong>s direitos políticos.Parágrafo único. Compete ao Ministro <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, além <strong>de</strong> outras atribuições estabeleci<strong>da</strong>snesta Constituição e na lei:I - exercer a orientação, coor<strong>de</strong>nação e supervisão <strong>do</strong>s órgãos e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>administração fe<strong>de</strong>ral na área <strong>de</strong> sua competência e referen<strong>da</strong>r os atos e <strong>de</strong>cretos assina<strong>do</strong>spelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República;II - expedir instruções para a execução <strong>da</strong>s leis, <strong>de</strong>cretos e regulamentos;III - apresentar ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República relatório anual <strong>de</strong> sua gestão no Ministério;IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorga<strong>da</strong>s ou <strong>de</strong>lega<strong>da</strong>s peloPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República.Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção <strong>de</strong> Ministérios e órgãos <strong>da</strong> administraçãopública. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)SeçãoVDO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONALSubseçãoIDo Conselho <strong>da</strong> RepúblicaArt. 89. O Conselho <strong>da</strong> República é órgão superior <strong>de</strong> consulta <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>República, e <strong>de</strong>le participam:I - o Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República;II - o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s;III - o Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral;IV - os lí<strong>de</strong>res <strong>da</strong> maioria e <strong>da</strong> minoria na Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s;V - os lí<strong>de</strong>res <strong>da</strong> maioria e <strong>da</strong> minoria no Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral;VI - o Ministro <strong>da</strong> Justiça;VII - seis ci<strong>da</strong>dãos brasileiros natos, com mais <strong>de</strong> trinta e cinco anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> <strong>do</strong>isnomea<strong>do</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, <strong>do</strong>is eleitos pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>is eleitos pelaCâmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, to<strong>do</strong>s com man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> três anos, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a recondução.Art. 90. Compete ao Conselho <strong>da</strong> República pronunciar-se sobre:I - intervenção fe<strong>de</strong>ral, esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio;II - as questões relevantes para a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s instituições <strong>de</strong>mocráticas.


§ 1º - O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República po<strong>de</strong>rá convocar Ministro <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> para participar <strong>da</strong>reunião <strong>do</strong> Conselho, quan<strong>do</strong> constar <strong>da</strong> pauta questão relaciona<strong>da</strong> com o respectivoMinistério.§ 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento <strong>do</strong> Conselho <strong>da</strong> República.SubseçãoDo Conselho <strong>de</strong> Defesa NacionalIIArt. 91. O Conselho <strong>de</strong> Defesa Nacional é órgão <strong>de</strong> consulta <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Repúblicanos assuntos relaciona<strong>do</strong>s com a soberania nacional e a <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>mocrático, e <strong>de</strong>leparticipam como membros natos:I - o Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República;II - o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s;III - o Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral;IV - o Ministro <strong>da</strong> Justiça;V - o Ministro <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Defesa; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 23, <strong>de</strong>1999)VI - o Ministro <strong>da</strong>s Relações Exteriores;VII - o Ministro <strong>do</strong> Planejamento.VIII - os Coman<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong> Marinha, <strong>do</strong> Exército e <strong>da</strong> Aeronáutica. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 23, <strong>de</strong> 1999)§ 1º - Compete ao Conselho <strong>de</strong> Defesa Nacional:I - opinar nas hipóteses <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> guerra e <strong>de</strong> celebração <strong>da</strong> paz, nos termos <strong>de</strong>staConstituição;II - opinar sobre a <strong>de</strong>cretação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio e <strong>da</strong> intervençãofe<strong>de</strong>ral;III - propor os critérios e condições <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> áreas indispensáveis à segurança <strong>do</strong>território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa <strong>de</strong> fronteira e nasrelaciona<strong>da</strong>s com a preservação e a exploração <strong>do</strong>s recursos naturais <strong>de</strong> qualquer tipo;IV - estu<strong>da</strong>r, propor e acompanhar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> iniciativas necessárias a garantira in<strong>de</strong>pendência nacional e a <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>mocrático.§ 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong> Defesa Nacional.CAPÍTULOIIIDO PODER JUDICIÁRIOSeçãoIDISPOSIÇÕES GERAISArt. 92. São órgãos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário:I - o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral;


I-A o Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)II - o Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça;III - os Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais e Juízes Fe<strong>de</strong>rais;IV - os Tribunais e Juízes <strong>do</strong> Trabalho;V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;VI - os Tribunais e Juízes Militares;VII - os Tribunais e Juízes <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios.§ 1º O Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, o Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça e os TribunaisSuperiores têm se<strong>de</strong> na Capital Fe<strong>de</strong>ral. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 2º O Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral e os Tribunais Superiores têm jurisdição em to<strong>do</strong> oterritório nacional. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 93. Lei complementar, <strong>de</strong> iniciativa <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, disporá sobre oEstatuto <strong>da</strong> Magistratura, observa<strong>do</strong>s os seguintes princípios:I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o <strong>de</strong> juiz substituto, mediante concursopúblico <strong>de</strong> provas e títulos, com a participação <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> em to<strong>da</strong>s asfases, exigin<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> bacharel em direito, no mínimo, três anos <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> jurídica eobe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong>-se, nas nomeações, à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> classificação; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)II - promoção <strong>de</strong> entrância para entrância, alterna<strong>da</strong>mente, por antigüi<strong>da</strong><strong>de</strong> e merecimento,atendi<strong>da</strong>s as seguintes normas:a) é obrigatória a promoção <strong>do</strong> juiz que figure por três vezes consecutivas ou cincoalterna<strong>da</strong>s em lista <strong>de</strong> merecimento;b) a promoção por merecimento pressupõe <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> exercício na respectiva entrânciae integrar o juiz a primeira quinta parte <strong>da</strong> lista <strong>de</strong> antigüi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sta, salvo se não houver comtais requisitos quem aceite o lugar vago;c) aferição <strong>do</strong> merecimento conforme o <strong>de</strong>sempenho e pelos critérios objetivos <strong>de</strong>produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e presteza no exercício <strong>da</strong> jurisdição e pela freqüência e aproveitamento emcursos oficiais ou reconheci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> aperfeiçoamento; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)d) na apuração <strong>de</strong> antigüi<strong>da</strong><strong>de</strong>, o tribunal somente po<strong>de</strong>rá recusar o juiz mais antigo pelovoto fun<strong>da</strong>menta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>is terços <strong>de</strong> seus membros, conforme procedimento próprio, eassegura<strong>da</strong> ampla <strong>de</strong>fesa, repetin<strong>do</strong>-se a votação até fixar-se a indicação; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)e) não será promovi<strong>do</strong> o juiz que, injustifica<strong>da</strong>mente, retiver autos em seu po<strong>de</strong>r além <strong>do</strong>prazo legal, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong>volvê-los ao cartório sem o <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> <strong>de</strong>spacho ou <strong>de</strong>cisão; (Incluí<strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)III o acesso aos tribunais <strong>de</strong> segun<strong>do</strong> grau far-se-á por antigüi<strong>da</strong><strong>de</strong> e merecimento,alterna<strong>da</strong>mente, apura<strong>do</strong>s na última ou única entrância; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)


IV previsão <strong>de</strong> cursos oficiais <strong>de</strong> preparação, aperfeiçoamento e promoção <strong>de</strong>magistra<strong>do</strong>s, constituin<strong>do</strong> etapa obrigatória <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> vitaliciamento a participação emcurso oficial ou reconheci<strong>do</strong> por escola nacional <strong>de</strong> formação e aperfeiçoamento <strong>de</strong>magistra<strong>do</strong>s; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)V - o subsídio <strong>do</strong>s Ministros <strong>do</strong>s Tribunais Superiores correspon<strong>de</strong>rá a noventa e cinco porcento <strong>do</strong> subsídio mensal fixa<strong>do</strong> para os Ministros <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral e os subsídios<strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais magistra<strong>do</strong>s serão fixa<strong>do</strong>s em lei e escalona<strong>do</strong>s, em nível fe<strong>de</strong>ral e estadual,conforme as respectivas categorias <strong>da</strong> estrutura judiciária nacional, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a diferençaentre uma e outra ser superior a <strong>de</strong>z por cento ou inferior a cinco por cento, nem exce<strong>de</strong>r anoventa e cinco por cento <strong>do</strong> subsídio mensal <strong>do</strong>s Ministros <strong>do</strong>s Tribunais Superiores,obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong>, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)VI - a aposenta<strong>do</strong>ria <strong>do</strong>s magistra<strong>do</strong>s e a pensão <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes observarão odisposto no art. 40; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização <strong>do</strong> tribunal; (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)VIII o ato <strong>de</strong> remoção, disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e aposenta<strong>do</strong>ria <strong>do</strong> magistra<strong>do</strong>, por interessepúblico, fun<strong>da</strong>r-se-á em <strong>de</strong>cisão por voto <strong>da</strong> maioria absoluta <strong>do</strong> respectivo tribunal ou <strong>do</strong>Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça, assegura<strong>da</strong> ampla <strong>de</strong>fesa; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)VIIIA a remoção a pedi<strong>do</strong> ou a permuta <strong>de</strong> magistra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> comarca <strong>de</strong> igual entrânciaaten<strong>de</strong>rá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e <strong>do</strong> inciso II; (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)IX to<strong>do</strong>s os julgamentos <strong>do</strong>s órgãos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário serão públicos, e fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong>sto<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>cisões, sob pena <strong>de</strong> nuli<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a lei limitar a presença, em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>satos, às próprias partes e a seus advoga<strong>do</strong>s, ou somente a estes, em casos nos quais apreservação <strong>do</strong> direito à intimi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> interessa<strong>do</strong> no sigilo não prejudique o interesse públicoà informação; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)X as <strong>de</strong>cisões administrativas <strong>do</strong>s tribunais serão motiva<strong>da</strong>s e em sessão pública, sen<strong>do</strong>as disciplinares toma<strong>da</strong>s pelo voto <strong>da</strong> maioria absoluta <strong>de</strong> seus membros; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julga<strong>do</strong>res, po<strong>de</strong>rá ser constituí<strong>do</strong>órgão especial, com o mínimo <strong>de</strong> onze e o máximo <strong>de</strong> vinte e cinco membros, para o exercício<strong>da</strong>s atribuições administrativas e jurisdicionais <strong>de</strong>lega<strong>da</strong>s <strong>da</strong> competência <strong>do</strong> tribunal pleno,proven<strong>do</strong>-se meta<strong>de</strong> <strong>da</strong>s vagas por antigüi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a outra meta<strong>de</strong> por eleição pelo tribunalpleno; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)XII a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> jurisdicional será ininterrupta, sen<strong>do</strong> ve<strong>da</strong><strong>do</strong> férias coletivas nos juízos etribunais <strong>de</strong> segun<strong>do</strong> grau, funcionan<strong>do</strong>, nos dias em que não houver expediente forensenormal, juízes em plantão permanente; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)XIII o número <strong>de</strong> juízes na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> jurisdicional será proporcional à efetiva <strong>de</strong>man<strong>da</strong>judicial e à respectiva população; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)XIV os servi<strong>do</strong>res receberão <strong>de</strong>legação para a prática <strong>de</strong> atos <strong>de</strong> administração e atos <strong>de</strong>mero expediente sem caráter <strong>de</strong>cisório; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)XV a distribuição <strong>de</strong> processos será imediata, em to<strong>do</strong>s os graus <strong>de</strong> jurisdição. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)


Art. 94. Um quinto <strong>do</strong>s lugares <strong>do</strong>s Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais, <strong>do</strong>s Tribunais <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s, e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios será composto <strong>de</strong> membros, <strong>do</strong> Ministério Público,com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> carreira, e <strong>de</strong> advoga<strong>do</strong>s <strong>de</strong> notório saber jurídico e <strong>de</strong> reputaçãoiliba<strong>da</strong>, com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> efetiva ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional, indica<strong>do</strong>s em lista sêxtuplapelos órgãos <strong>de</strong> representação <strong>da</strong>s respectivas classes.Parágrafo único. Recebi<strong>da</strong>s as indicações, o tribunal formará lista tríplice, envian<strong>do</strong>-a aoPo<strong>de</strong>r Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um <strong>de</strong> seus integrantes paranomeação.Art. 95. Os juízes gozam <strong>da</strong>s seguintes garantias:I - vitalicie<strong>da</strong><strong>de</strong>, que, no primeiro grau, só será adquiri<strong>da</strong> após <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> exercício,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a per<strong>da</strong> <strong>do</strong> cargo, nesse perío<strong>do</strong>, <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação <strong>do</strong> tribunal a que o juiz estivervincula<strong>do</strong>, e, nos <strong>de</strong>mais casos, <strong>de</strong> sentença judicial transita<strong>da</strong> em julga<strong>do</strong>;II - inamovibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, salvo por motivo <strong>de</strong> interesse público, na forma <strong>do</strong> art. 93, VIII;III - irredutibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> subsídio, ressalva<strong>do</strong> o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150,II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)Parágrafo único. Aos juízes é ve<strong>da</strong><strong>do</strong>:I - exercer, ain<strong>da</strong> que em disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, outro cargo ou função, salvo uma <strong>de</strong> magistério;II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;III - <strong>de</strong>dicar-se à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> político-partidária.IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições <strong>de</strong> pessoas físicas,enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas ou priva<strong>da</strong>s, ressalva<strong>da</strong>s as exceções previstas em lei; (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)V exercer a advocacia no juízo ou tribunal <strong>do</strong> qual se afastou, antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>corri<strong>do</strong>s trêsanos <strong>do</strong> afastamento <strong>do</strong> cargo por aposenta<strong>do</strong>ria ou exoneração. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 96. Compete privativamente:I - aos tribunais:a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância <strong>da</strong>snormas <strong>de</strong> processo e <strong>da</strong>s garantias processuais <strong>da</strong>s partes, dispon<strong>do</strong> sobre a competência eo funcionamento <strong>do</strong>s respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os <strong>do</strong>s juízos que lhes foremvincula<strong>do</strong>s, velan<strong>do</strong> pelo exercício <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> correicional respectiva;c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos <strong>de</strong> juiz <strong>de</strong> carreira <strong>da</strong> respectivajurisdição;d) propor a criação <strong>de</strong> novas varas judiciárias;e) prover, por concurso público <strong>de</strong> provas, ou <strong>de</strong> provas e títulos, obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong> o disposto noart. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração <strong>da</strong> Justiça, exceto os <strong>de</strong>confiança assim <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em lei;


f) conce<strong>de</strong>r licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes eservi<strong>do</strong>res que lhes forem imediatamente vincula<strong>do</strong>s;II - ao Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais <strong>de</strong> Justiçapropor ao Po<strong>de</strong>r Legislativo respectivo, observa<strong>do</strong> o disposto no art. 169:a) a alteração <strong>do</strong> número <strong>de</strong> membros <strong>do</strong>s tribunais inferiores;b) a criação e a extinção <strong>de</strong> cargos e a remuneração <strong>do</strong>s seus serviços auxiliares e <strong>do</strong>sjuízos que lhes forem vincula<strong>do</strong>s, bem como a fixação <strong>do</strong> subsídio <strong>de</strong> seus membros e <strong>do</strong>sjuízes, inclusive <strong>do</strong>s tribunais inferiores, on<strong>de</strong> houver; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 41, 19.12.2003)c) a criação ou extinção <strong>do</strong>s tribunais inferiores;d) a alteração <strong>da</strong> organização e <strong>da</strong> divisão judiciárias;III - aos Tribunais <strong>de</strong> Justiça julgar os juízes estaduais e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios,bem como os membros <strong>do</strong> Ministério Público, nos crimes comuns e <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>,ressalva<strong>da</strong> a competência <strong>da</strong> Justiça Eleitoral.Art. 97. Somente pelo voto <strong>da</strong> maioria absoluta <strong>de</strong> seus membros ou <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong>respectivo órgão especial po<strong>de</strong>rão os tribunais <strong>de</strong>clarar a inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lei ou atonormativo <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público.Art. 98. A União, no Distrito Fe<strong>de</strong>ral e nos Territórios, e os Esta<strong>do</strong>s criarão:I - juiza<strong>do</strong>s especiais, provi<strong>do</strong>s por juízes toga<strong>do</strong>s, ou toga<strong>do</strong>s e leigos, competentes paraa conciliação, o julgamento e a execução <strong>de</strong> causas cíveis <strong>de</strong> menor complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e infraçõespenais <strong>de</strong> menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo,permiti<strong>do</strong>s, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento <strong>de</strong> recursos por turmas<strong>de</strong> juízes <strong>de</strong> primeiro grau;II - justiça <strong>de</strong> paz, remunera<strong>da</strong>, composta <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dãos eleitos pelo voto direto, universal esecreto, com man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> quatro anos e competência para, na forma <strong>da</strong> lei, celebrarcasamentos, verificar, <strong>de</strong> ofício ou em face <strong>de</strong> impugnação apresenta<strong>da</strong>, o processo <strong>de</strong>habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além <strong>de</strong> outrasprevistas na legislação.§ 1º Lei fe<strong>de</strong>ral disporá sobre a criação <strong>de</strong> juiza<strong>do</strong>s especiais no âmbito <strong>da</strong> JustiçaFe<strong>de</strong>ral. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 22, <strong>de</strong> 1999) (Renumera<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 2º As custas e emolumentos serão <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s exclusivamente ao custeio <strong>do</strong>s serviçosafetos às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s específicas <strong>da</strong> Justiça. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong>2004)Art. 99. Ao Po<strong>de</strong>r Judiciário é assegura<strong>da</strong> autonomia administrativa e financeira.§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s limites estipula<strong>do</strong>sconjuntamente com os <strong>de</strong>mais Po<strong>de</strong>res na lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias.§ 2º - O encaminhamento <strong>da</strong> proposta, ouvi<strong>do</strong>s os outros tribunais interessa<strong>do</strong>s, compete:I - no âmbito <strong>da</strong> União, aos Presi<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s TribunaisSuperiores, com a aprovação <strong>do</strong>s respectivos tribunais;


II - no âmbito <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e no <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios, aos Presi<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong>sTribunais <strong>de</strong> Justiça, com a aprovação <strong>do</strong>s respectivos tribunais.§ 3º Se os órgãos referi<strong>do</strong>s no § 2º não encaminharem as respectivas propostasorçamentárias <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> prazo estabeleci<strong>do</strong> na lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias, o Po<strong>de</strong>rExecutivo consi<strong>de</strong>rará, para fins <strong>de</strong> consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> proposta orçamentária anual, os valoresaprova<strong>do</strong>s na lei orçamentária vigente, ajusta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os limites estipula<strong>do</strong>s naforma <strong>do</strong> § 1º <strong>de</strong>ste artigo. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 4º Se as propostas orçamentárias <strong>de</strong> que trata este artigo forem encaminha<strong>da</strong>s em<strong>de</strong>sacor<strong>do</strong> com os limites estipula<strong>do</strong>s na forma <strong>do</strong> § 1º, o Po<strong>de</strong>r Executivo proce<strong>de</strong>rá aosajustes necessários para fins <strong>de</strong> consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> proposta orçamentária anual. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 5º Durante a execução orçamentária <strong>do</strong> exercício, não po<strong>de</strong>rá haver a realização <strong>de</strong><strong>de</strong>spesas ou a assunção <strong>de</strong> obrigações que extrapolem os limites estabeleci<strong>do</strong>s na lei <strong>de</strong>diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autoriza<strong>da</strong>s, mediante a abertura <strong>de</strong> créditossuplementares ou especiais. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 100. à exceção <strong>do</strong>s créditos <strong>de</strong> natureza alimentícia, os pagamentos <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s pelaFazen<strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ral, Estadual ou Municipal, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentença judiciária, far-se-ãoexclusivamente na or<strong>de</strong>m cronológica <strong>de</strong> apresentação <strong>do</strong>s precatórios e à conta <strong>do</strong>s créditosrespectivos, proibi<strong>da</strong> a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> casos ou <strong>de</strong> pessoas nas <strong>do</strong>tações orçamentárias e noscréditos adicionais abertos para este fim.§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> direito público, <strong>de</strong> verbanecessária ao pagamento <strong>de</strong> seus débitos oriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sentenças transita<strong>da</strong>s em julga<strong>do</strong>,constantes <strong>de</strong> precatórios judiciários, apresenta<strong>do</strong>s até 1º <strong>de</strong> julho, fazen<strong>do</strong>-se o pagamentoaté o final <strong>do</strong> exercício seguinte, quan<strong>do</strong> terão seus valores atualiza<strong>do</strong>s monetariamente.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 30, <strong>de</strong> 2000)§ 1º-A Os débitos <strong>de</strong> natureza alimentícia compreen<strong>de</strong>m aqueles <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> salários,vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previ<strong>de</strong>nciários ein<strong>de</strong>nizações por morte ou invali<strong>de</strong>z, fun<strong>da</strong><strong>da</strong>s na responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>sentença transita<strong>da</strong> em julga<strong>do</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 30, <strong>de</strong> 2000)§ 2º As <strong>do</strong>tações orçamentárias e os créditos abertos serão consigna<strong>do</strong>s diretamente aoPo<strong>de</strong>r Judiciário, caben<strong>do</strong> ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Tribunal que proferir a <strong>de</strong>cisão exeqüen<strong>da</strong><strong>de</strong>terminar o pagamento segun<strong>do</strong> as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>de</strong>pósito, e autorizar, a requerimento <strong>do</strong>cre<strong>do</strong>r, e exclusivamente para o caso <strong>de</strong> preterimento <strong>de</strong> seu direito <strong>de</strong> precedência, oseqüestro <strong>da</strong> quantia necessária à satisfação <strong>do</strong> débito. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 30, <strong>de</strong> 2000)§ 3º O disposto no caput <strong>de</strong>ste artigo, relativamente à expedição <strong>de</strong> precatórios, não seaplica aos pagamentos <strong>de</strong> obrigações <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s em lei como <strong>de</strong> pequeno valor que a Fazen<strong>da</strong>Fe<strong>de</strong>ral, Estadual, Distrital ou Municipal <strong>de</strong>va fazer em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentença judicial transita<strong>da</strong>em julga<strong>do</strong>. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 30, <strong>de</strong> 2000)§ 4º São ve<strong>da</strong><strong>do</strong>s a expedição <strong>de</strong> precatório complementar ou suplementar <strong>de</strong> valor pago,bem como fracionamento, repartição ou quebra <strong>do</strong> valor <strong>da</strong> execução, a fim <strong>de</strong> que seupagamento não se faça, em parte, na forma estabeleci<strong>da</strong> no § 3º <strong>de</strong>ste artigo e, em parte,mediante expedição <strong>de</strong> precatório. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)§ 5º A lei po<strong>de</strong>rá fixar valores distintos para o fim previsto no § 3º <strong>de</strong>ste artigo, segun<strong>do</strong> asdiferentes capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> direito público. (Parágrafo incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 30, <strong>de</strong> 2000 e Renumera<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)


§ 6º O Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retar<strong>da</strong>r outentar frustrar a liqui<strong>da</strong>ção regular <strong>de</strong> precatório incorrerá em crime <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.(Parágrafo incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 30, <strong>de</strong> 2000 e Renumera<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)SeçãoDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERALIIArt. 101. O Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral compõe-se <strong>de</strong> onze Ministros, escolhi<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntreci<strong>da</strong>dãos com mais <strong>de</strong> trinta e cinco e menos <strong>de</strong> sessenta e cinco anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> notávelsaber jurídico e reputação iliba<strong>da</strong>.Parágrafo único. Os Ministros <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral serão nomea<strong>do</strong>s peloPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprova<strong>da</strong> a escolha pela maioria absoluta <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>Fe<strong>de</strong>ral.Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, precipuamente, a guar<strong>da</strong> <strong>da</strong>Constituição, caben<strong>do</strong>-lhe:I - processar e julgar, originariamente:a) a ação direta <strong>de</strong> inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lei ou ato normativo fe<strong>de</strong>ral ou estadual e aação <strong>de</strong>claratória <strong>de</strong> constitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lei ou ato normativo fe<strong>de</strong>ral; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)b) nas infrações penais comuns, o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, o Vice-Presi<strong>de</strong>nte, osmembros <strong>do</strong> Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong> República;c) nas infrações penais comuns e nos crimes <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, os Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>e os Coman<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong> Marinha, <strong>do</strong> Exército e <strong>da</strong> Aeronáutica, ressalva<strong>do</strong> o disposto no art. 52,I, os membros <strong>do</strong>s Tribunais Superiores, os <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União e os chefes <strong>de</strong>missão diplomática <strong>de</strong> caráter permanente; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 23,<strong>de</strong> 1999)d) o "habeas-corpus", sen<strong>do</strong> paciente qualquer <strong>da</strong>s pessoas referi<strong>da</strong>s nas alíneasanteriores; o man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança e o "habeas-<strong>da</strong>ta" contra atos <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>República, <strong>da</strong>s Mesas <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas<strong>da</strong> União, <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong> República e <strong>do</strong> próprio Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral;e) o litígio entre Esta<strong>do</strong> estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Esta<strong>do</strong>, oDistrito Fe<strong>de</strong>ral ou o Território;f) as causas e os conflitos entre a União e os Esta<strong>do</strong>s, a União e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral, ouentre uns e outros, inclusive as respectivas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> administração indireta;g) a extradição solicita<strong>da</strong> por Esta<strong>do</strong> estrangeiro;h) (Revoga<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)i) o habeas corpus, quan<strong>do</strong> o coator for Tribunal Superior ou quan<strong>do</strong> o coator ou opaciente for autori<strong>da</strong><strong>de</strong> ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição <strong>do</strong>Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, ou se trate <strong>de</strong> crime sujeito à mesma jurisdição em uma únicainstância; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 22, <strong>de</strong> 1999)j) a revisão criminal e a ação rescisória <strong>de</strong> seus julga<strong>do</strong>s;


l) a reclamação para a preservação <strong>de</strong> sua competência e garantia <strong>da</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suas<strong>de</strong>cisões;m) a execução <strong>de</strong> sentença nas causas <strong>de</strong> sua competência originária, faculta<strong>da</strong> a<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> atribuições para a prática <strong>de</strong> atos processuais;n) a ação em que to<strong>do</strong>s os membros <strong>da</strong> magistratura sejam direta ou indiretamenteinteressa<strong>do</strong>s, e aquela em que mais <strong>da</strong> meta<strong>de</strong> <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> tribunal <strong>de</strong> origem estejamimpedi<strong>do</strong>s ou sejam direta ou indiretamente interessa<strong>do</strong>s;o) os conflitos <strong>de</strong> competência entre o Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça e quaisquer tribunais,entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;p) o pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> cautelar <strong>da</strong>s ações diretas <strong>de</strong> inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong>;q) o man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> injunção, quan<strong>do</strong> a elaboração <strong>da</strong> norma regulamenta<strong>do</strong>ra for atribuição<strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, <strong>do</strong> Congresso Nacional, <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>Fe<strong>de</strong>ral, <strong>da</strong>s Mesas <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>ssas Casas Legislativas, <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União, <strong>de</strong> um<strong>do</strong>s Tribunais Superiores, ou <strong>do</strong> próprio Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral;r) as ações contra o Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça e contra o Conselho Nacional <strong>do</strong>Ministério Público; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)II - julgar, em recurso ordinário:a) o "habeas-corpus", o man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança, o "habeas-<strong>da</strong>ta" e o man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> injunção<strong>de</strong>cidi<strong>do</strong>s em única instância pelos Tribunais Superiores, se <strong>de</strong>negatória a <strong>de</strong>cisão;b) o crime político;III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas <strong>de</strong>cidi<strong>da</strong>s em única ou últimainstância, quan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>cisão recorri<strong>da</strong>:a) contrariar dispositivo <strong>de</strong>sta Constituição;b) <strong>de</strong>clarar a inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trata<strong>do</strong> ou lei fe<strong>de</strong>ral;c) julgar váli<strong>da</strong> lei ou ato <strong>de</strong> governo local contesta<strong>do</strong> em face <strong>de</strong>sta Constituição.d) julgar váli<strong>da</strong> lei local contesta<strong>da</strong> em face <strong>de</strong> lei fe<strong>de</strong>ral. (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 1.º A argüição <strong>de</strong> <strong>de</strong>scumprimento <strong>de</strong> preceito fun<strong>da</strong>mental, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong>staConstituição, será aprecia<strong>da</strong> pelo Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, na forma <strong>da</strong> lei. (Transforma<strong>do</strong> <strong>do</strong>parágrafo único em § 1º pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 17/03/93)§ 2º As <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>finitivas <strong>de</strong> mérito, proferi<strong>da</strong>s pelo Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, nasações diretas <strong>de</strong> inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong> e nas ações <strong>de</strong>claratórias <strong>de</strong> constitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong>produzirão eficácia contra to<strong>do</strong>s e efeito vinculante, relativamente aos <strong>de</strong>mais órgãos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>rJudiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 3º No recurso extraordinário o recorrente <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>monstrar a repercussão geral <strong>da</strong>squestões constitucionais discuti<strong>da</strong>s no caso, nos termos <strong>da</strong> lei, a fim <strong>de</strong> que o Tribunal examinea admissão <strong>do</strong> recurso, somente po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> recusá-lo pela manifestação <strong>de</strong> <strong>do</strong>is terços <strong>de</strong> seusmembros. (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)


Art. 103. Po<strong>de</strong>m propor a ação direta <strong>de</strong> inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong> e a ação <strong>de</strong>claratória <strong>de</strong>constitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong>: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)I - o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República;II - a Mesa <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral;III - a Mesa <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s;IV a Mesa <strong>de</strong> Assembléia Legislativa ou <strong>da</strong> Câmara Legislativa <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral;(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)V o Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> ou <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)VI - o Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong> República;VII - o Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>;VIII - parti<strong>do</strong> político com representação no Congresso Nacional;IX - confe<strong>de</strong>ração sindical ou enti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> classe <strong>de</strong> âmbito nacional.§ 1º - O Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong> República <strong>de</strong>verá ser previamente ouvi<strong>do</strong> nas ações <strong>de</strong>inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong> e em to<strong>do</strong>s os processos <strong>de</strong> competência <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral.§ 2º - Declara<strong>da</strong> a inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong> por omissão <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> para tornar efetiva normaconstitucional, será <strong>da</strong><strong>da</strong> ciência ao Po<strong>de</strong>r competente para a a<strong>do</strong>ção <strong>da</strong>s providênciasnecessárias e, em se tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.§ 3º - Quan<strong>do</strong> o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral apreciar a inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong>, em tese, <strong>de</strong>norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advoga<strong>do</strong>-Geral <strong>da</strong> União, que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ráo ato ou texto impugna<strong>do</strong>.§ 4.º - (Revoga<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 103-A. O Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral po<strong>de</strong>rá, <strong>de</strong> ofício ou por provocação, mediante<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> <strong>do</strong>is terços <strong>do</strong>s seus membros, após reitera<strong>da</strong>s <strong>de</strong>cisões sobre matériaconstitucional, aprovar súmula que, a partir <strong>de</strong> sua publicação na imprensa oficial, terá efeitovinculante em relação aos <strong>de</strong>mais órgãos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário e à administração pública diretae indireta, nas esferas fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal, bem como proce<strong>de</strong>r à sua revisão oucancelamento, na forma estabeleci<strong>da</strong> em lei. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong>2004)§ 1º A súmula terá por objetivo a vali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a interpretação e a eficácia <strong>de</strong> normas<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s, acerca <strong>da</strong>s quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre essese a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação <strong>de</strong>processos sobre questão idêntica.§ 2º Sem prejuízo <strong>do</strong> que vier a ser estabeleci<strong>do</strong> em lei, a aprovação, revisão oucancelamento <strong>de</strong> súmula po<strong>de</strong>rá ser provoca<strong>da</strong> por aqueles que po<strong>de</strong>m propor a ação direta<strong>de</strong> inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong>.§ 3º Do ato administrativo ou <strong>de</strong>cisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou quein<strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral que, julgan<strong>do</strong>-a


proce<strong>de</strong>nte, anulará o ato administrativo ou cassará a <strong>de</strong>cisão judicial reclama<strong>da</strong>, e<strong>de</strong>terminará que outra seja proferi<strong>da</strong> com ou sem a aplicação <strong>da</strong> súmula, conforme o caso."Art. 103-B. O Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça compõe-se <strong>de</strong> quinze membros com mais <strong>de</strong>trinta e cinco e menos <strong>de</strong> sessenta e seis anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, com man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos, admiti<strong>da</strong>uma recondução, sen<strong>do</strong>: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)I um Ministro <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, indica<strong>do</strong> pelo respectivo tribunal;II um Ministro <strong>do</strong> Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça, indica<strong>do</strong> pelo respectivo tribunal;III um Ministro <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> Trabalho, indica<strong>do</strong> pelo respectivo tribunal;IV um <strong>de</strong>sembarga<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Tribunal <strong>de</strong> Justiça, indica<strong>do</strong> pelo Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral;V um juiz estadual, indica<strong>do</strong> pelo Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral;VI um juiz <strong>de</strong> Tribunal Regional Fe<strong>de</strong>ral, indica<strong>do</strong> pelo Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça;VII um juiz fe<strong>de</strong>ral, indica<strong>do</strong> pelo Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça;VIII um juiz <strong>de</strong> Tribunal Regional <strong>do</strong> Trabalho, indica<strong>do</strong> pelo Tribunal Superior <strong>do</strong>Trabalho;IX um juiz <strong>do</strong> trabalho, indica<strong>do</strong> pelo Tribunal Superior <strong>do</strong> Trabalho;X um membro <strong>do</strong> Ministério Público <strong>da</strong> União, indica<strong>do</strong> pelo Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong>República;XI um membro <strong>do</strong> Ministério Público estadual, escolhi<strong>do</strong> pelo Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong>República <strong>de</strong>ntre os nomes indica<strong>do</strong>s pelo órgão competente <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> instituição estadual;XII <strong>do</strong>is advoga<strong>do</strong>s, indica<strong>do</strong>s pelo Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>;XIII <strong>do</strong>is ci<strong>da</strong>dãos, <strong>de</strong> notável saber jurídico e reputação iliba<strong>da</strong>, indica<strong>do</strong>s um pelaCâmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e outro pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral.§ 1º O Conselho será presidi<strong>do</strong> pelo Ministro <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, que votará emcaso <strong>de</strong> empate, fican<strong>do</strong> excluí<strong>do</strong> <strong>da</strong> distribuição <strong>de</strong> processos naquele tribunal.§ 2º Os membros <strong>do</strong> Conselho serão nomea<strong>do</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>aprova<strong>da</strong> a escolha pela maioria absoluta <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral.§ 3º Não efetua<strong>da</strong>s, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolhaao Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral.§ 4º Compete ao Conselho o controle <strong>da</strong> atuação administrativa e financeira <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>rJudiciário e <strong>do</strong> cumprimento <strong>do</strong>s <strong>de</strong>veres funcionais <strong>do</strong>s juízes, caben<strong>do</strong>-lhe, além <strong>de</strong> outrasatribuições que lhe forem conferi<strong>da</strong>s pelo Estatuto <strong>da</strong> Magistratura:I - zelar pela autonomia <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário e pelo cumprimento <strong>do</strong> Estatuto <strong>da</strong>Magistratura, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> expedir atos regulamentares, no âmbito <strong>de</strong> sua competência, ourecomen<strong>da</strong>r providências;II - zelar pela observância <strong>do</strong> art. 37 e apreciar, <strong>de</strong> ofício ou mediante provocação, alegali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s atos administrativos pratica<strong>do</strong>s por membros ou órgãos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário,


po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong>sconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se a<strong>do</strong>tem as providênciasnecessárias ao exato cumprimento <strong>da</strong> lei, sem prejuízo <strong>da</strong> competência <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas<strong>da</strong> União;III receber e conhecer <strong>da</strong>s reclamações contra membros ou órgãos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário,inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos presta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> serviços notariaise <strong>de</strong> registro que atuem por <strong>de</strong>legação <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público ou oficializa<strong>do</strong>s, sem prejuízo <strong>da</strong>competência disciplinar e correicional <strong>do</strong>s tribunais, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> avocar processos disciplinaresem curso e <strong>de</strong>terminar a remoção, a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ou a aposenta<strong>do</strong>ria com subsídios ouproventos proporcionais ao tempo <strong>de</strong> serviço e aplicar outras sanções administrativas,assegura<strong>da</strong> ampla <strong>de</strong>fesa;IV representar ao Ministério Público, no caso <strong>de</strong> crime contra a administração pública ou<strong>de</strong> abuso <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong>;V rever, <strong>de</strong> ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares <strong>de</strong> juízes emembros <strong>de</strong> tribunais julga<strong>do</strong>s há menos <strong>de</strong> um ano;VI elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolata<strong>da</strong>s,por uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, nos diferentes órgãos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário;VII elaborar relatório anual, propon<strong>do</strong> as providências que julgar necessárias, sobre asituação <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário no País e as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> Conselho, o qual <strong>de</strong>ve integrarmensagem <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral a ser remeti<strong>da</strong> ao Congresso Nacional,por ocasião <strong>da</strong> abertura <strong>da</strong> sessão legislativa.§ 5º O Ministro <strong>do</strong> Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça exercerá a função <strong>de</strong> Ministro-Correge<strong>do</strong>re ficará excluí<strong>do</strong> <strong>da</strong> distribuição <strong>de</strong> processos no Tribunal, competin<strong>do</strong>-lhe, além <strong>da</strong>satribuições que lhe forem conferi<strong>da</strong>s pelo Estatuto <strong>da</strong> Magistratura, as seguintes:I receber as reclamações e <strong>de</strong>núncias, <strong>de</strong> qualquer interessa<strong>do</strong>, relativas aos magistra<strong>do</strong>se aos serviços judiciários;II exercer funções executivas <strong>do</strong> Conselho, <strong>de</strong> inspeção e <strong>de</strong> correição geral;III requisitar e <strong>de</strong>signar magistra<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>legan<strong>do</strong>-lhes atribuições, e requisitar servi<strong>do</strong>res <strong>de</strong>juízos ou tribunais, inclusive nos Esta<strong>do</strong>s, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios.§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong> República e o Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong>Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>.§ 7º A União, inclusive no Distrito Fe<strong>de</strong>ral e nos Territórios, criará ouvi<strong>do</strong>rias <strong>de</strong> justiça,competentes para receber reclamações e <strong>de</strong>núncias <strong>de</strong> qualquer interessa<strong>do</strong> contra membrosou órgãos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representan<strong>do</strong> diretamenteao Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça.SeçãoDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAIIIArt. 104. O Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça compõe-se <strong>de</strong>, no mínimo, trinta e três Ministros.Parágrafo único. Os Ministros <strong>do</strong> Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça serão nomea<strong>do</strong>s peloPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, <strong>de</strong>ntre brasileiros com mais <strong>de</strong> trinta e cinco e menos <strong>de</strong> sessenta ecinco anos, <strong>de</strong> notável saber jurídico e reputação iliba<strong>da</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprova<strong>da</strong> a escolha pelamaioria absoluta <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, sen<strong>do</strong>: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45,<strong>de</strong> 2004)


I - um terço <strong>de</strong>ntre juízes <strong>do</strong>s Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais e um terço <strong>de</strong>ntre<strong>de</strong>sembarga<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Tribunais <strong>de</strong> Justiça, indica<strong>do</strong>s em lista tríplice elabora<strong>da</strong> pelo próprioTribunal;II - um terço, em partes iguais, <strong>de</strong>ntre advoga<strong>do</strong>s e membros <strong>do</strong> Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral,Estadual, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios, alterna<strong>da</strong>mente, indica<strong>do</strong>s na forma <strong>do</strong> art. 94.Art. 105. Compete ao Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça:I - processar e julgar, originariamente:a) nos crimes comuns, os Governa<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, e, nestes e nos<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, os <strong>de</strong>sembarga<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Tribunais <strong>de</strong> Justiça <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> DistritoFe<strong>de</strong>ral, os membros <strong>do</strong>s Tribunais <strong>de</strong> Contas <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, os <strong>do</strong>sTribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais, <strong>do</strong>s Tribunais Regionais Eleitorais e <strong>do</strong> Trabalho, os membros<strong>do</strong>s Conselhos ou Tribunais <strong>de</strong> Contas <strong>do</strong>s Municípios e os <strong>do</strong> Ministério Público <strong>da</strong> União queoficiem perante tribunais;b) os man<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> segurança e os habeas <strong>da</strong>ta contra ato <strong>de</strong> Ministro <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, <strong>do</strong>sComan<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong> Marinha, <strong>do</strong> Exército e <strong>da</strong> Aeronáutica ou <strong>do</strong> próprio Tribunal; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 23, <strong>de</strong> 1999)c) os habeas corpus, quan<strong>do</strong> o coator ou paciente for qualquer <strong>da</strong>s pessoasmenciona<strong>da</strong>s na alínea "a", ou quan<strong>do</strong> o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro <strong>de</strong>Esta<strong>do</strong> ou Coman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> Marinha, <strong>do</strong> Exército ou <strong>da</strong> Aeronáutica, ressalva<strong>da</strong> a competência<strong>da</strong> Justiça Eleitoral; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 23, <strong>de</strong> 1999)d) os conflitos <strong>de</strong> competência entre quaisquer tribunais, ressalva<strong>do</strong> o disposto no art. 102,I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vincula<strong>do</strong>s e entre juízes vincula<strong>do</strong>s atribunais diversos;e) as revisões criminais e as ações rescisórias <strong>de</strong> seus julga<strong>do</strong>s;f) a reclamação para a preservação <strong>de</strong> sua competência e garantia <strong>da</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suas<strong>de</strong>cisões;g) os conflitos <strong>de</strong> atribuições entre autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s administrativas e judiciárias <strong>da</strong> União, ouentre autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s judiciárias <strong>de</strong> um Esta<strong>do</strong> e administrativas <strong>de</strong> outro ou <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, ouentre as <strong>de</strong>ste e <strong>da</strong> União;h) o man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> injunção, quan<strong>do</strong> a elaboração <strong>da</strong> norma regulamenta<strong>do</strong>ra for atribuição<strong>de</strong> órgão, enti<strong>da</strong><strong>de</strong> ou autori<strong>da</strong><strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral, <strong>da</strong> administração direta ou indireta, excetua<strong>do</strong>s oscasos <strong>de</strong> competência <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s órgãos <strong>da</strong> Justiça Militar, <strong>da</strong> JustiçaEleitoral, <strong>da</strong> Justiça <strong>do</strong> Trabalho e <strong>da</strong> Justiça Fe<strong>de</strong>ral;i) a homologação <strong>de</strong> sentenças estrangeiras e a concessão <strong>de</strong> exequatur às cartasrogatórias; (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)II - julgar, em recurso ordinário:a) os "habeas-corpus" <strong>de</strong>cidi<strong>do</strong>s em única ou última instância pelos Tribunais RegionaisFe<strong>de</strong>rais ou pelos tribunais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios, quan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>cisão for<strong>de</strong>negatória;b) os man<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong>cidi<strong>do</strong>s em única instância pelos Tribunais RegionaisFe<strong>de</strong>rais ou pelos tribunais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>negatória a<strong>de</strong>cisão;


c) as causas em que forem partes Esta<strong>do</strong> estrangeiro ou organismo internacional, <strong>de</strong> umla<strong>do</strong>, e, <strong>do</strong> outro, Município ou pessoa resi<strong>de</strong>nte ou <strong>do</strong>micilia<strong>da</strong> no País;III - julgar, em recurso especial, as causas <strong>de</strong>cidi<strong>da</strong>s, em única ou última instância, pelosTribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais ou pelos tribunais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios,quan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>cisão recorri<strong>da</strong>:a) contrariar trata<strong>do</strong> ou lei fe<strong>de</strong>ral, ou negar-lhes vigência;b) julgar váli<strong>do</strong> ato <strong>de</strong> governo local contesta<strong>do</strong> em face <strong>de</strong> lei fe<strong>de</strong>ral; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)c) <strong>de</strong>r a lei fe<strong>de</strong>ral interpretação divergente <strong>da</strong> que lhe haja atribuí<strong>do</strong> outro tribunal.Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)I - a Escola Nacional <strong>de</strong> Formação e Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Magistra<strong>do</strong>s, caben<strong>do</strong>-lhe,<strong>de</strong>ntre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)II - o Conselho <strong>da</strong> Justiça Fe<strong>de</strong>ral, caben<strong>do</strong>-lhe exercer, na forma <strong>da</strong> lei, a supervisãoadministrativa e orçamentária <strong>da</strong> Justiça Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> primeiro e segun<strong>do</strong> graus, como órgãocentral <strong>do</strong> sistema e com po<strong>de</strong>res correicionais, cujas <strong>de</strong>cisões terão caráter vinculante.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)SeçãoDOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAISIVArt. 106. São órgãos <strong>da</strong> Justiça Fe<strong>de</strong>ral:I - os Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais;II - os Juízes Fe<strong>de</strong>rais.Art. 107. Os Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais compõem-se <strong>de</strong>, no mínimo, sete juízes,recruta<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> possível, na respectiva região e nomea<strong>do</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República<strong>de</strong>ntre brasileiros com mais <strong>de</strong> trinta e menos <strong>de</strong> sessenta e cinco anos, sen<strong>do</strong>:I - um quinto <strong>de</strong>ntre advoga<strong>do</strong>s com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> efetiva ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional emembros <strong>do</strong> Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> carreira;II - os <strong>de</strong>mais, mediante promoção <strong>de</strong> juízes fe<strong>de</strong>rais com mais <strong>de</strong> cinco anos <strong>de</strong> exercício,por antigüi<strong>da</strong><strong>de</strong> e merecimento, alterna<strong>da</strong>mente.§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta <strong>de</strong> juízes <strong>do</strong>s Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>raise <strong>de</strong>terminará sua jurisdição e se<strong>de</strong>. (Renumera<strong>do</strong> <strong>do</strong> parágrafo único, pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 2º Os Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais instalarão a justiça itinerante, com a realização <strong>de</strong>audiências e <strong>de</strong>mais funções <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> jurisdicional, nos limites territoriais <strong>da</strong> respectivajurisdição, servin<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> equipamentos públicos e comunitários. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 3º Os Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais po<strong>de</strong>rão funcionar <strong>de</strong>scentraliza<strong>da</strong>mente,constituin<strong>do</strong> Câmaras regionais, a fim <strong>de</strong> assegurar o pleno acesso <strong>do</strong> jurisdiciona<strong>do</strong> à justiçaem to<strong>da</strong>s as fases <strong>do</strong> processo. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)


Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais:I - processar e julgar, originariamente:a) os juízes fe<strong>de</strong>rais <strong>da</strong> área <strong>de</strong> sua jurisdição, incluí<strong>do</strong>s os <strong>da</strong> Justiça Militar e <strong>da</strong> Justiça<strong>do</strong> Trabalho, nos crimes comuns e <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, e os membros <strong>do</strong> Ministério Público <strong>da</strong>União, ressalva<strong>da</strong> a competência <strong>da</strong> Justiça Eleitoral;b) as revisões criminais e as ações rescisórias <strong>de</strong> julga<strong>do</strong>s seus ou <strong>do</strong>s juízes fe<strong>de</strong>rais <strong>da</strong>região;c) os man<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> segurança e os "habeas-<strong>da</strong>ta" contra ato <strong>do</strong> próprio Tribunal ou <strong>de</strong> juizfe<strong>de</strong>ral;d) os "habeas-corpus", quan<strong>do</strong> a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> coatora for juiz fe<strong>de</strong>ral;e) os conflitos <strong>de</strong> competência entre juízes fe<strong>de</strong>rais vincula<strong>do</strong>s ao Tribunal;II - julgar, em grau <strong>de</strong> recurso, as causas <strong>de</strong>cidi<strong>da</strong>s pelos juízes fe<strong>de</strong>rais e pelos juízesestaduais no exercício <strong>da</strong> competência fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> área <strong>de</strong> sua jurisdição.Art. 109. Aos juízes fe<strong>de</strong>rais compete processar e julgar:I - as causas em que a União, enti<strong>da</strong><strong>de</strong> autárquica ou empresa pública fe<strong>de</strong>ral foreminteressa<strong>da</strong>s na condição <strong>de</strong> autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as <strong>de</strong> falência, as<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça <strong>do</strong> Trabalho;II - as causas entre Esta<strong>do</strong> estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa<strong>do</strong>micilia<strong>da</strong> ou resi<strong>de</strong>nte no País;III - as causas fun<strong>da</strong><strong>da</strong>s em trata<strong>do</strong> ou contrato <strong>da</strong> União com Esta<strong>do</strong> estrangeiro ouorganismo internacional;IV - os crimes políticos e as infrações penais pratica<strong>da</strong>s em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> bens, serviçosou interesse <strong>da</strong> União ou <strong>de</strong> suas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s autárquicas ou empresas públicas, excluí<strong>da</strong>s ascontravenções e ressalva<strong>da</strong> a competência <strong>da</strong> Justiça Militar e <strong>da</strong> Justiça Eleitoral;V - os crimes previstos em trata<strong>do</strong> ou convenção internacional, quan<strong>do</strong>, inicia<strong>da</strong> aexecução no País, o resulta<strong>do</strong> tenha ou <strong>de</strong>vesse ter ocorri<strong>do</strong> no estrangeiro, oureciprocamente;V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º <strong>de</strong>ste artigo; (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)VI - os crimes contra a organização <strong>do</strong> trabalho e, nos casos <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s por lei, contra osistema financeiro e a or<strong>de</strong>m econômico-financeira;VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal <strong>de</strong> sua competência ou quan<strong>do</strong> oconstrangimento provier <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outrajurisdição;VIII - os man<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> segurança e os "habeas-<strong>da</strong>ta" contra ato <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral,excetua<strong>do</strong>s os casos <strong>de</strong> competência <strong>do</strong>s tribunais fe<strong>de</strong>rais;IX - os crimes cometi<strong>do</strong>s a bor<strong>do</strong> <strong>de</strong> navios ou aeronaves, ressalva<strong>da</strong> a competência <strong>da</strong>Justiça Militar;


