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Relatório Anual do banco de Portugal 2004

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Capítulo 6 Finanças públicasQuadro 6.1PRINCIPAIS INDICADORES ORÇAMENTAISEm percentagem <strong>do</strong> PIB2000 2001 2002 2003 <strong>2004</strong>Sal<strong>do</strong> total ................................................. -2.8 -4.4 -2.7 -2.9 -2.9Sal<strong>do</strong> primário .............................................. 0.4 -1.2 0.3 0.0 -0.1Efeitos <strong>de</strong> medidas temporárias (a) .............................. 0.3 0.0 1.4 2.5 2.3Sal<strong>do</strong> total ajusta<strong>do</strong> <strong>de</strong> medidas temporárias (a) .................. -3.2 -4.4 -4.1 -5.4 -5.2Sal<strong>do</strong> total ajusta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ciclo e <strong>de</strong> medidas temporárias (a)(b) ........ -4.6 -5.6 -4.6 -4.5 -4.2Sal<strong>do</strong> primário ajusta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ciclo e <strong>de</strong> medidas temporárias (a)(b) .... -1.4 -2.4 -1.6 -1.6 -1.4Dívida pública .............................................. 53.3 55.9 58.5 60.0 61.8Fontes: INE, Ministério das Finanças e Banco <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.Notas:(a) Os montantes <strong>de</strong> medidas temporárias consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s têm apenas em conta os efeitos directos nas contas das administrações públicasdas diversas operações realizadas (ver “Caixa 6.1 Efeitos orçamentais das medidas temporárias implementadas entre 2002 e<strong>2004</strong>”).(b) Para uma <strong>de</strong>scrição da meto<strong>do</strong>logia utilizada, ver Neves e Sarmento (2001), “A utilização <strong>de</strong> sal<strong>do</strong>s orçamentais ajusta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>ciclo no Banco <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>”, Boletim Económico <strong>do</strong> Banco <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, Setembro.(3) Mais especificamente, estas receitas correspon<strong>de</strong>m atransferências da Caixa Geral <strong>de</strong> Depósitos (1.9 por cento<strong>do</strong> PIB), da Navegação Aérea <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> (0.2 por cento<strong>do</strong> PIB), <strong>do</strong>s Aeroportos <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> (0.1 por cento <strong>do</strong> PIB)e da Imprensa Nacional Casa da Moeda (0.1 por cento <strong>do</strong>PIB).trações públicas (3) . O défice das administraçõespúblicas excluin<strong>do</strong> os efeitos das medidas temporáriassituou-se, assim, em 5.2 por cento <strong>do</strong>PIB, diminuin<strong>do</strong> cerca <strong>de</strong> 0.2 pontos percentuais(p.p.) face ao valor regista<strong>do</strong> em 2003.Ajusta<strong>do</strong> <strong>de</strong> efeitos cíclicos e <strong>de</strong> medidas temporárias,o défice ter-se-á situa<strong>do</strong> em 4.2 porcento <strong>do</strong> PIB em <strong>2004</strong>.A componente cíclica <strong>do</strong> sal<strong>do</strong> orçamentalregistou em <strong>2004</strong> uma diminuição muito ligeira.Com efeito, apesar da taxa <strong>de</strong> crescimento<strong>do</strong> PIB real ter aumenta<strong>do</strong> significativamenteem relação à observada no ano anterior, o crescimentoda activida<strong>de</strong> económica manteve-seabaixo da tendência. Assim, o hiato <strong>do</strong> produtoe, consequentemente, a componente cíclica <strong>do</strong>sal<strong>do</strong> orçamental, ter-se-ão torna<strong>do</strong> mais negativosem <strong>2004</strong>.O sal<strong>do</strong> primário ajusta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ciclo e <strong>do</strong>sefeitos das medidas temporárias apresentouum aumento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 0.2 p.p. <strong>do</strong> PIB. A melhoria,embora pouco significativa, da posiçãoorçamental subjacente em <strong>2004</strong> <strong>de</strong>correu, noessencial, <strong>de</strong> um comportamento excepcionalmentefavorável da receita fiscal, em particular<strong>do</strong>s impostos sobre o rendimento das empresas,cujo contributo para a melhoria da posiçãoorçamental <strong>de</strong>verá ter-se cifra<strong>do</strong> em cerca <strong>de</strong>0.5 p.p. <strong>do</strong> PIB, e da contenção <strong>do</strong> crescimentodas <strong>de</strong>spesas com pessoal, traduzida numa diminuição<strong>de</strong> 0.3 p.p. no rácio <strong>de</strong>sta rubrica empercentagem <strong>do</strong> PIB. Estes <strong>do</strong>is efeitos foramcontraria<strong>do</strong>s pelo forte aumento das <strong>de</strong>spesasem pensões, quer no regime geral quer no regime<strong>do</strong>s funcionários públicos, que implicouum acréscimo na <strong>de</strong>spesa em rácio <strong>do</strong> PIB <strong>de</strong>0.6 p.p. (Gráfico 6.2).O rácio da dívida pública atingiu 61.8 porcento no final <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, 1.8 p.p. acima <strong>do</strong> valorobserva<strong>do</strong> um ano antes. A manutenção da trajectóriaascen<strong>de</strong>nte iniciada em 2001 ocorreuapesar <strong>do</strong> sal<strong>do</strong> primário, incluin<strong>do</strong> os efeitosdas medidas temporárias, ter si<strong>do</strong> aproximadamentenulo. Assim, a evolução <strong>do</strong> rácio dadívida em <strong>2004</strong> resultou <strong>do</strong> efeito <strong>do</strong> diferencialpositivo entre a taxa <strong>de</strong> juro implícita da dívidapública e a taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>do</strong> PIB nominale <strong>do</strong> montante significativo <strong>de</strong> ajustamentosdéfice-dívida.Em Outubro <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, a Standard & Poorspassou a consi<strong>de</strong>rar sob observação a notação<strong>de</strong> risco soberano da República Portuguesa, sinalizan<strong>do</strong>assim a possibilida<strong>de</strong> da sua eventualrevisão em baixa. O crescimento significativoda <strong>de</strong>spesa primária e o recurso abundante96 Banco <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> | Relatório <strong>Anual</strong> | <strong>2004</strong>

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