AMBIENTE HOMO-ANTRÓPICO: INCUBADORA TECNOLÓGICA DE INTEGRAÇÃO HUMANA
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Federal Fluminense (UFF), como requisito parcial para a obtenção do Título de Especialista em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Federal Fluminense (UFF), como requisito parcial para a obtenção do Título de Especialista em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.
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UFF<br />
UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL FLUMINENSE<br />
FRANCISCO RENATO VIEIRA DA COSTA FERREIRA<br />
<strong>AMBIENTE</strong> <strong>HOMO</strong>-<strong>ANTRÓPICO</strong>:<br />
<strong>INCUBADORA</strong> <strong>TECNOLÓGICA</strong> <strong>DE</strong> <strong>INTEGRAÇÃO</strong> <strong>HUMANA</strong><br />
Campos dos Goytacazes, RJ<br />
Maio de 2012
FRANCISCO RENATO VIEIRA DA COSTA FERREIRA<br />
<strong>AMBIENTE</strong> <strong>HOMO</strong>-<strong>ANTRÓPICO</strong>:<br />
<strong>INCUBADORA</strong> <strong>TECNOLÓGICA</strong> <strong>DE</strong> <strong>INTEGRAÇÃO</strong> <strong>HUMANA</strong><br />
Monografia apresentada ao Curso de<br />
Especialização em Meio Ambiente e<br />
Desenvolvimento Regional da Universidade<br />
Federal Fluminense (UFF), como requisito parcial<br />
para a obtenção do Título de Especialista em<br />
Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.<br />
Orientador: Prof. Javier Walter Ghibaudi,<br />
Mestre em Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ)<br />
Professor ESR/UFF<br />
Campos dos Goytacazes, RJ<br />
Maio de 2012
FRANCISCO RENATO VIEIRA DA COSTA FERREIRA<br />
<strong>AMBIENTE</strong> <strong>HOMO</strong>-<strong>ANTRÓPICO</strong>:<br />
<strong>INCUBADORA</strong> <strong>TECNOLÓGICA</strong> <strong>DE</strong> <strong>INTEGRAÇÃO</strong> <strong>HUMANA</strong><br />
Esta monografia foi julgada adequada à obtenção<br />
do Título de Especialista em Meio Ambiente e<br />
Desenvolvimento Regional e aprovada em sua<br />
forma final pelo Curso de Especialização em<br />
Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da<br />
Universidade Federal Fluminense (UFF).<br />
Campos dos Goytacazes, 07 de maio de 2012<br />
______________________________________________________________<br />
Professor-Orientador: Prof. Javier Walter Ghibaudi<br />
Mestre em Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ). Professor ESR/UFF<br />
______________________________________________________________<br />
Nilza Franco Portela<br />
Mestre em Planejamento Regional e Gerência de Cidades (UCAM). Coordenadora da ITEP/UENF<br />
______________________________________________________________<br />
Prof. Dr. José Luis Vianna da Cruz<br />
Doutor em Planejamento Urbano e Regional
<strong>DE</strong>DICATÓRIA<br />
Aos que precisavam de incubação (e morreram<br />
precocemente)...<br />
Aos que precisam de incubação (para não morrerem<br />
precocemente)...
AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />
A YAHUVAH - AQUELE que é o que é... INFINITAMENTE GRAN<strong>DE</strong> e<br />
INSONDÁVEL... sempre em 1º lugar.<br />
Ao RUACH HA-KO<strong>DE</strong>SH - INFINITAMENTE PEQUENO - que é o<br />
ESPÍRITO SANTO de YAHUVAH, que vive em mim...<br />
A YAHUSHUAH - a PALAVRA de YAHUVAH feita ‘carne’ - que é uma<br />
esperança de salvação da Humanidade...<br />
Ao meu pai biológico (agradecimento póstumo, perante a sua<br />
decomposição física e dissipação do resto do seu 'ser').<br />
À minha mãe biológica, pelo seu amor materno incondicional - e pelo<br />
notebook e respectivas aplicações informáticas, que me permitiram fazer esta<br />
monografia numa ambiente virtual que eu jamais imaginara.<br />
Ao meu avô biológico materno, de quem não me lembro e apenas ouço<br />
falar (agradecimento póstumo a um anônimo democrata genuíno, ao qual<br />
martirizaram o corpo e a alma, mas não subjugaram o pensamento e o espírito).<br />
À minha esposa, pelo seu amor, sua sensibilidade, sua divergência, sua<br />
insistência e sua compreensão.<br />
Aos professores do Curso a que se refere esta monografia, pela<br />
paciência com que aturaram as minhas muitas intervenções em aula e pela leitura<br />
e avaliação dos meus trabalhos disciplinares.<br />
A todos que foram referenciados nesta monografia, por terem permitido<br />
que eu, 'estando' catador de lixo científico, tenha encontrado luxo acadêmico<br />
naquilo que escreveram (artigos científicos, trabalhos de graduação, dissertações<br />
de mestrado, teses de doutorado, revistas ou livros)...<br />
Ao meu orientador, pela sua jovem experiência acadêmica - bastante para<br />
o mais adequado recorte, desenvolvimento e conclusão desta monografia.<br />
À banca examinadora, pela sua disponibilidade, e pela leitura e<br />
avaliação desta monografia. Em especial, o "apoio bolsista" da ITEP/UENF, que me<br />
permitiu olhar por dentro de uma incubadora de cooperativas.<br />
A todos que não foram referenciados neste trabalho, por terem<br />
permitido que eu, também 'estando' catador de lixo não científico, tenha encontrado<br />
luxo não acadêmico naquilo que escreveram (artigos de informação ou artigos de<br />
opinião).
... precisamos de uma ética que desafie o sucesso e a recompensa, e<br />
aquela não precisa ser inventada nem é nova, pois foi ensinada pelo<br />
cristianismo (pelo menos em seu início) e pela cooperação industrial e<br />
científica de nossos dias, em que começamos a perceber que o sacrifício<br />
pode significar tanto ou ainda mais quando ele é feito anonimamente -<br />
nossa educação ética deve imitar esse exemplo, devem nos ensinar a fazer<br />
o nosso trabalho e nosso sacrifício por esse trabalho, e não por amor de<br />
louvores ou para evitarmos censuras. (POPPER, 1945 pp. 233-234)
RESUMO<br />
A sociedade humana moderna está podre e implode, em sua crise moral e desajuste<br />
ético de pseudodemocracias e pseudosustentabilidades, no âmbito local, regional,<br />
nacional ou global. Porém, uma nova sociedade é possível. Pois, um novo<br />
paradigma emerge do paradigma moderno que domina a contemporaneidade<br />
humana hodierna. E existe um meio instrumental dinâmico e "mais que complexo"<br />
de integrar metodologicamente, de forma virtual, digital, multilateral, transparente e<br />
democrática, os “(auto)excluídos” dessa sociedade fétida em processo de<br />
autodestruição. Esse instrumento permite que estes seres humanos excluídos<br />
"sejam", "estejam" e "empreendam" de forma responsável - individual ou<br />
coletivamente -, tendo em conta as respectivas características quer socioculturais e<br />
educacionais ("sem" subordinação), quer ambientais ("com" subordinação). Esse<br />
instrumento é uma incubadora idealizada, construída e mantida com técnicas e<br />
tecnologias de ponta, que usarão uma metodologia híbrida num processo híbrido de<br />
integração humana a partir de um local numa região administrativa "vigente" no<br />
planeta Terra. A essa incubadora tecnológica cabe proteger, fortalecer e assistir<br />
aqueles (auto)excluídos, transformando "cada um" em empreendedor responsável,<br />
com o mínimo de alteração no ambiente complexo que o envolve. Essa incubadora<br />
não fará "homens" ou "mulheres" ou "indecisos". Ela "produzirá" gente devidamente<br />
informada, que, em harmonia com os recursos disponíveis (não humanos e outros<br />
humanos) e as informações e dados que receber, decida e comunique, livre e<br />
responsavelmente, sobre seu próprio caminho, de forma caleidoscópica: intuitiva,<br />
afetiva, racional, efetiva, eficaz e eficiente!<br />
Palavras-chave: Ambientes complexos. Ambiente humano. Envolvimento<br />
humano. Empreendedor humano. Integração humana. Incubadora tecnológica.
ABSTRACT<br />
Modern human society is rotten and collapse in its moral crisis and ethical misfit of<br />
local, regional, national and global, pseudodemocracy and pseudosustainability.<br />
However, a new society is possible. As a new paradigm emerges from the modern<br />
paradigm that dominates human contemporary today. And there is a dynamic and<br />
instrumental "over complex" means to integrate methodologically, in a virtual, digital,<br />
multilateral, transparent and democratic way, the "(self)excluded" from this stinking<br />
society in a process of self-destruction. This instrument allows these excluded human<br />
beings "to be", "to stay" and "to undertake", responsibly - individually or collectively -,<br />
taking into account the respective characteristics of either sociocultural and<br />
educational ("without" subordination) either environmental ("with" subordination). This<br />
instrument is an incubator conceived, built and maintained with state-of-the-art<br />
techniques and technologies, which will use a hybrid methodology in a hybrid<br />
process of human integration from a local of an administrative region "in force" at<br />
planet Earth. Is concerned to that technology incubator to protect, strengthen and<br />
assist those (self)excluded, transforming "each one" into a responsible entrepreneur,<br />
with minimal change in the environments that surround him. That incubator will not<br />
make "men " or "women" or "undecided". It'll "produce" people properly informed, that<br />
decide, in accordance with available resources (human and other non-human) and<br />
the information and data received, and communicate, freely and responsibly, about<br />
their own path, in an kaleidoscopic way: intuitive, affective, rational, effective,<br />
efficacious and efficient!<br />
Keywords: Complex environments. Human environment. Human involvement.<br />
Human entrepreneur. Human integration. Technological Incubator.
LISTA <strong>DE</strong> ABREVIATURAS E SIGLAS<br />
1 ADN (ou DNA)<br />
2 AmbTecHum Ambiente Tecno-Humano<br />
Ácido DesoxirribloNucleico (ou DeoxiriboNucleic Acid), um composto orgânico<br />
com o código genético dos seres vivos<br />
3 AmCoReHiSwVeCo Ampulheta Complexa Reversa Hiperbólica Swotiana Vesteriana Coheniana<br />
4 AnHoRe Antropo-Holograma Real<br />
5 AnHoReVi Antropo Holograma Real e Virtual<br />
6 ANPROTEC<br />
Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de<br />
Tecnologias Avançadas<br />
7 ANTROPUS (ANTROPO) Unidade da "condição humana" individual ou "enraizamento geo-cósmico"<br />
8 ASoCie Ambiente Socio-Científico<br />
9 ASTeHu Ambiente Simbionte Tecno-Humano<br />
10 BIOSFERICUS Esfera viva ou Planeta Terra<br />
11 BIOTOPUS Espaços "com vida"<br />
12 BSC Balanced ScoreCard<br />
13 CaosLocBalGloCalOrdem! Método de Alinhamento Caos, Local, Global, Global e Local, nesta Ordem<br />
14<br />
CaosLocBalGloCalOrdem!Co<br />
mRevHipSwoVesCoh<br />
Método híbrido integrando o Método "CaosLocBalGloCalOrdem!" e o Método<br />
"ComRevHipSwoVesCoh"<br />
15 CMB Cosmic Microwave Background (radiação cósmica de fundo)<br />
16 CMMAD Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento<br />
17 CoGe Cosmo (topo) Geo-eco's<br />
18 CoGeAnHoRe Cosmo (topo) Geo-Antropo Holograma Real<br />
19 CoGeAnHoReVi Cosmo (topo) Geo (não topo) Antropo Holograma Real e Virtual<br />
CoGeHASoHoReViViRe (ou<br />
20<br />
Cosmo Geo-Homo Antropo Socialis Holograma Real-Virtual (e Virtual)-Real<br />
CoGeHASoHoReViRe)<br />
21 CoGeHoRe Cosmo (topo) Geo-Holograma Real<br />
22 Coh<br />
23 CoHoRe Cosmo Holograma Real<br />
24 Comp ciência da Computação<br />
25 ConEco Contas Ecológicas<br />
26 ConEcoHASo Contas Eco Homo-Antropo Socialis<br />
27 ConHA Contas Homo-Antrópicas<br />
28 ConSo Contas Sociais<br />
Quatro fatores sociais de COHEN (valores, inércia, interesses e coerção<br />
humanos)<br />
29 COPPE Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia<br />
30 <strong>DE</strong>ASI Loc (Des)Envolvimento Amoroso Supra-Infra Local<br />
31 <strong>DE</strong>L Desenvolvimento Econômico Local<br />
32 <strong>DE</strong>RIH Loc (Des)Envolvimento Responsável de Integração Humana Local<br />
33 DLIS Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável<br />
34 DRP Diagnóstico Rápido Participativo<br />
35 Ecol ciência da Ecologia<br />
36 EcolCompEcon Integração da Ecologia e da Economia via Computação<br />
37 Econ ciência da Economia
38 ECOTOPUS Espaços "sem vida"<br />
39 Endo Dentro<br />
40 ETICUS Ético<br />
41 Exo Fora<br />
42 FASE Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional<br />
43 FBES Fórum Brasileiro de Economia Solidária<br />
44 FODA Fortalezas, Oportunidades, Debilidades, Ameaças (SWOT na Argentina)<br />
45 FOFA Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas, Ameaças (SWOT no Brasil)<br />
46 GeCoRe Geo-Cosmo Real<br />
47 GeHoRe Geo-Holograma Real<br />
48 GEO Planeta TERRA - Geo(a)bio (ver BIOSFERICUS)<br />
49 Geo-Eco<br />
Cosmo (topo) Geo-Eco. São os recursos naturais imprescindíveis ao exercício<br />
das funções vitais ou metabólicas dos seres vivos no palneta Terra<br />
50 GesHolEmpCor Gestão Holística-Empreendedora-Corporativa<br />
51 GMACoBol Grupo Multidisciplinar de Alunos Cotistas-Bolsistas<br />
52 GMAEP Grupo Multidisciplinar de Alunos Excluídos Prematuramente<br />
53 GMESCE Grupo Multidisciplinar de Elementos da Sociedade Civil Excluídos<br />
54 GMIE Grupo Multidisciplinar de Intelectuais Excluídos<br />
55 HA Homo Antropus<br />
56 HAdeciAtto esfera infra "Fragmentação" de qualquer unidade humana<br />
57 HADoEx HA dominado-excluído<br />
58 HADoIn HA dominante-incluído<br />
59 HAE Homo Antropus Ecleticus<br />
60 HAER Homo Antropus Ecleticus Responsabilis<br />
61 HAERM Homo Antropus Ecleticus Responsabilis Matrioscas<br />
62 HAERMD Homo Antropus Ecleticus Responsabilis Matrioscas Digitalis<br />
63 HAERMT Homo Antropus Ecleticus Responsabilis Matrioscas Tecnologicus<br />
64 HAERMTD Homo Antropus Ecleticus Responsabilis Matrioscas Tecnus-Digitalis<br />
65 HAERMTD_FoCaEm HAERMTD Fortalecido, Capaz e Empreendedor<br />
66 HAEt Homo Antropo Eticus<br />
67 HAExaAtoEs Homo Antropus ExaAtto Esfera<br />
68 HAExa-deca esfera supra "Reprodução" de qualquer unidade humana<br />
69 HAGen Homo Antropus Genoma<br />
70 HAHoReVi Homo Antropo Holograma Real (representado pelo) Virtual<br />
71 HAHoReViReGeCo<br />
Homo Antropo Holograma Real (representado pelo) Virtual e (voltando ao)<br />
Real, (revirando) Cosmo e Geo (para) Geo e Cosmo<br />
72 HAPE Homo Antropus Processo Existencial<br />
73 HARe Homo-Antropo Real<br />
74 HASo Homo Antropo Socialis<br />
75 HASoHoReViDiReGeCo<br />
76 HASoHoReViReGeCo<br />
Homo Antropo Socialis Holograma Real (representado pelo) Virtual e (voltando<br />
ao) Real, (revirando) Cosmo e Geo (para) Geo e Cosmo, no Digital<br />
Homo Antropo Socialis Holograma Real (representado pelo) Virtual e (voltando<br />
ao) Real, (revirando) Cosmo e Geo (para) Geo e Cosmo<br />
77 HASoHoViRe Homo Antropo Socialis Holograma Virtual voltando ao Real<br />
78 Ho Holograma<br />
79 <strong>HOMO</strong> Unidade do "humano do humano" individual ou "desenraizamento humano"<br />
80 HoReViRe Holograma Real-Virtual-Real
81 HoSaSa Homo Sapiens Sapiens<br />
82 HSDK H HCR RUACH HA KO<strong>DE</strong>SH ou Espírito Santo do Deus do povo Hebreu<br />
83 HUPE Hospital Universitário Pedro Ernesto<br />
84 IEBTUFF<br />
Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal<br />
Fluminense<br />
85 iLEULOA Interação da LEU e da LOA<br />
86 InCos Incubadora Cósmica<br />
87 InCosGeo Incubadora Cosmo-Terrestre (Hiper-interação da "InCos" e "InGeo")<br />
88 InCosGeoHum<br />
Incubadora Cosmo-Terrestre-Humana (Supra e Infra-interação da "InCosGeo"<br />
e da "InHum")<br />
89 InDiInHu Incubadora Digital de Integração Humana<br />
90 InGeo Incubadora Terrestre<br />
91 InHum Incubadora Humana (interação da "InInfHum" e da "InSupHum")<br />
92 InHumGeoCos Incubadora Humana Geo-Cósmica<br />
93 InInfHum Incubadora Infra-Humana<br />
94 InSupHum Incubadora Supra-Humana<br />
95 InTeInHu Incubadora Tecnológica de Integração Humana<br />
96 IOHI Integração Objetiva de Hologramas Interdependentes<br />
97 ISECENSA Institutos Superiores de Ensino do CENSA<br />
98 ITCP Incubadora Tecnológica de Cooperativa Popular<br />
99 ITEES Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Econômicos Solidários<br />
100 ITEP Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares<br />
101 ITES Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Solidários<br />
102 IURIS Direito<br />
103 IVCSH Índice de Vivência, Convivência e Sobrevivência Humanas<br />
104 LEU Lógica Estrutural da Unidade<br />
105 LIR Lógica Intuitivo-Racional<br />
106 LOA Lógica Organizacional do Ambiente<br />
107 MCT Ministério da Ciência e Tecnologia do Governo Federal do Brasil<br />
108 MetCom Método Complexo<br />
109 MetComRevHipSwoVesCoh Método Complexo Reverso Hiperbólico Swotiano Vesteriano Coheniano<br />
110 MetHip Método Hiperbólico<br />
111 MetRev Método Reverso<br />
112 MORIS Moral<br />
113 NeEsCo Neo-Estabilização Cósmica<br />
114 NeEsCoGeHu Neo-Estabilização Cosmo-Geo-Humana<br />
115 NeEsDi Neo- Estabilização Digital<br />
116 NeEsGe Neo-Estabilização Terrestre<br />
117 NeEsHu Neo-Estabilização Humana<br />
118 NeEsHuGeCo Neo-Estabilização Humana Geo-Cósmica<br />
119 NeEsIn Neo-Estabilização Individual<br />
120 NeEsSo Neo-Estabilização Social<br />
121 NeEsTeHu Neo-Estabilização Tecno-Humana<br />
122 NuInTeInHu Núcleo da Incubadora Tecnológica de Integração Humana<br />
123 ONG Organização Não-Governamental<br />
124 ONU Organização das Nações Unidas<br />
125 ORBIS Mundo humano
126 OrgRe Organização Real<br />
127 OrgReViDiRe Organização Real-Virtual-Digital-Real<br />
128 OrgReViRe Organização Real-Virtual-Real<br />
129 OSCIP Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público<br />
130 PDCSIOHI<br />
Plataforma Digital de Censo, Senso e Integração Objetiva de Hologramas<br />
Interdependentes<br />
131 PE Pegada Ecológica (do inglês, foot printing)<br />
132 PIB Produto Interno Bruto<br />
133 PLURIBUS UNUM Um entre vários<br />
134 PNB Produto Nacional Bruto<br />
135 PNBL Plano Nacional de Banda Larga<br />
136 PNQ Prêmio Nacional da Qualidade<br />
137 PoViLoCo Portal Virtual Local Corporativo<br />
138 Prhuso (ou ProHumSoc) Processo Humano Social<br />
139 Print (ou ProInt) Processo de Integração<br />
140 PrintComTel Processo de Integração Complexo-Teleológico<br />
141 PrintComTelLoc Processo de Integração Complexo-Teleológico Local<br />
142 PROEX Pró-reitoria de Extensão (Programa Universidade Aberta)<br />
143 ProMuSo (ou ProMudSoc) Processo de Mudança Social<br />
144 PRONINC Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares<br />
145 RaDiaFoDifEs Raciocínio Dialógico de Foco Difuso e Estratégico<br />
146 RE<strong>DE</strong> ASHOKA Rede de Empreendedores Sociais ASHOKA<br />
147 RE<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> ITCPs Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares<br />
148 RE<strong>DE</strong>TEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro<br />
149 ReHASoHoReViDiReGeCo<br />
Rede de Homo Antropo Socialis Holograma Reais (representados por) Virtuais<br />
e (voltando aos) Reais (revirando) Cosmo e Geo (para) Geo e Cosmo, usando<br />
tecnologias Digitais<br />
150 REINC (ou ReINC) Rede de Incubadoras, Pólos e Parques Tecnológicos do Rio de Janeiro<br />
151 ReSoHAViDi Rede Social Homo-Antropo-Virtual Digital<br />
152 ROC Responsabilidade de Ordem Cósmica<br />
153 ROD Responsabilidade de Ordem Digital<br />
154 ROH Responsabilidade de Ordem Humana<br />
155 ROHI Responsabilidade de Ordem Humana Individual<br />
156 ROHNI Responsabilidade de Ordem Humana Não-Individual<br />
157 ROHS Responsabilidade de Ordem Humana Social<br />
158 ROSiCoGeHu Responsabilidade de Ordem Síncrona Cosmo-Geo-Humana<br />
159 ROSiHuGeCo Responsabilidade de Ordem Síncrona Humana Geo-Cósmica<br />
160 ROSiTeHuGeCo Responsabilidade de Ordem Síncrona Tecno-Humana Geo-Cósmica<br />
161 ROT Responsabilidade de Ordem Terrestre<br />
162 Rpc Renda per capita<br />
163 RTS Rede de Tecnologia Social<br />
164 SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas<br />
165 SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio<br />
166 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial<br />
167 SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural<br />
168 SENAT Serviço Nacional de Aprendizagem em Transportes
169 SESC Serviço Social do Comércio<br />
170 SESCOOP Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo<br />
171 SESI Serviço Social da Indústria<br />
172 SEST Serviço Social de Transportes<br />
173 SI(Au)GeLo Sistema Integrado de (Auto)Gestão Local<br />
174 SIG Sistema Integrado de Gestão<br />
175 SIG-COOP Sistema de Gestão de Cooperativas<br />
176 SIG-INC Sistema de Gestão da Incubação<br />
177 SIG-IND Sistema de Gestão de Indicadores<br />
178 SIG-ITCP Sistema de Gestão da Incubadora<br />
179 SIHI Sistema Integrado de Hologramas Interdependentes<br />
180 SISTEMA "S" Sistema de Serviços Nacionais Brasileiros como os já aqui referidos<br />
181 SoVi Sociedade Virtual<br />
182 SWAT Special Weapons And Tatics (Armas e Táticas Especiais)<br />
183 Swo Adaptação da técnica SWOT<br />
184 SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats<br />
185 TCC Trabalho de Conclusão de Curso<br />
186 TecHS Tecnologia de Hardware e Software<br />
187 TeViHACor Tempo de Vida Corpórea do HAERM<br />
188 TeViHASo Tempo de Vida Social do HAERM<br />
189 TeViHASoCo Tempo de Vida Social de Contribuição do HAERM<br />
190 TIC Tecnologia de Informação e de Comunicação<br />
191 TOPO Um lugar que existe<br />
192 UA Unidade Astronômica<br />
193 UCAHA Unidade de Conta Ambiental Homo-Antrópica<br />
194 UCAHACTIS<br />
Unidade de Conta Ambiental Homo-Antrópica Complexo-Teleológica Individual-<br />
Social<br />
195 UCHA Unidade de Conta Homo-Antrópica<br />
196 UEN Unidades de Negócios<br />
197 UENF Universidade Estadual do Norte Fluminense<br />
198 UERJ Universidade Estadual do Rio de Janeiro<br />
199 UFF Universidade Federal Fluminense<br />
200 UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro<br />
201 UHAI Unidade Homo Antrópica Individual (integração do "homo" e do "antropo")<br />
202 UHAIS Unidade Homo-Antrópica Individual-Social ("UHAI" interagindo com "UHAS")<br />
203 UHAS<br />
Unidade Homo Antrópica Social (integração da Unidade da "condição humana"<br />
como "espécie" e da Unidade da "condição humana" como "ética" )<br />
204 UI Unidade de Integração<br />
205 UIAC<br />
206 UIACT<br />
Unidade de Integração Ambiental Complexa. Está associada ao<br />
UNI(DI)VERSO<br />
Unidade de Integração Ambiental Complexo-Teleológica. Está associada ao<br />
UNI(REVIRE)VERSO<br />
207 UIAGlo Unidade de Integração Ambiental Global<br />
208 UIAH (sub)Unidade de Integração de Abrigo(s) Humano(s)<br />
209 UIAHACTIS<br />
Unidade de Integração Ambiental Homo-Antrópica Complexo-Teleológica<br />
Individual-Social ("UIACT" reunida à "UHAIS")
210 UIAHAI<br />
211 UIAHAS<br />
Unidade de Integração Ambiental Homo-Antrópica Individual (integração do<br />
UHAI ao seu ambiente)<br />
Unidade de Integração Ambiental Homo-Antrópica Social (integração do UHAS<br />
ao seu ambiente)<br />
212 UIAHel Unidade de Integração Ambiental Solar<br />
213 UIALoc Unidade de Integração Ambiental Local<br />
214 UIAR (sub)Unidade de Integração de Ar Respirável<br />
215 UIAReg Unidade de Integração Ambiental Regional<br />
216 UIDH (sub)Unidade de Integração de Deslocamento(s) Humano(s)<br />
217 UIH (sub)Unidade de Integração Hidrográfica<br />
218 UIL (sub)Unidade de Integração Litográfica<br />
219 UIS (sub)Unidade de Integração de Solo(s)<br />
220 UISHA Unidade de Integração Social Homo-Antrópica<br />
221 UITH (sub)Unidade de Integração de Trabalho(s) Humano(s)<br />
222 UNESCO<br />
United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (Organização<br />
das Nações Unidas para a educação, Ciência e Cultura)<br />
223 UNI(DI)VERSO Universo Real na Dialógica e Diacronismo de sua complexidade<br />
224 UNI(RE)VERSO Universo Real<br />
225 UNI(REVI)VERSO Universo Real e Virtual percebido pelo ser humano<br />
226 UNI(REVIDIRE)VERSO Universo Real, e Virtual humano, que altera de forma Digital o Real<br />
227 UNI(REVIRE)VERSO Universo Real, e Virtual humano que altera o Real<br />
228 UniPub Universidade Pública<br />
229 URBIS Cidade<br />
230 Ves Adaptação da técnica de VESTER<br />
231 YH SH H<br />
YAHUSHUAH ou CRISTO ou MESSIAS, uma esperança de "salvação"<br />
humana, no mundo cristão<br />
232 YH VH YAHUVAH, como Deus do povo Hebreu<br />
233 ZAC Zona de Aderência Complexa<br />
234 zCEE zoneamento Cosmo-Ecológico-Econômico<br />
235 ZOPP<br />
Ziel Orientierte Projekt Planung (Planejamento de Projeto Orientado por<br />
Objetivos)
SUMÁRIO REDUZIDO<br />
LISTA <strong>DE</strong> ABREVIATURAS E SIGLAS ........................................................................... 8<br />
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 18<br />
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 26<br />
1.1 Assunto, Tema e Subtema da monografia ........................................... 27<br />
1.2 Recortes da monografia ....................................................................... 28<br />
1.3 Relevância da monografia .................................................................... 30<br />
1.4 Problema e questão da monografia ..................................................... 33<br />
1.5 Objetivos .............................................................................................. 36<br />
1.6 Procedimentos metodológicos ............................................................. 38<br />
2 PARTE I - ESTADO DA ARTE .............................................................................. 41<br />
2.1 EMPREEN<strong>DE</strong>DORES HUMANOS ....................................................... 43<br />
2.2 <strong>INCUBADORA</strong>S <strong>TECNOLÓGICA</strong>S ...................................................... 53<br />
2.3 METODOLOGIAS <strong>DE</strong> INCUBAÇÃO .................................................... 71<br />
3 PARTE II - MINHA PROPOSTA ............................................................................ 89<br />
3.1 <strong>INTEGRAÇÃO</strong> <strong>HUMANA</strong> ..................................................................... 93<br />
3.2 <strong>INCUBADORA</strong> <strong>TECNOLÓGICA</strong> <strong>DE</strong> <strong>INTEGRAÇÃO</strong> <strong>HUMANA</strong> ......... 144<br />
4 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 175<br />
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 179<br />
GLOSSÁRIO ............................................................................................................... 193<br />
APÊNDICES................................................................................................................ 204<br />
ANEXOS ..................................................................................................................... 225
SUMÁRIO<br />
LISTA <strong>DE</strong> ABREVIATURAS E SIGLAS .......................................................................... 8<br />
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 18<br />
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 26<br />
1.1 Assunto, Tema e Subtema da monografia ........................................... 27<br />
1.2 Recortes da monografia ....................................................................... 28<br />
1.3 Relevância da monografia .................................................................... 30<br />
1.4 Problema e questão da monografia ...................................................... 33<br />
1.5 Objetivos............................................................................................... 36<br />
1.5.1 Objetivo geral .................................................................................... 36<br />
1.5.2 Objetivos específicos ........................................................................ 37<br />
1.6 Procedimentos metodológicos .............................................................. 38<br />
2 PARTE I - ESTADO DA ARTE .............................................................................. 41<br />
2.1 EMPREEN<strong>DE</strong>DORES HUMANOS ....................................................... 43<br />
2.1.1 Empreendedores Empresariais ......................................................... 44<br />
2.1.2 Empreendedores Sociais ou Empreendedores "Pobres" .................. 45<br />
2.1.3 Empreendedores Complexos ............................................................ 47<br />
2.2 <strong>INCUBADORA</strong>S <strong>TECNOLÓGICA</strong>S ...................................................... 53<br />
2.2.1 Incubadoras Empresariais ................................................................ 53<br />
2.2.1.1 Incubadora de base tecnológica (UFF)........................................................................ 57<br />
2.2.1.2 Rede de incubadoras de empresas ............................................................................. 57<br />
2.2.2 Incubadoras Sociais ou Incubadoras de "Pobres" ............................ 58<br />
2.2.2.1 Incubadora tecnológica de cooperativas populares (UFRJ)........................................ 62<br />
2.2.2.2 Incubadora tecnológica de empreendimentos populares (UENF)............................... 63<br />
2.2.2.3 Rede de incubadoras de cooperativas ........................................................................ 65<br />
2.2.3 Incubadoras Virtuais ......................................................................... 67<br />
2.2.4 Incubadoras Complexas ................................................................... 67<br />
2.3 METODOLOGIAS <strong>DE</strong> INCUBAÇÃO .................................................... 71<br />
2.3.1 Incubação de Empresas ................................................................... 72
2.3.1.1 Modelo de gestão da Incubadora de empresas da UFF (Niterói)................................ 74<br />
2.3.2 Incubação Social ou Incubação de Cooperativas de "Pobres" ......... 75<br />
2.3.2.1 Metodologia e modelo de incubação da UFRJ para cooperativas .............................. 77<br />
2.3.3 Incubação Complexa ........................................................................ 80<br />
2.3.3.1 Modelo estratégico ....................................................................................................... 84<br />
2.3.3.2 Modelo ambiental ......................................................................................................... 85<br />
2.3.3.3 Modelos gerenciais ...................................................................................................... 85<br />
3 PARTE II - MINHA PROPOSTA ............................................................................ 89<br />
3.1 <strong>INTEGRAÇÃO</strong> <strong>HUMANA</strong> ..................................................................... 93<br />
3.1.1 Ambiente cósmico ............................................................................. 94<br />
3.1.2 Ambiente terrestre ............................................................................ 97<br />
3.1.3 Ambiente biótico endo-humano ........................................................ 99<br />
3.1.4 Ambiente (a)biótico exo-humano .................................................... 104<br />
3.1.5 Unidade de Integração Ambiental Complexa .................................. 111<br />
3.1.6 Unidade de Integração Ambiental Complexo-Teleológica .............. 128<br />
3.2 <strong>INCUBADORA</strong> <strong>TECNOLÓGICA</strong> <strong>DE</strong> <strong>INTEGRAÇÃO</strong> <strong>HUMANA</strong> .......... 144<br />
3.2.1 Ambiente socio-científico ................................................................ 147<br />
3.2.1.1 Ambiente Tecno-Humano .......................................................................................... 149<br />
3.2.1.2 Localização ................................................................................................................ 150<br />
3.2.1.3 Riscos......................................................................................................................... 150<br />
3.2.1.4 Impactos ..................................................................................................................... 151<br />
3.2.1.5 Legitimidade de Ação................................................................................................. 153<br />
3.2.2 Estrutura geral ................................................................................ 154<br />
3.2.2.1 Estabilização Tecno-Humana .................................................................................... 155<br />
3.2.2.2 Valores, Missão, Visão e Estratégia da Incubadora .................................................. 155<br />
3.2.2.3 Partes Interessadas ................................................................................................... 161<br />
3.2.2.4 Catalisadores de incubação ....................................................................................... 164<br />
3.2.2.5 Modelo de Gestão da Incubadora .............................................................................. 167<br />
3.2.3 Processo de Incubação .................................................................. 169<br />
3.2.3.1 Ingredientes ............................................................................................................... 170<br />
3.2.3.2 Método de incubação ................................................................................................. 170<br />
3.2.3.3 Resultado ................................................................................................................... 172<br />
3.2.3.3.1 Produto ................................................................................................................................ 172<br />
3.2.3.3.2 Subprodutos ........................................................................................................................ 172<br />
3.2.3.3.3 Desperdícios ........................................................................................................................ 172<br />
3.2.3.3.4 Resíduos .............................................................................................................................. 173
4 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 175<br />
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 179<br />
GLOSSÁRIO ............................................................................................................... 193<br />
APÊNDICES ............................................................................................................... 204<br />
ANEXOS ..................................................................................................................... 225
18<br />
APRESENTAÇÃO<br />
Devemos estar bem conscientes de que, desde o alvorecer da humanidade,<br />
encontra-se a noção de noosfera — a esfera das coisas do espírito —,<br />
com o surgimento dos mitos, dos deuses, e o extraordinário levante dos<br />
seres espirituais impulsionou e arrastou o 'Homo sapiens' a delírios,<br />
massacres, crueldades, adorações, êxtases e sublimidades desconhecidas<br />
no mundo animal. Desde então, vivemos em uma selva de mitos que<br />
enriquecem as culturas.(MORIN, 2000 p. 28; grifos meus)<br />
Presa em(de) uma "cadeia" dessas culturas, esta monografia é para<br />
conclusão do curso de Especialização em Meio Ambiente e Desenvolvimento<br />
Regional da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Campos dos Goytacazes.<br />
Segundo seu panfleto publicitário (DA COSTA FERREIRA, 2008a p. 2; grifos meus),<br />
tal curso tem por finalidade:<br />
Introduzir e disseminar uma nova concepção de desenvolvimento a<br />
partir de diagnósticos das condições ambientais, econômicas, sociais e<br />
políticas da região, com ênfase no respeito aos limites dos<br />
ecossistemas, às culturas locais e aos interesses de grupos sociais<br />
historicamente excluídos dos projetos regionais.<br />
A herança de "civilizações" (culturas-hegemônicas "reais" legando uma<br />
cadeia-cultural "virtual" 1 ) transformou-se numa "selva utópica", concreta em<br />
abstrações antrópicas e abstrata em concretitude antrópica, prenhe de<br />
enriquecimentos PIB-óticos insanos e/ou lúdicos e/ou mi(s)ticos.<br />
Nessa selva, fiz de Tarzan acadêmico, "pulando" de liana em liana do<br />
passado conhecido-esquecido, remoto-recente.<br />
Também fiz de Flash Gordon meta-acadêmico, para "mergulhar" no charco da<br />
escuridão cintilante do hiper-espaço-tempo presente desconhecido, caótico e se<br />
auto-(des)organizando.<br />
E ainda fiz de mim mesmo, um ser simultaneamente introspectivo,<br />
perscrutando a (in)finitude dentro de mim, e prospectivo, vasculhando a (in)finitude<br />
fora de mim - para tanto "revelar" um futuro presente amoroso possível (pelo meu<br />
espírito ligado ao mundo espiritual, de energia desconhecida e que se dá a<br />
conhecer), quanto "evidenciar" um presente contínuo penosamente limitado (pelo<br />
meu corpo físico ligado ao mundo bio-físico-químico conhecido e desconhecido): um<br />
1 Cadeia-cultural: ... sino-hindu-persa-mesopotâmica-egipcia-fenício-cretense-heleno-teuto-latinoamericana<br />
...