X - os crimes <strong>de</strong> ingresso ou permanência irregular <strong>de</strong> estrangeiro, a execução <strong>de</strong> cartarogatória, após o "exequatur", e <strong>de</strong> sentença estrangeira, após a homologação, as causasreferentes à nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;XI - a disputa sobre direitos indígenas.§ 1º - As causas em que a União for autora serão afora<strong>da</strong>s na seção judiciária on<strong>de</strong> tiver<strong>do</strong>micílio a outra parte.§ 2º - As causas intenta<strong>da</strong>s contra a União po<strong>de</strong>rão ser afora<strong>da</strong>s na seção judiciária emque for <strong>do</strong>micilia<strong>do</strong> o autor, naquela on<strong>de</strong> houver ocorri<strong>do</strong> o ato ou fato que <strong>de</strong>u origem à<strong>de</strong>man<strong>da</strong> ou on<strong>de</strong> esteja situa<strong>da</strong> a coisa, ou, ain<strong>da</strong>, no Distrito Fe<strong>de</strong>ral.§ 3º - Serão processa<strong>da</strong>s e julga<strong>da</strong>s na justiça estadual, no foro <strong>do</strong> <strong>do</strong>micílio <strong>do</strong>ssegura<strong>do</strong>s ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição <strong>de</strong> previdência social esegura<strong>do</strong>, sempre que a comarca não seja se<strong>de</strong> <strong>de</strong> vara <strong>do</strong> juízo fe<strong>de</strong>ral, e, se verifica<strong>da</strong> essacondição, a lei po<strong>de</strong>rá permitir que outras causas sejam também processa<strong>da</strong>s e julga<strong>da</strong>s pelajustiça estadual.§ 4º - Na hipótese <strong>do</strong> parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o TribunalRegional Fe<strong>de</strong>ral na área <strong>de</strong> jurisdição <strong>do</strong> juiz <strong>de</strong> primeiro grau.§ 5º Nas hipóteses <strong>de</strong> grave violação <strong>de</strong> direitos humanos, o Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong>República, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> assegurar o cumprimento <strong>de</strong> obrigações <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>trata<strong>do</strong>s internacionais <strong>de</strong> direitos humanos <strong>do</strong>s quais o <strong>Brasil</strong> seja parte, po<strong>de</strong>rá suscitar,perante o Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça, em qualquer fase <strong>do</strong> inquérito ou processo, inci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> competência para a Justiça Fe<strong>de</strong>ral. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº45, <strong>de</strong> 2004)Art. 110. Ca<strong>da</strong> Esta<strong>do</strong>, bem como o Distrito Fe<strong>de</strong>ral, constituirá uma seção judiciária queterá por se<strong>de</strong> a respectiva Capital, e varas localiza<strong>da</strong>s segun<strong>do</strong> o estabeleci<strong>do</strong> em lei.Parágrafo único. Nos Territórios Fe<strong>de</strong>rais, a jurisdição e as atribuições cometi<strong>da</strong>s aosjuízes fe<strong>de</strong>rais caberão aos juízes <strong>da</strong> justiça local, na forma <strong>da</strong> lei.SeçãoDOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHOVArt. 111. São órgãos <strong>da</strong> Justiça <strong>do</strong> Trabalho:I - o Tribunal Superior <strong>do</strong> Trabalho;II - os Tribunais Regionais <strong>do</strong> Trabalho;III - Juizes <strong>do</strong> Trabalho. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 24, <strong>de</strong> 1999)§§ 1º a 3º - (Revoga<strong>do</strong>s pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 111-A. O Tribunal Superior <strong>do</strong> Trabalho compor-se-á <strong>de</strong> vinte e sete Ministros,escolhi<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntre brasileiros com mais <strong>de</strong> trinta e cinco e menos <strong>de</strong> sessenta e cinco anos,nomea<strong>do</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República após aprovação pela maioria absoluta <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>Fe<strong>de</strong>ral, sen<strong>do</strong>: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)I um quinto <strong>de</strong>ntre advoga<strong>do</strong>s com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> efetiva ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional emembros <strong>do</strong> Ministério Público <strong>do</strong> Trabalho com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> efetivo exercício,observa<strong>do</strong> o disposto no art. 94;


II os <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>ntre juízes <strong>do</strong>s Tribunais Regionais <strong>do</strong> Trabalho, oriun<strong>do</strong>s <strong>da</strong> magistratura<strong>da</strong> carreira, indica<strong>do</strong>s pelo próprio Tribunal Superior.§ 1º A lei disporá sobre a competência <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> Trabalho.§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior <strong>do</strong> Trabalho:I a Escola Nacional <strong>de</strong> Formação e Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Trabalho,caben<strong>do</strong>-lhe, <strong>de</strong>ntre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso epromoção na carreira;II o Conselho Superior <strong>da</strong> Justiça <strong>do</strong> Trabalho, caben<strong>do</strong>-lhe exercer, na forma <strong>da</strong> lei, asupervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial <strong>da</strong> Justiça <strong>do</strong> Trabalho <strong>de</strong>primeiro e segun<strong>do</strong> graus, como órgão central <strong>do</strong> sistema, cujas <strong>de</strong>cisões terão efeitovinculante.Art. 112. A lei criará varas <strong>da</strong> Justiça <strong>do</strong> Trabalho, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, nas comarcas nãoabrangi<strong>da</strong>s por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes <strong>de</strong> direito, com recurso para o respectivoTribunal Regional <strong>do</strong> T rabalho. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantiase condições <strong>de</strong> exercício <strong>do</strong>s órgãos <strong>da</strong> Justiça <strong>do</strong> Trabalho.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 24, <strong>de</strong> 1999)Art. 114. Compete à Justiça <strong>do</strong> Trabalho processar e julgar: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)I as ações oriun<strong>da</strong>s <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> trabalho, abrangi<strong>do</strong>s os entes <strong>de</strong> direito público externoe <strong>da</strong> administração pública direta e indireta <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>sMunicípios; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)II as ações que envolvam exercício <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> greve; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos etrabalha<strong>do</strong>res, e entre sindicatos e emprega<strong>do</strong>res; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45,<strong>de</strong> 2004)IV os man<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> segurança, habeas corpus e habeas <strong>da</strong>ta , quan<strong>do</strong> o ato questiona<strong>do</strong>envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)V os conflitos <strong>de</strong> competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalva<strong>do</strong> odisposto no art. 102, I, o; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)VI as ações <strong>de</strong> in<strong>de</strong>nização por <strong>da</strong>no moral ou patrimonial, <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> relação <strong>de</strong>trabalho; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)VII as ações relativas às penali<strong>da</strong><strong>de</strong>s administrativas impostas aos emprega<strong>do</strong>res pelosórgãos <strong>de</strong> fiscalização <strong>da</strong>s relações <strong>de</strong> trabalho; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong>2004)VIII a execução, <strong>de</strong> ofício, <strong>da</strong>s contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seusacréscimos legais, <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong>s sentenças que proferir; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)IX outras controvérsias <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> trabalho, na forma <strong>da</strong> lei. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)


§ 1º - Frustra<strong>da</strong> a negociação coletiva, as partes po<strong>de</strong>rão eleger árbitros.§ 2º Recusan<strong>do</strong>-se qualquer <strong>da</strong>s partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é faculta<strong>do</strong>às mesmas, <strong>de</strong> comum acor<strong>do</strong>, ajuizar dissídio coletivo <strong>de</strong> natureza econômica, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aJustiça <strong>do</strong> T rabalho <strong>de</strong>cidir o conflito, respeita<strong>da</strong>s as disposições mínimas legais <strong>de</strong> proteçãoao trabalho, bem como as convenciona<strong>da</strong>s anteriormente. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 3º Em caso <strong>de</strong> greve em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> essencial, com possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lesão <strong>do</strong> interessepúblico, o Ministério Público <strong>do</strong> Trabalho po<strong>de</strong>rá ajuizar dissídio coletivo, competin<strong>do</strong> à Justiça<strong>do</strong> Trabalho <strong>de</strong>cidir o conflito. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 115. Os Tribunais Regionais <strong>do</strong> Trabalho compõem-se <strong>de</strong>, no mínimo, sete juízes,recruta<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> possível, na respectiva região, e nomea<strong>do</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República<strong>de</strong>ntre brasileiros com mais <strong>de</strong> trinta e menos <strong>de</strong> sessenta e cinco anos, sen<strong>do</strong>: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)I um quinto <strong>de</strong>ntre advoga<strong>do</strong>s com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> efetiva ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional emembros <strong>do</strong> Ministério Público <strong>do</strong> Trabalho com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> efetivo exercício,observa<strong>do</strong> o disposto no art. 94;II os <strong>de</strong>mais, mediante promoção <strong>de</strong> juízes <strong>do</strong> trabalho por antigüi<strong>da</strong><strong>de</strong> e merecimento,alterna<strong>da</strong>mente.§ 1º Os Tribunais Regionais <strong>do</strong> Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização<strong>de</strong> audiências e <strong>de</strong>mais funções <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> jurisdicional, nos limites territoriais <strong>da</strong> respectivajurisdição, servin<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> equipamentos públicos e comunitários.§ 2º Os Tribunais Regionais <strong>do</strong> Trabalho po<strong>de</strong>rão funcionar <strong>de</strong>scentraliza<strong>da</strong>mente,constituin<strong>do</strong> Câmaras regionais, a fim <strong>de</strong> assegurar o pleno acesso <strong>do</strong> jurisdiciona<strong>do</strong> à justiçaem to<strong>da</strong>s as fases <strong>do</strong> processo.Art. 116. Nas Varas <strong>do</strong> Trabalho, a jurisdição será exerci<strong>da</strong> por um juiz singular.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 24, <strong>de</strong> 1999)Parágrafo único. (Revoga<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 24, <strong>de</strong> 1999)Art. 117. e Parágrafo único. (Revoga<strong>do</strong>s pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 24, <strong>de</strong> 1999)SeçãoDOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAISVIArt. 118. São órgãos <strong>da</strong> Justiça Eleitoral:I - o Tribunal Superior Eleitoral;II - os Tribunais Regionais Eleitorais;III - os Juízes Eleitorais;IV - as Juntas Eleitorais.Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, <strong>de</strong> sete membros,escolhi<strong>do</strong>s:I - mediante eleição, pelo voto secreto:


a) três juízes <strong>de</strong>ntre os Ministros <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral;b) <strong>do</strong>is juízes <strong>de</strong>ntre os Ministros <strong>do</strong> Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça;II - por nomeação <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, <strong>do</strong>is juízes <strong>de</strong>ntre seis advoga<strong>do</strong>s <strong>de</strong>notável saber jurídico e i<strong>do</strong>nei<strong>da</strong><strong>de</strong> moral, indica<strong>do</strong>s pelo Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral.Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presi<strong>de</strong>nte e o Vice-Presi<strong>de</strong>nte<strong>de</strong>ntre os Ministros <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, e o Correge<strong>do</strong>r Eleitoral <strong>de</strong>ntre os Ministros<strong>do</strong> Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça.Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> Esta<strong>do</strong> e no DistritoFe<strong>de</strong>ral.§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:I - mediante eleição, pelo voto secreto:a) <strong>de</strong> <strong>do</strong>is juízes <strong>de</strong>ntre os <strong>de</strong>sembarga<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Justiça;b) <strong>de</strong> <strong>do</strong>is juízes, <strong>de</strong>ntre juízes <strong>de</strong> direito, escolhi<strong>do</strong>s pelo Tribunal <strong>de</strong> Justiça;II - <strong>de</strong> um juiz <strong>do</strong> Tribunal Regional Fe<strong>de</strong>ral com se<strong>de</strong> na Capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> ou no DistritoFe<strong>de</strong>ral, ou, não haven<strong>do</strong>, <strong>de</strong> juiz fe<strong>de</strong>ral, escolhi<strong>do</strong>, em qualquer caso, pelo Tribunal RegionalFe<strong>de</strong>ral respectivo;III - por nomeação, pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, <strong>de</strong> <strong>do</strong>is juízes <strong>de</strong>ntre seis advoga<strong>do</strong>s <strong>de</strong>notável saber jurídico e i<strong>do</strong>nei<strong>da</strong><strong>de</strong> moral, indica<strong>do</strong>s pelo Tribunal <strong>de</strong> Justiça.§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presi<strong>de</strong>nte e o Vice-Presi<strong>de</strong>nte- <strong>de</strong>ntre os<strong>de</strong>sembarga<strong>do</strong>res.Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência <strong>do</strong>s tribunais, <strong>do</strong>sjuízes <strong>de</strong> direito e <strong>da</strong>s juntas eleitorais.§ 1º - Os membros <strong>do</strong>s tribunais, os juízes <strong>de</strong> direito e os integrantes <strong>da</strong>s juntas eleitorais,no exercício <strong>de</strong> suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão <strong>de</strong> plenas garantias e serãoinamovíveis.§ 2º - Os juízes <strong>do</strong>s tribunais eleitorais, salvo motivo justifica<strong>do</strong>, servirão por <strong>do</strong>is anos, nomínimo, e nunca por mais <strong>de</strong> <strong>do</strong>is biênios consecutivos, sen<strong>do</strong> os substitutos escolhi<strong>do</strong>s namesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para ca<strong>da</strong> categoria.§ 3º - São irrecorríveis as <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong> Tribunal Superior Eleitoral, salvo as quecontrariarem esta Constituição e as <strong>de</strong>negatórias <strong>de</strong> "habeas-corpus" ou man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong>segurança.§ 4º - Das <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong>s Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quan<strong>do</strong>:I - forem proferi<strong>da</strong>s contra disposição expressa <strong>de</strong>sta Constituição ou <strong>de</strong> lei;II - ocorrer divergência na interpretação <strong>de</strong> lei entre <strong>do</strong>is ou mais tribunais eleitorais;III - versarem sobre inelegibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ou expedição <strong>de</strong> diplomas nas eleições fe<strong>de</strong>rais ouestaduais;


IV - anularem diplomas ou <strong>de</strong>cretarem a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> man<strong>da</strong>tos eletivos fe<strong>de</strong>rais ou estaduais;V - <strong>de</strong>negarem "habeas-corpus", man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> segurança, "habeas-<strong>da</strong>ta" ou man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong>injunção.SeçãoDOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARESVIIArt. 122. São órgãos <strong>da</strong> Justiça Militar:I - o Superior Tribunal Militar;II - os Tribunais e Juízes Militares instituí<strong>do</strong>s por lei.Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á <strong>de</strong> quinze Ministros vitalícios, nomea<strong>do</strong>spelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprova<strong>da</strong> a indicação pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, sen<strong>do</strong>três <strong>de</strong>ntre oficiais-generais <strong>da</strong> Marinha, quatro <strong>de</strong>ntre oficiais-generais <strong>do</strong> Exército, três <strong>de</strong>ntreoficiais-generais <strong>da</strong> Aeronáutica, to<strong>do</strong>s <strong>da</strong> ativa e <strong>do</strong> posto mais eleva<strong>do</strong> <strong>da</strong> carreira, e cinco<strong>de</strong>ntre civis.Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhi<strong>do</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República <strong>de</strong>ntrebrasileiros maiores <strong>de</strong> trinta e cinco anos, sen<strong>do</strong>:I - três <strong>de</strong>ntre advoga<strong>do</strong>s <strong>de</strong> notório saber jurídico e conduta iliba<strong>da</strong>, com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>zanos <strong>de</strong> efetiva ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional;II - <strong>do</strong>is, por escolha paritária, <strong>de</strong>ntre juízes auditores e membros <strong>do</strong> Ministério Público <strong>da</strong>Justiça Militar.Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em lei.Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência <strong>da</strong>Justiça Militar.SeçãoDOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOSVIIIArt. 125. Os Esta<strong>do</strong>s organizarão sua Justiça, observa<strong>do</strong>s os princípios estabeleci<strong>do</strong>snesta Constituição.§ 1º - A competência <strong>do</strong>s tribunais será <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> na Constituição <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> a lei <strong>de</strong>organização judiciária <strong>de</strong> iniciativa <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Justiça.§ 2º - Cabe aos Esta<strong>do</strong>s a instituição <strong>de</strong> representação <strong>de</strong> inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leis ouatos normativos estaduais ou municipais em face <strong>da</strong> Constituição Estadual, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a atribuição<strong>da</strong> legitimação para agir a um único órgão.§ 3º A lei estadual po<strong>de</strong>rá criar, mediante proposta <strong>do</strong> T ribunal <strong>de</strong> Justiça, a Justiça Militarestadual, constituí<strong>da</strong>, em primeiro grau, pelos juízes <strong>de</strong> direito e pelos Conselhos <strong>de</strong> Justiça e,em segun<strong>do</strong> grau, pelo próprio Tribunal <strong>de</strong> Justiça, ou por Tribunal <strong>de</strong> Justiça Militar nosEsta<strong>do</strong>s em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, noscrimes militares <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,ressalva<strong>da</strong> a competência <strong>do</strong> júri quan<strong>do</strong> a vítima for civil, caben<strong>do</strong> ao tribunal competente


<strong>de</strong>cidir sobre a per<strong>da</strong> <strong>do</strong> posto e <strong>da</strong> patente <strong>do</strong>s oficiais e <strong>da</strong> graduação <strong>da</strong>s praças. (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 5º Compete aos juízes <strong>de</strong> direito <strong>do</strong> juízo militar processar e julgar, singularmente, oscrimes militares cometi<strong>do</strong>s contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,caben<strong>do</strong> ao Conselho <strong>de</strong> Justiça, sob a presidência <strong>de</strong> juiz <strong>de</strong> direito, processar e julgar os<strong>de</strong>mais crimes militares. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 6º O Tribunal <strong>de</strong> Justiça po<strong>de</strong>rá funcionar <strong>de</strong>scentraliza<strong>da</strong>mente, constituin<strong>do</strong> Câmarasregionais, a fim <strong>de</strong> assegurar o pleno acesso <strong>do</strong> jurisdiciona<strong>do</strong> à justiça em to<strong>da</strong>s as fases <strong>do</strong>processo. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 7º O Tribunal <strong>de</strong> Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização <strong>de</strong> audiências e<strong>de</strong>mais funções <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> jurisdicional, nos limites territoriais <strong>da</strong> respectiva jurisdição,servin<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> equipamentos públicos e comunitários. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº45, <strong>de</strong> 2004)Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal <strong>de</strong> Justiça proporá a criação <strong>de</strong> varasespecializa<strong>da</strong>s, com competência exclusiva para questões agrárias. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-ápresente no local <strong>do</strong> litígio.CAPÍTULOIVDAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇASeçãoIDO MINISTÉRIO PÚBLICOArt. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong>, incumbin<strong>do</strong>-lhe a <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m jurídica, <strong>do</strong> regime <strong>de</strong>mocrático e <strong>do</strong>s interessessociais e individuais indisponíveis.§ 1º - São princípios institucionais <strong>do</strong> Ministério Público a uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, a indivisibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e ain<strong>de</strong>pendência funcional.§ 2º Ao Ministério Público é assegura<strong>da</strong> autonomia funcional e administrativa, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>,observa<strong>do</strong> o disposto no art. 169, propor ao Po<strong>de</strong>r Legislativo a criação e extinção <strong>de</strong> seuscargos e serviços auxiliares, proven<strong>do</strong>-os por concurso público <strong>de</strong> provas ou <strong>de</strong> provas etítulos, a política remuneratória e os planos <strong>de</strong> carreira; a lei disporá sobre sua organização efuncionamento. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s limitesestabeleci<strong>do</strong>s na lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias.§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>prazo estabeleci<strong>do</strong> na lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias, o Po<strong>de</strong>r Executivo consi<strong>de</strong>rará, para fins<strong>de</strong> consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> proposta orçamentária anual, os valores aprova<strong>do</strong>s na lei orçamentáriavigente, ajusta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os limites estipula<strong>do</strong>s na forma <strong>do</strong> § 3º. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 5º Se a proposta orçamentária <strong>de</strong> que trata este artigo for encaminha<strong>da</strong> em <strong>de</strong>sacor<strong>do</strong>com os limites estipula<strong>do</strong>s na forma <strong>do</strong> § 3º, o Po<strong>de</strong>r Executivo proce<strong>de</strong>rá aos ajustesnecessários para fins <strong>de</strong> consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> proposta orçamentária anual. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)


§ 6º Durante a execução orçamentária <strong>do</strong> exercício, não po<strong>de</strong>rá haver a realização <strong>de</strong><strong>de</strong>spesas ou a assunção <strong>de</strong> obrigações que extrapolem os limites estabeleci<strong>do</strong>s na lei <strong>de</strong>diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autoriza<strong>da</strong>s, mediante a abertura <strong>de</strong> créditossuplementares ou especiais. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 128. O Ministério Público abrange:I - o Ministério Público <strong>da</strong> União, que compreen<strong>de</strong>:a) o Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral;b) o Ministério Público <strong>do</strong> Trabalho;c) o Ministério Público Militar;d) o Ministério Público <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios;II - os Ministérios Públicos <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s.§ 1º - O Ministério Público <strong>da</strong> União tem por chefe o Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong> República,nomea<strong>do</strong> pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República <strong>de</strong>ntre integrantes <strong>da</strong> carreira, maiores <strong>de</strong> trinta e cincoanos, após a aprovação <strong>de</strong> seu nome pela maioria absoluta <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral,para man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos, permiti<strong>da</strong> a recondução.§ 2º - A <strong>de</strong>stituição <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong> República, por iniciativa <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>República, <strong>de</strong>verá ser precedi<strong>da</strong> <strong>de</strong> autorização <strong>da</strong> maioria absoluta <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral.§ 3º - Os Ministérios Públicos <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e o <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios formarãolista tríplice <strong>de</strong>ntre integrantes <strong>da</strong> carreira, na forma <strong>da</strong> lei respectiva, para escolha <strong>de</strong> seuProcura<strong>do</strong>r-Geral, que será nomea<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, para man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> <strong>do</strong>isanos, permiti<strong>da</strong> uma recondução.§ 4º - Os Procura<strong>do</strong>res-Gerais nos Esta<strong>do</strong>s e no Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios po<strong>de</strong>rão ser<strong>de</strong>stituí<strong>do</strong>s por <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> maioria absoluta <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Legislativo, na forma <strong>da</strong> leicomplementar respectiva.§ 5º - Leis complementares <strong>da</strong> União e <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, cuja iniciativa é faculta<strong>da</strong> aosrespectivos Procura<strong>do</strong>res-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto <strong>de</strong>ca<strong>da</strong> Ministério Público, observa<strong>da</strong>s, relativamente a seus membros:I - as seguintes garantias:a) vitalicie<strong>da</strong><strong>de</strong>, após <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> exercício, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> per<strong>de</strong>r o cargo senão porsentença judicial transita<strong>da</strong> em julga<strong>do</strong>;b) inamovibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, salvo por motivo <strong>de</strong> interesse público, mediante <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> órgãocolegia<strong>do</strong> competente <strong>do</strong> Ministério Público, pelo voto <strong>da</strong> maioria absoluta <strong>de</strong> seus membros,assegura<strong>da</strong> ampla <strong>de</strong>fesa; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)c) irredutibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> subsídio, fixa<strong>do</strong> na forma <strong>do</strong> art. 39, § 4º, e ressalva<strong>do</strong> o dispostonos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº19, <strong>de</strong> 1998)II - as seguintes ve<strong>da</strong>ções:


a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custasprocessuais;b) exercer a advocacia;c) participar <strong>de</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> comercial, na forma <strong>da</strong> lei;d) exercer, ain<strong>da</strong> que em disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, qualquer outra função pública, salvo uma <strong>de</strong>magistério;e) exercer ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> político-partidária; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45,<strong>de</strong> 2004)f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições <strong>de</strong> pessoas físicas,enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas ou priva<strong>da</strong>s, ressalva<strong>da</strong>s as exceções previstas em lei. (Incluí<strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 6º Aplica-se aos membros <strong>do</strong> Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único,V. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 129. São funções institucionais <strong>do</strong> Ministério Público:I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma <strong>da</strong> lei;II - zelar pelo efetivo respeito <strong>do</strong>s Po<strong>de</strong>res Públicos e <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> relevância públicaaos direitos assegura<strong>do</strong>s nesta Constituição, promoven<strong>do</strong> as medi<strong>da</strong>s necessárias a suagarantia;III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção <strong>do</strong> patrimônio públicoe social, <strong>do</strong> meio ambiente e <strong>de</strong> outros interesses difusos e coletivos;IV - promover a ação <strong>de</strong> inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou representação para fins <strong>de</strong> intervenção<strong>da</strong> União e <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, nos casos previstos nesta Constituição;V - <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r judicialmente os direitos e interesses <strong>da</strong>s populações indígenas;VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos <strong>de</strong> sua competência,requisitan<strong>do</strong> informações e <strong>do</strong>cumentos para instruí-los, na forma <strong>da</strong> lei complementarrespectiva;VII - exercer o controle externo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> policial, na forma <strong>da</strong> lei complementarmenciona<strong>da</strong> no artigo anterior;VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração <strong>de</strong> inquérito policial, indica<strong>do</strong>s osfun<strong>da</strong>mentos jurídicos <strong>de</strong> suas manifestações processuais;IX - exercer outras funções que lhe forem conferi<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que compatíveis com suafinali<strong>da</strong><strong>de</strong>, sen<strong>do</strong>-lhe ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a representação judicial e a consultoria jurídica <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>spúblicas.§ 1º - A legitimação <strong>do</strong> Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo nãoimpe<strong>de</strong> a <strong>de</strong> terceiros, nas mesmas hipóteses, segun<strong>do</strong> o disposto nesta Constituição e na lei.§ 2º As funções <strong>do</strong> Ministério Público só po<strong>de</strong>m ser exerci<strong>da</strong>s por integrantes <strong>da</strong> carreira,que <strong>de</strong>verão residir na comarca <strong>da</strong> respectiva lotação, salvo autorização <strong>do</strong> chefe <strong>da</strong>instituição. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)


§ 3º O ingresso na carreira <strong>do</strong> Ministério Público far-se-á mediante concurso público <strong>de</strong>provas e títulos, assegura<strong>da</strong> a participação <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> em suarealização, exigin<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> bacharel em direito, no mínimo, três anos <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> jurídica eobservan<strong>do</strong>-se, nas nomeações, a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> classificação. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)§ 5º A distribuição <strong>de</strong> processos no Ministério Público será imediata. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 130. Aos membros <strong>do</strong> Ministério Público junto aos Tribunais <strong>de</strong> Contas aplicam-se asdisposições <strong>de</strong>sta seção pertinentes a direitos, ve<strong>da</strong>ções e forma <strong>de</strong> investidura.Art. 130-A. O Conselho Nacional <strong>do</strong> Ministério Público compõe-se <strong>de</strong> quatorze membrosnomea<strong>do</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprova<strong>da</strong> a escolha pela maioria absoluta<strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, para um man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos, admiti<strong>da</strong> uma recondução, sen<strong>do</strong>:(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)I o Procura<strong>do</strong>r-Geral <strong>da</strong> República, que o presi<strong>de</strong>;II quatro membros <strong>do</strong> Ministério Público <strong>da</strong> União, assegura<strong>da</strong> a representação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>uma <strong>de</strong> suas carreiras;III três membros <strong>do</strong> Ministério Público <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s;IV <strong>do</strong>is juízes, indica<strong>do</strong>s um pelo Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral e outro pelo Superior Tribunal<strong>de</strong> Justiça;V <strong>do</strong>is advoga<strong>do</strong>s, indica<strong>do</strong>s pelo Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>;VI <strong>do</strong>is ci<strong>da</strong>dãos <strong>de</strong> notável saber jurídico e reputação iliba<strong>da</strong>, indica<strong>do</strong>s um pela Câmara<strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e outro pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral.§ 1º Os membros <strong>do</strong> Conselho oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público serão indica<strong>do</strong>s pelosrespectivos Ministérios Públicos, na forma <strong>da</strong> lei.§ 2º Compete ao Conselho Nacional <strong>do</strong> Ministério Público o controle <strong>da</strong> atuaçãoadministrativa e financeira <strong>do</strong> Ministério Público e <strong>do</strong> cumprimento <strong>do</strong>s <strong>de</strong>veres funcionais <strong>de</strong>seus membros, caben<strong>do</strong>lhe:I zelar pela autonomia funcional e administrativa <strong>do</strong> Ministério Público, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> expediratos regulamentares, no âmbito <strong>de</strong> sua competência, ou recomen<strong>da</strong>r providências;II zelar pela observância <strong>do</strong> art. 37 e apreciar, <strong>de</strong> ofício ou mediante provocação, alegali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s atos administrativos pratica<strong>do</strong>s por membros ou órgãos <strong>do</strong> Ministério Público <strong>da</strong>União e <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong>sconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se a<strong>do</strong>tem asprovidências necessárias ao exato cumprimento <strong>da</strong> lei, sem prejuízo <strong>da</strong> competência <strong>do</strong>sTribunais <strong>de</strong> Contas;III receber e conhecer <strong>da</strong>s reclamações contra membros ou órgãos <strong>do</strong> Ministério Público<strong>da</strong> União ou <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo <strong>da</strong>competência disciplinar e correicional <strong>da</strong> instituição, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> avocar processos disciplinaresem curso, <strong>de</strong>terminar a remoção, a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ou a aposenta<strong>do</strong>ria com subsídios ouproventos proporcionais ao tempo <strong>de</strong> serviço e aplicar outras sanções administrativas,assegura<strong>da</strong> ampla <strong>de</strong>fesa;


IV rever, <strong>de</strong> ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares <strong>de</strong> membros <strong>do</strong>Ministério Público <strong>da</strong> União ou <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s julga<strong>do</strong>s há menos <strong>de</strong> um ano;V elaborar relatório anual, propon<strong>do</strong> as providências que julgar necessárias sobre asituação <strong>do</strong> Ministério Público no País e as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> Conselho, o qual <strong>de</strong>ve integrar amensagem prevista no art. 84, XI.§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Correge<strong>do</strong>r nacional, <strong>de</strong>ntre osmembros <strong>do</strong> Ministério Público que o integram, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a recondução, competin<strong>do</strong>-lhe, além<strong>da</strong>s atribuições que lhe forem conferi<strong>da</strong>s pela lei, as seguintes:I receber reclamações e <strong>de</strong>núncias, <strong>de</strong> qualquer interessa<strong>do</strong>, relativas aos membros <strong>do</strong>Ministério Público e <strong>do</strong>s seus serviços auxiliares;II exercer funções executivas <strong>do</strong> Conselho, <strong>de</strong> inspeção e correição geral;III requisitar e <strong>de</strong>signar membros <strong>do</strong> Ministério Público, <strong>de</strong>legan<strong>do</strong>-lhes atribuições, erequisitar servi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> órgãos <strong>do</strong> Ministério Público.§ 4º O Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> oficiará juntoao Conselho.§ 5º Leis <strong>da</strong> União e <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s criarão ouvi<strong>do</strong>rias <strong>do</strong> Ministério Público, competentespara receber reclamações e <strong>de</strong>núncias <strong>de</strong> qualquer interessa<strong>do</strong> contra membros ou órgãos <strong>do</strong>Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representan<strong>do</strong> diretamente aoConselho Nacional <strong>do</strong> Ministério Público.SeçãoIIDA ADVOCACIA PÚBLICA(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)Art. 131. A Advocacia-Geral <strong>da</strong> União é a instituição que, diretamente ou através <strong>de</strong> órgãovincula<strong>do</strong>, representa a União, judicial e extrajudicialmente, caben<strong>do</strong>-lhe, nos termos <strong>da</strong> leicomplementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>consultoria e assessoramento jurídico <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo.§ 1º - A Advocacia-Geral <strong>da</strong> União tem por chefe o Advoga<strong>do</strong>-Geral <strong>da</strong> União, <strong>de</strong> livrenomeação pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República <strong>de</strong>ntre ci<strong>da</strong>dãos maiores <strong>de</strong> trinta e cinco anos, <strong>de</strong>notável saber jurídico e reputação iliba<strong>da</strong>.§ 2º - O ingresso nas classes iniciais <strong>da</strong>s carreiras <strong>da</strong> instituição <strong>de</strong> que trata este artigofar-se-á mediante concurso público <strong>de</strong> provas e títulos.§ 3º - Na execução <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> ativa <strong>de</strong> natureza tributária, a representação <strong>da</strong> União cabe àProcura<strong>do</strong>ria-Geral <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> Nacional, observa<strong>do</strong> o disposto em lei.Art. 132. Os Procura<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, organiza<strong>do</strong>s em carreira, naqual o ingresso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> concurso público <strong>de</strong> provas e títulos, com a participação <strong>da</strong>Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> em to<strong>da</strong>s as suas fases, exercerão a representação judicial ea consultoria jurídica <strong>da</strong>s respectivas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)Parágrafo único. Aos procura<strong>do</strong>res referi<strong>do</strong>s neste artigo é assegura<strong>da</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> apóstrês anos <strong>de</strong> efetivo exercício, mediante avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho perante os órgãos próprios,após relatório circunstancia<strong>do</strong> <strong>da</strong>s correge<strong>do</strong>rias. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 19, <strong>de</strong> 1998)


SeçãoDA ADVOCACIA E DA DEFENSORIA PÚBLICAIIIArt. 133. O advoga<strong>do</strong> é indispensável à administração <strong>da</strong> justiça, sen<strong>do</strong> inviolável por seusatos e manifestações no exercício <strong>da</strong> profissão, nos limites <strong>da</strong> lei.Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,incumbin<strong>do</strong>-lhe a orientação jurídica e a <strong>de</strong>fesa, em to<strong>do</strong>s os graus, <strong>do</strong>s necessita<strong>do</strong>s, naforma <strong>do</strong> art. 5º, LXXIV.)§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública <strong>da</strong> União e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<strong>do</strong>s Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Esta<strong>do</strong>s, em cargos <strong>de</strong>carreira, provi<strong>do</strong>s, na classe inicial, mediante concurso público <strong>de</strong> provas e títulos, assegura<strong>da</strong>a seus integrantes a garantia <strong>da</strong> inamovibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e ve<strong>da</strong><strong>do</strong> o exercício <strong>da</strong> advocacia fora <strong>da</strong>satribuições institucionais. (Renumera<strong>do</strong> <strong>do</strong> parágrafo único pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45,<strong>de</strong> 2004)§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são assegura<strong>da</strong>s autonomia funcional eadministrativa e a iniciativa <strong>de</strong> sua proposta orçamentária <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s limites estabeleci<strong>do</strong>s nalei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 135. Os servi<strong>do</strong>res integrantes <strong>da</strong>s carreiras disciplina<strong>da</strong>s nas Seções II e III <strong>de</strong>steCapítulo serão remunera<strong>do</strong>s na forma <strong>do</strong> art. 39, § 4º. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)TÍTULOVDa Defesa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e Das Instituições DemocráticasCAPÍTULOIDO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIOSeçãoIDO ESTADO DE DEFESAArt. 136. O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República po<strong>de</strong>, ouvi<strong>do</strong>s o Conselho <strong>da</strong> República e o Conselho<strong>de</strong> Defesa Nacional, <strong>de</strong>cretar esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa para preservar ou prontamente restabelecer,em locais restritos e <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s, a or<strong>de</strong>m pública ou a paz social ameaça<strong>da</strong>s por grave eiminente instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> institucional ou atingi<strong>da</strong>s por calami<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s proporções nanatureza.§ 1º - O <strong>de</strong>creto que instituir o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>terminará o tempo <strong>de</strong> sua duração,especificará as áreas a serem abrangi<strong>da</strong>s e indicará, nos termos e limites <strong>da</strong> lei, as medi<strong>da</strong>scoercitivas a vigorarem, <strong>de</strong>ntre as seguintes:I - restrições aos direitos <strong>de</strong>:a) reunião, ain<strong>da</strong> que exerci<strong>da</strong> no seio <strong>da</strong>s associações;b) sigilo <strong>de</strong> correspondência;c) sigilo <strong>de</strong> comunicação telegráfica e telefônica;II - ocupação e uso temporário <strong>de</strong> bens e serviços públicos, na hipótese <strong>de</strong> calami<strong>da</strong><strong>de</strong>pública, respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a União pelos <strong>da</strong>nos e custos <strong>de</strong>correntes.§ 2º - O tempo <strong>de</strong> duração <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa não será superior a trinta dias, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>ser prorroga<strong>do</strong> uma vez, por igual perío<strong>do</strong>, se persistirem as razões que justificaram a sua<strong>de</strong>cretação.


§ 3º - Na vigência <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa:I - a prisão por crime contra o Esta<strong>do</strong>, <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> pelo executor <strong>da</strong> medi<strong>da</strong>, será por estecomunica<strong>da</strong> imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, faculta<strong>do</strong> aopreso requerer exame <strong>de</strong> corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>lito à autori<strong>da</strong><strong>de</strong> policial;II - a comunicação será acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração, pela autori<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> físico emental <strong>do</strong> <strong>de</strong>ti<strong>do</strong> no momento <strong>de</strong> sua autuação;III - a prisão ou <strong>de</strong>tenção <strong>de</strong> qualquer pessoa não po<strong>de</strong>rá ser superior a <strong>de</strong>z dias, salvoquan<strong>do</strong> autoriza<strong>da</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Judiciário;IV - é ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a incomunicabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> preso.§ 4º - Decreta<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa ou sua prorrogação, o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República,<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao CongressoNacional, que <strong>de</strong>cidirá por maioria absoluta.§ 5º - Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convoca<strong>do</strong>, extraordinariamente,no prazo <strong>de</strong> cinco dias.§ 6º - O Congresso Nacional apreciará o <strong>de</strong>creto <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>z dias conta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> seurecebimento, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> continuar funcionan<strong>do</strong> enquanto vigorar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa.§ 7º - Rejeita<strong>do</strong> o <strong>de</strong>creto, cessa imediatamente o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa.SeçãoDO ESTADO DE SÍTIOIIArt. 137. O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República po<strong>de</strong>, ouvi<strong>do</strong>s o Conselho <strong>da</strong> República e o Conselho<strong>de</strong> Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para <strong>de</strong>cretar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>sítio nos casos <strong>de</strong>:I - comoção grave <strong>de</strong> repercussão nacional ou ocorrência <strong>de</strong> fatos que comprovem aineficácia <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> toma<strong>da</strong> durante o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa;II - <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> guerra ou resposta a agressão arma<strong>da</strong> estrangeira.Parágrafo único. O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, ao solicitar autorização para <strong>de</strong>cretar oesta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos <strong>de</strong>terminantes <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> oCongresso Nacional <strong>de</strong>cidir por maioria absoluta.Art. 138. O <strong>de</strong>creto <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio indicará sua duração, as normas necessárias a suaexecução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> publica<strong>do</strong>, oPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República <strong>de</strong>signará o executor <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s específicas e as áreas abrangi<strong>da</strong>s.§ 1º - O esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio, no caso <strong>do</strong> art. 137, I, não po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong>creta<strong>do</strong> por mais <strong>de</strong> trintadias, nem prorroga<strong>do</strong>, <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> vez, por prazo superior; no <strong>do</strong> inciso II, po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong>creta<strong>do</strong>por to<strong>do</strong> o tempo que perdurar a guerra ou a agressão arma<strong>da</strong> estrangeira.§ 2º - Solicita<strong>da</strong> autorização para <strong>de</strong>cretar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio durante o recesso parlamentar,o Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> imediato, convocará extraordinariamente o CongressoNacional para se reunir <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cinco dias, a fim <strong>de</strong> apreciar o ato.§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>scoercitivas.


Art. 139. Na vigência <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio <strong>de</strong>creta<strong>do</strong> com fun<strong>da</strong>mento no art. 137, I, sópo<strong>de</strong>rão ser toma<strong>da</strong>s contra as pessoas as seguintes medi<strong>da</strong>s:I - obrigação <strong>de</strong> permanência em locali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>;II - <strong>de</strong>tenção em edifício não <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a acusa<strong>do</strong>s ou con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s por crimes comuns;III - restrições relativas à inviolabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> correspondência, ao sigilo <strong>da</strong>s comunicações, àprestação <strong>de</strong> informações e à liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa, radiodifusão e televisão, na forma <strong>da</strong> lei;IV - suspensão <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reunião;V - busca e apreensão em <strong>do</strong>micílio;VI - intervenção nas empresas <strong>de</strong> serviços públicos;VII - requisição <strong>de</strong> bens.Parágrafo único. Não se inclui nas restrições <strong>do</strong> inciso III a difusão <strong>de</strong> pronunciamentos <strong>de</strong>parlamentares efetua<strong>do</strong>s em suas Casas Legislativas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que libera<strong>da</strong> pela respectivaMesa.SeçãoDISPOSIÇÕES GERAISIIIArt. 140. A Mesa <strong>do</strong> Congresso Nacional, ouvi<strong>do</strong>s os lí<strong>de</strong>res partidários, <strong>de</strong>signaráComissão composta <strong>de</strong> cinco <strong>de</strong> seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução <strong>da</strong>smedi<strong>da</strong>s referentes ao esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e ao esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio.Art. 141. Cessa<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa ou o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio, cessarão também seus efeitos,sem prejuízo <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pelos ilícitos cometi<strong>do</strong>s por seus executores ou agentes.Parágrafo único. Logo que cesse o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa ou o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> sítio, as medi<strong>da</strong>saplica<strong>da</strong>s em sua vigência serão relata<strong>da</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, em mensagem aoCongresso Nacional, com especificação e justificação <strong>da</strong>s providências a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s, com relaçãonominal <strong>do</strong>s atingi<strong>do</strong>s e indicação <strong>da</strong>s restrições aplica<strong>da</strong>s.CAPÍTULODAS FORÇAS ARMADASIIArt. 142. As Forças Arma<strong>da</strong>s, constituí<strong>da</strong>s pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica,são instituições nacionais permanentes e regulares, organiza<strong>da</strong>s com base na hierarquia e nadisciplina, sob a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> suprema <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, e <strong>de</strong>stinam-se à <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong>Pátria, à garantia <strong>do</strong>s po<strong>de</strong>res constitucionais e, por iniciativa <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>stes, <strong>da</strong> lei e <strong>da</strong>or<strong>de</strong>m.§ 1º - Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s na organização,no preparo e no emprego <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s.§ 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares militares.§ 3º Os membros <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s são <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s militares, aplican<strong>do</strong>-se-lhes,além <strong>da</strong>s que vierem a ser fixa<strong>da</strong>s em lei, as seguintes disposições: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)


I - as patentes, com prerrogativas, direitos e <strong>de</strong>veres a elas inerentes, são conferi<strong>da</strong>s peloPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República e assegura<strong>da</strong>s em plenitu<strong>de</strong> aos oficiais <strong>da</strong> ativa, <strong>da</strong> reserva oureforma<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong>-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os <strong>de</strong>maismembros, o uso <strong>do</strong>s uniformes <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº18, <strong>de</strong> 1998)II - o militar em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanenteserá transferi<strong>do</strong> para a reserva, nos termos <strong>da</strong> lei; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 18,<strong>de</strong> 1998)III - O militar <strong>da</strong> ativa que, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou funçãopública civil temporária, não eletiva, ain<strong>da</strong> que <strong>da</strong> administração indireta, ficará agrega<strong>do</strong> aorespectivo quadro e somente po<strong>de</strong>rá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovi<strong>do</strong> porantigüi<strong>da</strong><strong>de</strong>, contan<strong>do</strong>-se-lhe o tempo <strong>de</strong> serviço apenas para aquela promoção e transferênciapara a reserva, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos <strong>de</strong> afastamento, contínuos ou não, transferi<strong>do</strong> paraa reserva, nos termos <strong>da</strong> lei; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)IV - ao militar são proibi<strong>da</strong>s a sindicalização e a greve; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)V - o militar, enquanto em serviço ativo, não po<strong>de</strong> estar filia<strong>do</strong> a parti<strong>do</strong>s políticos;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)VI - o oficial só per<strong>de</strong>rá o posto e a patente se for julga<strong>do</strong> indigno <strong>do</strong> oficialato ou com eleincompatível, por <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> tribunal militar <strong>de</strong> caráter permanente, em tempo <strong>de</strong> paz, ou <strong>de</strong>tribunal especial, em tempo <strong>de</strong> guerra; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)VII - o oficial con<strong>de</strong>na<strong>do</strong> na justiça comum ou militar a pena privativa <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> superiora <strong>do</strong>is anos, por sentença transita<strong>da</strong> em julga<strong>do</strong>, será submeti<strong>do</strong> ao julgamento previsto noinciso anterior; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV eno art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)IX - (Revoga<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 41, <strong>de</strong> 19.12.2003)X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Arma<strong>da</strong>s, os limites <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>e outras condições <strong>de</strong> transferência <strong>do</strong> militar para a inativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, os direitos, os <strong>de</strong>veres, aremuneração, as prerrogativas e outras situações especiais <strong>do</strong>s militares, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s aspeculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, inclusive aquelas cumpri<strong>da</strong>s por força <strong>de</strong> compromissosinternacionais e <strong>de</strong> guerra. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 18, <strong>de</strong> 1998)Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos <strong>da</strong> lei.§ 1º - às Forças Arma<strong>da</strong>s compete, na forma <strong>da</strong> lei, atribuir serviço alternativo aos que, emtempo <strong>de</strong> paz, após alista<strong>do</strong>s, alegarem imperativo <strong>de</strong> consciência, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se como tal o<strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> crença religiosa e <strong>de</strong> convicção filosófica ou política, para se eximirem <strong>de</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> caráter essencialmente militar.§ 2º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos <strong>do</strong> serviço militar obrigatório em tempo<strong>de</strong> paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.CAPÍTULODA SEGURANÇA PÚBLICAIII


Art. 144. A segurança pública, <strong>de</strong>ver <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, direito e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, éexerci<strong>da</strong> para a preservação <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m pública e <strong>da</strong> incolumi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s pessoas e <strong>do</strong> patrimônio,através <strong>do</strong>s seguintes órgãos:I - polícia fe<strong>de</strong>ral;II - polícia ro<strong>do</strong>viária fe<strong>de</strong>ral;III - polícia ferroviária fe<strong>de</strong>ral;IV - polícias civis;V - polícias militares e corpos <strong>de</strong> bombeiros militares.§ 1º A polícia fe<strong>de</strong>ral, instituí<strong>da</strong> por lei como órgão permanente, organiza<strong>do</strong> e manti<strong>do</strong>pela União e estrutura<strong>do</strong> em carreira, <strong>de</strong>stina-se a:" (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)I - apurar infrações penais contra a or<strong>de</strong>m política e social ou em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> bens,serviços e interesses <strong>da</strong> União ou <strong>de</strong> suas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s autárquicas e empresas públicas, assimcomo outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exijarepressão uniforme, segun<strong>do</strong> se dispuser em lei;II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito <strong>de</strong> entorpecentes e drogas afins, o contraban<strong>do</strong> e o<strong>de</strong>scaminho, sem prejuízo <strong>da</strong> ação fazendária e <strong>de</strong> outros órgãos públicos nas respectivasáreas <strong>de</strong> competência;III - exercer as funções <strong>de</strong> polícia marítima, aeroportuária e <strong>de</strong> fronteiras; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)IV - exercer, com exclusivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, as funções <strong>de</strong> polícia judiciária <strong>da</strong> União.§ 2º A polícia ro<strong>do</strong>viária fe<strong>de</strong>ral, órgão permanente, organiza<strong>do</strong> e manti<strong>do</strong> pela União eestrutura<strong>do</strong> em carreira, <strong>de</strong>stina-se, na forma <strong>da</strong> lei, ao patrulhamento ostensivo <strong>da</strong>s ro<strong>do</strong>viasfe<strong>de</strong>rais. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 3º A polícia ferroviária fe<strong>de</strong>ral, órgão permanente, organiza<strong>do</strong> e manti<strong>do</strong> pela União eestrutura<strong>do</strong> em carreira, <strong>de</strong>stina-se, na forma <strong>da</strong> lei, ao patrulhamento ostensivo <strong>da</strong>s ferroviasfe<strong>de</strong>rais. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 4º - às polícias civis, dirigi<strong>da</strong>s por <strong>de</strong>lega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> polícia <strong>de</strong> carreira, incumbem,ressalva<strong>da</strong> a competência <strong>da</strong> União, as funções <strong>de</strong> polícia judiciária e a apuração <strong>de</strong> infraçõespenais, exceto as militares.§ 5º - às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m pública;aos corpos <strong>de</strong> bombeiros militares, além <strong>da</strong>s atribuições <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s em lei, incumbe a execução<strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa civil.§ 6º - As polícias militares e corpos <strong>de</strong> bombeiros militares, forças auxiliares e reserva <strong>do</strong>Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governa<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Territórios.§ 7º - A lei disciplinará a organização e o funcionamento <strong>do</strong>s órgãos responsáveis pelasegurança pública, <strong>de</strong> maneira a garantir a eficiência <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.


