ENFRENTANDO A COMPLEXIDADE REAL DO LUGAR: UM NOVO TIPO DE INCUBADORA TECNOLÓGICA DE COOPERAÇÃO POPULAR
IV Congresso da Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares - Rede ITCPs e II Simpósio Internacional de Extensão Universitária em Economia Solidária, a ser realizado de 15 a 17 de abril de 2015, em Salvador/BA. ITCPs E METODOLOGIAS DE INCUBAÇÃO. EIXO TEMÁTICO III. GT 15 - Estruturas e metodologias de funcionamento das incubadoras.
IV Congresso da Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares - Rede ITCPs e II Simpósio Internacional de Extensão Universitária em Economia Solidária, a ser realizado de 15 a 17 de abril de 2015, em Salvador/BA. ITCPs E METODOLOGIAS DE INCUBAÇÃO. EIXO TEMÁTICO III. GT 15 - Estruturas e metodologias de funcionamento das incubadoras.
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Enquanto o próprio Zablocki (2007) disse que "a maioria das incubadoras<br />
prefere a abordagem focada na empresa, cobrando taxas de mercado para alugar e<br />
oferecer serviços como benefícios de valor-adicionado pelo aluguel de espaços na<br />
incubadora - por isso, provavelmente, as incubadoras são melhor definidas como<br />
programas do que como facilidades". Ele afirmou que "quase 90% (noventa por cento)<br />
das incubadoras são operadas por ONGs (Organizações Não-Governamentais) com o<br />
propósito de estimular o crescimento do trabalho humano em vários setores da<br />
economia local". E que "algumas incubadoras, particularmente aquelas que lidam com<br />
ensino superior, enfatizam o desenvolvimento baseado na tecnologia".<br />
Incubadoras Sociais ou Incubadoras de "Pobres"<br />
Para Bocayuva Cunha e Varanda (2007), "a inovação trazida pelas ITCPs 6 é<br />
mais ampla que as introduzidas pelas incubadoras convencionais". Isso porque essa<br />
inovação "permite à gente pobre se inserir na produção social pelo seu próprio esforço",<br />
porém num "esforço é duplicado, pois implica no aprendizado de como entender a<br />
autogestão e participar dela". Eles disseram que "cada cooperativa popular tem de abrir<br />
espaço em mercados e ao mesmo tempo seus membros têm de aprender a viver e<br />
trabalhar inseridos em relações de produção horizontais — ninguém manda em<br />
ninguém". E acrescentaram que: 1) "a atividade delas relaciona-se com grupos<br />
populares e, a partir dos mecanismos educativos de democratização dos saberes, através<br />
de dinâmicas interativas de aprendizagem, estende, socializa e transfere recursos<br />
intelectuais e meios técnicos"; 2) "o resultado é uma reversão nos esquemas das<br />
trajetórias clássicas de incubação voltadas para as empresas de base tecnológica"; e 3)<br />
"as ITCPs contribuem para ordenar o quadro confuso da disputa sobre os rumos que<br />
devem tomar as iniciativas dispersas de capacitação para o trabalho - até agora<br />
realizadas de forma pouco sistemática e menos consistente (por atores públicos, pelo<br />
sistema S 7 , por ONGs e por movimentos sociais)".<br />
6 ITCPs: Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares.<br />
7 SISTEMA "S": formado, entre outros serviços de educação e cultura do trabalhador, por SEBRAE<br />
(Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas), SENAC (Serviço Nacional de<br />
Aprendizagem do Comércio), SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), SENAT (Serviço<br />
Nacional de Aprendizagem em Transportes), SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial),<br />
SESC (Serviço Social do Comércio), SESCOOP (Serviço Nacional de Aprendizagem do<br />
Cooperativismo), SESI (Serviço Social da Indústria) e SEST (Serviço Social de Transportes).