19<br />
ser em que esse perscrutar interior e vasculhar exterior são lançados num campo de<br />
representações desses dois mundos, a minha alma, que cria o meu próprio mundo<br />
real-virtual efêmero ou um meta-mundo bio-físico-químico-espiritual individual.<br />
Foi esse meu "meta-mundo" que me permitiu tomar consciência de como são<br />
complexos 3 : a realidade enquanto tal (mundo real, unidade e diversidade<br />
desconhecidos); a perspectiva humana desse mundo real, isto é, a representação<br />
que os seres humanos, individual ou coletivamente, dele fazem - ou daquilo que<br />
esse mundo reflete, espontanea ou forçadamente, e é captado pelos seres humanos<br />
(mundo conhecido, virtual e diverso); o pensamento humano aplicado a<br />
esses/nesses dois mundos (inter-intra-mundos real-virtual, unidade e diversidade,<br />
"conhecidos" ou "sugeridos", intuitiva ou racionalmente); e eu mesmo, um ser trino,<br />
de corpo, alma e espírito (um inter-intra-mundo real-virtual, único em unidade e<br />
diversidade, e só conhecido por mim - mesmo assim, apenas parcialmente).<br />
Por um lado de tudo isso, esta minha monografia funda-se em muita pesquisa<br />
básica ou exploratória, feita por mim, fora do meu mundo, para o Trabalho de<br />
Conclusão de Curso (TCC) - de Graduação em Economia, no Centro de Estudos<br />
Sociais Aplicados da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói - intitulado:<br />
"Campos dos Goytacazes, RJ: pequenos produtores familiares de cana de açúcar"<br />
(DA COSTA FERREIRA, 2006-2007).<br />
Por outro lado de tudo isso, esta minha monografia funda-se também em<br />
todos os trabalhos 'livres' que, levado pelo meu irrequieto pensamento humano<br />
complexo, fiz para algumas disciplinas do curso a que se refere esta monografia:<br />
"(In)sustentável ecossistema frágil da Terra: Projeto 'topo-ecoBrasil' " (DA<br />
COSTA FERREIRA, 2008a p. 2) - para as disciplinas Sociedade, Cultura e<br />
Natureza, e Diagnóstico Regional;<br />
"(In)sustentável ecossistema frágil da Terra: ordenamento do território<br />
'cosmotopogeo-ecoBrasil' " (DA COSTA FERREIRA, 2008b) - para a disciplina de<br />
Gestão Territorial;<br />
"(In)sustentável ecossistema frágil da Terra: desenvolvimento regional no<br />
território 'cosmotopogeo-ecoBrasil' "(DA COSTA FERREIRA, 2008c) - para a<br />
disciplina de Desenvolvimento Regional; e<br />
3 Ver APÊNDICE "A": Minha consciência do ‘complexo’.
20<br />
"Sopa cósmica: caldo antrópico de signos"(DA COSTA FERREIRA, 2009b) - para<br />
a disciplina Paradigma das Ciencias Sociais.<br />
Por outro lado de tudo isso, esta minha monografia funda-se ainda (e é uma<br />
continuação) na minha monografia que fiz para o curso de pós-graduação em<br />
"Logística Portuária", no ISECENSA - Institutos Superiores de Ensino do CENSA:<br />
"Economia humana: por onde anda a responsabilidade social?". Em particular, o<br />
"processo híbrido" - metodológico, econômico e social - e os seus resultados (DA<br />
COSTA FERREIRA, 2011 pp. 63-66).<br />
Por outro lado de tudo isso, esta minha monografia não omite o meu trabalho<br />
de conclusão do curso de capacitação em "Gestão de recursos hídricos" (DA<br />
COSTA FERREIRA, 2009a), usando apenas a metodologia DRP (Diagnóstico<br />
Rápido Participativo) - que constitui uma adaptação do método ZOPP 4 - exigida<br />
pela instituição que ministrou tal curso, o então CEFET de Campos dos Goytacazes<br />
Por outro lado de tudo isso, esta minha monografia subordina-se aos meus<br />
valores 5 (valores de existência, carregados de valores potenciais de subsistência e<br />
sobrevivência que condicionam os valores funcionais; valores alotrópicos 6 e valores<br />
entrópicos 7 , que condicionam os valores funcionais de existências alteradas; e<br />
valores antrópicos 8 que condicionam valores econômicos de produção, distribuição,<br />
consumo, desperdício e resíduo, valores morais, éticos e espirituais, e valores de<br />
direito). Enquanto que nos valores antrópicos espirituais 9 essa minha monografia<br />
enquadra-se na minha missão espiritual de mediar a aliança de YAHUVAH 10 , o<br />
CRIADOR, com o povo, em nome de YAHUSHUAH 11 e pelo RUACH HA KO<strong>DE</strong>SH<br />
12 em mim: promulgando o DIREITO DIVINO; sendo luz para os desamparados,<br />
desprezados e abandonados; abrindo os olhos aos cegos; tirando os cativos da<br />
prisão; e retirando os que jazem em trevas no cárcere. Nos valores antrópicos não<br />
espirituais 13 , essa minha monografia enquadra-se na minha missão social:<br />
4 Ver GLOSSÁRIO.<br />
5 Idem.<br />
6 Ver GLOSSÁRIO: "alotropia".<br />
7 Ver GLOSSÁRIO: "entropia".<br />
8 Ver GLOSSÁRIO: "antropia".<br />
9 Valores estes que subordinam os meus valores antrópicos não-espirituais.<br />
10 Idem.<br />
11 Idem.<br />
12 Idem.<br />
13 Valores estes que se subordinam aos meus valores antrópicos espirituais.
21<br />
empreender de modo responsável e sistemático, num local, através do método da<br />
complexidade, alinhando estrategicamente atividades e interesses naturalmente<br />
antagônicos de ‘grandes’, ‘médios’ e ‘pequenos’, bem como de ‘privados’, ‘públicos’<br />
e ‘do terceiro setor’, no ecossistema humano global. E o alinhamento e a integração<br />
desses dois tipos de valores configurou tanto a minha visão (é possível uma<br />
interação inteligente de processos dinâmicos de alteração do mundo herdado, topoantropocêntricos,<br />
alinhados sistematicamente para desfrutar, preservar e legar um<br />
mundo bem melhor) quanto o meu lema ("Pró VIDA! Para lá do Discurso! Para cá,<br />
na REALIDA<strong>DE</strong>!").<br />
Por outro lado de tudo isso, são esses meus valores que têm orientado<br />
firmemente o meu pensamento complexo no delinear do "trajeto" de minhas<br />
preocupações de forma aleatória - por conseguinte, não planejada. Esse trajeto<br />
teve seu início virtual em 2006-2007 ao focar um ator humano em extinção, num<br />
ponto da região norte fluminense (Campos dos Goytacazes). Em 2008, esse "trajeto"<br />
estendeu-se ao ecossistema "Brasil" e desenvolvimento regional deste. Em 2009, tal<br />
"trajeto" guinou, a um tempo, pela vereda pragmática de "uma parte" e pela vereda<br />
filosófica da complexidade do "todo e de suas partes". Já no primeiro trimestre de<br />
2011, tal "trajeto" continuou nessa meta-vereda possível, tendo "encontrado" a<br />
responsabilidade social na economia humana. E, agora, desde o segundo<br />
trimestre de 2011, esse mesmo "trajeto" está na fase de preocupação com as<br />
“adversidades” que impedem o convívio harmônico e a integração local (e regional)<br />
do ambiente humano, particularmente naquela que é hoje conhecida por região<br />
Norte/Noroeste Fluminense do estado federativo brasileiro do Rio de Janeiro.<br />
Por outro lado de tudo isso, em aliança a essas minhas preocupações<br />
humanas, registra-se aqui que tenho sido Consultor Econômico de Organizações<br />
Não-Governamentais (ONG’s) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse<br />
Público (OSCIP’s), e credenciado como Consultor SEBRAE Nacional na Área de<br />
tecnológicas (incubadoras de empresas). Ademais, recentemente, fui Bolsista da<br />
Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares (ITEP), pelo Programa<br />
Universidade Aberta da Pró-reitoria de Extensão da Universidade Estadual do Norte<br />
Fluminense (PROEX/UENF), como multiplicador para o tema de economia solidária,<br />
empreendedorismo e cooperativismo. Refira-se aqui que, em minha proposta de<br />
candidatura a essa bolsa, levantei um problema mediante esta questão: como
22<br />
superar as limitações institucionais da UENF que são obstáculo na incubação<br />
tecnológica da construção de cooperativas populares?<br />
Por outro lado de tudo isso, tenho participado quer como ouvinte e palestrante<br />
em eventos quer como pesquisador-participante (com maior enfoque em pesquisaação),<br />
tudo nas Regiões conhecidas hoje como Norte e Noroeste Fluminense.<br />
Por outro lado de tudo isso, segundo Dussel (2002 p. 475; grifos meus), "a<br />
ciência humana ou social crítica se integra, articulada ou organicamente, à<br />
reflexão prática da própria comunidade de comunicação das vítimas, permitindo<br />
o surgimento de uma consciência crítico-cotidiana ilustrada". Assim, esta<br />
consciência deve considerar:<br />
a) o juízo empírico-estratégico de fato sobre o exercício do poder<br />
histórico-concreto do sistema dominador, cujo momento mais fraco como<br />
crise acontece quando se manifesta exteriormente sua impossibilidade<br />
intrínseca, sua contradição levada a um ponto de derrocada entrópica;<br />
b) a capacidade que a comunidade organizada das vítimas tem para<br />
realizar empiricamente com "êxito", através de "meios" eficazes, os "fins"<br />
estratégicos programados, tendo em conta os diagramas do poder;<br />
c) as condições ou conjunturas objetivas concretas a partir das quais é<br />
factível efetuar as transformações, parciais ou totais, segundo tiverem<br />
relevância na originação (sic) da dita negatividade da vítima como efeito de<br />
norma, ato, microestrutura etc - ainda que não sejam intencionais.<br />
(DUSSEL, 2002 p. 561; grifos meus)<br />
Por outro lado de tudo isso, para eu poder captar e ilustrar, cientificamente,<br />
essa "consciência crítico-cotidiana ilustrada" de uma "comunidade das vítimas",<br />
atualmente - abrindo mão das potencialidades de minha própria titulação acadêmica<br />
e experiência profissional -, passei a integrar a estrutura formal estatutária de<br />
uma comunidade científica (cuja abrangência é o estado do Rio de Janeiro, na<br />
federação de estados do Brasil) consubstanciada na UERJ - Universidade Estadual<br />
do Rio de Janeiro. Em particular, destaca-se aqui a interação da UERJ com o<br />
restante da sociedade local, na cidade do Rio de Janeiro, via Hospital Universitário<br />
Pedro Ernesto (HUPE) no bairro de Vila Isabel.<br />
Pelo exposto até aqui, de 2006 até agora, tenho estado catador de lixo-<br />
acadêmico, catador de negócios e na internet, para ver se encontro algum "luxo"<br />
nesses três tipos de "lixo" (e tenho encontrado muito! 14 ).<br />
E estou agora, também, catador de lixo social 15 . Isto, não apenas para<br />
entender as limitações e dificuldades de integração social nessa e dessa<br />
14 Esse "luxo" deu forma à parte I desta monografia e contribuiu para a substância e "pérolas teóricas"<br />
da parte II.
23<br />
comunidade, mas também (e principalmente) para, mesmo em estágio probatório<br />
formal, contribuir no superar dessas limitações e dificuldades institucionais, no<br />
sentido da UERJ poder intra-agir humana, efetiva, eficaz e eficientemente, e ganhar<br />
"moral" para inter-agir na sua extensão ética às demais organizações humanas<br />
locais, regionais, nacionais, internacionais e globais. E, neste momento, desenvolvo<br />
uma pequena "base" e um pequeno "livro" (conjunto de várias "planilhas auxiliares")<br />
eletrônicos, em Libre Office, no intuito de que aquele funcione como uma miniplataforma<br />
digital de integração de um pequeno setor do hospital que "recepciona"<br />
e "atende" população doente - majoritariamente, idosa.<br />
Perpassando tudo isso com o meu pensamento complexo e teleológico -<br />
alinhado com O PENSAMENTO DIVINO COMPLEXO E TELEOLÓGICO de YHVH<br />
16 -, esta monografia tem este propósito essencial 17 : introduzir e disseminar uma<br />
nova concepção de desenvolvimento humano, respeitando os limites dos<br />
ecossistemas e os interesses de grupos sociais historicamente excluídos dos<br />
projetos regionais, bem como considerando juízos empírico-estratégicos de fato, a<br />
capacidade de organização desses grupos e as condições ou conjunturas objetivas<br />
concretas a partir das quais é factível efetuar transformações, de forma intencional<br />
ou não. Em que as bases desse propósito estão profundamente enraizadas no<br />
pensamento científico complexo de Morin (que engloba quer a esfera das coisas da<br />
matéria e da energia quer a esfera das coisas do espírito). Onde os pilares desse<br />
propósito assentam em considerações de Dussel sobre "oprimidos-excluídos". Os<br />
quais sustentam a cobertura desse propósito, que é a nova concepção de<br />
desenvolvimento indicada pela UFF-ESR. Sob a qual levantei paredes, que fecham<br />
e dividem esse propósito e seus fundamentos. Nas quais abri vãos com os signos<br />
herdados e disponíveis, mas reconhecendo nestes signos tanto a força original dos<br />
respectivos significados quanto a expressão de força de suas forças de expressão.<br />
Por outro lado de tudo isso, esta monografia foi pensada e escrita para<br />
transcender o simples fato de ser mero "requisito parcial para a obtenção do Título<br />
de Especialista em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional". Aliás, tenciono<br />
15 Até agora, o "luxo" que encontrei foi a demanda por justiça humana, quer por parte dos servidores<br />
genuínos, quer pela maioria dos (im)pacientes.<br />
16 Ver GLOSSÁRIO.<br />
17 Ver APÊNDICE "B": Propósito essencial da monografia.
24<br />
apenas "socar" amorosa, intelectual e frontalmente o âmago da (pseudo)cultura<br />
(pseudo)humana (pseudo)hegemônica minha contemporânea. Uma<br />
(pseudo)cultura que foi construída tendo como princípio o (pseudo)amor (na<br />
realidade, o ódio), como base a (pseudo)ordem (na realidade, a desordem), como<br />
meio a (pseudo)liberdade (na realidade, camisas de força), e como resultado disso<br />
"a loucura que está aí" - o (pseudo)progresso (na realidade, "retrocesso humano"<br />
com cores de pretensioso e rigoroso progresso cientifico e tecnológico) 18 . Assim,<br />
busco iniciar (ou reforçar) um CHOQUE CULTURAL nos ESTADOS <strong>DE</strong> CHOQUE,<br />
amenizado por um processo de incubação de PESSOAS EXCLUÍDAS OU<br />
DOMINADAS, EM ESTADO <strong>DE</strong> CHOQUE. Na metodologia desse processo de<br />
incubação cada uma dessas pessoas, por incrível que possa parecer, é GENTE - e<br />
não "elementos" estatísticos ou "calhaus de carbono" ou "simples pauzinhos" para<br />
uso em manipulações religiosas ou políticas ou acadêmicas ou outras.<br />
Por outro lado de tudo isso - e porque não estou "filiado" a (ou não sou "'<br />
afilhado" de) qualquer doutrina, seja ela de cunho religioso, político ou acadêmico -,<br />
não uso "palavras de ordem", mas imponho a "ordem" e o "estilo" das (e nas)<br />
palavras de forma, a um tempo, inabalável e flexível. Porém, não tenciono (e nem<br />
quero) criar qualquer doutrina (abomino qualquer uma, principalmente se for<br />
minha!), nem, tampouco, pretendo (e, muito menos, quero) seguidores ou<br />
simpatizantes ou partidários ou patetas alegres (o que, a acontecer, significará<br />
que o meu esforço intelectual de levar esta minha mensagem a tal gente,<br />
falhou!).<br />
Por derradeiro, nisso tudo, quanto à formatação de minha monografia, porque<br />
um monografia significa "escrita de (ou por) um" 19 , esta monografia é escrita na<br />
primeira pessoa do singular, na esperança que não seja a escrita de mais um<br />
"mono" a acrescentar ao já putrefato "lixo acadêmico" que polui (e estruma) o<br />
"ambiente acadêmico". E recorro a outras cores para além do branco, do preto e do<br />
cinza, para dar uma nova matiz ao mundo antrópico caleidoscópico que paira,<br />
simultaneamente, nas trevas do desconhecido e no cinza da incerteza e da<br />
ignorância humanos, sob a luz ofuscante do (pseudo)conhecido, da (pseudo)certeza<br />
e da (pseudo)sapiência humanos. E uso negritos, grifos, itálicos, "aspas", 'plicas',<br />
18 Cf.:Amor, ordem e progresso (projeto original da atual bandeira do Brasil);liberdade (hino do Brasil).<br />
19 Ver GLOSSÁRIO.
25<br />
MAIÚSCULAS e ilustrações (), para que o leitor desta monografia perceba, mais<br />
facilmente, o que quero dizer ou o que considero mais relevante - pois procuro não<br />
deixar margem que possa permitir ao leitor ter a "sua própria interpretação" do que<br />
quero dizer ou desviar-se daquilo que considero relevante nas citações que usei.<br />
Ao fim e ao cabo, O AUTOR SOU EU !<br />
BOA LEITURA ! SINTAM A FORÇA E IRONIA DOS SIGNOS HUMANOS !<br />
BOM ENTENDIMENTO ! MELHOR COMUNICAÇÃO !
26<br />
1 INTRODUÇÃO<br />
O global é mais que o contexto, é o conjunto das diversas partes ligadas a<br />
ele de modo inter-retroativo ou organizacional. Dessa maneira, uma<br />
sociedade é mais que um contexto: é o todo organizador de que fazemos<br />
parte. O planeta Terra é mais do que um contexto: é o todo ao mesmo<br />
tempo organizador e desorganizador de que fazemos parte. O todo tem<br />
qualidades ou propriedades que não são encontradas nas partes, se estas<br />
estiverem isoladas umas das outras, e certas qualidades ou propriedades<br />
das partes podem ser inibidas pelas restrições provenientes do todo [...] É<br />
preciso efetivamente recompor o todo para conhecer as partes.<br />
(MORIN, 2000 p. 37; grifos meus)<br />
Esta monografia abrange uma zona de intercepção da realidade em si , ou<br />
"mundo real" 21<br />
(ou "mundo natural" ou "mundo desconhecido-conhecido" ou<br />
"mundo invisível-visível" ou "mundo de divergência-convergência" ou "mundo de<br />
agonismo-antagonismo" ou "mundo de inércia-competição"), com o "mundo virtual"<br />
22 ou "mundo das representações humanas" ou "mundo de signos 23 e contra-signos"<br />
ou "mundo de certezas-incertezas" ou "mundo de possibilidades-impossibilidades"<br />
ou "mundo de tolerância-intolerância". 24<br />
Essa "zona" é o "mundo antrópico" ou "mundo real-virtual" ou "mundo de<br />
ação antrópica" (agindo inter-retroativamente em co-operação, co-liderança e coresponsabilidade<br />
26 ), formando um conjunto complexo de coisificações -<br />
provenientes de realizações quer do corpo, quer do espírito, quer da alma, humanos,<br />
como indivíduo(s) ou em sociedade(s) - que usam matéria e energia, seja na<br />
abiosfera, seja na biosfera, seja na noosfera 27 , e que são concebidas pelo<br />
pensamento humano, complexo ou não 28 .<br />
É dentro dos contornos e na complexidade desse "mundo antrópico", a um<br />
tempo real e virtual, que se desenvolve o assunto, tema e subtema desta monografia<br />
- sob os auspícios do meu pensamento, este mesmo, complexo, e de parte do<br />
"método socrático" 29 (a ironia).<br />
21 Ver GLOSSÁRIO.<br />
22 Idem.<br />
23 Idem.<br />
24 Ver APÊNDICE "C": Abrangência da monografia – zona de intercepção de mundos.<br />
26 Uso o prefixo "co" para significar "em conjunto".<br />
27 Ver GLOSSÁRIO.<br />
28 Ver APÊNDICE "D": Zona de intercepção de mundos: mundo antrópico.<br />
29 O método socrático é composto pela ironia e pela maiêutica.
27<br />
1.1 Assunto, Tema e Subtema da monografia<br />
O assunto desta monografia - consubstanciado na expressão "ambiente e<br />
desenvolvimento regional", que respeita e integra o nome do curso a que se destina<br />
este trabalho - é sobre desenvolvimento humano num ambiente integrado do<br />
planeta Terra algures no cosmo.<br />
O tema e subtema desta monografia - evidenciados pela expressão "ambiente<br />
homo-antrópico: incubadora tecnológica de integração humana" - tratam de um<br />
ambiente humano, real, virtual e digital, de integração local, regional e global,<br />
criado, monitorado e controlado digitalmente por seres humanos, de proteção aos<br />
próprios ou a outros seres humanos, enquanto se recuperam, se manifestam,<br />
crescem, se desenvolvem e agem (inclui a "omissão"), para se ajustarem aos<br />
ambientes reais/virtuais/digitais vigentes, ou criticarem-nos, ou transformarem-nos,<br />
numa intra-inter-retroação de massa humana ou sociedade humana no mundo<br />
real (rede social natural local/regional/global), mundo virtual (rede social virtual<br />
local/regional/global) e mundo digital (rede social digital local/regional/global).<br />
Assim sendo, o assunto, tema e subtema desta monografia 30 : inserem o<br />
"submundo digital" no "mundo real-virtual", transformando o "mundo antrópico" em<br />
"mundo real/virtual/digital"; e configuram uma "subzona" de redes sociais<br />
humanas nesse "mundo antrópico" (e nela dispersas).<br />
Esse novo mundo, de seguida, é recortado teoricamente...<br />
30 Ver APÊNDICE "E": Dispersão da monografia – "subzona" de redes sociais humanas.
28<br />
1.2 Recortes da monografia<br />
O conhecimento dos problemas-chave, das informações-chave relativas ao<br />
mundo, por mais aleatório e difícil que seja, deve ser tentado sob pena de<br />
imperfeição cognitiva, mais ainda quando o contexto atual de qualquer<br />
conhecimento político, econômico, antropológico, ecológico... é o<br />
próprio mundo.(MORIN, 2000 p. 35; grifos meus)<br />
Evita-se a dispersão naquela "subzona" de redes sociais humanas do<br />
"mundo antrópico" mediante um efeito especial matriosca 32 que impõe os recortes<br />
desta monografia 34 , alinhando os diversos ambientes reais, virtuais e digitais, e<br />
encaixando-os, redutoramente, nesta "ordem" e "peso", de fora para dentro:<br />
dialógica 36<br />
...hiper-ambiente cósmico → supra-ambiente terrestre →<br />
→ ambiente humano (ou ambiente antrópico) →<br />
→ sub-ambiente virtual → infra-ambiente digital...<br />
Nesses recortes, a massa humana, numa espiral retroativa-recursiva 35<br />
e em<br />
com a massa biótica na massa abiótica no mundo real, compõe,<br />
decompõe e recompõe alinhamentos (e desalinhamentos) de um mundo antrópico<br />
virtual e digital, bem como forma, na rede natural, estas rede sociais: natural, virtual<br />
e digital 37 .<br />
As novas técnicas, assim como as organizações que as abrangiam,<br />
poderiam ser aplicadas de várias formas e com diversas finalidades. Sua<br />
utilização poderia ser feita de maneira nova para obtenção de objetivos<br />
sociais - "bem-estar" - e que anteriormente ficavam em plano inacessível.<br />
(HICKS, 1972 p. 161; grifos meus)<br />
Esta monografia coloca sob um foco difuso a integração e interação reversa<br />
(do menor para o maior) desses cinco ambientes complexos nesses recortes<br />
estratificados, ou seja, é o ambiente digital que, mediante a adaptação sóciocientífica<br />
de modernas incubadoras de pessoas e processos sociais no ambiente<br />
humano, usando sistema integrado de gestão e funcionando em redes de<br />
relacionamento autônomas e auto-controladas, tanto liga as dimensões local,<br />
regional e global do mundo, quanto forma objetivamente cidadãos e<br />
empreendedores sociais, permitindo-lhes uma vida humana de bem-estar (individual<br />
32 Ver GLOSSÁRIO.<br />
34 Ver APÊNDICE "F": Recorte da monografia: ambientes integrados.<br />
35 Ver GLOSSÁRIO.<br />
36 Idem.<br />
37 Ver também APÊNDICE "F": Recorte da monografia: ambientes integrados.
29<br />
e coletivo) no ambiente geo-cósmico (ambiente real-virtual), com sensibilidade ética<br />
e com sentido de co-responsabilidade universal e solidária.<br />
Contudo, concordando com Lopes (2006 p. 22), existe uma encruzilhada do<br />
desenvolvimento em que só a democracia pode valer a essa massa humana<br />
[particularmente naquela adaptação sócio-científica de modernas incubadoras de<br />
pessoas e processos sociais].<br />
E, concordando ainda com Lopes (idem), a democracia está aí, porém, há<br />
que torná-la mais efetiva (há que fazê-la funcionar melhor), porquanto os processos<br />
de massificação - que a globalização vem estimulando - e a centralização têm<br />
reduzido a eficácia [eficiência e efetividade] dessa democracia.<br />
Para que essa transformação possa ocorrer, esses recortes de ambientes -<br />
integrados "matrioscamente" e "enriquecidos" por uma democracia genuína - têm<br />
seus limites e sua abrangência reforçados pela relevância desta monografia,<br />
evidenciada a seguir.
30<br />
1.3 Relevância da monografia<br />
Esta monografia, além da relevância acadêmica extrapolada a partir da<br />
existência do próprio curso a que ela se refere, tem ainda as seguintes<br />
relevâncias 38 : global; nacional (Brasil); e geral.<br />
A relevância global vem, pelo menos, de 1987 até os dias de hoje 39<br />
evidencia-se neste trecho da Carta da Terra: (CONSELHO DA TERRA, et al., 2008b<br />
p. S/N; grifos meus)<br />
[...] devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade<br />
universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo,<br />
bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo,<br />
cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões<br />
local e global estão ligadas.<br />
Já a relevância para o Brasil é revelada: tanto pela própria Presidência dessa<br />
República (2007 p. 18) - dizendo que "é necessário que a sociedade participe das<br />
decisões, zelando para que a justiça e a equidade sejam os princípios norteadores<br />
das políticas públicas e evitando o aumento da discriminação a grupos vulneráveis e<br />
a ampliação da exclusão social"; quanto pelo Ministério das Comunicações do Brasil<br />
(2009 p. 9) - que propôs um Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), com o objetivo<br />
de massificar, até 2014, a oferta de acessos à INTERNET de banda larga e<br />
promover o crescimento da capacidade da infraestrutura de telecomunicações do<br />
Brasil. Ou seja, pretende-se aqui uma inclusão "social" via inclusão "digital".<br />
Porém, em termos de relevância em geral, não basta massificar, há que<br />
organizar e, segundo Dussel (2002 p. 574; grifos meus):<br />
(...) há que buscar na ética (da libertação) o último recurso de uma<br />
humanidade em perigo de extinção, em que só a co-responsabilidade<br />
solidária, com validade intersubjetiva e partindo do critério da verdade vidamorte,<br />
talvez possa ajudar os seres humanos a sair com dignidade no<br />
tortuoso caminho sempre fronteiriço, como quem caminha qual equilibrista<br />
sobre a corda bamba, entre os abismos da cínica insensibilidade ética<br />
irresponsável para com as vítimas ou a paranoia fundamentalista<br />
necrofílica que leva a humanidade a um suicídio coletivo.<br />
Mas essa organização de "co-responsabilidade solidária" - como enfatiza<br />
Demo (2002 p. 40) apud Edson Oliveira (2004b p. 13; grifos meus) - não se fundará<br />
numa solidariedade que produza ajuda assistencialista, para não representar<br />
fantástico processo de imbecilização...<br />
e<br />
38 Ver APÊNDICE "G": Relevância da monografia.<br />
39 Ver GLOSSÁRIO.
31<br />
Enquanto que com "cínica insensibilidade ética irresponsável" ou em<br />
"paranoia fundamentalista necrofílica":<br />
Intelectuais, políticos, empresários e pesquisadores sociais apontam<br />
distorções, culpam o governo, criticam as políticas públicas e identificam<br />
gestores e instituições corruptas, ineficientes e ineficazes. Muito se fala e<br />
pouco se faz de concreto e efetivo. Muitas vezes, o que se fala esconde a<br />
inércia, o conformismo, a visão banalizada dos problemas, o ceticismo<br />
diante das questões sociais. (MELO NETO, et al., 2002 p. 15) apud<br />
(OLIVEIRA, 2004b p. 18)<br />
Para escapar dessa imbecilização, desse cinismo, dessa irresponsabilidade e<br />
dessa paranoia, conforme Edson Oliveira (2004b pp. 9,10), "existe um tema que é<br />
novo em sua atual configuração, mas cuja essência já existe há muito tempo"; é o<br />
empreendedorismo social "como um conceito em desenvolvimento, mas com<br />
características teóricas, metodológicas e estratégicas próprias, sinalizando<br />
diferenças entre uma gestão social tradicional e uma gestão social empreendedora".<br />
Todavia, os empreendedores sociais são sufocados e obstruídos pelos<br />
"ambientes" dominados pelos mercados global, regional e local.<br />
Para tirar esses empreendedores desse sufoco e obstrução, bem como<br />
protegê-los desses "ambientes" a eles hostis, podem-se adaptar as modernas<br />
incubadoras. Estas, segundo Ribeiro, et al. (2008 p. 72) "são ambientes com<br />
estruturas cada vez mais complexas que requerem uma gestão eficiente e pronta<br />
para responder às demandas dos empreendedores".<br />
Essa adaptação deve ser sócio-científica e deve permitir integrar quer os<br />
processos de incubação desses empreendedores sociais quer a incubação de<br />
processos sociais de inclusão satisfatória na sociedade humana local, regional e<br />
global. Isso, levando em conta dizeres da Associação Nacional de Entidades<br />
Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas - ANPROTEC (2005)<br />
apud Ribeiro, et al. (2008 p. 71), pelos quais a moderna incubação vem sendo<br />
utilizada na transferência de conhecimento, produzido pela universidade e pelos<br />
centros tecnológicos ou de pesquisa, para: a empresa; a instituição de pesquisa;<br />
para aumentar o nível tecnológico das empresas; e para o desenvolvimento de<br />
clusters.<br />
Como nesta monografia busco uma forma de organizar massas de<br />
dominados-excluídos, um caso particular dessa incubação é um "modelo" de<br />
incubação virtual digital que, parafraseando Lóssio (2010 p. passim), deve ser<br />
viabilizado e fomentado por estas "ferramentas" que estão já em implementação:
32<br />
desenvolvimento de um portal corporativo e colaborativo; e implantação de um<br />
sistema integrado de gestão.<br />
Mais abrangentemente, esse tipo particular de incubação deve conectar-se a<br />
redes de relacionamento (autônomas e auto-controladas) as quais, segundo<br />
Etzkowitz, et al. (2000) apud Ribeiro, et al. (2008 pp. 72-73), "criam subdinâmicas de<br />
intenções, estratégias e projetos que adicionam um valor excedente ao se<br />
organizarem e se harmonizarem, continuamente, junto à infraestrutura existente, de<br />
forma a atingirem suas metas, em que cada esfera mantém considerável autonomia<br />
e pode também assumir o papel da outra".<br />
É na intercepção dessas quatro relevâncias - acadêmica, global, nacional<br />
(Brasil) e geral - que se conforma a zona de relevância desta monografia 40 . Na<br />
qual reproduzi as bases da problemática 42 - que busquei em Cohen (1976) e Morin<br />
(2000) - e reforcei os recortes desta monografia.<br />
Esse reforço de recortes está na necessidade de se formarem urgentemente<br />
cidadãos, num mundo em que as dimensões local e global estão ligadas, para<br />
viverem com sensibilidade ética e com sentido de co-responsabilidade universal e<br />
solidária, mediante inclusão "social" via inclusão "digital“ de empreendedores<br />
sociais, por adaptação sócio-científica de modernas incubadoras, usando sistema<br />
integrado de gestão, em redes de relacionamento autônomas e auto-controladas.<br />
40 Rever APÊNDICE "G": Relevância da monografia.<br />
42 Ver APÊNDICE "H": Zona de relevância: bases da problemática.
33<br />
1.4 Problema e questão da monografia<br />
[...] esta é a grande questão social: "o que é que mantém unida uma<br />
sociedade?" que, por sua vez, remete-nos a uma outra questão social<br />
importante "o que faz funcionar a sociedade?". E desta última questão<br />
emerge esta outra questão e respectivo problema: como é que diferentes<br />
conjuntos de atividades, a ocorrerem dentro de uma sociedade ou<br />
subsistema de uma sociedade, não se obstruem mutuamente e podem<br />
mesmo chegar a prestar apoio uns aos outros? (problema da<br />
interdependência funcional ou da integração de sistemas 44 ). (COHEN,<br />
1976 pp. 145-163,177,178;grifos meus) apud (DA COSTA FERREIRA, 2011<br />
pp. 14-15, 71)<br />
Entretanto, para Morin (2000 p. 32; grifos meus) "este é um problema-chave:<br />
instaurar a convivialidade tanto com nossas idéias quanto com nossos mitos".<br />
Além desse problema-chave, para Morin (2000 p. 35; grifos meus), o<br />
problema universal humano pode ser identificado pelas duas questões destacadas<br />
a seguir:<br />
O conhecimento do mundo como mundo é necessidade ao mesmo tempo<br />
intelectual e vital. É o problema universal de todo cidadão do novo milênio:<br />
como ter acesso às informações sobre o mundo e como ter a<br />
possibilidade de articulá-las e organizá-las? Como perceber e<br />
conceber o Contexto, o Global (a relação todo/partes), o<br />
Multidimensional, o Complexo? Para articular e organizar os<br />
conhecimentos e assim reconhecer e conhecer os problemas do mundo, é<br />
necessária a reforma do pensamento.<br />
Em que, para Dowbor (1996 p. 6; grifos meus), esta pergunta "É melhor ser<br />
cidadão local ou cidadão do mundo?", afinal de contas:<br />
[...] não tem sentido na medida em que a cidadania tem hoje de se<br />
exercer em diversos níveis de espaços articulados. Transferir a<br />
cidadania para níveis cada vez mais amplos, e cada vez mais distantes do<br />
cidadão, é transferir o poder significativo para mega-estruturas<br />
multinacionais, enquanto se dilui a cidadania no anonimato.<br />
Retornando a Morin (2000 p. 36; grifos meus), aquele problema universal é<br />
agravado pela inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre, de um<br />
lado, os saberes desunidos, divididos, compartimentados e, de outro, as<br />
realidades ou problemas cada vez mais multidisciplinares, transversais,<br />
multidimensionais, transnacionais, globais e planetários. Nessa inadequação -<br />
44 Ver GLOSSÁRIO.
34<br />
que compete à 'educação do futuro' confrontar - tornam-se invisíveis: o contexto; o<br />
global; o multidimensional; e o complexo.<br />
Continuando com Morin (2000 p. 41), de fato, aqueles saberes, que se<br />
fecham sobre si mesmos sem permitir sua integração na problemática global ou na<br />
concepção de conjunto do objeto do qual ela só considera um aspecto ou uma parte,<br />
impedem tanto a percepção do global (que ela fragmenta em parcelas), quanto a<br />
percepção do essencial (que ela dissolve), como até mesmo tratar corretamente os<br />
problemas particulares (que só podem ser propostos e pensados em seu contexto).<br />
Entretanto, os problemas essenciais nunca são parcelados e os problemas globais<br />
são cada vez mais essenciais.<br />
Prosseguindo com Morin (2000 p. 74; grifos meus), o problema crucial que<br />
se apresenta logo no início do século XX identifica-se por esta pergunta: "Ficaremos<br />
submissos à tecnosfera ou saberemos viver em simbiose com ela?".<br />
Observando as bases da problemática 45 , em Cohen (problema da<br />
interdependência funcional ou da integração de sistemas) e em Morin (problemachave,<br />
problema universal agravado e problema crucial), bem como tendo em vista o<br />
propósito essencial desta monografia (introduzir e disseminar uma nova concepção<br />
de desenvolvimento humano), pode-se afirmar que, na encruzilhada do<br />
desenvolvimento no ambiente antrópico, a adaptação sócio-científica de<br />
modernas incubadoras enfrenta este PROBLEMA: falta de acesso multidirecional<br />
(preferencialmente, em tempo real) às informações significativas e integradas (sobre<br />
o local, a região, o país, o mundo) que: impede as populações locais de articular e<br />
organizar tais informações, efetiva, eficiente e eficazmente, para perceber e<br />
conceber o contexto, o global (a relação todo-partes), o multidimensional (a relação<br />
partes-partes e meta-partes) e o complexo (a relação todo-partes-partes-todo), sem<br />
intolerância para com os que pensam, criticam e agem diferente do atual paradigma<br />
46 hegemônico humano; ou coloca essas populações locais submissas à tecnosfera,<br />
impedindo-as de saber viver em simbiose com esta.<br />
45 Ver APÊNDICE "H": Zona de relevância: bases da problemática.<br />
46 Ver GLOSSÁRIO.
35<br />
Desse problema, levanta-se esta QUESTÃO a responder nesta monografia:<br />
como podem as populações locais ter acesso às informações significativas, em<br />
tempo real ou diferidas, sobre o seu local, a sua região, o seu país, o seu mundo,<br />
que lhes permitam articulá-las e organizá-las para perceber e conceber o contexto, o<br />
global, o multidimensional e o complexo, sem intolerância para com os que pensam,<br />
criticam e agem diferente do atual paradigma hegemônico humano, sem submissão<br />
à tecnosfera e sabendo viver em simbiose com esta?