§ 8º - Os Municípios po<strong>de</strong>rão constituir guar<strong>da</strong>s municipais <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s à proteção <strong>de</strong> seusbens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.§ 9º A remuneração <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res policiais integrantes <strong>do</strong>s órgãos relaciona<strong>do</strong>s nesteartigo será fixa<strong>da</strong> na forma <strong>do</strong> § 4º <strong>do</strong> art. 39. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong>1998)TÍTULOVIDa Tributação e <strong>do</strong> OrçamentoCAPÍTULOIDO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONALSeçãoIDOS PRINCÍPIOS GERAISArt. 145. A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios po<strong>de</strong>rão instituir osseguintes tributos:I - impostos;II - taxas, em razão <strong>do</strong> exercício <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,<strong>de</strong> serviços públicos específicos e divisíveis, presta<strong>do</strong>s ao contribuinte ou postos a suadisposição;III - contribuição <strong>de</strong> melhoria, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> obras públicas.§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão gradua<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong>a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica <strong>do</strong> contribuinte, faculta<strong>do</strong> à administração tributária, especialmentepara conferir efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> a esses objetivos, i<strong>de</strong>ntificar, respeita<strong>do</strong>s os direitos individuais e nostermos <strong>da</strong> lei, o patrimônio, os rendimentos e as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas <strong>do</strong> contribuinte.§ 2º - As taxas não po<strong>de</strong>rão ter base <strong>de</strong> cálculo própria <strong>de</strong> impostos.Art. 146. Cabe à lei complementar:I - dispor sobre conflitos <strong>de</strong> competência, em matéria tributária, entre a União, os Esta<strong>do</strong>s,o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios;II - regular as limitações constitucionais ao po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> tributar;III - estabelecer normas gerais em matéria <strong>de</strong> legislação tributária, especialmente sobre:a) <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> tributos e <strong>de</strong> suas espécies, bem como, em relação aos impostosdiscrimina<strong>do</strong>s nesta Constituição, a <strong>do</strong>s respectivos fatos gera<strong>do</strong>res, bases <strong>de</strong> cálculo econtribuintes;b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e <strong>de</strong>cadência tributários;c) a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> tratamento tributário ao ato cooperativo pratica<strong>do</strong> pelas socie<strong>da</strong><strong>de</strong>scooperativas.d) <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> tratamento diferencia<strong>do</strong> e favoreci<strong>do</strong> para as microempresas e para asempresas <strong>de</strong> pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplifica<strong>do</strong>s no caso <strong>do</strong> impostoprevisto no art. 155, II, <strong>da</strong>s contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e <strong>da</strong> contribuiçãoa que se refere o art. 239. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)


Parágrafo único. A lei complementar <strong>de</strong> que trata o inciso III, d, também po<strong>de</strong>rá instituirum regime único <strong>de</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>s impostos e contribuições <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios, observa<strong>do</strong> que: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42,<strong>de</strong> 19.12.2003)I - será opcional para o contribuinte; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong>19.12.2003)II - po<strong>de</strong>rão ser estabeleci<strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> enquadramento diferencia<strong>da</strong>s por Esta<strong>do</strong>;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)III - o recolhimento será unifica<strong>do</strong> e centraliza<strong>do</strong> e a distribuição <strong>da</strong> parcela <strong>de</strong> recursospertencentes aos respectivos entes fe<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s será imediata, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> qualquer retenção oucondicionamento; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)IV - a arreca<strong>da</strong>ção, a fiscalização e a cobrança po<strong>de</strong>rão ser compartilha<strong>da</strong>s pelos entesfe<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s, a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> ca<strong>da</strong>stro nacional único <strong>de</strong> contribuintes. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)Art. 146-A. Lei complementar po<strong>de</strong>rá estabelecer critérios especiais <strong>de</strong> tributação, com oobjetivo <strong>de</strong> prevenir <strong>de</strong>sequilíbrios <strong>da</strong> concorrência, sem prejuízo <strong>da</strong> competência <strong>de</strong> a União,por lei, estabelecer normas <strong>de</strong> igual objetivo. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong>19.12.2003)Art. 147. Competem à União, em Território Fe<strong>de</strong>ral, os impostos estaduais e, se oTerritório não for dividi<strong>do</strong> em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao DistritoFe<strong>de</strong>ral cabem os impostos municipais.Art. 148. A União, mediante lei complementar, po<strong>de</strong>rá instituir empréstimos compulsórios:I - para aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>spesas extraordinárias, <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> calami<strong>da</strong><strong>de</strong> pública, <strong>de</strong> guerraexterna ou sua iminência;II - no caso <strong>de</strong> investimento público <strong>de</strong> caráter urgente e <strong>de</strong> relevante interesse nacional,observa<strong>do</strong> o disposto no art. 150, III, "b".Parágrafo único. A aplicação <strong>do</strong>s recursos provenientes <strong>de</strong> empréstimo compulsório serávincula<strong>da</strong> à <strong>de</strong>spesa que fun<strong>da</strong>mentou sua instituição.Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, <strong>de</strong> intervenção no<strong>do</strong>mínio econômico e <strong>de</strong> interesse <strong>da</strong>s categorias profissionais ou econômicas, comoinstrumento <strong>de</strong> sua atuação nas respectivas áreas, observa<strong>do</strong> o disposto nos arts. 146, III, e150, I e III, e sem prejuízo <strong>do</strong> previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a quealu<strong>de</strong> o dispositivo.§ 1º Os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios instituirão contribuição, cobra<strong>da</strong> <strong>de</strong>seus servi<strong>do</strong>res, para o custeio, em benefício <strong>de</strong>stes, <strong>do</strong> regime previ<strong>de</strong>nciário <strong>de</strong> que trata oart. 40, cuja alíquota não será inferior à <strong>da</strong> contribuição <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res titulares <strong>de</strong> cargosefetivos <strong>da</strong> União. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 41, 19.12.2003)§ 2º As contribuições sociais e <strong>de</strong> intervenção no <strong>do</strong>mínio econômico <strong>de</strong> que trata o caput<strong>de</strong>ste artigo: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)I - não incidirão sobre as receitas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> exportação; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)


II - incidirão também sobre a importação <strong>de</strong> produtos estrangeiros ou serviços; (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)III - po<strong>de</strong>rão ter alíquotas: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)a) ad valorem, ten<strong>do</strong> por base o faturamento, a receita bruta ou o valor <strong>da</strong> operação e, nocaso <strong>de</strong> importação, o valor aduaneiro; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)b) específica, ten<strong>do</strong> por base a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)§ 3º A pessoa natural <strong>de</strong>stinatária <strong>da</strong>s operações <strong>de</strong> importação po<strong>de</strong>rá ser equipara<strong>da</strong> apessoa jurídica, na forma <strong>da</strong> lei. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)§ 4º A lei <strong>de</strong>finirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral po<strong>de</strong>rão instituir contribuição, na forma <strong>da</strong>srespectivas leis, para o custeio <strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> iluminação pública, observa<strong>do</strong> o disposto no art.150, I e III. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 39, <strong>de</strong> 2002)Parágrafo único. É faculta<strong>da</strong> a cobrança <strong>da</strong> contribuição a que se refere o caput, na fatura<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> energia elétrica. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 39, <strong>de</strong> 2002)SeçãoDAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTARIIArt. 150. Sem prejuízo <strong>de</strong> outras garantias assegura<strong>da</strong>s ao contribuinte, é ve<strong>da</strong><strong>do</strong> à União,aos Esta<strong>do</strong>s, ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral e aos Municípios:I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;II - instituir tratamento <strong>de</strong>sigual entre contribuintes que se encontrem em situaçãoequivalente, proibi<strong>da</strong> qualquer distinção em razão <strong>de</strong> ocupação profissional ou função por elesexerci<strong>da</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> <strong>de</strong>nominação jurídica <strong>do</strong>s rendimentos, títulos ou direitos;III - cobrar tributos:a) em relação a fatos gera<strong>do</strong>res ocorri<strong>do</strong>s antes <strong>do</strong> início <strong>da</strong> vigência <strong>da</strong> lei que os houverinstituí<strong>do</strong> ou aumenta<strong>do</strong>;b) no mesmo exercício financeiro em que haja si<strong>do</strong> publica<strong>da</strong> a lei que os instituiu ouaumentou;c) antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>corri<strong>do</strong>s noventa dias <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta em que haja si<strong>do</strong> publica<strong>da</strong> a lei que osinstituiu ou aumentou, observa<strong>do</strong> o disposto na alínea b; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)IV - utilizar tributo com efeito <strong>de</strong> confisco;V - estabelecer limitações ao tráfego <strong>de</strong> pessoas ou bens, por meio <strong>de</strong> tributosinterestaduais ou intermunicipais, ressalva<strong>da</strong> a cobrança <strong>de</strong> pedágio pela utilização <strong>de</strong> viasconserva<strong>da</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público;VI - instituir impostos sobre:


a) patrimônio, ren<strong>da</strong> ou serviços, uns <strong>do</strong>s outros;b) templos <strong>de</strong> qualquer culto;c) patrimônio, ren<strong>da</strong> ou serviços <strong>do</strong>s parti<strong>do</strong>s políticos, inclusive suas fun<strong>da</strong>ções, <strong>da</strong>senti<strong>da</strong><strong>de</strong>s sindicais <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, <strong>da</strong>s instituições <strong>de</strong> educação e <strong>de</strong> assistência social,sem fins lucrativos, atendi<strong>do</strong>s os requisitos <strong>da</strong> lei;d) livros, jornais, periódicos e o papel <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a sua impressão.§ 1º A ve<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I,II, IV e V; e 154, II; e a ve<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts.148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação <strong>da</strong> base <strong>de</strong> cálculo <strong>do</strong>s impostos previstos nosarts. 155, III, e 156, I. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)§ 2º - A ve<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fun<strong>da</strong>ções instituí<strong>da</strong>s emanti<strong>da</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público, no que se refere ao patrimônio, à ren<strong>da</strong> e aos serviços,vincula<strong>do</strong>s a suas finali<strong>da</strong><strong>de</strong>s essenciais ou às <strong>de</strong>las <strong>de</strong>correntes.§ 3º - As ve<strong>da</strong>ções <strong>do</strong> inciso VI, "a", e <strong>do</strong> parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio,à ren<strong>da</strong> e aos serviços, relaciona<strong>do</strong>s com exploração <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas regi<strong>da</strong>s pelasnormas aplicáveis a empreendimentos priva<strong>do</strong>s, ou em que haja contraprestação oupagamento <strong>de</strong> preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente compra<strong>do</strong>r <strong>da</strong>obrigação <strong>de</strong> pagar imposto relativamente ao bem imóvel.§ 4º - As ve<strong>da</strong>ções expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreen<strong>de</strong>m somente opatrimônio, a ren<strong>da</strong> e os serviços, relaciona<strong>do</strong>s com as finali<strong>da</strong><strong>de</strong>s essenciais <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>snelas menciona<strong>da</strong>s.§ 5º - A lei <strong>de</strong>terminará medi<strong>da</strong>s para que os consumi<strong>do</strong>res sejam esclareci<strong>do</strong>s acerca <strong>do</strong>simpostos que inci<strong>da</strong>m sobre merca<strong>do</strong>rias e serviços.§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução <strong>de</strong> base <strong>de</strong> cálculo, concessão <strong>de</strong> créditopresumi<strong>do</strong>, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só po<strong>de</strong>rá serconcedi<strong>do</strong> mediante lei específica, fe<strong>de</strong>ral, estadual ou municipal, que regule exclusivamenteas matérias acima enumera<strong>da</strong>s ou o correspon<strong>de</strong>nte tributo ou contribuição, sem prejuízo <strong>do</strong>disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)§ 7.º A lei po<strong>de</strong>rá atribuir a sujeito passivo <strong>de</strong> obrigação tributária a condição <strong>de</strong>responsável pelo pagamento <strong>de</strong> imposto ou contribuição, cujo fato gera<strong>do</strong>r <strong>de</strong>va ocorrerposteriormente, assegura<strong>da</strong> a imediata e preferencial restituição <strong>da</strong> quantia paga, caso não serealize o fato gera<strong>do</strong>r presumi<strong>do</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)Art. 151. É ve<strong>da</strong><strong>do</strong> à União:I - instituir tributo que não seja uniforme em to<strong>do</strong> o território nacional ou que impliquedistinção ou preferência em relação a Esta<strong>do</strong>, ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral ou a Município, em<strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outro, admiti<strong>da</strong> a concessão <strong>de</strong> incentivos fiscais <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a promover oequilíbrio <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões <strong>do</strong> País;II - tributar a ren<strong>da</strong> <strong>da</strong>s obrigações <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> pública <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>sMunicípios, bem como a remuneração e os proventos <strong>do</strong>s respectivos agentes públicos, emníveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;III - instituir isenções <strong>de</strong> tributos <strong>da</strong> competência <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral ou <strong>do</strong>sMunicípios.


Art. 152. É ve<strong>da</strong><strong>do</strong> aos Esta<strong>do</strong>s, ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral e aos Municípios estabelecer diferençatributária entre bens e serviços, <strong>de</strong> qualquer natureza, em razão <strong>de</strong> sua procedência ou<strong>de</strong>stino.SeçãoDOS IMPOSTOS DA UNIÃOIIIArt. 153. Compete à União instituir impostos sobre:I - importação <strong>de</strong> produtos estrangeiros;II - exportação, para o exterior, <strong>de</strong> produtos nacionais ou nacionaliza<strong>do</strong>s;III - ren<strong>da</strong> e proventos <strong>de</strong> qualquer natureza;IV - produtos industrializa<strong>do</strong>s;V - operações <strong>de</strong> crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;VI - proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> territorial rural;VII - gran<strong>de</strong>s fortunas, nos termos <strong>de</strong> lei complementar.§ 1º - É faculta<strong>do</strong> ao Po<strong>de</strong>r Executivo, atendi<strong>da</strong>s as condições e os limites estabeleci<strong>do</strong>sem lei, alterar as alíquotas <strong>do</strong>s impostos enumera<strong>do</strong>s nos incisos I, II, IV e V.§ 2º - O imposto previsto no inciso III:I - será informa<strong>do</strong> pelos critérios <strong>da</strong> generali<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong> universali<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> progressivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,na forma <strong>da</strong> lei;§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:I - será seletivo, em função <strong>da</strong> essenciali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> produto;II - será não-cumulativo, compensan<strong>do</strong>-se o que for <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> em ca<strong>da</strong> operação com omontante cobra<strong>do</strong> nas anteriores;III - não incidirá sobre produtos industrializa<strong>do</strong>s <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s ao exterior.IV - terá reduzi<strong>do</strong> seu impacto sobre a aquisição <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital pelo contribuinte <strong>do</strong>imposto, na forma <strong>da</strong> lei. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)§ 4º O imposto previsto no inciso VI <strong>do</strong> caput: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)I - será progressivo e terá suas alíquotas fixa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>sestimular a manutenção<strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s improdutivas; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s em lei, quan<strong>do</strong> as explore oproprietário que não possua outro imóvel; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong>19.12.2003)III - será fiscaliza<strong>do</strong> e cobra<strong>do</strong> pelos Municípios que assim optarem, na forma <strong>da</strong> lei,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não implique redução <strong>do</strong> imposto ou qualquer outra forma <strong>de</strong> renúnciafiscal.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003) (Regulamento)


§ 5º - O ouro, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial,sujeita-se exclusivamente à incidência <strong>do</strong> imposto <strong>de</strong> que trata o inciso V <strong>do</strong> "caput" <strong>de</strong>steartigo, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> na operação <strong>de</strong> origem; a alíquota mínima será <strong>de</strong> um por cento, assegura<strong>da</strong> atransferência <strong>do</strong> montante <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção nos seguintes termos:I - trinta por cento para o Esta<strong>do</strong>, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral ou o Território, conforme a origem;II - setenta por cento para o Município <strong>de</strong> origem.Art. 154. A União po<strong>de</strong>rá instituir:I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejamnão-cumulativos e não tenham fato gera<strong>do</strong>r ou base <strong>de</strong> cálculo próprios <strong>do</strong>s discrimina<strong>do</strong>snesta Constituição;II - na iminência ou no caso <strong>de</strong> guerra externa, impostos extraordinários, compreendi<strong>do</strong>sou não em sua competência tributária, os quais serão suprimi<strong>do</strong>s, gra<strong>da</strong>tivamente, cessa<strong>da</strong>s ascausas <strong>de</strong> sua criação.SeçãoDOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERALIVArt. 155. Compete aos Esta<strong>do</strong>s e ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral instituir impostos sobre: (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)I - transmissão causa mortis e <strong>do</strong>ação, <strong>de</strong> quaisquer bens ou direitos; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)II - operações relativas à circulação <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias e sobre prestações <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>transporte interestadual e intermunicipal e <strong>de</strong> comunicação, ain<strong>da</strong> que as operações e asprestações se iniciem no exterior; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)III - proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> veículos automotores. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº3, <strong>de</strong> 1993)§ 1.º O imposto previsto no inciso I: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong>1993)I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> situação <strong>do</strong>bem, ou ao Distrito Fe<strong>de</strong>ralII - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Esta<strong>do</strong> on<strong>de</strong> se processaro inventário ou arrolamento, ou tiver <strong>do</strong>micílio o <strong>do</strong>a<strong>do</strong>r, ou ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral;III - terá competência para sua instituição regula<strong>da</strong> por lei complementar:a) se o <strong>do</strong>a<strong>do</strong>r tiver <strong>do</strong>micilio ou residência no exterior;b) se o <strong>de</strong> cujus possuía bens, era resi<strong>de</strong>nte ou <strong>do</strong>micilia<strong>do</strong> ou teve o seu inventárioprocessa<strong>do</strong> no exterior;IV - terá suas alíquotas máximas fixa<strong>da</strong>s pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral;§ 2.º O imposto previsto no inciso II aten<strong>de</strong>rá ao seguinte: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)


I - será não-cumulativo, compensan<strong>do</strong>-se o que for <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> em ca<strong>da</strong> operação relativa àcirculação <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias ou prestação <strong>de</strong> serviços com o montante cobra<strong>do</strong> nas anteriorespelo mesmo ou outro Esta<strong>do</strong> ou pelo Distrito Fe<strong>de</strong>ral;II - a isenção ou não-incidência, salvo <strong>de</strong>terminação em contrário <strong>da</strong> legislação:a) não implicará crédito para compensação com o montante <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> nas operações ouprestações seguintes;b) acarretará a anulação <strong>do</strong> crédito relativo às operações anteriores;III - po<strong>de</strong>rá ser seletivo, em função <strong>da</strong> essenciali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s merca<strong>do</strong>rias e <strong>do</strong>s serviços;IV - resolução <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> iniciativa <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República ou <strong>de</strong> um terço<strong>do</strong>s Sena<strong>do</strong>res, aprova<strong>da</strong> pela maioria absoluta <strong>de</strong> seus membros, estabelecerá as alíquotasaplicáveis às operações e prestações, interestaduais e <strong>de</strong> exportação;V - é faculta<strong>do</strong> ao Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral:a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução <strong>de</strong> iniciativa<strong>de</strong> um terço e aprova<strong>da</strong> pela maioria absoluta <strong>de</strong> seus membros;b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico queenvolva interesse <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>s, mediante resolução <strong>de</strong> iniciativa <strong>da</strong> maioria absoluta e aprova<strong>da</strong>por <strong>do</strong>is terços <strong>de</strong> seus membros;VI - salvo <strong>de</strong>liberação em contrário <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, nos termos <strong>do</strong>disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação <strong>de</strong>merca<strong>do</strong>rias e nas prestações <strong>de</strong> serviços, não po<strong>de</strong>rão ser inferiores às previstas para asoperações interestaduais;VII - em relação às operações e prestações que <strong>de</strong>stinem bens e serviços a consumi<strong>do</strong>rfinal localiza<strong>do</strong> em outro Esta<strong>do</strong>, a<strong>do</strong>tar-se-á:a) a alíquota interestadual, quan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>stinatário for contribuinte <strong>do</strong> imposto;b) a alíquota interna, quan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>stinatário não for contribuinte <strong>de</strong>le;VIII - na hipótese <strong>da</strong> alínea "a" <strong>do</strong> inciso anterior, caberá ao Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> localização <strong>do</strong><strong>de</strong>stinatário o imposto correspon<strong>de</strong>nte à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;IX - incidirá também:a)sobre a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> bem ou merca<strong>do</strong>ria importa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> exterior por pessoa física oujurídica, ain<strong>da</strong> que não seja contribuinte habitual <strong>do</strong> imposto, qualquer que seja a suafinali<strong>da</strong><strong>de</strong>, assim como sobre o serviço presta<strong>do</strong> no exterior, caben<strong>do</strong> o imposto ao Esta<strong>do</strong>on<strong>de</strong> estiver situa<strong>do</strong> o <strong>do</strong>micílio ou o estabelecimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>stinatário <strong>da</strong> merca<strong>do</strong>ria, bem ouserviço;(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)b) sobre o valor total <strong>da</strong> operação, quan<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>rias forem forneci<strong>da</strong>s com serviçosnão compreendi<strong>do</strong>s na competência tributária <strong>do</strong>s Municípios;X - não incidirá:a) sobre operações que <strong>de</strong>stinem merca<strong>do</strong>rias para o exterior, nem sobre serviçospresta<strong>do</strong>s a <strong>de</strong>stinatários no exterior, assegura<strong>da</strong> a manutenção e o aproveitamento <strong>do</strong>


montante <strong>do</strong> imposto cobra<strong>do</strong> nas operações e prestações anteriores; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)b) sobre operações que <strong>de</strong>stinem a outros Esta<strong>do</strong>s petróleo, inclusive lubrificantes,combustíveis líqui<strong>do</strong>s e gasosos <strong>de</strong>le <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s, e energia elétrica;c) sobre o ouro, nas hipóteses <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s no art. 153, § 5º;d) nas prestações <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> comunicação nas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> radiodifusão sonora e<strong>de</strong> sons e imagens <strong>de</strong> recepção livre e gratuita; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong>19.12.2003)XI - não compreen<strong>de</strong>rá, em sua base <strong>de</strong> cálculo, o montante <strong>do</strong> imposto sobre produtosindustrializa<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> a operação, realiza<strong>da</strong> entre contribuintes e relativa a produto<strong>de</strong>stina<strong>do</strong> à industrialização ou à comercialização, configure fato gera<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is impostos;XII - cabe à lei complementar:a) <strong>de</strong>finir seus contribuintes;b) dispor sobre substituição tributária;c) disciplinar o regime <strong>de</strong> compensação <strong>do</strong> imposto;d) fixar, para efeito <strong>de</strong> sua cobrança e <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> estabelecimento responsável, o local<strong>da</strong>s operações relativas à circulação <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias e <strong>da</strong>s prestações <strong>de</strong> serviços;e) excluir <strong>da</strong> incidência <strong>do</strong> imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outrosprodutos além <strong>do</strong>s menciona<strong>do</strong>s no inciso X, "a";f) prever casos <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> crédito, relativamente à remessa para outro Esta<strong>do</strong> eexportação para o exterior, <strong>de</strong> serviços e <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias;g) regular a forma como, mediante <strong>de</strong>liberação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral,isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedi<strong>do</strong>s e revoga<strong>do</strong>s.h) <strong>de</strong>finir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez,qualquer que seja a sua finali<strong>da</strong><strong>de</strong>, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b;(Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)i) fixar a base <strong>de</strong> cálculo, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que o montante <strong>do</strong> imposto a integre, também naimportação <strong>do</strong> exterior <strong>de</strong> bem, merca<strong>do</strong>ria ou serviço. (Incluí<strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº33, <strong>de</strong> 2001)§ 3º À exceção <strong>do</strong>s impostos <strong>de</strong> que tratam o inciso II <strong>do</strong> caput <strong>de</strong>ste artigo e o art. 153, Ie II, nenhum outro imposto po<strong>de</strong>rá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços<strong>de</strong> telecomunicações, <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> petróleo, combustíveis e minerais <strong>do</strong> País. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)§ 4º Na hipótese <strong>do</strong> inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> petróleo, o impostocaberá ao Esta<strong>do</strong> on<strong>de</strong> ocorrer o consumo; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong>2001)


II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s, elubrificantes e combustíveis não incluí<strong>do</strong>s no inciso I <strong>de</strong>ste parágrafo, o imposto será reparti<strong>do</strong>entre os Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> origem e <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, manten<strong>do</strong>-se a mesma proporcionali<strong>da</strong><strong>de</strong> que ocorrenas operações com as <strong>de</strong>mais merca<strong>do</strong>rias; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong>2001)III - nas operações interestaduais com gás natural e seus <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s, e lubrificantes ecombustíveis não incluí<strong>do</strong>s no inciso I <strong>de</strong>ste parágrafo, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a não contribuinte, oimposto caberá ao Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> origem; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)IV - as alíquotas <strong>do</strong> imposto serão <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s mediante <strong>de</strong>liberação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e DistritoFe<strong>de</strong>ral, nos termos <strong>do</strong> § 2º, XII, g, observan<strong>do</strong>-se o seguinte: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)a) serão uniformes em to<strong>do</strong> o território nacional, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser diferencia<strong>da</strong>s por produto;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)b) po<strong>de</strong>rão ser específicas, por uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>, ou ad valorem, incidin<strong>do</strong>sobre o valor <strong>da</strong> operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em umaven<strong>da</strong> em condições <strong>de</strong> livre concorrência; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong>2001)c) po<strong>de</strong>rão ser reduzi<strong>da</strong>s e restabeleci<strong>da</strong>s, não se lhes aplican<strong>do</strong> o disposto no art. 150,III, b.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)§ 5º As regras necessárias à aplicação <strong>do</strong> disposto no § 4º, inclusive as relativas àapuração e à <strong>de</strong>stinação <strong>do</strong> imposto, serão estabeleci<strong>da</strong>s mediante <strong>de</strong>liberação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e<strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, nos termos <strong>do</strong> § 2º, XII, g. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong>2001)§ 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong>19.12.2003)I - terá alíquotas mínimas fixa<strong>da</strong>s pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)II - po<strong>de</strong>rá ter alíquotas diferencia<strong>da</strong>s em função <strong>do</strong> tipo e utilização.(Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)SeçãoDOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOSVArt. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:I - proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> predial e territorial urbana;II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, <strong>de</strong> bens imóveis, pornatureza ou acessão física, e <strong>de</strong> direitos reais sobre imóveis, exceto os <strong>de</strong> garantia, bem comocessão <strong>de</strong> direitos a sua aquisição;III - serviços <strong>de</strong> qualquer natureza, não compreendi<strong>do</strong>s no art. 155, II, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em leicomplementar. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)IV - (Revoga<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)


§ 1º Sem prejuízo <strong>da</strong> progressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, oimposto previsto no inciso I po<strong>de</strong>rá: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong>2000)I – ser progressivo em razão <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> imóvel; e (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº29, <strong>de</strong> 2000)II – ter alíquotas diferentes <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a localização e o uso <strong>do</strong> imóvel. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)§ 2º - O imposto previsto no inciso II:I - não inci<strong>de</strong> sobre a transmissão <strong>de</strong> bens ou direitos incorpora<strong>do</strong>s ao patrimônio <strong>de</strong>pessoa jurídica em realização <strong>de</strong> capital, nem sobre a transmissão <strong>de</strong> bens ou direitos<strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> fusão, incorporação, cisão ou extinção <strong>de</strong> pessoa jurídica, salvo se, nessescasos, a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> prepon<strong>de</strong>rante <strong>do</strong> adquirente for a compra e ven<strong>da</strong> <strong>de</strong>sses bens ou direitos,locação <strong>de</strong> bens imóveis ou arren<strong>da</strong>mento mercantil;II - compete ao Município <strong>da</strong> situação <strong>do</strong> bem.§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III <strong>do</strong> caput <strong>de</strong>ste artigo, cabe à leicomplementar: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)II - excluir <strong>da</strong> sua incidência exportações <strong>de</strong> serviços para o exterior. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serãoconcedi<strong>do</strong>s e revoga<strong>do</strong>s. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)§ 4º - (Revoga<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)SeçãoDA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIASVIArt. 157. Pertencem aos Esta<strong>do</strong>s e ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral:I - o produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> imposto <strong>da</strong> União sobre ren<strong>da</strong> e proventos <strong>de</strong> qualquernatureza, inci<strong>de</strong>nte na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suasautarquias e pelas fun<strong>da</strong>ções que instituírem e mantiverem;II - vinte por cento <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> imposto que a União instituir no exercício<strong>da</strong> competência que lhe é atribuí<strong>da</strong> pelo art. 154, I.Art. 158. Pertencem aos Municípios:I - o produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> imposto <strong>da</strong> União sobre ren<strong>da</strong> e proventos <strong>de</strong> qualquernatureza, inci<strong>de</strong>nte na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suasautarquias e pelas fun<strong>da</strong>ções que instituírem e mantiverem;II - cinqüenta por cento <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> imposto <strong>da</strong> União sobre aproprie<strong>da</strong><strong>de</strong> territorial rural, relativamente aos imóveis neles situa<strong>do</strong>s, caben<strong>do</strong> a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> nahipótese <strong>da</strong> opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)


III - cinqüenta por cento <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> imposto <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> sobre aproprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> veículos automotores licencia<strong>do</strong>s em seus territórios;IV - vinte e cinco por cento <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> imposto <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> sobreoperações relativas à circulação <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias e sobre prestações <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> transporteinterestadual e intermunicipal e <strong>de</strong> comunicação.Parágrafo único. As parcelas <strong>de</strong> receita pertencentes aos Municípios, menciona<strong>da</strong>s noinciso IV, serão credita<strong>da</strong>s conforme os seguintes critérios:I - três quartos, no mínimo, na proporção <strong>do</strong> valor adiciona<strong>do</strong> nas operações relativas àcirculação <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias e nas prestações <strong>de</strong> serviços, realiza<strong>da</strong>s em seus territórios;II - até um quarto, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o que dispuser lei estadual ou, no caso <strong>do</strong>s Territórios,lei fe<strong>de</strong>ral.Art. 159. A União entregará:I - <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>s impostos sobre ren<strong>da</strong> e proventos <strong>de</strong> qualquer naturezae sobre produtos industrializa<strong>do</strong>s quarenta e oito por cento na seguinte forma: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 55, <strong>de</strong> 2007)a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Participação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e<strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral;b) vinte e <strong>do</strong>is inteiros e cinco décimos por cento ao Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Participação <strong>do</strong>sMunicípios;c) três por cento, para aplicação em programas <strong>de</strong> financiamento ao setor produtivo <strong>da</strong>sRegiões Norte, Nor<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste, através <strong>de</strong> suas instituições financeiras <strong>de</strong> caráterregional, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os planos regionais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, fican<strong>do</strong> assegura<strong>da</strong> ao semiári<strong>do</strong><strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste a meta<strong>de</strong> <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à Região, na forma que a lei estabelecer;d) um por cento ao Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Participação <strong>do</strong>s Municípios, que será entregue no primeiro<strong>de</strong>cêndio <strong>do</strong> mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> ano; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 55, <strong>de</strong>2007)II - <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> imposto sobre produtos industrializa<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>z por centoaos Esta<strong>do</strong>s e ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral, proporcionalmente ao valor <strong>da</strong>s respectivas exportações <strong>de</strong>produtos industrializa<strong>do</strong>s.III - <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> contribuição <strong>de</strong> intervenção no <strong>do</strong>mínio econômicoprevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Esta<strong>do</strong>s e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral,distribuí<strong>do</strong>s na forma <strong>da</strong> lei, observa<strong>da</strong> a <strong>de</strong>stinação a que se refere o inciso II, c, <strong>do</strong> referi<strong>do</strong>parágrafo.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 44, <strong>de</strong> 2004)§ 1º - Para efeito <strong>de</strong> cálculo <strong>da</strong> entrega a ser efetua<strong>da</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o previsto no incisoI, excluir-se-á a parcela <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> imposto <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> e proventos <strong>de</strong> qualquer naturezapertencente aos Esta<strong>do</strong>s, ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral e aos Municípios, nos termos <strong>do</strong> disposto nosarts. 157, I, e 158, I.§ 2º - A nenhuma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> parcela superior a vinte porcento <strong>do</strong> montante a que se refere o inciso II, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o eventual exce<strong>de</strong>nte ser distribuí<strong>do</strong>entre os <strong>de</strong>mais participantes, manti<strong>do</strong>, em relação a esses, o critério <strong>de</strong> partilha neleestabeleci<strong>do</strong>.


§ 3º - Os Esta<strong>do</strong>s entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento <strong>do</strong>srecursos que receberem nos termos <strong>do</strong> inciso II, observa<strong>do</strong>s os critérios estabeleci<strong>do</strong>s no art.158, parágrafo único, I e II.§ 4º Do montante <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> que trata o inciso III que cabe a ca<strong>da</strong> Esta<strong>do</strong>, vinte ecinco por cento serão <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s aos seus Municípios, na forma <strong>da</strong> lei a que se refere omenciona<strong>do</strong> inciso. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)Art. 160. É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego <strong>do</strong>s recursosatribuí<strong>do</strong>s, nesta seção, aos Esta<strong>do</strong>s, ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral e aos Municípios, nelescompreendi<strong>do</strong>s adicionais e acréscimos relativos a impostos.Parágrafo único. A ve<strong>da</strong>ção prevista neste artigo não impe<strong>de</strong> a União e os Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>condicionarem a entrega <strong>de</strong> recursos: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong>2000)I – ao pagamento <strong>de</strong> seus créditos, inclusive <strong>de</strong> suas autarquias; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)II – ao cumprimento <strong>do</strong> disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)Art. 161. Cabe à lei complementar:I - <strong>de</strong>finir valor adiciona<strong>do</strong> para fins <strong>do</strong> disposto no art. 158, parágrafo único, I;II - estabelecer normas sobre a entrega <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong> que trata o art. 159,especialmente sobre os critérios <strong>de</strong> rateio <strong>do</strong>s fun<strong>do</strong>s previstos em seu inciso I, objetivan<strong>do</strong>promover o equilíbrio sócio-econômico entre Esta<strong>do</strong>s e entre Municípios;III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, <strong>do</strong> cálculo <strong>da</strong>s quotas e <strong>da</strong>liberação <strong>da</strong>s participações previstas nos arts. 157, 158 e 159.Parágrafo único. O Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União efetuará o cálculo <strong>da</strong>s quotas referentesaos fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> participação a que alu<strong>de</strong> o inciso II.Art. 162. A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios divulgarão, até o últimodia <strong>do</strong> mês subseqüente ao <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção, os montantes <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s tributosarreca<strong>da</strong><strong>do</strong>s, os recursos recebi<strong>do</strong>s, os valores <strong>de</strong> origem tributária entregues e a entregar e aexpressão numérica <strong>do</strong>s critérios <strong>de</strong> rateio.Parágrafo único. Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s divulga<strong>do</strong>s pela União serão discrimina<strong>do</strong>s por Esta<strong>do</strong> e porMunicípio; os <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, por Município.CAPÍTULOIIDAS FINANÇAS PÚBLICASSeçãoINORMAS GERAISArt. 163. Lei complementar disporá sobre:I - finanças públicas;II - dívi<strong>da</strong> pública externa e interna, incluí<strong>da</strong> a <strong>da</strong>s autarquias, fun<strong>da</strong>ções e <strong>de</strong>maisenti<strong>da</strong><strong>de</strong>s controla<strong>da</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público;


III - concessão <strong>de</strong> garantias pelas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas;IV - emissão e resgate <strong>de</strong> títulos <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> pública;V - fiscalização financeira <strong>da</strong> administração pública direta e indireta; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 40, <strong>de</strong> 2003)VI - operações <strong>de</strong> câmbio realiza<strong>da</strong>s por órgãos e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios;VII - compatibilização <strong>da</strong>s funções <strong>da</strong>s instituições oficiais <strong>de</strong> crédito <strong>da</strong> União,resguar<strong>da</strong><strong>da</strong>s as características e condições operacionais plenas <strong>da</strong>s volta<strong>da</strong>s ao<strong>de</strong>senvolvimento regional.Art. 164. A competência <strong>da</strong> União para emitir moe<strong>da</strong> será exerci<strong>da</strong> exclusivamente pelobanco central.§ 1º - É ve<strong>da</strong><strong>do</strong> ao banco central conce<strong>de</strong>r, direta ou indiretamente, empréstimos aoTesouro Nacional e a qualquer órgão ou enti<strong>da</strong><strong>de</strong> que não seja instituição financeira.§ 2º - O banco central po<strong>de</strong>rá comprar e ven<strong>de</strong>r títulos <strong>de</strong> emissão <strong>do</strong> Tesouro Nacional,com o objetivo <strong>de</strong> regular a oferta <strong>de</strong> moe<strong>da</strong> ou a taxa <strong>de</strong> juros.§ 3º - As disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> caixa <strong>da</strong> União serão <strong>de</strong>posita<strong>da</strong>s no banco central; as <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, <strong>do</strong>s Municípios e <strong>do</strong>s órgãos ou enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público e <strong>da</strong>sempresas por ele controla<strong>da</strong>s, em instituições financeiras oficiais, ressalva<strong>do</strong>s os casosprevistos em lei.SeçãoDOS ORÇAMENTOSIIArt. 165. Leis <strong>de</strong> iniciativa <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo estabelecerão:I - o plano plurianual;II - as diretrizes orçamentárias;III - os orçamentos anuais.§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, <strong>de</strong> forma regionaliza<strong>da</strong>, asdiretrizes, objetivos e metas <strong>da</strong> administração pública fe<strong>de</strong>ral para as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital eoutras <strong>de</strong>las <strong>de</strong>correntes e para as relativas aos programas <strong>de</strong> duração continua<strong>da</strong>.§ 2º - A lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias compreen<strong>de</strong>rá as metas e priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>administração pública fe<strong>de</strong>ral, incluin<strong>do</strong> as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital para o exercício financeirosubseqüente, orientará a elaboração <strong>da</strong> lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações nalegislação tributária e estabelecerá a política <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong>s agências financeiras oficiais <strong>de</strong>fomento.§ 3º - O Po<strong>de</strong>r Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> bimestre,relatório resumi<strong>do</strong> <strong>da</strong> execução orçamentária.§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituiçãoserão elabora<strong>do</strong>s em consonância com o plano plurianual e aprecia<strong>do</strong>s pelo CongressoNacional.


§ 5º - A lei orçamentária anual compreen<strong>de</strong>rá:I - o orçamento fiscal referente aos Po<strong>de</strong>res <strong>da</strong> União, seus fun<strong>do</strong>s, órgãos e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>administração direta e indireta, inclusive fun<strong>da</strong>ções instituí<strong>da</strong>s e manti<strong>da</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público;II - o orçamento <strong>de</strong> investimento <strong>da</strong>s empresas em que a União, direta ou indiretamente,<strong>de</strong>tenha a maioria <strong>do</strong> capital social com direito a voto;III - o orçamento <strong>da</strong> seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social, abrangen<strong>do</strong> to<strong>da</strong>s as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s e órgãos a elavincula<strong>do</strong>s, <strong>da</strong> administração direta ou indireta, bem como os fun<strong>do</strong>s e fun<strong>da</strong>ções instituí<strong>do</strong>s emanti<strong>do</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público.§ 6º - O projeto <strong>de</strong> lei orçamentária será acompanha<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrativo regionaliza<strong>do</strong> <strong>do</strong>efeito, sobre as receitas e <strong>de</strong>spesas, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> isenções, anistias, remissões, subsídios ebenefícios <strong>de</strong> natureza financeira, tributária e creditícia.§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, <strong>de</strong>ste artigo, compatibiliza<strong>do</strong>s com o planoplurianual, terão entre suas funções a <strong>de</strong> reduzir <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s inter-regionais, segun<strong>do</strong> critériopopulacional.§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão <strong>da</strong> receita e àfixação <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa, não se incluin<strong>do</strong> na proibição a autorização para abertura <strong>de</strong> créditossuplementares e contratação <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> crédito, ain<strong>da</strong> que por antecipação <strong>de</strong> receita,nos termos <strong>da</strong> lei.§ 9º - Cabe à lei complementar:I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização<strong>do</strong> plano plurianual, <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias e <strong>da</strong> lei orçamentária anual;II - estabelecer normas <strong>de</strong> gestão financeira e patrimonial <strong>da</strong> administração direta eindireta bem como condições para a instituição e funcionamento <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>s.Art. 166. Os projetos <strong>de</strong> lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, aoorçamento anual e aos créditos adicionais serão aprecia<strong>do</strong>s pelas duas Casas <strong>do</strong> CongressoNacional, na forma <strong>do</strong> regimento comum.§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente <strong>de</strong> Sena<strong>do</strong>res e Deputa<strong>do</strong>s:I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referi<strong>do</strong>s neste artigo e sobre as contasapresenta<strong>da</strong>s anualmente pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República;II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriaisprevistos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, semprejuízo <strong>da</strong> atuação <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais comissões <strong>do</strong> Congresso Nacional e <strong>de</strong> suas Casas, cria<strong>da</strong>s<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o art. 58.§ 2º - As emen<strong>da</strong>s serão apresenta<strong>da</strong>s na Comissão mista, que sobre elas emitiráparecer, e aprecia<strong>da</strong>s, na forma regimental, pelo Plenário <strong>da</strong>s duas Casas <strong>do</strong> CongressoNacional.§ 3º - As emen<strong>da</strong>s ao projeto <strong>de</strong> lei <strong>do</strong> orçamento anual ou aos projetos que o modifiquemsomente po<strong>de</strong>m ser aprova<strong>da</strong>s caso:I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias;


II - indiquem os recursos necessários, admiti<strong>do</strong>s apenas os provenientes <strong>de</strong> anulação <strong>de</strong><strong>de</strong>spesa, excluí<strong>da</strong>s as que inci<strong>da</strong>m sobre:a) <strong>do</strong>tações para pessoal e seus encargos;b) serviço <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong>;c) transferências tributárias constitucionais para Esta<strong>do</strong>s, Municípios e Distrito Fe<strong>de</strong>ral; ouIII - sejam relaciona<strong>da</strong>s:a) com a correção <strong>de</strong> erros ou omissões; oub) com os dispositivos <strong>do</strong> texto <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> lei.§ 4º - As emen<strong>da</strong>s ao projeto <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias não po<strong>de</strong>rão seraprova<strong>da</strong>s quan<strong>do</strong> incompatíveis com o plano plurianual.§ 5º - O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República po<strong>de</strong>rá enviar mensagem ao Congresso Nacional parapropor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não inicia<strong>da</strong> a votação,na Comissão mista, <strong>da</strong> parte cuja alteração é proposta.§ 6º - Os projetos <strong>de</strong> lei <strong>do</strong> plano plurianual, <strong>da</strong>s diretrizes orçamentárias e <strong>do</strong> orçamentoanual serão envia<strong>do</strong>s pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República ao Congresso Nacional, nos termos <strong>da</strong> leicomplementar a que se refere o art. 165, § 9º.§ 7º - Aplicam-se aos projetos menciona<strong>do</strong>s neste artigo, no que não contrariar o dispostonesta seção, as <strong>de</strong>mais normas relativas ao processo legislativo.§ 8º - Os recursos que, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> veto, emen<strong>da</strong> ou rejeição <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> leiorçamentária anual, ficarem sem <strong>de</strong>spesas correspon<strong>de</strong>ntes po<strong>de</strong>rão ser utiliza<strong>do</strong>s, conforme ocaso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorizaçãolegislativa.Art. 167. São ve<strong>da</strong><strong>do</strong>s:I - o início <strong>de</strong> programas ou projetos não incluí<strong>do</strong>s na lei orçamentária anual;II - a realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas ou a assunção <strong>de</strong> obrigações diretas que exce<strong>da</strong>m oscréditos orçamentários ou adicionais;III - a realização <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> créditos que exce<strong>da</strong>m o montante <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>capital, ressalva<strong>da</strong>s as autoriza<strong>da</strong>s mediante créditos suplementares ou especiais comfinali<strong>da</strong><strong>de</strong> precisa, aprova<strong>do</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Legislativo por maioria absoluta;IV - a vinculação <strong>de</strong> receita <strong>de</strong> impostos a órgão, fun<strong>do</strong> ou <strong>de</strong>spesa, ressalva<strong>da</strong>s arepartição <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>s impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a<strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> recursos para as ações e serviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, para manutenção e<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> ensino e para realização <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> administração tributária, como<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação <strong>de</strong> garantiasàs operações <strong>de</strong> crédito por antecipação <strong>de</strong> receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como odisposto no § 4º <strong>de</strong>ste artigo; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong>19.12.2003)V - a abertura <strong>de</strong> crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e semindicação <strong>do</strong>s recursos correspon<strong>de</strong>ntes;


VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> uma categoria <strong>de</strong>programação para outra ou <strong>de</strong> um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;VII - a concessão ou utilização <strong>de</strong> créditos ilimita<strong>do</strong>s;VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, <strong>de</strong> recursos <strong>do</strong>s orçamentos fiscale <strong>da</strong> seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social para suprir necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou cobrir déficit <strong>de</strong> empresas, fun<strong>da</strong>ções efun<strong>do</strong>s, inclusive <strong>do</strong>s menciona<strong>do</strong>s no art. 165, § 5º;IX - a instituição <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.X - a transferência voluntária <strong>de</strong> recursos e a concessão <strong>de</strong> empréstimos, inclusive porantecipação <strong>de</strong> receita, pelos Governos Fe<strong>de</strong>ral e Estaduais e suas instituições financeiras,para pagamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> DistritoFe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)XI - a utilização <strong>do</strong>s recursos provenientes <strong>da</strong>s contribuições sociais <strong>de</strong> que trata o art.195, I, a, e II, para a realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas distintas <strong>do</strong> pagamento <strong>de</strong> benefícios <strong>do</strong> regimegeral <strong>de</strong> previdência social <strong>de</strong> que trata o art. 201. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20,<strong>de</strong> 1998)§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro po<strong>de</strong>rá serinicia<strong>do</strong> sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena<strong>de</strong> crime <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em queforem autoriza<strong>do</strong>s, salvo se o ato <strong>de</strong> autorização for promulga<strong>do</strong> nos últimos quatro meses<strong>da</strong>quele exercício, caso em que, reabertos nos limites <strong>de</strong> seus sal<strong>do</strong>s, serão incorpora<strong>do</strong>s aoorçamento <strong>do</strong> exercício financeiro subseqüente.§ 3º - A abertura <strong>de</strong> crédito extraordinário somente será admiti<strong>da</strong> para aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>spesasimprevisíveis e urgentes, como as <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> guerra, comoção interna ou calami<strong>da</strong><strong>de</strong>pública, observa<strong>do</strong> o disposto no art. 62.§ 4.º É permiti<strong>da</strong> a vinculação <strong>de</strong> receitas próprias gera<strong>da</strong>s pelos impostos a que sereferem os arts. 155 e 156, e <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong> que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II,para a prestação <strong>de</strong> garantia ou contragarantia à União e para pagamento <strong>de</strong> débitos para comesta. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 3, <strong>de</strong> 1993)Art. 168. Os recursos correspon<strong>de</strong>ntes às <strong>do</strong>tações orçamentárias, compreendi<strong>do</strong>s oscréditos suplementares e especiais, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s aos órgãos <strong>do</strong>s Po<strong>de</strong>res Legislativo eJudiciário, <strong>do</strong> Ministério Público e <strong>da</strong> Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 <strong>de</strong>ca<strong>da</strong> mês, em duodécimos, na forma <strong>da</strong> lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 45, <strong>de</strong> 2004)Art. 169. A <strong>de</strong>spesa com pessoal ativo e inativo <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>rale <strong>do</strong>s Municípios não po<strong>de</strong>rá exce<strong>de</strong>r os limites estabeleci<strong>do</strong>s em lei complementar.§ 1º A concessão <strong>de</strong> qualquer vantagem ou aumento <strong>de</strong> remuneração, a criação <strong>de</strong>cargos, empregos e funções ou alteração <strong>de</strong> estrutura <strong>de</strong> carreiras, bem como a admissão oucontratação <strong>de</strong> pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> administração direta ouindireta, inclusive fun<strong>da</strong>ções instituí<strong>da</strong>s e manti<strong>da</strong>s pelo po<strong>de</strong>r público, só po<strong>de</strong>rão ser feitas:(Renumera<strong>do</strong> <strong>do</strong> parágrafo único, pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)I - se houver prévia <strong>do</strong>tação orçamentária suficiente para aten<strong>de</strong>r às projeções <strong>de</strong><strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> pessoal e aos acréscimos <strong>de</strong>la <strong>de</strong>correntes; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 19, <strong>de</strong> 1998)