36<br />
1.5 Objetivos<br />
Tendo em mente um problema identificado e uma questão levantada, um<br />
objetivo pode ser tanto o que se pretende alcançar (objetivo geral) como o que fazer<br />
para concretizar essa pretensão - objetivo(s) específico(s).<br />
1.5.1 Objetivo geral<br />
A Ética da Libertação vem há muitos anos insistindo na "interpelação" do<br />
outro perante um ouvido que saiba ouvir (que denominamos "consciência<br />
ética" no sistema), como origem do processo de libertação. Devemos hoje<br />
propor um novo desenvolvimento, pois há todo um processo anterior, a<br />
partir da tomada de consciência do outro (oprimido-excluído), que inicia o<br />
processo de reconhecimento e solidariedade primeira (entre os próprios<br />
outros como vítimas, entre os oprimidos, no povo excluído entre eles<br />
mesmos) a partir da sua própria responsabilidade originária deles mesmos<br />
como sujeitos de nova história. (DUSSEL, 2002 p. 425; grifos meus)<br />
Com base nessa citação de Dussel, qualquer proposta para um novo<br />
desenvolvimento humano exige uma "consciência ética" de todos - inclusive dos<br />
"oprimidos-excluídos" (que eu passarei a designar por dominados-excluídos), que<br />
se tornam "sujeitos de uma nova história" - para a consecução de um objetivo geral.<br />
Assim, a partir daquele problema identificado e tendo em conta aquela<br />
questão levantada, especificamente para esta monografia, o OBJETIVO GERAL<br />
desta é o simétrico de tal problema.<br />
Isto é: ter acesso multidirecional (preferencialmente, em tempo real) às<br />
informações significativas e integradas sobre o local, a região, o país e o mundo, o<br />
qual permita às populações locais articular e organizar tais informações, efetiva,<br />
eficaz e eficientemente, para perceber e conceber o contexto, o global (a relação<br />
todo-partes), o multidimensional (a relação partes-partes e meta-partes) e o<br />
complexo (a relação todo-partes-partes-todo), como gente tolerante para com os<br />
que pensam, criticam e agem diferente do atual paradigma moderno, e nãosubmissa<br />
à tecnosfera, sabendo viver em simbiose com esta.<br />
Porém, para conseguir esse objetivo geral, é necessário construir<br />
teoricamente um meio instrumental dinâmico que integre metodologicamente, de<br />
forma real, virtual, digital, multilateral, multidimensional, transparente e democrática,<br />
os "dominados-excluídos" de uma sociedade local atual, numa região do planeta<br />
Terra, permitindo-lhes ser, estar e empreender, responsavelmente, individual ou<br />
coletivamente, tendo em conta (mas sem subordinação) as características<br />
socioculturais e educacionais dessa sociedade.
37<br />
1.5.2 Objetivos específicos<br />
Assim, para conseguir alcançar esse objetivo geral, é necessário atingir todos<br />
estes quatro objetivos específicos:<br />
Primeiro, pesquisar, analisar e sintetizar sobre o estado da arte referente a<br />
"empreendedores humanos".<br />
Segundo, pesquisar, analisar e sintetizar sobre o estado da arte atinente a<br />
"incubadoras tecnológicas".<br />
Terceiro, pesquisar, analisar e sintetizar sobre o estado da arte relativo a<br />
"metodologias de incubação".<br />
Quarto, esboçar uma plataforma duradoura de entendimento, de pesquisa,<br />
de ensino, de extensão, tudo para atendimento e integração de gente local numa<br />
região do "globo terrestre".
38<br />
1.6 Procedimentos metodológicos<br />
Para Silva et al. (2005 p. 27; grifos meus):<br />
O método 47 fenomenológico (proposto pelo “fundador da fenomenologia”<br />
Husserl) – que não é dedutivo nem indutivo, mas preocupa-se com a<br />
descrição direta da experiência tal como ela é. A realidade é construída<br />
socialmente e entendida como o compreendido, o interpretado, o<br />
comunicado. Então, a realidade não é única: existem tantas quantas<br />
forem as suas interpretações e comunicações.<br />
Mas, também para Silva et al.(2005 pp. 9-10; grifos meus), os procedimentos<br />
metodológicos permitem “escolher um caminho, um percurso global do espírito. O<br />
percurso, muitas vezes, requer ser reinventado a cada etapa. Precisamos, então,<br />
não somente de regras e sim de muita criatividade e imaginação".<br />
Já Morin (2000 p. 14; grifos meus) diz que a supremacia do conhecimento<br />
fragmentado de acordo com as disciplinas impede frequentemente de operar o<br />
vínculo entre as partes e a totalidade, pelo que deve ser substituída por um modo de<br />
conhecimento capaz de apreender os objetos em seu contexto, sua complexidade,<br />
seu conjunto; e, para isso, é necessário desenvolver a aptidão natural do espírito<br />
humano para situar todas essas informações em um contexto e um conjunto,<br />
mediante métodos que permitam estabelecer as relações mútuas e as<br />
influências recíprocas entre as partes e o todo num mundo complexo.<br />
Também para Morin (1999 pp. 209-212) apud Sandes-Sobral (2008 p. 93;<br />
grifos meus), é o pensar complexo que liga as partes à totalidade, articula os<br />
princípios de ordem e de desordem, de separação e de junção, de autonomia e de<br />
dependência, que estão em dialógica (complementares, concorrentes e antagônicos)<br />
no seio do universo - num 'paradigma da complexidade' que prescreve reunir<br />
tudo e distinguir (as partes). Paradigma esse que, ainda para Morin (2000 p. 32), é<br />
necessário que se cristalize e se enraíze, para permitir o conhecimento complexo.<br />
É também Morin (1999 pp. 209-212) apud Sandes-Sobral (2008 p. 93; grifos<br />
meus) que pontua dois momentos revolucionários na época contemporânea para a<br />
ciência 48 : a introdução do princípio da incerteza, com a termodinâmica, a física<br />
quântica, a cosmofísica; e a revolução sistêmica, que introduz a auto-ecoorganização<br />
nas ciências da terra e na ciência ecológica.<br />
47 Ver GLOSSÁRIO.<br />
48 Idem.
39<br />
É ainda Morin (2000 p. 29; grifos meus) que nos adverte isto:<br />
Produto de nossa alma e mente, a noosfera está em nós e nós estamos na<br />
noosfera. Os mitos tomaram forma, consistência e realidade com base<br />
nas fantasias formadas por nossos sonhos e nossa imaginação. As ideias 49<br />
tomaram forma, consistência e realidade com base nos símbolos e nos<br />
pensamentos de nossa inteligência. Mitos e Ideias voltaram-se sobre nós,<br />
invadiram-nos, deram-nos emoção, amor, raiva, êxtase, fúria. Os<br />
humanos possuídos são capazes de morrer ou de matar por um deus, por<br />
uma ideia. No alvorecer do terceiro milênio, como os 'daimons' dos<br />
gregos e, por vezes, como os demônios do Evangelho, nossos demônios<br />
'idealizados' arrastam-nos, submergem nossa consciência, tornam-nos<br />
inconscientes, ao mesmo tempo em que nos dão a ilusão de ser<br />
hiperconscientes.<br />
Assim, reconhecendo a diversidade, complexidade, incerteza e revolução<br />
sistêmica da realidade humana, ao mesmo tempo, concreta 50 e abstrata 51 , tentando<br />
não cair na armadilha de fragmentação da ciência moderna, escapulindo dos<br />
espartilhos da academia moderna e andando pelos labirintos da minha mente<br />
complexa - sem olvidar a análise do assunto, tema e subtema deste trabalho -, para<br />
atingir os quatro objetivos específicos desta monografia, fiz um esboço mental<br />
orientado: pelos meus valores 52 , missão e visão; pela minha intuição; pela minha<br />
vivência e meu interesse, como cidadão então residente numa potencial "região de<br />
intervenção" 53 , bem como consultor econômico e como credenciado pelo SEBRAE-<br />
Nacional; pela minha pesquisa-participação feita junto à Incubadora Tecnológica de<br />
Empreendimentos Populares da Universidade Estadual Norte Fluminense<br />
(ITEP/UENF), da qual fiz parte; pelos meus trabalhos para algumas disciplinas do<br />
curso a que se refere esta monografia; pela minha monografia para o curso de<br />
especialista em Logística Portuária; e pela minha revisão bibliográfica<br />
consubstanciada na parte I desta monografia (estado da arte).<br />
Esse esboço mental alicerçou o esboço teórico de uma incubadora<br />
tecnológica de geo-integração humana, usando um método de incubação<br />
específico desenvolvido por mim.<br />
Dessa maneira, pude alcançar o objetivo geral.<br />
Com isso, respondi à questão levantada nesta monografia.<br />
E obtive uma solução possível para o problema desta monografia.<br />
49 Ver GLOSSÁRIO.<br />
50 Idem.<br />
51 Idem.<br />
52 Idem.<br />
53 Atual Região Norte/Noroeste Fluminense, no estado federativo brasileiro do Rio de Janeiro.
40<br />
Finalmente, o texto desta monografia, além da apresentação e desta<br />
introdução, foi dividido - antes da conclusão - em duas partes distintas que se<br />
integram e interagem: a primeira parte, desenvolve quer o estado da arte relativo a<br />
empreendedores humanos, incubadoras tecnológicas e metodologias de incubação,<br />
quer as minhas opções; e a segunda parte, tanto evidencia uma forma de<br />
integração humana já esboçada metodicamente por mim (DA COSTA FERREIRA,<br />
2006-2007) e (DA COSTA FERREIRA, 2011), quanto propõe uma incubadora<br />
tecnológica de integração humana.<br />
Por outras palavras, numa integração e interação de passado e futuro, no<br />
meu presente, enquanto a parte I desta monografia é o meu olhar garimpante e<br />
caleidoscópico de um passado antrópico a que tive acesso, a parte II é a minha<br />
visão transformadora (que continua "catando" no passado, mas condicionada<br />
pelo atual contexto socio-tecno-científico) de um sistema complexo real-virtualdigital<br />
presente, para rumar a um futuro presente antrópico possível.
41<br />
2 PARTE I - ESTADO DA ARTE<br />
No jogo tão complexo (complementar-concorrente-antagônico-incerto) de<br />
escravidão-exploração-parasitismos mútuos entre as três instâncias<br />
(indivíduo/sociedade/noosfera), talvez possa haver lugar para uma<br />
pesquisa simbiótica.(MORIN, 2000 p. 29; grifos meus)<br />
Continuando com Morin (2000 p. 31; grifos meus), nessa pesquisa simbiótica:<br />
Devemos compreender que existem condições bioantropológicas (as<br />
aptidões do cérebro/mente humana), condições socioculturais (a cultura<br />
aberta, que permite diálogos e troca de ideias) e condições noológicas (as<br />
teorias abertas) que permitem “verdadeiras” interrogações, isto é,<br />
interrogações fundamentais sobre o mundo, sobre o homem e sobre o<br />
próprio conhecimento [do ser humano e do seu palco].<br />
Prosseguindo com Morin (2000 p. 31; grifos meus), também "devemos<br />
compreender que, na busca da verdade, as atividades auto-observadoras devem<br />
ser inseparáveis das atividades observadoras, as autocríticas, inseparáveis<br />
das críticas, os processos reflexivos, inseparáveis dos processos de<br />
objetivação".<br />
Arrematando com estes dizeres de Morin (idem):<br />
[...] devemos aprender que a procura da verdade pede a busca e a<br />
elaboração de metapontos de vista, que permitem a reflexividade e<br />
comportam especialmente a integração observador-conceptualizador na<br />
observação 54 - concepção e a 'ecologização' 55 da observação-concepção<br />
no contexto mental e cultural que é o seu.<br />
Nesta parte da monografia desenvolvo o "estado (fluído) da arte" relativa a<br />
empreendedores humanos, a incubadoras tecnológicas e a metodologias de<br />
incubação 56 .<br />
Esta parte compreende toda a revisão bibliográfica que considerei relevante<br />
para justificar a parte II desta minha monografia (a minha proposta) 57 .<br />
Por isso, essa revisão foi agrupada em três grupos: empreendedores<br />
humanos, incubadoras tecnológicas e metodologias de incubação.<br />
54 Ver GLOSSÁRIO.<br />
55 Ver "ecologia" no GLOSSÁRIO.<br />
56 Ver APÊNDICE "I": Estado da arte: estrutura e finalidade.<br />
57 Rever APÊNDICE "I": Estado da arte: estrutura e finalidade.
42<br />
Cada um desses grupos foi subdividido em três subgrupos, dando a<br />
perspectiva 58 : um, "empresarial" ou "de mercado"; outro, "social" ou "de pobre"; e<br />
outro, "complexa" ou "do mundo real/virtual/digital". E é esta última perspectiva<br />
que fundamentará a minha proposta, como alternativa às duas primeiras 59 .<br />
Apenas no subgrupo "incubadoras tecnológicas" fiz um pequeno desvio<br />
específico para um "mundo considerado virtual".<br />
Além disso, olhei (com a profundidade necessária para fundamentar a<br />
alternativa que é a minha proposta) quer a incubadora de base tecnológica da UFF<br />
60 (Niterói, RJ), quer a incubadora tecnológica de cooperativas populares da UFRJ 61<br />
(Rio de Janeiro, RJ), quer a incubadora tecnológica de empreendimentos populares<br />
da UENF 62 (Campos dos Goytacazes, RJ).<br />
Com essa mesma profundidade, e sem qualquer intenção maniqueísta, olhei<br />
a rede de incubadoras de empresas (rede "nobre") e a rede de incubadoras de<br />
cooperativas (rede "pobre").<br />
Enquanto isso, no subgrupo "metodologias de incubação", fiz uma pequena<br />
incursão (também com a profundidade necessária para fundamentar a alternativa<br />
que é a minha proposta) pelo modelo de gestão daquela incubadora da UFF e da<br />
metodologia e método de incubação da UFRJ para cooperativas populares.<br />
Ademais, procurei, para a incubação complexa, um modelo estratégico, um<br />
modelo ambiental e alguns modelos gerenciais.<br />
Em suma, como parte do meu procedimento metodológico, esta parte I da<br />
minha monografia, encontra no estado da arte, tanto a "brecha 63 intelectual<br />
humana", como o "buraco negro 64 antrópico", que justificam a pertinência de minha<br />
proposta desenvolvida na parte II deste trabalho.<br />
58 Ver APÊNDICE "J": Estado da arte: perspectivas pesquisadas, analisadas e sintetizadas.<br />
59 Rever APÊNDICE "J": Estado da arte: perspectivas pesquisadas, analisadas e sintetizadas.<br />
60 UFF - Universidade Federal Fluminense<br />
61 UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro<br />
62 UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense<br />
63 Ver GLOSSÁRIO.<br />
64 Idem.
43<br />
2.1 EMPREEN<strong>DE</strong>DORES HUMANOS<br />
Somos seres infantis, neuróticos, delirantes e também racionais. Tudo isso<br />
constitui o estofo propriamente humano. (MORIN, 2000 p. 59; grifos meus)<br />
Somente uma coisa me fascina [...] Aquela em virtude da qual não invejo os<br />
que são servos na liberdade, sofrem no prazer, são pobres nas riquezas<br />
e mortos em vida, porque trazem no próprio corpo os grilhões que os<br />
prendem, no espírito o inferno que os oprime, na alma o erro que os<br />
debilita, na mente o letargo que os mata. Não há, por isso,<br />
magnanimidade que os liberte nem longanimidade que os eleve, nem<br />
esplendor que os abrilhante, nem ciência que os avive.(BRUNO, 1978 p.<br />
3; grifos meus)<br />
Os "sinais" indicam que a sociedade humana moderna/contemporânea de<br />
hoje, desamparada em seu rumo, está podre e implodindo, em sua crise moral e seu<br />
desajuste ético, de (pseudo)democracias e (in)sustentabilidades - local, regional,<br />
nacional e global. Por isso, eu digo que o estofo propriamente humano precisa ser<br />
"reparado"! Mas é desse "estofo podre" ou "lixo social" que um novo paradigma tem<br />
tentado deslocar ou anular os efeitos do "velho paradigma moderno" que tem<br />
dominado a contemporaneidade humana hodierna.<br />
Neste subcapítulo<br />
65<br />
esforcei-me para entender estes dois tipos de<br />
empreendedores "humanos" mais divulgados e em posições essenciais opostas<br />
(pelo menos, aparentemente), mas com o mesmo foco: empreendedores<br />
empresariais, voltados para o "mercado"; e empreendedores sociais, voltados ao<br />
"assistencialismo para o mercado".<br />
E evidenciei este terceiro tipo, como novidade deduzida aqui por mim: os<br />
empreendedores complexos, ou seja, agentes sistêmicos voltados para a<br />
construção de uma outra sociedade, efetivamente humana, ética, democrática<br />
e responsável.<br />
65 Ver APÊNDICE "K": Estado da arte: empreendedores humanos (e minha 1ª opção).
44<br />
2.1.1 Empreendedores Empresariais<br />
Diferente do capitalista que apenas visa lucro, o empreendedor, para<br />
Schumpeter é aquele que inova. Em outras palavras, não é aquele que está<br />
buscando uma nova invenção, mas aquele que utiliza os meios de<br />
produção de maneira inovadora, buscando mais vantagens. O papel do<br />
empreendedor, diferente, portanto, do papel do empresário-capitalista, diz<br />
Schumpeter, consiste em reformar ou revolucionar a rotina de produção,<br />
explorando uma invenção ou, de modo geral, uma possibilidade<br />
técnica inédita, inovadora. Essas inovações provocam novos ajustes, ou<br />
melhor, provocam novas transformações que tendem a qualificar o<br />
processo produtivo.(OLIVEIRA, 2010b p. 48; grifos meus)<br />
Para a Fundação Roberto Marinho e SEBRAE-Nacional, (2010 pp. 150-157;<br />
grifos meus) na verdade, um empreendedor é uma pessoa disposta a construir o<br />
próprio futuro e não nasce feito - é sua atitude que, muitas vezes, determina o<br />
sucesso ou fracasso de um empreendimento. E estas são as dez características do<br />
comportamento empreendedor : 1ª) estabelecimento de metas; 2ª) busca de<br />
oportunidades e iniciativa; 3ª) correr riscos calculados; 4ª) busca de informações; 5ª)<br />
planejamento e monitoramento sistemático; 6ª) exigência de qualidade e eficiência;<br />
7ª) persistência; 8ª) comprometimento; 9ª) persuasão e rede de contatos; e 10ª)<br />
independência e auto-confiança.<br />
Para Gurgel (2004 p. 109; grifos meus), os micros e pequenos<br />
empreendedores já sabem que, para obter êxito em algum empreendimento, não é<br />
só com boas ideias que se constrói um sonho, pois são necessários, também,<br />
dinheiro, disposição, conhecimentos técnicos e econômicos, e uma ampla visão de<br />
mercado; mas a primeira dificuldade dos futuros empresários é a falta de<br />
orientação e capacitação para materializar seus objetivos na forma de uma<br />
empresa, o que legitima a importância das incubadoras na ajuda à sobrevivência<br />
das MPEs.<br />
Com base na citação direta e nas duas citações indiretas, acima, pode-se<br />
entender que há necessidade da criação, manutenção e controle de um ambiente<br />
especial (ou incubadora) para orientação e capacitação de cada pequeno<br />
empreendedor humano, no intuito de materializar os seus objetivos, utilizando os<br />
meios de produção ou serviços de maneira inovadora na busca de mais vantagens<br />
no processo produtivo, para subsistir e sobreviver no mercado.
45<br />
2.1.2 Empreendedores Sociais ou Empreendedores "Pobres"<br />
A força da sociedade civil, sua organização, sua competência de<br />
governança e sua história podem criar um ambiente propício no<br />
enfrentamento de crise, utilizando visões mais unificadas de futuro e<br />
normas éticas e de cidadania mais sólidas.(STRADIOTTTO, 2005 p. 104;<br />
grifos meus)<br />
A Rede de Empreendedores Sociais Ashoka (2010 p. grifos meus), afirma que<br />
a palavra “empreendedor” não se limita à área de negócios (mercado) porque veio<br />
da língua francesa entrepreneur que quer dizer "alguém que se encarrega ou se<br />
compromete com um projeto ou atividade significante".<br />
Essa palavra foi associada aos indivíduos que estimularam o crescimento<br />
econômico (ao encontrarem diferentes e melhores maneiras de fazer as coisas);<br />
porém, em vez do tipo do empreendimento que o individuo tem, a palavra<br />
“empreendedor” descreve uma postura, um comportamento e um conjunto de<br />
qualidades. Empreendedores vêem possibilidades, e não problemas, para provocar<br />
mudanças na sociedade e não se limitam aos recursos que têm num momento.<br />
Para essa Rede Ashoka (2010), o empreendedor social é o indivíduo que<br />
combina pragmatismo e compromisso com resultados e visão de futuro para<br />
realizar profundas transformações sociais.<br />
Conforme Stradiottto (2005 p. 105; grifos meus), a característica adicional<br />
para um "empreendedor" ser compreendido como empreendedor social é ter clareza<br />
do segmento que atuará tanto no que se refere à área geográfica quanto temática, e<br />
buscar compromisso de médio e longo prazo, produzindo inovações em curto prazo.<br />
Ainda para ele, dentre outros, os empreendedores sociais são representados,<br />
por núcleos de pesquisa, empresas incubadoras, projetos comunitários,<br />
militantes, alunos, liderança comunitária, religiosos, artistas, empresas<br />
privadas e lideranças estudantis.<br />
Acerca da atividade do empreendedor social (empreendedorismo social),<br />
Edson Oliveira (2004b pp. 12-13; grifos meus), primeiro, diz o que não é:<br />
responsabilidade social empresarial (pois esta supõe um conjunto organizado e<br />
devidamente planejado de ações internas e externas, e uma definição centrada na<br />
missão e atividade da empresa, ante as necessidades da comunidade); profissão<br />
(pois não é legalmente constituída, uma vez que não há formação universitária ou<br />
técnica, nem conselho regulador e código de ética profissional legalizado);<br />
representada por organização social que produz e gera receitas a partir da
46<br />
venda de produtos e serviços; ou representada por um empresário que investe<br />
no campo social - o que está mais próximo da responsabilidade social empresarial<br />
ou da filantropia e da caridade empresarial (em que estas já se mostraram<br />
inadequadas, não somente para os “ajudados”, mas também para os negócios e<br />
para a sociedade).<br />
Depois, Edson Oliveira (2004b p. 16; grifos meus), diz o que essa atividade<br />
pode ser considerada: um novo paradigma de intervenção social (pois<br />
apresenta um novo olhar e leitura da relação e integração entre os vários atores e<br />
segmentos da sociedade); um processo de gestão social (pois apresenta uma<br />
cadeia sucessiva e ordenada de ações, que pode ser resumida em três fases -<br />
concepção da ideia, institucionalização e maturação da ideia e multiplicação da<br />
ideia); uma arte (porque permite a cada empreendedor aplicar as suas habilidades e<br />
aptidões, seus dons e talentos, sua intuição e sensibilidade na elaboração do<br />
processo do empreendedorismo social); uma ciência (porque utiliza meios técnicos<br />
e científicos para ler, elaborar/planejar e agir sobre e na realidade humana e social);<br />
uma nova tecnologia social (pois sua capacidade de inovação e de empreender<br />
novas estratégias de ação faz com que sua dinâmica gere outras ações que afetam<br />
profundamente o processo de gestão social, já não mais assistencialista e<br />
mantenedor, mas empreendedor, emancipador e transformador); um indutor de<br />
auto-organização social 66 (pois não é uma ação isolada, mas, ao contrário,<br />
necessita da articulação e participação da sociedade para se institucionalizar e<br />
apresentar resultados que atendam às reais necessidades da população, tendo de<br />
ser duradouro e de alto impacto social).<br />
Enfim, a atividade de um empreendedor social é um sistema dentro de<br />
outro maior que é a sociedade.<br />
E, como ressaltam Melo Neto e Froes (2001 pp. 11,12,31) apud Edson<br />
Oliveira (2004b p. 16; grifos meus), essa atividade do empreendedor social exige,<br />
principalmente, o redesenho de relações entre comunidade, governo e setor privado<br />
- que se baseia no modelo de parcerias -, tendo como foco os problemas sociais e<br />
principal objetivo retirar pessoas da situação de risco social a curto, médio e longo<br />
prazos, buscando propiciar-lhes plena inclusão social.<br />
66 Não é privativo, pois a principal característica e a possível multiplicação da idéia/ação partem de<br />
ações locais, mas sua expansão é para o impacto global. (OLIVEIRA, 2004b p. 16)
47<br />
Duas das principais sugestões de Edson Oliveira (2004b p. 18) para o Brasil,<br />
são estas: 1) criação de mais espaços de apoio, incentivo, pesquisa e disseminação<br />
dos fundamentos e das estratégias do empreendedorismo social, como uma política<br />
nacional de estímulo à inovação de novas tecnologias sociais empreendedoras; e 2)<br />
potencialização das ações das faculdades e universidades por intermédio de<br />
projetos de extensão na perspectiva do empreendedorismo social.<br />
Com base na citação direta e nas sete citações indiretas acima, pode-se<br />
entender que também há necessidade da criação de um ambiente especial (ou<br />
incubadora) para orientação e capacitação de cada pequeno empreendedor humano<br />
(um novo paradigma de intervenção social), no intuito de materializar os seus<br />
objetivos utilizando os meios disponíveis de maneira inovadora (um processo de<br />
gestão social) na busca de inclusão no processo social (uma ciência) para subsistir<br />
e sobreviver na "sociedade", em geral 67 , e no "mercado", em particular,<br />
integrando comunidade, governo e setor privado (um indutor de auto-organização<br />
social).<br />
2.1.3 Empreendedores Complexos<br />
A complexidade humana não poderia ser compreendida dissociada dos<br />
elementos que a constituem: todo desenvolvimento verdadeiramente<br />
humano significa o desenvolvimento conjunto das autonomias<br />
individuais, das participações comunitárias e do sentimento de<br />
pertencer à espécie humana.(MORIN, 2000 p. 55; grifos meus)<br />
Continuando com Morin (2000 p. 38), "o conhecimento pertinente deve<br />
enfrentar a complexidade 68 ". E esta "é a união entre a unidade e a multiplicidade"<br />
(idem). Em que "os desenvolvimentos próprios a (sic) nossa era planetária nos<br />
confrontam cada vez mais e de maneira cada vez mais inelutável com os desafios<br />
da complexidade" (idem).<br />
Além disso, considerando-se o ser humano como parte daquela "união" e<br />
prosseguindo com Morin (2000 p. 37), existe a presença do 'todo' no interior dessa<br />
'parte' uma vez que cada célula contém a totalidade do patrimônio genético de um<br />
organismo policelular [a que eu chamo "ADN antrópico" ou "ADN bio-físicoquímico"].<br />
E a sociedade como um todo está presente em cada indivíduo - na sua<br />
67 Ver GLOSSÁRIO.<br />
68 Idem.
48<br />
linguagem, em seu saber, em suas obrigações e em suas normas [a que eu chamo<br />
"ADN homo-antrópico" ou "ADN meta-antrópico" ou "ADN bio-social"].<br />
E é o mesmo Morin (2000 pp. 48-50,63) que nos alerta para o que condiciona<br />
essa complexidade humana 69 : a condição cósmica; a condição terrestre; a<br />
condição humana; e, ao mesmo tempo, a condição do mundo humano.<br />
Quanto à condição cósmica dessa complexidade humana:<br />
[...] universo [...] em devenir disperso, onde atuam, de modo<br />
complementar, concorrente e antagônico, a ordem, a desordem e a<br />
organização. Encontramo-nos no gigantesco cosmos em expansão,<br />
constituído de bilhões de galáxias e de bilhões e bilhões de estrelas.<br />
(MORIN, 2000 pp. 48-49; grifos meus)<br />
Quanto à condição terrestre dessa complexidade humana:<br />
A Terra autoproduziu-se e auto-organizou-se na dependência do Sol;<br />
constituiu-se em complexo biofísico a partir do momento em que se<br />
desenvolveu a biosfera. Somos a um só tempo seres cósmicos e<br />
terrestres. A vida [...] sua aventura correu perigo de extinção ao menos por<br />
duas vezes (no fim da era primária e durante a secundária). Desenvolveuse<br />
não apenas em diversas espécies, mas também em ecossistemas<br />
em que as predações e devorações constituíram a cadeia trófica de dupla<br />
face: a da vida e a da morte. Nosso planeta erra no cosmo. Devemos<br />
assumir as conseqüências da situação marginal, periférica que é a<br />
nossa. Como seres vivos deste planeta, dependemos vitalmente da<br />
biosfera terrestre; devemos reconhecer nossa identidade terrena física e<br />
biológica. (MORIN, 2000 p. 50; grifos meus)<br />
Quanto à condição humana dessa complexidade humana:<br />
Somos originários do cosmos, da natureza, da vida, mas, devido à própria<br />
humanidade, à nossa cultura, à nossa mente, à nossa consciência,<br />
tornamo-nos estranhos a este cosmos, que nos parece secretamente<br />
íntimo. Nosso pensamento e nossa consciência fazem-nos conhecer o<br />
mundo físico e distanciam-nos dele. O próprio fato de considerar racional<br />
e cientificamente o universo separa-nos dele. Desenvolvemo-nos além do<br />
mundo físico e vivo. É nesse “além” que tem lugar a plenitude da<br />
humanidade. (MORIN, 2000 p. 51; grifos meus)<br />
Quanto à condição do mundo humano dessa complexidade humana:<br />
Devemos reconhecer nosso duplo enraizamento no cosmos físico e na<br />
esfera viva e, ao mesmo tempo, nosso desenraizamento propriamente<br />
humano. Estamos simultaneamente dentro e fora da natureza. (MORIN,<br />
2000 p. 48; grifos meus)<br />
O humano é um ser a um só tempo plenamente biológico e plenamente<br />
cultural, que traz em si a unidualidade originária [...] Exprime de maneira<br />
hipertrofiada as qualidades egocêntricas e altruístas do indivíduo, alcança<br />
paroxismos de vida em êxtases e na embriaguez, ferve de ardores<br />
orgiásticos e orgásmicos, e é nesta hipervitalidade que o 'Homo sapiens'<br />
é também 'Homo demens'. (MORIN, 2000 p. 52; grifos meus)<br />
69 Ver APÊNDICE "L": Empreendedor Humano: Condicionantes da complexidade humana.
49<br />
A cultura acumula em si o que é conservado, transmitido, aprendido, e<br />
comporta normas e princípios de aquisição [...] O circuito<br />
cérebro/mente/cultura [...] O circuito razão/afeto/pulsão [...] O circuito<br />
indivíduo/sociedade/espécie [...] (MORIN, 2000 p. 52; grifos meus)<br />
Portanto, para Morin (2000 pp. 48-50,63): o ser humano está<br />
simultaneamente dentro e fora da natureza.<br />
Pelo que, ainda segundo ele, devemos inscrever em nós 70 :<br />
A consciência antropológica, que reconhece a unidade na diversidade; a<br />
consciência ecológica, isto é, a consciência de habitar, com todos os<br />
seres mortais, a mesma esfera viva (biosfera) - reconhecer nossa união<br />
consubstancial com a biosfera conduz ao abandono do sonho prometéico<br />
do domínio do universo para nutrir a aspiração de convivibilidade sobre a<br />
Terra; a consciência cívica terrena, isto é, da responsabilidade e da<br />
solidariedade para com os filhos da Terra; a consciência espiritual da<br />
condição humana que decorre do exercício complexo do pensamento e que<br />
nos permite, ao mesmo tempo, criticar-nos mutuamente e autocriticar-nos e<br />
compreender-nos mutuamente. Morin (2000 pp. 76-77; grifos meus).<br />
No caso desse ser humano - cósmico, terrestre, noosférico e (des)nutrido por<br />
circuitos integrados numa tríade de tríades -, continuando com Morin (2000 p. 38;<br />
grifos meus): "[...] cada indivíduo singular contém de maneira “hologrâmica” o<br />
todo do qual faz parte, e ao mesmo tempo faz parte dele".<br />
Ora, no desenvolvimento desse ser humano hologramático, insistindo com<br />
Morin (2000 p. 32; grifos meus), "de forma mais ampla, devemos tentar jogar com as<br />
duplas possessões, a das ideias por nossa mente, a de nossa mente pelas<br />
ideias, para alcançar formas em que a escravidão mútua se transformaria em<br />
convivibilidade".<br />
Assim, com base nessas minhas citações de Morin, posso afirmar que, num<br />
Universo caótico, num espaço-tempo, a ordem, a desordem e a organização<br />
cósmicas atuaram, atuam e atuarão, de modo complementar, concorrente e<br />
antagônico, tanto permitindo a constituição original de um complexo biofísico - o<br />
planeta Terra ou Geo(a)bio - quanto mantendo este, alterando este e, em última<br />
instância, destruindo este.<br />
Esse complexo tem desenvolvido ecossistemas onde diversas espécies de<br />
vida compõem-se de indivíduoas que nascem, alimentam-se, crescem, reproduzemse<br />
eventualmente e "morrem", em (sub)ciclos de subsistência, convivência e<br />
sobrevivência...<br />
70 Ver APÊNDICE "M": Empreendedor Humano: consciência.
50<br />
Uma dessas espécies é o ser humano, que deve reconhecer a sua identidade<br />
terrena (física e biológica) e deve assumir as conseqüências da sua situação<br />
marginal (periférica) - o ser.<br />
Esse ser está simultaneamente dentro e fora da natureza - o estar.<br />
Esse ser, nesse estar, usa conscientemente o seu circuito razão/afeto/pulsão<br />
para pensar - o pensar.<br />
Nesse seu pensar, e só enquanto está, esse ser usa conscientemente o seu<br />
circuito cérebro/mente/cultura: primeiro, para olhar, admirar, avaliar, distinguir, julgar,<br />
aceitar e reconhecer o Universo (mundo físico, mundo vivo, e além desses dois<br />
mundos...) - o conhecer; segundo, para traditar esse conhecimento ou sabedoria - o<br />
saber.<br />
Nesse seu pensar e seu conhecer, e só enquanto está e se consubstancia a<br />
plenitude da humanidade, esse ser usa conscientemente o seu circuito<br />
indivíduo/sociedade/espécie no intuito, racional e genuinamente científico, de:<br />
primeiro, se desenvolver para além do mundo físico e vivo - o viver; segundo, não se<br />
distanciar do Universo - o convergir; terceiro, ter o sentimento de pertença a um<br />
mundo antrópico, alinhado e integrado ao planeta Terra e ao Cosmo (ordem cósmica<br />
no Caos cósmico) - o pertencer; e quarto, transformar qualquer tipo de escravidão,<br />
unilateral, multifacetada ou recíproca - o conviver.<br />
Nesse Universo caotico, num espaço-tempo, num planeta simultaneamente<br />
acolhedor (uma incubadora complexa natural gigantesca, mas finita) e hostil (um<br />
mundo complexo naturalmente adverso), a ordem, a desordem e a organização<br />
humanas atuaram, atuam e atuarão (enquanto e como puderem), de modo<br />
complementar, concorrente e antagônico - o fazer.<br />
Esse fazer é que tem permitido e, por enquanto, vai permitindo a<br />
(re)constituição não-original de "um complexo biofísico e cultural "- o sobreviver.<br />
Porém, nesse viver, convergir e conviver, visando ao desenvolvimento<br />
humano local, regional e global, num processo híbrido de desenvolvimento humano<br />
apenas num presente "vivo" - entre um passado "morto" e um futuro "inexistente"-, a<br />
realidade, para Wickert (2006 pp. 17-18), mostra que à medida que se tornam mais<br />
escassos os empregos em grandes empresas, aumentam as oportunidades para<br />
trabalhadores autônomos.<br />
Assim, segundo Wickert (idem), a base econômica do futuro estará<br />
alicerçada em pequenos negócios e na capacitação de pessoas para que
51<br />
encontrem a arte de promover a própria subsistência sem depender de<br />
empregos (nova cultura empreendedora) e, ao mesmo tempo, possam<br />
conquistar sua cidadania e auto-estima (nova cultura de responsabilidade social),<br />
descobrindo sua razão de ser [e de estar] neste mundo.<br />
Isso permitirá uma genuína democratização dos saberes e um equilíbrio<br />
[dinâmico] social - o ter.<br />
Seguindo com Wickert (2006 pp. 45-47; grifos meus), com base na<br />
abordagem da Comissão sobre Educação para o século XXI, apresentada no<br />
Relatório da UNESCO pelo presidente dessa comissão, Jacques Delors, o<br />
desenvolvimento do ser humano integral é feito por uma concepção integrada<br />
que defende uma pluralidade de enfoques dinamicamente relacionados [a<br />
unidade na pluralidade e a unidade na multiplicidade - o poder].<br />
Prosseguindo com Wickert (2006 pp. 45-47; grifos meus), esses enfoques<br />
promovem a ativação de processos mentais nestas três dimensões [de<br />
aprendizado] do ser humano: aprender a conhecer (interpretação e representação<br />
da realidade por meio do estudo de conceitos, princípios, fatos, proposição e<br />
teorias); aprender a ser / conviver (percepção da realidade por meio da<br />
conscientização da pessoa sobre si mesma e sua interação com seus grupos, em<br />
que o ser e o conviver foram reunidos porque desenvolver a consciência individual e<br />
social representa uma convergência entre a unidade e a diversidade, pois o ser<br />
humano é, simultaneamente, uno, singular, múltiplo e complexo); e aprender a fazer<br />
(aplicação na realidade, mediante capacidades, habilidades e destrezas). O<br />
aprender.<br />
Reordenando alfabeticamente os catorze verbos 71 que introduzi aqui<br />
sublinhando-os, encontram-se as correspondentes quatorze ações essenciais que<br />
podem ser atribuídas a um "empreendedor humano".<br />
Por tudo isso, os empreendedores humanos são empreendedores<br />
complexos 72 . Isto é, são agentes (ou atores) pertencentes a um todo sistêmico de<br />
condicionamento e alinhamento cosmo-topo-geo-(a)bio-antropo 73 , hologramáticos<br />
71 Ver verbos em ordem alfabética no ANEXO "A": Empreendedor humano: ações = verbos.<br />
72 Ver APÊNDICE "N": Empreendedor Humano: Empreendedor Complexo.<br />
73 Ver GLOSSÁRIO.
52<br />
74 , conscientes e teleológicos 75 , os quais, devidamente (re)educados e (in)formados,<br />
decidem e comunicam, livre e responsavelmente, sobre os seus próprios<br />
caminhos, de forma intuitiva, afetiva e racional, e de maneira efetiva, eficaz e<br />
eficiente.<br />
Assim sendo, no estado da arte para "empreendedores humanos" 76 , a minha<br />
opção é pelos "empreendedores complexos"!<br />
Em detrimento dos "empreendedores empresariais" e dos "empreendedores<br />
sociais", porque estes dois tipos de empreendedores (os mais badalados, em termos<br />
acadêmicos e não-acadêmicos) são partes do mesmo todo da complexidade<br />
humana, porém, não se enxergam como tal - forçando e alimentando um mundo<br />
antrópico, enviesado a partir de suas posições, respectivamente, de autoreconhecimento<br />
de superioridade ("empreendedores empresariais" ou "primos<br />
ricos") e de auto-reconhecimento de inferioridade ("empreendedores sociais" ou<br />
"primos pobres", buscando um caminho para se tornarem "primos ricos" ou, no<br />
mínimo, "primos remediados").<br />
Neste ponto, atinge-se o primeiro objetivo específico desta monografia!<br />
74 Idem.<br />
75 Idem.<br />
76 Rever APÊNDICE "K": Estado da arte: empreendedores humanos (e minha 1ª opção).
53<br />
2.2 <strong>INCUBADORA</strong>S <strong>TECNOLÓGICA</strong>S<br />
[...] incubadoras [...] concebidas [...] como ambientes de apoio ao<br />
empreendedor e aos empreendimentos, e de estímulo à criação de<br />
empresas inovadoras com elevado componente tecnológico de seus<br />
produtos, processos e serviços e pela utilização de modernos métodos<br />
de gestão.(RIBEIRO, et al., 2008 p. 71; grifos meus)<br />
Viu-se no estado da arte para empreendedores empresariais que a primeira<br />
dificuldade dos futuros empresários (no ambiente empresarial) é a falta de<br />
orientação e capacitação para materializar seus objetivos na forma de uma<br />
empresa.<br />
E que essa dificuldade legitima a importância das incubadoras. Além disso,<br />
viu-se no estado da arte para empreendedores sociais que, dentre outros, eles<br />
podem ser representados por núcleos de pesquisa e empresas incubadoras. E<br />
viu-se ainda a minha opção firme e irrevogável pelo "empreendedor complexo".<br />
Por conseguinte, neste subcapítulo 77<br />
também me esforcei para entender<br />
estes dois tipos de incubadoras 78 "tecnológicas" mais divulgados (e seus núcleos de<br />
pesquisa acadêmica), ambos voltados para o "mercado": incubadoras empresariais<br />
(engajando a "nata empreendedora") ou incubadoras sociais (perpetuando a<br />
"mediocridade empreendedora").<br />
E evidenciei este terceiro tipo, também novidade deduzida aqui por mim:<br />
incubadoras complexas (engajando, formando, capacitando e orientando os<br />
"dominados-excluídos"), ou seja, "meios complexos" identificadores,<br />
estabilizadores e agregadores de vidas humanas, imprescindíveis à construção<br />
de uma outra sociedade efetivamente humana, ética, democrática e responsável.<br />
2.2.1 Incubadoras Empresariais<br />
Uma incubadora é uma organização que “procura dar forma e substância –<br />
isto é, estrutura e credibilidade - a empreendimentos iniciantes ou<br />
emergentes. Conseqüentemente, uma incubadora de novos negócios é<br />
uma instalação que mantém condições controladas para assistir ao<br />
desenvolvimento de novas empresas". Smilor e Gill apud (ZABLOCKI,<br />
2007 p. 1305; grifos meus). 79<br />
77 Ver APÊNDICE "O": Estado da arte: incubadoras tecnológicas (e minha 2ª opção).<br />
78 Para mais definições de incubadoras, ver ANEXO "B": Definições de incubadoras adotadas pela<br />
ANPROTEC e SEBRAE.<br />
79 Tradução livre feita por mim a partir de: "Smilor and Gill define an incubator as an organization that<br />
'seeks to give form and substance—that is, structure and credibility—to start-up or emerging ventures.<br />
Consequently, a new business incubator is a facility for the maintenance of controlled conditions to<br />
assist in the cultivation of new companies' ".
54<br />
Contudo, Zablocki (2007 p. 1306; grifos meus) vai dizendo que, hoje, a<br />
maioria das incubadoras prefere a abordagem focada na empresa, cobrando taxas<br />
de mercado para alugar e oferecer serviços como benefícios de valor-adicionado<br />
pelo aluguel de espaços na incubadora - por isso, provavelmente, as incubadoras<br />
são melhor definidas como programas do que como facilidades.<br />
Ele diz também que quase 90% (noventa por cento) das incubadoras são<br />
operadas por ONGs (Organizações Não-Governamentais) com o propósito de<br />
estimular o crescimento do trabalho humano em vários setores da economia local; e<br />
algumas incubadoras, particularmente aquelas que lidam com ensino superior,<br />
enfatizam o desenvolvimento baseado na tecnologia 80 .<br />
Enquanto isso, para o MCT(1998) apud Dornelas (2002 p. 15; grifos meus)<br />
esta é a definição de incubadora de empresas:<br />
Incubadora é um mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento<br />
de micro e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços,<br />
de base tecnológica ou de manufaturas leves por meio da formação<br />
complementar do empreendedor em seus aspectos técnicos e<br />
gerenciais e que, além disso, facilita e agiliza o processo de inovação<br />
tecnológica nas micro e pequenas empresas. Para tanto, conta com um<br />
espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar<br />
temporariamente micro e pequenas empresas industriais ou de prestação<br />
de serviços e que, necessariamente, dispõe de uma série de serviços e<br />
facilidades.<br />
Também para o MCT (1998) apud Dornelas (2002 p. 14; grifos meus), esses<br />
serviços e facilidades são: 1) espaço físico individualizado para a instalação de<br />
escritórios e laboratórios de cada empresa admitida; 2) espaço físico para uso<br />
compartilhado (como sala de reunião, auditório, área para demonstração dos<br />
produtos, processos e serviços das empresas incubadas, secretaria, serviços<br />
administrativos e instalações laboratoriais; recursos humanos e serviços<br />
especializados que auxiliem as empresas incubadas em suas atividades, quais<br />
sejam, gestão empresarial, gestão da inovação tecnológica, comercialização de<br />
produtos e serviços no mercado doméstico e externo, contabilidade, marketing,<br />
assistência jurídica, captação de recursos, contratos com financiadores, engenharia<br />
de produção e propriedade intelectual, entre outros); 3) capacitação, formação e<br />
80 Tradução livre feita por mim a partir de: "Today, however, most incubators prefer the companycentered<br />
approach, charging market rates for rent and offering services as the value-added benefit of<br />
locating in the incubator. Thus, incubators are probably best defined as programs rather than facilities.<br />
Nonprofit entities operate almost 90% of incubators. Their purpose is to stimulate job growth in various<br />
sectors of the local economy. Some incubators, particularly those with ties to higher education,<br />
emphasize technology-based development. "
55<br />
treinamento de empresários empreendedores nos principais aspectos<br />
gerenciais (como gestão empresarial, gestão da inovação tecnológica,<br />
comercialização de produtos e serviços no mercado doméstico e externo,<br />
contabilidade, marketing, assistência jurídica, captação de recursos, contratos com<br />
financiadores, gestão da inovação tecnológica, engenharia de produção e<br />
propriedade intelectual); e 4) acesso a laboratórios e bibliotecas de<br />
universidades e instituições que desenvolvam atividades tecnológicas.<br />
Ainda para o MCT (1998) apud Dornelas (2002 p. 14; grifos meus), as<br />
incubadoras podem ser de três tipos diferentes: 1º tipo) Incubadora de Empresas de<br />
Base Tecnológica (abriga empresas cujos produtos, processos ou serviços são<br />
gerados a partir de resultados de pesquisas aplicadas, e nos quais a tecnologia<br />
representa alto valor agregado); 2º tipo) Incubadora de Empresas dos Setores<br />
Tradicionais (abriga empresas ligadas aos setores tradicionais da economia - as<br />
quais detêm tecnologia largamente difundida e queiram agregar valor aos seus<br />
produtos, processos ou serviços por meio de um incremento no nível tecnológico<br />
empregado e devem estar comprometidas com a absorção ou o desenvolvimento de<br />
novas tecnologias); e 3º tipo) Incubadora de Empresas Mista (abriga empresas dos<br />
dois tipos anteriormente descritos).<br />
Adicionalmente, para Dornelas (2002 p. 29; grifos meus), dificilmente uma<br />
incubadora de empresas gera receita suficiente para ser auto-sustentável, pois<br />
depende sempre de ajuda externa, convênios com parceiros e órgãos públicos -<br />
desse modo, avaliar uma incubadora do ponto de vista exclusivamente<br />
financeiro significaria dizer que é um negócio inviável, já que fatura bem menos<br />
do que gasta.<br />
Entretanto, ainda segundo Dornelas (2002 p. 17), a inovação é um ingrediente<br />
básico ao desenvolvimento econômico e, quando se fala em inovação, é natural que<br />
se remeta ao termo inovação tecnológica.<br />
Ora, segundo Dertouzos (1999) apud Dornelas (2002 p. 17; grifos meus),<br />
existem quatro pilares da inovação tecnológica (os quais podem ser mais facilmente<br />
encontrados e catalisados em uma incubadora de empresas do que em qualquer<br />
outro local):1) o investimento de capital de risco; 2) a infra-estrutura de alta<br />
tecnologia; 3) as idéias criativas; e 4) a cultura empreendedora focada na paixão<br />
pelo negócio.
56<br />
Curiosamente, para Ribeiro, et al. (2008 pp. 73-74,85; grifos meus), uma<br />
incubadora de empresas tem uma forma de organização complexa - que exige<br />
uma gestão eficiente e pessoas capacitadas para nela atuarem - e é um<br />
mecanismo numa estrutura física que oferece assessoramento gerencial, jurídico,<br />
administrativo, de comunicação e tecnológico.<br />
Voltando agora a Dornelas (2002 p. 19):<br />
As universidades (institutos de pesquisa e desenvolvimento, educação de<br />
negócios, profissionais qualificados), suportes local e estadual (associações<br />
comerciais e industriais, escritórios municipais e estaduais de auxílio aos<br />
empreendedores, leis de incentivo às empresas e empreendedores),<br />
suportes profissionais (empresas de contabilidade, consultoria em marketing<br />
e vendas, bancos, advogados etc.), fornecedores, clientes, grandes<br />
empresas de uma determinada área de negócios etc. Isso tudo induz ao<br />
empreendedorismo [...].<br />
Continuando com Dornelas (2002 p. 19; grifos meus), sem um ensino<br />
qualificado de formação de empreendedores, dificilmente uma incubadora de<br />
empresas terá grande parcela de excelentes empreendedores e os casos de<br />
sucesso serão raros - em que o ensino de empreendedorismo tem o objetivo de<br />
ensinar conceitos e formas de identificar oportunidades para transformá-las<br />
em negócios de sucesso e, nestes moldes, ainda é feito em poucas das<br />
comunidades onde se encontram as incubadoras de empresas brasileiras (por isso,<br />
envolve mais do que cursos de uma semana a respeito de ferramentas de gestão).<br />
Todavia, para Bocayuva Cunha, et al.(2007a p. 13; grifos meus), as<br />
incubadoras encontram-se, na sua quase totalidade, vinculadas às áreas de<br />
extensão das universidades e, de acordo com a visão atualmente predominante, o<br />
ensino, a pesquisa e a extensão consistem em atividades por meio das quais a<br />
universidade dá concretude ao seu objetivo de produzir conhecimento e tornálo<br />
acessível a toda a sociedade 82 .<br />
Segue-se um exemplo de incubadora (empresarial) de base tecnológica: a<br />
Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal Fluminense<br />
(IEBTUFF).<br />
82 Também para Bocayuva Cunha, et al. (2007a p. 14; grifos meus), hoje em dia, existe um<br />
movimento envolvendo setores acadêmicos, da sociedade e do próprio governo, que visa ampliar a<br />
inserção social da universidade e é de grande importância que esse movimento conduza a uma nova<br />
concepção de universidade que integre elementos positivos do modelo institucional clássico e<br />
institucional integrado.
57<br />
Logo depois, fala-se brevemente da Rede de Incubadoras, Pólos e Parques<br />
Tecnológicos do Rio de Janeiro (REINC).<br />
2.2.1.1 Incubadora de base tecnológica (UFF)<br />
A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal<br />
Fluminense (IEBTUFF) iniciou de uma discussão de um grupo de pessoas<br />
que pensavam sobre o sistema de inovação para a Universidade e, devido<br />
às suas características e às limitações de enquadramento na estrutura<br />
acadêmica e administrativa, optou-se por desenhá-la como um projeto de<br />
extensão proposto pelo Departamento de Engenharia de<br />
Produção.(RIBEIRO, et al., 2008 p. 77)<br />
Após essa discussão e projeto proposto pelo Departamento de Engenharia de<br />
Produção da UFF, e prosseguindo com Ribeiro, et al. (2008 pp. 77-80; grifos meus),<br />
em 30/04/1999, essa incubadora da UFF 83 foi um programa de prestação de<br />
serviços cujos resultados deveriam gerar: novas empresas; empreendimentos<br />
tecnológicos inovadores; soluções (intensivas em conhecimentos) voltadas para a<br />
promoção do desenvolvimento local e regional (a partir da transferência de<br />
conhecimentos e tecnologias desenvolvidos prioritariamente na Universidade).<br />
Ainda segundo Ribeiro, et al. (idem), a IEBTUFF, concebida como uma<br />
organização sem fins lucrativos (como a maioria das organizações brasileiras nos<br />
programas de incubação) tem como: missão “Graduar empresas inovadoras e<br />
fortalecer a cultura empreendedora na Universidade Federal Fluminense,<br />
articulando-se com as políticas públicas e privadas de desenvolvimento científico e<br />
tecnológico”; e visão “Contribuir para a modernização tecno-científica do País e,<br />
consequentemente, do seu desenvolvimento socioeconômico, oferecendo inovações<br />
tecnológicas através de empreendimentos sólidos de base tecnológica”.<br />
2.2.1.2 Rede de incubadoras de empresas<br />
A REINC - Rede de Incubadoras, Pólos e Parques Tecnológicos do Rio de<br />
Janeiro (2009 p. 8; grifos meus) foi criada em 21 de setembro de 1998 - no âmbito<br />
da Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro (RE<strong>DE</strong>TEC) -, para trabalhar em sintonia<br />
com o movimento de incubadoras no Brasil. De acordo com a Associação Nacional<br />
de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC), a REINC<br />
estimula o intercâmbio de conhecimentos de suas empresas instaladas e<br />
graduadas, promovendo o crescimento destas que, em 2009, eram 161 (cento e<br />
83 Ver APÊNDICE "P": Incubadora Tecnológica: exemplo (IEBTUFF).
58<br />
sessenta e uma) empresas incubadas e 137 (cento e trinta e sete) empresas<br />
graduadas, num universo de 18 (dezoito) incubadoras da REINC. (idem)<br />
Enquanto que aquela RE<strong>DE</strong>TEC, com o propósito de gerar ações<br />
integradas e compartilhadas, possui 'redes de conhecimento' por intermédio de<br />
suas Redes Temáticas. (idem)<br />
Essas Redes Temáticas são redes, dentro da Rede, formadas por grupos de<br />
trabalho multi-institucionais que desenvolvem ações para elaboração de<br />
projetos específicos. (idem)<br />
Esses grupos são constituídos por especialistas nos temas propostos<br />
(professores, técnicos e pesquisadores das instituições associadas), os quais<br />
formulam diretrizes e metas, trabalhando para a implantação de ações e políticas<br />
adequadas ao desenvolvimento de serviços, processos e produtos com alto<br />
valor agregado. (idem)<br />
Pelo que foi dito aqui sobre incubadoras empresariais, em si, elas não têm<br />
viabilidade financeira e estão hoje em mercados locais focando a sua oferta de<br />
serviços às empresas nascentes - ou projetos e processos de inovação<br />
(preferencialmente tecnológica)-, "agregando valor" principalmente pelo aluguel de<br />
seus espaços.<br />
Em seus processos de incubação, essas incubadoras promovem o<br />
desenvolvimento científico, tecnológico e social, integrando o setor privado, o setor<br />
público e as universidades na forma de "empresas" (e "graduação" destas) ou<br />
"empreendimentos".<br />
Para tudo isso e no intuito de que os empreendedores façam negócios de<br />
sucesso através de suas empresas, essas incubadoras procuram projetar,<br />
localizar, ensinar, formar e engajar uma "nata empreendedora" através de<br />
integração por redes tecnológicas temáticas (de ponta).<br />
2.2.2 Incubadoras Sociais ou Incubadoras de "Pobres"<br />
As incubadoras são estruturas interdisciplinares, que reúnem docentes,<br />
técnicos e estudantes das mais diversas áreas ... [em que a] incubação é<br />
um processo educativo: universidade e empreendimentos interagem<br />
no sentido de produzir e difundir conhecimentos conjuntamente, com o<br />
objetivo de potencializar a economia solidária, aproximar a<br />
universidade dos setores populares e desenvolver ações de sentido<br />
social emancipatório. (ITCPS, sd p. passim; grifos meus)<br />
Para Bocayuva Cunha, et al. (2007b p. 6; grifos meus), de certa forma, a<br />
inovação trazida pelas ITCPs [Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares
59<br />
auxiliadas pelo Programa Nacional de Apoio a Incubadoras de Cooperativas<br />
Populares (PRONINC) 84 ] é mais ampla que as introduzidas pelas incubadoras<br />
convencionais. Em primeiro lugar, porque ela permite à gente pobre se inserir na<br />
produção social pelo seu próprio esforço; em segundo, porque este esforço é<br />
duplicado, pois implica no aprendizado de como entender a autogestão e<br />
participar dela.<br />
Segundo ele (idem), cada cooperativa popular tem de abrir espaço em<br />
mercados e ao mesmo tempo seus membros têm de aprender a viver e<br />
trabalhar inseridos em relações de produção horizontais — ninguém manda<br />
em ninguém. A gestão coletiva é radicalmente oposta à que até agora é tida como<br />
“normal”, marcada pela concentração de poder nas mãos dos donos da empresa e<br />
seus prepostos, portanto pela hierarquia, pela desigualdade e pela competição interindividual.<br />
Nesse caso específico das ITCPs, também Bocayuva Cunha, et al. (2007b p.<br />
7; grifos meus) dizem que: 1) a atividade delas relaciona-se com grupos populares e,<br />
a partir dos mecanismos educativos de democratização dos saberes, através de<br />
dinâmicas interativas de aprendizagem, estende, socializa e transfere recursos<br />
intelectuais e meios técnicos; 2) o resultado é uma reversão nos esquemas das<br />
trajetórias clássicas de incubação voltadas para as empresas de base tecnológica 85 ;<br />
e 3) as ITCPs contribuem para ordenar o quadro confuso da disputa sobre os rumos<br />
que devem tomar as iniciativas dispersas de capacitação para o trabalho - até agora<br />
realizadas de forma pouco sistemática e menos consistente (por atores públicos,<br />
pelo sistema S 86 , por ONGs e por movimentos sociais).<br />
Também para Bocayuva Cunha, et al. (2007b p. 14; grifos meus), a<br />
distribuição espacial das 33 (trinta e três) ITCPs e respectivos 315 (trezentos e<br />
quinze) empreendimentos (média nacional de aprox. 10 incubados por incubadora)<br />
pelas cinco Grandes Regiões do Brasil, é esta: 1- Norte (2 incubadoras com 18<br />
empreendimentos incubados); 2- Nordeste (8 incubadoras com 82 empreendimentos<br />
incubados); 3- Centro-Oeste (2 incubadoras com 16 empreendimentos incubados);<br />
84 Ver ANEXO "C": PRONINC: Universidades integrantes.<br />
85 Dessa forma, a inversão de prioridades representada pelo PRONINC faz avançar os processos de<br />
capacitação e organização produtiva de bens e serviços de forma adequada aos requisitos oriundos<br />
das demandas populares. (BOCAYUVA CUNHA, et al., 2007b p. 7)<br />
86 Ver GLOSSÁRIO.
60<br />
4- Sudeste (12 incubadoras com 112 empreendimentos incubados); e 5- Sul (9<br />
incubadoras com 87 empreendimentos incubados).<br />
Ainda para Bocayuva Cunha, et al. (idem), estes são os cinco tipos de<br />
constituição jurídica dos 315 grupos incubados: 1º) grupos informais (a existência de<br />
uma parcela expressiva de empreendimentos informais - 45% - pode ser atribuída a<br />
exigências legais para a formação de cooperativas e aumento de custos devido à<br />
incidência de uma elevada carga tributária); 2º) cooperativas (38%); 3º) associações<br />
(14%); 4º) instâncias de intercooperação (redes, centrais, articulações para o<br />
consumo ético e solidário - 2%); e 5º) micro-empresa autogestionária (1%).<br />
Segundo Bocayuva Cunha, et al. (2007b p. 43), estes são os quinze serviços<br />
prestados pelas 33 ITCPs: [6 mais frequentes] - 1º) capacitação ou assessoria<br />
gerencial, 2º) assessoria na resolução de conflitos, 3º) assessoria jurídica, 4º)<br />
assessoria contábil, 5º) apoio à comercialização, 6º) capacitação ou assessoria<br />
técnica; [9 menos freqüentes] - 7º) disponibilidade de infra-estrutura, 8º) acesso a<br />
financiamento, 9º) disponibilidade de espaço físico, 10º) transferências ou<br />
adequação de tecnologias produtivas, 11º) cursos de informática, 12º) assessoria<br />
em marketing, 13º) alfabetização e educação de jovens e adultos, 14º) educação<br />
ambiental e 15º) outros.<br />
Também segundo Bocayuva Cunha, et al. (2007b p. 44), estes são os nove<br />
serviços intermediados pelas 33 ITCPs: [4 mais intermediados] - 1º) acesso a<br />
financiamento, 2º) capacitação ou assessoria técnica, 3º) apoio à comercialização,<br />
4º) disponibilidade de espaço físico; [5 menos intermediados] - 5º) disponibilidade de<br />
infra-estrutura, 6º) transferências ou adequação de tecnologias produtivas, 7º)<br />
assessoria contábil, 8º) assessoria jurídica e 9º) capacitação ou assessoria<br />
gerencial.<br />
Ainda segundo Bocayuva Cunha, et al. (2007b p. 15), estes são os oito<br />
segmentos econômicos onde se inserem os 315 empreendimentos incubados pelas<br />
33 ITCPs: [4 mais citados] - 1º) prestação de serviços, 2º) produção agropecuária,<br />
extrativismo e pesca, 3º) produção de artefatos artesanais, 4º) serviços de coleta e<br />
reciclagem de materiais; [4 menos citados] - 5º) produção e serviços de alimentos e<br />
bebidas, 6º) produção têxtil e confecções, 7º) produção industrial (diversos) e 8º)<br />
produção de fitoterápicos, limpeza e higiene.<br />
Continuando com Bocayuva Cunha, et al. (2007b pp. 39-40), estes são os<br />
nove principais motivos de ingresso dos 315 incubados pelas 33 ITCPs: [4 mais
61<br />
citados] - 1º) capacitação ou assessoria ou informação, 2º) encaminhamento por<br />
prefeituras ou movimentos sociais, 3º) constituição ou formação do grupo, 4º) busca<br />
de parcerias; [5 menos citados] - 5º) relacionamento com a equipa da incubadora<br />
antes da criação desta, 6º) expectativas de obtenção de apoio para melhoria<br />
financeira, 7º) legalização do empreendimento, 8º) captação de recursos ou<br />
financiamentos e 9º) a incubadora identificou e sensibilizou o grupo.<br />
Prosseguindo com Bocayuva Cunha, et al. (2007b p. 37), além de outros,<br />
estes são os seis instrumentos de controle gerencial usados pelos 315 incubados<br />
nas 33 ITCPs: [3 mais usados] - 1º) controle de caixa, 2º) planilha de custos e 3º)<br />
projeção de fluxo de caixa; e [3 menos usados] - 4º) controle de estoque, 5º)<br />
cadastro de clientes e 6º) cadastro de fornecedores.<br />
Permanecendo com Bocayuva Cunha, et al. (2007b p. 45), a respeito do<br />
diagnóstico e impactos do PRONINC, da Federação de Órgãos para Assistência<br />
Social e Educacional (FASE), após visita às trinta e três incubadoras apoiadas pelo<br />
PRONINC (mar/2005-set/2007), estas são as doze principais sugestões dos 315<br />
incubados pelas ITCPs: [4 mais citadas] - 1ª) maior apoio na área de divulgação ou<br />
comercialização, 2ª) mais cursos técnicos, 3ª) maior frequência nos contatos, 4ª)<br />
apoio na captação de recursos; [8 menos citadas] - 5ª) adaptação da linguagem ao<br />
nível educacional dos grupos, 6ª) assessoria contábil, 7ª) mais rapidez na resposta<br />
às demandas dos grupos, 8ª) diversificar as assessorias, 9ª) mais atividades<br />
práticas, 10ª) menor rotatividade da equipe de acompanhamento da incubadora, 11ª)<br />
mais intercâmbio com outros grupos e 12ª) assessoria gerencial.<br />
Enquanto isso, para Santos, et al. (2004 p. 1; grifos meus), a Incubadora<br />
Tecnológica de Empreendimentos Econômicos Solidários (ITEES) é uma proposta<br />
interdisciplinar com a perspectiva de construir um planejamento que procura reunir<br />
pesquisa e extensão em torno do tema da Economia Solidária, que é voltado para<br />
o atendimento das necessidades mais prementes dos excluídos [dominadosexcluídos]<br />
da sociedade e que, ao mesmo tempo, pretende responder pelos<br />
objetivos e anseios programáticos da universidade.<br />
Seguem-se dois exemplos de incubadoras (sociais) de base tecnológica: a<br />
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal do Rio<br />
de Janeiro (ITCP/UFRJ); e a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos<br />
Populares da Universidade Estadual Norte Fluminense (ITEP/UENF).
62<br />
Logo depois, fala-se brevemente da Rede Universitária de Incubadoras<br />
Tecnológicas de Cooperativas Populares (RE<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> ITCPs) .<br />
2.2.2.1 Incubadora tecnológica de cooperativas populares (UFRJ)<br />
Na definição básica do projeto de atuação da ITCP [Incubadora Tecnológica<br />
de Cooperativas Populares] estava a perspectiva de trabalhar com a<br />
organização popular autônoma, com os movimentos sociais, com as<br />
entidades próprias dos moradores, bem como com as associações, igrejas<br />
e instituições presentes no meio popular. A opção foi fortalecer o capital<br />
social existente, buscando soluções coletivas para os setores excluídos. O<br />
acesso ao mercado de trabalho exige um instrumento de caráter<br />
sociotécnico como a Incubadora, para romper o quadro de fragmentação<br />
social e de precarização do mercado de trabalho, com seus correlatos<br />
culturais de marginalização e criminalização das populações faveladas. O<br />
cooperativismo apresenta-se como o instrumento mais próximo dessa<br />
abordagem política, com uma definição precisa do seu sentido e do seu<br />
limite como empresa de trabalhadores.(BOCAYUVA, 2009 p. 4)<br />
Também para Bocayuva Cunha (2009 p. 17; grifos meus), o que aparece no<br />
centro dos desafios de montagem da infra-estrutura do meio sociotécnico inovador<br />
[a Incubadora] é: 1) superar as limitações do contexto institucional; e 2) ampliar<br />
a capacidade de atendimento aos novos públicos.<br />
O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia<br />
(COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), (COPPE, 2010 p.<br />
passim; grifos meus), [há treze anos] mantém um programa de extensão<br />
universitária denominado Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP)<br />
87 que foi concebido como um centro de tecnologia que tornaria disponíveis os<br />
conhecimentos e os recursos acumulados na universidade pública para gerar, por<br />
meio do suporte à formação e desenvolvimento (incubação) de<br />
empreendimentos solidários autogestionários, alternativas de trabalho, renda<br />
e cidadania para indivíduos e grupos em situação de vulnerabilidade social e<br />
econômica.<br />
As atividades de incubação orientadas pelos princípios do cooperativismo<br />
devem permitir: por um lado, diagnosticar e levantar necessidades<br />
socioeconômicas dos associados das cooperativas incubadas (e os respectivos<br />
programas e políticas públicas orientadas à sua satisfação); por outro lado, devem<br />
procurar mobilizar os grupos e contatar as instituições envolvidas para o<br />
efetivo acesso a direitos. (idem)<br />
87 Ver APÊNDICE "Q": Incubadora Social: exemplo 1 (ITCP/UFRJ).
63<br />
Com outro enfoque diferente daquele da UFF, conforme Santos, et al.(2004 p.<br />
4), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi pioneira na elaboração de<br />
um projeto de extensão que auxiliasse os empreendimentos de economia solidária,<br />
formando a primeira Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares do Brasil<br />
(ITCPs) - tendo outras universidades aderido a esse processo e todas formaram<br />
uma rede para a troca de experiências e ajuda mútua. O seu público alvo são<br />
empreendedores pouco qualificados, com baixa ou nenhuma capacidade técnica, e<br />
descapitalizados. Em que o duplo caráter do empreendimento cooperativo: uma<br />
empresa e uma associação de trabalhadores que articula os aspectos econômicos<br />
do negócio com as oportunidades de inserção cidadã (possuindo um modelo de<br />
gestão democrático e participativo, mais voltado para o bem comum do que para o<br />
lucro).<br />
2.2.2.2 Incubadora tecnológica de empreendimentos populares (UENF)<br />
Conforme informações obtidas por mim no site da Universidade Estadual<br />
Norte Fluminense (UENF), em 1999, foi implantada a Pró-Reitoria de Extensão e<br />
Assuntos Comunitários (PROEX) que, em seu universo de atuação, vem investindo<br />
todos os esforços e recursos (principalmente os humanos) de que dispõe para que a<br />
UENF desempenhe o papel que lhe foi conferido, qual seja: a promoção do<br />
desenvolvimento regional.<br />
De conformidade com a Resolução CONSUNI 0001 88 da UENF(2009 p. S/N;<br />
grifos meus), o Programa de Extensão Universitária atinente à Incubadora<br />
Tecnológica de Empreendimentos Populares designado por "ITEP/UENF" 89 ...<br />
(Artº1º) refere-se a empreendimentos solidários promovidos por grupos<br />
socialmente excluídos [dominados-excluídos] das formas dominantes de<br />
produção, mas com potencial para alavancar um negócio próprio, desde que<br />
encontrem apoio para qualificar suas ações na obtenção de resultados (seja pela<br />
geração de trabalho e renda, seja pela ampliação de acesso aos direitos de<br />
cidadania) 90 ... (Artº2º) visa ao aprimoramento e ampliação dos programas de<br />
extensão universitária e tem como meta a transferência de conhecimentos e<br />
tecnologias desenvolvidas em todas as áreas da ciência pela Universidade, no<br />
88 Ver ANEXO "D": UENF: Resolução CONSUNI de criação da ITEP/UENF em 2009/FEV.<br />
89 Ver APÊNDICE "R": Incubadora Social: exemplo 2 (ITEP/UENF).<br />
90 Ver APÊNDICE "S": ITEP/UENF: Programa => Função Social.
64<br />
incentivo e organização de empreendimentos populares... (Artº3º) objetivará: 1º)<br />
a transferência de metodologia de incubação de empreendimentos populares<br />
desenvolvidas pelo ITCP/COPPPE/UFRJ, em sua primeira fase; 2º) apoiar iniciativas<br />
de Incubação Tecnológica de empreendimentos populares (com responsabilidade de<br />
gerenciar o Programa de Incubadoras de Empreendimentos Populares sob a égide<br />
dos princípios da política nacional de extensão universitária - transferência de<br />
conhecimentos produzidos no ensino, na pesquisa e na extensão - e da política de<br />
extensão da UENF; 3º) criar e gerenciar sistemas de informação voltados à<br />
capacitação e monitoramento de indicadores (para o gênero empreendimentos<br />
populares); 4º) incluir novos segmentos sociais como usuários dessas tecnologias<br />
que garantam a promoção e sustentabilidade de empreendimentos populares; e 5º)<br />
gerar e divulgar conhecimentos na área de pesquisa-ação... (Artº 4º) a gestão do<br />
programa dar-se-á em conformidade com o Regimento Geral da UENF e a Pró<br />
Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UENF (PROEX) será a<br />
responsável pela gestão do Programa de Incubadora de Empreendimentos<br />
Populares 91 por meio da atuação de grupo técnico designado para implementar,<br />
analisar e empreender a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares -<br />
ITEP. (Artº 4º) o Programa poderá articular-se com instituições de financiamento, na<br />
esfera pública e privada, que apoiem o desenvolvimento de incubadoras de<br />
empreendimentos populares.<br />
Além disso, a "ITEP/UENF" deve alinhar-se com a Política Nacional de<br />
Extensão Universitária, as Metas do Plano Orientador da UENF e a Política de<br />
Extensão da UENF, atuando com base nestes seus seis princípios 92 : 1º) construção<br />
e difusão dos valores da cidadania; 2º) prioridades do local e da região; 3º)<br />
sensibilidade aos problemas sociais; 4º) superação de condições de desigualdade e<br />
exclusão; 5º) acesso às informações resultantes das pesquisas acadêmicas; e 6º)<br />
trabalho social para transformação social.<br />
Fundado no meu projeto (aprovado conforme edital 2010 de bolsas de<br />
extensão da UENF, em março de 2010, para o Programa Universidade Aberta da<br />
UENF, subprograma Empreendimentos Populares, Incubadora Tecnológica de<br />
91 Ver ANEXO "E": ITEP/UENF: Projeto institucional no organograma da PROEX.<br />
92 Ver APÊNDICE "T": ITEP/UENF: Programa => Princípios Básicos. Em que estes princípios estão<br />
subjacentes à construção da incubadora idealizada por mim na parte II desta monografia.
65<br />
Empreendimentos Populares - ITEP/UENF) e nos resultados da execução desse<br />
projeto apresentados em 20/10/2010 no VIII Workshop de Extensão da UENF, II<br />
Mostra de Extensão IFF/ UENF/ UFF, destacam-se aqui: a questão levantada por<br />
mim nesse projeto ("Como superar as limitações institucionais da UENF que são<br />
obstáculo na incubação tecnológica da construção de cooperativas populares<br />
pela ITEP?"); e o objetivo geral desse projeto (superar as limitações<br />
institucionais da UENF na ITEP.<br />
A resposta então dada àquela questão foi esta: As limitações institucionais da<br />
UENF não são obstáculo na incubação tecnológica da construção de cooperativas<br />
populares pela ITEP.<br />
Porém, essas limitações estão na própria comunidade universitária.<br />
Cujos corpos docente, discente e técnico-administrativo, com atribuições e<br />
funções diversificadas, não se unificam em torno dos objetivos e do plano<br />
estratégicos da UENF, para que esta cumpra a sua MISSÃO 93 . Essa<br />
comunidade acadêmica está dividida em laboratórios, centros e direções<br />
autocráticos (ou pseudo-democráticos), voltados para o seu próprio “umbigo”, com<br />
regras próprias, e poderes intestinos auto-instituídos e socio-destruidores.<br />
2.2.2.3 Rede de incubadoras de cooperativas<br />
O seminário propiciou o inter-reconhecimento dos atores e levou à formação<br />
da Rede de ITCPS, que aconteceu em 1998, com a participação inicial de<br />
incubadoras das seguintes universidades: Federal do Rio de Janeiro<br />
(UFRJ), Federal do Ceará (UFC), Estadual da Bahia (Salvador)(UNEB),<br />
Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), de São Paulo (USP) e Federal de<br />
Juiz de Fora (UFJF). Quando seu primeiro estatuto foi aprovado, no ano<br />
seguinte, já haviam sido integradas as incubadoras da Federal do Paraná<br />
(UFPR) e da Fundação Santo André (FSA). Logo depois da sua fundação,<br />
as incubadoras decidiram aceitar o convite da Rede Unitrabalho, para<br />
integrar-se a ela como um “programa nacional”. A Rede tornou-se então<br />
“Rede de ITCPs – Programa Nacional da Rede Unitrabalho”. (ITCPS, sd p.<br />
passim)<br />
Em 2002, a Rede de ITCPs desvinculou-se da Rede Unitrabalho, voltando a<br />
constituir uma articulação independente. De lá para cá, a Rede: multiplicou por cinco<br />
o número de incubadoras participantes; inspirou e ajudou a formar incubadoras fora<br />
do Brasil; ampliou o debate e a participação interna; consolidou-se como parte<br />
importante dos fóruns de economia solidária e do debate sobre políticas públicas na<br />
93 Missão da UENF: "Adornar-se, cultivar e ensinar a ciência e as tecnologias de ponta, que<br />
constituem o patrimônio cultural maior da humanidade, para colocá-las a serviço da modernização e<br />
do progresso econômico e social da região e do Brasil".
66<br />
sociedade e no âmbito governamental. Mas todos reconhecem que ainda há muito<br />
por fazer – depois de dez anos a Rede continua “em construção”. (idem)<br />
A Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas<br />
Populares – RE<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> ITCPs – congrega programas acadêmicos que desenvolvem<br />
atividades integradas de ensino, pesquisa e extensão que objetivam apoiar a<br />
formação e desenvolvimento de empreendimentos de economia solidária.<br />
Sobre os empreendimentos, a Rede compartilha das definições do Fórum Brasileiro<br />
de Economia Solidária (FBES). A RE<strong>DE</strong> existe para garantir a troca, o<br />
intercâmbio, o livre debate entre as incubadoras sobre as ideias, as práticas e as<br />
ações que as caracterizam, e para representá-las em todos os espaços sociais e<br />
institucionais em que isto se faça necessário. (idem)<br />
Pelo que foi dito neste subcapítulo, as próprias incubadoras sociais não têm<br />
viabilidade financeira (nem viabilidade cooperativa, nem viabilidade<br />
econômica) e estão hoje em mercados locais primários focando a sua oferta de<br />
serviços às cooperativas populares existentes informalmente - ou projetos e<br />
processos de replicação de tecnologia social (preferencialmente artesanal e<br />
reciclagem)-, principalmente "agregando valor" por assistencialismos políticos<br />
e por benesses universitárias em seus espaços.<br />
Em seus processos de incubação, essas incubadoras promovem o<br />
desenvolvimento cooperativo e social, integrando o setor privado, o setor público e<br />
as universidades na forma de "cooperativas", e sua "graduação". Para tudo isso e no<br />
intuito de que os empreendedores façam negócios ruins ou medíocres através de<br />
cooperativas (em que a renda mensal de um empreendedor fica abaixo do saláriomínimo<br />
vigente), essas incubadoras procuram projetar, localizar, ensinar, formar e<br />
engajar uma "ruindade e mediocridade empreendedora" através de integração por<br />
redes de tecnologia e solidariedade sociais (primárias).<br />
Eu considero que a ITEP/UENF - que adotou inicialmente o método replicado<br />
pela ITCP/UFRJ - evoluiu, mas apenas no próprio nome dado às incubadoras de<br />
"pobres", de "cooperativas populares" para "empreendimentos populares" (que eu,<br />
obviamente, não adotarei) e ao adotar os seis princípios já aqui referidos no<br />
exemplo dado (e que eu adotarei).