II - se houver autorização específica na lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias, ressalva<strong>da</strong>s asempresas públicas e as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> economia mista. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 2º Decorri<strong>do</strong> o prazo estabeleci<strong>do</strong> na lei complementar referi<strong>da</strong> neste artigo para aa<strong>da</strong>ptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos to<strong>do</strong>s os repasses <strong>de</strong>verbas fe<strong>de</strong>rais ou estaduais aos Esta<strong>do</strong>s, ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral e aos Municípios que nãoobservarem os referi<strong>do</strong>s limites. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 3º Para o cumprimento <strong>do</strong>s limites estabeleci<strong>do</strong>s com base neste artigo, durante o prazofixa<strong>do</strong> na lei complementar referi<strong>da</strong> no caput, a União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e osMunicípios a<strong>do</strong>tarão as seguintes providências: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong>1998)I - redução em pelo menos vinte por cento <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas com cargos em comissão efunções <strong>de</strong> confiança; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)II - exoneração <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res não estáveis. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19,<strong>de</strong> 1998)§ 4º Se as medi<strong>da</strong>s a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s com base no parágrafo anterior não forem suficientes paraassegurar o cumprimento <strong>da</strong> <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> lei complementar referi<strong>da</strong> neste artigo, o servi<strong>do</strong>restável po<strong>de</strong>rá per<strong>de</strong>r o cargo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que ato normativo motiva<strong>do</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s Po<strong>de</strong>resespecifique a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional, o órgão ou uni<strong>da</strong><strong>de</strong> administrativa objeto <strong>da</strong> redução <strong>de</strong>pessoal. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 5º O servi<strong>do</strong>r que per<strong>de</strong>r o cargo na forma <strong>do</strong> parágrafo anterior fará jus a in<strong>de</strong>nizaçãocorrespon<strong>de</strong>nte a um mês <strong>de</strong> remuneração por ano <strong>de</strong> serviço. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 6º O cargo objeto <strong>da</strong> redução prevista nos parágrafos anteriores será consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>extinto, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a criação <strong>de</strong> cargo, emprego ou função com atribuições iguais ouassemelha<strong>da</strong>s pelo prazo <strong>de</strong> quatro anos. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong>1998)§ 7º Lei fe<strong>de</strong>ral disporá sobre as normas gerais a serem obe<strong>de</strong>ci<strong>da</strong>s na efetivação <strong>do</strong>disposto no § 4º. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)TÍTULOVIIDa Or<strong>de</strong>m Econômica e FinanceiraCAPÍTULOIDOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICAArt. 170. A or<strong>de</strong>m econômica, fun<strong>da</strong><strong>da</strong> na valorização <strong>do</strong> trabalho humano e na livreiniciativa, tem por fim assegurar a to<strong>do</strong>s existência digna, conforme os ditames <strong>da</strong> justiçasocial, observa<strong>do</strong>s os seguintes princípios:I - soberania nacional;II - proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong>;III - função social <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>;IV - livre concorrência;V - <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r;


VI - <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferencia<strong>do</strong> conforme oimpacto ambiental <strong>do</strong>s produtos e serviços e <strong>de</strong> seus processos <strong>de</strong> elaboração e prestação;(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)VII - redução <strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionais e sociais;VIII - busca <strong>do</strong> pleno emprego;IX - tratamento favoreci<strong>do</strong> para as empresas <strong>de</strong> pequeno porte constituí<strong>da</strong>s sob as leisbrasileiras e que tenham sua se<strong>de</strong> e administração no País. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 6, <strong>de</strong> 1995)Parágrafo único. É assegura<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s o livre exercício <strong>de</strong> qualquer ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.Art. 171. (Revoga<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 6, <strong>de</strong> 1995)Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos <strong>de</strong> capitalestrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa <strong>de</strong> lucros.Art. 173. Ressalva<strong>do</strong>s os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta <strong>de</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica pelo Esta<strong>do</strong> só será permiti<strong>da</strong> quan<strong>do</strong> necessária aos imperativos <strong>da</strong>segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em lei.§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico <strong>da</strong> empresa pública, <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> economiamista e <strong>de</strong> suas subsidiárias que explorem ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica <strong>de</strong> produção oucomercialização <strong>de</strong> bens ou <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços, dispon<strong>do</strong> sobre: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)I - sua função social e formas <strong>de</strong> fiscalização pelo Esta<strong>do</strong> e pela socie<strong>da</strong><strong>de</strong>; (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)II - a sujeição ao regime jurídico próprio <strong>da</strong>s empresas priva<strong>da</strong>s, inclusive quanto aosdireitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)III - licitação e contratação <strong>de</strong> obras, serviços, compras e alienações, observa<strong>do</strong>s osprincípios <strong>da</strong> administração pública; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)IV - a constituição e o funcionamento <strong>do</strong>s conselhos <strong>de</strong> administração e fiscal, com aparticipação <strong>de</strong> acionistas minoritários; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)V - os man<strong>da</strong>tos, a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>sadministra<strong>do</strong>res.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)§ 2º - As empresas públicas e as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> economia mista não po<strong>de</strong>rão gozar <strong>de</strong>privilégios fiscais não extensivos às <strong>do</strong> setor priva<strong>do</strong>.§ 3º - A lei regulamentará as relações <strong>da</strong> empresa pública com o Esta<strong>do</strong> e a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.§ 4º - A lei reprimirá o abuso <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r econômico que vise à <strong>do</strong>minação <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s, àeliminação <strong>da</strong> concorrência e ao aumento arbitrário <strong>do</strong>s lucros.§ 5º - A lei, sem prejuízo <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> individual <strong>do</strong>s dirigentes <strong>da</strong> pessoa jurídica,estabelecerá a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sta, sujeitan<strong>do</strong>-a às punições compatíveis com sua


natureza, nos atos pratica<strong>do</strong>s contra a or<strong>de</strong>m econômica e financeira e contra a economiapopular.Art. 174. Como agente normativo e regula<strong>do</strong>r <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica, o Esta<strong>do</strong> exercerá,na forma <strong>da</strong> lei, as funções <strong>de</strong> fiscalização, incentivo e planejamento, sen<strong>do</strong> este <strong>de</strong>terminantepara o setor público e indicativo para o setor priva<strong>do</strong>.§ 1º - A lei estabelecerá as diretrizes e bases <strong>do</strong> planejamento <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimentonacional equilibra<strong>do</strong>, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento.§ 2º - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas <strong>de</strong> associativismo.§ 3º - O Esta<strong>do</strong> favorecerá a organização <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> garimpeira em cooperativas,levan<strong>do</strong> em conta a proteção <strong>do</strong> meio ambiente e a promoção econômico-social <strong>do</strong>sgarimpeiros.§ 4º - As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão priori<strong>da</strong><strong>de</strong> na autorizaçãoou concessão para pesquisa e lavra <strong>do</strong>s recursos e jazi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> minerais garimpáveis, nas áreason<strong>de</strong> estejam atuan<strong>do</strong>, e naquelas fixa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o art. 21, XXV, na forma <strong>da</strong> lei.Art. 175. Incumbe ao Po<strong>de</strong>r Público, na forma <strong>da</strong> lei, diretamente ou sob regime <strong>de</strong>concessão ou permissão, sempre através <strong>de</strong> licitação, a prestação <strong>de</strong> serviços públicos.Parágrafo único. A lei disporá sobre:I - o regime <strong>da</strong>s empresas concessionárias e permissionárias <strong>de</strong> serviços públicos, ocaráter especial <strong>de</strong> seu contrato e <strong>de</strong> sua prorrogação, bem como as condições <strong>de</strong> caduci<strong>da</strong><strong>de</strong>,fiscalização e rescisão <strong>da</strong> concessão ou permissão;II - os direitos <strong>do</strong>s usuários;III - política tarifária;IV - a obrigação <strong>de</strong> manter serviço a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>.Art. 176. As jazi<strong>da</strong>s, em lavra ou não, e <strong>de</strong>mais recursos minerais e os potenciais <strong>de</strong>energia hidráulica constituem proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> distinta <strong>da</strong> <strong>do</strong> solo, para efeito <strong>de</strong> exploração ouaproveitamento, e pertencem à União, garanti<strong>da</strong> ao concessionário a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> produto<strong>da</strong> lavra.§ 1º A pesquisa e a lavra <strong>de</strong> recursos minerais e o aproveitamento <strong>do</strong>s potenciais a quese refere o "caput" <strong>de</strong>ste artigo somente po<strong>de</strong>rão ser efetua<strong>do</strong>s mediante autorização ouconcessão <strong>da</strong> União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituí<strong>da</strong> sob as leisbrasileiras e que tenha sua se<strong>de</strong> e administração no País, na forma <strong>da</strong> lei, que estabelecerá ascondições específicas quan<strong>do</strong> essas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s se <strong>de</strong>senvolverem em faixa <strong>de</strong> fronteira outerras indígenas. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 6, <strong>de</strong> 1995)§ 2º - É assegura<strong>da</strong> participação ao proprietário <strong>do</strong> solo nos resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> lavra, na formae no valor que dispuser a lei.§ 3º - A autorização <strong>de</strong> pesquisa será sempre por prazo <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, e as autorizações econcessões previstas neste artigo não po<strong>de</strong>rão ser cedi<strong>da</strong>s ou transferi<strong>da</strong>s, total ouparcialmente, sem prévia anuência <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r conce<strong>de</strong>nte.§ 4º - Não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> autorização ou concessão o aproveitamento <strong>do</strong> potencial <strong>de</strong>energia renovável <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> reduzi<strong>da</strong>.


Art. 177. Constituem monopólio <strong>da</strong> União:I - a pesquisa e a lavra <strong>da</strong>s jazi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetosflui<strong>do</strong>s;II - a refinação <strong>do</strong> petróleo nacional ou estrangeiro;III - a importação e exportação <strong>do</strong>s produtos e <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s básicos resultantes <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s previstas nos incisos anteriores;IV - o transporte marítimo <strong>do</strong> petróleo bruto <strong>de</strong> origem nacional ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s básicos<strong>de</strong> petróleo produzi<strong>do</strong>s no País, bem assim o transporte, por meio <strong>de</strong> conduto, <strong>de</strong> petróleobruto, seus <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s e gás natural <strong>de</strong> qualquer origem;V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e ocomércio <strong>de</strong> minérios e minerais nucleares e seus <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s, com exceção <strong>do</strong>s radioisótoposcuja produção, comercialização e utilização po<strong>de</strong>rão ser autoriza<strong>da</strong>s sob regime <strong>de</strong> permissão,conforme as alíneas b e c <strong>do</strong> inciso XXIII <strong>do</strong> caput <strong>do</strong> art. 21 <strong>de</strong>sta Constituição Fe<strong>de</strong>ral.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 49, <strong>de</strong> 2006)§ 1º A União po<strong>de</strong>rá contratar com empresas estatais ou priva<strong>da</strong>s a realização <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s previstas nos incisos I a IV <strong>de</strong>ste artigo observa<strong>da</strong>s as condições estabeleci<strong>da</strong>s emlei. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 9, <strong>de</strong> 1995)§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 9,<strong>de</strong> 1995)I - a garantia <strong>do</strong> fornecimento <strong>do</strong>s <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> petróleo em to<strong>do</strong> o território nacional;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 9, <strong>de</strong> 1995)II - as condições <strong>de</strong> contratação; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 9, <strong>de</strong> 1995)III - a estrutura e atribuições <strong>do</strong> órgão regula<strong>do</strong>r <strong>do</strong> monopólio <strong>da</strong> União; (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 9, <strong>de</strong> 1995)§ 3º A lei disporá sobre o transporte e a utilização <strong>de</strong> materiais radioativos no territórionacional. (Renumera<strong>do</strong> <strong>de</strong> § 2º para 3º pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 9, <strong>de</strong> 1995)§ 4º A lei que instituir contribuição <strong>de</strong> intervenção no <strong>do</strong>mínio econômico relativa àsativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> importação ou comercialização <strong>de</strong> petróleo e seus <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s, gás natural e seus<strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s e álcool combustível <strong>de</strong>verá aten<strong>de</strong>r aos seguintes requisitos: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)I - a alíquota <strong>da</strong> contribuição po<strong>de</strong>rá ser: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong>2001)a) diferencia<strong>da</strong> por produto ou uso; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)b)reduzi<strong>da</strong> e restabeleci<strong>da</strong> por ato <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, não se lhe aplican<strong>do</strong> o disposto noart. 150,III, b; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)II - os recursos arreca<strong>da</strong><strong>do</strong>s serão <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº33, <strong>de</strong> 2001)a) ao pagamento <strong>de</strong> subsídios a preços ou transporte <strong>de</strong> álcool combustível, gás natural eseus <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> petróleo; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)


) ao financiamento <strong>de</strong> projetos ambientais relaciona<strong>do</strong>s com a indústria <strong>do</strong> petróleo e <strong>do</strong>gás; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)c) ao financiamento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> infra-estrutura <strong>de</strong> transportes. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 33, <strong>de</strong> 2001)Art. 178. A lei disporá sobre a or<strong>de</strong>nação <strong>do</strong>s transportes aéreo, aquático e terrestre,<strong>de</strong>ven<strong>do</strong>, quanto à or<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> transporte internacional, observar os acor<strong>do</strong>s firma<strong>do</strong>s pelaUnião, atendi<strong>do</strong> o princípio <strong>da</strong> reciproci<strong>da</strong><strong>de</strong>. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 7,<strong>de</strong> 1995)Parágrafo único. Na or<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> transporte aquático, a lei estabelecerá as condiçõesem que o transporte <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias na cabotagem e a navegação interior po<strong>de</strong>rão ser feitospor embarcações estrangeiras. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 7, <strong>de</strong> 1995)Art. 179. A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios dispensarão àsmicroempresas e às empresas <strong>de</strong> pequeno porte, assim <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s em lei, tratamento jurídicodiferencia<strong>do</strong>, visan<strong>do</strong> a incentivá-las pela simplificação <strong>de</strong> suas obrigações administrativas,tributárias, previ<strong>de</strong>nciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução <strong>de</strong>stas por meio <strong>de</strong> lei.Art. 180. A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios promoverão eincentivarão o turismo como fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social e econômico.Art. 181. O atendimento <strong>de</strong> requisição <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumento ou informação <strong>de</strong> naturezacomercial, feita por autori<strong>da</strong><strong>de</strong> administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física oujurídica resi<strong>de</strong>nte ou <strong>do</strong>micilia<strong>da</strong> no País <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> autorização <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r competente.CAPÍTULODA POLÍTICA URBANAIIArt. 182. A política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano, executa<strong>da</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Público municipal,conforme diretrizes gerais fixa<strong>da</strong>s em lei, tem por objetivo or<strong>de</strong>nar o pleno <strong>de</strong>senvolvimento<strong>da</strong>s funções sociais <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e garantir o bem- estar <strong>de</strong> seus habitantes.§ 1º - O plano diretor, aprova<strong>do</strong> pela Câmara Municipal, obrigatório para ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s com mais<strong>de</strong> vinte mil habitantes, é o instrumento básico <strong>da</strong> política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e <strong>de</strong> expansãourbana.§ 2º - A proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> urbana cumpre sua função social quan<strong>do</strong> aten<strong>de</strong> às exigênciasfun<strong>da</strong>mentais <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> expressas no plano diretor.§ 3º - As <strong>de</strong>sapropriações <strong>de</strong> imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa in<strong>de</strong>nizaçãoem dinheiro.§ 4º - É faculta<strong>do</strong> ao Po<strong>de</strong>r Público municipal, mediante lei específica para área incluí<strong>da</strong>no plano diretor, exigir, nos termos <strong>da</strong> lei fe<strong>de</strong>ral, <strong>do</strong> proprietário <strong>do</strong> solo urbano não edifica<strong>do</strong>,subutiliza<strong>do</strong> ou não utiliza<strong>do</strong>, que promova seu a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> aproveitamento, sob pena,sucessivamente, <strong>de</strong>:I - parcelamento ou edificação compulsórios;II - imposto sobre a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> predial e territorial urbana progressivo no tempo;III - <strong>de</strong>sapropriação com pagamento mediante títulos <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> pública <strong>de</strong> emissãopreviamente aprova<strong>da</strong> pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, com prazo <strong>de</strong> resgate <strong>de</strong> até <strong>de</strong>z anos, emparcelas anuais, iguais e sucessivas, assegura<strong>do</strong>s o valor real <strong>da</strong> in<strong>de</strong>nização e os juros legais.


Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana <strong>de</strong> até duzentos e cinqüenta metrosquadra<strong>do</strong>s, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizan<strong>do</strong>-a para sua moradiaou <strong>de</strong> sua família, adquirir-lhe-á o <strong>do</strong>mínio, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não seja proprietário <strong>de</strong> outro imóvelurbano ou rural.§ 1º - O título <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio e a concessão <strong>de</strong> uso serão conferi<strong>do</strong>s ao homem ou à mulher,ou a ambos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> civil.§ 2º - Esse direito não será reconheci<strong>do</strong> ao mesmo possui<strong>do</strong>r mais <strong>de</strong> uma vez.§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiri<strong>do</strong>s por usucapião.CAPÍTULODA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA AGRÁRIAIIIArt. 184. Compete à União <strong>de</strong>sapropriar por interesse social, para fins <strong>de</strong> reforma agrária,o imóvel rural que não esteja cumprin<strong>do</strong> sua função social, mediante prévia e justa in<strong>de</strong>nizaçãoem títulos <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> agrária, com cláusula <strong>de</strong> preservação <strong>do</strong> valor real, resgatáveis no prazo<strong>de</strong> até vinte anos, a partir <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> ano <strong>de</strong> sua emissão, e cuja utilização será <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> emlei.§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão in<strong>de</strong>niza<strong>da</strong>s em dinheiro.§ 2º - O <strong>de</strong>creto que <strong>de</strong>clarar o imóvel como <strong>de</strong> interesse social, para fins <strong>de</strong> reformaagrária, autoriza a União a propor a ação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sapropriação.§ 3º - Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, <strong>de</strong> ritosumário, para o processo judicial <strong>de</strong> <strong>de</strong>sapropriação.§ 4º - O orçamento fixará anualmente o volume total <strong>de</strong> títulos <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> agrária, assimcomo o montante <strong>de</strong> recursos para aten<strong>de</strong>r ao programa <strong>de</strong> reforma agrária no exercício.§ 5º - São isentas <strong>de</strong> impostos fe<strong>de</strong>rais, estaduais e municipais as operações <strong>de</strong>transferência <strong>de</strong> imóveis <strong>de</strong>sapropria<strong>do</strong>s para fins <strong>de</strong> reforma agrária.Art. 185. São insuscetíveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>sapropriação para fins <strong>de</strong> reforma agrária:I - a pequena e média proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> rural, assim <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> em lei, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seu proprietárionão possua outra;II - a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva.Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva e fixaránormas para o cumprimento <strong>do</strong>s requisitos relativos a sua função social.Art. 186. A função social é cumpri<strong>da</strong> quan<strong>do</strong> a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> rural aten<strong>de</strong>, simultaneamente,segun<strong>do</strong> critérios e graus <strong>de</strong> exigência estabeleci<strong>do</strong>s em lei, aos seguintes requisitos:I - aproveitamento racional e a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>;II - utilização a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>do</strong>s recursos naturais disponíveis e preservação <strong>do</strong> meioambiente;III - observância <strong>da</strong>s disposições que regulam as relações <strong>de</strong> trabalho;IV - exploração que favoreça o bem-estar <strong>do</strong>s proprietários e <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res.


Art. 187. A política agrícola será planeja<strong>da</strong> e executa<strong>da</strong> na forma <strong>da</strong> lei, com aparticipação efetiva <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> produção, envolven<strong>do</strong> produtores e trabalha<strong>do</strong>res rurais, bemcomo <strong>do</strong>s setores <strong>de</strong> comercialização, <strong>de</strong> armazenamento e <strong>de</strong> transportes, levan<strong>do</strong> em conta,especialmente:I - os instrumentos creditícios e fiscais;II - os preços compatíveis com os custos <strong>de</strong> produção e a garantia <strong>de</strong> comercialização;III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;IV - a assistência técnica e extensão rural;V - o seguro agrícola;VI - o cooperativismo;VII - a eletrificação rural e irrigação;VIII - a habitação para o trabalha<strong>do</strong>r rural.§ 1º - Incluem-se no planejamento agrícola as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s agro-industriais, agropecuárias,pesqueiras e florestais.§ 2º - Serão compatibiliza<strong>da</strong>s as ações <strong>de</strong> política agrícola e <strong>de</strong> reforma agrária.Art. 188. A <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> terras públicas e <strong>de</strong>volutas será compatibiliza<strong>da</strong> com a políticaagrícola e com o plano nacional <strong>de</strong> reforma agrária.§ 1º - A alienação ou a concessão, a qualquer título, <strong>de</strong> terras públicas com área superiora <strong>do</strong>is mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ain<strong>da</strong> que por interposta pessoa,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> prévia aprovação <strong>do</strong> Congresso Nacional.§ 2º - Excetuam-se <strong>do</strong> disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões <strong>de</strong>terras públicas para fins <strong>de</strong> reforma agrária.Art. 189. Os beneficiários <strong>da</strong> distribuição <strong>de</strong> imóveis rurais pela reforma agrária receberãotítulos <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio ou <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> uso, inegociáveis pelo prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos.Parágrafo único. O título <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio e a concessão <strong>de</strong> uso serão conferi<strong>do</strong>s ao homem ouà mulher, ou a ambos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> civil, nos termos e condições previstosem lei.Art. 190. A lei regulará e limitará a aquisição ou o arren<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> rural porpessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão <strong>de</strong> autorização<strong>do</strong> Congresso Nacional.Art. 191. Aquele que, não sen<strong>do</strong> proprietário <strong>de</strong> imóvel rural ou urbano, possua como seu,por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área <strong>de</strong> terra, em zona rural, não superior acinqüenta hectares, tornan<strong>do</strong>-a produtiva por seu trabalho ou <strong>de</strong> sua família, ten<strong>do</strong> nela suamoradia, adquirir-lhe-á a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>.Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiri<strong>do</strong>s por usucapião.CAPÍTULODO SISTEMA FINANCEIRO NACIONALIV


Art. 192. O sistema financeiro nacional, estrutura<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma a promover o<strong>de</strong>senvolvimento equilibra<strong>do</strong> <strong>do</strong> País e a servir aos interesses <strong>da</strong> coletivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, em to<strong>da</strong>s aspartes que o compõem, abrangen<strong>do</strong> as cooperativas <strong>de</strong> crédito, será regula<strong>do</strong> por leiscomplementares que disporão, inclusive, sobre a participação <strong>do</strong> capital estrangeiro nasinstituições que o integram. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 40, <strong>de</strong> 2003)I - (Revoga<strong>do</strong>).II - (Revoga<strong>do</strong>).III - (Revoga<strong>do</strong>)a) (Revoga<strong>do</strong>)b) (Revoga<strong>do</strong>)IV - (Revoga<strong>do</strong>)V -(Revoga<strong>do</strong>)VI - (Revoga<strong>do</strong>)VII - (Revoga<strong>do</strong>)VIII - (Revoga<strong>do</strong>)§ 1°- (Revoga<strong>do</strong>)§ 2°- (Revoga<strong>do</strong>)§ 3°- (Revoga<strong>do</strong>)TÍTULOVIIIDa Or<strong>de</strong>m SocialCAPÍTULODISPOSIÇÃO GERALArt. 193. A or<strong>de</strong>m social tem como base o prima<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho, e como objetivo o bemestare a justiça sociais.CAPÍTULOIIDA SEGURIDADE SOCIALSeçãoIDISPOSIÇÕES GERAISArt. 194. A seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social compreen<strong>de</strong> um conjunto integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> iniciativa<strong>do</strong>s Po<strong>de</strong>res Públicos e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a assegurar os direitos relativos à saú<strong>de</strong>, àprevidência e à assistência social.Parágrafo único. Compete ao Po<strong>de</strong>r Público, nos termos <strong>da</strong> lei, organizar a seguri<strong>da</strong><strong>de</strong>social, com base nos seguintes objetivos:I - universali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> cobertura e <strong>do</strong> atendimento;II - uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> e equivalência <strong>do</strong>s benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;I


III - seletivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e distributivi<strong>da</strong><strong>de</strong> na prestação <strong>do</strong>s benefícios e serviços;IV - irredutibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s benefícios;V - eqüi<strong>da</strong><strong>de</strong> na forma <strong>de</strong> participação no custeio;VI - diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> base <strong>de</strong> financiamento;VII - caráter <strong>de</strong>mocrático e <strong>de</strong>scentraliza<strong>do</strong> <strong>da</strong> administração, mediante gestãoquadripartite, com participação <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s aposenta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>Governo nos órgãos colegia<strong>do</strong>s. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)Art. 195. A seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social será financia<strong>da</strong> por to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma direta eindireta, nos termos <strong>da</strong> lei, mediante recursos provenientes <strong>do</strong>s orçamentos <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios, e <strong>da</strong>s seguintes contribuições sociais:I - <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>r, <strong>da</strong> empresa e <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> a ela equipara<strong>da</strong> na forma <strong>da</strong> lei, inci<strong>de</strong>ntessobre: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)a) a folha <strong>de</strong> salários e <strong>de</strong>mais rendimentos <strong>do</strong> trabalho pagos ou credita<strong>do</strong>s, a qualquertítulo, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)b) a receita ou o faturamento; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)c) o lucro; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)II - <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r e <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais segura<strong>do</strong>s <strong>da</strong> previdência social, não incidin<strong>do</strong>contribuição sobre aposenta<strong>do</strong>ria e pensão concedi<strong>da</strong>s pelo regime geral <strong>de</strong> previdência social<strong>de</strong> que trata o art. 201; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)III - sobre a receita <strong>de</strong> concursos <strong>de</strong> prognósticos.IV - <strong>do</strong> importa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> bens ou serviços <strong>do</strong> exterior, ou <strong>de</strong> quem a lei a ele equiparar.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)§ 1º - As receitas <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s àseguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social constarão <strong>do</strong>s respectivos orçamentos, não integran<strong>do</strong> o orçamento <strong>da</strong>União.§ 2º - A proposta <strong>de</strong> orçamento <strong>da</strong> seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social será elabora<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma integra<strong>da</strong>pelos órgãos responsáveis pela saú<strong>de</strong>, previdência social e assistência social, ten<strong>do</strong> em vistaas metas e priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s estabeleci<strong>da</strong>s na lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias, assegura<strong>da</strong> a ca<strong>da</strong>área a gestão <strong>de</strong> seus recursos.§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema <strong>da</strong> seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social, como estabeleci<strong>do</strong>em lei, não po<strong>de</strong>rá contratar com o Po<strong>de</strong>r Público nem <strong>de</strong>le receber benefícios ou incentivosfiscais ou creditícios.§ 4º - A lei po<strong>de</strong>rá instituir outras fontes <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a garantir a manutenção ou expansão<strong>da</strong> seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social, obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong> o disposto no art. 154, I.§ 5º - Nenhum benefício ou serviço <strong>da</strong> seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social po<strong>de</strong>rá ser cria<strong>do</strong>, majora<strong>do</strong> ouestendi<strong>do</strong> sem a correspon<strong>de</strong>nte fonte <strong>de</strong> custeio total.


§ 6º - As contribuições sociais <strong>de</strong> que trata este artigo só po<strong>de</strong>rão ser exigi<strong>da</strong>s após<strong>de</strong>corri<strong>do</strong>s noventa dias <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> publicação <strong>da</strong> lei que as houver instituí<strong>do</strong> ou modifica<strong>do</strong>,não se lhes aplican<strong>do</strong> o disposto no art. 150, III, "b".§ 7º - São isentas <strong>de</strong> contribuição para a seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s beneficentes <strong>de</strong>assistência social que aten<strong>da</strong>m às exigências estabeleci<strong>da</strong>s em lei.§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arren<strong>da</strong>tário rurais e o pesca<strong>do</strong>r artesanal, bemcomo os respectivos cônjuges, que exerçam suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em regime <strong>de</strong> economia familiar,sem emprega<strong>do</strong>s permanentes, contribuirão para a seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social mediante a aplicação <strong>de</strong>uma alíquota sobre o resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> comercialização <strong>da</strong> produção e farão jus aos benefícios nostermos <strong>da</strong> lei. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I <strong>do</strong> caput <strong>de</strong>ste artigo po<strong>de</strong>rão teralíquotas ou bases <strong>de</strong> cálculo diferencia<strong>da</strong>s, em razão <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica, <strong>da</strong> utilizaçãointensiva <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>obra, <strong>do</strong> porte <strong>da</strong> empresa ou <strong>da</strong> condição estrutural <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong>trabalho. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 47, <strong>de</strong> 2005)§ 10. A lei <strong>de</strong>finirá os critérios <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> recursos para o sistema único <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>e ações <strong>de</strong> assistência social <strong>da</strong> União para os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios, e<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s para os Municípios, observa<strong>da</strong> a respectiva contraparti<strong>da</strong> <strong>de</strong> recursos. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 11. É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a concessão <strong>de</strong> remissão ou anistia <strong>da</strong>s contribuições sociais <strong>de</strong> quetratam os incisos I, a, e II <strong>de</strong>ste artigo, para débitos em montante superior ao fixa<strong>do</strong> em leicomplementar. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 12. A lei <strong>de</strong>finirá os setores <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica para os quais as contribuiçõesinci<strong>de</strong>ntes na forma <strong>do</strong>s incisos I, b; e IV <strong>do</strong> caput, serão não-cumulativas. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese <strong>de</strong> substituição gradual, total ouparcial, <strong>da</strong> contribuição inci<strong>de</strong>nte na forma <strong>do</strong> inciso I, a, pela inci<strong>de</strong>nte sobre a receita ou ofaturamento. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)SeçãoDA SAÚDEIIArt. 196. A saú<strong>de</strong> é direito <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>ver <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, garanti<strong>do</strong> mediante políticas sociaise econômicas que visem à redução <strong>do</strong> risco <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença e <strong>de</strong> outros agravos e ao acessouniversal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.Art. 197. São <strong>de</strong> relevância pública as ações e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, caben<strong>do</strong> ao Po<strong>de</strong>rPúblico dispor, nos termos <strong>da</strong> lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>sua execução ser feita diretamente ou através <strong>de</strong> terceiros e, também, por pessoa física oujurídica <strong>de</strong> direito priva<strong>do</strong>.Art. 198. As ações e serviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> integram uma re<strong>de</strong> regionaliza<strong>da</strong> ehierarquiza<strong>da</strong> e constituem um sistema único, organiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as seguintesdiretrizes:I - <strong>de</strong>scentralização, com direção única em ca<strong>da</strong> esfera <strong>de</strong> governo;II - atendimento integral, com priori<strong>da</strong><strong>de</strong> para as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s preventivas, sem prejuízo <strong>do</strong>sserviços assistenciais;III - participação <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.


§ 1º. O sistema único <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> será financia<strong>do</strong>, nos termos <strong>do</strong> art. 195, com recursos <strong>do</strong>orçamento <strong>da</strong> seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social, <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios,além <strong>de</strong> outras fontes. (Parágrafo único renumera<strong>do</strong> para § 1º pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº29, <strong>de</strong> 2000)§ 2º A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios aplicarão, anualmente, emações e serviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> recursos mínimos <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> percentuaiscalcula<strong>do</strong>s sobre: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)I – no caso <strong>da</strong> União, na forma <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> nos termos <strong>da</strong> lei complementar prevista no § 3º;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)II – no caso <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, o produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>s impostos aque se refere o art. 155 e <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong> que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, einciso II, <strong>de</strong>duzi<strong>da</strong>s as parcelas que forem transferi<strong>da</strong>s aos respectivos Municípios; (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)III – no caso <strong>do</strong>s Municípios e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, o produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>s impostosa que se refere o art. 156 e <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong> que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e §3º.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)§ 3º Lei complementar, que será reavalia<strong>da</strong> pelo menos a ca<strong>da</strong> cinco anos,estabelecerá:(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)I – os percentuais <strong>de</strong> que trata o § 2º; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong>2000)II – os critérios <strong>de</strong> rateio <strong>do</strong>s recursos <strong>da</strong> União vincula<strong>do</strong>s à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s aosEsta<strong>do</strong>s, ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral e aos Municípios, e <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a seus respectivosMunicípios, objetivan<strong>do</strong> a progressiva redução <strong>da</strong>s dispari<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionais; (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)III – as normas <strong>de</strong> fiscalização, avaliação e controle <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas com saú<strong>de</strong> nas esferasfe<strong>de</strong>ral, estadual, distrital e municipal; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)IV – as normas <strong>de</strong> cálculo <strong>do</strong> montante a ser aplica<strong>do</strong> pela União. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)§ 4º Os gestores locais <strong>do</strong> sistema único <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rão admitir agentes comunitários<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e agentes <strong>de</strong> combate às en<strong>de</strong>mias por meio <strong>de</strong> processo seletivo público, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>com a natureza e complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação..(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 51, <strong>de</strong> 2006)§ 5º Lei fe<strong>de</strong>ral disporá sobre o regime jurídico e a regulamentação <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>agente comunitário <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e agente <strong>de</strong> combate às en<strong>de</strong>mias. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 51, <strong>de</strong> 2006)§ 6º Além <strong>da</strong>s hipóteses previstas no § 1º <strong>do</strong> art. 41 e no § 4º <strong>do</strong> art. 169 <strong>da</strong> ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, o servi<strong>do</strong>r que exerça funções equivalentes às <strong>de</strong> agente comunitário <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>agente <strong>de</strong> combate às en<strong>de</strong>mias po<strong>de</strong>rá per<strong>de</strong>r o cargo em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>scumprimento <strong>do</strong>srequisitos específicos, fixa<strong>do</strong>s em lei, para o seu exercício. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 51, <strong>de</strong> 2006)Art. 199. A assistência à saú<strong>de</strong> é livre à iniciativa priva<strong>da</strong>.


§ 1º - As instituições priva<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>rão participar <strong>de</strong> forma complementar <strong>do</strong> sistema único<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, segun<strong>do</strong> diretrizes <strong>de</strong>ste, mediante contrato <strong>de</strong> direito público ou convênio, ten<strong>do</strong>preferência as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s filantrópicas e as sem fins lucrativos.§ 2º - É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> recursos públicos para auxílios ou subvenções àsinstituições priva<strong>da</strong>s com fins lucrativos.§ 3º - É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a participação direta ou indireta <strong>de</strong> empresas ou capitais estrangeiros naassistência à saú<strong>de</strong> no País, salvo nos casos previstos em lei.§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção <strong>de</strong> órgãos,teci<strong>do</strong>s e substâncias humanas para fins <strong>de</strong> transplante, pesquisa e tratamento, bem como acoleta, processamento e transfusão <strong>de</strong> sangue e seus <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> ve<strong>da</strong><strong>do</strong> to<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong>comercialização.lei:Art. 200. Ao sistema único <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> compete, além <strong>de</strong> outras atribuições, nos termos <strong>da</strong>I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias <strong>de</strong> interesse para a saú<strong>de</strong>e participar <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemo<strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s eoutros insumos;II - executar as ações <strong>de</strong> vigilância sanitária e epi<strong>de</strong>miológica, bem como as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>trabalha<strong>do</strong>r;III - or<strong>de</strong>nar a formação <strong>de</strong> recursos humanos na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;IV - participar <strong>da</strong> formulação <strong>da</strong> política e <strong>da</strong> execução <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> saneamento básico;V - incrementar em sua área <strong>de</strong> atuação o <strong>de</strong>senvolvimento científico e tecnológico;VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendi<strong>do</strong> o controle <strong>de</strong> seu teor nutricional,bem como bebi<strong>da</strong>s e águas para consumo humano;VII - participar <strong>do</strong> controle e fiscalização <strong>da</strong> produção, transporte, guar<strong>da</strong> e utilização <strong>de</strong>substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;VIII - colaborar na proteção <strong>do</strong> meio ambiente, nele compreendi<strong>do</strong> o <strong>do</strong> trabalho.SeçãoDA PREVIDÊNCIA SOCIALIIIArt. 201. A previdência social será organiza<strong>da</strong> sob a forma <strong>de</strong> regime geral, <strong>de</strong> carátercontributivo e <strong>de</strong> filiação obrigatória, observa<strong>do</strong>s critérios que preservem o equilíbrio financeiroe atuarial, e aten<strong>de</strong>rá, nos termos <strong>da</strong> lei, a: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20,<strong>de</strong> 1998)I - cobertura <strong>do</strong>s eventos <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença, invali<strong>de</strong>z, morte e i<strong>da</strong><strong>de</strong> avança<strong>da</strong>; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)II - proteção à materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, especialmente à gestante; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)III - proteção ao trabalha<strong>do</strong>r em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego involuntário; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)


IV - salário-família e auxílio-reclusão para os <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong>s segura<strong>do</strong>s <strong>de</strong> baixa ren<strong>da</strong>;(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)V - pensão por morte <strong>do</strong> segura<strong>do</strong>, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, observa<strong>do</strong> o disposto no § 2º. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20,<strong>de</strong> 1998)§ 1º É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> requisitos e critérios diferencia<strong>do</strong>s para a concessão <strong>de</strong>aposenta<strong>do</strong>ria aos beneficiários <strong>do</strong> regime geral <strong>de</strong> previdência social, ressalva<strong>do</strong>s os casos <strong>de</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s exerci<strong>da</strong>s sob condições especiais que prejudiquem a saú<strong>de</strong> ou a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> físicae quan<strong>do</strong> se tratar <strong>de</strong> segura<strong>do</strong>s porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, nos termos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em leicomplementar. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 47, <strong>de</strong> 2005)§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário <strong>de</strong> contribuição ou o rendimento <strong>do</strong> trabalho<strong>do</strong> segura<strong>do</strong> terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 3º To<strong>do</strong>s os salários <strong>de</strong> contribuição consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s para o cálculo <strong>de</strong> benefício serão<strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente atualiza<strong>do</strong>s, na forma <strong>da</strong> lei. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20,<strong>de</strong> 1998)§ 4º É assegura<strong>do</strong> o reajustamento <strong>do</strong>s benefícios para preservar-lhes, em caráterpermanente, o valor real, conforme critérios <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em lei. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 5º É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a filiação ao regime geral <strong>de</strong> previdência social, na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> segura<strong>do</strong>facultativo, <strong>de</strong> pessoa participante <strong>de</strong> regime próprio <strong>de</strong> previdência. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 6º A gratificação natalina <strong>do</strong>s aposenta<strong>do</strong>s e pensionistas terá por base o valor <strong>do</strong>sproventos <strong>do</strong> mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> ano. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº20, <strong>de</strong> 1998)§ 7º É assegura<strong>da</strong> aposenta<strong>do</strong>ria no regime geral <strong>de</strong> previdência social, nos termos <strong>da</strong> lei,obe<strong>de</strong>ci<strong>da</strong>s as seguintes condições: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong>1998)I - trinta e cinco anos <strong>de</strong> contribuição, se homem, e trinta anos <strong>de</strong> contribuição, se mulher;(Incluí<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)II - sessenta e cinco anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, se homem, e sessenta anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, se mulher,reduzi<strong>do</strong> em cinco anos o limite para os trabalha<strong>do</strong>res rurais <strong>de</strong> ambos os sexos e para os queexerçam suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em regime <strong>de</strong> economia familiar, nestes incluí<strong>do</strong>s o produtor rural, ogarimpeiro e o pesca<strong>do</strong>r artesanal. (Incluí<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I <strong>do</strong> parágrafo anterior serão reduzi<strong>do</strong>s emcinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo <strong>de</strong> efetivo exercício <strong>da</strong>sfunções <strong>de</strong> magistério na educação infantil e no ensino fun<strong>da</strong>mental e médio. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 9º Para efeito <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria, é assegura<strong>da</strong> a contagem recíproca <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong>contribuição na administração pública e na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong>, rural e urbana, hipótese em queos diversos regimes <strong>de</strong> previdência social se compensarão financeiramente, segun<strong>do</strong> critériosestabeleci<strong>do</strong>s em lei. (Incluí<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)


§ 10. Lei disciplinará a cobertura <strong>do</strong> risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> trabalho, a ser atendi<strong>da</strong>concorrentemente pelo regime geral <strong>de</strong> previdência social e pelo setor priva<strong>do</strong>. (Incluí<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 11. Os ganhos habituais <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>, a qualquer título, serão incorpora<strong>do</strong>s ao saláriopara efeito <strong>de</strong> contribuição previ<strong>de</strong>nciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casose na forma <strong>da</strong> lei. (Incluí<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 12. Lei disporá sobre sistema especial <strong>de</strong> inclusão previ<strong>de</strong>nciária para aten<strong>de</strong>r atrabalha<strong>do</strong>res <strong>de</strong> baixa ren<strong>da</strong> e àqueles sem ren<strong>da</strong> própria que se <strong>de</strong>diquem exclusivamenteao trabalho <strong>do</strong>méstico no âmbito <strong>de</strong> sua residência, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que pertencentes a famílias <strong>de</strong>baixa ren<strong>da</strong>, garantin<strong>do</strong>-lhes acesso a benefícios <strong>de</strong> valor igual a um salário-mínimo. (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 47, <strong>de</strong> 2005)§ 13. O sistema especial <strong>de</strong> inclusão previ<strong>de</strong>nciária <strong>de</strong> que trata o § 12 <strong>de</strong>ste artigo teráalíquotas e carências inferiores às vigentes para os <strong>de</strong>mais segura<strong>do</strong>s <strong>do</strong> regime geral <strong>de</strong>previdência social. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 47, <strong>de</strong> 2005Art. 202. O regime <strong>de</strong> previdência priva<strong>da</strong>, <strong>de</strong> caráter complementar e organiza<strong>do</strong> <strong>de</strong>forma autônoma em relação ao regime geral <strong>de</strong> previdência social, será facultativo, basea<strong>do</strong> naconstituição <strong>de</strong> reservas que garantam o benefício contrata<strong>do</strong>, e regula<strong>do</strong> por leicomplementar. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 1° A lei complementar <strong>de</strong> que trata este artigo assegurará ao participante <strong>de</strong> planos <strong>de</strong>benefícios <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> previdência priva<strong>da</strong> o pleno acesso às informações relativas àgestão <strong>de</strong> seus respectivos planos. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong>1998)§ 2° As contribuições <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>r, os benefícios e as condições contratuais previstasnos estatutos, regulamentos e planos <strong>de</strong> benefícios <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> previdência priva<strong>da</strong> nãointegram o contrato <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong>s participantes, assim como, à exceção <strong>do</strong>s benefíciosconcedi<strong>do</strong>s, não integram a remuneração <strong>do</strong>s participantes, nos termos <strong>da</strong> lei. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 3º É ve<strong>da</strong><strong>do</strong> o aporte <strong>de</strong> recursos a enti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> previdência priva<strong>da</strong> pela União,Esta<strong>do</strong>s, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Municípios, suas autarquias, fun<strong>da</strong>ções, empresas públicas,socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> economia mista e outras enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas, salvo na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>patrocina<strong>do</strong>r, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal po<strong>de</strong>rá exce<strong>de</strong>r a<strong>do</strong> segura<strong>do</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Esta<strong>do</strong>s, Distrito Fe<strong>de</strong>ral ouMunicípios, inclusive suas autarquias, fun<strong>da</strong>ções, socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> economia mista e empresascontrola<strong>da</strong>s direta ou indiretamente, enquanto patrocina<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s fecha<strong>da</strong>s <strong>de</strong>previdência priva<strong>da</strong>, e suas respectivas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s fecha<strong>da</strong>s <strong>de</strong> previdência priva<strong>da</strong>. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 5º A lei complementar <strong>de</strong> que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, àsempresas priva<strong>da</strong>s permissionárias ou concessionárias <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços públicos,quan<strong>do</strong> patrocina<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s fecha<strong>da</strong>s <strong>de</strong> previdência priva<strong>da</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° <strong>de</strong>ste artigo estabelecerá os requisitos paraa <strong>de</strong>signação <strong>do</strong>s membros <strong>da</strong>s diretorias <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s fecha<strong>da</strong>s <strong>de</strong> previdência priva<strong>da</strong> edisciplinará a inserção <strong>do</strong>s participantes nos colegia<strong>do</strong>s e instâncias <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em que seusinteresses sejam objeto <strong>de</strong> discussão e <strong>de</strong>liberação. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº20, <strong>de</strong> 1998)


SeçãoDA ASSISTÊNCIA SOCIALIVArt. 203. A assistência social será presta<strong>da</strong> a quem <strong>de</strong>la necessitar, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<strong>de</strong> contribuição à seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social, e tem por objetivos:I - a proteção à família, à materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, à infância, à a<strong>do</strong>lescência e à velhice;II - o amparo às crianças e a<strong>do</strong>lescentes carentes;III - a promoção <strong>da</strong> integração ao merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho;IV - a habilitação e reabilitação <strong>da</strong>s pessoas porta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência e a promoção <strong>de</strong>sua integração à vi<strong>da</strong> comunitária;V - a garantia <strong>de</strong> um salário mínimo <strong>de</strong> benefício mensal à pessoa porta<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiênciae ao i<strong>do</strong>so que comprovem não possuir meios <strong>de</strong> prover à própria manutenção ou <strong>de</strong> tê-laprovi<strong>da</strong> por sua família, conforme dispuser a lei.Art. 204. As ações governamentais na área <strong>da</strong> assistência social serão realiza<strong>da</strong>s comrecursos <strong>do</strong> orçamento <strong>da</strong> seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social, previstos no art. 195, além <strong>de</strong> outras fontes, eorganiza<strong>da</strong>s com base nas seguintes diretrizes:I - <strong>de</strong>scentralização político-administrativa, caben<strong>do</strong> a coor<strong>de</strong>nação e as normas gerais àesfera fe<strong>de</strong>ral e a coor<strong>de</strong>nação e a execução <strong>do</strong>s respectivos programas às esferas estadual emunicipal, bem como a enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s beneficentes e <strong>de</strong> assistência social;II - participação <strong>da</strong> população, por meio <strong>de</strong> organizações representativas, na formulação<strong>da</strong>s políticas e no controle <strong>da</strong>s ações em to<strong>do</strong>s os níveis.Parágrafo único. É faculta<strong>do</strong> aos Esta<strong>do</strong>s e ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral vincular a programa <strong>de</strong>apoio à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento <strong>de</strong> sua receita tributárialíqui<strong>da</strong>, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a aplicação <strong>de</strong>sses recursos no pagamento <strong>de</strong>: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)I - <strong>de</strong>spesas com pessoal e encargos sociais; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42,<strong>de</strong> 19.12.2003)II - serviço <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong>; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)III - qualquer outra <strong>de</strong>spesa corrente não vincula<strong>da</strong> diretamente aos investimentos ouações apoia<strong>do</strong>s. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)CAPÍTULOIIIDA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTOSeçãoIDA EDUCAÇÃOArt. 205. A educação, direito <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>ver <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>da</strong> família, será promovi<strong>da</strong> eincentiva<strong>da</strong> com a colaboração <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, visan<strong>do</strong> ao pleno <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> pessoa,seu preparo para o exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia e sua qualificação para o trabalho.Art. 206. O ensino será ministra<strong>do</strong> com base nos seguintes princípios:I - igual<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> condições para o acesso e permanência na escola;


II - liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;III - pluralismo <strong>de</strong> idéias e <strong>de</strong> concepções pe<strong>da</strong>gógicas, e coexistência <strong>de</strong> instituiçõespúblicas e priva<strong>da</strong>s <strong>de</strong> ensino;IV - gratui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino público em estabelecimentos oficiais;V - valorização <strong>do</strong>s profissionais <strong>da</strong> educação escolar, garanti<strong>do</strong>s, na forma <strong>da</strong> lei, planos<strong>de</strong> carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público <strong>de</strong> provas e títulos, aos <strong>da</strong>sre<strong>de</strong>s públicas; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 53, <strong>de</strong> 2006)VI - gestão <strong>de</strong>mocrática <strong>do</strong> ensino público, na forma <strong>da</strong> lei;VII - garantia <strong>de</strong> padrão <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais <strong>da</strong> educação escolar pública,nos termos <strong>de</strong> lei fe<strong>de</strong>ral. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 53, <strong>de</strong> 2006)Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>resconsi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s profissionais <strong>da</strong> educação básica e sobre a fixação <strong>de</strong> prazo paraa elaboração ou a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> seus planos <strong>de</strong> carreira, no âmbito <strong>da</strong> União,<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 53, <strong>de</strong> 2006)Art. 207. As universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s gozam <strong>de</strong> autonomia didático-científica, administrativa e <strong>de</strong>gestão financeira e patrimonial, e obe<strong>de</strong>cerão ao princípio <strong>de</strong> indissociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> entre ensino,pesquisa e extensão.§ 1º É faculta<strong>do</strong> às universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros,na forma <strong>da</strong> lei. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 11, <strong>de</strong> 1996)§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições <strong>de</strong> pesquisa científica e tecnológica.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 11, <strong>de</strong> 1996)Art. 208. O <strong>de</strong>ver <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> com a educação será efetiva<strong>do</strong> mediante a garantia <strong>de</strong>:I - ensino fun<strong>da</strong>mental, obrigatório e gratuito, assegura<strong>da</strong>, inclusive, sua oferta gratuitapara to<strong>do</strong>s os que a ele não tiveram acesso na i<strong>da</strong><strong>de</strong> própria; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 14, <strong>de</strong> 1996)II - progressiva universalização <strong>do</strong> ensino médio gratuito; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 14, <strong>de</strong> 1996)III - atendimento educacional especializa<strong>do</strong> aos porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência,preferencialmente na re<strong>de</strong> regular <strong>de</strong> ensino;IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>;(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 53, <strong>de</strong> 2006)V - acesso aos níveis mais eleva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ensino, <strong>da</strong> pesquisa e <strong>da</strong> criação artística,segun<strong>do</strong> a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um;VI - oferta <strong>de</strong> ensino noturno regular, a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> às condições <strong>do</strong> educan<strong>do</strong>;


VII - atendimento ao educan<strong>do</strong>, no ensino fun<strong>da</strong>mental, através <strong>de</strong> programassuplementares <strong>de</strong> material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saú<strong>de</strong>.§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.§ 2º - O não-oferecimento <strong>do</strong> ensino obrigatório pelo Po<strong>de</strong>r Público, ou sua ofertairregular, importa responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> competente.§ 3º - Compete ao Po<strong>de</strong>r Público recensear os educan<strong>do</strong>s no ensino fun<strong>da</strong>mental, fazerlhesa chama<strong>da</strong> e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.Art. 209. O ensino é livre à iniciativa priva<strong>da</strong>, atendi<strong>da</strong>s as seguintes condições:I - cumprimento <strong>da</strong>s normas gerais <strong>da</strong> educação nacional;II - autorização e avaliação <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Público.Art. 210. Serão fixa<strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s mínimos para o ensino fun<strong>da</strong>mental, <strong>de</strong> maneira aassegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais eregionais.§ 1º - O ensino religioso, <strong>de</strong> matrícula facultativa, constituirá disciplina <strong>do</strong>s horáriosnormais <strong>da</strong>s escolas públicas <strong>de</strong> ensino fun<strong>da</strong>mental.§ 2º - O ensino fun<strong>da</strong>mental regular será ministra<strong>do</strong> em língua portuguesa, assegura<strong>da</strong> àscomuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s indígenas também a utilização <strong>de</strong> suas línguas maternas e processos próprios <strong>de</strong>aprendizagem.Art. 211. A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios organizarão em regime<strong>de</strong> colaboração seus sistemas <strong>de</strong> ensino.§ 1º A União organizará o sistema fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> ensino e o <strong>do</strong>s Territórios, financiará asinstituições <strong>de</strong> ensino públicas fe<strong>de</strong>rais e exercerá, em matéria educacional, funçãoredistributiva e supletiva, <strong>de</strong> forma a garantir equalização <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s educacionais epadrão mínimo <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino mediante assistência técnica e financeira aos Esta<strong>do</strong>s,ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral e aos Municípios; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong>1996)§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fun<strong>da</strong>mental e na educação infantil.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong> 1996)§ 3º Os Esta<strong>do</strong>s e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral atuarão prioritariamente no ensino fun<strong>da</strong>mental emédio. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong> 1996)§ 4º Na organização <strong>de</strong> seus sistemas <strong>de</strong> ensino, os Esta<strong>do</strong>s e os Municípios <strong>de</strong>finirãoformas <strong>de</strong> colaboração, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a assegurar a universalização <strong>do</strong> ensino obrigatório. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong> 1996)§ 5º A educação básica pública aten<strong>de</strong>rá prioritariamente ao ensino regular. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 53, <strong>de</strong> 2006)Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito, e os Esta<strong>do</strong>s, o DistritoFe<strong>de</strong>ral e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, <strong>da</strong> receita resultante <strong>de</strong> impostos,compreendi<strong>da</strong> a proveniente <strong>de</strong> transferências, na manutenção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> ensino.