67<br />
2.2.3 Incubadoras Virtuais<br />
Queremos por meio da incubação virtual expandir com sustentabilidade e<br />
consistência nossas ações em benefício do empreendedorismo e do<br />
desenvolvimento local, missão da nossa incubadora.(MARQUES, 2008)<br />
apud (LÓSSIO, 2010 p. s/n)<br />
Mais que um querer, e hoje já é possível, um empreendedorismo para<br />
desenvolvimento local, sustentável e consistente.<br />
Isso porque, repetindo aqui Lóssio (2010 p. s/n; grifos meus):<br />
Entre as ferramentas que estão em implementação para viabilizar e<br />
fomentar o modelo de incubação virtual estão o desenvolvimento de um<br />
portal corporativo e colaborativo, além da implantação de um sistema<br />
integrado de gestão, que pretende dar apoio aos negócios ligados a<br />
incubadora nesta modalidade.<br />
Além disso, o detalhe essencial de uma incubadora virtual, segundo a<br />
ANPROTEC e SEBRAE (2002) apud Gurgel (2004 p. 110; grifos meus), é que ela<br />
"apoia somente empreendedores e empresas localizadas fora do seu espaço<br />
físico [da incubadora], por meio de um atendimento integrado e diferenciado".<br />
Quer esse tipo de empreendedorismo (sustentável e consistente), quer um<br />
portal corporativo (não vertical como as modernas corporações capitalistas ou<br />
cooperativas, mas horizontal abrangendo uma determinada região delimitadora de<br />
vários locais nesta confinados), quer um sistema integrado de gestão desse portal,<br />
quer a localização dos "incubados" (empreendedores, empreendimentos e<br />
processos sociais) fora do espaço físico da incubadora virtual, tudo está subjacente<br />
ao esboço da incubadora idealizada por mim na parte II desta monografia.<br />
2.2.4 Incubadoras Complexas<br />
Uma das condições fundamentais para a evolução positiva seria as forças<br />
emancipadoras inerentes à ciência e à técnica poderem superar as forças<br />
de morte e de servidão. Os desenvolvimentos da tecnociência são<br />
ambivalentes. Encolheram a Terra e deram condição imediata de<br />
comunicação a todos os pontos do globo, proporcionaram meios para<br />
alimentar todo o planeta e para assegurar a todos os seus habitantes um<br />
mínimo de bem-estar, mas, ao contrário, criaram também as piores<br />
condições de morte e de destruição. Os seres humanos servem-se das<br />
máquinas, que escravizam energia, mas são, ao mesmo tempo,<br />
escravizados por elas. (MORIN, 2000 p. 74; grifos meus)<br />
Nesse "encolher" do planeta Terra e nessa "servidão/escravidão" de<br />
"humanos/máquinas", ainda com Morin (2000 p. 38; grifos meus), o ser humano e a<br />
sociedade humana são unidades complexas multidimensionais de interação<br />
[antrópica real-virtual-digital] do que é biológico [eu digo, bio-físico-químico],
68<br />
psíquico, social, afetivo e racional (comportando as dimensões histórica,<br />
econômica, sociológica, religiosa).<br />
Em termos daquela dimensão bio-físico-química, não devemos olvidar a<br />
Hipótese Gaia, segundo a qual a própria "Terra deveria ser considerada como<br />
um organismo vivo" 94 .<br />
Em termos daquela dimensão histórica, o “progresso”, segundo Popper<br />
(1945 pp. 234, 236; grifos meus):<br />
É o resultado do movimento no sentido de alguma espécie de fim que<br />
existe para os seres humanos, que a “História” não pode fazer, e que só<br />
aqueles podem fazê-lo, muito melhor, à medida que se tornem mais<br />
completamente cônscios do fato que o progresso fica por conta dos<br />
seres humanos, de sua vigilância, de seus esforços, da clareza com<br />
que concebem seus fins e do realismo de sua escolha.<br />
Em termos daquela dimensão econômica, agora parafraseando Dowbor (1996<br />
p. 6; grifos meus), o grande argumento é que o espaço pequeno não é 'viável',<br />
quando, na realidade, a mesma dinâmica que nos levou aos espaços globais nos<br />
fornece as tecnologias para a reconstituição de uma humanidade organizada em<br />
torno a comunidades que se reconhecem internamente, mas também interagem,<br />
comunicam com o resto do mundo, participam de forma organizada de espaços mais<br />
amplos.<br />
Em termos daquela dimensão sociológica 95 :<br />
É o próprio conceito de nação que tem de ser revisto. A expressão e<br />
vivência do sentimento de identidade é absolutamente vital para o ser<br />
humano, e esta identidade é com um grupo, com tradições, com valores,<br />
com uma língua ou um dialeto, com roupas, com cultura no sentido amplo;<br />
não se materializa necessariamente na existência de um exército, de uma<br />
polícia política e de guardas nas fronteiras. E não se vê necessariamente<br />
afetada pelo tipo de aparelho de música ou pela marca do carro<br />
utilizado.(DOWBOR, 1996 p. 4; grifos meus)<br />
Ao que acrescenta Dowbor (1996 p. 6; grifos meus), que ultrapassando a<br />
tradicional dicotomia entre o Estado [e as auto-intituladas igrejas] e a empresa [e<br />
94 Ver GLOSSÁRIO.<br />
95 O fato de se rever o próprio conceito de "nação", implica a concomitante revisão histórica<br />
(normalmente refletindo a "verdade dos vencedores e dominadores") e revisão religiosa (normalmente<br />
revelando doutrinas hegemônicas que ferem os próprios fundamentos e verdades das respectivas<br />
religiões ou fontes escritas - nomeadamente o judaísmo, o cristianismo e o islamismo)
69<br />
famílias], o público e o privado, o individual e o coletivo, surge com força o espaço<br />
público comunitário, e as nossas opções se enriquecem 96 .<br />
Em termos daquela dimensão religiosa :<br />
[...] Certo ou errado, o homem moderno colocou seu interesse num<br />
destino sem limites, além de si mesmo. E todos nós começamos agora a<br />
explorar e conquistar aquele futuro. Esperança num futuro ilimitado: as<br />
duas características essenciais de uma religião. (CHARDIN, 1939 p. 160)<br />
apud (SILK, 1978 p. 191; grifos meus)<br />
Assim, tendo em mente aquelas "dimensões" bio-físico-química, histórica,<br />
econômica, sociológica e religiosa, voltando a Morin (2000 pp. 38-39; grifos meus),<br />
deve-se promover a “inteligência geral”, apta a referir-se ao complexo, ao<br />
contexto, de modo multidimensional e dentro da concepção global, e não se<br />
deve isolar uma parte do todo nem as partes umas das outras.<br />
Entretanto, para Carvalho, et al. (2004 p. 287; grifos meus), cada vez mais se<br />
consolida, na ciência geográfica e na economia regional, a necessidade de se<br />
analisar os fenômenos 97 sócio-econômicos em seu contexto espacial, por meio de<br />
uma visão global e integrada - essa tendência viu-se facilitada e influenciada pelo<br />
desenvolvimento da análise de sistemas, o qual permitiu que grande parte daqueles<br />
fenômenos pudessem ser expressados, no seu contexto espacial, como conjuntos<br />
de elementos e relações, integrados em sistemas.<br />
Ora, no desenvolvimento da tecnociência - atual, a NANOtecnologia, e,<br />
tendencial, a PICOtecnologia 98 , em que a tecnologia e a ciência, principalmente<br />
pelas tecnologias de informação e de comunicação (TIC's), bem como pelas ciências<br />
computacionais e engenharia de computação (hardware/software), "encolheram" o<br />
"mundo antrópico real-virtual" e, portanto, permitem que hoje se possa moldar um<br />
"mundo antrópico real-virtual ao mesmo tempo finitamente grande e finitamente<br />
pequeno, num só espaço-tempo".<br />
Esse "molde" pode ser feito por meio de instalações físicas 'comedidas',<br />
máquinas, utensílios e equipamentos 'inteligentes' e aplicações informáticas<br />
'sofisticadas', formando um todo "complexo", dividido excludente e<br />
96 Na excelente formulação do relatório das Nações Unidas, 'Na prática, tanto o Estado como o<br />
mercado são frequentemente dominados pelas mesmas estruturas de poder. Isso sugere uma<br />
terceira opção mais pragmática: que o povo deveria controlar tanto o Estado como o mercado, que<br />
precisam trabalhar articulados, com as populações recuperando suficiente poder para exercer uma<br />
influência mais efetiva sobre ambos'. (DOWBOR, 1996 p. 6; grifos meus)<br />
97 Ver GLOSSÁRIO.<br />
98 Ver APÊNDICE "U": Fatores (unidades SI): Potências e Prefixos-Padrão.
70<br />
complementarmente em um hemi-complexo "finitamente grande" e em outro hemicomplexo<br />
"finitamente pequeno". 99<br />
Mais especificamente, pode-se tanto encolher um local (ou locais) ou uma<br />
região ou nação ou nações ou continentes ou oceanos ou o próprio planeta ou o<br />
próprio sistema solar, ou o próprio cosmos, como (re)produzir ou (re)fragmentar<br />
qualquer elemento ou processo incubados.<br />
Mas há que fazê-lo sempre numa perspectiva topo-antropocêntrica, isto é,<br />
uma perspectiva a partir do ser humano complexo e direcionado, quer como<br />
indivíduo, quer como sociedade humana (ou homo-antropo sociedade), integrados<br />
num ecossistema existente sem e com intervenção antrópica.<br />
Assim, as incubadoras tecnológicas são incubadoras complexas<br />
(virtuais e digitais).<br />
Nelas, os empreendedores complexos reais são devidamente<br />
(re)indentificados, (re)educados e (in)formados, decidem e comunicam, livre e<br />
responsavelmente, sobre os seus próprios caminhos e empreendimentos, tudo de<br />
forma intuitiva, afetiva, racional, virtual e digital, e de maneira efetiva, eficaz,<br />
eficiente e transparente.<br />
Por isso, no estado da arte para "incubadoras tecnológicas" 100 , a minha<br />
opção é pelas "incubadoras complexas"!<br />
Em detrimento das "incubadoras empresariais" e das " incubadoras sociais",<br />
que forçam e alimentam um mundo antrópico, enviesando-o a partir de suas<br />
posições, respectivamente, de promoção e reconhecimento da superioridade dos<br />
"empreendedores empresariais" e de promoção e reconhecimento de inferioridade<br />
dos "empreendedores sociais".<br />
Neste ponto, atinge-se o segundo objetivo específico desta monografia!<br />
99 Ver APÊNDICE "V": Incubadora tecnológica: incubadora complexa.<br />
100 Rever APÊNDICE "O": Estado da arte: incubadoras tecnológicas (e minha 2ª opção).
71<br />
2.3 METODOLOGIAS <strong>DE</strong> INCUBAÇÃO<br />
O fato importante é que a economia global não existe no ar, enraíza-se em<br />
"pólos" concretos [reais]. Por outro lado, muda a composição técnica da<br />
produção, com maior peso para serviços. Outro fator importante, reforçase<br />
o tecido de cidades médias ou grandes, que assumem boa parte do<br />
papel de centro de bacia econômica, mudando o contexto nacional de<br />
reprodução econômica das metrópoles [multicentralização]. Assim as<br />
metrópoles passam a desempenhar um novo papel, devendo redefinir os<br />
seus espaços.(DOWBOR, 1996 p. 4; grifos meus)<br />
Quanto ao "enraizamento" real e à "redefinição dos espaços" atuais, pelo que<br />
se viu aqui no estado da arte para empreendedores empresariais, a falta de<br />
orientação e capacitação para materializar os objetivos na forma de uma<br />
empresa é a primeira dificuldade dos futuros empresários (no ambiente empresarial)<br />
que legitima a importância das incubadoras.<br />
Além disso, os empreendedores sociais podem ser representados por<br />
núcleos de pesquisa e empresas incubadoras (no ambiente sócio-empresarial).<br />
Porém, optei firme e irrevogavelmente pelo "empreendedor complexo" a quem<br />
- para melhor fundamentar a minha proposta exarada na parte II desta monografia-,<br />
acrescentarei alguns pontos "retirados' daqueles outros dois tipos de<br />
empreendedores humanos.<br />
Dada essa importância das incubadoras, em geral, e uma vez que "a<br />
economia global não existe no ar" e há necessidade de "multicentralização" (ou rede<br />
de centros locais e regionais), no estado da arte para incubadoras empresariais,<br />
cada uma destas incubadoras integradas por redes tecnológicas temáticas de<br />
ponta, mesmo sendo, financeiramente, um "negócio inviável", é um mecanismo,<br />
em forma de organização complexa, numa estrutura física com espaços físicos<br />
individualizados e espaços físicos para uso compartilhado, capacitação,<br />
formação e<br />
treinamento de empresários empreendedores, nos principais<br />
aspectos gerenciais 101 , oferece assessoramento 102<br />
laboratórios e bibliotecas 103 .<br />
e permite o acesso a<br />
101 Gestão empresarial, gestão da inovação tecnológica, comercialização de produtos e serviços no<br />
mercado doméstico e externo, contabilidade, marketing, assistência jurídica, captação de recursos,<br />
contratos com financiadores, gestão da inovação tecnológica, engenharia de produção e propriedade<br />
intelectual.<br />
102 Gerencial, jurídico, administrativo, de comunicação e tecnológico.<br />
103 De universidades e instituições que desenvolvam atividades tecnológicas.
72<br />
Além disso, no estado da arte para incubadoras sociais, cada uma destas<br />
incubadoras integradas por redes de tecnologia e solidariedade sociais<br />
primárias, mesmo sendo também um "negócio inviável", financeira e em forma de<br />
cooperativa, tem a sua atividade relacionada com "grupos populares", aos quais a<br />
"democratização dos saberes" estende, socializa e transfere recursos<br />
intelectuais e meios técnicos - revertendo os esquemas das trajetórias clássicas<br />
de incubação voltadas para as empresas de base tecnológica (as já referidas<br />
"incubadoras empresariais") e contribuindo para ordenar o quadro confuso da<br />
disputa sobre os rumos que devem tomar as iniciativas dispersas de capacitação<br />
para o trabalho, até agora realizadas de forma pouco sistemática e menos<br />
consistente.<br />
Por isso, optei pela "incubadora complexa", a um tempo "virtual e digital", à<br />
qual, para melhor fundamentar a minha proposta exarada na parte II desta<br />
monografia, acrescentarei alguns pontos "retirados' daqueles outros dois tipos de<br />
incubadoras tecnológicas.<br />
Destarte, neste subcapítulo 104 esforcei-me ainda para entender estes dois<br />
tipos de incubação "tecnológica" mais divulgados, ambos voltados para o "mercado":<br />
incubação de empresas (desenvolvendo uma "nata empreendedora") ou incubação<br />
de cooperativas (forçando à "coletivização empreendedora").<br />
E, dada a "forma complexa" das incubadoras tecnológicas (principalmente<br />
as "instaladas" em universidades), evidenciei este terceiro tipo, ainda como novidade<br />
deduzida aqui por mim: a<br />
incubação complexa, ou seja, o caminho (com<br />
metodologia, métodos e modelos complexos) de integração sistêmica cosmotopo-geo-(a)bio-antropo,<br />
imprescindível à construção de uma outra sociedade<br />
efetivamente humana, ética, democrática e responsável.<br />
2.3.1 Incubação de Empresas<br />
[...] o processo de incubação consiste em fornecer inputs para as empresas<br />
incubadas para sua maturação, alcançando como output empresas<br />
graduadas de sucesso, que gerarão riqueza e inovação. Os inputs seriam<br />
ajuda na obtenção de financiamentos, recursos para auxiliar na gestão<br />
da empresa incubada, serviços de marketing, entre outros. O processo<br />
de transformação consiste na maturação das empresas incubadas. E os<br />
outputs são empresas aptas a lidar com o mercado. (LALKAKA, 2003)<br />
apud (BERNABÉ, et al., 2010 p. 3; grifos meus),<br />
104 Ver APÊNDICE "W": Estado da arte: metodologias de incubação (e minha 3ª opção).
73<br />
Segundo Zablocki (2007 pp. 1305-1312; grifos meus), esse processo de<br />
incubação envolve estas cinco etapas: 1ª) mobilizar um núcleo de pessoas<br />
comprometidas com o processo de incubação; 2ª) trabalho preliminar (estudo de<br />
viabilidade do processo de incubação, edificação de suporte, identificar e<br />
sistematizar stakeholders - partes interessadas -, identificar e sistematizar possíveis<br />
nichos de atuação); 3ª) determinar a estrutura básica da incubadora; 4ª) definir o<br />
conjunto de serviços a prestar pela incubadora; e 5ª) elaborar plano estratégico<br />
(integrador, coerente e multifásico).<br />
Enquanto isso, para Dornelas (2002 p. 21; grifos meus), um [sub]processo de<br />
seleção [como parte desse processo de incubação] deve servir para avaliar,<br />
recomendar e selecionar as melhores empresas para a incubadora, pois não é<br />
porque uma incubadora não tem fins lucrativos e é destinada a amparar negócios<br />
em estágio inicial que deve agir como uma entidade filantrópica.<br />
E, segundo a ReINC (2001) apud Ribeiro, et al.(2008 p. 81; grifos meus),<br />
deve-se perseguir um melhor desempenho dentro dos circuitos críticos 105 ,<br />
uma vez que estes são cruciais para a obtenção de boas performances em relação<br />
às metas almejadas.<br />
Entretanto, para Ribeiro, et al. (2008 p. 74; grifos meus), esse processo de<br />
incubação de empresas resulta no desenvolvimento econômico local e regional<br />
pela nacionalização de tecnologia e geração de emprego e renda.<br />
Adicionalmente, também para Ribeiro, et al. (2008 p. 74; grifos meus), os<br />
programas tecnológicos enfatizam que a incubação de empresas tem por objetivo<br />
promover o desenvolvimento científico, tecnológico e social, através da<br />
transferência de conhecimento e tecnologia da sua principal fonte de geração – a<br />
universidade – para o setor produtivo, integrando o setor privado, o setor<br />
público e as universidades na forma de empreendimentos.<br />
Segue um exemplo de metodologia de incubação de empresas: o modelo de<br />
gestão para a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da UFF (IEBTUFF). 106<br />
105 Esses circuitos críticos são virtuosos e entendam-se como interconexões (ou interfaces)<br />
específicas, de indicadores e processos, que são as de maior alavancagem (melhor relação<br />
investimento/custo e resultados desejados) em cada caso. (RIBEIRO, et al., 2008 p. 82)<br />
106 Ver APÊNDICE "X": Incubação Empresarial: exemplo (IEBTUFF).
74<br />
2.3.1.1 Modelo de gestão da Incubadora de empresas da UFF (Niterói)<br />
Segundo Ribeiro, et al.(2008 p. 78), o modelo de gestão para a Incubadora de<br />
Empresas de Base Tecnológica da UFF (IEBTUFF) foi construído em diferentes<br />
fases e etapas, através de parcerias, principalmente com a Rede de Incubadoras,<br />
Pólos e Parques Tecnológicos do Rio de Janeiro (ReINC), tendo, durante os anos de<br />
2000 e 2001, a IEBTUFF, juntamente com mais sete incubadoras 107 , participado do<br />
primeiro projeto de “Modelo de Gestão para Incubadora de Empresas: uma<br />
estrutura de indicadores de desempenho” (proposto pela ReINC e implementado<br />
pelas incubadoras vinculadas à rede). Conforme a ReINC (2001) apud Ribeiro, et<br />
al.(2008 p. 78), as premissas desse 1º projeto foram: a busca contínua da<br />
excelência; a utilização da metodologia Balanced Scorecard (BSC) como ferramenta<br />
de apoio à decisão e ao aprendizado; processos focados no cliente e em<br />
conformidade com o padrão ISO 9000; avaliação do desempenho, baseada nos<br />
critérios de excelência do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ); e o uso intensivo de<br />
tecnologia da informação.<br />
Também para Ribeiro, et al.(2008 pp. 78, 82; grifos meus), no primeiro<br />
trimestre de 2004, a IEBTUFF, numa parceria com a ReINC, a RE<strong>DE</strong>TEC e a<br />
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e apoio financeiro do SEBRAE-RJ)<br />
aderiu ao segundo Projeto “Modelo de Gestão para Incubadoras de Empresas do<br />
Rio de Janeiro: Gestão por projetos, mapeamento de processos de gestão e<br />
medição de indicadores de desempenho” - também proposto pela ReINC - cujo<br />
objetivo foi estabelecer um MO<strong>DE</strong>LO <strong>DE</strong> GESTÃO para as incubadoras associadas<br />
à ReINC - suportado por ferramentas tecnológicas que facilitassem o processo de<br />
gestão pelas suas equipes gerenciais - configurado nestes três pilares básicos:<br />
gestão por projetos; mapeamento de processos de gestão; e medição de<br />
indicadores de desempenho 108 .<br />
107 Oito incubadoras tecnológicas vinculadas a Institutos de Pesquisa (28,5%) e a Universidades -<br />
públicas e privadas ( em torno de 71,4%): 1) Incubadora Tecnológica de Empresas da<br />
COPPE/UFRJ; 2) Incubadora Tecnológica da PUC - Rio; 3) Incubadora de Empresas do Instituto<br />
Politécnico da UERJ; 4) CEFET Rio (Atual IFF Rio); 5) Incubadora de Empresas do INT; 6)<br />
Incubadora de Empresas do INMETRO; e 7) Incubadora do Núcleo Serrasoft. (RIBEIRO, et al., 2008<br />
p. 84)<br />
108 As atividades realizadas geram indicadores de desempenho que traduzem a eficácia, efetividade e<br />
eficiência de gestão de todo o sistema. (RIBEIRO, et al., 2008 p. 82)
75<br />
Ainda para Ribeiro, et al.(2008 p. 81): a metodologia BSC no 1º projeto<br />
(2001-2002) 109 , era recente na gestão de processos e sua utilização na gestão de<br />
incubadoras tinha um caráter pioneiro; e a escolha dessa metodologia, em<br />
detrimento de outras existentes, residiu no fato de ser o BSC uma metodologia<br />
flexível e adaptável à realidade de diferentes organizações.<br />
Continuando com Ribeiro, et al.(2008 p. 83), ao mesmo tempo daquele 2º<br />
projeto da IEBTUFF, um dos primeiros trabalhos elaborados foi adaptar uma<br />
ferramenta 110 e montar o Diagrama de Sistema da Incubadora 111 , baseado no seu<br />
Plano de Negócios.<br />
Seguindo ainda com Ribeiro, et al.(2008 p. 85; grifos meus), devido à<br />
abrangência e amplitude da missão, visão e dos objetivos estratégicos da IEBTUFF,<br />
aliada à inexperiência da sua equipe com a metodologia e as ferramentas, o modelo<br />
de gestão da IEBTUFF foi sendo construído de forma simples, mas não<br />
sistêmica - apesar dos esforços empreendidos -, pois, nesse período, não havia<br />
recursos para pagar consultores e/ou especialistas que pudessem coordenar esta<br />
implantação na incubadora e desenvolver o sistema.<br />
A meu ver, esse modelo para gerir a incubação de melhores empresas tenta<br />
desenvolver e maturar uma "nata empreendedora" para competir nos "mercados"<br />
local, regional e global.<br />
2.3.2 Incubação Social ou Incubação de Cooperativas de "Pobres"<br />
As inovações tecnológicas são muito variadas, mas, uma vez<br />
aperfeiçoadas, tendem a ser padronizadas e patenteadas. Inovações<br />
sociais, como as que compõem a economia solidária, obviamente não<br />
podem ser patenteadas. Elas são como o software livre: seu código é<br />
aberto e os usuários podem modificá-las à vontade. Por isso, cada<br />
cooperativa apresenta peculiaridades e cada incubação tem características<br />
próprias, que desafiam qualquer tentativa de padronização. Cada<br />
incubação é um processo interativo entre dois agrupamentos: os<br />
trabalhadores que buscam a sua maneira de praticar a autogestão e os<br />
incubadores, geralmente estudantes universitários, que procuram ajudar,<br />
mas não podem deixar de apreender. (BOCAYUVA CUNHA, et al., 2007b p.<br />
6; grifos meus)<br />
109 Ver ANEXO "F": Estrutura BSC p/ IEBTUFF (Esq) e suas Incubadas (Dir).<br />
110 (NEVES, 2004) apud (RIBEIRO, et al., 2008 p. 82)<br />
111 Ver ANEXO "G": Sistema de Incubação da UFF (IEBTUFF).
76<br />
Para Bocayuva Cunha (2009 p. 16; grifos meus) 112 , o conceito de incubação<br />
vem sendo desenvolvido por meio do debate com a Rede de Incubadoras<br />
Tecnológicas das universidades e deve levar em conta o acúmulo obtido pelo<br />
referencial metodológico da ITCP/COPPE [UFRJ]. Acrescenta Bocayuva Cunha, et<br />
al.(2009 p. 28; grifos meus) que a metodologia de incubação foi reconhecida como<br />
uma tecnologia social e sua reaplicação em escala incentivada através da Rede de<br />
Tecnologia Social (RTS) - que lançou o Edital em 2005 com esta definição:<br />
...a incubação e apoio a empreendimentos solidários [ITES] é uma<br />
metodologia de ensino, aprendizagem e transferência de tecnologia de<br />
gestão para a criação de empreendimentos, valorizando a autogestão e a<br />
inclusão social. O processo envolve a dimensão do letramento e acesso<br />
ao conhecimento e tecnologia.<br />
Para além disso, também para Bocayuva Cunha, et al. (2007b p. 39; grifos<br />
meus), os referenciais teóricos da educação popular<br />
113<br />
orientam os<br />
procedimentos de assessorias e formações - enquanto ações políticopedagógicas<br />
-,<br />
em que o diálogo é o elemento central no processo de<br />
interação entre saberes e práticas cotidianas de trabalho e vivência dos<br />
grupos incubados, estabelecendo nexos entre ação-reflexão-ação. Um<br />
percentual relevante de incubadoras adota como procedimento de metodologia - que<br />
pode compreender diversas etapas - estas ações: diagnóstico participativo;<br />
formação em cooperativismo e em economia solidária; planejamento participativo;<br />
elaboração de plano de negócios; e assessorias (contábil, jurídica, econômica,<br />
informática e outras).<br />
Para (SANTOS, et al., 2004 p. 5; grifos meus), há necessidade de<br />
potencializar um processo de sensibilização da comunidade acadêmica em<br />
relação à economia solidária que precede a implementação, propriamente dita, da<br />
incubadora. Para tanto pensou-se em três momentos distintos e relacionados: 1º)<br />
constituição do núcleo interdisciplinar (professores e alunos) que responderá pela<br />
ITEES e que será responsável pelo planejamento final e metodologia da mesma; 2º)<br />
lançamento e divulgação da ITEES, que implica a informação e qualificação para os<br />
acadêmicos interessados em se inserirem no processo, bem como na socialização<br />
112 Notas sobre os bloqueios do cooperativismo popular e novos esforços de aperfeiçoamento da<br />
ação da Incubadora (Nota 2).<br />
113 Tendo por base, sobretudo, os conceitos formulados por Paulo Freire (2001) apud (BOCAYUVA<br />
CUNHA, et al., 2007b p. 39).
77<br />
do projeto com a sociedade; e 3º) Implementação da incubadora, que compreenderá<br />
na seleção dos grupos incubados, formação das equipes de incubagem e execução<br />
da metodologia prevista pelo núcleo interdisciplinar.<br />
Segue um exemplo de metodologia de incubação de cooperativas: a<br />
metodologia e o modelo de gestão para a Incubadora Tecnológica de Cooperativas<br />
Populares da UFRJ (COPPE/ITCP). 114<br />
2.3.2.1 Metodologia e modelo de incubação da UFRJ para cooperativas<br />
As metodologias de incubação (das várias incubadoras) não são<br />
uniformes, e respeitam a diversidade das realidades locais, das<br />
condições institucionais e dos olhares teórico-científicos dos<br />
membros de cada programa. (ITCPS, sd p. passim; grifos meus)<br />
Segundo informações obtidas diretamente por mim do site da ITCP, (COPPE,<br />
2010 p. passim; grifos meus), ao desenvolver a primeira metodologia de incubação<br />
voltada para empreendimentos formados por trabalhadores oriundos de setores<br />
considerados socialmente vulneráveis e desfavorecidos dentro da estrutura social<br />
dominante, a ITCP tinha como desafio planejar e implementar ações que<br />
promovessem, ao mesmo tempo, o crescimento de uma cooperativa como<br />
empreendimento econômico e a emancipação política e social dos seus<br />
associados.<br />
Conforme Bocayuva Cunha (2009 p. 9), a metodologia de incubação da UFRJ<br />
para cooperativas populares segue estes seis passos: 1) formação e<br />
aperfeiçoamento contínuo da equipe interdisciplinar da Incubadora (com qualificação<br />
para atuação social e técnico-científica, incluídas as exigências pontuais no plano<br />
jurídico e na atuação junto aos mercados de trabalho e na produção de bens e<br />
serviços); 2) identificação das demandas comunitárias para a formação de<br />
cooperativas populares; 3) análise de viabilidade econômica das iniciativas e<br />
empreendimentos (a partir das potencialidades presentes na comunidade,<br />
combinando capital social e conhecimentos específicos); 4) aperfeiçoamento, passo<br />
a passo, do cooperativismo (desenvolvimento do projeto da empresa cooperativa<br />
voltada para o mercado, elaboração de estatutos e regimento interno, constituição<br />
de fundo, realização de assembléias, processo associativo, construção da direção,<br />
organização e construção de infra-estrutura e fundação/legalização); 5) pesquisa e<br />
114 Ver APÊNDICE "Y": Incubação Social: exemplo (COPPE/ITCP/UFRJ).
78<br />
prospecção econômica para a atuação das cooperativas; 6) treinamento técnico da<br />
mão-de-obra para as atividades requeridas; 7) organização jurídica, contábil e<br />
administrativa das cooperativas; 8) acompanhamento e assistência técnicoadministrativa<br />
(para os projetos e atividades desenvolvidas pelas cooperativas<br />
populares). 115<br />
Voltando ao site da UFRJ/COPPE/ITCP, (COPPE, 2010 p. passim; grifos<br />
meus), essa metodologia de incubação da Incubadora Tecnológica de Cooperativas<br />
Populares (ITCP) foi pensada por meio de dois tipos de racionalidade - que precisam<br />
estar articulados nas atividades realizadas junto a cooperativas populares e que<br />
definem as duas principais vertentes do trabalho de incubação - ou eixos de áreas<br />
específicas de ação da incubação: I) viabilidade cooperativa em que, neste eixo,<br />
busca-se desenvolver atividades que visam ao desenvolvimento da cooperativa<br />
como organização social e política, tendo como diretrizes de trabalho os princípios<br />
do cooperativismo popular; II) viabilidade econômica, em que, neste eixo, a<br />
cooperativa popular é, a um só tempo, uma organização social e também um<br />
empreendimento econômico e, como tal, tem por objetivo viabilizar a realização do<br />
trabalho de seus membros de forma sustentável e valorizada na sociedade.<br />
Continuando conectado ao site da UFRJ/COPPE (idem), estes são os tempos<br />
do processo de incubação, nos quais as atividades desenvolvidas pela ITCP junto<br />
aos grupos, ao longo dos três anos e meio previstos para conclusão do processo de<br />
incubação na metodologia da ITCP, podem ser compreendidos, ou quatro grandes<br />
fases: FASE 0, seleção e sensibilização (os primeiros passos do processo de<br />
incubação são difundir a proposta de ação da incubadora, selecionar os grupos que<br />
serão incubados e sensibilizá-los a respeito do processo de incubação); FASE I,<br />
construindo o projeto ou "sonho cooperativo" (o principal objetivo desta fase é<br />
que os grupos recém-selecionados possam construir seu Projeto Cooperativo,<br />
visualizando suas metas e os meios para alcançá-las, discutindo e incorporando a<br />
necessidade de ações específicas e a forma de monitorar e avaliar seu<br />
desenvolvimento como organização social e empreendimento econômico); FASE II,<br />
desenvolvimento do projeto cooperativo (execução, avaliação e eventual<br />
correção do projeto cooperativo, respeitando as metas e os prazos planejados);<br />
115 Eu escrevi 6 passos. Aqui, para melhor explicitação, o "passo 5" foi desmembrado em 5, 6 e 7; e o<br />
"passo 6" virou 8.
79<br />
FASE III, expansão do projeto cooperativo (como sinal de incubação bem<br />
sucedida, a ITCP considera o fato de poder desenvolver uma fase onde a partir do<br />
seu projeto cooperativo o grupo consiga a expansão dos princípios cooperativos e<br />
das ações econômicas do empreendimento a um entorno social de maior escala);<br />
FASE IV, graduação e autonomia da cooperativa (nesta FASE FINAL, deve se<br />
aplicar o conhecimento acumulado durante todo o processo de incubação, corrigindo<br />
eventuais dificuldades e desenvolvendo ferramentas para a posterior trajetória da<br />
cooperativa (plano de negócios tri-anual, manual de gestão da cooperativa, mapa de<br />
parceiros) - trata-se também de avaliar se a cooperativa está em condições de<br />
"andar com suas próprias pernas" e, portanto, sair graduada do processo de<br />
incubação.<br />
Há um Sistema Integrado de Gestão (SIG) 116 que se aplica à incubadora e<br />
ao seu processo de incubação, e é composto por dois sistemas integrados: o<br />
Sistema de Gestão de Cooperativas (SIG-COOP) que visa dar suporte para a<br />
gestão de cooperativas populares no que se refere, entre outros aspectos, à<br />
administração, à contabilidade, aos recursos humanos, aos estudos de viabilidade<br />
econômica, aos planos de negócios, ao aocontrole de assembleias (um dos<br />
objetivos do módulo é democratizar o acesso à informação, por meio de uma base<br />
de dados simples, para todos os membros da cooperativa); e o Sistema de Gestão<br />
da Incubadora (SIG-ITCP), destinado a gestão dos projetos e convênios firmados<br />
pela incubadora, provendo para cada projeto seu plano de trabalho, gestão de<br />
recursos e resultados esperados. Este, por sua vez, é composto por dois módulos :<br />
o Sistema de Gestão da Incubação (SIG-INC), como área de atividade que visa a<br />
sistematização do plano de trabalho da equipe de Incubação (reunindo o<br />
planejamento de todas as atividades, sua execução, recursos necessários e<br />
resultados esperados); e o Sistema de Gestão de Indicadores (SIG-IND) para<br />
monitoramento e avaliação dos empreendimentos e do processo de incubação<br />
(permite o monitoramento das atividades e resultados, fornecendo dados para a<br />
avaliação do trabalho realizado e para a elaboração de estratégias no enfrentamento<br />
da realidade encontrada).<br />
116 Disponível em: http://www.cooperativismopopular.ufrj.br/sistema_cooperativa.php. Acesso em<br />
23/ago/2010.