§ 1º - A parcela <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> impostos transferi<strong>da</strong> pela União aos Esta<strong>do</strong>s, aoDistrito Fe<strong>de</strong>ral e aos Municípios, ou pelos Esta<strong>do</strong>s aos respectivos Municípios, não éconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>, para efeito <strong>do</strong> cálculo previsto neste artigo, receita <strong>do</strong> governo que a transferir.§ 2º - Para efeito <strong>do</strong> cumprimento <strong>do</strong> disposto no "caput" <strong>de</strong>ste artigo, serão consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>sos sistemas <strong>de</strong> ensino fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal e os recursos aplica<strong>do</strong>s na forma <strong>do</strong> art.213.§ 3º - A distribuição <strong>do</strong>s recursos públicos assegurará priori<strong>da</strong><strong>de</strong> ao atendimento <strong>da</strong>snecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> ensino obrigatório, nos termos <strong>do</strong> plano nacional <strong>de</strong> educação.§ 4º - Os programas suplementares <strong>de</strong> alimentação e assistência à saú<strong>de</strong> previstos no art.208, VII, serão financia<strong>do</strong>s com recursos provenientes <strong>de</strong> contribuições sociais e outrosrecursos orçamentários.§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional <strong>de</strong> financiamento a contribuiçãosocial <strong>do</strong> salário-educação, recolhi<strong>da</strong> pelas empresas na forma <strong>da</strong> lei. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 53, <strong>de</strong> 2006)§ 6º As cotas estaduais e municipais <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> contribuiçãosocial <strong>do</strong> salário-educação serão distribuí<strong>da</strong>s proporcionalmente ao número <strong>de</strong>alunos matricula<strong>do</strong>s na educação básica nas respectivas re<strong>de</strong>s públicas <strong>de</strong>ensino. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 53, <strong>de</strong> 2006)Art. 213. Os recursos públicos serão <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s às escolas públicas, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> serdirigi<strong>do</strong>s a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s em lei, que:I - comprovem finali<strong>da</strong><strong>de</strong> não-lucrativa e apliquem seus exce<strong>de</strong>ntes financeiros emeducação;II - assegurem a <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ouconfessional, ou ao Po<strong>de</strong>r Público, no caso <strong>de</strong> encerramento <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.§ 1º - Os recursos <strong>de</strong> que trata este artigo po<strong>de</strong>rão ser <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a bolsas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> parao ensino fun<strong>da</strong>mental e médio, na forma <strong>da</strong> lei, para os que <strong>de</strong>monstrarem insuficiência <strong>de</strong>recursos, quan<strong>do</strong> houver falta <strong>de</strong> vagas e cursos regulares <strong>da</strong> re<strong>de</strong> pública na locali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>residência <strong>do</strong> educan<strong>do</strong>, fican<strong>do</strong> o Po<strong>de</strong>r Público obriga<strong>do</strong> a investir prioritariamente naexpansão <strong>de</strong> sua re<strong>de</strong> na locali<strong>da</strong><strong>de</strong>.§ 2º - As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s universitárias <strong>de</strong> pesquisa e extensão po<strong>de</strong>rão receber apoiofinanceiro <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público.Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional <strong>de</strong> educação, <strong>de</strong> duração plurianual, visan<strong>do</strong>à articulação e ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> ensino em seus diversos níveis e à integração <strong>da</strong>sações <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público que conduzam à:I - erradicação <strong>do</strong> analfabetismo;II - universalização <strong>do</strong> atendimento escolar;III - melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino;IV - formação para o trabalho;V - promoção humanística, científica e tecnológica <strong>do</strong> País.


SeçãoDA CULTURAIIArt. 215. O Esta<strong>do</strong> garantirá a to<strong>do</strong>s o pleno exercício <strong>do</strong>s direitos culturais e acesso àsfontes <strong>da</strong> cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão <strong>da</strong>s manifestaçõesculturais.§ 1º - O Esta<strong>do</strong> protegerá as manifestações <strong>da</strong>s culturas populares, indígenas e afrobrasileiras,e <strong>da</strong>s <strong>de</strong> outros grupos participantes <strong>do</strong> processo civilizatório nacional.§ 2º - A lei disporá sobre a fixação <strong>de</strong> <strong>da</strong>tas comemorativas <strong>de</strong> alta significação para osdiferentes segmentos étnicos nacionais.§ 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional <strong>de</strong> Cultura, <strong>de</strong> duração plurianual, visan<strong>do</strong> ao<strong>de</strong>senvolvimento cultural <strong>do</strong> País e à integração <strong>da</strong>s ações <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público que conduzem à:(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 48, <strong>de</strong> 2005)I <strong>de</strong>fesa e valorização <strong>do</strong> patrimônio cultural brasileiro; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 48, <strong>de</strong> 2005)II produção, promoção e difusão <strong>de</strong> bens culturais; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 48, <strong>de</strong> 2005)III formação <strong>de</strong> pessoal qualifica<strong>do</strong> para a gestão <strong>da</strong> cultura em suas múltiplas dimensões;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 48, <strong>de</strong> 2005)IV <strong>de</strong>mocratização <strong>do</strong> acesso aos bens <strong>de</strong> cultura; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 48, <strong>de</strong> 2005)V valorização <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> étnica e regional. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº48, <strong>de</strong> 2005)Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens <strong>de</strong> natureza material e imaterial,toma<strong>do</strong>s individualmente ou em conjunto, porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> referência à i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, à ação, àmemória <strong>do</strong>s diferentes grupos forma<strong>do</strong>res <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira, nos quais se incluem:I - as formas <strong>de</strong> expressão;II - os mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> criar, fazer e viver;III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;IV - as obras, objetos, <strong>do</strong>cumentos, edificações e <strong>de</strong>mais espaços <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s àsmanifestações artístico-culturais;V - os conjuntos urbanos e sítios <strong>de</strong> valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,paleontológico, ecológico e científico.§ 1º - O Po<strong>de</strong>r Público, com a colaboração <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, promoverá e protegerá opatrimônio cultural brasileiro, por meio <strong>de</strong> inventários, registros, vigilância, tombamento e<strong>de</strong>sapropriação, e <strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong> acautelamento e preservação.§ 2º - Cabem à administração pública, na forma <strong>da</strong> lei, a gestão <strong>da</strong> <strong>do</strong>cumentaçãogovernamental e as providências para franquear sua consulta a quantos <strong>de</strong>la necessitem.


§ 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento <strong>de</strong> bens e valoresculturais.§ 4º - Os <strong>da</strong>nos e ameaças ao patrimônio cultural serão puni<strong>do</strong>s, na forma <strong>da</strong> lei.§ 5º - Ficam tomba<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentos e os sítios <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> reminiscênciashistóricas <strong>do</strong>s antigos quilombos.§ 6 º É faculta<strong>do</strong> aos Esta<strong>do</strong>s e ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral vincular a fun<strong>do</strong> estadual <strong>de</strong> fomento àcultura até cinco décimos por cento <strong>de</strong> sua receita tributária líqui<strong>da</strong>, para o financiamento <strong>de</strong>programas e projetos culturais, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a aplicação <strong>de</strong>sses recursos no pagamento <strong>de</strong>:(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)I - <strong>de</strong>spesas com pessoal e encargos sociais; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42,<strong>de</strong> 19.12.2003)II - serviço <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong>; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)III - qualquer outra <strong>de</strong>spesa corrente não vincula<strong>da</strong> diretamente aos investimentos ouações apoia<strong>do</strong>s. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)SeçãoDO DESPORTOIIIArt. 217. É <strong>de</strong>ver <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> fomentar práticas <strong>de</strong>sportivas formais e não-formais, comodireito <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um, observa<strong>do</strong>s:I - a autonomia <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas dirigentes e associações, quanto a suaorganização e funcionamento;II - a <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> recursos públicos para a promoção prioritária <strong>do</strong> <strong>de</strong>sporto educacionale, em casos específicos, para a <strong>do</strong> <strong>de</strong>sporto <strong>de</strong> alto rendimento;III - o tratamento diferencia<strong>do</strong> para o <strong>de</strong>sporto profissional e o não- profissional;IV - a proteção e o incentivo às manifestações <strong>de</strong>sportivas <strong>de</strong> criação nacional.§ 1º - O Po<strong>de</strong>r Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições<strong>de</strong>sportivas após esgotarem-se as instâncias <strong>da</strong> justiça <strong>de</strong>sportiva, regula<strong>da</strong> em lei.§ 2º - A justiça <strong>de</strong>sportiva terá o prazo máximo <strong>de</strong> sessenta dias, conta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> instauração<strong>do</strong> processo, para proferir <strong>de</strong>cisão final.§ 3º - O Po<strong>de</strong>r Público incentivará o lazer, como forma <strong>de</strong> promoção social.CAPÍTULODA CIÊNCIA E TECNOLOGIAIVArt. 218. O Esta<strong>do</strong> promoverá e incentivará o <strong>de</strong>senvolvimento científico, a pesquisa e acapacitação tecnológicas.§ 1º - A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> emvista o bem público e o progresso <strong>da</strong>s ciências.§ 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á prepon<strong>de</strong>rantemente para a solução <strong>do</strong>sproblemas brasileiros e para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> sistema produtivo nacional e regional.


§ 3º - O Esta<strong>do</strong> apoiará a formação <strong>de</strong> recursos humanos nas áreas <strong>de</strong> ciência, pesquisa etecnologia, e conce<strong>de</strong>rá aos que <strong>de</strong>las se ocupem meios e condições especiais <strong>de</strong> trabalho.§ 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação <strong>de</strong>tecnologia a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> ao País, formação e aperfeiçoamento <strong>de</strong> seus recursos humanos e quepratiquem sistemas <strong>de</strong> remuneração que assegurem ao emprega<strong>do</strong>, <strong>de</strong>svincula<strong>da</strong> <strong>do</strong> salário,participação nos ganhos econômicos resultantes <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seu trabalho.§ 5º - É faculta<strong>do</strong> aos Esta<strong>do</strong>s e ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral vincular parcela <strong>de</strong> sua receitaorçamentária a enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas <strong>de</strong> fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.Art. 219. O merca<strong>do</strong> interno integra o patrimônio nacional e será incentiva<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> aviabilizar o <strong>de</strong>senvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar <strong>da</strong> população e aautonomia tecnológica <strong>do</strong> País, nos termos <strong>de</strong> lei fe<strong>de</strong>ral.CAPÍTULODA COMUNICAÇÃO SOCIALVArt. 220. A manifestação <strong>do</strong> pensamento, a criação, a expressão e a informação, sobqualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observa<strong>do</strong> o dispostonesta Constituição.§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>informação jornalística em qualquer veículo <strong>de</strong> comunicação social, observa<strong>do</strong> o disposto noart. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.§ 2º - É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> to<strong>da</strong> e qualquer censura <strong>de</strong> natureza política, i<strong>de</strong>ológica e artística.§ 3º - Compete à lei fe<strong>de</strong>ral:I - regular as diversões e espetáculos públicos, caben<strong>do</strong> ao Po<strong>de</strong>r Público informar sobrea natureza <strong>de</strong>les, as faixas etárias a que não se recomen<strong>de</strong>m, locais e horários em que suaapresentação se mostre ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>;II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem <strong>de</strong> programas ou programações <strong>de</strong> rádio e televisão que contrariem o disposto noart. 221, bem como <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> <strong>de</strong> produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos àsaú<strong>de</strong> e ao meio ambiente.§ 4º - A propagan<strong>da</strong> comercial <strong>de</strong> tabaco, bebi<strong>da</strong>s alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos eterapias estará sujeita a restrições legais, nos termos <strong>do</strong> inciso II <strong>do</strong> parágrafo anterior, econterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> seu uso.§ 5º - Os meios <strong>de</strong> comunicação social não po<strong>de</strong>m, direta ou indiretamente, ser objeto <strong>de</strong>monopólio ou oligopólio.§ 6º - A publicação <strong>de</strong> veículo impresso <strong>de</strong> comunicação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> licença <strong>de</strong>autori<strong>da</strong><strong>de</strong>.Art. 221. A produção e a programação <strong>da</strong>s emissoras <strong>de</strong> rádio e televisão aten<strong>de</strong>rão aosseguintes princípios:I - preferência a finali<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativas, artísticas, culturais e informativas;II - promoção <strong>da</strong> cultura nacional e regional e estímulo à produção in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte queobjetive sua divulgação;


III - regionalização <strong>da</strong> produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuaisestabeleci<strong>do</strong>s em lei;IV - respeito aos valores éticos e sociais <strong>da</strong> pessoa e <strong>da</strong> família.Art. 222. A proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> empresa jornalística e <strong>de</strong> radiodifusão sonora e <strong>de</strong> sons eimagens é privativa <strong>de</strong> brasileiros natos ou naturaliza<strong>do</strong>s há mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos, ou <strong>de</strong> pessoasjurídicas constituí<strong>da</strong>s sob as leis brasileiras e que tenham se<strong>de</strong> no País. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 36, <strong>de</strong> 2002)§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento <strong>do</strong> capital total e <strong>do</strong> capital votante<strong>da</strong>s empresas jornalísticas e <strong>de</strong> radiodifusão sonora e <strong>de</strong> sons e imagens <strong>de</strong>verá pertencer,direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturaliza<strong>do</strong>s há mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos, queexercerão obrigatoriamente a gestão <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e estabelecerão o conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong>programação. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 36, <strong>de</strong> 2002)§ 2º A responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> editorial e as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> seleção e direção <strong>da</strong> programaçãoveicula<strong>da</strong> são privativas <strong>de</strong> brasileiros natos ou naturaliza<strong>do</strong>s há mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos, emqualquer meio <strong>de</strong> comunicação social. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 36, <strong>de</strong>2002)§ 3º Os meios <strong>de</strong> comunicação social eletrônica, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> tecnologiautiliza<strong>da</strong> para a prestação <strong>do</strong> serviço, <strong>de</strong>verão observar os princípios enuncia<strong>do</strong>s no art. 221,na forma <strong>de</strong> lei específica, que também garantirá a priori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> profissionais brasileiros naexecução <strong>de</strong> produções nacionais. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 36, <strong>de</strong> 2002)§ 4º Lei disciplinará a participação <strong>de</strong> capital estrangeiro nas empresas <strong>de</strong> que trata o §1º. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 36, <strong>de</strong> 2002)§ 5º As alterações <strong>de</strong> controle societário <strong>da</strong>s empresas <strong>de</strong> que trata o § 1º serãocomunica<strong>da</strong>s ao Congresso Nacional. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 36, <strong>de</strong> 2002)Art. 223. Compete ao Po<strong>de</strong>r Executivo outorgar e renovar concessão, permissão eautorização para o serviço <strong>de</strong> radiodifusão sonora e <strong>de</strong> sons e imagens, observa<strong>do</strong> o princípio<strong>da</strong> complementari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s sistemas priva<strong>do</strong>, público e estatal.§ 1º - O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo <strong>do</strong> art. 64, § 2º e § 4º, a contar <strong>do</strong>recebimento <strong>da</strong> mensagem.§ 2º - A não renovação <strong>da</strong> concessão ou permissão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> aprovação <strong>de</strong>, nomínimo, <strong>do</strong>is quintos <strong>do</strong> Congresso Nacional, em votação nominal.§ 3º - O ato <strong>de</strong> outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após <strong>de</strong>liberação <strong>do</strong>Congresso Nacional, na forma <strong>do</strong>s parágrafos anteriores.§ 4º - O cancelamento <strong>da</strong> concessão ou permissão, antes <strong>de</strong> venci<strong>do</strong> o prazo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão judicial.§ 5º - O prazo <strong>da</strong> concessão ou permissão será <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos para as emissoras <strong>de</strong> rádio e<strong>de</strong> quinze para as <strong>de</strong> televisão.Art. 224. Para os efeitos <strong>do</strong> disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, comoseu órgão auxiliar, o Conselho <strong>de</strong> Comunicação Social, na forma <strong>da</strong> lei.CAPÍTULODO MEIO AMBIENTEVI


Art. 225. To<strong>do</strong>s têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibra<strong>do</strong>, bem <strong>de</strong> usocomum <strong>do</strong> povo e essencial à sadia quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, impon<strong>do</strong>-se ao Po<strong>de</strong>r Público e àcoletivi<strong>da</strong><strong>de</strong> o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> <strong>de</strong>fendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.§ 1º - Para assegurar a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sse direito, incumbe ao Po<strong>de</strong>r Público:I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico<strong>da</strong>s espécies e ecossistemas; (Regulamento)II - preservar a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> patrimônio genético <strong>do</strong> País e fiscalizar asenti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>dica<strong>da</strong>s à pesquisa e manipulação <strong>de</strong> material genético; (Regulamento)(Regulamento)III - <strong>de</strong>finir, em to<strong>da</strong>s as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, espaços territoriais e seus componentesa serem especialmente protegi<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> a alteração e a supressão permiti<strong>da</strong>s somenteatravés <strong>de</strong> lei, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> qualquer utilização que comprometa a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s atributos quejustifiquem sua proteção; (Regulamento)IV - exigir, na forma <strong>da</strong> lei, para instalação <strong>de</strong> obra ou ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> potencialmente causa<strong>do</strong>ra<strong>de</strong> significativa <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> meio ambiente, estu<strong>do</strong> prévio <strong>de</strong> impacto ambiental, a que se<strong>da</strong>rá publici<strong>da</strong><strong>de</strong>; (Regulamento)V - controlar a produção, a comercialização e o emprego <strong>de</strong> técnicas, méto<strong>do</strong>s esubstâncias que comportem risco para a vi<strong>da</strong>, a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e o meio ambiente;(Regulamento)VI - promover a educação ambiental em to<strong>do</strong>s os níveis <strong>de</strong> ensino e a conscientizaçãopública para a preservação <strong>do</strong> meio ambiente;VII - proteger a fauna e a flora, ve<strong>da</strong><strong>da</strong>s, na forma <strong>da</strong> lei, as práticas que coloquem emrisco sua função ecológica, provoquem a extinção <strong>de</strong> espécies ou submetam os animais acruel<strong>da</strong><strong>de</strong>. (Regulamento)§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obriga<strong>do</strong> a recuperar o meio ambiente<strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>do</strong>, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com solução técnica exigi<strong>da</strong> pelo órgão público competente, na forma <strong>da</strong>lei.§ 3º - As condutas e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s lesivas ao meio ambiente sujeitarão osinfratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<strong>da</strong> obrigação <strong>de</strong> reparar os <strong>da</strong>nos causa<strong>do</strong>s.§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra <strong>do</strong> Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma <strong>da</strong>lei, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> condições que assegurem a preservação <strong>do</strong> meio ambiente, inclusive quanto aouso <strong>do</strong>s recursos naturais.§ 5º - São indisponíveis as terras <strong>de</strong>volutas ou arreca<strong>da</strong><strong>da</strong>s pelos Esta<strong>do</strong>s, por açõesdiscriminatórias, necessárias à proteção <strong>do</strong>s ecossistemas naturais.§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear <strong>de</strong>verão ter sua localização <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> emlei fe<strong>de</strong>ral, sem o que não po<strong>de</strong>rão ser instala<strong>da</strong>s.CAPÍTULODA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSOVIIArt. 226. A família, base <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, tem especial proteção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.


§ 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração.§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos <strong>da</strong> lei.§ 3º - Para efeito <strong>da</strong> proteção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, é reconheci<strong>da</strong> a união estável entre o homem e amulher como enti<strong>da</strong><strong>de</strong> familiar, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> a lei facilitar sua conversão em casamento.§ 4º - Enten<strong>de</strong>-se, também, como enti<strong>da</strong><strong>de</strong> familiar a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> forma<strong>da</strong> por qualquer<strong>do</strong>s pais e seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes.§ 5º - Os direitos e <strong>de</strong>veres referentes à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> conjugal são exerci<strong>do</strong>s igualmente pelohomem e pela mulher.§ 6º - O casamento civil po<strong>de</strong> ser dissolvi<strong>do</strong> pelo divórcio, após prévia separação judicialpor mais <strong>de</strong> um ano nos casos expressos em lei, ou comprova<strong>da</strong> separação <strong>de</strong> fato por mais<strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos.§ 7º - Fun<strong>da</strong><strong>do</strong> nos princípios <strong>da</strong> digni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pessoa humana e <strong>da</strong> paterni<strong>da</strong><strong>de</strong>responsável, o planejamento familiar é livre <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> casal, competin<strong>do</strong> ao Esta<strong>do</strong> propiciarrecursos educacionais e científicos para o exercício <strong>de</strong>sse direito, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> qualquer formacoercitiva por parte <strong>de</strong> instituições oficiais ou priva<strong>da</strong>s.§ 8º - O Esta<strong>do</strong> assegurará a assistência à família na pessoa <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s que aintegram, crian<strong>do</strong> mecanismos para coibir a violência no âmbito <strong>de</strong> suas relações.Art. 227. É <strong>de</strong>ver <strong>da</strong> família, <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> assegurar à criança e aoa<strong>do</strong>lescente, com absoluta priori<strong>da</strong><strong>de</strong>, o direito à vi<strong>da</strong>, à saú<strong>de</strong>, à alimentação, à educação, aolazer, à profissionalização, à cultura, à digni<strong>da</strong><strong>de</strong>, ao respeito, à liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e à convivênciafamiliar e comunitária, além <strong>de</strong> colocá-los a salvo <strong>de</strong> to<strong>da</strong> forma <strong>de</strong> negligência, discriminação,exploração, violência, cruel<strong>da</strong><strong>de</strong> e opressão.§ 1º - O Esta<strong>do</strong> promoverá programas <strong>de</strong> assistência integral à saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> criança e <strong>do</strong>a<strong>do</strong>lescente, admiti<strong>da</strong> a participação <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s não governamentais e obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> osseguintes preceitos:I - aplicação <strong>de</strong> percentual <strong>do</strong>s recursos públicos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à saú<strong>de</strong> na assistênciamaterno-infantil;II - criação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> prevenção e atendimento especializa<strong>do</strong> para os porta<strong>do</strong>res<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência física, sensorial ou mental, bem como <strong>de</strong> integração social <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescenteporta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação<strong>do</strong> acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação <strong>de</strong> preconceitos e obstáculosarquitetônicos.§ 2º - A lei disporá sobre normas <strong>de</strong> construção <strong>do</strong>s logra<strong>do</strong>uros e <strong>do</strong>s edifícios <strong>de</strong> usopúblico e <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> transporte coletivo, a fim <strong>de</strong> garantir acesso a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>às pessoas porta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência.§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:I - i<strong>da</strong><strong>de</strong> mínima <strong>de</strong> quatorze anos para admissão ao trabalho, observa<strong>do</strong> o disposto noart. 7º, XXXIII;II - garantia <strong>de</strong> direitos previ<strong>de</strong>nciários e trabalhistas;III - garantia <strong>de</strong> acesso <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r a<strong>do</strong>lescente à escola;


IV - garantia <strong>de</strong> pleno e formal conhecimento <strong>da</strong> atribuição <strong>de</strong> ato infracional, igual<strong>da</strong><strong>de</strong> narelação processual e <strong>de</strong>fesa técnica por profissional habilita<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> dispuser a legislaçãotutelar específica;V - obediência aos princípios <strong>de</strong> brevi<strong>da</strong><strong>de</strong>, excepcionali<strong>da</strong><strong>de</strong> e respeito à condiçãopeculiar <strong>de</strong> pessoa em <strong>de</strong>senvolvimento, quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> qualquer medi<strong>da</strong> privativa <strong>da</strong>liber<strong>da</strong><strong>de</strong>;VI - estímulo <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público, através <strong>de</strong> assistência jurídica, incentivos fiscais esubsídios, nos termos <strong>da</strong> lei, ao acolhimento, sob a forma <strong>de</strong> guar<strong>da</strong>, <strong>de</strong> criança oua<strong>do</strong>lescente órfão ou aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>;VII - programas <strong>de</strong> prevenção e atendimento especializa<strong>do</strong> à criança e ao a<strong>do</strong>lescente<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> entorpecentes e drogas afins.§ 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual <strong>da</strong> criança e <strong>do</strong>a<strong>do</strong>lescente.§ 5º - A a<strong>do</strong>ção será assisti<strong>da</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Público, na forma <strong>da</strong> lei, que estabelecerá casose condições <strong>de</strong> sua efetivação por parte <strong>de</strong> estrangeiros.§ 6º - Os filhos, havi<strong>do</strong>s ou não <strong>da</strong> relação <strong>do</strong> casamento, ou por a<strong>do</strong>ção, terão osmesmos direitos e qualificações, proibi<strong>da</strong>s quaisquer <strong>de</strong>signações discriminatórias relativas àfiliação.§ 7º - No atendimento <strong>do</strong>s direitos <strong>da</strong> criança e <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente levar-se- á emconsi<strong>de</strong>ração o disposto no art. 204.Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito anos, sujeitos às normas<strong>da</strong> legislação especial.Art. 229. Os pais têm o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhosmaiores têm o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r e amparar os pais na velhice, carência ou enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Art. 230. A família, a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e o Esta<strong>do</strong> têm o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> amparar as pessoas i<strong>do</strong>sas,asseguran<strong>do</strong> sua participação na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> sua digni<strong>da</strong><strong>de</strong> e bem-estar egarantin<strong>do</strong>-lhes o direito à vi<strong>da</strong>.§ 1º - Os programas <strong>de</strong> amparo aos i<strong>do</strong>sos serão executa<strong>do</strong>s preferencialmente em seuslares.§ 2º - Aos maiores <strong>de</strong> sessenta e cinco anos é garanti<strong>da</strong> a gratui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s transportescoletivos urbanos.CAPÍTULODOS ÍNDIOSVIIIArt. 231. São reconheci<strong>do</strong>s aos índios sua organização social, costumes, línguas, crençase tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competin<strong>do</strong>à União <strong>de</strong>marcá-las, proteger e fazer respeitar to<strong>do</strong>s os seus bens.§ 1º - São terras tradicionalmente ocupa<strong>da</strong>s pelos índios as por eles habita<strong>da</strong>s em caráterpermanente, as utiliza<strong>da</strong>s para suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s produtivas, as imprescindíveis à preservação<strong>do</strong>s recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução físicae cultural, segun<strong>do</strong> seus usos, costumes e tradições.


§ 2º - As terras tradicionalmente ocupa<strong>da</strong>s pelos índios <strong>de</strong>stinam-se a sua possepermanente, caben<strong>do</strong>-lhes o usufruto exclusivo <strong>da</strong>s riquezas <strong>do</strong> solo, <strong>do</strong>s rios e <strong>do</strong>s lagosnelas existentes.§ 3º - O aproveitamento <strong>do</strong>s recursos hídricos, incluí<strong>do</strong>s os potenciais energéticos, apesquisa e a lavra <strong>da</strong>s riquezas minerais em terras indígenas só po<strong>de</strong>m ser efetiva<strong>do</strong>s comautorização <strong>do</strong> Congresso Nacional, ouvi<strong>da</strong>s as comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s afeta<strong>da</strong>s, fican<strong>do</strong>-lhesassegura<strong>da</strong> participação nos resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> lavra, na forma <strong>da</strong> lei.§ 4º - As terras <strong>de</strong> que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobreelas, imprescritíveis.§ 5º - É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a remoção <strong>do</strong>s grupos indígenas <strong>de</strong> suas terras, salvo, "ad referendum"<strong>do</strong> Congresso Nacional, em caso <strong>de</strong> catástrofe ou epi<strong>de</strong>mia que ponha em risco suapopulação, ou no interesse <strong>da</strong> soberania <strong>do</strong> País, após <strong>de</strong>liberação <strong>do</strong> Congresso Nacional,garanti<strong>do</strong>, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.§ 6º - São nulos e extintos, não produzin<strong>do</strong> efeitos jurídicos, os atos que tenham por objetoa ocupação, o <strong>do</strong>mínio e a posse <strong>da</strong>s terras a que se refere este artigo, ou a exploração <strong>da</strong>sriquezas naturais <strong>do</strong> solo, <strong>do</strong>s rios e <strong>do</strong>s lagos nelas existentes, ressalva<strong>do</strong> relevante interessepúblico <strong>da</strong> União, segun<strong>do</strong> o que dispuser lei complementar, não geran<strong>do</strong> a nuli<strong>da</strong><strong>de</strong> e aextinção direito a in<strong>de</strong>nização ou a ações contra a União, salvo, na forma <strong>da</strong> lei, quanto àsbenfeitorias <strong>de</strong>riva<strong>da</strong>s <strong>da</strong> ocupação <strong>de</strong> boa fé.§ 7º - Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.Art. 232. Os índios, suas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e organizações são partes legítimas para ingressarem juízo em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> seus direitos e interesses, intervin<strong>do</strong> o Ministério Público em to<strong>do</strong>s osatos <strong>do</strong> processo.TÍTULODas Disposições Constitucionais GeraisIXArt. 233. (Revoga<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 28, <strong>de</strong> 25/05/2000)Art. 234. É ve<strong>da</strong><strong>do</strong> à União, direta ou indiretamente, assumir, em <strong>de</strong>corrência <strong>da</strong> criação<strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, encargos referentes a <strong>de</strong>spesas com pessoal inativo e com encargos eamortizações <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> interna ou externa <strong>da</strong> administração pública, inclusive <strong>da</strong> indireta.Art. 235. Nos <strong>de</strong>z primeiros anos <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, serão observa<strong>da</strong>s as seguintesnormas básicas:I - a Assembléia Legislativa será composta <strong>de</strong> <strong>de</strong>zessete Deputa<strong>do</strong>s se a população <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> for inferior a seiscentos mil habitantes, e <strong>de</strong> vinte e quatro, se igual ou superior a essenúmero, até um milhão e quinhentos mil;II - o Governo terá no máximo <strong>de</strong>z Secretarias;III - o Tribunal <strong>de</strong> Contas terá três membros, nomea<strong>do</strong>s, pelo Governa<strong>do</strong>r eleito, <strong>de</strong>ntrebrasileiros <strong>de</strong> comprova<strong>da</strong> i<strong>do</strong>nei<strong>da</strong><strong>de</strong> e notório saber;IV - o Tribunal <strong>de</strong> Justiça terá sete Desembarga<strong>do</strong>res;V - os primeiros Desembarga<strong>do</strong>res serão nomea<strong>do</strong>s pelo Governa<strong>do</strong>r eleito, escolhi<strong>do</strong>s<strong>da</strong> seguinte forma:


a) cinco <strong>de</strong>ntre os magistra<strong>do</strong>s com mais <strong>de</strong> trinta e cinco anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, em exercício naárea <strong>do</strong> novo Esta<strong>do</strong> ou <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> originário;b) <strong>do</strong>is <strong>de</strong>ntre promotores, nas mesmas condições, e advoga<strong>do</strong>s <strong>de</strong> comprova<strong>da</strong>i<strong>do</strong>nei<strong>da</strong><strong>de</strong> e saber jurídico, com <strong>de</strong>z anos, no mínimo, <strong>de</strong> exercício profissional, obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong> oprocedimento fixa<strong>do</strong> na Constituição;VI - no caso <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> proveniente <strong>de</strong> Território Fe<strong>de</strong>ral, os cinco primeirosDesembarga<strong>do</strong>res po<strong>de</strong>rão ser escolhi<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntre juízes <strong>de</strong> direito <strong>de</strong> qualquer parte <strong>do</strong> País;VII - em ca<strong>da</strong> Comarca, o primeiro Juiz <strong>de</strong> Direito, o primeiro Promotor <strong>de</strong> Justiça e oprimeiro Defensor Público serão nomea<strong>do</strong>s pelo Governa<strong>do</strong>r eleito após concurso público <strong>de</strong>provas e títulos;VIII - até a promulgação <strong>da</strong> Constituição Estadual, respon<strong>de</strong>rão pela Procura<strong>do</strong>ria-Geral,pela Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> advoga<strong>do</strong>s <strong>de</strong> notório saber, comtrinta e cinco anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, no mínimo, nomea<strong>do</strong>s pelo Governa<strong>do</strong>r eleito e <strong>de</strong>missíveis "adnutum";IX - se o novo Esta<strong>do</strong> for resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> Território Fe<strong>de</strong>ral, a transferência<strong>de</strong> encargos financeiros <strong>da</strong> União para pagamento <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res optantes que pertenciam àAdministração Fe<strong>de</strong>ral ocorrerá <strong>da</strong> seguinte forma:a) no sexto ano <strong>de</strong> instalação, o Esta<strong>do</strong> assumirá vinte por cento <strong>do</strong>s encargos financeirospara fazer face ao pagamento <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res públicos, fican<strong>do</strong> ain<strong>da</strong> o restante sob aresponsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> União;b) no sétimo ano, os encargos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> serão acresci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> trinta por cento e, no oitavo,<strong>do</strong>s restantes cinqüenta por cento;X - as nomeações que se seguirem às primeiras, para os cargos menciona<strong>do</strong>s nesteartigo, serão disciplina<strong>da</strong>s na Constituição Estadual;XI - as <strong>de</strong>spesas orçamentárias com pessoal não po<strong>de</strong>rão ultrapassar cinqüenta por cento<strong>da</strong> receita <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.Art. 236. Os serviços notariais e <strong>de</strong> registro são exerci<strong>do</strong>s em caráter priva<strong>do</strong>, por<strong>de</strong>legação <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Público. (Regulamento)§ 1º - Lei regulará as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, disciplinará a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> civil e criminal <strong>do</strong>snotários, <strong>do</strong>s oficiais <strong>de</strong> registro e <strong>de</strong> seus prepostos, e <strong>de</strong>finirá a fiscalização <strong>de</strong> seus atos peloPo<strong>de</strong>r Judiciário.§ 2º - Lei fe<strong>de</strong>ral estabelecerá normas gerais para fixação <strong>de</strong> emolumentos relativos aosatos pratica<strong>do</strong>s pelos serviços notariais e <strong>de</strong> registro.§ 3º - O ingresso na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> notarial e <strong>de</strong> registro <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> concurso público <strong>de</strong>provas e títulos, não se permitin<strong>do</strong> que qualquer serventia fique vaga, sem abertura <strong>de</strong>concurso <strong>de</strong> provimento ou <strong>de</strong> remoção, por mais <strong>de</strong> seis meses.Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong>sinteresses fazendários nacionais, serão exerci<strong>do</strong>s pelo Ministério <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>.Art. 238. A lei or<strong>de</strong>nará a ven<strong>da</strong> e reven<strong>da</strong> <strong>de</strong> combustíveis <strong>de</strong> petróleo, álcool carburantee outros combustíveis <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> matérias-primas renováveis, respeita<strong>do</strong>s os princípios<strong>de</strong>sta Constituição.


Art. 239. A arreca<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong>s contribuições para o Programa <strong>de</strong> IntegraçãoSocial, cria<strong>do</strong> pela Lei Complementar nº 7, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1970, e para o Programa <strong>de</strong>Formação <strong>do</strong> Patrimônio <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>r Público, cria<strong>do</strong> pela Lei Complementar nº 8, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong><strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1970, passa, a partir <strong>da</strong> promulgação <strong>de</strong>sta Constituição, a financiar, nos termosque a lei dispuser, o programa <strong>do</strong> seguro-<strong>de</strong>semprego e o abono <strong>de</strong> que trata o § 3º <strong>de</strong>steartigo. (Regulamento)§ 1º - Dos recursos menciona<strong>do</strong>s no "caput" <strong>de</strong>ste artigo, pelo menos quarenta por centoserão <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a financiar programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico, através <strong>do</strong> BancoNacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios <strong>de</strong> remuneração que lhespreservem o valor.§ 2º - Os patrimônios acumula<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Integração Social e <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong>Formação <strong>do</strong> Patrimônio <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>r Público são preserva<strong>do</strong>s, manten<strong>do</strong>-se os critérios <strong>de</strong>saque nas situações previstas nas leis específicas, com exceção <strong>da</strong> retira<strong>da</strong> por motivo <strong>de</strong>casamento, fican<strong>do</strong> ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a distribuição <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> que trata o "caput" <strong>de</strong>ste artigo,para <strong>de</strong>pósito nas contas individuais <strong>do</strong>s participantes.§ 3º - Aos emprega<strong>do</strong>s que percebam <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>res que contribuem para o Programa<strong>de</strong> Integração Social ou para o Programa <strong>de</strong> Formação <strong>do</strong> Patrimônio <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>r Público, até<strong>do</strong>is salários mínimos <strong>de</strong> remuneração mensal, é assegura<strong>do</strong> o pagamento <strong>de</strong> um saláriomínimo anual, computa<strong>do</strong> neste valor o rendimento <strong>da</strong>s contas individuais, no caso <strong>da</strong>quelesque já participavam <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s programas, até a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>de</strong>sta Constituição.§ 4º - O financiamento <strong>do</strong> seguro-<strong>de</strong>semprego receberá uma contribuição adicional <strong>da</strong>empresa cujo índice <strong>de</strong> rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> força <strong>de</strong> trabalho superar o índice médio <strong>da</strong> rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>do</strong> setor, na forma estabeleci<strong>da</strong> por lei.Art. 240. Ficam ressalva<strong>da</strong>s <strong>do</strong> disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias<strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res sobre a folha <strong>de</strong> salários, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s às enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s priva<strong>da</strong>s <strong>de</strong> serviçosocial e <strong>de</strong> formação profissional vincula<strong>da</strong>s ao sistema sindical.Art. 241. A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios disciplinarão por meio <strong>de</strong>lei os consórcios públicos e os convênios <strong>de</strong> cooperação entre os entes fe<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s, autorizan<strong>do</strong>a gestão associa<strong>da</strong> <strong>de</strong> serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial <strong>de</strong>encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s serviços transferi<strong>do</strong>s.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)Art. 242. O princípio <strong>do</strong> art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiaiscria<strong>da</strong>s por lei estadual ou municipal e existentes na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>de</strong>sta Constituição,que não sejam total ou prepon<strong>de</strong>rantemente manti<strong>da</strong>s com recursos públicos.§ 1º - O ensino <strong>da</strong> História <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> levará em conta as contribuições <strong>da</strong>s diferentesculturas e etnias para a formação <strong>do</strong> povo brasileiro.§ 2º - O Colégio Pedro II, localiza<strong>do</strong> na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, será manti<strong>do</strong> na órbitafe<strong>de</strong>ral.Art. 243. As glebas <strong>de</strong> qualquer região <strong>do</strong> País on<strong>de</strong> forem localiza<strong>da</strong>s culturas ilegais <strong>de</strong>plantas psicotrópicas serão imediatamente expropria<strong>da</strong>s e especificamente <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s aoassentamento <strong>de</strong> colonos, para o cultivo <strong>de</strong> produtos alimentícios e medicamentosos, semqualquer in<strong>de</strong>nização ao proprietário e sem prejuízo <strong>de</strong> outras sanções previstas em lei.Parágrafo único. To<strong>do</strong> e qualquer bem <strong>de</strong> valor econômico apreendi<strong>do</strong> em <strong>de</strong>corrência <strong>do</strong>tráfico ilícito <strong>de</strong> entorpecentes e drogas afins será confisca<strong>do</strong> e reverterá em benefício <strong>de</strong>instituições e pessoal especializa<strong>do</strong>s no tratamento e recuperação <strong>de</strong> vicia<strong>do</strong>s e noaparelhamento e custeio <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> fiscalização, controle, prevenção e repressão <strong>do</strong>crime <strong>de</strong> tráfico <strong>de</strong>ssas substâncias.


Art. 244. A lei disporá sobre a a<strong>da</strong>ptação <strong>do</strong>s logra<strong>do</strong>uros, <strong>do</strong>s edifícios <strong>de</strong> uso público e<strong>do</strong>s veículos <strong>de</strong> transporte coletivo atualmente existentes a fim <strong>de</strong> garantir acesso a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> àspessoas porta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º.Art. 245. A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o Po<strong>de</strong>r Público <strong>da</strong>ráassistência aos her<strong>de</strong>iros e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes carentes <strong>de</strong> pessoas vitima<strong>da</strong>s por crime <strong>do</strong>loso, semprejuízo <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> civil <strong>do</strong> autor <strong>do</strong> ilícito.Art. 246. É ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> provisória na regulamentação <strong>de</strong> artigo <strong>da</strong>Constituição cuja re<strong>da</strong>ção tenha si<strong>do</strong> altera<strong>da</strong> por meio <strong>de</strong> emen<strong>da</strong> promulga<strong>da</strong> entre 1º <strong>de</strong>janeiro <strong>de</strong> 1995 até a promulgação <strong>de</strong>sta emen<strong>da</strong>, inclusive. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 32, <strong>de</strong> 2001)Art. 247. As leis previstas no inciso III <strong>do</strong> § 1º <strong>do</strong> art. 41 e no § 7º <strong>do</strong> art. 169estabelecerão critérios e garantias especiais para a per<strong>da</strong> <strong>do</strong> cargo pelo servi<strong>do</strong>r públicoestável que, em <strong>de</strong>corrência <strong>da</strong>s atribuições <strong>de</strong> seu cargo efetivo, <strong>de</strong>senvolva ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sexclusivas <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)Parágrafo único. Na hipótese <strong>de</strong> insuficiência <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, a per<strong>da</strong> <strong>do</strong> cargo somenteocorrerá mediante processo administrativo em que lhe sejam assegura<strong>do</strong>s o contraditório e aampla <strong>de</strong>fesa. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 19, <strong>de</strong> 1998)Art. 248. Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo regime geral<strong>de</strong> previdência social, ain<strong>da</strong> que à conta <strong>do</strong> Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao limitemáximo <strong>de</strong> valor fixa<strong>do</strong> para os benefícios concedi<strong>do</strong>s por esse regime observarão os limitesfixa<strong>do</strong>s no art. 37, XI. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)Art. 249. Com o objetivo <strong>de</strong> assegurar recursos para o pagamento <strong>de</strong> proventos <strong>de</strong>aposenta<strong>do</strong>ria e pensões concedi<strong>da</strong>s aos respectivos servi<strong>do</strong>res e seus <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, emadição aos recursos <strong>do</strong>s respectivos tesouros, a União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e osMunicípios po<strong>de</strong>rão constituir fun<strong>do</strong>s integra<strong>do</strong>s pelos recursos provenientes <strong>de</strong> contribuições epor bens, direitos e ativos <strong>de</strong> qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza eadministração <strong>de</strong>sses fun<strong>do</strong>s. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)Art. 250. Com o objetivo <strong>de</strong> assegurar recursos para o pagamento <strong>do</strong>s benefíciosconcedi<strong>do</strong>s pelo regime geral <strong>de</strong> previdência social, em adição aos recursos <strong>de</strong> suaarreca<strong>da</strong>ção, a União po<strong>de</strong>rá constituir fun<strong>do</strong> integra<strong>do</strong> por bens, direitos e ativos <strong>de</strong> qualquernatureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração <strong>de</strong>sse fun<strong>do</strong>. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 20, <strong>de</strong> 1998)Brasília, 5 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> <strong>1988</strong>.Ulysses Guimarães , Presi<strong>de</strong>nte - Mauro Benevi<strong>de</strong>s , 1.º Vice-Presi<strong>de</strong>nte - Jorge Arbage , 2.ºVice-Presi<strong>de</strong>nte - Marcelo Cor<strong>de</strong>iro , 1.º Secretário - Mário Maia , 2.º Secretário - Arnal<strong>do</strong> Faria<strong>de</strong> Sá , 3.º Secretário - Benedita <strong>da</strong> Silva , 1.º Suplente <strong>de</strong> Secretário - Luiz Soyer , 2.º Suplente<strong>de</strong> Secretário - Sotero Cunha , 3.º Suplente <strong>de</strong> Secretário - Bernar<strong>do</strong> Cabral , Relator Geral -A<strong>do</strong>lfo Oliveira , Relator Adjunto - Antônio Carlos Kon<strong>de</strong>r Reis , Relator Adjunto - José Fogaça ,Relator Adjunto - Abigail Feitosa - Acival Gomes - A<strong>da</strong>uto Pereira - A<strong>de</strong>mir Andra<strong>de</strong> - Adhemar<strong>de</strong> Barros Filho - Adroal<strong>do</strong> Streck - Adylson Motta - Aécio <strong>de</strong> Borba - Aécio Neves - AffonsoCamargo - Afif Domingos - Afonso Arinos - Afonso Sancho - Agassiz Almei<strong>da</strong> - Agripino <strong>de</strong>Oliveira Lima - Airton Cor<strong>de</strong>iro - Airton San<strong>do</strong>val - Alarico Abib - Albano Franco - AlbéricoCor<strong>de</strong>iro - Albérico Filho - Alceni Guerra - Alci<strong>de</strong>s Sal<strong>da</strong>nha - Al<strong>do</strong> Arantes - Alércio Dias -Alexandre Costa - Alexandre Puzyna - Alfre<strong>do</strong> Campos - Almir Gabriel - Aloisio Vasconcelos -Aloysio Chaves - Aloysio Teixeira - Aluizio Bezerra - Aluízio Campos - Álvaro Antônio - ÁlvaroPacheco - Álvaro Valle - Alysson Paulinelli - Amaral Netto - Amaury Müller - Amilcar Moreira -Ângelo Magalhães - Anna Maria Rattes - Annibal Barcellos - Antero <strong>de</strong> Barros - AntônioCâmara - Antônio Carlos Franco - Antonio Carlos Men<strong>de</strong>s Thame - Antônio <strong>de</strong> Jesus - AntonioFerreira - Antonio Gaspar - Antonio Mariz - Antonio Perosa - Antônio Salim Curiati - Antonio


Ueno - Arnal<strong>do</strong> Martins - Arnal<strong>do</strong> Moraes - Arnal<strong>do</strong> Prieto - Arnold Fioravante - Arol<strong>de</strong> <strong>de</strong>Oliveira - Artenir Werner - Artur <strong>da</strong> Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canuto - Átila Lira -Augusto Carvalho - Áureo Mello - Basílio Villani - Benedicto Monteiro - Benito Gama - BethAzize - Bezerra <strong>de</strong> Melo - Bocayuva Cunha - Bonifácio <strong>de</strong> Andra<strong>da</strong> - Bosco França - BrandãoMonteiro - Caio Pompeu - Carlos Alberto - Carlos Alberto Caó - Carlos Benevi<strong>de</strong>s - CarlosCardinal - Carlos Chiarelli - Carlos Cotta - Carlos De’Carli - Carlos Mosconi - Carlos Sant’Anna -Carlos Vinagre - Carlos Virgílio - Carrel Benevi<strong>de</strong>s - Cássio Cunha Lima - Célio <strong>de</strong> Castro -Celso Doura<strong>do</strong> - César Cals Neto - César Maia - Chagas Duarte - Chagas Neto - ChagasRodrigues - Chico Humberto - Christóvam Chiaradia - Cid Carvalho - Cid Sabóia <strong>de</strong> Carvalho -Cláudio Ávila - Cleonâncio Fonseca - Costa Ferreira - Cristina Tavares - Cunha Bueno - DáltonCanabrava - Darcy Deitos - Darcy Pozza - Daso Coimbra - Davi Alves Silva - Del Bosco Amaral- Delfim Netto - Délio Braz - Denisar Arneiro - Dionisio Dal Prá - Dionísio Hage - Dirce TutuQuadros - Dirceu Carneiro - Dival<strong>do</strong> Suruagy - Djenal Gonçalves - Domingos Juvenil -Domingos Leonelli - Doreto Campanari - Edésio Frias - Edison Lobão - Edival<strong>do</strong> Motta - EdmeTavares - Edmilson Valentim - Eduar<strong>do</strong> Bonfim - Eduar<strong>do</strong> Jorge - Eduar<strong>do</strong> Moreira - EgídioFerreira Lima - Elias Murad - Eliel Rodrigues - Eliézer Moreira - Enoc Vieira - Eral<strong>do</strong> Tinoco -Eral<strong>do</strong> Trin<strong>da</strong><strong>de</strong> - Erico Pegoraro - Ervin Bonkoski - Eteval<strong>do</strong> Nogueira - Eucli<strong>de</strong>s Scalco -Eunice Michiles - Eval<strong>do</strong> Gonçalves - Expedito Macha<strong>do</strong> - Ézio Ferreira - Fábio Feldmann -Fábio Raunheitti - Farabulini Júnior - Fausto Fernan<strong>de</strong>s - Fausto Rocha - Felipe Men<strong>de</strong>s -Feres Na<strong>de</strong>r - Fernan<strong>do</strong> Bezerra Coelho - Fernan<strong>do</strong> Cunha - Fernan<strong>do</strong> Gasparian - Fernan<strong>do</strong>Gomes - Fernan<strong>do</strong> Henrique Car<strong>do</strong>so - Fernan<strong>do</strong> Lyra - Fernan<strong>do</strong> Santana - Fernan<strong>do</strong> Velasco- Firmo <strong>de</strong> Castro - Flavio Palmier <strong>da</strong> Veiga - Flávio Rocha - Florestan Fernan<strong>de</strong>s - FloricenoPaixão - França Teixeira - Francisco Amaral - Francisco Benjamim - Francisco Carneiro -Francisco Coelho - Francisco Diógenes - Francisco Dornelles - Francisco Küster - FranciscoPinto - Francisco Rollemberg - Francisco Rossi - Francisco Sales - Furta<strong>do</strong> Leite - GabrielGuerreiro - Gandi Jamil - Gastone Righi - Genebal<strong>do</strong> Correia - Genésio Bernardino - GeovaniBorges - Geral<strong>do</strong> Alckmin Filho - Geral<strong>do</strong> Bulhões - Geral<strong>do</strong> Campos - Geral<strong>do</strong> Fleming -Geral<strong>do</strong> Melo - Gerson Camata - Gerson Marcon<strong>de</strong>s - Gerson Peres - Gi<strong>de</strong>l Dantas - Gil César- Gilson Macha<strong>do</strong> - Gonzaga Patriota - Guilherme Palmeira - Gumercin<strong>do</strong> Milhomem - Gustavo<strong>de</strong> Faria - Harlan Ga<strong>de</strong>lha - Harol<strong>do</strong> Lima - Harol<strong>do</strong> Sabóia - Hélio Costa - Hélio Duque - HélioManhães - Hélio Rosas - Henrique Cór<strong>do</strong>va - Henrique Eduar<strong>do</strong> Alves - Heráclito Fortes -Hermes Zaneti - Hilário Braun - Homero Santos - Humberto Lucena - Humberto Souto - IberêFerreira - Ibsen Pinheiro - Inocêncio Oliveira - Irajá Rodrigues - Iram Saraiva - Irapuan CostaJúnior - Irma Passoni - Ismael Wan<strong>de</strong>rley - Israel Pinheiro - Itamar Franco - Ivo Cersósimo - IvoLech - Ivo Mainardi - Ivo Van<strong>de</strong>rlin<strong>de</strong> - Jacy Scanagatta - Jairo Azi - Jairo Carneiro - JallesFontoura - Jamil Had<strong>da</strong>d - Jarbas Passarinho - Jayme Paliarin - Jayme Santana - Jesual<strong>do</strong>Cavalcanti - Jesus Tajra - Joaci Góes - João Agripino - João Alves - João Calmon - João CarlosBacelar - João Castelo - João Cunha - João <strong>da</strong> Mata - João <strong>de</strong> Deus Antunes - João HerrmannNeto - João Lobo - João Macha<strong>do</strong> Rollemberg - João Menezes - João Natal - João Paulo -João Rezek - Joaquim Bevilácqua - Joaquim Francisco - Joaquim Hayckel - Joaquim Sucena -Jofran Frejat - Jonas Pinheiro - Jonival Lucas - Jorge Bornhausen - Jorge Hage - Jorge Leite -Jorge Uequed - Jorge Vianna - José Agripino - José Camargo - José Carlos Coutinho - JoséCarlos Grecco - José Carlos Martinez - José Carlos Sabóia - José Carlos Vasconcelos - JoséCosta - José <strong>da</strong> Conceição - José Dutra - José Egreja - José Elias - José Fernan<strong>de</strong>s - JoséFreire - José Genoíno - José Geral<strong>do</strong> - José Gue<strong>de</strong>s - José Ignácio Ferreira - José Jorge - JoséLins - José Lourenço - José Luiz <strong>de</strong> Sá - José Luiz Maia - José Maranhão - José Maria Eymael- José Maurício - José Melo - José Men<strong>do</strong>nça Bezerra - José Moura - José Paulo Bisol - JoséQueiroz - José Richa - José Santana <strong>de</strong> Vasconcellos - José Serra - José Tavares - JoséTeixeira - José Thomaz Nonô - José Tinoco - José Ulísses <strong>de</strong> Oliveira - José Viana - JoséYunes - Jovanni Masini - Juarez Antunes - Júlio Campos - Júlio Costamilan - Jutahy Júnior -Jutahy Magalhães - Koyu Iha - Lael Varella - Lavoisier Maia - Leite Chaves - Lélio Souza -Leopol<strong>do</strong> Peres - Leur Lomanto - Levy Dias - Lézio Sathler - Lídice <strong>da</strong> Mata - LourembergNunes Rocha - Lourival Baptista - Lúcia Braga - Lúcia Vânia - Lúcio Alcântara - Luís Eduar<strong>do</strong> -Luís Roberto Ponte - Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Freire - Luiz Gushiken - Luiz Henrique - LuizInácio Lula <strong>da</strong> Silva - Luiz Leal - Luiz Marques - Luiz Salomão - Luiz Viana - Luiz Viana Neto -Lysâneas Maciel - Maguito Vilela - Maluly Neto - Manoel Castro - Manoel Moreira - ManoelRibeiro - Mansueto <strong>de</strong> Lavor - Manuel Viana - Márcia Kubitschek - Márcio Braga - MárcioLacer<strong>da</strong> - Marco Maciel - Marcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lha - Marcos Lima - Marcos Queiroz - Maria <strong>de</strong>Lour<strong>de</strong>s Abadia - Maria Lúcia - Mário Assad - Mário Covas - Mário <strong>de</strong> Oliveira - Mário Lima -Marluce Pinto - Matheus Iensen - Mattos Leão - Maurício Campos - Maurício Correa - Maurício


Fruet - Maurício Nasser - Maurício Pádua - Maurílio Ferreira Lima - Mauro Borges - MauroCampos - Mauro Miran<strong>da</strong> - Mauro Sampaio - Max Rosenmann - Meira Filho - Melo Freire -Mello Reis - Men<strong>de</strong>s Botelho - Men<strong>de</strong>s Canale - Men<strong>de</strong>s Ribeiro - Messias Góis - MessiasSoares - Michel Temer - Milton Barbosa - Milton Lima - Milton Reis - Miral<strong>do</strong> Gomes - MiroTeixeira - Moema São Thiago - Moysés Pimentel - Mozaril<strong>do</strong> Cavalcanti - Mussa Demes -Myrian Portella - Nabor Júnior - Naphtali Alves <strong>de</strong> Souza - Narciso Men<strong>de</strong>s - Nelson Aguiar -Nelson Carneiro - Nelson Jobim - Nelson Sabrá - Nelson Seixas - Nelson We<strong>de</strong>kin - NeltonFriedrich - Nestor Duarte - Ney Maranhão - Nilso Sguarezi - Nilson Gibson - Nion Albernaz -Noel <strong>de</strong> Carvalho - Ny<strong>de</strong>r Barbosa - Octávio Elísio - O<strong>da</strong>cir Soares - Olavo Pires - Olívio Dutra -Onofre Corrêa - Orlan<strong>do</strong> Bezerra - Orlan<strong>do</strong> Pacheco - Oscar Corrêa - Osmar Leitão - OsmirLima - Osmun<strong>do</strong> Rebouças - Osval<strong>do</strong> Ben<strong>de</strong>r - Osval<strong>do</strong> Coelho - Osval<strong>do</strong> Mace<strong>do</strong> - Osval<strong>do</strong>Sobrinho - Oswal<strong>do</strong> Almei<strong>da</strong> - Oswal<strong>do</strong> Trevisan - Ottomar Pinto - Paes <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> - PaesLandim - Paulo Delga<strong>do</strong> - Paulo Macarini - Paulo Marques - Paulo Mincarone - Paulo Paim -Paulo Pimentel - Paulo Ramos - Paulo Roberto - Paulo Roberto Cunha - Paulo Silva - PauloZarzur - Pedro Cane<strong>do</strong> - Pedro Ceolin - Percival Muniz - Pimenta <strong>da</strong> Veiga - Plínio Arru<strong>da</strong>Sampaio - Plínio Martins - Pompeu <strong>de</strong> Sousa - Rachid Sal<strong>da</strong>nha Derzi - Raimun<strong>do</strong> Bezerra -Raimun<strong>do</strong> Lira - Raimun<strong>do</strong> Rezen<strong>de</strong> - Raquel Cândi<strong>do</strong> - Raquel Capiberibe - Raul Belém - RaulFerraz - Renan Calheiros - Renato Bernardi - Renato Johnsson - Renato Vianna - Ricar<strong>do</strong>Fiuza - Ricar<strong>do</strong> Izar - Rita Camata - Rita Furta<strong>do</strong> - Roberto Augusto - Roberto Balestra -Roberto Brant - Roberto Campos - Roberto D’Ávila - Roberto Freire - Roberto Jefferson -Roberto Rollemberg - Roberto Torres - Roberto Vital - Robson Marinho - Rodrigues Palma -Ronal<strong>do</strong> Aragão - Ronal<strong>do</strong> Carvalho - Ronal<strong>do</strong> Cezar Coelho - Ronan Tito - Ronaro Corrêa -Rosa Prata - Rose <strong>de</strong> Freitas - Rospi<strong>de</strong> Netto - Rubem Branquinho - Rubem Medina - RubenFigueiró - Ruberval Pilotto - Ruy Bacelar - Ruy Ne<strong>de</strong>l - Sadie Hauache - Salatiel Carvalho -Samir Achôa - Sandra Cavalcanti - Santinho Furta<strong>do</strong> - Sarney Filho - Saulo Queiroz - SérgioBrito - Sérgio Spa<strong>da</strong> - Sérgio Werneck - Severo Gomes - Sigmaringa Seixas - Sílvio Abreu -Simão Sessim - Siqueira Campos - Sólon Borges <strong>do</strong>s Reis - Stélio Dias - Ta<strong>de</strong>u França - TelmoKirst - Teotonio Vilela Filho - Theo<strong>do</strong>ro Men<strong>de</strong>s - Tito Costa - Ubiratan Aguiar - Ubiratan Spinelli- Uldurico Pinto - Valmir Campelo - Valter Pereira - Vasco Alves - Vicente Bogo - Victor Faccioni- Victor Fontana - Victor Trovão - Vieira <strong>da</strong> Silva - Vilson Souza - Vingt Rosa<strong>do</strong> - ViniciusCansanção - Virgildásio <strong>de</strong> Senna - Virgílio Galassi - Virgílio Guimarães - Vitor Buaiz - Vival<strong>do</strong>Barbosa - Vladimir Palmeira - Wagner Lago - Wal<strong>de</strong>c Ornélas - Waldyr Pugliesi - Walmor <strong>de</strong>Luca - Wilma Maia - Wilson Campos - Wilson Martins - Ziza Vala<strong>da</strong>res.Participantes: Álvaro Dias - Antônio Britto - Bete Men<strong>de</strong>s - Borges <strong>da</strong> Silveira - Car<strong>do</strong>so Alves -Edival<strong>do</strong> Holan<strong>da</strong> - Expedito Júnior - Fa<strong>da</strong>h Gattass - Francisco Dias - Geovah Amarante -Hélio Gueiros - Horácio Ferraz - Hugo Napoleão - Iturival Nascimento - Ivan Bonato - JorgeMe<strong>da</strong>uar - José Men<strong>do</strong>nça <strong>de</strong> Morais - Leopol<strong>do</strong> Bessone - Marcelo Miran<strong>da</strong> - Mauro Fecury -Neuto <strong>de</strong> Conto - Nival<strong>do</strong> Macha<strong>do</strong> - Oswal<strong>do</strong> Lima Filho - Paulo Alma<strong>da</strong> - Prisco Viana - RalphBiasi - Rosário Congro Neto - Sérgio Naya - Ti<strong>de</strong>i <strong>de</strong> Lima.In Memoriam: Alair Ferreira - Antônio Farias - Fábio Lucena - Norberto Schwantes - VirgílioTávora.TÍTULOATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIASXArt. 1º. O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, o Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral e osmembros <strong>do</strong> Congresso Nacional prestarão o compromisso <strong>de</strong> manter, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e cumprir aConstituição, no ato e na <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> sua promulgação.Art. 2º. No dia 7 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1993 o eleitora<strong>do</strong> <strong>de</strong>finirá, através <strong>de</strong> plebiscito, a forma(república ou monarquia constitucional) e o sistema <strong>de</strong> governo (parlamentarismo oupresi<strong>de</strong>ncialismo) que <strong>de</strong>vem vigorar no País. (Vi<strong>de</strong> emen<strong>da</strong> Constitucional nº 2, <strong>de</strong> 1992)§ 1º - Será assegura<strong>da</strong> gratui<strong>da</strong><strong>de</strong> na livre divulgação <strong>de</strong>ssas formas e sistemas, através<strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa cessionários <strong>de</strong> serviço público.


§ 2º - O Tribunal Superior Eleitoral, promulga<strong>da</strong> a Constituição, expedirá as normasregulamenta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong>ste artigo.Art. 3º. A revisão constitucional será realiza<strong>da</strong> após cinco anos, conta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> promulgação<strong>da</strong> Constituição, pelo voto <strong>da</strong> maioria absoluta <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> Congresso Nacional, emsessão unicameral.Art. 4º. O man<strong>da</strong>to <strong>do</strong> atual Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República terminará em 15 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1990.§ 1º - A primeira eleição para Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República após a promulgação <strong>da</strong>Constituição será realiza<strong>da</strong> no dia 15 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1989, não se lhe aplican<strong>do</strong> o disposto noart. 16 <strong>da</strong> Constituição.§ 2º - É assegura<strong>da</strong> a irredutibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> atual representação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> DistritoFe<strong>de</strong>ral na Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s.§ 3º - Os man<strong>da</strong>tos <strong>do</strong>s Governa<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>s Vice-Governa<strong>do</strong>res eleitos em 15 <strong>de</strong>novembro <strong>de</strong> 1986 terminarão em 15 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1991.§ 4º - Os man<strong>da</strong>tos <strong>do</strong>s atuais Prefeitos, Vice-Prefeitos e Verea<strong>do</strong>res terminarão no dia 1º<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1989, com a posse <strong>do</strong>s eleitos.Art. 5º. Não se aplicam às eleições previstas para 15 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>1988</strong> o disposto noart. 16 e as regras <strong>do</strong> art. 77 <strong>da</strong> Constituição.§ 1º - Para as eleições <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>1988</strong> será exigi<strong>do</strong> <strong>do</strong>micílio eleitoral nacircunscrição pelo menos durante os quatro meses anteriores ao pleito, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os candi<strong>da</strong>tosque preencham este requisito, atendi<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>mais exigências <strong>da</strong> lei, ter seu registro efetiva<strong>do</strong>pela Justiça Eleitoral após a promulgação <strong>da</strong> Constituição.§ 2º - Na ausência <strong>de</strong> norma legal específica, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral editaras normas necessárias à realização <strong>da</strong>s eleições <strong>de</strong> <strong>1988</strong>, respeita<strong>da</strong> a legislação vigente.§ 3º - Os atuais parlamentares fe<strong>de</strong>rais e estaduais eleitos Vice-Prefeitos, se convoca<strong>do</strong>sa exercer a função <strong>de</strong> Prefeito, não per<strong>de</strong>rão o man<strong>da</strong>to parlamentar.§ 4º - O número <strong>de</strong> verea<strong>do</strong>res por município será fixa<strong>do</strong>, para a representação a ser eleitaem <strong>1988</strong>, pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral, respeita<strong>do</strong>s os limites estipula<strong>do</strong>s no art.29, IV, <strong>da</strong> Constituição.§ 5º - Para as eleições <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>1988</strong>, ressalva<strong>do</strong>s os que já exercemman<strong>da</strong>to eletivo, são inelegíveis para qualquer cargo, no território <strong>de</strong> jurisdição <strong>do</strong> titular, ocônjuge e os parentes por consangüini<strong>da</strong><strong>de</strong> ou afini<strong>da</strong><strong>de</strong>, até o segun<strong>do</strong> grau, ou por a<strong>do</strong>ção,<strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>Prefeito que tenham exerci<strong>do</strong> mais <strong>da</strong> meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to.Art. 6º. Nos seis meses posteriores à promulgação <strong>da</strong> Constituição, parlamentaresfe<strong>de</strong>rais, reuni<strong>do</strong>s em número não inferior a trinta, po<strong>de</strong>rão requerer ao Tribunal SuperiorEleitoral o registro <strong>de</strong> novo parti<strong>do</strong> político, juntan<strong>do</strong> ao requerimento o manifesto, o estatuto eo programa <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente assina<strong>do</strong>s pelos requerentes.§ 1º - O registro provisório, que será concedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> plano pelo Tribunal Superior Eleitoral,nos termos <strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>fere ao novo parti<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os direitos, <strong>de</strong>veres e prerrogativas <strong>do</strong>satuais, entre eles o <strong>de</strong> participar, sob legen<strong>da</strong> própria, <strong>da</strong>s eleições que vierem a ser realiza<strong>da</strong>snos <strong>do</strong>ze meses seguintes a sua formação.


§ 2º - O novo parti<strong>do</strong> per<strong>de</strong>rá automaticamente seu registro provisório se, no prazo <strong>de</strong>vinte e quatro meses, conta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sua formação, não obtiver registro <strong>de</strong>finitivo no TribunalSuperior Eleitoral, na forma que a lei dispuser.Art. 7º. O <strong>Brasil</strong> propugnará pela formação <strong>de</strong> um tribunal internacional <strong>do</strong>s direitoshumanos.Art. 8º. É concedi<strong>da</strong> anistia aos que, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1946 até a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong>promulgação <strong>da</strong> Constituição, foram atingi<strong>do</strong>s, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> motivação exclusivamentepolítica, por atos <strong>de</strong> exceção, institucionais ou complementares, aos que foram abrangi<strong>do</strong>s peloDecreto Legislativo nº 18, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1961, e aos atingi<strong>do</strong>s pelo Decreto-Lei nº 864,<strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1969, assegura<strong>da</strong>s as promoções, na inativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, ao cargo, emprego,posto ou graduação a que teriam direito se estivessem em serviço ativo, obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong>s os prazos<strong>de</strong> permanência em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> previstos nas leis e regulamentos vigentes, respeita<strong>da</strong>s ascaracterísticas e peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s carreiras <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res públicos civis e militares eobserva<strong>do</strong>s os respectivos regimes jurídicos. (Regulamento)§ 1º - O disposto neste artigo somente gerará efeitos financeiros a partir <strong>da</strong> promulgação<strong>da</strong> Constituição, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a remuneração <strong>de</strong> qualquer espécie em caráter retroativo.§ 2º - Ficam assegura<strong>do</strong>s os benefícios estabeleci<strong>do</strong>s neste artigo aos trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>setor priva<strong>do</strong>, dirigentes e representantes sindicais que, por motivos exclusivamente políticos,tenham si<strong>do</strong> puni<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>miti<strong>do</strong>s ou compeli<strong>do</strong>s ao afastamento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s remunera<strong>da</strong>sque exerciam, bem como aos que foram impedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> exercer ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s profissionais emvirtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos.§ 3º - Aos ci<strong>da</strong>dãos que foram impedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> exercer, na vi<strong>da</strong> civil, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissionalespecífica, em <strong>de</strong>corrência <strong>da</strong>s Portarias Reserva<strong>da</strong>s <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong> Aeronáutica nº S-50-GM5, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1964, e nº S-285-GM5 será concedi<strong>da</strong> reparação <strong>de</strong> naturezaeconômica, na forma que dispuser lei <strong>de</strong> iniciativa <strong>do</strong> Congresso Nacional e a entrar em vigorno prazo <strong>de</strong> <strong>do</strong>ze meses a contar <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição.§ 4º - Aos que, por força <strong>de</strong> atos institucionais, tenham exerci<strong>do</strong> gratuitamente man<strong>da</strong>toeletivo <strong>de</strong> verea<strong>do</strong>r serão computa<strong>do</strong>s, para efeito <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria no serviço público eprevidência social, os respectivos perío<strong>do</strong>s.§ 5º - A anistia concedi<strong>da</strong> nos termos <strong>de</strong>ste artigo aplica-se aos servi<strong>do</strong>res públicos civis eaos emprega<strong>do</strong>s em to<strong>do</strong>s os níveis <strong>de</strong> governo ou em suas fun<strong>da</strong>ções, empresas públicas ouempresas mistas sob controle estatal, exceto nos Ministérios militares, que tenham si<strong>do</strong>puni<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong>miti<strong>do</strong>s por ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s profissionais interrompi<strong>da</strong>s em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> seustrabalha<strong>do</strong>res, bem como em <strong>de</strong>corrência <strong>do</strong> Decreto-Lei nº 1.632, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1978, oupor motivos exclusivamente políticos, assegura<strong>da</strong> a readmissão <strong>do</strong>s que foram atingi<strong>do</strong>s apartir <strong>de</strong> 1979, observa<strong>do</strong> o disposto no § 1º.Art. 9º. Os que, por motivos exclusivamente políticos, foram cassa<strong>do</strong>s ou tiveram seusdireitos políticos suspensos no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> julho a 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1969, por ato <strong>do</strong>então Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, po<strong>de</strong>rão requerer ao Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral oreconhecimento <strong>do</strong>s direitos e vantagens interrompi<strong>do</strong>s pelos atos punitivos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quecomprovem terem si<strong>do</strong> estes eiva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vício grave.Parágrafo único. O Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral proferirá a <strong>de</strong>cisão no prazo <strong>de</strong> cento evinte dias, a contar <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> interessa<strong>do</strong>.Art. 10. Até que seja promulga<strong>da</strong> a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, <strong>da</strong>Constituição:I - fica limita<strong>da</strong> a proteção nele referi<strong>da</strong> ao aumento, para quatro vezes, <strong>da</strong> porcentagemprevista no art. 6º, "caput" e § 1º, <strong>da</strong> Lei nº 5.107, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1966;


II - fica ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a dispensa arbitrária ou sem justa causa:a) <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong> eleito para cargo <strong>de</strong> direção <strong>de</strong> comissões internas <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong>aci<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o registro <strong>de</strong> sua candi<strong>da</strong>tura até um ano após o final <strong>de</strong> seu man<strong>da</strong>to;b) <strong>da</strong> emprega<strong>da</strong> gestante, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a confirmação <strong>da</strong> gravi<strong>de</strong>z até cinco meses após oparto.§ 1º - Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, <strong>da</strong> Constituição, o prazo<strong>da</strong> licença-paterni<strong>da</strong><strong>de</strong> a que se refere o inciso é <strong>de</strong> cinco dias.§ 2º - Até ulterior disposição legal, a cobrança <strong>da</strong>s contribuições para o custeio <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s sindicatos rurais será feita juntamente com a <strong>do</strong> imposto territorial rural, pelomesmo órgão arreca<strong>da</strong><strong>do</strong>r.§ 3º - Na primeira comprovação <strong>do</strong> cumprimento <strong>da</strong>s obrigações trabalhistas peloemprega<strong>do</strong>r rural, na forma <strong>do</strong> art. 233, após a promulgação <strong>da</strong> Constituição, será certifica<strong>da</strong>perante a Justiça <strong>do</strong> Trabalho a regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> contrato e <strong>da</strong>s atualizações <strong>da</strong>s obrigaçõestrabalhistas <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong>.Art. 11. Ca<strong>da</strong> Assembléia Legislativa, com po<strong>de</strong>res constituintes, elaborará a Constituição<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, no prazo <strong>de</strong> um ano, conta<strong>do</strong> <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral, obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong>sos princípios <strong>de</strong>sta.Parágrafo único. Promulga<strong>da</strong> a Constituição <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, caberá à Câmara Municipal, noprazo <strong>de</strong> seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em <strong>do</strong>is turnos <strong>de</strong> discussão e votação,respeita<strong>do</strong> o disposto na Constituição Fe<strong>de</strong>ral e na Constituição Estadual.Art. 12. Será cria<strong>da</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> noventa dias <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, Comissão <strong>de</strong>Estu<strong>do</strong>s Territoriais, com <strong>de</strong>z membros indica<strong>do</strong>s pelo Congresso Nacional e cinco pelo Po<strong>de</strong>rExecutivo, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apresentar estu<strong>do</strong>s sobre o território nacional e anteprojetosrelativos a novas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s territoriais, nota<strong>da</strong>mente na Amazônia Legal e em áreas pen<strong>de</strong>ntes<strong>de</strong> solução.§ 1º - No prazo <strong>de</strong> um ano, a Comissão submeterá ao Congresso Nacional os resulta<strong>do</strong>s<strong>de</strong> seus estu<strong>do</strong>s para, nos termos <strong>da</strong> Constituição, serem aprecia<strong>do</strong>s nos <strong>do</strong>ze mesessubseqüentes, extinguin<strong>do</strong>-se logo após.§ 2º - Os Esta<strong>do</strong>s e os Municípios <strong>de</strong>verão, no prazo <strong>de</strong> três anos, a contar <strong>da</strong>promulgação <strong>da</strong> Constituição, promover, mediante acor<strong>do</strong> ou arbitramento, a <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong>suas linhas divisórias atualmente litigiosas, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> para isso fazer alterações ecompensações <strong>de</strong> área que aten<strong>da</strong>m aos aci<strong>de</strong>ntes naturais, critérios históricos, conveniênciasadministrativas e comodi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s populações limítrofes.§ 3º - Haven<strong>do</strong> solicitação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e Municípios interessa<strong>do</strong>s, a União po<strong>de</strong>ráencarregar-se <strong>do</strong>s trabalhos <strong>de</strong>marcatórios.§ 4º - Se, <strong>de</strong>corri<strong>do</strong> o prazo <strong>de</strong> três anos, a contar <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, ostrabalhos <strong>de</strong>marcatórios não tiverem si<strong>do</strong> concluí<strong>do</strong>s, caberá à União <strong>de</strong>terminar os limites <strong>da</strong>sáreas litigiosas.§ 5º - Ficam reconheci<strong>do</strong>s e homologa<strong>do</strong>s os atuais limites <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Acre com osEsta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Amazonas e <strong>de</strong> Rondônia, conforme levantamentos cartográficos e geodésicosrealiza<strong>do</strong>s pela Comissão Tripartite integra<strong>da</strong> por representantes <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s serviçostécnico-especializa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Instituto <strong>Brasil</strong>eiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística.


Art. 13. É cria<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Tocantins, pelo <strong>de</strong>smembramento <strong>da</strong> área <strong>de</strong>scrita nesteartigo, <strong>da</strong>n<strong>do</strong>-se sua instalação no quadragésimo sexto dia após a eleição prevista no § 3º,mas não antes <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1989.§ 1º - O Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Tocantins integra a Região Norte e limita-se com o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Goiáspelas divisas norte <strong>do</strong>s Municípios <strong>de</strong> São Miguel <strong>do</strong> Araguaia, Porangatu, Formoso, Minaçu,Cavalcante, Monte Alegre <strong>de</strong> Goiás e Campos Belos, conservan<strong>do</strong> a leste, norte e oeste asdivisas atuais <strong>de</strong> Goiás com os Esta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e Mato Grosso.§ 2º - O Po<strong>de</strong>r Executivo <strong>de</strong>signará uma <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> para sua Capital provisóriaaté a aprovação <strong>da</strong> se<strong>de</strong> <strong>de</strong>finitiva <strong>do</strong> governo pela Assembléia Constituinte.§ 3º - O Governa<strong>do</strong>r, o Vice-Governa<strong>do</strong>r, os Sena<strong>do</strong>res, os Deputa<strong>do</strong>s Fe<strong>de</strong>rais e osDeputa<strong>do</strong>s Estaduais serão eleitos, em um único turno, até setenta e cinco dias após apromulgação <strong>da</strong> Constituição, mas não antes <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> <strong>1988</strong>, a critério <strong>do</strong>Tribunal Superior Eleitoral, obe<strong>de</strong>ci<strong>da</strong>s, entre outras, as seguintes normas:I - o prazo <strong>de</strong> filiação partidária <strong>do</strong>s candi<strong>da</strong>tos será encerra<strong>do</strong> setenta e cinco dias antes<strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>da</strong>s eleições;II - as <strong>da</strong>tas <strong>da</strong>s convenções regionais partidárias <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a <strong>de</strong>liberar sobre coligaçõese escolha <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>tos, <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> requerimento <strong>de</strong> registro <strong>do</strong>s candi<strong>da</strong>tosescolhi<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais procedimentos legais serão fixa<strong>da</strong>s, em calendário especial, pelaJustiça Eleitoral;III - são inelegíveis os ocupantes <strong>de</strong> cargos estaduais ou municipais que não se tenham<strong>de</strong>les afasta<strong>do</strong>, em caráter <strong>de</strong>finitivo, setenta e cinco dias antes <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>da</strong>s eleições previstasneste parágrafo;IV - ficam manti<strong>do</strong>s os atuais diretórios regionais <strong>do</strong>s parti<strong>do</strong>s políticos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>Goiás, caben<strong>do</strong> às comissões executivas nacionais <strong>de</strong>signar comissões provisórias no Esta<strong>do</strong><strong>do</strong> Tocantins, nos termos e para os fins previstos na lei.§ 4º - Os man<strong>da</strong>tos <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r, <strong>do</strong> Vice-Governa<strong>do</strong>r, <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Fe<strong>de</strong>rais eEstaduais eleitos na forma <strong>do</strong> parágrafo anterior extinguir-se-ão concomitantemente aos <strong>da</strong>s<strong>de</strong>mais uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração; o man<strong>da</strong>to <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>r eleito menos vota<strong>do</strong> extinguir-se-ánessa mesma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, e os <strong>do</strong>s outros <strong>do</strong>is, juntamente com os <strong>do</strong>s Sena<strong>do</strong>res eleitosem 1986 nos <strong>de</strong>mais Esta<strong>do</strong>s.§ 5º - A Assembléia Estadual Constituinte será instala<strong>da</strong> no quadragésimo sexto dia <strong>da</strong>eleição <strong>de</strong> seus integrantes, mas não antes <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1989, sob a presidência <strong>do</strong>Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Tribunal Regional Eleitoral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Goiás, e <strong>da</strong>rá posse, na mesma <strong>da</strong>ta,ao Governa<strong>do</strong>r e ao Vice-Governa<strong>do</strong>r eleitos.§ 6º - Aplicam-se à criação e instalação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Tocantins, no que couber, as normaslegais disciplina<strong>do</strong>ras <strong>da</strong> divisão <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Mato Grosso, observa<strong>do</strong> o disposto no art. 234<strong>da</strong> Constituição.§ 7º - Fica o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Goiás libera<strong>do</strong> <strong>do</strong>s débitos e encargos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>empreendimentos no território <strong>do</strong> novo Esta<strong>do</strong>, e autoriza<strong>da</strong> a União, a seu critério, a assumiros referi<strong>do</strong>s débitos.Art. 14. Os Territórios Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Roraima e <strong>do</strong> Amapá são transforma<strong>do</strong>s em Esta<strong>do</strong>sFe<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s, manti<strong>do</strong>s seus atuais limites geográficos.§ 1º - A instalação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>r-se-á com a posse <strong>do</strong>s governa<strong>do</strong>res eleitos em 1990.


§ 2º - Aplicam-se à transformação e instalação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Roraima e Amapá asnormas e critérios segui<strong>do</strong>s na criação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Rondônia, respeita<strong>do</strong> o disposto naConstituição e neste Ato.§ 3º - O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, até quarenta e cinco dias após a promulgação <strong>da</strong>Constituição, encaminhará à apreciação <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral os nomes <strong>do</strong>s governa<strong>do</strong>res <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Roraima e <strong>do</strong> Amapá que exercerão o Po<strong>de</strong>r Executivo até a instalação <strong>do</strong>s novosEsta<strong>do</strong>s com a posse <strong>do</strong>s governa<strong>do</strong>res eleitos.§ 4º - Enquanto não concretiza<strong>da</strong> a transformação em Esta<strong>do</strong>s, nos termos <strong>de</strong>ste artigo,os Territórios Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Roraima e <strong>do</strong> Amapá serão beneficia<strong>do</strong>s pela transferência <strong>de</strong>recursos prevista nos arts. 159, I, "a", <strong>da</strong> Constituição, e 34, § 2º, II, <strong>de</strong>ste Ato.Art. 15. Fica extinto o Território Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Fernan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Noronha, sen<strong>do</strong> sua áreareincorpora<strong>da</strong> ao Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pernambuco.Art. 16. Até que se efetive o disposto no art. 32, § 2º, <strong>da</strong> Constituição, caberá aoPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, com a aprovação <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, indicar o Governa<strong>do</strong>r e o Vice-Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral.§ 1º - A competência <strong>da</strong> Câmara Legislativa <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, até que se instale, seráexerci<strong>da</strong> pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral.§ 2º - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial <strong>do</strong> DistritoFe<strong>de</strong>ral, enquanto não for instala<strong>da</strong> a Câmara Legislativa, será exerci<strong>da</strong> pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral,mediante controle externo, com o auxílio <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, observa<strong>do</strong>o disposto no art. 72 <strong>da</strong> Constituição.§ 3º - Incluem-se entre os bens <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral aqueles que lhe vierem a ser atribuí<strong>do</strong>spela União na forma <strong>da</strong> lei.Art. 17. Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e os adicionais, bem como osproventos <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria que estejam sen<strong>do</strong> percebi<strong>do</strong>s em <strong>de</strong>sacor<strong>do</strong> com a Constituiçãoserão imediatamente reduzi<strong>do</strong>s aos limites <strong>de</strong>la <strong>de</strong>correntes, não se admitin<strong>do</strong>, neste caso,invocação <strong>de</strong> direito adquiri<strong>do</strong> ou percepção <strong>de</strong> excesso a qualquer título.§ 1º - É assegura<strong>do</strong> o exercício cumulativo <strong>de</strong> <strong>do</strong>is cargos ou empregos privativos <strong>de</strong>médico que estejam sen<strong>do</strong> exerci<strong>do</strong>s por médico militar na administração pública direta ouindireta.§ 2º - É assegura<strong>do</strong> o exercício cumulativo <strong>de</strong> <strong>do</strong>is cargos ou empregos privativos <strong>de</strong>profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que estejam sen<strong>do</strong> exerci<strong>do</strong>s na administração pública direta ouindireta.Art. 18. Ficam extintos os efeitos jurídicos <strong>de</strong> qualquer ato legislativo ou administrativo,lavra<strong>do</strong> a partir <strong>da</strong> instalação <strong>da</strong> Assembléia Nacional Constituinte, que tenha por objeto aconcessão <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> a servi<strong>do</strong>r admiti<strong>do</strong> sem concurso público, <strong>da</strong> administração diretaou indireta, inclusive <strong>da</strong>s fun<strong>da</strong>ções instituí<strong>da</strong>s e manti<strong>da</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público.Art. 19. Os servi<strong>do</strong>res públicos civis <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>sMunicípios, <strong>da</strong> administração direta, autárquica e <strong>da</strong>s fun<strong>da</strong>ções públicas, em exercício na <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, há pelo menos cinco anos continua<strong>do</strong>s, e que não tenhamsi<strong>do</strong> admiti<strong>do</strong>s na forma regula<strong>da</strong> no art. 37, <strong>da</strong> Constituição, são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s estáveis noserviço público.§ 1º - O tempo <strong>de</strong> serviço <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res referi<strong>do</strong>s neste artigo será conta<strong>do</strong> como títuloquan<strong>do</strong> se submeterem a concurso para fins <strong>de</strong> efetivação, na forma <strong>da</strong> lei.


§ 2º - O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes <strong>de</strong> cargos, funções e empregos<strong>de</strong> confiança ou em comissão, nem aos que a lei <strong>de</strong>clare <strong>de</strong> livre exoneração, cujo tempo <strong>de</strong>serviço não será computa<strong>do</strong> para os fins <strong>do</strong> "caput" <strong>de</strong>ste artigo, exceto se se tratar <strong>de</strong>servi<strong>do</strong>r.§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos professores <strong>de</strong> nível superior, nos termos<strong>da</strong> lei.Art. 20. Dentro <strong>de</strong> cento e oitenta dias, proce<strong>de</strong>r-se-á à revisão <strong>do</strong>s direitos <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>respúblicos inativos e pensionistas e à atualização <strong>do</strong>s proventos e pensões a eles <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s, a fim<strong>de</strong> ajustá-los ao disposto na Constituição.Art. 21. Os juízes toga<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investidura limita<strong>da</strong> no tempo, admiti<strong>do</strong>s mediante concursopúblico <strong>de</strong> provas e títulos e que estejam em exercício na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong>Constituição, adquirem estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, observa<strong>do</strong> o estágio probatório, e passam a comporquadro em extinção, manti<strong>da</strong>s as competências, prerrogativas e restrições <strong>da</strong> legislação a quese achavam submeti<strong>do</strong>s, salvo as inerentes à transitorie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> investidura.Parágrafo único. A aposenta<strong>do</strong>ria <strong>do</strong>s juízes <strong>de</strong> que trata este artigo regular-se-á pelasnormas fixa<strong>da</strong>s para os <strong>de</strong>mais juízes estaduais.Art. 22. É assegura<strong>do</strong> aos <strong>de</strong>fensores públicos investi<strong>do</strong>s na função até a <strong>da</strong>ta <strong>de</strong>instalação <strong>da</strong> Assembléia Nacional Constituinte o direito <strong>de</strong> opção pela carreira, com aobservância <strong>da</strong>s garantias e ve<strong>da</strong>ções previstas no art. 134, parágrafo único, <strong>da</strong> Constituição.Art. 23. Até que se edite a regulamentação <strong>do</strong> art. 21, XVI, <strong>da</strong> Constituição, os atuaisocupantes <strong>do</strong> cargo <strong>de</strong> censor fe<strong>de</strong>ral continuarão exercen<strong>do</strong> funções com este compatíveis,no Departamento <strong>de</strong> Polícia Fe<strong>de</strong>ral, observa<strong>da</strong>s as disposições constitucionais.Parágrafo único. A lei referi<strong>da</strong> disporá sobre o aproveitamento <strong>do</strong>s Censores Fe<strong>de</strong>rais,nos termos <strong>de</strong>ste artigo.Art. 24. A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios editarão leis queestabeleçam critérios para a compatibilização <strong>de</strong> seus quadros <strong>de</strong> pessoal ao disposto no art.39 <strong>da</strong> Constituição e à reforma administrativa <strong>de</strong>la <strong>de</strong>corrente, no prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito meses,conta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> sua promulgação.Art. 25. Ficam revoga<strong>do</strong>s, a partir <strong>de</strong> cento e oitenta dias <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição,sujeito este prazo a prorrogação por lei, to<strong>do</strong>s os dispositivos legais que atribuam ou <strong>de</strong>leguema órgão <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo competência assinala<strong>da</strong> pela Constituição ao Congresso Nacional,especialmente no que tange a:I - ação normativa;II - alocação ou transferência <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> qualquer espécie.§ 1º - Os <strong>de</strong>cretos-lei em tramitação no Congresso Nacional e por este não aprecia<strong>do</strong>s atéa promulgação <strong>da</strong> Constituição terão seus efeitos regula<strong>do</strong>s <strong>da</strong> seguinte forma:I - se edita<strong>do</strong>s até 2 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> <strong>1988</strong>, serão aprecia<strong>do</strong>s pelo Congresso Nacional noprazo <strong>de</strong> até cento e oitenta dias a contar <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, não computa<strong>do</strong> orecesso parlamentar;II - <strong>de</strong>corri<strong>do</strong> o prazo <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> no inciso anterior, e não haven<strong>do</strong> apreciação, os <strong>de</strong>cretosleialí menciona<strong>do</strong>s serão consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s rejeita<strong>do</strong>s;


III - nas hipóteses <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s nos incisos I e II, terão plena vali<strong>da</strong><strong>de</strong> os atos pratica<strong>do</strong>s navigência <strong>do</strong>s respectivos <strong>de</strong>cretos-lei, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o Congresso Nacional, se necessário, legislarsobre os efeitos <strong>de</strong>les remanescentes.§ 2º - Os <strong>de</strong>cretos-lei edita<strong>do</strong>s entre 3 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> <strong>1988</strong> e a promulgação <strong>da</strong>Constituição serão converti<strong>do</strong>s, nesta <strong>da</strong>ta, em medi<strong>da</strong>s provisórias, aplican<strong>do</strong>-se-lhes asregras estabeleci<strong>da</strong>s no art. 62, parágrafo único.Art. 26. No prazo <strong>de</strong> um ano a contar <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, o CongressoNacional promoverá, através <strong>de</strong> Comissão mista, exame analítico e pericial <strong>do</strong>s atos e fatosgera<strong>do</strong>res <strong>do</strong> endivi<strong>da</strong>mento externo brasileiro.§ 1º - A Comissão terá a força legal <strong>de</strong> Comissão parlamentar <strong>de</strong> inquérito para os fins <strong>de</strong>requisição e convocação, e atuará com o auxílio <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União.§ 2º - Apura<strong>da</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>, o Congresso Nacional proporá ao Po<strong>de</strong>r Executivo a<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> nuli<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ato e encaminhará o processo ao Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral, queformalizará, no prazo <strong>de</strong> sessenta dias, a ação cabível.Art. 27. O Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça será instala<strong>do</strong> sob a Presidência <strong>do</strong> SupremoTribunal Fe<strong>de</strong>ral.§ 1º - Até que se instale o Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça, o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ralexercerá as atribuições e competências <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s na or<strong>de</strong>m constitucional prece<strong>de</strong>nte.§ 2º - A composição inicial <strong>do</strong> Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça far-se-á:I - pelo aproveitamento <strong>do</strong>s Ministros <strong>do</strong> Tribunal Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Recursos;II - pela nomeação <strong>do</strong>s Ministros que sejam necessários para completar o númeroestabeleci<strong>do</strong> na Constituição.§ 3º - Para os efeitos <strong>do</strong> disposto na Constituição, os atuais Ministros <strong>do</strong> Tribunal Fe<strong>de</strong>ral<strong>de</strong> Recursos serão consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s pertencentes à classe <strong>de</strong> que provieram, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong> suanomeação.§ 4º - Instala<strong>do</strong> o Tribunal, os Ministros aposenta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Tribunal Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Recursostornar-se-ão, automaticamente, Ministros aposenta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça.§ 5º - Os Ministros a que se refere o § 2º, II, serão indica<strong>do</strong>s em lista tríplice pelo TribunalFe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Recursos, observa<strong>do</strong> o disposto no art. 104, parágrafo único, <strong>da</strong> Constituição.§ 6º - Ficam cria<strong>do</strong>s cinco Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais, a serem instala<strong>do</strong>s no prazo <strong>de</strong>seis meses a contar <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, com a jurisdição e se<strong>de</strong> que lhes fixar oTribunal Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Recursos, ten<strong>do</strong> em conta o número <strong>de</strong> processos e sua localizaçãogeográfica.§ 7º - Até que se instalem os Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais, o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>Recursos exercerá a competência a eles atribuí<strong>da</strong> em to<strong>do</strong> o território nacional, caben<strong>do</strong>-lhepromover sua instalação e indicar os candi<strong>da</strong>tos a to<strong>do</strong>s os cargos <strong>da</strong> composição inicial,mediante lista tríplice, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta constar juízes fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> qualquer região, observa<strong>do</strong> odisposto no § 9º.§ 8º - É ve<strong>da</strong><strong>do</strong>, a partir <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, o provimento <strong>de</strong> vagas <strong>de</strong>Ministros <strong>do</strong> Tribunal Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Recursos.