80<br />
A meu ver, essa metodologia e modelo de incubação de melhores<br />
cooperativas (de pobres), além de forçar uma "forma de organização em<br />
cooperativa", desenvolve e matura uma "mediocridade empreendedora" para entrar<br />
nos "mercados" local, regional e global, mediante um "comércio justo".<br />
2.3.3 Incubação Complexa<br />
Muitas vezes, supõe-se que os fatos são conhecidos quando na verdade<br />
não o são, pelo que o enquadramento exige que o formulador do modelo<br />
selecione ou isole do ambiente total os aspectos da realidade que são<br />
relevantes para cada situação. (MOORE, et al., 2005 p. 36; grifos meus)<br />
Adicionalmente, para que ocorra uma convergência técnico-científica, esse<br />
formulador deve considerar que, conforme Palavizini (2006 p. 130) apud Sandes-<br />
Sobral (2008 p. 95; grifos meus), uma dimensão [de desenvolvimento local ou<br />
regional ou territorial ou global] identifica-se caracterizando-a de forma a reconhecer<br />
os seus pares de contraditório ou seus elementos que estão em tensão ou<br />
conflito e, a partir desse reconhecimento, propor-se um terceiro fator (chamado de<br />
fator T) que está em outra dimensão (e que emerge da relação entre aqueles pares<br />
de contraditório) oferecendo um caminho de mediação e relação entre essas<br />
duas dimensões.<br />
Contudo, um "modelo de construção de dimensões complexas do ambiente",<br />
segundo Silva 117 (2002) apud Sandes-Sobral (2008 p. 98; grifos meus), apresenta<br />
as várias teorias modernas sobre as diferentes lógicas que compõem o raciocínio<br />
complexo. Segundo Sandes-Sobral (2008 p. 98; grifos meus), este é um raciocínio<br />
118 dialógico, difuso e estratégico, considerando-se a linha do tempo dada pelo<br />
passado, presente e futuro (enquanto dimensões da realidade), e cada um com<br />
sua lógica de acontecimentos.<br />
Ora, a ordem natural [e "responsabilidade"] - nessa complexidade de<br />
realidade, de ambientes e de dimensões -, parafraseando Cruz (2004 pp. 2-4; grifos<br />
meus), não é captada [ou é desprezada, pelo uso complementar excludente ou por<br />
excludências que se complementam] por: estudos sobre espaços sub-regionais<br />
apoiados em indicadores econômicos, mais ou menos amplos, com maior ou menor<br />
inclusão de dados sociais, geralmente agregados, para atender ao objetivo de<br />
117 No seu artigo sobre 'Complexidade e Ambiente: uma perspectiva metodológica para a construção<br />
de dimensões complexas do ambiente'. (SILVA, 2002) apud (SAN<strong>DE</strong>S-SOBRAL, 2008 p. 98)<br />
118 Ver GLOSSÁRIO.
81<br />
dimensionar o contraste entre as diversas manchas do território; análise<br />
sociológica que incorpora as singularidades, as particularidades e os<br />
“imponderáveis”, para tentar recuperar, de forma articulada, o maior número de<br />
níveis e dimensões possíveis duma realidade local, ou microrregional, por acreditar<br />
que a caracterização quantitativa, quando reificada, homogeneíza e naturaliza esses<br />
espaços, assim como reifica e naturaliza o desenvolvimento como entidade e sujeito<br />
de processos.<br />
E, continuando com Cruz (idem), essa ordem natural não é captada [ou é<br />
desprezada] porque tanto dados quantitativos como dados qualitativos são<br />
imagens de sínteses e de privilégios defendidos 'a priori' pelo conhecimento<br />
científico que fundará a estratégia de desenvolvimento territorial [dentro desta, o<br />
desenvolvimento local e regional] pela qual convergirão todas as demais ciências [e<br />
tecnologias].<br />
Nessa "convergência estratégica", de acordo com Plonski (1995) apud Ribeiro<br />
e Andrade (2008 p. 72; grifos meus), a interação universidade – setor produtivo<br />
[e governo] é um relacionamento representado graficamente por meio de um<br />
triângulo, com o governo ocupando o vértice superior enquanto a estrutura<br />
produtiva e a infra-estrutura científico-tecnológica ocupam os dois vértices da<br />
base. Para ele, Plonski, neste triângulo, ocorrem três tipos de nexos: intra-relações<br />
(entre os componentes de cada vértice), inter-relações (entre pares de vértices) e<br />
extra-relações (entre uma sociedade e o exterior) 119 .<br />
E, enquanto "estratégia de desenvolvimento", para Sedas Nunes (1964 p.<br />
462) apud Lopes (2006 p. 3; grifos meus), "uma visão deslumbrante de<br />
'desenvolvimento' em 1964" era esta:<br />
[...] necessidade de baixar do globalismo nivelador às realidades<br />
regionais e locais; ampliar o âmbito das análises para além dos limites<br />
estreitos de um ponto de vista parcial; no estudo dos fatos e na<br />
determinação dos problemas, fazer convergir diferentes ópticas de<br />
119 "Onde as inter-relações se afiguram como as mais interessantes de serem exploradas, pois essas<br />
relações constituem a base do triângulo e são as mais difíceis de estabelecer." (PLONSKI, 1995)<br />
apud (RIBEIRO, et al., 2008 p. 72)
82<br />
investigação; aceitar a "revelação" 120 das situações e condições perigosas<br />
ou incômodas.<br />
Aliás, para Lopes (2006 p. 5; grifos meus), com efeito, ninguém tem tido<br />
coragem para negar no discurso que o desenvolvimento é para as pessoas e é<br />
para as pessoas onde elas estão 121 , porque não é legítimo que sejam sempre e<br />
só as pessoas a deslocarem-se para procurar o desenvolvimento que lhes não<br />
chega.<br />
Enquanto isso, para um efetivo desenvolvimento regional, Oliveira (2002 p.<br />
132) apud Boisier 122 (1996:35) apud Malara (2006 p. 72; grifos meus) aponta estes<br />
cinco atributos: 1º) crescente processo de autonomia regional de decisão; 2º)<br />
crescente capacidade regional para apropriar-se do excedente econômico ali<br />
gerado (a fim de revertê-lo na própria região); 3º) crescente movimento de inclusão<br />
social (o que implica uma melhoria na repartição da renda regional e uma<br />
permanente possibilidade de participação da população nas decisões de<br />
competência da região); 4º) crescente processo de conscientização e mobilização<br />
social em torno da proteção ambiental; e 5º) crescente auto-percepção coletiva de<br />
‘pertença’ regional.<br />
Porém, esse possível tipo de desenvolvimento (regional) deve ser<br />
complementado por um processo sustentável que, segundo a Comissão Mundial<br />
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) da Organização das Nações<br />
Unidas (ONU), atende às necessidades presentes sem comprometer a<br />
possibilidade de que as gerações futuras satisfaçam as suas próprias<br />
necessidades (BRUNTLAND, 1987).<br />
Imbricado no desenvolvimento regional, segundo Romeu Neto (2004 p. 333;<br />
grifos meus) emerge uma nova filosofia de desenvolvimento local 123 com uma<br />
visão integrada e compatível com o meio e com as necessidades sociais e<br />
120 "Procurar mesmo, decididamente, essa revelação e querer que ela se torne debate esclarecedor e<br />
candente. Talvez dela se diga que não é menos ideológica do que as outras. Mas não haverá mal<br />
em que o seja, se é de uma visão clara, corajosa e franca dos fatos que se quer partir, e se é a uma<br />
dignificação progressiva da vida humana, em cada homem e em todo ele, que se quer chegar."<br />
(SEDAS NUNES, 1964 p. 462) apud (LOPES, 2006 p. 3)<br />
121 Daí a sua tradução por "acesso", que tem de considerar-se na dimensão financeira (acesso<br />
econômico-financeiro) e na dimensão física (distância a percorrer para chegar aos equipamentos que<br />
disponibilizam os bens ou serviços)<br />
122 BOISIER não consta de notas de rodapé nem das referências bibliográficas de Malara (2006).<br />
123 "A denominação usual para desenvolvimento local (<strong>DE</strong>L- Desenvolvimento Econômico Local)<br />
passa a ser (DLIS- Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável). (NETO, 2004 p. 334)
83<br />
econômicas, considerando os níveis local e global, a curto e longo prazos. Isso,<br />
objetivando a criação de empresas, emprego, bem-estar social e qualidade de vida,<br />
aliada ao desafio de encontrar sustentabilidade no crescimento [numa abordagem<br />
transdisciplinar].<br />
Para Nicolescu (1999 p. 127) apud Sandes-Sobral (2008 p. 95; grifos meus),<br />
a abordagem transdisciplinar: considera holismo e reducionismo como dois<br />
aspectos de um único e mesmo conhecimento da realidade (portanto, 'não opõe'<br />
aqueles dois aspectos); integra o local no global e o global no local, porquanto<br />
agindo sobre o local modifica-se o global e agindo sobre o global modifica-se<br />
o local; e, dessa forma, holismo e reducionismo, global e local são dois aspectos de<br />
um único e mesmo mundo multidimensional e multi-referencial - o mundo da<br />
pluralidade complexa e da unidade aberta.<br />
Nesse mundo, segundo artigo do professor Arthur Soffiati (grifos meus) sobre<br />
"Conflitos sociais na Lagoa Feia do Itabapoana", divulgado em aula da disciplina<br />
"Políticas Públicas de Meio Ambiente" (do curso a que se refere esta monografia),<br />
"um ecossistema nativo é a integração local de três grandes conjuntos<br />
articulados - Talassosfera 124 , Epinosfera 125 e Limnosfera 126 - e pode ser<br />
constituída por uma vasta zona de várzea ou ripária 127 ".<br />
No entanto, os locais atuais têm propriedades topológicas herdadas e a<br />
sua integração foi feita por fronteiras e culturas herdadas de processos<br />
humanos 128 de ódio, ordem e progresso descontrolados por antropodomínios<br />
de pseudoliberdade, externos e internos - o que levou ao uso ‘ineficiente’,<br />
‘ineficaz’ e ‘não-efetivo’ daquelas propriedades.<br />
Visando a (re)conhecer ou a recuperar essas propriedades topológicas<br />
herdadas, desta feita fundadas no princípio do amor e tendo como base a ordem,<br />
para então poder obter o progresso 129 , voltando a Romeu Neto (2004 p. 344; grifos<br />
meus), "faz-se necessário o desenvolvimento de um projeto em conjunto com os<br />
124 Ver GLOSSÁRIO.<br />
125 Idem.<br />
126 Idem.<br />
127 Idem.<br />
128 Segundo Latouche (1996 p. 63), de aculturação ou desculturação e etnocídio.<br />
129 Tríade do positivismo do francês Auguste Comte (o "fundador do positivismo"), transposta para o<br />
projeto da atual bandeira do Brasil(MEN<strong>DE</strong>S, 1889) - e que virou apenas a parelha "ordem e<br />
progresso", hoje visível nessa bandeira, retirando desse projeto a palavra essencial e o princípio<br />
fundamental representado pela palavra "amor".
84<br />
atores sociais de um determinado território, partindo-se de uma situação concreta de<br />
necessidades e demandas econômicas detectadas e formuladas com a participação<br />
dos referidos atores".<br />
Para melhor perceber a metodologia que eu designo aqui de "incubação<br />
complexa", seguem três tipos de modelo: estratégico, ambiental e gerencial.<br />
2.3.3.1 Modelo estratégico<br />
O planejamento estratégico humano deve usar um raciocínio complexo,<br />
balanceando os três tipos de raciocínio a seguir ...<br />
No raciocínio dialógico, segundo Silva (2002) apud SAN<strong>DE</strong>S-SOBRAL (2008<br />
p. 99; grifos meus), distingue-se [não só] entre o importante (e priorizável) e o<br />
urgente (operacional), [mas também] um fundamento ético capaz de relacionar<br />
tanto o importante com o fundamental (não sendo este passível de priorização,<br />
descarte, redução ou indiferença), quanto o urgente com o emergente (como<br />
exemplo disso, as pessoas e a natureza são fundamentais, enquanto que a fome e<br />
a violência são emergências).<br />
No raciocínio difuso, também para Silva (2002) apud SAN<strong>DE</strong>S-SOBRAL<br />
(2008 p. 99; grifos meus), explica-se que os fenômenos difusos são realidades em<br />
estado de não-equilíbrio, incertas e ambíguas - para as quais as variáveis<br />
numéricas binárias não são suficientes - que são trabalhados através de variáveis<br />
linguísticas (do tipo forte-fraco, alto-baixo, muito-pouco).<br />
No raciocínio estratégico, ainda para Silva (2002 p. 13) apud SAN<strong>DE</strong>S-<br />
SOBRAL (2008 p. 98; grifos meus), argumenta-se que as estratégias surgem por<br />
um diálogo entre as percepções intuitivas sobre as diferentes dimensões de<br />
realidade vivenciadas pelo observador (não por um diálogo entre lógicas<br />
racionais distintas) - é uma dialógica intuitiva, não é uma dialógica racional em que:<br />
[...] a idéia de substantividade do outro não faz parte da dialógica<br />
estratégica. Em todos os momentos do raciocínio estratégico, a 'episteme'<br />
determinante dos circuitos neurológicos é a instrumentalidade do<br />
outro [...] a pessoa, o mercado ou a natureza. (SILVA, 2002 p. 12) apud<br />
SAN<strong>DE</strong>S-SOBRAL (2008 p. 99; grifos meus)<br />
Todavia, prosseguindo com Silva (2002 p. 13) apud SAN<strong>DE</strong>S-SOBRAL (2008<br />
p. 98; grifos meus), ele diz que a comunicação entre a lógica unicista e<br />
agregadora do intuitivo e a lógica disjuntiva e esquartejadora do racional<br />
inauguram uma nova dialógica no processo de planejamento estratégico -<br />
enquanto a primeira se alimenta do sagrado do participante ou da organização, a
85<br />
segunda está baseada no diagnóstico estratégico, em que o futuro é, basicamente,<br />
uma extensão do presente com dados do passado.<br />
2.3.3.2 Modelo ambiental<br />
Para Meadows (1998) apud GAMA (2010 pp. 30-32; grifos meus), um modelo<br />
conceptual da sustentabilidade 130<br />
(Pirâmide de Meadows) que, bastante<br />
[topo]antropocêntrico, relaciona 'bem-estar' [humano] e 'recursos naturais'<br />
[incluindo o próprio ser-humano], mediante a interposição de três tipos de 'capital':<br />
humano, social e construído. Com esse modelo, pretende-se gerir a interação<br />
entre Ser humano e Mundo - constituindo uma representação da realidade para<br />
atingir o desenvolvimento (a realização pessoal no topo da pirâmide) de uma<br />
forma sustentável (em harmonia com a envolvente natural, que se encontra na<br />
base da pirâmide).<br />
2.3.3.3 Modelos gerenciais<br />
As abordagens integrativas foram também importantes iniciativas para a<br />
superação de, pelo menos, quatro limitações presentes nos modelos<br />
gerenciais clássicos de orientação mais mecanicista: limites dos ideais<br />
racionais; limites da eficiência dos modelos burocráticos; limites das<br />
autonomias organizacionais e limites dos recursos naturais. Ao terem<br />
promovido uma ruptura com as visões mais “cientificas” ou “racionais” de<br />
gestão, essas novas abordagens constituíram o pilar das orientações mais<br />
modernas do planejamento e da gestão estratégica, onde a operação e a<br />
experiência do dia-a-dia produzem relevantes orientações estratégicas<br />
para nossas organizações. (MINTZBERG, et al., 2000) apud (MALARA,<br />
2006 p. 36; grifos meus)<br />
Segundo Malara (2006 pp. 36,38-39; grifos meus), um dos novos modelos de<br />
gestão é a gestão empreendedora: extremamente receptiva à inovação e<br />
mudança (vendo, nesta, uma oportunidade ao invés de uma ameaça); busca de<br />
parceria com outras empresas 131 ; contrapõe-se ao estilo japonês, implantando<br />
horários flexíveis; e desenvolvimento de um clima organizacional favorável<br />
(através de políticas transformadoras de recurso humanos e do endomarketing).<br />
130 Ver ANEXO "H": Modelo conceptual da sustentabilidade - Pirâmide de Meadows.<br />
131 As formas de parcerias mais comuns são: aliança estratégica (duas ou mais empresas juntam<br />
esforços para competir no mesmo mercado); terceirização (transferência de atividades não essenciais<br />
ao negócio de uma empresa para outra, através de atividades não essenciais ao negócio de uma<br />
empresa para outra, através de contrato); “joint-venture” (investimento de risco compartilhado entre<br />
duas ou mais empresas); rede horizontal de empresas do mesmo setor, concorrentes entre si,<br />
compartilhando compras conjuntas de matérias-primas ou formando consórcios de exportação, por<br />
exemplo: rede vertical de empresas, formada por empresas que inter-complementam suas atividades<br />
na mesma cadeia produtiva. (MALARA, 2006 p. 38)
86<br />
Uma de suas principais características é a estrutura da empresa baseada em<br />
Unidades de Negócios (UEN), em que cada Unidade visa atender um mercado<br />
específico, buscando resultados para a empresa - que se torna assim uma<br />
“Federação” de pequenas empresas autônomas.<br />
Também segundo Malara (2006 p. 39; grifos meus), outro dos novos modelos<br />
de gestão é a gestão holística 132 , um modelo emergente de administração, ainda<br />
pouco aplicado pelas empresas e que está ainda em fase embrionária (um modelo<br />
para o futuro) em que foram criadas células de produção, onde os funcionários<br />
produzem e se auto-gerenciam. As suas principais características são: 1) a<br />
dispensa de autoridade; 2) o alto nível de comunicação lateral; 3) rodízio de funções<br />
com visão holística, buscando a multifuncionalidade; e 2) o comprometimento<br />
individual.<br />
Ainda segundo Malara (idem), um outro dos novos modelos de gestão é a<br />
corporação virtual 133 , baseada na filosofia da “empresa-rede”, pela qual nenhuma<br />
empresa conseguirá sobreviver num mercado altamente competitivo se a<br />
mesma permanecer isolada. As suas principais características são: a automação<br />
de serviços administrativos; inovação em produtos e serviços; e estilo participativo<br />
de gestão.<br />
Subsecutivamente, quer o "modelo de gestão" da Incubadora de empresas da<br />
UFF (Niterói), quer a "metodologia e modelo de incubação" da Incubadora<br />
tecnológica de cooperativas populares (UFRJ), "protegem", respectivamente, start<br />
up's 134 , individuais ou coletivas, enquanto as "orientam" e "fortalecem" apontando<br />
para uma alegada integração em "mercados competitivos". E suas abordagens<br />
apresentam estas limitações (presentes nos "modelos gerenciais clássicos" de<br />
orientação mais mecanicista): limites dos ideais racionais; limites da eficiência dos<br />
modelos burocráticos; limites das autonomias organizacionais; e limites dos recursos<br />
naturais.<br />
Enquanto isso, aquilo a que eu chamo aqui de "incubação complexa": usa o<br />
"raciocínio complexo" (raciocínio dialógico, raciocínio difuso e raciocínio estratégico);<br />
132 A filosofia básica é a visão da empresa como um todo (“holos”), ou seja, as pessoas que<br />
trabalham na empresa, independente da sua tarefa ou unidade de trabalho, passam a ver a empresa<br />
como um todo, no seu contexto interno e externo. (MALARA, 2006 p. 39)<br />
133 O principal exemplo desse tipo de Gestão são os bancos virtuais. (MALARA, 2006 p. 39)<br />
134 Empresas nascentes de vários tipos que, no caso de alojadas nas universidades brasileiras, são<br />
de base tecnológica.
87<br />
e utiliza a comunicação entre a "lógica do intuitivo" (unicista e agregadora, que se<br />
alimenta do "sagrado" do participante ou da organização) e a "lógica do racional"<br />
(disjuntiva e esquartejadora, em cujo "diagnóstico estratégico" o futuro é,<br />
basicamente, uma extensão do presente com dados do passado) - inaugurando uma<br />
nova dialógica no processo de planejamento estratégico. 135<br />
Além disso, essa incubação complexa segue um "modelo ambiental de<br />
sustentabilidade" 136 , que relaciona o bem-estar humano e recursos naturais (que<br />
inclui o próprio ser-humano) mediante a interposição de três tipos de capital:<br />
humano, social e construído. Com esse modelo, gere-se a interação entre "ser<br />
humano" e "mundo" numa representação da realidade para atingir o<br />
desenvolvimento de uma forma sustentável (em harmonia com a envolvente<br />
natural).<br />
Nesse modelo de sustentabilidade, são feitas "abordagens integrativas" para<br />
promover uma ruptura com as visões mais “cientificas” ou “racionais” do<br />
planejamento e da gestão estratégica.<br />
De tal modo, esse modelo ambiental obedece a uma "gestão holística" (um<br />
modelo emergente de administração ainda pouco aplicado e que está ainda em fase<br />
embrionária) e cujas principais características são: a dispensa de autoridade; o alto<br />
nível de comunicação lateral; rodízio de funções com visão holística, buscando a<br />
multifuncionalidade; e o comprometimento individual.<br />
Obedece, simultaneamente, a uma "gestão empreendedora" - que é<br />
extremamente receptiva à inovação e mudança (vendo, nesta, uma oportunidade ao<br />
invés de uma ameaça) -, cujas principais características são: busca de parceria com<br />
"outros", pensando nesses "outros"; implantação de horários flexíveis;<br />
desenvolvimento de um clima organizacional favorável (através de políticas<br />
transformadoras de recursos humanos e do endomarketing); estrutura dos<br />
empreendimentos baseada em "unidades de atividades" (em que cada "unidade"<br />
visa a um objetivo específico e comum) que formam uma “federação” de pequenos<br />
empreendimentos autônomos.<br />
135 Ver APÊNDICE "Z": Metodologia de Incubação: pensamento complexo.<br />
136 Ver APÊNDICE "AA": Metodologia de Incubação: incubação complexa.
88<br />
Obedece, ainda simultaneamente, a uma "gestão de corporação virtual", que<br />
se baseia na filosofia da “sociedade-rede” 137 , cujas principais características são: a<br />
automação de serviços administrativos; inovação em produtos e serviços; e estilo<br />
participativo de gestão.<br />
Portanto, as metodologias de incubação são processos de incubação<br />
complexa (e digital).<br />
Destarte, e não apenas como corolário das minhas duas opções anteriores -<br />
empreendedores complexos em incubadoras complexas -, no estado da arte para<br />
"metodologias de incubação" 138 , a minha opção é pelas "incubações complexas"!<br />
Virtuais e digitais!<br />
Em detrimento das "incubações empresariais" e das "incubações sociais".<br />
Neste ponto, atinge-se o terceiro objetivo específico desta monografia!<br />
137 Filosofia pela qual, numa sociedade altamente exigente, nenhum empreendedor ou<br />
empreendimento conseguirá sobreviver se permanecer isolado.<br />
138 Rever APÊNDICE "W": Estado da arte: metodologias de incubação (e minha 3ª opção).
89<br />
3 PARTE II - MINHA PROPOSTA<br />
As sociedades domesticam os indivíduos por meio de mitos e idéias, que,<br />
por sua vez, domesticam as sociedades e os indivíduos, mas os indivíduos<br />
poderiam, reciprocamente, domesticar as idéias, ao mesmo tempo em<br />
que poderiam controlar a sociedade que os controla [...] Não nos<br />
devemos esquecer jamais de manter nossas idéias em seu papel<br />
mediador e impedir que se identifiquem com o real. Devemos<br />
reconhecer como dignas de fé apenas as idéias que comportem a idéia de<br />
que o real resiste à idéia. Esta é uma tarefa indispensável na luta contra a<br />
ilusão [...] O conhecimento pertinente deve enfrentar a<br />
complexidade.(MORIN, 2000 pp. 29-30, 38; grifos meus)<br />
Esta parte II funda-se quer na minha consciência do ‘complexo’, quer no meu<br />
"dever" de enfrentar a complexidade, quer nas minhas preocupações, quer em<br />
alguns dos meus trabalhos anteriores, quer na evolução do meu estar, quer no curso<br />
de especialização a que se refere esta monografia, quer no propósito essencial<br />
deste meu trabalho. 139<br />
Além disso, esta parte II respalda-se tanto no assunto, tema e subtema, como<br />
numa zona de intercepção de mundos (ou mundo antrópico), nos recortes desta<br />
monografia, numa zona de relevância antrópica e sua necessidade imanente 140 , nas<br />
bases da problemática, no problema, na questão, no objetivo geral, nos objetivos<br />
específicos, na base dos procedimentos metodológicos e nos procedimentos<br />
metodológicos, desta monografia. 141<br />
Ademais, esta parte II segue as "minhas opções" 142 demonstradas na parte I<br />
desta monografia, a partir da minha revisão bibliográfica e contra o statu quo 143 . São<br />
três opções bem claras para inverter a "tendência inercial" e o "marasmo geral",<br />
assim como para ajustar a "penosa realidade humana", tanto ao discurso político 144<br />
(fácil e farsante), quanto aos discursos (pseudo)acadêmicos e (pseudo)científicos 145<br />
139 Rever "apresentação" desta monografia.<br />
140 Ver GLOSSÁRIO.<br />
141 Rever "introdução" desta monografia.<br />
142 Rever "parte I" desta monografia.<br />
143 Ver GLOSSÁRIO.<br />
144 Imponha-se na "democracia real" o que se promete nos palanques da "democracia do<br />
politicamente correto" (ou "democracia de palanque" ou "democracia de farsantes" ou "pseudo<br />
democracia").<br />
145 Nesses discursos, a ciência - como "conhecimento sistematizado em campo de estudo ou<br />
observação e classificação dos fatos atinentes a um determinado grupo de fenômenos e formulação<br />
das leis gerais que os regem" - fechou-se em "verdades aristotélicas" de autênticos "guetos"<br />
acadêmicos desvinculados da realidade e da vida humana. E a sua disseminação ou popularização<br />
tem sido feita a conta-gotas via mercado ou via assistencialismo estéril e esterilizante.
90<br />
(difíceis, complicados e castrantes): 1ª) os empreendedores humanos são<br />
empreendedores complexos; 2ª) as incubadoras tecnológicas são incubadoras<br />
complexas (virtuais e digitais); e 3ª) a metodologia de incubação é um método<br />
híbrido de incubação complexa (virtual e digital).<br />
Todavia, como após qualquer análise deve seguir-se uma síntese, nesta, criei<br />
uma zona de tolerância com elementos que "aceitei" aqui, apesar de provenientes<br />
das minhas "não-opções". Essa "zona" evidencia um surgir do "novo" a partir de<br />
"partes adormecidas do velho vivo".<br />
Como consequencia dessa tolerância, subjacente à minha 1ª opção, aceito<br />
aqui tanto a expressão "pessoas dispostas a construir o próprio futuro, e não<br />
nascem feitos" (atribuída aos empreendedores empresariais), quanto as expressões<br />
"alguém que se encarrega ou se compromete com um projeto ou atividade<br />
significante" e "combina pragmatismo e compromisso com resultados e visão de<br />
futuro para realizar profundas transformações sociais" (atribuídas aos<br />
empreendedores sociais). 146<br />
Também como consequencia dessa tolerância, mas subjacente à minha 2ª<br />
opção, outrossim, aceito aqui tanto as expressões "mecanismo de formação<br />
complementar do empreendedor em seus aspectos técnicos e gerenciais" e "redes<br />
temáticas, formadas por grupos de trabalho multi-institucionais que desenvolvem<br />
ações para projetos específicos" (atribuídas às incubadoras empresariais), quanto a<br />
expressão "atendimento das necessidades mais prementes dos excluídos<br />
[dominados-excluídos] da sociedade e que, ao mesmo tempo, pretende responder<br />
pelos objetivos e anseios programáticos da universidade" (atribuída às incubadoras<br />
sociais), quanto as expressões "empreendedorismo para desenvolvimento local,<br />
sustentável e consistente", "portal corporativo e colaborativo c/ sistema integrado de<br />
gestão", "empreendedores e empresas localizadas fora do espaço físico da<br />
incubadora" e "atendimento integrado e diferenciado" (atribuídas às incubadoras<br />
virtuais). 147<br />
Ainda como consequencia dessa tolerância, mas subjacente à minha 3ª<br />
opção, igualmente, aceito aqui tanto as expressões "etapas: mobilizar um núcleo de<br />
146 Rever APÊNDICE "K": Estado da arte: empreendedores humanos (e minha 1ª opção) - ovais a<br />
vermelho.<br />
147 Rever APÊNDICE "O": Estado da arte: incubadoras tecnológicas (e minha 2ª opção) - ovais a<br />
vermelho.
91<br />
pessoas; fazer um trabalho preliminar; determinar a estrutura básica da incubadora;<br />
e elaborar plano estratégico" e "integrar o setor privado, o setor público e as<br />
universidades, na forma de empreendimentos" (atribuídas à incubação empresarial),<br />
quanto as expressões "inputs: ensino, aprendizagem e transferência de tecnologia<br />
de gestão para a criação de empreendimentos", "outputs: criação de<br />
empreendimentos, valorizando a autogestão e a inclusão social" e "o diálogo é o<br />
elemento central na interação entre saberes e práticas cotidianas de trabalho e<br />
vivência dos grupos incubados, estabelecendo nexos entre ação-reflexão-ação"<br />
(atribuídas à incubação social). 148<br />
Por fim, mas não menos importante, encontrei as raízes profundas na minha<br />
monografia intitulada "Economia humana: por onde anda a responsabilidade<br />
social?".<br />
Mais especificamente (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. Parte II - Artigo<br />
científico), nos resultados 149 e discussão 150 relativos a um processo híbrido 151<br />
criado por mim - conduzido por (e condutor de) um método híbrido 152 que obteve (e<br />
foi obtido por) um instrumento teórico 153 , ambos também criados por mim.<br />
Assim, arraigado nessa "outra monografia" minha, respaldado na "estrutura<br />
da introdução" desta monografia, seguindo as "minhas opções" na parte I deste<br />
mesmo trabalho (com as tolerâncias que, provenientes das minhas "não-opções",<br />
aceitei agora), e sempre que possível garimpando e catando no passado e no<br />
presente para encontrar, em aluvião ou encastradas, autênticas pérolas científicas e<br />
luxo acadêmico, que vou expondo, destacada e pertinentemente, nesta parte II:<br />
primeiro, evidencio uma forma possível de integração humana, já esboçada<br />
anteriormente por mim e, agora, aperfeiçoada; e, segundo, proponho uma<br />
incubadora tecnológica virtual e digital para essa integração humana.<br />
148 Rever APÊNDICE "W": Estado da arte: metodologias de incubação (e minha 3ª opção) - ovais a<br />
vermelho.<br />
149 Resultado: um produto único; três subprodutos; cinco desperdícios; quatro resíduos; e quatro<br />
catalisadores. (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 64-66)<br />
150 Discussão: sobre que "maestro" regerá um "concerto" de seis "duetos" (espaço↔tempo,<br />
ser↔humano, sociedade↔humana, tecnologia↔social, economia↔humana, responsabilidade-<br />
↔social), no "desconserto" atual. (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 66-72)<br />
151 Ver GLOSSÁRIO.<br />
152 Idem.<br />
153 Idem.
92<br />
Em suma, como parte do meu procedimento metodológico, esta parte II<br />
mostra uma alternativa nova de conseguir bem-estar social genuinamente humano<br />
em meios agressivos, mediante a criação e desenvolvimento de ambientes especiais<br />
integrados, para que os "dominados-excluídos" da sociedade moderna, e usando<br />
dizeres de Morin já aqui citados, "mutuamente, domestiquem as idéias e,<br />
simultaneamente, controlem a sociedade que os controla".<br />
Enfim, adaptando de Morin e Boulding, é o "meu conhecimento enfrentando a<br />
complexidade", mas de uma forma teleológica - usando minhas pesquisa,<br />
interpretação, proposição e proposta "pertinentes" para uma integração humana,<br />
via incubadora tecnológica, humanizada e humanizante, que "abriga" uma<br />
incubadora virtual e digital 154 .<br />
Tudo isso, para atingir o quarto objetivo específico desta monografia:<br />
"esboçar uma plataforma duradoura de entendimento, de pesquisa, de ensino,<br />
de extensão, tudo para atendimento e integração de gente local numa região".<br />
E, finalmente, alcançar o objetivo geral desta monografia: "ter acesso<br />
multidirecional (preferencialmente, em tempo real) às informações<br />
significativas e integradas sobre o local, a região, o país, o mundo, o qual<br />
permita às populações locais articular e organizar tais informações, efetiva,<br />
eficiente e eficazmente, para perceber e conceber o contexto, o global (a<br />
relação todo-partes), o multidimensional (a relação partes-partes e metapartes)<br />
e o complexo (a relação todo-partes-partes-todo), como gente<br />
tolerante para com os que pensam, criticam e agem diferente do atual<br />
paradigma moderno, e não-submissa à tecnosfera, sabendo viver em simbiose<br />
com esta".<br />
Isso, no intuito de chegar ao propósito essencial 155 desta monografia, que é:<br />
"introduzir e disseminar uma nova concepção de desenvolvimento humano,<br />
respeitando os limites dos ecossistemas e os interesses de grupos sociais<br />
historicamente excluídos dos projetos regionais, bem como considerando<br />
juízos empírico-estratégicos de fato, a capacidade de organização desses<br />
grupos e as condições ou conjunturas objetivas concretas a partir das quais é<br />
factível efetuar transformações, de forma intencional ou não".<br />
154 Ver APÊNDICE "CC": Integração humana: ambientes e incubadoras.<br />
155 Rever APÊNDICE "B": Propósito essencial da monografia.
93<br />
3.1 <strong>INTEGRAÇÃO</strong> <strong>HUMANA</strong><br />
Devemos reconhecer nosso duplo enraizamento no cosmos físico e na<br />
esfera viva e, ao mesmo tempo, nosso desenraizamento propriamente<br />
humano. (MORIN, 2000 p. 48; grifos meus)<br />
Neste subcapítulo, entre os dois tipos de integração "humana" mais<br />
divulgados no "mundo antrópico" - integração global (fundada no "mercado em<br />
rede", sem fronteiras) ou integração nacional (fundada na imposição do medo<br />
relativo ao "mundo natural" e/ou ao "mundo sobrenatural") -, evidencio um terceiro<br />
tipo, como novidade apresentada por mim, mas baseada no produto, nos<br />
subprodutos e nos catalisadores que desenvolvi em minha monografia anterior (DA<br />
COSTA FERREIRA, 2011 pp. 64-66): uma integração humana complexo-teleológica.<br />
Assim, alternativamente àqueles dois tipos de integração humana (global ou<br />
nacional), proporciono a seguir um sistema ambiental homo-antrópico complexoteleológico<br />
que é (des)integrador de "topos" 156 fechados (e abertos), entre um "nada<br />
relativo" e um "todo relativo", em que, aninhado e condicionado num desses lugares<br />
cósmicos, um elemento humano complexo, eclético e auto-consciente, intuitiva e<br />
racionalmente, individualmente ou em equipe, influi responsavelmente nesse<br />
sistema, para construção de uma outra sociedade, mais humana. Esse sistema é<br />
uma imbricação ou aninhar de ambientes 157 "encaixados" matrioscamente 158 e<br />
funda-se em duas tríades ("medo ↔ amor ↔ intercâmbio"; e "real ↔ digital ↔<br />
virtual"), nas quais prevalece o amor para que os seres humanos vivam, convivam e<br />
sobrevivam, num determinado local em região do "mundo antrópico", agindo<br />
harmoniosa e inter-retro-recursivamente em co-operação, co-liderança e coresponsabilidade<br />
159 , re-integrados por ambientes humanos virtuais e digitais de<br />
ponta. Tudo na complexidade de uma "sustentabilidade ambiental", onde interagem<br />
em espiral intra-inter-retroativa-recursiva: cada "ser humano" e o "mundo real-virtualdigital";<br />
e cada "ser humano" e outros "seres humanos“.<br />
Desse modo, neste subcapítulo evidencio uma forma possível de<br />
integração humana.<br />
156 Ver GLOSSÁRIO.<br />
157 Rever APÊNDICE "F": Recorte da monografia: ambientes integrados.<br />
158 Rever recortes desta monografia: "subzona" de redes sociais humanas do"mundo antrópico"<br />
mediante um efeito especial matriosca.<br />
159 Como eu já disse no início da introdução desta monografia, uso o prefixo "co" para significar "em<br />
conjunto".