§ 9º - Quan<strong>do</strong> não houver juiz fe<strong>de</strong>ral que conte o tempo mínimo previsto no art. 107, II,<strong>da</strong> Constituição, a promoção po<strong>de</strong>rá contemplar juiz com menos <strong>de</strong> cinco anos no exercício <strong>do</strong>cargo.§ 10 - Compete à Justiça Fe<strong>de</strong>ral julgar as ações nela propostas até a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong>promulgação <strong>da</strong> Constituição, e aos Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais bem como ao SuperiorTribunal <strong>de</strong> Justiça julgar as ações rescisórias <strong>da</strong>s <strong>de</strong>cisões até então proferi<strong>da</strong>s pela JustiçaFe<strong>de</strong>ral, inclusive <strong>da</strong>quelas cuja matéria tenha passa<strong>do</strong> à competência <strong>de</strong> outro ramo <strong>do</strong>Judiciário.Art. 28. Os juízes fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> que trata o art. 123, § 2º, <strong>da</strong> Constituição <strong>de</strong> 1967, com are<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 7, <strong>de</strong> 1977, ficam investi<strong>do</strong>s na titulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>varas na Seção Judiciária para a qual tenham si<strong>do</strong> nomea<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong>signa<strong>do</strong>s; na inexistência<strong>de</strong> vagas, proce<strong>de</strong>r-se-á ao <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento <strong>da</strong>s varas existentes.Parágrafo único. Para efeito <strong>de</strong> promoção por antigüi<strong>da</strong><strong>de</strong>, o tempo <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong>ssesjuízes será computa<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> dia <strong>de</strong> sua posse.Art. 29. Enquanto não aprova<strong>da</strong>s as leis complementares relativas ao Ministério Público eà Advocacia-Geral <strong>da</strong> União, o Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral, a Procura<strong>do</strong>ria-Geral <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>Nacional, as Consultorias Jurídicas <strong>do</strong>s Ministérios, as Procura<strong>do</strong>rias e DepartamentosJurídicos <strong>de</strong> autarquias fe<strong>de</strong>rais com representação própria e os membros <strong>da</strong>s Procura<strong>do</strong>rias<strong>da</strong>s Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s fun<strong>da</strong>cionais públicas continuarão a exercer suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s na área <strong>da</strong>srespectivas atribuições.§ 1º - O Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, no prazo <strong>de</strong> cento e vinte dias, encaminhará aoCongresso Nacional projeto <strong>de</strong> lei complementar dispon<strong>do</strong> sobre a organização e ofuncionamento <strong>da</strong> Advocacia-Geral <strong>da</strong> União.§ 2º - Aos atuais Procura<strong>do</strong>res <strong>da</strong> República, nos termos <strong>da</strong> lei complementar, seráfaculta<strong>da</strong> a opção, <strong>de</strong> forma irretratável, entre as carreiras <strong>do</strong> Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral e <strong>da</strong>Advocacia-Geral <strong>da</strong> União.§ 3º - Po<strong>de</strong>rá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, omembro <strong>do</strong> Ministério Público admiti<strong>do</strong> antes <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, observan<strong>do</strong>-se,quanto às ve<strong>da</strong>ções, a situação jurídica na <strong>da</strong>ta <strong>de</strong>sta.§ 4º - Os atuais integrantes <strong>do</strong> quadro suplementar <strong>do</strong>s Ministérios Públicos <strong>do</strong> Trabalho eMilitar que tenham adquiri<strong>do</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> nessas funções passam a integrar o quadro <strong>da</strong>respectiva carreira.§ 5º - Cabe à atual Procura<strong>do</strong>ria-Geral <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> Nacional, diretamente ou por<strong>de</strong>legação, que po<strong>de</strong> ser ao Ministério Público Estadual, representar judicialmente a União nascausas <strong>de</strong> natureza fiscal, na área <strong>da</strong> respectiva competência, até a promulgação <strong>da</strong>s leiscomplementares previstas neste artigo.Art. 30. A legislação que criar a justiça <strong>de</strong> paz manterá os atuais juízes <strong>de</strong> paz até a posse<strong>do</strong>s novos titulares, asseguran<strong>do</strong>-lhes os direitos e atribuições conferi<strong>do</strong>s a estes, e <strong>de</strong>signaráo dia para a eleição prevista no art. 98, II, <strong>da</strong> Constituição.Art. 31. Serão estatiza<strong>da</strong>s as serventias <strong>do</strong> foro judicial, assim <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s em lei,respeita<strong>do</strong>s os direitos <strong>do</strong>s atuais titulares.Art. 32. O disposto no art. 236 não se aplica aos serviços notariais e <strong>de</strong> registro que játenham si<strong>do</strong> oficializa<strong>do</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público, respeitan<strong>do</strong>-se o direito <strong>de</strong> seus servi<strong>do</strong>res.Art. 33. Ressalva<strong>do</strong>s os créditos <strong>de</strong> natureza alimentar, o valor <strong>do</strong>s precatórios judiciaispen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> pagamento na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, incluí<strong>do</strong> o remanescente <strong>de</strong>


juros e correção monetária, po<strong>de</strong>rá ser pago em moe<strong>da</strong> corrente, com atualização, emprestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo <strong>de</strong> oito anos, a partir <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> julho<strong>de</strong> 1989, por <strong>de</strong>cisão edita<strong>da</strong> pelo Po<strong>de</strong>r Executivo até cento e oitenta dias <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong>Constituição.Parágrafo único. Po<strong>de</strong>rão as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>ras, para o cumprimento <strong>do</strong> disposto nesteartigo, emitir, em ca<strong>da</strong> ano, no exato montante <strong>do</strong> dispêndio, títulos <strong>de</strong> dívi<strong>da</strong> pública nãocomputáveis para efeito <strong>do</strong> limite global <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento.Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir <strong>do</strong> primeiro dia <strong>do</strong> quintomês seguinte ao <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, manti<strong>do</strong>, até então, o <strong>da</strong> Constituição <strong>de</strong>1967, com a re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> nº 1, <strong>de</strong> 1969, e pelas posteriores.§ 1º - Entrarão em vigor com a promulgação <strong>da</strong> Constituição os arts. 148, 149, 150, 154, I,156, III, e 159, I, "c", revoga<strong>da</strong>s as disposições em contrário <strong>da</strong> Constituição <strong>de</strong> 1967 e <strong>da</strong>sEmen<strong>da</strong>s que a modificaram, especialmente <strong>de</strong> seu art. 25, III.§ 2º - O Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Participação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e o Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong>Participação <strong>do</strong>s Municípios obe<strong>de</strong>cerão às seguintes <strong>de</strong>terminações:I - a partir <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, os percentuais serão, respectivamente, <strong>de</strong><strong>de</strong>zoito por cento e <strong>de</strong> vinte por cento, calcula<strong>do</strong>s sobre o produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>simpostos referi<strong>do</strong>s no art. 153, III e IV, manti<strong>do</strong>s os atuais critérios <strong>de</strong> rateio até a entra<strong>da</strong> emvigor <strong>da</strong> lei complementar a que se refere o art. 161, II;II - o percentual relativo ao Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Participação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral seráacresci<strong>do</strong> <strong>de</strong> um ponto percentual no exercício financeiro <strong>de</strong> 1989 e, a partir <strong>de</strong> 1990, inclusive,à razão <strong>de</strong> meio ponto por exercício, até 1992, inclusive, atingin<strong>do</strong> em 1993 o percentualestabeleci<strong>do</strong> no art. 159, I, "a";III - o percentual relativo ao Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Participação <strong>do</strong>s Municípios, a partir <strong>de</strong> 1989,inclusive, será eleva<strong>do</strong> à razão <strong>de</strong> meio ponto percentual por exercício financeiro, até atingir oestabeleci<strong>do</strong> no art. 159, I, "b".§ 3º - Promulga<strong>da</strong> a Constituição, a União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípiospo<strong>de</strong>rão editar as leis necessárias à aplicação <strong>do</strong> sistema tributário nacional nela previsto.§ 4º - As leis edita<strong>da</strong>s nos termos <strong>do</strong> parágrafo anterior produzirão efeitos a partir <strong>da</strong>entra<strong>da</strong> em vigor <strong>do</strong> sistema tributário nacional previsto na Constituição.§ 5º - Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegura<strong>da</strong> a aplicação <strong>da</strong> legislaçãoanterior, no que não seja incompatível com ele e com a legislação referi<strong>da</strong> nos §3º e § 4º.§ 6º - Até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1989, o disposto no art. 150, III, "b", não se aplica aosimpostos <strong>de</strong> que tratam os arts. 155, I, "a" e "b", e 156, II e III, que po<strong>de</strong>m ser cobra<strong>do</strong>s trintadias após a publicação <strong>da</strong> lei que os tenha instituí<strong>do</strong> ou aumenta<strong>do</strong>.§ 7º - Até que sejam fixa<strong>da</strong>s em lei complementar, as alíquotas máximas <strong>do</strong> impostomunicipal sobre ven<strong>da</strong>s a varejo <strong>de</strong> combustíveis líqui<strong>do</strong>s e gasosos não exce<strong>de</strong>rão a três porcento.§ 8º - Se, no prazo <strong>de</strong> sessenta dias conta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, não foredita<strong>da</strong> a lei complementar necessária à instituição <strong>do</strong> imposto <strong>de</strong> que trata o art. 155, I, "b", osEsta<strong>do</strong>s e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral, mediante convênio celebra<strong>do</strong> nos termos <strong>da</strong> Lei Complementar nº24, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1975, fixarão normas para regular provisoriamente a matéria.


§ 9º - Até que lei complementar disponha sobre a matéria, as empresas distribui<strong>do</strong>ras <strong>de</strong>energia elétrica, na condição <strong>de</strong> contribuintes ou <strong>de</strong> substitutos tributários, serão asresponsáveis, por ocasião <strong>da</strong> saí<strong>da</strong> <strong>do</strong> produto <strong>de</strong> seus estabelecimentos, ain<strong>da</strong> que <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>a outra uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, pelo pagamento <strong>do</strong> imposto sobre operações relativas àcirculação <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias inci<strong>de</strong>nte sobre energia elétrica, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a produção ou importaçãoaté a última operação, calcula<strong>do</strong> o imposto sobre o preço então pratica<strong>do</strong> na operação final eassegura<strong>do</strong> seu recolhimento ao Esta<strong>do</strong> ou ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral, conforme o local on<strong>de</strong> <strong>de</strong>vaocorrer essa operação.§ 10 - Enquanto não entrar em vigor a lei prevista no art. 159, I, "c", cuja promulgação sefará até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1989, é assegura<strong>da</strong> a aplicação <strong>do</strong>s recursos previstos naqueledispositivo <strong>da</strong> seguinte maneira:I - seis décimos por cento na Região Norte, através <strong>do</strong> Banco <strong>da</strong> Amazônia S.A.;II - um inteiro e oito décimos por cento na Região Nor<strong>de</strong>ste, através <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste<strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> S.A.;III - seis décimos por cento na Região Centro-Oeste, através <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> S.A.§ 11 - Fica cria<strong>do</strong>, nos termos <strong>da</strong> lei, o Banco <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong> Centro-Oeste, para<strong>da</strong>r cumprimento, na referi<strong>da</strong> região, ao que <strong>de</strong>terminam os arts. 159, I, "c", e 192, § 2º, <strong>da</strong>Constituição.§ 12 - A urgência prevista no art. 148, II, não prejudica a cobrança <strong>do</strong> empréstimocompulsório instituí<strong>do</strong>, em benefício <strong>da</strong>s Centrais Elétricas <strong>Brasil</strong>eiras S.A. (Eletrobrás), pelaLei nº 4.156, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1962, com as alterações posteriores.Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumpri<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma progressiva, no prazo <strong>de</strong> até<strong>de</strong>z anos, distribuin<strong>do</strong>-se os recursos entre as regiões macroeconômicas em razãoproporcional à população, a partir <strong>da</strong> situação verifica<strong>da</strong> no biênio 1986-87.§ 1º - Para aplicação <strong>do</strong>s critérios <strong>de</strong> que trata este artigo, excluem-se <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas totaisas relativas:I - aos projetos consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s prioritários no plano plurianual;II - à segurança e <strong>de</strong>fesa nacional;III - à manutenção <strong>do</strong>s órgãos fe<strong>de</strong>rais no Distrito Fe<strong>de</strong>ral;IV - ao Congresso Nacional, ao Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União e ao Po<strong>de</strong>r Judiciário;V - ao serviço <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> <strong>da</strong> administração direta e indireta <strong>da</strong> União, inclusive fun<strong>da</strong>çõesinstituí<strong>da</strong>s e manti<strong>da</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público fe<strong>de</strong>ral.§ 2º - Até a entra<strong>da</strong> em vigor <strong>da</strong> lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II,serão obe<strong>de</strong>ci<strong>da</strong>s as seguintes normas:I - o projeto <strong>do</strong> plano plurianual, para vigência até o final <strong>do</strong> primeiro exercício financeiro<strong>do</strong> man<strong>da</strong>to presi<strong>de</strong>ncial subseqüente, será encaminha<strong>do</strong> até quatro meses antes <strong>do</strong>encerramento <strong>do</strong> primeiro exercício financeiro e <strong>de</strong>volvi<strong>do</strong> para sanção até o encerramento <strong>da</strong>sessão legislativa;II - o projeto <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias será encaminha<strong>do</strong> até oito meses e meioantes <strong>do</strong> encerramento <strong>do</strong> exercício financeiro e <strong>de</strong>volvi<strong>do</strong> para sanção até o encerramento <strong>do</strong>primeiro perío<strong>do</strong> <strong>da</strong> sessão legislativa;


III - o projeto <strong>de</strong> lei orçamentária <strong>da</strong> União será encaminha<strong>do</strong> até quatro meses antes <strong>do</strong>encerramento <strong>do</strong> exercício financeiro e <strong>de</strong>volvi<strong>do</strong> para sanção até o encerramento <strong>da</strong> sessãolegislativa.Art. 36. Os fun<strong>do</strong>s existentes na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, excetua<strong>do</strong>s osresultantes <strong>de</strong> isenções fiscais que passem a integrar patrimônio priva<strong>do</strong> e os que interessem à<strong>de</strong>fesa nacional, extinguir-se-ão, se não forem ratifica<strong>do</strong>s pelo Congresso Nacional no prazo <strong>de</strong><strong>do</strong>is anos.Art. 37. A a<strong>da</strong>ptação ao que estabelece o art. 167, III, <strong>de</strong>verá processar-se no prazo <strong>de</strong>cinco anos, reduzin<strong>do</strong>-se o excesso à base <strong>de</strong>, pelo menos, um quinto por ano.Art. 38. Até a promulgação <strong>da</strong> lei complementar referi<strong>da</strong> no art. 169, a União, os Esta<strong>do</strong>s,o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios não po<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>r com pessoal mais <strong>do</strong> que sessenta ecinco por cento <strong>do</strong> valor <strong>da</strong>s respectivas receitas correntes.Parágrafo único. A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios, quan<strong>do</strong> arespectiva <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> pessoal exce<strong>de</strong>r o limite previsto neste artigo, <strong>de</strong>verão retornar àquelelimite, reduzin<strong>do</strong> o percentual exce<strong>de</strong>nte à razão <strong>de</strong> um quinto por ano.Art. 39. Para efeito <strong>do</strong> cumprimento <strong>da</strong>s disposições constitucionais que impliquemvariações <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas e receitas <strong>da</strong> União, após a promulgação <strong>da</strong> Constituição, o Po<strong>de</strong>rExecutivo <strong>de</strong>verá elaborar e o Po<strong>de</strong>r Legislativo apreciar projeto <strong>de</strong> revisão <strong>da</strong> lei orçamentáriareferente ao exercício financeiro <strong>de</strong> 1989.Parágrafo único. O Congresso Nacional <strong>de</strong>verá votar no prazo <strong>de</strong> <strong>do</strong>ze meses a leicomplementar prevista no art. 161, II.Art. 40. É manti<strong>da</strong> a Zona Franca <strong>de</strong> Manaus, com suas características <strong>de</strong> área livre <strong>de</strong>comércio, <strong>de</strong> exportação e importação, e <strong>de</strong> incentivos fiscais, pelo prazo <strong>de</strong> vinte e cinco anos,a partir <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição.Parágrafo único. Somente por lei fe<strong>de</strong>ral po<strong>de</strong>m ser modifica<strong>do</strong>s os critérios quedisciplinaram ou venham a disciplinar a aprovação <strong>do</strong>s projetos na Zona Franca <strong>de</strong> Manaus.Art. 41. Os Po<strong>de</strong>res Executivos <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>sMunicípios reavaliarão to<strong>do</strong>s os incentivos fiscais <strong>de</strong> natureza setorial ora em vigor, propon<strong>do</strong>aos Po<strong>de</strong>res Legislativos respectivos as medi<strong>da</strong>s cabíveis.§ 1º - Consi<strong>de</strong>rar-se-ão revoga<strong>do</strong>s após <strong>do</strong>is anos, a partir <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong>Constituição, os incentivos que não forem confirma<strong>do</strong>s por lei.§ 2º - A revogação não prejudicará os direitos que já tiverem si<strong>do</strong> adquiri<strong>do</strong>s, àquela <strong>da</strong>ta,em relação a incentivos concedi<strong>do</strong>s sob condição e com prazo certo.§ 3º - Os incentivos concedi<strong>do</strong>s por convênio entre Esta<strong>do</strong>s, celebra<strong>do</strong>s nos termos <strong>do</strong> art.23, § 6º, <strong>da</strong> Constituição <strong>de</strong> 1967, com a re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 1, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong>outubro <strong>de</strong> 1969, também <strong>de</strong>verão ser reavalia<strong>do</strong>s e reconfirma<strong>do</strong>s nos prazos <strong>de</strong>ste artigo.Art. 42. Durante 25 (vinte e cinco) anos, a União aplicará, <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s àirrigação: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Contitucional nº 43, <strong>de</strong> 15.4.2004)I - vinte por cento na Região Centro-Oeste;II - cinqüenta por cento na Região Nor<strong>de</strong>ste, preferencialmente no semi-ári<strong>do</strong>.


Art. 43. Na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> lei que disciplinar a pesquisa e a lavra <strong>de</strong> recursos ejazi<strong>da</strong>s minerais, ou no prazo <strong>de</strong> um ano, a contar <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, tornar-seãosem efeito as autorizações, concessões e <strong>de</strong>mais títulos atributivos <strong>de</strong> direitos minerários,caso os trabalhos <strong>de</strong> pesquisa ou <strong>de</strong> lavra não hajam si<strong>do</strong> comprova<strong>da</strong>mente inicia<strong>do</strong>s nosprazos legais ou estejam inativos. (Regulamento)Art. 44. As atuais empresas brasileiras titulares <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> pesquisa, concessão <strong>de</strong>lavra <strong>de</strong> recursos minerais e <strong>de</strong> aproveitamento <strong>do</strong>s potenciais <strong>de</strong> energia hidráulica em vigorterão quatro anos, a partir <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, para cumprir os requisitos <strong>do</strong> art.176, § 1º.§ 1º - Ressalva<strong>da</strong>s as disposições <strong>de</strong> interesse nacional previstas no texto constitucional,as empresas brasileiras ficarão dispensa<strong>da</strong>s <strong>do</strong> cumprimento <strong>do</strong> disposto no art. 176, § 1º,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, no prazo <strong>de</strong> até quatro anos <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, tenham oproduto <strong>de</strong> sua lavra e beneficiamento <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a industrialização no território nacional, emseus próprios estabelecimentos ou em empresa industrial controla<strong>do</strong>ra ou controla<strong>da</strong>.§ 2º - Ficarão também dispensa<strong>da</strong>s <strong>do</strong> cumprimento <strong>do</strong> disposto no art. 176, § 1º, asempresas brasileiras titulares <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> energia hidráulica para uso em seu processo <strong>de</strong>industrialização.§ 3º - As empresas brasileiras referi<strong>da</strong>s no § 1º somente po<strong>de</strong>rão ter autorizações <strong>de</strong>pesquisa e concessões <strong>de</strong> lavra ou potenciais <strong>de</strong> energia hidráulica, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a energia e oproduto <strong>da</strong> lavra sejam utiliza<strong>do</strong>s nos respectivos processos industriais.Art. 45. Ficam excluí<strong>da</strong>s <strong>do</strong> monopólio estabeleci<strong>do</strong> pelo art. 177, II, <strong>da</strong> Constituição asrefinarias em funcionamento no País ampara<strong>da</strong>s pelo art. 43 e nas condições <strong>do</strong> art. 45 <strong>da</strong> Leinº 2.004, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1953.Parágrafo único. Ficam ressalva<strong>do</strong>s <strong>da</strong> ve<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> art. 177, § 1º, os contratos <strong>de</strong> riscofeitos com a Petróleo <strong>Brasil</strong>eiro S.A. (Petrobrás), para pesquisa <strong>de</strong> petróleo, que estejam emvigor na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição.Art. 46. São sujeitos à correção monetária <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o vencimento, até seu efetivopagamento, sem interrupção ou suspensão, os créditos junto a enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s submeti<strong>da</strong>s aosregimes <strong>de</strong> intervenção ou liqui<strong>da</strong>ção extrajudicial, mesmo quan<strong>do</strong> esses regimes sejamconverti<strong>do</strong>s em falência.Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se também:I - às operações realiza<strong>da</strong>s posteriormente à <strong>de</strong>cretação <strong>do</strong>s regimes referi<strong>do</strong>s no "caput"<strong>de</strong>ste artigo;II - às operações <strong>de</strong> empréstimo, financiamento, refinanciamento, assistência financeira<strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z, cessão ou sub-rogação <strong>de</strong> créditos ou cédulas hipotecárias, efetivação <strong>de</strong> garantia<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos <strong>do</strong> público ou <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> obrigações passivas, inclusive as realiza<strong>da</strong>s comrecursos <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>s que tenham essas <strong>de</strong>stinações;III - aos créditos anteriores à promulgação <strong>da</strong> Constituição;IV - aos créditos <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> administração pública anteriores à promulgação <strong>da</strong>Constituição, não liqui<strong>da</strong><strong>do</strong>s até 1 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> <strong>1988</strong>.Art. 47. Na liqui<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>s débitos, inclusive suas renegociações e composiçõesposteriores, ain<strong>da</strong> que ajuiza<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> quaisquer empréstimos concedi<strong>do</strong>s porbancos e por instituições financeiras, não existirá correção monetária <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o empréstimotenha si<strong>do</strong> concedi<strong>do</strong>:


I - aos micro e pequenos empresários ou seus estabelecimentos no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong>fevereiro <strong>de</strong> 1986 a 28 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1987;II - ao mini, pequenos e médios produtores rurais no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1986 a31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que relativos a crédito rural.§ 1º - Consi<strong>de</strong>ram-se, para efeito <strong>de</strong>ste artigo, microempresas as pessoas jurídicas e asfirmas individuais com receitas anuais <strong>de</strong> até <strong>de</strong>z mil Obrigações <strong>do</strong> Tesouro Nacional, epequenas empresas as pessoas jurídicas e as firmas individuais com receita anual <strong>de</strong> até vintee cinco mil Obrigações <strong>do</strong> Tesouro Nacional.§ 2º - A classificação <strong>de</strong> mini, pequeno e médio produtor rural será feita obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong>-se àsnormas <strong>de</strong> crédito rural vigentes à época <strong>do</strong> contrato.§ 3º - A isenção <strong>da</strong> correção monetária a que se refere este artigo só será concedi<strong>da</strong> nosseguintes casos:I - se a liqui<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> débito inicial, acresci<strong>do</strong> <strong>de</strong> juros legais e taxas judiciais, vier a serefetiva<strong>da</strong> no prazo <strong>de</strong> noventa dias, a contar <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição;II - se a aplicação <strong>do</strong>s recursos não contrariar a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> financiamento, caben<strong>do</strong> oônus <strong>da</strong> prova à instituição cre<strong>do</strong>ra;III - se não for <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> pela instituição cre<strong>do</strong>ra que o mutuário dispõe <strong>de</strong> meios parao pagamento <strong>de</strong> seu débito, excluí<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>monstração seu estabelecimento, a casa <strong>de</strong>moradia e os instrumentos <strong>de</strong> trabalho e produção;IV - se o financiamento inicial não ultrapassar o limite <strong>de</strong> cinco mil Obrigações <strong>do</strong> TesouroNacional;V - se o beneficiário não for proprietário <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> cinco módulos rurais.§ 4º - Os benefícios <strong>de</strong> que trata este artigo não se esten<strong>de</strong>m aos débitos já quita<strong>do</strong>s eaos <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res que sejam constituintes.§ 5º - No caso <strong>de</strong> operações com prazos <strong>de</strong> vencimento posteriores à <strong>da</strong>ta- limite <strong>de</strong>liqui<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong>, haven<strong>do</strong> interesse <strong>do</strong> mutuário, os bancos e as instituições financeiraspromoverão, por instrumento próprio, alteração nas condições contratuais originais <strong>de</strong> forma aajustá-las ao presente benefício.§ 6º - A concessão <strong>do</strong> presente benefício por bancos comerciais priva<strong>do</strong>s em nenhumahipótese acarretará ônus para o Po<strong>de</strong>r Público, ain<strong>da</strong> que através <strong>de</strong> refinanciamento erepasse <strong>de</strong> recursos pelo banco central.§ 7º - No caso <strong>de</strong> repasse a agentes financeiros oficiais ou cooperativas <strong>de</strong> crédito, o ônusrecairá sobre a fonte <strong>de</strong> recursos originária.Art. 48. O Congresso Nacional, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cento e vinte dias <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong>Constituição, elaborará código <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r.Art. 49. A lei disporá sobre o instituto <strong>da</strong> enfiteuse em imóveis urbanos, sen<strong>do</strong> faculta<strong>da</strong>aos foreiros, no caso <strong>de</strong> sua extinção, a remição <strong>do</strong>s aforamentos mediante aquisição <strong>do</strong><strong>do</strong>mínio direto, na conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> que dispuserem os respectivos contratos.§ 1º - Quan<strong>do</strong> não existir cláusula contratual, serão a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s os critérios e bases hojevigentes na legislação especial <strong>do</strong>s imóveis <strong>da</strong> União.


§ 2º - Os direitos <strong>do</strong>s atuais ocupantes inscritos ficam assegura<strong>do</strong>s pela aplicação <strong>de</strong>outra mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> contrato.§ 3º - A enfiteuse continuará sen<strong>do</strong> aplica<strong>da</strong> aos terrenos <strong>de</strong> marinha e seus acresci<strong>do</strong>s,situa<strong>do</strong>s na faixa <strong>de</strong> segurança, a partir <strong>da</strong> orla marítima.§ 4º - Remi<strong>do</strong> o foro, o antigo titular <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio direto <strong>de</strong>verá, no prazo <strong>de</strong> noventa dias,sob pena <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, confiar à guar<strong>da</strong> <strong>do</strong> registro <strong>de</strong> imóveis competente to<strong>da</strong> a<strong>do</strong>cumentação a ele relativa.Art. 50. Lei agrícola a ser promulga<strong>da</strong> no prazo <strong>de</strong> um ano disporá, nos termos <strong>da</strong>Constituição, sobre os objetivos e instrumentos <strong>de</strong> política agrícola, priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s, planejamento<strong>de</strong> safras, comercialização, abastecimento interno, merca<strong>do</strong> externo e instituição <strong>de</strong> créditofundiário.Art. 51. Serão revistos pelo Congresso Nacional, através <strong>de</strong> Comissão mista, nos três anosa contar <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, to<strong>da</strong>s as <strong>do</strong>ações, ven<strong>da</strong>s e concessões <strong>de</strong>terras públicas com área superior a três mil hectares, realiza<strong>da</strong>s no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> janeiro<strong>de</strong> 1962 a 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987.§ 1º - No tocante às ven<strong>da</strong>s, a revisão será feita com base exclusivamente no critério <strong>de</strong>legali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> operação.§ 2º - No caso <strong>de</strong> concessões e <strong>do</strong>ações, a revisão obe<strong>de</strong>cerá aos critérios <strong>de</strong> legali<strong>da</strong><strong>de</strong>e <strong>de</strong> conveniência <strong>do</strong> interesse público.§ 3º - Nas hipóteses previstas nos parágrafos anteriores, comprova<strong>da</strong> a ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong>, ouhaven<strong>do</strong> interesse público, as terras reverterão ao patrimônio <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>Distrito Fe<strong>de</strong>ral ou <strong>do</strong>s Municípios.Art. 52. Até que sejam fixa<strong>da</strong>s as condições <strong>do</strong> art. 192, são ve<strong>da</strong><strong>do</strong>s: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 40, <strong>de</strong> 2003)I - a instalação, no País, <strong>de</strong> novas agências <strong>de</strong> instituições financeiras <strong>do</strong>micilia<strong>da</strong>s noexterior;II - o aumento <strong>do</strong> percentual <strong>de</strong> participação, no capital <strong>de</strong> instituições financeiras comse<strong>de</strong> no País, <strong>de</strong> pessoas físicas ou jurídicas resi<strong>de</strong>ntes ou <strong>do</strong>micilia<strong>da</strong>s no exterior.Parágrafo único. A ve<strong>da</strong>ção a que se refere este artigo não se aplica às autorizaçõesresultantes <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>s internacionais, <strong>de</strong> reciproci<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou <strong>de</strong> interesse <strong>do</strong> Governo brasileiro.Art. 53. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participa<strong>do</strong> <strong>de</strong> operações bélicasdurante a Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial, nos termos <strong>da</strong> Lei nº 5.315, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1967,serão assegura<strong>do</strong>s os seguintes direitos:I - aproveitamento no serviço público, sem a exigência <strong>de</strong> concurso, com estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>;II - pensão especial correspon<strong>de</strong>nte à <strong>de</strong>ixa<strong>da</strong> por segun<strong>do</strong>-tenente <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s,que po<strong>de</strong>rá ser requeri<strong>da</strong> a qualquer tempo, sen<strong>do</strong> inacumulável com quaisquer rendimentosrecebi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s cofres públicos, exceto os benefícios previ<strong>de</strong>nciários, ressalva<strong>do</strong> o direito <strong>de</strong>opção;III - em caso <strong>de</strong> morte, pensão à viúva ou companheira ou <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> formaproporcional, <strong>de</strong> valor igual à <strong>do</strong> inciso anterior;IV - assistência médica, hospitalar e educacional gratuita, extensiva aos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes;


V - aposenta<strong>do</strong>ria com proventos integrais aos vinte e cinco anos <strong>de</strong> serviço efetivo, emqualquer regime jurídico;VI - priori<strong>da</strong><strong>de</strong> na aquisição <strong>da</strong> casa própria, para os que não a possuam ou para suasviúvas ou companheiras.Parágrafo único. A concessão <strong>da</strong> pensão especial <strong>do</strong> inciso II substitui, para to<strong>do</strong>s osefeitos legais, qualquer outra pensão já concedi<strong>da</strong> ao ex-combatente.Art. 54. Os seringueiros recruta<strong>do</strong>s nos termos <strong>do</strong> Decreto-Lei nº 5.813, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> setembro<strong>de</strong> 1943, e ampara<strong>do</strong>s pelo Decreto-Lei nº 9.882, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1946, receberão,quan<strong>do</strong> carentes, pensão mensal vitalícia no valor <strong>de</strong> <strong>do</strong>is salários mínimos.§ 1º - O benefício é estendi<strong>do</strong> aos seringueiros que, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a apelo <strong>do</strong> Governobrasileiro, contribuíram para o esforço <strong>de</strong> guerra, trabalhan<strong>do</strong> na produção <strong>de</strong> borracha, naRegião Amazônica, durante a Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial.§ 2º - Os benefícios estabeleci<strong>do</strong>s neste artigo são transferíveis aos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesreconheci<strong>da</strong>mente carentes.§ 3º - A concessão <strong>do</strong> benefício far-se-á conforme lei a ser proposta pelo Po<strong>de</strong>r Executivo<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cento e cinqüenta dias <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição.Art. 55. Até que seja aprova<strong>da</strong> a lei <strong>de</strong> diretrizes orçamentárias, trinta por cento, nomínimo, <strong>do</strong> orçamento <strong>da</strong> seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social, excluí<strong>do</strong> o seguro-<strong>de</strong>semprego, serão <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>sao setor <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Art. 56. Até que a lei disponha sobre o art. 195, I, a arreca<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong>, nomínimo, cinco <strong>do</strong>s seis décimos percentuais correspon<strong>de</strong>ntes à alíquota <strong>da</strong> contribuição <strong>de</strong> quetrata o Decreto-Lei nº 1.940, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1982, altera<strong>da</strong> pelo Decreto-Lei nº 2.049, <strong>de</strong> 1º<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1983, pelo Decreto nº 91.236, <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1985, e pela Lei nº 7.611, <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong>julho <strong>de</strong> 1987, passa a integrar a receita <strong>da</strong> seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social, ressalva<strong>do</strong>s, exclusivamente noexercício <strong>de</strong> <strong>1988</strong>, os compromissos assumi<strong>do</strong>s com programas e projetos em an<strong>da</strong>mento.Art. 57. Os débitos <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s Municípios relativos às contribuiçõesprevi<strong>de</strong>nciárias até 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> <strong>1988</strong> serão liqui<strong>da</strong><strong>do</strong>s, com correção monetária, em cento evinte parcelas mensais, dispensa<strong>do</strong>s os juros e multas sobre eles inci<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os<strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res requeiram o parcelamento e iniciem seu pagamento no prazo <strong>de</strong> cento e oitentadias a contar <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição.§ 1º - O montante a ser pago em ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is primeiros anos não será inferior acinco por cento <strong>do</strong> total <strong>do</strong> débito consoli<strong>da</strong><strong>do</strong> e atualiza<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> o restante dividi<strong>do</strong> emparcelas mensais <strong>de</strong> igual valor.§ 2º - A liqui<strong>da</strong>ção po<strong>de</strong>rá incluir pagamentos na forma <strong>de</strong> cessão <strong>de</strong> bens e prestação <strong>de</strong>serviços, nos termos <strong>da</strong> Lei nº 7.578, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1986.§ 3º - Em garantia <strong>do</strong> cumprimento <strong>do</strong> parcelamento, os Esta<strong>do</strong>s e os Municípiosconsignarão, anualmente, nos respectivos orçamentos as <strong>do</strong>tações necessárias ao pagamento<strong>de</strong> seus débitos.§ 4º - Descumpri<strong>da</strong> qualquer <strong>da</strong>s condições estabeleci<strong>da</strong>s para concessão <strong>do</strong>parcelamento, o débito será consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> venci<strong>do</strong> em sua totali<strong>da</strong><strong>de</strong>, sobre ele incidin<strong>do</strong> juros<strong>de</strong> mora; nesta hipótese, parcela <strong>do</strong>s recursos correspon<strong>de</strong>ntes aos Fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Participação,<strong>de</strong>stina<strong>da</strong> aos Esta<strong>do</strong>s e Municípios <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res, será bloquea<strong>da</strong> e repassa<strong>da</strong> à previdênciasocial para pagamento <strong>de</strong> seus débitos.


Art. 58. Os benefícios <strong>de</strong> prestação continua<strong>da</strong>, manti<strong>do</strong>s pela previdência social na <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição, terão seus valores revistos, a fim <strong>de</strong> que seja restabeleci<strong>do</strong> opo<strong>de</strong>r aquisitivo, expresso em número <strong>de</strong> salários mínimos, que tinham na <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> suaconcessão, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong>-se a esse critério <strong>de</strong> atualização até a implantação <strong>do</strong> plano <strong>de</strong>custeio e benefícios referi<strong>do</strong>s no artigo seguinte.Parágrafo único. As prestações mensais <strong>do</strong>s benefícios atualiza<strong>da</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com esteartigo serão <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s e pagas a partir <strong>do</strong> sétimo mês a contar <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição.Art. 59. Os projetos <strong>de</strong> lei relativos à organização <strong>da</strong> seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> social e aos planos <strong>de</strong>custeio e <strong>de</strong> benefício serão apresenta<strong>do</strong>s no prazo máximo <strong>de</strong> seis meses <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong>Constituição ao Congresso Nacional, que terá seis meses para apreciá-los.Parágrafo único. Aprova<strong>do</strong>s pelo Congresso Nacional, os planos serão implanta<strong>do</strong>sprogressivamente nos <strong>de</strong>zoito meses seguintes.Art. 60. Nos <strong>de</strong>z primeiros anos <strong>da</strong> promulgação <strong>de</strong>sta Emen<strong>da</strong>, os Esta<strong>do</strong>s, o DistritoFe<strong>de</strong>ral e os Municípios <strong>de</strong>stinarão não menos <strong>de</strong> sessenta por cento <strong>do</strong>s recursos a que serefere o caput <strong>do</strong> art. 212 <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral, à manutenção e ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>ensino fun<strong>da</strong>mental, com o objetivo <strong>de</strong> assegurar a universalização <strong>de</strong> seu atendimento e aremuneração condigna <strong>do</strong> magistério. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong>1996) (Vi<strong>de</strong> Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 53, <strong>de</strong> 2006).§ 1º A distribuição <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e recursos entre os Esta<strong>do</strong>s e seus Municípios aser concretiza<strong>da</strong> com parte <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s neste artigo, na forma <strong>do</strong> disposto no art.211 <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral, é assegura<strong>da</strong> mediante a criação, no âmbito <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong>Distrito Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> um Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Manutenção e Desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino Fun<strong>da</strong>mental e <strong>de</strong>Valorização <strong>do</strong> Magistério, <strong>de</strong> natureza contábil. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong>1996)§ 2º O Fun<strong>do</strong> referi<strong>do</strong> no parágrafo anterior será constituí<strong>do</strong> por, pelo menos, quinze porcento <strong>do</strong>s recursos a que se referem os arts. 155, inciso II; 158, inciso IV; e 159, inciso I,alíneas "a" e "b"; e inciso II, <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral, e será distribuí<strong>do</strong> entre ca<strong>da</strong> Esta<strong>do</strong> eseus Municípios, proporcionalmente ao número <strong>de</strong> alunos nas respectivas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensinofun<strong>da</strong>mental. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong> 1996)§ 3º A União complementará os recursos <strong>do</strong>s Fun<strong>do</strong>s a que se refere o § 1º, sempre que,em ca<strong>da</strong> Esta<strong>do</strong> e no Distrito Fe<strong>de</strong>ral, seu valor por aluno não alcançar o mínimo <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>nacionalmente. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong> 1996)§ 4º A União, os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios ajustarão progressivamente,em um prazo <strong>de</strong> cinco anos, suas contribuições ao Fun<strong>do</strong>, <strong>de</strong> forma a garantir um valor poraluno correspon<strong>de</strong>nte a um padrão mínimo <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> nacionalmente.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong> 1996)§ 5º Uma proporção não inferior a sessenta por cento <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> Fun<strong>do</strong>referi<strong>do</strong> no § 1º será <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> ao pagamento <strong>do</strong>s professores <strong>do</strong> ensino fun<strong>da</strong>mental emefetivo exercício no magistério. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong> 1996)§ 6º A União aplicará na erradicação <strong>do</strong> analfabetismo e na manutenção e no<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> ensino fun<strong>da</strong>mental, inclusive na complementação a que se refere o § 3º,nunca menos que o equivalente a trinta por cento <strong>do</strong>s recursos a que se refere o caput <strong>do</strong> art.212 <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong> 1996)§ 7º A lei disporá sobre a organização <strong>do</strong>s Fun<strong>do</strong>s, a distribuição proporcional <strong>de</strong> seusrecursos, sua fiscalização e controle, bem como sobre a forma <strong>de</strong> cálculo <strong>do</strong> valor mínimonacional por aluno. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 14, <strong>de</strong> 1996)


Art. 61. As enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s educacionais a que se refere o art. 213, bem como as fun<strong>da</strong>ções <strong>de</strong>ensino e pesquisa cuja criação tenha si<strong>do</strong> autoriza<strong>da</strong> por lei, que preencham os requisitos <strong>do</strong>sincisos I e II <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> artigo e que, nos últimos três anos, tenham recebi<strong>do</strong> recursos públicos,po<strong>de</strong>rão continuar a recebê-los, salvo disposição legal em contrário.Art. 62. A lei criará o Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem Rural (SENAR) nos mol<strong>de</strong>s <strong>da</strong>legislação relativa ao Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem Industrial (SENAI) e ao ServiçoNacional <strong>de</strong> Aprendizagem <strong>do</strong> Comércio (SENAC), sem prejuízo <strong>da</strong>s atribuições <strong>do</strong>s órgãospúblicos que atuam na área.Art. 63. É cria<strong>da</strong> uma Comissão composta <strong>de</strong> nove membros, sen<strong>do</strong> três <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>rLegislativo, três <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário e três <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, para promover ascomemorações <strong>do</strong> centenário <strong>da</strong> proclamação <strong>da</strong> República e <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> primeiraConstituição republicana <strong>do</strong> País, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, a seu critério, <strong>de</strong>s<strong>do</strong>brar-se em tantassubcomissões quantas forem necessárias.Parágrafo único. No <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas atribuições, a Comissão promoveráestu<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>bates e avaliações sobre a evolução política, social, econômica e cultural <strong>do</strong> País,po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> articular-se com os governos estaduais e municipais e com instituições públicas epriva<strong>da</strong>s que <strong>de</strong>sejem participar <strong>do</strong>s eventos.Art. 64. A Imprensa Nacional e <strong>de</strong>mais gráficas <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>rale <strong>do</strong>s Municípios, <strong>da</strong> administração direta ou indireta, inclusive fun<strong>da</strong>ções instituí<strong>da</strong>s emanti<strong>da</strong>s pelo Po<strong>de</strong>r Público, promoverão edição popular <strong>do</strong> texto integral <strong>da</strong> Constituição, queserá posta à disposição <strong>da</strong>s escolas e <strong>do</strong>s cartórios, <strong>do</strong>s sindicatos, <strong>do</strong>s quartéis, <strong>da</strong>s igrejas e<strong>de</strong> outras instituições representativas <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, gratuitamente, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que ca<strong>da</strong>ci<strong>da</strong>dão brasileiro possa receber <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> um exemplar <strong>da</strong> Constituição <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>.Art. 65. O Po<strong>de</strong>r Legislativo regulamentará, no prazo <strong>de</strong> <strong>do</strong>ze meses, o art. 220, § 4º.Art. 66. São manti<strong>da</strong>s as concessões <strong>de</strong> serviços públicos <strong>de</strong> telecomunicaçõesatualmente em vigor, nos termos <strong>da</strong> lei.Art. 67. A União concluirá a <strong>de</strong>marcação <strong>da</strong>s terras indígenas no prazo <strong>de</strong> cinco anos apartir <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong> Constituição.Art. 68. Aos remanescentes <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s quilombos que estejam ocupan<strong>do</strong> suasterras é reconheci<strong>da</strong> a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>finitiva, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> emitir-lhes os títulosrespectivos.Art. 69. Será permiti<strong>do</strong> aos Esta<strong>do</strong>s manter consultorias jurídicas separa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> suasProcura<strong>do</strong>rias-Gerais ou Advocacias-Gerais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação <strong>da</strong>Constituição, tenham órgãos distintos para as respectivas funções.Art. 70. Fica manti<strong>da</strong> atual competência <strong>do</strong>s tribunais estaduais até a mesma seja <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>na Constituição <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, nos termos <strong>do</strong> art. 125, § 1º, <strong>da</strong> Constituição.Art. 71. É instituí<strong>do</strong>, nos exercícios financeiros <strong>de</strong> 1994 e 1995, bem assim nos perío<strong>do</strong>s<strong>de</strong> 01/01/1996 a 30/06/97 e 01/07/97 a 31/12/1999, o Fun<strong>do</strong> Social <strong>de</strong> Emergência, com oobjetivo <strong>de</strong> saneamento financeiro <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> Pública Fe<strong>de</strong>ral e <strong>de</strong> estabilização econômica,cujos recursos serão aplica<strong>do</strong>s prioritariamente no custeio <strong>da</strong>s ações <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> eeducação, incluin<strong>do</strong> a complementação <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> que trata o § 3º <strong>do</strong> art. 60 <strong>do</strong> Ato <strong>da</strong>sDisposições Constitucionais Transitórias, benefícios previ<strong>de</strong>nciários e auxílios assistenciais <strong>de</strong>prestação continua<strong>da</strong>, inclusive liqui<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> passivo previ<strong>de</strong>nciário, e <strong>de</strong>spesasorçamentárias associa<strong>da</strong>s a programas <strong>de</strong> relevante interesse econômico e social. (Re<strong>da</strong>ção<strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 17, <strong>de</strong> 1997)


§ 1º Ao Fun<strong>do</strong> cria<strong>do</strong> por este artigo não se aplica o disposto na parte final <strong>do</strong> inciso II <strong>do</strong>§ 9º <strong>do</strong> art. 165 <strong>da</strong> Constituição. (Renumera<strong>do</strong> <strong>do</strong> parágrafo único, pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 10, <strong>de</strong> 1996)§ 2º O Fun<strong>do</strong> cria<strong>do</strong> por este artigo passa a ser <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Estabilização Fiscala partir <strong>do</strong> início <strong>do</strong> exercício financeiro <strong>de</strong> 1996. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 10,<strong>de</strong> 1996)§ 3º O Po<strong>de</strong>r Executivo publicará <strong>de</strong>monstrativo <strong>da</strong> execução orçamentária, <strong>de</strong>periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> bimestral, no qual se discriminarão as fontes e usos <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> cria<strong>do</strong> por esteartigo. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 10, <strong>de</strong> 1996)Art. 72. Integram o Fun<strong>do</strong> Social <strong>de</strong> Emergência: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong>Revisão nº 1, <strong>de</strong> 1994)I - o produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> imposto sobre ren<strong>da</strong> e proventos <strong>de</strong> qualquer naturezainci<strong>de</strong>nte na fonte sobre pagamentos efetua<strong>do</strong>s, a qualquer título, pela União, inclusive suasautarquias e fun<strong>da</strong>ções; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº 1, <strong>de</strong> 1994)II - a parcela <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> imposto sobre ren<strong>da</strong> e proventos <strong>de</strong> qualquernatureza e <strong>do</strong> imposto sobre operações <strong>de</strong> crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos evalores mobiliários, <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong>s alterações produzi<strong>da</strong>s pela Lei nº 8.894, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1994, e pelas Leis nºs 8.849 e 8.848, ambas <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1994, e modificaçõesposteriores; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 10, <strong>de</strong> 1996)III - a parcela <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção resultante <strong>da</strong> elevação <strong>da</strong> alíquota <strong>da</strong>contribuição social sobre o lucro <strong>do</strong>s contribuintes a que se refere o § 1º <strong>do</strong> Art. 22 <strong>da</strong> Lei nº8.212, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1991, a qual, nos exercícios financeiros <strong>de</strong> 1994 e 1995, bem assimno perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1996 a 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1997, passa a ser <strong>de</strong> trinta por cento,sujeita a alteração por lei ordinária, manti<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>mais normas <strong>da</strong> Lei nº 7.689, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong><strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>1988</strong>; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 10, <strong>de</strong> 1996)IV - vinte por cento <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os impostos e contribuições <strong>da</strong>União, já instituí<strong>do</strong>s ou a serem cria<strong>do</strong>s, excetua<strong>do</strong> o previsto nos incisos I, II e III, observa<strong>do</strong> odisposto nos §§ 3º e 4º; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 10, <strong>de</strong> 1996)V - a parcela <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> contribuição <strong>de</strong> que trata a Lei Complementarnº 7, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1970, <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> pelas pessoas jurídicas a que se refere o inciso III<strong>de</strong>ste artigo, a qual será calcula<strong>da</strong>, nos exercícios financeiros <strong>de</strong> 1994 a 1995, bem assim nosperío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 1º<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1996 a 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1997 e <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1997 a 31 <strong>de</strong><strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1999, mediante a aplicação <strong>da</strong> alíquota <strong>de</strong> setenta e cinco centésimos por cento,sujeita a alteração por lei ordinária posterior, sobre a receita bruta operacional, como <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>na legislação <strong>do</strong> imposto sobre ren<strong>da</strong> e proventos <strong>de</strong> qualquer natureza. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 17, <strong>de</strong> 1997)VI - outras receitas previstas em lei específica. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong>Revisão nº 1, <strong>de</strong> 1994)§ 1.º As alíquotas e a base <strong>de</strong> cálculo previstas nos incisos III e V aplicar-se-ão a partir <strong>do</strong>primeiro dia <strong>do</strong> mês seguinte aos noventa dias posteriores à promulgação <strong>de</strong>sta Emen<strong>da</strong>.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº 1, <strong>de</strong> 1994)§ 2º As parcelas <strong>de</strong> que tratam os incisos I, II, III e V serão previamente <strong>de</strong>duzi<strong>da</strong>s <strong>da</strong>base <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> qualquer vinculação ou participação constitucional ou legal, não se lhesaplican<strong>do</strong> o disposto nos artigos, 159, 212 e 239 <strong>da</strong> Constituição. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 10, <strong>de</strong> 1996)


§ 3º A parcela <strong>de</strong> que trata o inciso IV será previamente <strong>de</strong>duzi<strong>da</strong> <strong>da</strong> base <strong>de</strong> cálculo <strong>da</strong>svinculações ou participações constitucionais previstas nos artigos 153, § 5º, 157, II, 212 e 239<strong>da</strong> Constituição. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 10, <strong>de</strong> 1996)§ 4º O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos recursos previstos nos Artigos158, II e 159 <strong>da</strong> Constituição. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 10, <strong>de</strong> 1996)§ 5º A parcela <strong>do</strong>s recursos provenientes <strong>do</strong> imposto sobre ren<strong>da</strong> e proventos <strong>de</strong> qualquernatureza, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> ao Fun<strong>do</strong> Social <strong>de</strong> Emergência, nos termos <strong>do</strong> inciso II <strong>de</strong>ste artigo, nãopo<strong>de</strong>rá exce<strong>de</strong>r a cinco inteiros e seis décimos por cento <strong>do</strong> total <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> suaarreca<strong>da</strong>ção. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 10, <strong>de</strong> 1996)Art. 73. Na regulação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Social <strong>de</strong> Emergência não po<strong>de</strong>rá ser utiliza<strong>do</strong> oinstrumento previsto no inciso V <strong>do</strong> art. 59 <strong>da</strong> Constituição. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional <strong>de</strong> Revisão nº 1, <strong>de</strong> 1994)Art. 74. A União po<strong>de</strong>rá instituir contribuição provisória sobre movimentação outransmissão <strong>de</strong> valores e <strong>de</strong> créditos e direitos <strong>de</strong> natureza financeira. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 12, <strong>de</strong> 1996)§ 1º A alíquota <strong>da</strong> contribuição <strong>de</strong> que trata este artigo não exce<strong>de</strong>rá a vinte e cincocentésimos por cento, faculta<strong>do</strong> ao Po<strong>de</strong>r Executivo reduzi-la ou restabelecê-la, total ouparcialmente, nas condições e limites fixa<strong>do</strong>s em lei. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº12, <strong>de</strong> 1996)§ 2º A contribuição <strong>de</strong> que trata este artigo não se aplica o disposto nos arts. 153, § 5º, e154, I, <strong>da</strong> Constituição. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 12, <strong>de</strong> 1996)§ 3º O produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> contribuição <strong>de</strong> que trata este artigo será <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>integralmente ao Fun<strong>do</strong> Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, para financiamento <strong>da</strong>s ações e serviços <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 12, <strong>de</strong> 1996)§ 4º A contribuição <strong>de</strong> que trata este artigo terá sua exigibili<strong>da</strong><strong>de</strong> subordina<strong>da</strong> ao dispostono art. 195, § 6º, <strong>da</strong> Constituição, e não po<strong>de</strong>rá ser cobra<strong>da</strong> por prazo superior a <strong>do</strong>is anos.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 12, <strong>de</strong> 1996)Art. 75. É prorroga<strong>da</strong>, por trinta e seis meses, a cobrança <strong>da</strong> contribuição provisória sobremovimentação ou transmissão <strong>de</strong> valores e <strong>de</strong> créditos e direitos <strong>de</strong> natureza financeira <strong>de</strong> quetrata o art. 74, instituí<strong>da</strong> pela Lei nº 9.311, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1996, modifica<strong>da</strong> pela Lei nº9.539, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1997, cuja vigência é também prorroga<strong>da</strong> por idêntico prazo.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 21, <strong>de</strong> 1999)§ 1º Observa<strong>do</strong> o disposto no § 6º <strong>do</strong> art. 195 <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral, a alíquota <strong>da</strong>contribuição será <strong>de</strong> trinta e oito centésimos por cento, nos primeiros <strong>do</strong>ze meses, e <strong>de</strong> trintacentésimos, nos meses subseqüentes, faculta<strong>do</strong> ao Po<strong>de</strong>r Executivo reduzi-la total ouparcialmente, nos limites aqui <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 21, <strong>de</strong> 1999)§ 2º O resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> aumento <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção, <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> alteração <strong>da</strong> alíquota, nosexercícios financeiros <strong>de</strong> 1999, 2000 e 2001, será <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao custeio <strong>da</strong> previdência social.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 21, <strong>de</strong> 1999)§ 3º É a União autoriza<strong>da</strong> a emitir títulos <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> pública interna, cujos recursos serão<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s ao custeio <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>da</strong> previdência social, em montante equivalente ao produto<strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> contribuição, prevista e não realiza<strong>da</strong> em 1999. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 21, <strong>de</strong> 1999) (Vi<strong>de</strong> ADIN nº 2.031-5)Art. 76. É <strong>de</strong>svincula<strong>do</strong> <strong>de</strong> órgão, fun<strong>do</strong> ou <strong>de</strong>spesa, até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011, 20%(vinte por cento) <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> União <strong>de</strong> impostos, contribuições sociais e <strong>de</strong> intervenção


no <strong>do</strong>mínio econômico, já instituí<strong>do</strong>s ou que vierem a ser cria<strong>do</strong>s até a referi<strong>da</strong> <strong>da</strong>ta, seusadicionais e respectivos acréscimos legais. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 56,<strong>de</strong> 2007)§ 1º O disposto no caput <strong>de</strong>ste artigo não reduzirá a base <strong>de</strong> cálculo <strong>da</strong>s transferências aEsta<strong>do</strong>s, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Municípios na forma <strong>do</strong>s arts. 153, § 5º; 157, I; 158, I e II; e 159, I, ae b; e II, <strong>da</strong> Constituição, bem como a base <strong>de</strong> cálculo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>stinações a que se refere o art.159, I, c, <strong>da</strong> Constituição. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)§ 2 o Excetua-se <strong>da</strong> <strong>de</strong>svinculação <strong>de</strong> que trata o caput <strong>de</strong>ste artigo a arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>contribuição social <strong>do</strong> salário-educação a que se refere o art. 212, § 5 o , <strong>da</strong> Constituição.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 27, <strong>de</strong> 2000)Art. 77. Até o exercício financeiro <strong>de</strong> 2004, os recursos mínimos aplica<strong>do</strong>s nas ações eserviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> serão equivalentes: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong>2000)I – no caso <strong>da</strong> União: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)a) no ano 2000, o montante empenha<strong>do</strong> em ações e serviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> noexercício financeiro <strong>de</strong> 1999 acresci<strong>do</strong> <strong>de</strong>, no mínimo, cinco por cento; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)b) <strong>do</strong> ano 2001 ao ano 2004, o valor apura<strong>do</strong> no ano anterior, corrigi<strong>do</strong> pela variaçãonominal <strong>do</strong> Produto Interno Bruto – PIB; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)II – no caso <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, <strong>do</strong>ze por cento <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção<strong>do</strong>s impostos a que se refere o art. 155 e <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong> que tratam os arts. 157 e 159, incisoI, alínea a, e inciso II, <strong>de</strong>duzi<strong>da</strong>s as parcelas que forem transferi<strong>da</strong>s aos respectivosMunicípios; e (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)III – no caso <strong>do</strong>s Municípios e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, quinze por cento <strong>do</strong> produto <strong>da</strong>arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>s impostos a que se refere o art. 156 e <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong> que tratam os arts. 158e 159, inciso I, alínea b e § 3º. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)§ 1º Os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios que apliquem percentuais inferioresaos fixa<strong>do</strong>s nos incisos II e III <strong>de</strong>verão elevá-los gradualmente, até o exercício financeiro <strong>de</strong>2004, reduzi<strong>da</strong> a diferença à razão <strong>de</strong>, pelo menos, um quinto por ano, sen<strong>do</strong> que, a partir <strong>de</strong>2000, a aplicação será <strong>de</strong> pelo menos sete por cento. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº29, <strong>de</strong> 2000)§ 2º Dos recursos <strong>da</strong> União apura<strong>do</strong>s nos termos <strong>de</strong>ste artigo, quinze por cento, nomínimo, serão aplica<strong>do</strong>s nos Municípios, segun<strong>do</strong> o critério populacional, em ações e serviçosbásicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, na forma <strong>da</strong> lei. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)§ 3º Os recursos <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s às ações eserviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e os transferi<strong>do</strong>s pela União para a mesma finali<strong>da</strong><strong>de</strong> serãoaplica<strong>do</strong>s por meio <strong>de</strong> Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> que será acompanha<strong>do</strong> e fiscaliza<strong>do</strong> por Conselho <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, sem prejuízo <strong>do</strong> disposto no art. 74 <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)§ 4º Na ausência <strong>da</strong> lei complementar a que se refere o art. 198, § 3º, a partir <strong>do</strong> exercíciofinanceiro <strong>de</strong> 2005, aplicar-se-á à União, aos Esta<strong>do</strong>s, ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral e aos Municípios odisposto neste artigo. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 29, <strong>de</strong> 2000)Art. 78. Ressalva<strong>do</strong>s os créditos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em lei como <strong>de</strong> pequeno valor, os <strong>de</strong> naturezaalimentícia, os <strong>de</strong> que trata o art. 33 <strong>de</strong>ste Ato <strong>da</strong>s Disposições Constitucionais Transitórias e


suas complementações e os que já tiverem os seus respectivos recursos libera<strong>do</strong>s ou<strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s em juízo, os precatórios pen<strong>de</strong>ntes na <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> promulgação <strong>de</strong>sta Emen<strong>da</strong> e osque <strong>de</strong>corram <strong>de</strong> ações iniciais ajuiza<strong>da</strong>s até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1999 serão liqui<strong>da</strong><strong>do</strong>s peloseu valor real, em moe<strong>da</strong> corrente, acresci<strong>do</strong> <strong>de</strong> juros legais, em prestações anuais, iguais esucessivas, no prazo máximo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos, permiti<strong>da</strong> a cessão <strong>do</strong>s créditos. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 30, <strong>de</strong> 2000)§ 1º É permiti<strong>da</strong> a <strong>de</strong>composição <strong>de</strong> parcelas, a critério <strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 30, <strong>de</strong> 2000)§ 2º As prestações anuais a que se refere o caput <strong>de</strong>ste artigo terão, se não liqui<strong>da</strong><strong>da</strong>s atéo final <strong>do</strong> exercício a que se referem, po<strong>de</strong>r liberatório <strong>do</strong> pagamento <strong>de</strong> tributos <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong>ve<strong>do</strong>ra. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 30, <strong>de</strong> 2000)§ 3º O prazo referi<strong>do</strong> no caput <strong>de</strong>ste artigo fica reduzi<strong>do</strong> para <strong>do</strong>is anos, nos casos <strong>de</strong>precatórios judiciais originários <strong>de</strong> <strong>de</strong>sapropriação <strong>de</strong> imóvel resi<strong>de</strong>ncial <strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quecomprova<strong>da</strong>mente único à época <strong>da</strong> imissão na posse. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº30, <strong>de</strong> 2000)§ 4º O Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Tribunal competente <strong>de</strong>verá, venci<strong>do</strong> o prazo ou em caso <strong>de</strong>omissão no orçamento, ou preterição ao direito <strong>de</strong> precedência, a requerimento <strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r,requisitar ou <strong>de</strong>terminar o seqüestro <strong>de</strong> recursos financeiros <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> executa<strong>da</strong>, suficientesà satisfação <strong>da</strong> prestação. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 30, <strong>de</strong> 2000)Art. 79. É instituí<strong>do</strong>, para vigorar até o ano <strong>de</strong> 2010, no âmbito <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r ExecutivoFe<strong>de</strong>ral, o Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Combate e Erradicação <strong>da</strong> Pobreza, a ser regula<strong>do</strong> por lei complementarcom o objetivo <strong>de</strong> viabilizar a to<strong>do</strong>s os brasileiros acesso a níveis dignos <strong>de</strong> subsistência, cujosrecursos serão aplica<strong>do</strong>s em ações suplementares <strong>de</strong> nutrição, habitação, educação, saú<strong>de</strong>,reforço <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> familiar e outros programas <strong>de</strong> relevante interesse social volta<strong>do</strong>s paramelhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)Parágrafo único. O Fun<strong>do</strong> previsto neste artigo terá Conselho Consultivo e <strong>de</strong>Acompanhamento que conte com a participação <strong>de</strong> representantes <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, nostermos <strong>da</strong> lei. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)Art. 80. Compõem o Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Combate e Erradicação <strong>da</strong> Pobreza: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)I – a parcela <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção correspon<strong>de</strong>nte a um adicional <strong>de</strong> oitocentésimos por cento, aplicável <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2000 a 17 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2002, na alíquota <strong>da</strong>contribuição social <strong>de</strong> que trata o art. 75 <strong>do</strong> Ato <strong>da</strong>s Disposições Constitucionais Transitórias;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)II – a parcela <strong>do</strong> produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção correspon<strong>de</strong>nte a um adicional <strong>de</strong> cinco pontospercentuais na alíquota <strong>do</strong> Imposto sobre Produtos Industrializa<strong>do</strong>s – IPI, ou <strong>do</strong> imposto quevier a substituí-lo, inci<strong>de</strong>nte sobre produtos supérfluos e aplicável até a extinção <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong>;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)III – o produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> imposto <strong>de</strong> que trata o art. 153, inciso VII, <strong>da</strong>Constituição; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)IV – <strong>do</strong>tações orçamentárias; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)V– <strong>do</strong>ações, <strong>de</strong> qualquer natureza, <strong>de</strong> pessoas físicas ou jurídicas <strong>do</strong> País ou <strong>do</strong> exterior;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)


VI – outras receitas, a serem <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s na regulamentação <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> Fun<strong>do</strong>. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)§ 1º Aos recursos integrantes <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> que trata este artigo não se aplica o dispostonos arts. 159 e 167, inciso IV, <strong>da</strong> Constituição, assim como qualquer <strong>de</strong>svinculação <strong>de</strong>recursos orçamentários. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)§ 2º A arreca<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>corrente <strong>do</strong> disposto no inciso I <strong>de</strong>ste artigo, no perío<strong>do</strong>compreendi<strong>do</strong> entre 18 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2000 e o início <strong>da</strong> vigência <strong>da</strong> lei complementar a que serefere a art. 79, será integralmente repassa<strong>da</strong> ao Fun<strong>do</strong>, preserva<strong>do</strong> o seu valor real, em títulospúblicos fe<strong>de</strong>rais, progressivamente resgatáveis após 18 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2002, na forma <strong>da</strong> lei.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)Art. 81. É instituí<strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> constituí<strong>do</strong> pelos recursos recebi<strong>do</strong>s pela União em<strong>de</strong>corrência <strong>da</strong> <strong>de</strong>sestatização <strong>de</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> economia mista ou empresas públicas por elacontrola<strong>da</strong>s, direta ou indiretamente, quan<strong>do</strong> a operação envolver a alienação <strong>do</strong> respectivocontrole acionário a pessoa ou enti<strong>da</strong><strong>de</strong> não integrante <strong>da</strong> Administração Pública, ou <strong>de</strong>participação societária remanescente após a alienação, cujos rendimentos, gera<strong>do</strong>s a partir <strong>de</strong>18 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2002, reverterão ao Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Combate e Erradicação <strong>de</strong> Pobreza. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)§ 1º Caso o montante anual previsto nos rendimentos transferi<strong>do</strong>s ao Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Combatee Erradicação <strong>da</strong> Pobreza, na forma <strong>de</strong>ste artigo, não alcance o valor <strong>de</strong> quatro bilhões <strong>de</strong>reais. far-se-à complementação na forma <strong>do</strong> art. 80, inciso IV, <strong>do</strong> Ato <strong>da</strong>s disposiçõesConstitucionais Transitórias. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)§ 2º Sem prejuízo <strong>do</strong> disposto no § 1º, o Po<strong>de</strong>r Executivo po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>stinar ao Fun<strong>do</strong> a quese refere este artigo outras receitas <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> alienação <strong>de</strong> bens <strong>da</strong> União. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)§ 3º A constituição <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> a que se refere o caput, a transferência <strong>de</strong> recursos aoFun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Combate e Erradicação <strong>da</strong> Pobreza e as <strong>de</strong>mais disposições referentes ao § 1º <strong>de</strong>steartigo serão disciplina<strong>da</strong>s em lei, não se aplican<strong>do</strong> o disposto no art. 165, § 9º, inciso II, <strong>da</strong>Constituição. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)Art. 82. Os Esta<strong>do</strong>s, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os Municípios <strong>de</strong>vem instituir Fun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Combateá Pobreza, com os recursos <strong>de</strong> que trata este artigo e outros que vierem a <strong>de</strong>stinar, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>os referi<strong>do</strong>s Fun<strong>do</strong>s ser geri<strong>do</strong>s por enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s que contem com a participação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>civil. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)§ 1º Para o financiamento <strong>do</strong>s Fun<strong>do</strong>s Estaduais e Distrital, po<strong>de</strong>rá ser cria<strong>do</strong> adicional <strong>de</strong>até <strong>do</strong>is pontos percentuais na alíquota <strong>do</strong> Imposto sobre Circulação <strong>de</strong> Merca<strong>do</strong>rias eServiços - ICMS, sobre os produtos e serviços supérfluos e nas condições <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s na leicomplementar <strong>de</strong> que trata o art. 155, § 2º, XII, <strong>da</strong> Constituição, não se aplican<strong>do</strong>, sobre estepercentual, o disposto no art. 158, IV, <strong>da</strong> Constituição. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)§ 2º Para o financiamento <strong>do</strong>s Fun<strong>do</strong>s Municipais, po<strong>de</strong>rá ser cria<strong>do</strong> adicional <strong>de</strong> até meioponto percentual na alíquota <strong>do</strong> Imposto sobre serviços ou <strong>do</strong> imposto que vier a substituí-lo,sobre serviços supérfluos. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 31, <strong>de</strong> 2000)Art. 83. Lei fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>finirá os produtos e serviços supérfluos a que se referem os arts. 80,II, e 82, § 2º . (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)Art. 84. A contribuição provisória sobre movimentação ou transmissão <strong>de</strong> valores e <strong>de</strong>créditos e direitos <strong>de</strong> natureza financeira, prevista nos arts. 74, 75 e 80, I, <strong>de</strong>ste Ato <strong>da</strong>sDisposições Constitucionais Transitórias, será cobra<strong>da</strong> até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2004. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)


§ 1º Fica prorroga<strong>da</strong>, até a <strong>da</strong>ta referi<strong>da</strong> no caput <strong>de</strong>ste artigo, a vigência <strong>da</strong> Lei nº9.311, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1996, e suas alterações.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº37, <strong>de</strong> 2002)§ 2º Do produto <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> contribuição social <strong>de</strong> que trata este artigo será<strong>de</strong>stina<strong>da</strong> a parcela correspon<strong>de</strong>nte à alíquota <strong>de</strong>: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37,<strong>de</strong> 2002)I - vinte centésimos por cento ao Fun<strong>do</strong> Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, para financiamento <strong>da</strong>s açõese serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)II - <strong>de</strong>z centésimos por cento ao custeio <strong>da</strong> previdência social; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)III - oito centésimos por cento ao Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Combate e Erradicação <strong>da</strong> Pobreza, <strong>de</strong> quetratam os arts. 80 e 81 <strong>de</strong>ste Ato <strong>da</strong>s Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)§ 3º A alíquota <strong>da</strong> contribuição <strong>de</strong> que trata este artigo será <strong>de</strong>: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)I - trinta e oito centésimos por cento, nos exercícios financeiros <strong>de</strong> 2002 e 2003; (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)Art. 85. A contribuição a que se refere o art. 84 <strong>de</strong>ste Ato <strong>da</strong>s Disposições ConstitucionaisTransitórias não incidirá, a partir <strong>do</strong> trigésimo dia <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> publicação <strong>de</strong>sta Emen<strong>da</strong>Constitucional, nos lançamentos: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)I - em contas correntes <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito especialmente abertas e exclusivamente utiliza<strong>da</strong>spara operações <strong>de</strong>: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002) (Vi<strong>de</strong> Lei nº 10.982,<strong>de</strong> 2004)a) câmaras e presta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> compensação e <strong>de</strong> liqui<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> que trata oparágrafo único <strong>do</strong> art. 2º <strong>da</strong> Lei nº 10.214, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2001; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)b) companhias securitiza<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> que trata a Lei nº 9.514, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong>1997; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)c) socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s anônimas que tenham por objeto exclusivo a aquisição <strong>de</strong> créditos oriun<strong>do</strong>s<strong>de</strong> operações pratica<strong>da</strong>s no merca<strong>do</strong> financeiro; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong>2002)II - em contas correntes <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito, relativos a: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº37, <strong>de</strong> 2002)a) operações <strong>de</strong> compra e ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> ações, realiza<strong>da</strong>s em recintos ou sistemas <strong>de</strong>negociação <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> valores e no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> balcão organiza<strong>do</strong>; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)b) contratos referencia<strong>do</strong>s em ações ou índices <strong>de</strong> ações, em suas diversas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s,negocia<strong>do</strong>s em bolsas <strong>de</strong> valores, <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias e <strong>de</strong> futuros; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)III - em contas <strong>de</strong> investi<strong>do</strong>res estrangeiros, relativos a entra<strong>da</strong>s no País e a remessaspara o exterior <strong>de</strong> recursos financeiros emprega<strong>do</strong>s, exclusivamente, em operações e contratosreferi<strong>do</strong>s no inciso II <strong>de</strong>ste artigo. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)


§ 1º O Po<strong>de</strong>r Executivo disciplinará o disposto neste artigo no prazo <strong>de</strong> trinta dias <strong>da</strong><strong>da</strong>ta <strong>de</strong> publicação <strong>de</strong>sta Emen<strong>da</strong> Constitucional. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37,<strong>de</strong> 2002)§ 2º O disposto no inciso I <strong>de</strong>ste artigo aplica-se somente às operações relaciona<strong>da</strong>s emato <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, <strong>de</strong>ntre aquelas que constituam o objeto social <strong>da</strong>s referi<strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)§ 3º O disposto no inciso II <strong>de</strong>ste artigo aplica-se somente a operações e contratosefetua<strong>do</strong>s por intermédio <strong>de</strong> instituições financeiras, socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s corretoras <strong>de</strong> títulos e valoresmobiliários, socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s distribui<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> títulos e valores mobiliários e socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s corretoras<strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)Art. 86. Serão pagos conforme disposto no art. 100 <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral, não se lhesaplican<strong>do</strong> a regra <strong>de</strong> parcelamento estabeleci<strong>da</strong> no caput <strong>do</strong> art. 78 <strong>de</strong>ste Ato <strong>da</strong>s DisposiçõesConstitucionais Transitórias, os débitos <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ral, Estadual, Distrital ou Municipaloriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sentenças transita<strong>da</strong>s em julga<strong>do</strong>, que preencham, cumulativamente, as seguintescondições: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)I - ter si<strong>do</strong> objeto <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> precatórios judiciários; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)II - ter si<strong>do</strong> <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s como <strong>de</strong> pequeno valor pela lei <strong>de</strong> que trata o § 3º <strong>do</strong> art. 100 <strong>da</strong>Constituição Fe<strong>de</strong>ral ou pelo art. 87 <strong>de</strong>ste Ato <strong>da</strong>s Disposições Constitucionais Transitórias;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)III - estar, total ou parcialmente, pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> pagamento na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> publicação <strong>de</strong>staEmen<strong>da</strong> Constitucional. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)§ 1º Os débitos a que se refere o caput <strong>de</strong>ste artigo, ou os respectivos sal<strong>do</strong>s, serãopagos na or<strong>de</strong>m cronológica <strong>de</strong> apresentação <strong>do</strong>s respectivos precatórios, com precedênciasobre os <strong>de</strong> maior valor. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)§ 2º Os débitos a que se refere o caput <strong>de</strong>ste artigo, se ain<strong>da</strong> não tiverem si<strong>do</strong> objeto <strong>de</strong>pagamento parcial, nos termos <strong>do</strong> art. 78 <strong>de</strong>ste Ato <strong>da</strong>s Disposições ConstitucionaisTransitórias, po<strong>de</strong>rão ser pagos em duas parcelas anuais, se assim dispuser a lei. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)§ 3º Observa<strong>da</strong> a or<strong>de</strong>m cronológica <strong>de</strong> sua apresentação, os débitos <strong>de</strong> naturezaalimentícia previstos neste artigo terão precedência para pagamento sobre to<strong>do</strong>s os <strong>de</strong>mais.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)Art. 87. Para efeito <strong>do</strong> que dispõem o § 3º <strong>do</strong> art. 100 <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral e o art. 78<strong>de</strong>ste Ato <strong>da</strong>s Disposições Constitucionais Transitórias serão consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pequeno valor,até que se dê a publicação oficial <strong>da</strong>s respectivas leis <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>ras pelos entes <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração,observa<strong>do</strong> o disposto no § 4º <strong>do</strong> art. 100 <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral, os débitos ou obrigaçõesconsigna<strong>do</strong>s em precatório judiciário, que tenham valor igual ou inferior a: (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazen<strong>da</strong> <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral;(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)II - trinta salários-mínimos, perante a Fazen<strong>da</strong> <strong>do</strong>s Municípios. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)Parágrafo único. Se o valor <strong>da</strong> execução ultrapassar o estabeleci<strong>do</strong> neste artigo, opagamento far-se-á, sempre, por meio <strong>de</strong> precatório, sen<strong>do</strong> faculta<strong>da</strong> à parte exeqüente a


enúncia ao crédito <strong>do</strong> valor exce<strong>de</strong>nte, para que possa optar pelo pagamento <strong>do</strong> sal<strong>do</strong> sem oprecatório, <strong>da</strong> forma prevista no § 3º <strong>do</strong> art. 100. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37,<strong>de</strong> 2002)Art. 88. Enquanto lei complementar não disciplinar o disposto nos incisos I e III <strong>do</strong> § 3º<strong>do</strong> art. 156 <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral, o imposto a que se refere o inciso III <strong>do</strong> caput <strong>do</strong> mesmoartigo: (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)I – terá alíquota mínima <strong>de</strong> <strong>do</strong>is por cento, exceto para os serviços a que se referem ositens 32, 33 e 34 <strong>da</strong> Lista <strong>de</strong> Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>1968; (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)II – não será objeto <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> isenções, incentivos e benefícios fiscais, queresulte, direta ou indiretamente, na redução <strong>da</strong> alíquota mínima estabeleci<strong>da</strong> no inciso I.(Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 37, <strong>de</strong> 2002)Art. 89. Os integrantes <strong>da</strong> carreira policial militar <strong>do</strong> ex-Território Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>Rondônia, que comprova<strong>da</strong>mente se encontravam no exercício regular <strong>de</strong> suas funçõesprestan<strong>do</strong> serviços àquele ex-Território na <strong>da</strong>ta em que foi transforma<strong>do</strong> em Esta<strong>do</strong>,bem como os Policiais Militares admiti<strong>do</strong>s por força <strong>de</strong> lei fe<strong>de</strong>ral, custea<strong>do</strong>s pelaUnião, constituirão quadro em extinção <strong>da</strong> administração fe<strong>de</strong>ral, assegura<strong>do</strong>s osdireitos e vantagens a eles inerentes, ve<strong>da</strong><strong>do</strong> o pagamento, a qualquer título, <strong>de</strong>diferenças remuneratórias, bem como ressarcimentos ou in<strong>de</strong>nizações <strong>de</strong> qualquerespécie, anteriores à promulgação <strong>de</strong>sta Emen<strong>da</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 38, <strong>de</strong> 2002)Parágrafo único. Os servi<strong>do</strong>res <strong>da</strong> carreira policial militar continuarão prestan<strong>do</strong> serviçosao Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Rondônia na condição <strong>de</strong> cedi<strong>do</strong>s, submeti<strong>do</strong>s às disposições legais eregulamentares a que estão sujeitas as corporações <strong>da</strong> respectiva Polícia Militar, observa<strong>da</strong>sas atribuições <strong>de</strong> função compatíveis com seu grau hierárquico. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 38, <strong>de</strong> 2002)Art. 90. O prazo previsto no caput <strong>do</strong> art. 84 <strong>de</strong>ste Ato <strong>da</strong>s Disposições ConstitucionaisTransitórias fica prorroga<strong>do</strong> até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucionalnº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)§ 1º Fica prorroga<strong>da</strong>, até a <strong>da</strong>ta referi<strong>da</strong> no caput <strong>de</strong>ste artigo, a vigência <strong>da</strong> Lei nº 9.311,<strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1996, e suas alterações. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong>19.12.2003)§ 2º Até a <strong>da</strong>ta referi<strong>da</strong> no caput <strong>de</strong>ste artigo, a alíquota <strong>da</strong> contribuição <strong>de</strong> que trata o art.84 <strong>de</strong>ste Ato <strong>da</strong>s Disposições Constitucionais Transitórias será <strong>de</strong> trinta e oito centésimos porcento. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)Art. 91. A União entregará aos Esta<strong>do</strong>s e ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral o montante <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> em leicomplementar, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com critérios, prazos e condições nela <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>consi<strong>de</strong>rar as exportações para o exterior <strong>de</strong> produtos primários e semi-elabora<strong>do</strong>s, a relaçãoentre as exportações e as importações, os créditos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> aquisições <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s aoativo permanente e a efetiva manutenção e aproveitamento <strong>do</strong> crédito <strong>do</strong> imposto a que serefere o art. 155, § 2º, X, a. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)§ 1º Do montante <strong>de</strong> recursos que cabe a ca<strong>da</strong> Es-ta<strong>do</strong>, setenta e cinco por centopertencem ao próprio Esta<strong>do</strong>, e vinte e cinco por cento, aos seus Municípios, distribuí<strong>do</strong>ssegun<strong>do</strong> os critérios a que se refere o art. 158, parágrafo único, <strong>da</strong> Constituição. (Incluí<strong>do</strong> pelaEmen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)


§ 2º A entrega <strong>de</strong> recursos prevista neste artigo perdurará, conforme <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> em leicomplementar, até que o imposto a que se refere o art. 155, II, tenha o produto <strong>de</strong> suaarreca<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> pre<strong>do</strong>minantemente, em proporção não inferior a oitenta por cento, aoEsta<strong>do</strong> on<strong>de</strong> ocorrer o consumo <strong>da</strong>s merca<strong>do</strong>rias, bens ou serviços. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)§ 3º Enquanto não for edita<strong>da</strong> a lei complementar <strong>de</strong> que trata o caput, em substituição aosistema <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> recursos nele previsto, permanecerá vigente o sistema <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong>recursos previsto no art. 31 e Anexo <strong>da</strong> Lei Complementar nº 87, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1996,com a re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Lei Complementar nº 115, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> <strong>de</strong>-zembro <strong>de</strong> 2002. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)§ 4º Os Esta<strong>do</strong>s e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>verão apresentar à União, nos termos <strong>da</strong>sinstruções baixa<strong>da</strong>s pelo Ministério <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>, as informações relativas ao imposto <strong>de</strong> quetrata o art. 155, II, <strong>de</strong>clara<strong>da</strong>s pelos contribuintes que realizarem operações ou prestações com<strong>de</strong>stino ao exterior. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)Art. 92. São acresci<strong>do</strong>s <strong>de</strong>z anos ao prazo fixa<strong>do</strong> no art. 40 <strong>de</strong>ste Ato <strong>da</strong>s DisposiçõesConstitucionais Transitórias. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)Art. 93. A vigência <strong>do</strong> disposto no art. 159, III, e § 4º, iniciará somente após a edição <strong>da</strong> lei<strong>de</strong> que trata o referi<strong>do</strong> inciso III. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)Art. 94. Os regimes especiais <strong>de</strong> tributação para microempresas e empresas <strong>de</strong> pequenoporte próprios <strong>da</strong> União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>do</strong>s Municípios cessarão a partir <strong>da</strong>entra<strong>da</strong> em vigor <strong>do</strong> regime previsto no art. 146, III, d, <strong>da</strong> Constituição. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong>Constitucional nº 42, <strong>de</strong> 19.12.2003)Art. 95. Os nasci<strong>do</strong>s no estrangeiro entre 7 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1994 e a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> promulgação<strong>de</strong>sta Emen<strong>da</strong> Constitucional, filhos <strong>de</strong> pai brasileiro ou mãe brasileira, po<strong>de</strong>rão ser registra<strong>do</strong>sem repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício <strong>de</strong> registro, se vierema residir na República <strong>Fe<strong>de</strong>rativa</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>. (Incluí<strong>do</strong> pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 54, <strong>de</strong>2007)Art. 96. Ficam convali<strong>da</strong><strong>do</strong>s os atos <strong>de</strong> criação, fusão, incorporação e <strong>de</strong>smembramento<strong>de</strong> Municípios, cuja lei tenha si<strong>do</strong> publica<strong>da</strong> até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006, atendi<strong>do</strong>s osrequisitos estabeleci<strong>do</strong>s na legislação <strong>do</strong> respectivo Esta<strong>do</strong> à época <strong>de</strong> sua criação. (Incluí<strong>do</strong>pela Emen<strong>da</strong> Constitucional nº 57, <strong>de</strong> 2008).Brasília, 5 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> <strong>1988</strong>.Ulysses Guimarães , Presi<strong>de</strong>nte - Mauro Benevi<strong>de</strong>s , 1.º Vice-Presi<strong>de</strong>nte - Jorge Arbage , 2.ºVice-Presi<strong>de</strong>nte - Marcelo Cor<strong>de</strong>iro , 1.º Secretário - Mário Maia , 2.º Secretário - Arnal<strong>do</strong> Faria<strong>de</strong> Sá , 3.º Secretário - Benedita <strong>da</strong> Silva , 1.º Suplente <strong>de</strong> Secretário - Luiz Soyer , 2.º Suplente<strong>de</strong> Secretário - Sotero Cunha , 3.º Suplente <strong>de</strong> Secretário - Bernar<strong>do</strong> Cabral , Relator Geral -A<strong>do</strong>lfo Oliveira , Relator Adjunto - Antônio Carlos Kon<strong>de</strong>r Reis , Relator Adjunto - José Fogaça ,Relator Adjunto - Abigail Feitosa - Acival Gomes - A<strong>da</strong>uto Pereira - A<strong>de</strong>mir Andra<strong>de</strong> - Adhemar<strong>de</strong> Barros Filho - Adroal<strong>do</strong> Streck - Adylson Motta - Aécio <strong>de</strong> Borba - Aécio Neves - AffonsoCamargo - Afif Domingos - Afonso Arinos - Afonso Sancho - Agassiz Almei<strong>da</strong> - Agripino <strong>de</strong>Oliveira Lima - Airton Cor<strong>de</strong>iro - Airton San<strong>do</strong>val - Alarico Abib - Albano Franco - AlbéricoCor<strong>de</strong>iro - Albérico Filho - Alceni Guerra - Alci<strong>de</strong>s Sal<strong>da</strong>nha - Al<strong>do</strong> Arantes - Alércio Dias -Alexandre Costa - Alexandre Puzyna - Alfre<strong>do</strong> Campos - Almir Gabriel - Aloisio Vasconcelos -Aloysio Chaves - Aloysio Teixeira - Aluizio Bezerra - Aluízio Campos - Álvaro Antônio - ÁlvaroPacheco - Álvaro Valle - Alysson Paulinelli - Amaral Netto - Amaury Müller - Amilcar Moreira -Ângelo Magalhães - Anna Maria Rattes - Annibal Barcellos - Antero <strong>de</strong> Barros - AntônioCâmara - Antônio Carlos Franco - Antonio Carlos Men<strong>de</strong>s Thame - Antônio <strong>de</strong> Jesus - AntonioFerreira - Antonio Gaspar - Antonio Mariz - Antonio Perosa - Antônio Salim Curiati - AntonioUeno - Arnal<strong>do</strong> Martins - Arnal<strong>do</strong> Moraes - Arnal<strong>do</strong> Prieto - Arnold Fioravante - Arol<strong>de</strong> <strong>de</strong>


Oliveira - Artenir Werner - Artur <strong>da</strong> Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canuto - Átila Lira -Augusto Carvalho - Áureo Mello - Basílio Villani - Benedicto Monteiro - Benito Gama - BethAzize - Bezerra <strong>de</strong> Melo - Bocayuva Cunha - Bonifácio <strong>de</strong> Andra<strong>da</strong> - Bosco França - BrandãoMonteiro - Caio Pompeu - Carlos Alberto - Carlos Alberto Caó - Carlos Benevi<strong>de</strong>s - CarlosCardinal - Carlos Chiarelli - Carlos Cotta - Carlos De’Carli - Carlos Mosconi - Carlos Sant’Anna -Carlos Vinagre - Carlos Virgílio - Carrel Benevi<strong>de</strong>s - Cássio Cunha Lima - Célio <strong>de</strong> Castro -Celso Doura<strong>do</strong> - César Cals Neto - César Maia - Chagas Duarte - Chagas Neto - ChagasRodrigues - Chico Humberto - Christóvam Chiaradia - Cid Carvalho - Cid Sabóia <strong>de</strong> Carvalho -Cláudio Ávila - Cleonâncio Fonseca - Costa Ferreira - Cristina Tavares - Cunha Bueno - DáltonCanabrava - Darcy Deitos - Darcy Pozza - Daso Coimbra - Davi Alves Silva - Del Bosco Amaral- Delfim Netto - Délio Braz - Denisar Arneiro - Dionisio Dal Prá - Dionísio Hage - Dirce TutuQuadros - Dirceu Carneiro - Dival<strong>do</strong> Suruagy - Djenal Gonçalves - Domingos Juvenil -Domingos Leonelli - Doreto Campanari - Edésio Frias - Edison Lobão - Edival<strong>do</strong> Motta - EdmeTavares - Edmilson Valentim - Eduar<strong>do</strong> Bonfim - Eduar<strong>do</strong> Jorge - Eduar<strong>do</strong> Moreira - EgídioFerreira Lima - Elias Murad - Eliel Rodrigues - Eliézer Moreira - Enoc Vieira - Eral<strong>do</strong> Tinoco -Eral<strong>do</strong> Trin<strong>da</strong><strong>de</strong> - Erico Pegoraro - Ervin Bonkoski - Eteval<strong>do</strong> Nogueira - Eucli<strong>de</strong>s Scalco -Eunice Michiles - Eval<strong>do</strong> Gonçalves - Expedito Macha<strong>do</strong> - Ézio Ferreira - Fábio Feldmann -Fábio Raunheitti - Farabulini Júnior - Fausto Fernan<strong>de</strong>s - Fausto Rocha - Felipe Men<strong>de</strong>s -Feres Na<strong>de</strong>r - Fernan<strong>do</strong> Bezerra Coelho - Fernan<strong>do</strong> Cunha - Fernan<strong>do</strong> Gasparian - Fernan<strong>do</strong>Gomes - Fernan<strong>do</strong> Henrique Car<strong>do</strong>so - Fernan<strong>do</strong> Lyra - Fernan<strong>do</strong> Santana - Fernan<strong>do</strong> Velasco- Firmo <strong>de</strong> Castro - Flavio Palmier <strong>da</strong> Veiga - Flávio Rocha - Florestan Fernan<strong>de</strong>s - FloricenoPaixão - França Teixeira - Francisco Amaral - Francisco Benjamim - Francisco Carneiro -Francisco Coelho - Francisco Diógenes - Francisco Dornelles - Francisco Küster - FranciscoPinto - Francisco Rollemberg - Francisco Rossi - Francisco Sales - Furta<strong>do</strong> Leite - GabrielGuerreiro - Gandi Jamil - Gastone Righi - Genebal<strong>do</strong> Correia - Genésio Bernardino - GeovaniBorges - Geral<strong>do</strong> Alckmin Filho - Geral<strong>do</strong> Bulhões - Geral<strong>do</strong> Campos - Geral<strong>do</strong> Fleming -Geral<strong>do</strong> Melo - Gerson Camata - Gerson Marcon<strong>de</strong>s - Gerson Peres - Gi<strong>de</strong>l Dantas - Gil César- Gilson Macha<strong>do</strong> - Gonzaga Patriota - Guilherme Palmeira - Gumercin<strong>do</strong> Milhomem - Gustavo<strong>de</strong> Faria - Harlan Ga<strong>de</strong>lha - Harol<strong>do</strong> Lima - Harol<strong>do</strong> Sabóia - Hélio Costa - Hélio Duque - HélioManhães - Hélio Rosas - Henrique Cór<strong>do</strong>va - Henrique Eduar<strong>do</strong> Alves - Heráclito Fortes -Hermes Zaneti - Hilário Braun - Homero Santos - Humberto Lucena - Humberto Souto - IberêFerreira - Ibsen Pinheiro - Inocêncio Oliveira - Irajá Rodrigues - Iram Saraiva - Irapuan CostaJúnior - Irma Passoni - Ismael Wan<strong>de</strong>rley - Israel Pinheiro - Itamar Franco - Ivo Cersósimo - IvoLech - Ivo Mainardi - Ivo Van<strong>de</strong>rlin<strong>de</strong> - Jacy Scanagatta - Jairo Azi - Jairo Carneiro - JallesFontoura - Jamil Had<strong>da</strong>d - Jarbas Passarinho - Jayme Paliarin - Jayme Santana - Jesual<strong>do</strong>Cavalcanti - Jesus Tajra - Joaci Góes - João Agripino - João Alves - João Calmon - João CarlosBacelar - João Castelo - João Cunha - João <strong>da</strong> Mata - João <strong>de</strong> Deus Antunes - João HerrmannNeto - João Lobo - João Macha<strong>do</strong> Rollemberg - João Menezes - João Natal - João Paulo -João Rezek - Joaquim Bevilácqua - Joaquim Francisco - Joaquim Hayckel - Joaquim Sucena -Jofran Frejat - Jonas Pinheiro - Jonival Lucas - Jorge Bornhausen - Jorge Hage - Jorge Leite -Jorge Uequed - Jorge Vianna - José Agripino - José Camargo - José Carlos Coutinho - JoséCarlos Grecco - José Carlos Martinez - José Carlos Sabóia - José Carlos Vasconcelos - JoséCosta - José <strong>da</strong> Conceição - José Dutra - José Egreja - José Elias - José Fernan<strong>de</strong>s - JoséFreire - José Genoíno - José Geral<strong>do</strong> - José Gue<strong>de</strong>s - José Ignácio Ferreira - José Jorge - JoséLins - José Lourenço - José Luiz <strong>de</strong> Sá - José Luiz Maia - José Maranhão - José Maria Eymael- José Maurício - José Melo - José Men<strong>do</strong>nça Bezerra - José Moura - José Paulo Bisol - JoséQueiroz - José Richa - José Santana <strong>de</strong> Vasconcellos - José Serra - José Tavares - JoséTeixeira - José Thomaz Nonô - José Tinoco - José Ulísses <strong>de</strong> Oliveira - José Viana - JoséYunes - Jovanni Masini - Juarez Antunes - Júlio Campos - Júlio Costamilan - Jutahy Júnior -Jutahy Magalhães - Koyu Iha - Lael Varella - Lavoisier Maia - Leite Chaves - Lélio Souza -Leopol<strong>do</strong> Peres - Leur Lomanto - Levy Dias - Lézio Sathler - Lídice <strong>da</strong> Mata - LourembergNunes Rocha - Lourival Baptista - Lúcia Braga - Lúcia Vânia - Lúcio Alcântara - Luís Eduar<strong>do</strong> -Luís Roberto Ponte - Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Freire - Luiz Gushiken - Luiz Henrique - LuizInácio Lula <strong>da</strong> Silva - Luiz Leal - Luiz Marques - Luiz Salomão - Luiz Viana - Luiz Viana Neto -Lysâneas Maciel - Maguito Vilela - Maluly Neto - Manoel Castro - Manoel Moreira - ManoelRibeiro - Mansueto <strong>de</strong> Lavor - Manuel Viana - Márcia Kubitschek - Márcio Braga - MárcioLacer<strong>da</strong> - Marco Maciel - Marcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lha - Marcos Lima - Marcos Queiroz - Maria <strong>de</strong>Lour<strong>de</strong>s Abadia - Maria Lúcia - Mário Assad - Mário Covas - Mário <strong>de</strong> Oliveira - Mário Lima -Marluce Pinto - Matheus Iensen - Mattos Leão - Maurício Campos - Maurício Correa - MaurícioFruet - Maurício Nasser - Maurício Pádua - Maurílio Ferreira Lima - Mauro Borges - Mauro


Campos - Mauro Miran<strong>da</strong> - Mauro Sampaio - Max Rosenmann - Meira Filho - Melo Freire -Mello Reis - Men<strong>de</strong>s Botelho - Men<strong>de</strong>s Canale - Men<strong>de</strong>s Ribeiro - Messias Góis - MessiasSoares - Michel Temer - Milton Barbosa - Milton Lima - Milton Reis - Miral<strong>do</strong> Gomes - MiroTeixeira - Moema São Thiago - Moysés Pimentel - Mozaril<strong>do</strong> Cavalcanti - Mussa Demes -Myrian Portella - Nabor Júnior - Naphtali Alves <strong>de</strong> Souza - Narciso Men<strong>de</strong>s - Nelson Aguiar -Nelson Carneiro - Nelson Jobim - Nelson Sabrá - Nelson Seixas - Nelson We<strong>de</strong>kin - NeltonFriedrich - Nestor Duarte - Ney Maranhão - Nilso Sguarezi - Nilson Gibson - Nion Albernaz -Noel <strong>de</strong> Carvalho - Ny<strong>de</strong>r Barbosa - Octávio Elísio - O<strong>da</strong>cir Soares - Olavo Pires - Olívio Dutra -Onofre Corrêa - Orlan<strong>do</strong> Bezerra - Orlan<strong>do</strong> Pacheco - Oscar Corrêa - Osmar Leitão - OsmirLima - Osmun<strong>do</strong> Rebouças - Osval<strong>do</strong> Ben<strong>de</strong>r - Osval<strong>do</strong> Coelho - Osval<strong>do</strong> Mace<strong>do</strong> - Osval<strong>do</strong>Sobrinho - Oswal<strong>do</strong> Almei<strong>da</strong> - Oswal<strong>do</strong> Trevisan - Ottomar Pinto - Paes <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> - PaesLandim - Paulo Delga<strong>do</strong> - Paulo Macarini - Paulo Marques - Paulo Mincarone - Paulo Paim -Paulo Pimentel - Paulo Ramos - Paulo Roberto - Paulo Roberto Cunha - Paulo Silva - PauloZarzur - Pedro Cane<strong>do</strong> - Pedro Ceolin - Percival Muniz - Pimenta <strong>da</strong> Veiga - Plínio Arru<strong>da</strong>Sampaio - Plínio Martins - Pompeu <strong>de</strong> Sousa - Rachid Sal<strong>da</strong>nha Derzi - Raimun<strong>do</strong> Bezerra -Raimun<strong>do</strong> Lira - Raimun<strong>do</strong> Rezen<strong>de</strong> - Raquel Cândi<strong>do</strong> - Raquel Capiberibe - Raul Belém - RaulFerraz - Renan Calheiros - Renato Bernardi - Renato Johnsson - Renato Vianna - Ricar<strong>do</strong>Fiuza - Ricar<strong>do</strong> Izar - Rita Camata - Rita Furta<strong>do</strong> - Roberto Augusto - Roberto Balestra -Roberto Brant - Roberto Campos - Roberto D’Ávila - Roberto Freire - Roberto Jefferson -Roberto Rollemberg - Roberto Torres - Roberto Vital - Robson Marinho - Rodrigues Palma -Ronal<strong>do</strong> Aragão - Ronal<strong>do</strong> Carvalho - Ronal<strong>do</strong> Cezar Coelho - Ronan Tito - Ronaro Corrêa -Rosa Prata - Rose <strong>de</strong> Freitas - Rospi<strong>de</strong> Netto - Rubem Branquinho - Rubem Medina - RubenFigueiró - Ruberval Pilotto - Ruy Bacelar - Ruy Ne<strong>de</strong>l - Sadie Hauache - Salatiel Carvalho -Samir Achôa - Sandra Cavalcanti - Santinho Furta<strong>do</strong> - Sarney Filho - Saulo Queiroz - SérgioBrito - Sérgio Spa<strong>da</strong> - Sérgio Werneck - Severo Gomes - Sigmaringa Seixas - Sílvio Abreu -Simão Sessim - Siqueira Campos - Sólon Borges <strong>do</strong>s Reis - Stélio Dias - Ta<strong>de</strong>u França - TelmoKirst - Teotonio Vilela Filho - Theo<strong>do</strong>ro Men<strong>de</strong>s - Tito Costa - Ubiratan Aguiar - Ubiratan Spinelli- Uldurico Pinto - Valmir Campelo - Valter Pereira - Vasco Alves - Vicente Bogo - Victor Faccioni- Victor Fontana - Victor Trovão - Vieira <strong>da</strong> Silva - Vilson Souza - Vingt Rosa<strong>do</strong> - ViniciusCansanção - Virgildásio <strong>de</strong> Senna - Virgílio Galassi - Virgílio Guimarães - Vitor Buaiz - Vival<strong>do</strong>Barbosa - Vladimir Palmeira - Wagner Lago - Wal<strong>de</strong>c Ornélas - Waldyr Pugliesi - Walmor <strong>de</strong>Luca - Wilma Maia - Wilson Campos - Wilson Martins - Ziza Vala<strong>da</strong>res.Participantes: Álvaro Dias - Antônio Britto - Bete Men<strong>de</strong>s - Borges <strong>da</strong> Silveira - Car<strong>do</strong>so Alves -Edival<strong>do</strong> Holan<strong>da</strong> - Expedito Júnior - Fa<strong>da</strong>h Gattass - Francisco Dias - Geovah Amarante -Hélio Gueiros - Horácio Ferraz - Hugo Napoleão - Iturival Nascimento - Ivan Bonato - JorgeMe<strong>da</strong>uar - José Men<strong>do</strong>nça <strong>de</strong> Morais - Leopol<strong>do</strong> Bessone - Marcelo Miran<strong>da</strong> - Mauro Fecury -Neuto <strong>de</strong> Conto - Nival<strong>do</strong> Macha<strong>do</strong> - Oswal<strong>do</strong> Lima Filho - Paulo Alma<strong>da</strong> - Prisco Viana - RalphBiasi - Rosário Congro Neto - Sérgio Naya - Ti<strong>de</strong>i <strong>de</strong> Lima.In Memoriam: Alair Ferreira - Antônio Farias - Fábio Lucena - Norberto Schwantes - VirgílioTávora.

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