94<br />
3.1.1 Ambiente cósmico<br />
O mundo real não tem limites nem referência absoluta (qualquer ponto é<br />
centro-periferia e infinidade-relatividade 160 ) e, por isso, em toda parte<br />
ocorrem mudanças de posição relativas e incessantes por todo o Universo,<br />
e o observador está sempre no centro. (BRUNO) apud (COBRA, 2000a p.<br />
s/nº; grifos meus)<br />
[...] toda ação se consubstancia em verbo 161 e o verbo responsabiliza o<br />
seu agente (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 63)<br />
Por um lado, muitos cosmólogos (REVISTA SCIENTIFIC AMERICAN, 2007 p.<br />
s/nº; grifos meus) afirmam que: o principal ingrediente do Universo é a energia<br />
escura 162 (70%), que consiste na constante cosmológica, ou no campo quântico<br />
conhecido como quintessência 163 ; os outros ingredientes desse Universo são a<br />
matéria escura (26%), composta por partículas exóticas elementares, a matéria<br />
convencional ou matéria normal - a não luminosa (3,5%) e a visível (0,5%) - e<br />
uma pequena quantidade de radiação (0,005%) 164 . Em que a chamada "energia<br />
escura" é:<br />
uma forma desconhecida de energia que cerca cada um de nós, nos<br />
puxando levemente e segurando o destino do Cosmos em suas garras<br />
de maneira quase imperceptível, [e] pode moldar a evolução de seus<br />
principais habitantes - estrelas, galáxias e aglomerados galácticos [...]<br />
embora [...] tenha impacto irrelevante dentro da galáxia (isso sem falar da<br />
sua cozinha), ela acaba se tornando a força mais poderosa do Cosmo.<br />
(REVISTA SCIENTIFIC AMERICAN, 2007).<br />
Por outro lado, recentemente, surgiu uma refutação dessa teoria por outros<br />
cosmólogos (SAWANGWIT, et al., 2010 p. grifos meus):<br />
As observações da CMB 165 representam uma ferramenta poderosa para a<br />
cosmologia, e é vital checar (os dados). Se nossos resultados se<br />
confirmarem, então será menos provável que partículas exóticas de energia<br />
escura e de matéria escura dominem o Universo. Assim, os indícios de<br />
que o Universo possui um 'lado negro' se enfraquecerão.<br />
No meio do fogo cruzado desse "debate científico" - entre forças<br />
antigravitacionais (energia escura ou energia desconhecida ) e forças gravitacionais<br />
166 (matéria escura ou matéria desconhecida), do "lado negro" (o que os seres<br />
160 Ver GLOSSÁRIO.<br />
161 Rever ANEXO "A": Empreendedor humano: ações = verbos.<br />
162 Ver GLOSSÁRIO.<br />
163 Idem.<br />
164 Esse total excede os100%, considerando-se a "pequena quantidade de radiação (0,005%)"...<br />
165 CMB: Cosmic Microwave Background - Radiação Cósmica de Fundo. (SAWANGWIT, et al.,<br />
2010)<br />
166 Ver GLOSSÁRIO.
95<br />
humanos desconhecem), e o "lado branco" (o que os seres humanos conhecem),<br />
tudo no Universo -, a minha intuição, a minha consciência da "complexidade" e o<br />
meu pensamento complexo, usando um método complexo 167 , estabeleceram um<br />
hiper-ambiente cósmico - com "ordem natural" de fora para dentro, impossível de<br />
desobedecer devido ao "peso" 168 esmagador dessa ordem sobre os demais<br />
ambientes nele contidos 169 .<br />
Assim sendo, essa é uma ordem cósmica que tem prioridade real absoluta<br />
sobre qualquer outra ordem!<br />
Aliás, recentemente (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 58-61, 77-78),<br />
aprimorando o meu método complexo (antes de integrar a ele tanto o meu método<br />
reverso quanto o meu método hiperbólico para compor então um método híbrido 170 ),<br />
eu já traçara um "percurso" num eixo diacrônico (e dialógico) - a partir de uma<br />
(im)possibilidade cósmica intrínseca de "nada↔tudo" 171 - ao longo do qual se<br />
desenvolveu um hiper "espaço↔tempo" e se gerou uma (im)possibilidade<br />
(in)extrínseca de "caos↔cosmos".<br />
Ao conjunto real desses pares cósmicos que se complementam, concorrem e<br />
antagonizam no incerto, ou partes reais intra-interativas em espiral retroativa<br />
recursiva cósmica, chamei então de UNI(DI)VERSO VIVO 172 , de matéria e energia.<br />
Assim, do caos de um "espaço↔tempo" entre "um nada" e "um tudo", tem-se<br />
formado (e mantido) dinamicamente uma hiperzona espaço↔temporal, de<br />
estabilização cósmica do dueto matéria↔energia (des)conhecidas - portanto,<br />
em equilíbrio dinâmico -, (des)integrada por esta tríade de fatores cósmicos:<br />
"desordem (caos)↔organização cósmica↔ordem (cosmo)".<br />
Nessa tríade, a "organização cósmica" (ou cosmo-organização) é feita por um<br />
"mecanismo estabilizador cósmico": uma incubadora cósmica (InCos).<br />
167 Ver ANEXO "I" – Método ”CaosLocBalGloCalOrdem!”<br />
168 Ver GLOSSÁRIO.<br />
169 Rever recortes desta monografia.<br />
170 Ver ANEXO "J" – Método "ComRevHipSwoVesCoh" ou "MetComRevHipSwoVesCoh".<br />
171 Primeiro, a explosão de "um nada absoluto" expande "um tudo (ou todo) absoluto" em espiral intrainter-retroativa-recursiva.<br />
Segundo, a implosão de "um tudo (ou todo) absoluto" transforma este em<br />
"um nada relativo". E, assim, sucessivamente... Portanto, jamais saberemos se estamos ou não entre<br />
o primeiro "nada" e o primeiro "tudo"! E isso torna irrelevante e estéril a atual teoria do "Big Bang", ou<br />
qualquer outra tentativa teórica de explicar quer a origem do Universo (como o "Universo cíclico" de<br />
sucessivos "Big Bang" e "Big Crunch" – idéia comum a várias visões cosmológicas antigas), quer se<br />
este está em expansão ou contração, quer se há dominância de energia negra ou matéria negra<br />
("negra", significando aqui "desconhecida" do atual homo sapiens sapiens).<br />
172 Ver GLOSSÁRIO.
96<br />
Essa InCos vai gerando (e conservando) um ambiente cósmico, parte do<br />
todo caótico que, ao mesmo tempo, tem a imanência desse todo. Por isso, a esse<br />
ambiente chamo Cosmo-Holograma Real (CoHoRe) e atribuo a dominadora<br />
Responsabilidade de Ordem Cósmica (ROC).<br />
Essa InCo vai mantendo aquele ambiente em equilíbrio dinâmico. A este eu<br />
chamei Neo-Estabilização Cósmica (NeEsCo), não-utópica e não-antrópica, da<br />
"sopa cósmica", num "cadinho cósmico", no vórtice do (des)envolvimento da<br />
[hiper]condição cósmica (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 59, 64, 89; adaptado).<br />
Numa dessas NeEsCo's, a InCo facilitou o nascimento da galáxia-espiral "Via<br />
Láctea" (com inúmeras nebulosas e estrelas) e, por enquanto, "mantém esta leitosa"<br />
na sua progressão em rota de colisão (frontal ou oblíqua) com a galáxia Andrômeda.<br />
E é naquele "ventre leitoso" que está o planeta TERRA (GEO) 173 - o único<br />
lugar (ou topo) onde o conhecimento humano verifica "vida" - integrado num sistema<br />
elipsoidal 174 heliocêntrico 175 , ou um sistema solar de um sol 176 , nove planetas 177 ,<br />
incluindo a Terra 178 , e respectivas luas, num total de sessenta e uma (HAMILTON,<br />
2000b).<br />
Agora, mirando essa vida, aquela condição cósmica, necessária e suficiente,<br />
no sistema complexo dessa InCo, de fora para dentro, "estabelece" um ponto real<br />
relativo (ou topo natural ou "todo-relativo" natural ou lugar que existe naturalmente,<br />
num hiper-espaço natural, ao longo de um tempo natural), um ponto<br />
"periferia↔centro": a não-utopia cosmo-topo-geo, que obedece a uma ordem<br />
cósmica (ou cosmo-ordem).<br />
Desse modo, é a partir de uma fragmentação da unidade cósmica que<br />
emerge o ambiente terrestre "espaço↔temporal": a cosmo-topo-geo-esfera.<br />
173 Ver GLOSSÁRIO.<br />
174 Idem.<br />
175 Idem.<br />
176 A nebulosa solar foi "a grande nuvem de gás e poeira da qual o Sol e os planetas se condensaram<br />
há 4.6 biliões de anos" (HAMILTON, 2000c p. s/nº).<br />
177 Bem recentemente, a atual ciência humana "despromoveu" o planeta Plutão da sua condição de 9º<br />
planeta a contar do sol e 1º a contar do limite exterior desse sistema solar - posição essa que lhe<br />
havia sido "reconhecida fundamentadamente" pela anterior ciência humana.<br />
178 Ver "unidade astronómica (UA)" no GLOSSÁRIO.
97<br />
3.1.2 Ambiente terrestre<br />
... vida natural numa bolha vital frágil (bio-bolha ou geobio) na parte nãoviva<br />
(geo-abio) dum planeta (Terra) girando sobre si mesmo, diariamente,<br />
em torno dum sol que a mantém refém duma trajetória elíptica 'anual'. (DA<br />
COSTA FERREIRA, 2011 p. 59)<br />
Aquela incubadora cósmica (InCos), em seu "processo cósmico complexo",<br />
mas não-teleológico (como é óbvio), tem fortalecido o “geo-escudo” e tem mantido<br />
tanto a “geo-gravitação” quanto o "geotransgiro" 179 .<br />
Isso tem facilitado o (re)desenho de uma "zona integrada", intra-interativa, em<br />
espiral retro-ativa recursiva, de geo-existência, geo-dissipação, geo-absorção e geoinfluência,<br />
a que chamo UNI(DI)VERSO TERRESTRE de matéria e energia.<br />
Assim sendo, a incubadora cósmica (InCo) encaixa dentro dela mesma uma<br />
outra incubadora, passando a ser uma incubadora de incubadora.<br />
Logo, no caos de um "espaço↔tempo" entre "um nada" e "um tudo", tem-se<br />
formado (e mantido) dinamicamente uma zona espaço↔temporal, de<br />
estabilização terrestre do dueto matéria↔energia (des)conhecidas - portanto,<br />
em equilíbrio geo-dinâmico -, (des)integrada por esta tríade de fatores terrestres:<br />
"desordem (geocaos)↔organização terrestre↔ordem (geo-ordem)".<br />
Nessa tríade, a "organização terrestre" (ou geo-organização) é feita por um<br />
"mecanismo estabilizador terrestre": uma incubadora terrestre (InGeo).<br />
Essa InGeo vai gerando (e conservando) um ambiente terrestre, parte do<br />
todo cósmico que, ao mesmo tempo, tem a imanência desse todo. Por isso, a esse<br />
ambiente chamo Geo-Holograma Real (GeHoRe) e atribuo a significativa mas<br />
menos dominadora Responsabilidade de Ordem Terrestre (ROT).<br />
Além disso, aperfeiçoando o que eu disse em outra monografia (DA COSTA<br />
FERREIRA, 2011 pp. 64, 89), essa InGeo "é responsável" por afunilar a "sopa<br />
cósmica" num caldo para sustento e sustentação de um "complexo biofísico" ou<br />
(a)biosfera terrestre ou GEO(A)BIO - de biótopos (zonas de vida humana) e<br />
ecótopos (zonas de transição entre biótopos).<br />
A InGeo vai mantendo aquele ambiente em equilíbrio dinâmico. A este eu<br />
chamei Neo-Estabilização Terrestre (NeEsGe), não-utópica e não-antrópica, do<br />
"caldo terrestre", num "cadinho terrestre", no vórtice do (des)envolvimento da<br />
179 Ver GLOSSÁRIO.
98<br />
condição terrestre - que, por sua vez, está subordinada à já aqui referida condição<br />
cósmica.<br />
Agora, continuando a mirar a vida, essa condição terrestre, necessária e<br />
suficiente, no subsistema complexo da InGeo (incubada na InCos), de fora para<br />
dentro, "delimita" o já aqui referido ponto real relativo (ou topo natural ou "todorelativo"<br />
natural ou lugar que existe naturalmente, ao longo de um tempo natural),<br />
um ponto "periferia↔centro": a não-utopia cosmo-topo-geo-(a)bio, que obedece a<br />
uma ordem terrestre que tem prioridade real inferior à ordem cósmica.<br />
Desse modo, é a partir de uma fragmentação da unidade terrestre 180 - em<br />
Unidade de Integração Ambiental Global (UIAGlo), Unidade de Integração Ambiental<br />
Regional (UIAReg) e Unidade de Integração Ambiental Local (UIALoc) - que emerge<br />
o ambiente biótico endo-humano "espaço↔temporal": a cosmo-topo-geo-bioantropo-esfera<br />
infra-individual.<br />
180 Rever APÊNDICE "CC": Integração humana: ambientes e incubadoras.
99<br />
3.1.3 Ambiente biótico endo-humano<br />
[...] assim como cada ponto singular de um holograma contém a totalidade<br />
da informação do que representa, cada célula singular, cada indivíduo<br />
singular contém de maneira “hologrâmica” o todo do qual faz parte e<br />
que ao mesmo tempo faz parte dele.(MORIN, 2000 pp. 37-38; grifos<br />
meus)<br />
Aquela incubadora terrestre (InGeo), em seu "processo cosmo-topo-geo-<br />
(a)bio hologramático", mas também não-teleológico (como também é óbvio), tem<br />
fortalecido o “antropo-escudo” (corpo humano individual ou indivíduo humano).<br />
Também tem mantido tanto a “antropo-gravitação” (corpo humano em contacto com<br />
o solo terrestre) quanto o "antropo-transgiro" (movimentação do corpo humano num<br />
lugar ou de um lugar para outro). E ainda tem permitido a "antropo-compreensão" da<br />
realidade...<br />
Isso tem facilitado o (re)desenho de um "ser humano trans-meta-biótico" (para<br />
além do seu corpo físico e de suas representações mentais), integrado, intrainterativo,<br />
em espiral retro-ativa recursiva, de antropo-existência (vivência,<br />
convivência e sobrevivência do indivíduo humano), antropo-dissipação<br />
(sublimação 181<br />
do indivíduo humano), antropo-absorção (nutrição, formação e<br />
educação do indivíduo humano) e antropo-influência (egoísmo e altruísmo do<br />
indivíduo humano), a que chamo UNI(DI)VERSO ENDO-<strong>ANTRÓPICO</strong> de matéria e<br />
energia, ou ambiente biótico endo-humano.<br />
Assim sendo, a InGeo, por sua vez, acomoda dentro dela mesma elementos<br />
vivos incubantes, passando a ser, ela também, uma incubadora de incubador(es) -<br />
naturalmente sem útero - e incubadora(s) - naturalmente com útero.<br />
Logo, no caos de um "espaço↔tempo", entre "um nada" e "um tudo", tem-se<br />
formado (e mantido) dinamicamente uma zona espaço↔temporal de estabilização<br />
terrestre global-regional-local de corpos não-utópicos (trans-meta-bióticos), de<br />
estabilização humana individual do dueto de matéria↔energia (des)conhecidas<br />
portanto, em equilíbrio endo-antropo dinâmico -, (des)integrada por este tríade de<br />
fatores endo-humanos individuais: "desordem endo-humana individual ↔<br />
organização endo-humana individual ↔ ordem endo-humana individual".<br />
181 Ver GLOSSÁRIO.
100<br />
Nessa tríade, a "organização endo-humana individual" (ou endo-antropoorganização)<br />
é feita por um "mecanismo estabilizador endo-humano natural": uma<br />
incubadora infra-humana (InInfHum).<br />
Essa InInfHum vai gerando (e conservando) um ambiente endo-humano,<br />
parte do todo cósmico e do todo terrestre que, ao mesmo tempo, tem a imanência<br />
desses dois "todos". Por isso, a esse infra-ambiente chamo Antropo-Holograma Real<br />
(AnHoRe) e atribuo a dominada Responsabilidade de Ordem Humana Individual<br />
(ROHI).<br />
Além disso, aperfeiçoando o que eu disse em outra monografia (DA COSTA<br />
FERREIRA, 2011 pp. 65, 90), cada InInfHum "é responsável" por absorver, para o<br />
seu corpo físico, o "caldo terrestre" que afunilou (e afunila) a "sopa cósmica",<br />
visando à sustentação e ao sustento de seu "complexo bio-físico-químico" -<br />
abreviadamente, complexo BIO-ANTROPO.<br />
Para isso, a InInfHum vai mantendo aquele ambiente endo-humano em<br />
equilíbrio dinâmico. A este eu chamei Neo-Estabilização Individual (NeEsIn) do<br />
"sujeito humano": não-utópica (porque ocupa um espaço natural ou lugar natural<br />
ou topo natural, ao longo de um tempo natural); e parte-antrópica (porque é fruto de<br />
reprodução humana e, eventualmente, contribui para a sua "sobrevivência física",<br />
fragmentando e (re)transmitindo sua "carga genética física" para a espécie humana).<br />
É o "caldinho antrópico", num "cadinho antrópico", no vórtice do<br />
(des)envolvimento da condição humana - que, por sua vez, está subordinada às já<br />
aqui referidas condições cósmica e terrestre.<br />
Agora, continuando a mirar a vida, essa condição humana, necessária e<br />
suficiente, no subsistema complexo da InInfHum (incubada na InGeo que está<br />
incubada na InCos), de fora para dentro, recheia o já aqui referido ponto real<br />
relativo (ou topo ou "todo-relativo" ou lugar que existe), ponto "periferia-centro": a<br />
não-utopia antrópica cosmo-topo-geo-(a)bio-antropo, que obedece a uma ordem<br />
humana compreendida na própria essência do todo (terrestre e cósmico), tendo<br />
prioridade real, porém inferior relativamente às ordens terrestre e cósmica.<br />
É essa ordem não-utópica e parte-antrópica que subordina a ação genuína do<br />
indivíduo humano.<br />
Essa ação desenvolve-se na InInfHum, que permite a cada ser humano<br />
identificar suas necessidades vitais - por isso, necessidades críticas e<br />
necessidades "inegociáveis" - e, uma vez identificadas tais necessidades individuais,
101<br />
consciente ou inconscientemente, proaja ou aja ou reaja, ou não, (ir)racionalmente,<br />
para satisfazer essas necessidades individuais imanentes.<br />
Dessa forma, reconheço aqui "o duplo enraizamento [humano] no cosmos<br />
físico e na esfera viva" - sugerido por Morin (2000 p. 48).<br />
Contudo, como eu já referi em minha primeira monografia (DA COSTA<br />
FERREIRA, 2006-2007 p. 63):<br />
Cada ser humano é um complexo trino [de corpo, alma e espírito] que<br />
se relaciona circular e helicoidalmente num subprocesso trino que recebe<br />
como inputs informações filtradas na sua alma e oriundas tanto do seu<br />
interior metafísico [espírito] quanto do seu exterior metafísico [relações<br />
com seres humanos e tudo o que envolve seu corpo], de forma lenta ou<br />
rápida, numa dimensão espaço-temporal [enquanto corpo ‘físico’] e<br />
numa dimensão atemporal [ex-ante e ex-post seu corpo ‘físico’].<br />
É enquanto corpo ’físico’’ que o ser humano registra o conjunto de suas<br />
reflexões que tentam explicar racionalmente a realidade partindo da<br />
experiência, mas ultrapassando-a de forma a chegar a realidades que a<br />
transcendem, tanto no espaço-tempo contextual dessas reflexões, quanto<br />
no espaço-tempo fora de tais contextos [passado cristalizado pela história e<br />
estatística descritiva de cada potência dominante e futuro antevisto pela<br />
fé e pela estatística probabilística].<br />
Assim, nesse seu processo incubador ou processo existencial integrado pelo<br />
genoma humano metagênico 182 , cada ser humano é, como eu também explicitei<br />
metodicamente nessa mesma monografia (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 pp.<br />
63-71), uma "unidade viva 'osmótica' de corpo↔espírito↔alma, e ADN tri-único.<br />
Como a parte visível dessa unidade tripartida, o CORPO está no domínio<br />
específico da exa-atto esfera natural 183 , onde o "ADN", como codificador humano<br />
"físico", está na base do Código Natural de sua herança - em que o gene humano<br />
hereditário o obriga a uma obediência inevitável à Ordem Natural (que inclui,<br />
imbricadamente, a ordem cósmica, a ordem terrestre e a ordem humana nãoantrópica).<br />
Esse gene confere duas características humanas hereditárias simultâneas e<br />
visíveis: a necessidade de subsistência; e capacidade de sobrevivência.<br />
Para satisfazer a primeira, o processo existencial humano é o de<br />
alimentação do corpo físico, cujo resultado esperado é o "bem-estar físico<br />
182 Ver ANEXO "K": Homo-Antropus (HA): Genoma (HAGen) e Processo Existencial (HAPE). Ver<br />
ANEXO "L": HA: ExaAtto Esfera (HAExaAtoEs).<br />
183 Idem.
102<br />
individual" e, se não houver desvios relativamente ao que se espera, a forma do<br />
legado humano é a própria vida humana (individual).<br />
Para satisfazer a segunda, o processo existencial humano é o de<br />
alimentação da família, cujo resultado esperado é o "bem-estar físico da família"<br />
e, se não houver desvios relativamente ao que se espera, a forma do legado<br />
humano é a vida humana gerada (singular ou plural, de gênero 'natural').<br />
Como uma parte não-visível dessa unidade tripartida, o ESPÍRITO está no<br />
domínio específico da exa-atto esfera espiritual 184 , onde o "ADN", como codificador<br />
humano "espiritual", está na base do Código Espiritual de sua herança - em que o<br />
gene humano hereditário o obriga a uma obediência inevitável à Ordem<br />
Sobrenatural.<br />
Esse gene confere outra característica humana hereditária "visível": a<br />
necessidade do sobrenatural.<br />
Para a satisfazer, o processo existencial humano é o de alimentação do<br />
espírito, cujo resultado esperado é o "bem-estar espiritual individual" e, se não<br />
houver desvios relativamente ao que se espera, a forma do legado humano é a<br />
própria vida eterna (individual).<br />
Como outra parte não-visível dessa unidade tripartida, a ALMA está no<br />
domínio específico da exa-atto 'ponte' humana 185 , onde o "ADN", como codificador<br />
humano "metafísico", está na base do Código Humano de sua herança - em que o<br />
gene humano hereditário o obriga a uma obediência inevitável à Ordem Social.<br />
Esse gene confere outras quatro características humanas hereditárias<br />
"visíveis": a necessidade de proteção; a capacidade de transformação; a<br />
capacidade de comunicação; e a capacidade de negociação.<br />
Para as satisfazer, o processo existencial humano é o da coexistência de<br />
um contrato social geral e de diversos e variados contratos sociais<br />
particulares, cujos resultados esperados são, respectivamente, o "bem-estar<br />
supra-social" e o "bem-estar intra-social".<br />
184 Rever ANEXO "K": Homo-Antropus (HA): Genoma (HAGen) e Processo Existencial (HAPE). Rever<br />
ANEXO "L": HA: ExaAtto Esfera (HAExaAtoEs).<br />
185 Idem.
103<br />
Se não houver desvios relativamente ao que se espera, a forma do legado<br />
humano é a vida humana social (coletiva) - que não se agrilhoa a "culturas", nem a<br />
"éticas moralistas", nem a "moraléticas"...<br />
Dessa maneira, a partir daquele "duplo enraizamento cósmico e terrestre",<br />
reconheço também aqui, e ao mesmo tempo, a existência do "desenraizamento<br />
propriamente humano" - sugerido por Morin (2000 p. 48).<br />
Todavia, nesse desenraizar tipicamente humano, como eu já mencionei<br />
naquela minha primeira monografia (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 p. 72),<br />
deve-se levar em conta os domínios espiritual, natural e humano.<br />
Portanto, enquanto a "unidade da condição humana individual (antropo)",<br />
como enraizamento cósmico-terrestre (ou geo-cósmico), é igual à unidade<br />
antrópica, "a unidade do humano do humano individual (homo)", como<br />
desenraizamento endo-humano, é igual à unidade homo 186 .<br />
Da integração dessas duas unidades resulta uma Unidade Homo-Antrópica<br />
Individual (UHAI) "trans-meta-espaço-temporal" e trans-meta-cosmo-geo-(a)bioendo-homo-antropo.<br />
É a cosmo-topo-geo-(a)bio-homo-antropo-trans-meta esfera<br />
individual: com a respectiva ordem (infra-supra-sobre)natural; e uma prioridade<br />
real-virtual 187 trans-multi-meta-relativa. Com isso, o infra-ambiente da InInfHum, em<br />
NeEsIn, passa a ser um Antropo-Holograma Real-Virtual (AnHoReVi), ao qual<br />
continuo a atribuir a dominada (ou pseudo-dominante) ROHI.<br />
Mas o "virtual" é a representação mental feita por cada ser humano, em seu<br />
"(des)enraizamento", relativamente ao "real" fora dele. Por isso, cada AnHoReVi<br />
revela um UNI(DI)VERSO ENDO-<strong>HOMO</strong>-<strong>ANTRÓPICO</strong> de matéria e energia, e<br />
cada "caldinho" e "cadinho" antrópicos "viram" homo-antrópicos...<br />
Então, é a partir da fragmentação↔(re)produção↔(re)integração daquela<br />
unidade homo-antrópica (UHAI) que resulta o ambiente (a)biótico exo-humano 188 ,<br />
formando uma unidade exo-homo-antrópica "trans-meta-espaço-temporal" e transpluri-multi-meta-cosmo-geo-(a)bio-exo-homo-antropo.<br />
É a cosmo-topo-geo-(a)bioexo-homo-antropo-trans-pluri-multi-meta<br />
esfera social.<br />
186 Atualmente chamada de homo sapiens sapiens.<br />
187 Considero como virtual tudo o que é representação mental feita a partir de definições, conceitos,<br />
crenças, técnicas e tecnologias, humanas.<br />
188 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.
104<br />
3.1.4 Ambiente (a)biótico exo-humano<br />
Estamos simultaneamente dentro e fora da natureza. A condição cósmica<br />
[...] A condição física [...] A condição terrestre [...] A condição humana<br />
[...] 'unitas multiplex': unidade e diversidade humana (MORIN, 2000 pp. 48-<br />
52, 55; grifos meus)<br />
Cada InInfHum, na UHAI do seu "processo cosmo-topo-geo-(a)bio-endohomo-antrópico<br />
hologramático", mas agora teleológico (por ser dirigido por uma<br />
visão representadora e transformadora de um sistema de complexidade real-virtual),<br />
tem co-operado com outras incubadoras humanas.<br />
Essa co-operação acontece entre Unidades Homo-Antrópicas Individuais<br />
(UHAI 's), no planeta Terra - algures no Cosmo -, a partir da Unidade de Integração<br />
Ambiental Local (UIALoc), expandindo suas fronteiras para a Unidade de Integração<br />
Ambiental Regional (UIAReg) e a Unidade de Integração Ambiental Global<br />
(UIAGlo) 189 .<br />
Isso tem facilitado o (re)desenho de um "ambiente exo-humano", intrainterativo,<br />
em espiral retro-ativa recursiva, de exo-homo-antropo-existência (vivência,<br />
convivência e sobrevivência, de coletivos humanos ou sociedades humanas), exohomo-antropo-dissipação<br />
(sublimação 190 , de coletivos humanos ou sociedades<br />
humanas), exo-homo-antropo-absorção (nutrição, formação e educação, de<br />
coletivos humanos ou sociedades humanas) e exo-homo-antropo-influência<br />
(egoísmo e altruísmo, de coletivos humanos ou sociedades humanas), a que chamo<br />
UNI(DI)VERSO EXO-<strong>HOMO</strong>-<strong>ANTRÓPICO</strong> de matéria e energia. Ou ambiente<br />
(a)biótico exo-humano.<br />
Assim sendo, cada "incubadora humana" (InInfHum), real-virtual, mediante<br />
convenções e contrato(s) social(is), voluntários ou forçados, públicos ou privados,<br />
formais ou informais, tem criado "outras" incubadoras "fora dela mesma", passando<br />
a ser, ela também, uma incubadora de incubadora(s) de caos, ordem e organização<br />
exo-humanos, em detrimento, total ou parcial, de seus próprios caos, ordem e<br />
organização endo-humanos.<br />
Cada InInfHum é "(re)desenhada" por uma convergência de estabilização<br />
reais, cósmicas, terrestres e antrópico-individuais (NeEsCo, NeEsGe e NeEsIn),<br />
189 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.<br />
190 Ver GLOSSÁRIO.
105<br />
mediante um processo aleatório composto por dois subprocessos simultâneos<br />
de incubação ambiental: 1) complexa não-utópica - de "fora de um nada real"<br />
para "dentro de um todo real" (o cosmo-topo-geo-antropo holograma real,<br />
CoGeAnHoRe); e 2) humana complexa utópica - de "dentro desse todo real"<br />
(parte não-utópica AnHoRe), para "fora dele" (parte não-utópica CoGeHoRe) e<br />
para "dentro de um todo virtual" (parte utópica ou Antropo-Holograma Virtual<br />
AnHoVi, que inclui a noosfera e outras esferas de representação humana).<br />
A diferença substancial desta incubadora (InInfHum) para as outras duas<br />
"incubadoras reais" (InCos e InGeo) - respectivamente incubadoras de uma<br />
"incubadora real (InGeo)" e de mais de uma "incubadora real" (InInfHum) -, é que<br />
cada InInfHum transforma-se num "mecanismo de enraizamento, proteção e<br />
conservação" de um ambiente infra-supra-sobre-natural individual (u)tópico<br />
(simultaneamente real e virtual, na mesma escala, velocidade e ritmo, ou em<br />
escalas, velocidades e ritmos diversos): o cosmo-topo-geo-não-topo-antropo<br />
holograma real-virtual; ou CoGeAnHoReVi 191 .<br />
Além disso, ainda no processo aleatório de incubação ambiental humana<br />
também complexa, mas, desta feita, reversa, hiperbólica e teleológica, em cada<br />
InInfHum, a parte utópica endo-exo-humana (o ambiente "todo virtual" AnHoVi),<br />
tenta (ab)usar, (re)modelar e (des)controlar a sua parte não-utópica exo-humana (o<br />
ambiente "todo real" CoGeHoRe) e passa a (auto)restringir e (auto)controlar a sua<br />
parte não-utópica endo-humana (o "todo real" AnHoRe).<br />
Desta forma, cada InInfHum transforma-se também num "mecanismo de<br />
(des)enraizamento, (pseudo)proteção e (pseudo)conservação" de um ambiente<br />
infra-supra-sobre-natural individual (u)tópico (simultaneamente real-virtual-real):<br />
o homo-antropo holograma real-virtual-real geo-cósmico, ou HAHoReViReGeCo 192 .<br />
É a associação, forçada ou não, de HAHoReViReGeCo's que, "a partir de um<br />
nada social homo-antrópico", vai (re)criando um "todo social homo-antrópico, realvirtual-real",<br />
ou ambiente social, ou Homo-Antropo-Socialis Holograma Real-Virtual-<br />
Real Geo-Cósmico (HASoHoReViReGeCo). E é a este que, de forma complexa,<br />
reversa, hiperbólica e teleológica, cada HAHoReViReGeCo se vai (re)submetendo,<br />
voluntariamente ou não.<br />
191 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.<br />
192 Idem.
106<br />
Logo, no caos de um "espaço-tempo", entre "um nada" e "um tudo", tem-se<br />
formado (e mantido) dinamicamente uma zona espaço-temporal de estabilização<br />
terrestre global↔regional↔local de corpos (u)tópicos (trans-multi-meta-bióticos)<br />
de estabilização (u)tópica do dueto matéria-energia (des)conhecidas - portanto,<br />
em equilíbrio exo-homo-antropo dinâmico -, (des)integrada por esta tríade de<br />
fatores exo-humanos sociais: "desordem exo-humana social ↔ organização exohumana<br />
social ↔ ordem exo-humana social".<br />
Nessa tríade, a "organização exo-humana social" é feita por um "mecanismo<br />
estabilizador exo-humano social" ou incubadora supra-humana (InSupHum).<br />
Essa InSupHum vai gerando (sustentando e conservando) um ambiente exohumano<br />
social, não-parte do todo cósmico nem do todo terrestre, mas parte<br />
representativa de distintos "todos endo-humanos", o qual tem a imanência<br />
"emprestada" por todos os "todos". Também por isso, a esse supra-ambiente chamei<br />
Homo-Antropo-Socialis Holograma Real-Virtual-Real (HASoHoReViReGeCo), e<br />
atribuo-lhe a dominante e dominadora Responsabilidade de Ordem Humana Social<br />
(ROHS), ou Responsabilidade de Ordem Humana Não-Individual (ROHNI).<br />
Além disso, aperfeiçoando o que eu disse em outra monografia (DA COSTA<br />
FERREIRA, 2011 pp. 65, 91), cada InSupHum "é responsável" por absorver para o<br />
seu corpo social utópico tanto o "caldo terrestre" - que afunilou (e afunila) a "sopa<br />
cósmica" - quanto os diversos "caldinhos antrópicos", visando à sustentação e ao<br />
sustento de um "complexo social": o complexo SOCIO-<strong>HOMO</strong>-ANTROPO.<br />
Para isso, a InSupHum vai mantendo aquele ambiente exo-humano em<br />
equilíbrio dinâmico. A este eu chamei Neo-Estabilização Social (NeEsSo) dos<br />
"sujeitos humanos": utópica - porque não ocupa um espaço natural ou lugar<br />
natural ou topo natural, ao longo de um tempo natural; e antrópica - porque é fruto<br />
de re-fragmentação, re-produção e re-integração humanas individuais e/ou coletivas,<br />
É o "caldo social", em vários e distintos "cadinhos homo-antropo-socialis", no<br />
vórtice do (des)envolvimento da condição social - que não deve ofuscar a condição<br />
humana (antropo) nem o humano do humano (homo), e deverá subordinar-se às já<br />
aqui referidas condições cósmica e terrestre.<br />
Agora, continuando a mirar a vida, essa condição social, necessária, mas<br />
não-suficiente, no supra-sistema complexo de cada InInfHum - incubada na
107<br />
InSupHum, que está incubada na InGeo, que está incubada na InCos 193 -, de dentro<br />
para fora, localiza, regionaliza e globaliza teleologicamente um ponto virtual<br />
relativo (ou topo artificial ou "todo-relativo" artificial ou lugar que existe apenas<br />
artificialmente), ponto "centro-periferia": a utopia cosmo-topo-geo-(a)bio-homoantropo-sociedade,<br />
que obedece a uma ordem social compreendida,<br />
reversamente, a partir da própria essência de "tudo" (humano, terrestre, cósmico),<br />
tendo prioridade virtual-real, superior à ordem humana, porém inferior<br />
relativamente às ordens terrestre e cósmica.<br />
É essa ordem utópica e antrópica que substitui, planeja, subordina, monitora<br />
e controla as ações genuínas do(s) indivíduo(s) humano(s).<br />
Essas ações desenvolvem-se na InSupHum, que permite que os InInfHum<br />
ajam coletivamente para identificar as necessidades ou capacidades, vitais ou<br />
supérfluas, de cada InSupHum - por isso, necessidades ou capacidades críticas e<br />
não-críticas e necessidades e capacidades "inegociáveis" e "negociáveis". Uma vez<br />
identificadas tais necessidades ou capacidades, individuais ou coletivas, essa ordem<br />
utópica e antrópica faz com que todos os InInfHum incubados, "conscientes",<br />
proajam ou ajam ou reajam, ou não, racionalmente, para satisfazer em algum grau<br />
essas necessidades ou capacidades imanentes ou não-imanentes.<br />
Como já referi aqui, considero como virtual "tudo o que é representação<br />
mental humana" - representação feita a partir de definições, conceitos, crenças,<br />
técnicas e tecnologias, humanas.<br />
Particularmente, nas "crenças", o elemento mitológico é substituído (por mim)<br />
pelo elemento espiritual (que engloba aquele), visando a revelar a parte do ser<br />
humano trino (corpo, alma e espírito) que liga o seu patrimônio genético tanto à "sua<br />
criação" quanto ao "seu fim" - a que eu chamo ADN trans-antrópico ou meta-físicosocial<br />
194 .<br />
Dessa forma, também agora, reconheço aqui "o desenraizamento<br />
propriamente humano" sugerido por Morin (2000 p. 48).<br />
Por isso, reversamente, a "unidade da condição humana como espécie<br />
(homo-antropo-socialis) e como ética do humano (homo-antropo-eticus)", é uma<br />
unidade cosmo-terrestre-homo-antropo-trans-pluri-meta-socio-ética, ou Unidade<br />
193 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.<br />
194 Rever ANEXO "K": Homo-Antropus (HA): Genoma (HAGen) e Processo Existencial (HAPE).
108<br />
Homo-Antrópica Social (UHAS), ou Unidade de Integração Social Homo-Antrópica<br />
(UISHA), ou UNI(DI)VERSO SOCIAL 195 , ou apenas <strong>AMBIENTE</strong> SOCIAL.<br />
E é a partir desse (e integrado nesse) ambiente social que cada ser humano<br />
(re)imagina e (re)constrói a complexidade de seu UNIVERSO "trans-meta-topoespaço-temporal"<br />
e cosmo-geo-(a)bio-trans-pluri-multi-meta-homo-antropo (ou<br />
cosmo-topo-geo-(a)bio-homo-antropo-trans-meta esfera social), ou UNI(DI)VERSO,<br />
na Unidade de Integração Ambiental Complexa (UIAC).<br />
E, a partir da UIAC, estabelece uma Unidade de Integração Ambiental<br />
Complexo-Teleológica (UIACT) de um UNIVERSO REAL-VIRTUAL (pela forma<br />
reversa) e UNIVERSO VIRTUAL-REAL (pela forma hiperbólica). Ou, de forma<br />
reversa e hiperbólica, um UNIVERSO REAL-VIRTUAL-REAL, ou, apenas,<br />
UNI(REVIRE)VERSO.<br />
Esse UNI(REVIRE)VERSO, idealizado por mim, é um micro-sistema<br />
humano 196 por onde anda e onde age, de forma complexa, reversa, hiperbólica e<br />
teleológica, o Homo-Antropus (HA) 197 , simultaneamente geo-estacionário e<br />
antropo-dinâmico.<br />
E é também nesse UNI(REVIRE)VERSO que se observa o "princípio de<br />
unidade/diversidade em todas as [sub]esferas" ou o "unitas multiplex" - de Morin<br />
(2000 p. 55).<br />
Para ele (MORIN, 2000 pp. 55-56), a primeira [sub]esfera é a "[sub]esfera<br />
individual" ou "unidade / diversidade genética" ou "unidade / diversidade cerebral,<br />
mental, psicológica, afetiva, intelectual, subjetiva", em que :<br />
[...] todo ser humano carrega, de modo cerebral, mental, psicológico,<br />
afetivo, intelectual e subjetivo, os caracteres fundamentalmente comuns e<br />
ao mesmo tempo possui as próprias singularidades cerebrais, mentais,<br />
psicológicas, afetivas, intelectuais, subjetivas...<br />
195 Ver GLOSSÁRIO.<br />
196 Ver ANEXO "M": HA agindo num micro-sistema. E ver ANEXO "N": HA numa "ÁRVORE DA VIDA<br />
TERRENA" num micro-sistema.<br />
197 Ver GLOSSÁRIO.
109<br />
É nessa "[sub]esfera individual" que, para Morin (2000 pp. 56-58; grifos<br />
meus), "todo ser [...], fechado na mais banal das vidas, constitui ele próprio um<br />
cosmo" 198 , pois:<br />
Traz em si multiplicidades interiores, personalidades virtuais, uma<br />
infinidade de personagens quiméricos, uma poliexistência no real e no<br />
imaginário, no sono e na vigília, na obediência e na transgressão, no<br />
ostensivo e no secreto, balbucios embrionários em suas cavidades e<br />
profundezas insondáveis.<br />
Essa "[sub]esfera individual" é o "homo complexus" de Morin (2000 pp. 58-59;<br />
grifos meus) ou o "ser humano complexo" que, segundo ele:<br />
[...] traz em si, de modo bipolarizado, caracteres antagonistas: sapiens e<br />
demens (sábio e louco); faber e ludens (trabalhador e lúdico); empiricus e<br />
imaginarius (empírico e imaginário); economicus e consumans<br />
(econômico e consumista); e prosaicus e poeticus (prosaico e poético).<br />
Também para Morin (2000 p. 56), a segunda [sub]esfera é a "[sub]esfera<br />
social" ou "[sub]esfera da sociedade", na qual:<br />
[...] existe a unidade / diversidade das línguas (todas diversas a partir de<br />
uma estrutura de dupla articulação comum, o que nos torna gêmeos pela<br />
linguagem e separados pelas línguas), das organizações sociais e das<br />
culturas.<br />
E é nessa "[sub]esfera social" que se pode observar tanto a pluralidade de<br />
indivíduos quanto a diversidade cultural.<br />
Em que aquela "pluralidade" é o conjunto de subesferas individuais, em cada<br />
qual, segundo Morin (2000 pp. 60-61): "a possibilidade do gênio decorre de que o<br />
ser humano não é completamente prisioneiro do real, da lógica (neocórtex), do<br />
código genético, da cultura, da sociedade"; "a pesquisa, a descoberta avançam no<br />
vácuo da incerteza e da incapacidade de decidir"; "o gênio brota na brecha do<br />
incontrolável, justamente onde a loucura ronda"; e "a criação brota da união entre as<br />
profundezas obscuras psicoafetivas e a chama viva da consciência".<br />
E aquela "diversidade", também para Morin (2000 p. 56) é o "conjunto dos<br />
saberes, fazeres, regras, normas, proibições, estratégias, crenças, idéias, valores,<br />
mitos, que se transmite de geração em geração, se reproduz em cada indivíduo,<br />
controla a existência da sociedade e mantém a complexidade psicológica e social".<br />
198 "Cada qual contém em si galáxias de sonhos e de fantasmas, impulsos de desejos e amores<br />
insatisfeitos, abismos de desgraças, imensidões de indiferença gélida, queimações de astro em fogo,<br />
acessos de ódio, desregramentos, lampejos de lucidez, tormentas dementes..." (MORIN, 2000 pp. 57-<br />
58)
110<br />
Portanto, é também nessa "[sub]esfera social" que, titubeando num<br />
UNI(REVIRE)VERSO, de ambiente (a)biótico endo-exo-humano<br />
(HASoHoReViReGeCo) ou "ambiente humano", numa Incubadora Humana<br />
(InHum) 199 , esse homo complexus 200 age (des)integrado e (des)integrando...<br />
Essa InHum mantém e conserva esse ambiente humano, meta-biótico e<br />
(u)tópico, em Neo-Estabilização Humana (NeEsHu), ao qual atribuí a<br />
Responsabilidade de Ordem Humana (ROH) 201 .<br />
199 Incubadora Humana (InHum) ↔ Incubadora Infra-Humana (ou InInfHum) ∩ Incubadora Supra-<br />
Humana (ou InSupHum).<br />
200 O homo complexus (citado de Morin) equivale ao Homo-Antropus (HA) idealizado por mim.<br />
201 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.
111<br />
3.1.5 Unidade de Integração Ambiental Complexa<br />
As sociedades humanas são sistemas complexos adaptáveis, mas são<br />
aninhadas em ecossistemas adaptáveis até mesmo mais complexos. O<br />
conjunto de elementos terrestre, aquático, aéreo, e subterrâneo dos<br />
ecossistemas de interação por todo o mundo fornece a sustentação<br />
básica requerida para a vida humana. Nós colocamos valor em funções<br />
do ecossistema porque elas são essenciais para a continuação da<br />
existência humana. Nós também colocamos valor em ecossistemas para<br />
as nossas necessidades culturais e emocionais. (LIMBURG, et al., 2002<br />
p. 410; tradução minha; grifos meus)<br />
Em minha primeira monografia (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 pp. 144-<br />
153) criei meu método original que denominei ”CaosLocBalGloCalOrdem!” 202 e<br />
que uso como meu "instrumento de rigor científico" para auxiliar no meu<br />
pensamento, método e integração complexos 203 .<br />
Esse método original de implicação-distinção-conjunção é "um espelho teórico<br />
para refletir sua própria imagem de rigor essencial - seu nome. E serve de filtro<br />
único (mas flexível quando for necessário deixar passar outras imagens que não a<br />
sua própria), seja reunindo "todo(s) conhecido(s)" num "tudo", seja distinguindo<br />
"parte(s) deste" - sua potencialidade".<br />
Esse instrumento teórico é o método do processo que transforma<br />
cientificamente o "mundo real" em um "mundo virtual".<br />
Tal método é que me permite perceber a parte não-tópica [realidade<br />
percebida ou Uni(Di)verso Virtual], onde vou sendo e estou como "agente<br />
local↔regional↔global" [realidade em si ou Uni(Di)Verso Real]. E permite-me<br />
também tornar esses "dois mundos" num "mundo real-virtual" [realidade percebida<br />
pelo observador, "em si" e "fora de si", ou Uni(Di)Verso Real-Virtual].<br />
Nesse mundo real↔virtual, a minha posição de "observador↔agente local" é<br />
de dinamismo centro↔periférico e varia de forma aleatória (complexa) e direcionada<br />
(teleológica).<br />
Como observador, opto pelas "abordagens por processos complexos" e,<br />
como agente local, estabeleço "métodos complexos adaptáveis". Dessa maneira,<br />
torna-se possível identificar e posicionar "pontos hologramáticos", determinar<br />
(intuitivamente ou não) as respectivas "trajetórias", que traçam "eixos dialógicos e<br />
diacrônicos". Estes eixos, por sua vez, geram "planos dialógicos e diacrônicos" onde<br />
202 Rever ANEXO "I": Método ”CaosLocBalGloCalOrdem!”.<br />
203 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.
112<br />
é possível delimitar "áreas de vizinhança" ou "zonas de influência" ou "superfícies de<br />
impacto" relativamente àqueles "pontos hologramáticos", em que cada ponto é um<br />
centro↔periferia dinâmico, em penosa espiral retroativa-recursiva que, de dentro<br />
para fora, vai circunscrevendo dinamicamente o respectivo "mundo-periferia"<br />
(exatto-esfera dialógica e diacrônica em transgiro 204 ).<br />
Assim, já comigo "observador" consciente na posição de "agente" na(da)<br />
complexidade desse "mundo real↔virtual", o processo desse novo método<br />
fundamentou-se na Teoria dos Conjuntos, na Topologia 205 e em três princípios do<br />
método complexo (MetCom) 206 , para ter outputs (saídas) a partir de inputs<br />
(entradas), numa (con)sequência de 13 passos 207 .<br />
Com essa fundamentação, os passos 1 a 3 foram dados sob o amparo da<br />
técnica formal [científica] de redução ao impossível 208 , com a dupla finalidade de:<br />
demarcar esse novo método, matemática e logicamente, de discussões estéreis e<br />
infindáveis, filosóficas ou outras, sobre a ‘origem’, a 'motivação', o 'caminho', a<br />
'verdade', a 'vida' e o ‘fim’ de tudo e todos; manter a sua coerência relativamente aos<br />
três princípios do pensamento humano complexo científico 209 .<br />
Assim, no passo 1 estabeleci duas tautologias 210 razoáveis na mônada 211<br />
do "UNIVERSO ABSOLUTO". O qual não vejo, não ouço, não conheço e não<br />
percebo. E com quem não falo, nem argumento. O qual, por sua vez, não dialoga<br />
comigo, e a qualquer tempo me mitigará ou aniquilará...<br />
A primeira tautologia, explícita e de referência, é o ‘nada absoluto’.<br />
A segunda tautologia, implícita e o seu oposto, é o 'tudo' ou o ‘todo<br />
absoluto’.<br />
204 Ver GLOSSÁRIO: por analogia, 'geotransgiro'.<br />
205 Ver GLOSSÁRIO.<br />
206 Idem.<br />
207 Rever ANEXO "I": Método ”CaosLocBalGloCalOrdem!”.<br />
208 Na lógica formal, [do grego, η εις άτοπον απαγωγη (hi eis átopon apagogi), "reduction to the<br />
impossible"], muitas vezes usado por Aristóteles, também conhecido como um apagogical argument,<br />
reductio ad absurdum ou proof by contradiction, é um tipo de argumento lógico usado quando a<br />
contradição formal pode ser derivada de uma afirmação permitindo concluir sua falsidade.<br />
(INFOPÉDIA, s/d p. s/nº)<br />
209 O pensamento humano complexo científico deve exceder os "habituais" 360 km/h ou 100 m/s -<br />
que, mesmo assim, correspondem a 1/3 da "velocidade do som" e ficam muito aquém da "velocidade<br />
da luz" no vácuo.<br />
210 Em termos de lógica matemática, conforme Daghlian (1990 p. 64): "qualquer tautologia pode ser<br />
incluída na sequencia após qualquer proposição já colocada".<br />
211 Ver GLOSSÁRIO.
113<br />
Dessa forma, garanti à partida o PRINCÍPIO DIALÓGICO ou a dualidade na<br />
unidade do processo do meu método.<br />
A escolha dessa ‘referência’ deveu-se ao fato óbvio de eu [ou outrem] não<br />
poder afirmar ‘comprovadamente’ a existência de um 'tudo' ou ‘todo absoluto’,<br />
mas poder afirmar comprovada e imediatamente a existência de um ‘nada<br />
absoluto’. Com esse raciocínio, pude fixar experimentalmente uma tautologia.<br />
Ora, no processo do meu método ”CaosLocBalGloCalOrdem!”, essa<br />
tautologia é entrada no subprocesso "afirmação de existência" e, simultaneamente,<br />
é a saída desse mesmo subprocesso, sem ‘resíduo subprocessual’, garantindo,<br />
também à partida, o PRINCÍPIO DA RECURSÃO ORGANIZACIONAL do processo<br />
desse meu método.<br />
Logo, no passo 2 qualquer parte existente (por exemplo, "vida física")<br />
contradiz imediatamente essa tautologia ‘nada absoluto’ e, assim, a entrada<br />
desta no subprocesso de "contradição da afirmação" (de sua própria existência)<br />
gera como saída uma parte existente {≠ ø} e um ‘resíduo subprocessual’ - este ‘nada<br />
relativo’ ou subconjunto vazio usualmente simbolizado por { } ou ø (por exemplo, a<br />
morte física, como ausência de vida física). Ou seja, é a mônada do UNI(DI)VERSO<br />
VIVO 212 ou subconjunto variável {vida = ø; vida ≠ ø}.<br />
Consequentemente, o passo 3, como não existe ‘parte’ sem ‘todo’, essa<br />
‘parte existente’ é a entrada no subprocesso de "conclusão espontânea" (e<br />
suficiente) cuja saída é o ‘todo existente’ estático, o subconjunto: { ø, {espaço},<br />
{tempo}, {energia}, {matéria} }.<br />
Esses passos 2 e 3 garantem, ainda à partida, o PRINCÍPIO<br />
HOLOGRAMÁTICO (a parte está no todo e o todo está na parte) do processo desse<br />
meu método.<br />
No passo 4, ‘libertei’ a matéria, a energia, o espaço, o tempo e os respectivos<br />
‘vazios’ naquele ‘todo existente’ estático e fiz este entrar num subprocesso de<br />
"fragmentação controlada" para sair como ‘todo relativo’ dinâmico com suas<br />
intra-ações ou com as (intra)interações dos seus elementos ø, matéria, energia,<br />
espaço e tempo, existindo como unidades em si mesmos no subconjunto de<br />
212 Ver GLOSSÁRIO.
114<br />
mônadas { {espaço / ø espaço }, {tempo / ø tempo }, {energia / ø energia }, {matéria / ø matéria } }.<br />
Dessa forma, surgiu o ‘Caos’ Cósmico.<br />
Destarte, concluí a fase não-cíclica do processo do meu método!<br />
Resgato agora as condições da complexidade humana - conforme já citei de<br />
Morin (2000) e grifei na primeira parte desta monografia, quando justifiquei<br />
teoricamente a minha opção por empreendedores complexos para todo<br />
desenvolvimento verdadeiramente humano: a condição cósmica; a condição<br />
terrestre; a condição humana; e a condição do mundo humano.<br />
Por esse resgate, se verifica que é imprescindível a coexistência de cada um<br />
dos seres humanos com cada um dos demais elementos - todos eles ‘agentes’ (ou<br />
'empreendedores complexos') mais ou menos ativos (ou mais ou menos passivos) -<br />
num espaço e num tempo comuns. E se infere que o "Caos" Cósmico não tem de<br />
ser medido pela sua entropia 213 de organização cósmica, nem de ser controlado na<br />
entropia 214 , nem na alotropia 215 de todos os seus elementos.<br />
Por isso e como para este trabalho é irrelevante explicar ou medir o "Caos"<br />
em si, é a partir deste, apenas como um marco, que, agora, inicio a fase cíclica<br />
deste meu processo, buscando com os passos: 5 a 7, estabilizar um espaço-tempo<br />
(como se fosse uma espécie de ‘ponto estável’ de Lagrange 216 , no qual as forças<br />
cósmicas centrífugas tivessem sido ‘canceladas’ por equivalentes forças naturais<br />
centrípetas) possível para o ciclo de vida de um agente (ecossistema com o ‘caos<br />
cósmico’ como ‘pano de fundo’ e onde são desconsideradas eventuais catástrofes<br />
cósmicas 217 ) e hierarquizar esse espaço-tempo; 8 a 10, delimitar o conflito entre<br />
matéria e energia, bem como a ação do agente (ou empreendedor complexo ) nessa<br />
posição topológica (até que termine o ciclo de vida de tal indivíduo); 11 e 12,<br />
evidenciar o legado e a herança de um ecossistema alterado apenas pela ação do<br />
agente ‘morto’ e, portanto, não incluí as alterações feitas especificamente pelos<br />
antecessores ou sucessores dele; 13, iniciar o ciclo de eventual ‘novo’ agente 218 ...<br />
213 Ver GLOSSÁRIO.<br />
214 Idem.<br />
215 Idem.<br />
216 Idem.<br />
217 Esta desconsideração é razoável, porquanto qualquer impacto de dimensões cósmicas deverá,<br />
eventualmente, "acabar" abruptamente com todo o ecossistema e a vida, como os conhecemos...<br />
218 É "admissível" a coexistência intergeracional de quatro gerações: avós, filhos, netos e bisnetos.
115<br />
Podendo continuar agora com o processo do meu método<br />
”CaosLocBalGloCalOrdem!”...<br />
O passo 5 é o subprocesso de "posicionamento topológico" cuja entrada é<br />
o Caos como o ‘todo relativo’ dinâmico de interesse e cuja saída é a existência de<br />
um agente num ecossistema Local - onde o agente inicia o seu ciclo vital possível<br />
com o seu nascimento.<br />
O passo 6 é o subprocesso de "limitação topológica" cuja entrada é essa<br />
existência de um agente (a partir da qual se estende a vizinhança observável por<br />
este) e tem como saída uma esfera potencial máxima onde o agente (intra)interage<br />
- a que chamei de ecossistema gloBal do agente, ou sua exa-atto esfera.<br />
O passo 7 é o subprocesso de "hierarquização topológica" (crucial para a<br />
estabilização orto-diagonal do conflito entre matéria e energia naquela exa-atto<br />
esfera), cuja entrada é tal esfera potencial máxima e cuja saída são níveis de<br />
hierarquia - com potências distintas aplicadas sobre o agente que (intra)interage<br />
naquele ecossistema de estratificação Global: num hemisfério de reprodução ou de<br />
alteração no número de unidades (exa-hemisfério); e num hemisfério de<br />
fragmentação dessas unidades ou de alteração de suas propriedades ‘naturais’ ou<br />
‘hereditárias’ (atto-hemisfério).<br />
O passo 8 é o subprocesso de "plano topológico", cuja entrada são esses<br />
níveis de hierarquia e cuja saída é o plano onde está o loCal do agente - que inclui a<br />
sua própria vizinhança - numa certa Ordem a que o agente deve obedecer !<br />
O passo 9 é o subprocesso de "alteração topológica" (inclui a "reprodução<br />
existencial"), que tem como entrada aquele plano topológico do agente e tem como<br />
saída o ecossistema alterado pelo agente - cuja ação pode ser monitorada para<br />
atribuição e controle de responsabilidade individual.<br />
O passo 10 é o subprocesso de "fragmentação existencial", cuja entrada é<br />
o ecossistema alterado pelo agente e cuja saída é a ‘nova’ posição desse agente -<br />
isto é, a morte física (ou o fim do "ciclo observável") daquele agente.<br />
O passo 11 é o subprocesso de "topologia do legado", cuja entrada é aquela<br />
‘nova’ posição do ‘agente’ (morto) e cuja saída é o ecossistema legado por tal<br />
agente a um herdeiro - mesmo que este não o seja por reprodução daquele agente,<br />
e quer o legado seja tácito ou formal.<br />
O passo 12 é o subprocesso de "topologia do herdado", cuja entrada é o<br />
ecossistema legado pelo agente morto e cuja saída é o ecossistema herdado pelo
116<br />
herdeiro do agente morto - com os elementos ø, matéria, energia, espaço e tempo<br />
voltando a existir e (intra)interagir no Caos - mantido como "pano de fundo", mas<br />
vivo.<br />
O passo 13, passo final desta ‘(con)sequência’, é o subprocesso de "novo<br />
posicionamento topológico", cuja entrada é o ecossistema herdado pelo herdeiro<br />
do agente morto e cuja saída é a nova posição do novo agente - que, enquanto<br />
houver herdeiro(s) e herdeiro(s) de herdeiro(s), tem como (con)sequência os passos<br />
5 a 13 (ou seja, apenas a parte cíclica deste meu método)...<br />
Dessa maneira, concluí a fase cíclica do processo do meu método !<br />
E finalizei o processo de construção desse meu método !<br />
Portanto esse meu método, ”CaosLocBalGloCalOrdem!” integra de forma<br />
complexa os ambientes cósmico (ordem no caos), terrestre (ordem no planeta<br />
Terra), antrópico (ordem humana natural) e social (ordem humana "não-natural") 219 .<br />
Esses ambientes e respectivas ordens são fundamentalmente<br />
hologramáticos, dialógicos e recursivos organizacionais, mantidos e protegidos por<br />
uma espiral intra-inter-retroativa: de organizações ou incubações não-humanas reais<br />
e naturalmente imbricadas ou aninhadas, de fora para dentro (incubadora cósmica<br />
InCos e incubadora terrestre InGeo); e de organizações ou incubações humanas<br />
reais e virtuais, imbricadas ou aninhadas, naturalmente de dentro para fora<br />
(incubadora endo-humana individual InInfHum) e artificialmente de fora para dentro<br />
(incubadora exo-humana social InSupHum) 220 .<br />
Assim, para mim, qualquer espaço do homo-antropus está imerso no (e/ou<br />
emerge do) espaço topológico que é o ‘planeta TERRA’ - com todos os<br />
subespaços deste e respectivas propriedades topológicas, hereditárias, definidas e<br />
controladas por um processo cósmico com todos os seus subprocessos ecológicos e<br />
antropológicos, tudo obedecendo a uma ‘ordem natural’ que submete a ordem<br />
terrestre, a ordem humana individual e a ordem humana coletiva ou ordem humana<br />
social. (DA COSTA FERREIRA, 2008a p. 51), (DA COSTA FERREIRA, 2008b p. 1),<br />
(DA COSTA FERREIRA, 2008c p. 1) e(DA COSTA FERREIRA, 2009b p. 19) .<br />
E a cada lugar real (portanto, não-utópico) onde o cosmo-topo-geoambiente<br />
real CoGeHoRe (mantido e protegido pela hiper-interação da<br />
219 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.<br />
220 Idem.
117<br />
incubadora cósmica InCos e da incubadora terrestre InGeo, a que chamo<br />
Incubadora Cosmo-Terrestre, InCosGeo) disponibiliza os recursos naturais<br />
imprescindíveis ao exercício das funções vitais ou metabólicas dos seres vivos, e<br />
cuja qualidade determina a quantidade e o tipo de espécies que podem conviver na<br />
mesma área de influência, chamei (e chamo) cosmo-topo-geo-eco ou, mais<br />
reduzidamente, Geo-Eco. (DA COSTA FERREIRA, 2009b pp. 19,28).<br />
É na "bolha vital" da InCosGeo que se incuba a incubadora humana InHum<br />
(mantida e protegida pela supra-infra-interação da InCosGeo e da InHum, a que<br />
chamo Incubadora Cosmo-Terrestre-Humana InCosGeoHum).<br />
De outra forma, metaforicamente, como eu já disse em outra monografia<br />
minha (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 59-60), numa sussurrante e ondulante<br />
"sopa cósmica" que sustenta e permite reproduzir a vida natural numa bolha vital<br />
frágil ("caldo terrestre"), "nada tudo" um heterotrófico 221 e pensante "ingrediente<br />
cósmico" (o agente ou empreendedor complexo) que vive, convive e sobrevive,<br />
movendo-se naquela "bolha", diariamente, como um genuíno "caldinho antrópico".<br />
E, com isso, aquela "sopa" vira um buliçoso e enleante "caldo socioantrópico"<br />
ou uma nada genuína "mixórdia humana", que ajusta, monitora e<br />
controla a produção e reprodução da sociedade humana, numa auto-organização de<br />
todos os "todos humanos" ("caldinhos antrópicos"), por meio de conjuntos e<br />
subconjuntos de signos, contra-signos e signos contra signos ("caldo antrópico de<br />
signos" que limitam e comprimem a vivência humana, e mantêm e reproduzem a<br />
vida social de convivência e sobrevivência da espécie humana).<br />
Além disso, como eu também já coloquei antes (DA COSTA FERREIRA, 2011<br />
pp. 59-60), enquanto aquela sopa (cozinhada pela ordem cósmica e onde 'vagueia' a<br />
responsabilidade cósmica) e aquele(s) ingrediente(s), cósmicos, em si, compõem o<br />
uni(di)verso real (ou realidade não-utópica ou topia ou lugar ou realidade), aquele<br />
caldo (entornado pela ordem social e onde se metamorfoseia a responsabilidade<br />
social) constitui-se num uni(di)verso não-real (ou realidade utópica ou utopia ou<br />
não-lugar ou realidade virtual).<br />
A hiper-supra-hipo-infra-trans-meta-integração complexa desses dois<br />
uni(di)versos, também complexos, é o uni(di)verso real-virtual-virtual-real de<br />
221 Ver "heterotrofismo" no GLOSSÁRIO.
118<br />
"ambiente complexo" CoGeHASoHoReViViRe, naquela InCosGeoHum, onde o<br />
homo-antropus (HA) age (des)integrado e (des)integrando...<br />
Essa InCosGeoHum mantém e conserva esse "ambiente complexo"<br />
CoGeHASoHoReViViRe, trans-meta-biótico e (u)tópico, em Neo-Estabilização<br />
Cosmo-Geo-Humana (NeEsCoGeHu), ao qual atribuí a Responsabilidade de Ordem<br />
Síncrona Cosmo-Geo-Humana (ROSiCoGeHu).<br />
Em suma, o "mundo humano" ou "mundo antrópico" está imerso numa (e<br />
emerge duma) uni(di)versidade a um tempo "real" e "virtual", conforme fluxo interintra-retroativo<br />
(nem sempre recursivo e nem sempre significativo) a seguir:<br />
INÍCIO<br />
1º Nada → 1ª explosão (1º "Big Bang") →? ...<br />
UM RE-INÍCIO<br />
... → nada → "Big Bang"→<br />
(Cosmo-Holograma Real)<br />
→ espaço ↔ tempo ↔ caos↔ cosmo ↔ topos ↔ topogeo ↔<br />
(Geo-Holograma Real)<br />
↔ geocronotransgiro ↔ geo-abio ↔ geo-bio ↔ ser(es) (auto)heterotrófico(s) ↔<br />
(Homo-Antropo-Holograma Real-Virtual)<br />
↔ todo humano ↔ corpo ↔ alma ↔ espírito ↔ necessidades humanas ↔<br />
(Homo-Antropo-Socialis-Holograma Virtual-Real)<br />
↔ toda humanidade ↔ sociedades humanas ↔<br />
↔ mente humana ↔ ideias humanas ↔ signos humanos ↔ cultura humana ↔<br />
↔ herança ↔ transformação ↔ legado ↔ responsabilidade humana ↔<br />
... ↔ tudo →<br />
UM FIM<br />
→ "Big Crunch" →<br />
OUTRO RE-INÍCIO ?<br />
→ novo nada → novo "Big Bang"...<br />
OUTRO FIM ?<br />
FIM ?<br />
Porém, desse fluxo e para este trabalho, interessa apenas a (intra)inter-retroação<br />
recursiva de quatro ambientes hologramáticos (dois ambientes reais, CoHoRe<br />
e GeHoRe, um ambiente real/virtual, HAHoReVi, e um ambiente virtual/real,
119<br />
HASoHoViRe), num (in)certo espaço-tempo, que estabelece um ambiente<br />
complexo integrado 222 que permite uma "existência possível" num determinado<br />
topo (lugar), sujeita pela condição cósmica, pela condição terrestre, pela condição<br />
humana (inclui o humano do humano) e pela condição social: o "ambiente"<br />
CoGeHASoHoReViViRe ou, mais simplificadamente, CoGeHASoHoReViRe.<br />
Visando a uma convergência possível nesse "ambiente complexo integrado"<br />
CoGeHASoHoReViRe, dadas as inevitáveis e nem sempre compreensíveis<br />
divergências, também resgato agora, o que devemos inscrever em nós - conforme já<br />
citei de Morin (2000) e grifei na 1ª parte desta monografia, quando justifiquei<br />
teoricamente a minha opção por empreendedores complexos para todo<br />
desenvolvimento verdadeiramente humano: a consciência antropológica, que<br />
reconhece a unidade na diversidade; a consciência ecológica, que reconhece<br />
nossa união consubstancial com a biosfera, para nutrir a aspiração de<br />
convivibilidade sobre a Terra (a unidade da diversidade); a consciência cívica<br />
terrena que reconhece a responsabilidade e a solidariedade para com os filhos da<br />
Terra; e a consciência espiritual, que reconhece a condição humana como<br />
decorrente do exercício complexo do pensamento, permitindo, ao mesmo tempo e<br />
mutuamente, criticar-nos, autocriticar-nos e compreender-nos.<br />
Nesse desenvolvimento, o ser humano (indivíduo singular autônomo ou<br />
homo-antropos, HA) e sua espécie (conjunto de singularidades humanas<br />
participativas ou homo-antropos-socialis, HASo) estão "condenados" a entenderemse<br />
no "mundo real-virtual-real" (HoReViRe), que vão (re)construindo ou<br />
(re)destruindo, enquanto vivem, convivem e sobrevivem, como indivíduos e culturas,<br />
trans-meta-pluri-multi-diversamente, em cosmo-topo-geo-eco's (CoGe).<br />
Em cada cosmo-topo-geo-eco (ou, mais simplificadamente, Geo-Eco), como<br />
eu já disse em outra ocasião (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 pp. 100-101),<br />
existe uma ordem natural irreversível a que os seres vivos, como espécies distintas,<br />
obedecem, e que é consubstanciada num ciclo vital natural (portanto, não homoantrópico).<br />
222 Em termos de conjuntos, segundo Daghlian (1990 pp. 23-24), dentre outras, valem estas<br />
igualdades: "1 união (+) 0 = 1"; "1 + 1 = 1"; "1 intercepção com (.) 1 = 1"; "a + complemento de a<br />
(a') = 1"; "a .1 = a"; "a . a' = 0"; "a + b = b + a (comutativa da união); "a . b = b . a (comutativa da<br />
intercepção).
120<br />
Esse processo vital, cíclico e irreversível, de várias velocidades 223 e vários<br />
ritmos, conhecidos e desconhecidos, 'abre-se' com o subprocesso 1 dos seres<br />
autotróficos 224 . Estes organismos vivos que, como a grande maioria das plantas,<br />
pela fotossíntese, são capazes de usar diretamente (como inputs) a "energia<br />
luminosa" e a "matéria inorgânica" (água, dióxido de carbono e minerais) disponíveis<br />
no seu Geo-Eco. Para produzir matéria orgânica (como outputs): os seus próprios<br />
alimentos (principalmente, açúcares); as demais substâncias necessárias ao seu<br />
desenvolvimento e proteção (amidos, proteínas graxas e celulose); e resíduo<br />
(oxigênio) que é disperso na atmosfera.<br />
Esse processo vital, ‘consome-se’ no subprocesso 2 dos seres<br />
heterotróficos 225 . Estes organismos vivos que, como os seres humanos (homo<br />
consumans 226 ), são consumidores de compostos orgânicos e restituem resíduos<br />
(matéria mais pobre em energia e em substâncias nutritivas), na forma de dejetos,<br />
ao seu e a outros Geo-Eco's.<br />
Esse mesmo processo vital, ‘fecha-se’ com o subprocesso 3 dos<br />
microrganismos. Estes transformam matéria orgânica (os próprios animais e seres<br />
humanos, vivos ou mortos, e respectivos resíduos expelidos naturalmente enquanto<br />
vivos) em matéria disponível para uso dos seres autotróficos - que (re)iniciam a<br />
cadeia alimentar, numa autêntica espiral intra-inter-retroativa-recursiva ...<br />
Assim, um ciclo vital natural não deixa resíduos por assimilar. Portanto, os<br />
seres humanos devem conhecer as "leis da Natureza" (homo empiricus) para poder<br />
obedecer a elas (homo prosaicus), enquanto procuram sublimar - e não tentar<br />
dominar desmedida e loucamente (homo demens) - as "forças naturais" através do<br />
seu pensamento (homo cogitus), de suas mãos (homo faber) e do uso de<br />
223 A Teoria da Relatividade de Einstein diz que nada pode andar mais depressa do que a velocidade<br />
da luz. [Que] equivale a 299,792,458 metros/segundo (186,000 milhas/segundo). (HAMILTON, 2000c<br />
p. s/nº)<br />
224 Ver "autotrofismo" no GLOSSÁRIO.<br />
225 Ver "heterotrofismo" no GLOSSÁRIO.<br />
226 Esse "homo consumens" (consumista) veio de Morin (2000 p. 58), e foi por ele bipolarizado com o<br />
homo economicus que significa "econômico".
121<br />
instrumentos, recursos e técnicas auxiliares, reais, virtuais ou digitais (homo<br />
sapiens). 227<br />
E foi no intuito de compreender e orientar o(s) ser(es) humano(s) nesse<br />
"ambiente complexo integrado" CoGeHASoHoReViRe que, de um modo não<br />
maniqueísta, fundado no meu já aqui referido método complexo original denominado<br />
”CaosLocBalGloCalOrdem!” 228 , criei um método híbrido de organização a que<br />
chamei Método Complexo Reverso Hiperbólico Swotiano Vesteriano Coheniano (DA<br />
COSTA FERREIRA, 2011 pp. 58-62, 79), então MeCoReHiSwVeCo e, a partir de<br />
agora, Método ComRevHipSwoVesCoh 229 .<br />
Esse método híbrido iniciei-o com a "arrumação" de categorias que, a priori,<br />
considerei primordiais relativamente à atividade antrópica e respectiva<br />
responsabilidade social humana.<br />
Esse arranjo de categorias foi feito seguindo esta ordem de prioridade vital: 1)<br />
cosmo-topo-geo (planeta Terra); 2) vida humana; 3) necessidades humanas; 4)<br />
sociedade humana; e 5) responsabilidade social humana.<br />
Mirando apenas o "cosmo-topo-geo (planeta Terra)", procedi à integração e<br />
inter-retro-ação recursiva dos métodos complexo (MetCom), reverso (MetRev) e<br />
hiperbólico (MetHip) 230 .<br />
Foi nesta fase de hibridismo que o meu método passou a designar-se<br />
CaosLocBalGloCalOrdem!ComRevHip 231 e o "ambiente complexo integrado"<br />
CoGeHASoHoReViRe reverteu em "ambiente complexo integrado de forma reversa<br />
e hiperbólica" HASoHoReViReGeCo (de "GoGe" para "GeCo"). E a Incubadora<br />
Cosmo-Terrestre-Humana (InCosGeoHum) "transformou-se" em Incubadora<br />
Humana Geo-Cósmica (InHumGeoCos) - de "GosGeo" para "GeoCos".<br />
A InHumGeoCos mantém e conserva aquele "novo ambiente", trans-metabiótico<br />
e (u)tópico, o HASoHoReViReGeCo, em Neo-Estabilização Humana Geo-<br />
227 Esses "homos", aglutinados num homo complexus, vieram de Morin (2000 p. 58), em que homo<br />
faber é "trabalhador", na bipolarização como o homo ludens, "lúdico" (ou "jogador"). E a bipolarização<br />
homo sapiens e homo demens significa "a um tempo, sábio e "louco. As demais bipolarizações do<br />
homo complexus de Morin são: homo empiricus e homo imaginarius ("empírico" e "imaginário"); e<br />
homo prosaicus e homo poeticus ("prosaico" e "poético"). Ver ANEXO "O": Dinâmicas no HAPE da<br />
HAExaAtoEs: HAE (Homo-Antropus Ecleticus).<br />
228 Rever ANEXO "I": Método ”CaosLocBalGloCalOrdem!”.<br />
229 Rever ANEXO "J": Método "ComRevHipSwoVesCoh" ou "MetCoReHiSwVeCo".<br />
230 Ver método complexo, método reverso e método hiperbólico no GLOSSÁRIO.<br />
231 Rever APÊNDICE "CC": Integração humana: ambientes e incubadoras.
122<br />
Cósmica (NeEsHuGeCo), ao qual atribuí a Responsabilidade de Ordem Síncrona<br />
Humana Geo-Cósmica (ROSiHuGeCo).<br />
A InHumGeoCos passou a incubar a já aqui referida InHum 232 .<br />
Nesta fase de hibridismo, o meu método passou a designar-se<br />
CaosLocBalGloCalOrdem!ComRevHipSwoVesCoh 233 .<br />
Agora, mirando a "vida humana e suas necessidades" nessa InHum, integrei a<br />
técnica SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) 234 - que, no Brasil,<br />
é designada FOFA (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas, Ameaças) e, na<br />
Argentina, desculpando-me pelo "mau signo" usado no idioma português-brasileiro,<br />
é denominada FODA (Fortalezas, Oportunidades, Debilidades, Ameaças). Para<br />
compor o nome do método e daqui por diante, tentando evitar dissabores e<br />
confusões advindos do nome dessa técnica, optei pela sigla SWOT. 235<br />
Depois, continuando a mirar a "vida humana" nessa InHum, acoplei a técnica<br />
de VESTER 236 , que é facilitadora da identificação e determinação das causas e<br />
efeitos de uma situação-problema, em que uma boa identificação de problemas<br />
garante a formulação de objetivos, de forma clara e precisa, que, por sua vez, é<br />
facilitadora do "planejamento de alternativas" para atingi-los. 237<br />
Logo após, mirando a categoria "responsabilidade social" na InHum, integrei<br />
os quatro fatores sociais de COHEN que, coexistindo e interagindo na sociedade<br />
humana, explicam a ordem social, orientam o progresso social 238 e permitem que<br />
se apurem responsabilidades sociais humanas. 239<br />
Finalmente, afinando esse meu método híbrido (DA COSTA FERREIRA, 2011<br />
p. 62), integrei ações humanas 240 à endogenia e exogenia swotiana, mediante a<br />
substituição de seus elementos (fortalezas, fraquezas, oportunidades e ameaças)<br />
232 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.<br />
233 Idem.<br />
234 Ver "SWOT" em GLOSSÁRIO. Não confundir com a "SWAT" norte-americana ...<br />
235 Rever ANEXO "J": Método "ComRevHipSwoVesCoh".<br />
236 Ver "problemas (classificação)" em GLOSSÁRIO<br />
237 Rever ANEXO "J": Método "ComRevHipSwoVesCoh".<br />
238 É imprescindível uma ordem social humana genuína a obter com o ajuste dinâmico destes quatro<br />
fatores: eliminar ou inibir a coerção, física, simbólica ou moral, de grupos minoritários sobre indivíduos<br />
ou outros grupos; conciliar os interesses, concorrentes e conflitantes, individuais e coletivos; conciliar<br />
os valores, morais, técnicos e estéticos, individuais e de grupos majoritários; inibir a inércia (ou<br />
continuidade ou persistência) na vida social apenas dos elementos nocivos simultaneamente aos<br />
indivíduos e grupos majoritários. (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 63)<br />
239 Rever ANEXO "J": Método "ComRevHipSwoVesCoh".<br />
240 Rever ANEXO "A" - Empreendedor humano: ações = verbos.
123<br />
pelos fatores sociais cohenianos (respectivamente, valores, inércia, interesses e<br />
coerção humanos), bem como a substituição adicional das potencialidades e<br />
limitações pelo "agir" e "não-agir" humanos. 241<br />
Adentrando agora as categorias "cosmo-topo-geo (planeta Terra)" e<br />
"sociedade humana", verifiquei que, cada vez mais, os grandes números (GIGA,<br />
TERA e PETA) de fenômenos da realidade percebida, informações e imagens têm<br />
sido convertidos ("virtualizados digitalmente") em ínfimos números (NANO, PICO<br />
e FEMPTO).<br />
Ou seja, o ser humano tem aumentado a sua capacidade técnica e<br />
tecnológica para localizar, medir, delimitar, compreender e manipular o finitamente<br />
grande através do finitamente pequeno, e vice-versa. 242<br />
Com base nisso e nos fatores (unidades SI - Sistema Internacional) de<br />
potências e prefixos-padrão (ECONOMIST, 1994 p. 264)<br />
243 , eu limitei<br />
teoricamente os ambientes cósmico, terrestre e endo-exo-humano num todo<br />
antrópico ("realidade", "virtualidade" e "digitalidade") e suas partes significativas,<br />
ou seus setores de integração e interação, à Homo-Antrópica Exa↔Atto Esfera<br />
(HAExaAtoEs) 244 , moldada pela InHum, onde fervilha(rá) e se aquieta(rá) o<br />
"caldo antrópico" com os seus "ingredientes cosmopolitas": Homo-Antropus,<br />
cosmo-topo-geo-estacionário(s) e antropo-dinâmico(s)...<br />
Para a estratificação desse todo antrópico ou HAExaAtoEs, numa adaptação<br />
de um trabalho anterior (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007), dividi o ambiente<br />
complexo reverso hiperbólico HASoHoReViReGeCo em "estratos": EXAHA;<br />
PETAHA; TERAHA; GIGAHA; MEGAHA; KILOHA; HECTOHA; <strong>DE</strong>CAHA; Unidade<br />
(HA); deciHA; centiHA; miliHA; microHA; nanoHA; picoHA; femptoHA; e<br />
attoHA).<br />
241 Rever ANEXO "J": Método "ComRevHipSwoVesCoh".<br />
242 Enquanto finalizava esta monografia, obtive uma informação na Internet que comprova que os<br />
grandes números, no estrato "PETA", já estão sendo "virtualizados digitalmente" por "ínfimos<br />
números". Segue extrato da notícia: Quem lida constantemente com tecnologia sabe a capacidade de<br />
armazenamento em disco cresce todo dia, mas isso já está ficando ridículo! A IBM está<br />
desenvolvendo um drive de nada menos que 120 petabytes de espaço [na realidade, o autor da<br />
notícia referia-se a um "espaço virtual". O seu equivalente em "espaço digital" é FEMPTO]. Esse<br />
número absurdo é equivalente a 120 milhões de gigabytes, ou 200 mil HDs atuais trabalhando<br />
juntos, ou espaço suficiente para guardar aqueles 24 milhões de arquivos mp3 que você não sabia<br />
onde colocar. (CARVALHO, 2011 p. s/nº; grifos meus)<br />
243 Rever APÊNDICE "U" - Fatores (unidades SI): Potências e Prefixos-Padrão.<br />
244 Rever ANEXO "L" - HA: ExaAtto Esfera (HAExaAtoEs).
124<br />
Esses "estratos" foram agrupados em dois hemisférios, simultaneamente<br />
excludentes e complementares, a partir de uma unidade topo-antropocêntrica 245 , o<br />
"ingrediente cosmopolita", Homo-Antropus (HA): o de reprodução da unidade<br />
(HAExa-deca esfera supra) e o de fragmentação dessa mesma unidade<br />
(HAdeciAtto esfera infra). Lembrando aqui que, face às últimas notícias recentes<br />
obtidas por mim em 30 de agosto de 2011, já se anda pela PETA↔fempto<br />
subesfera humana.<br />
Para obter a Unidade de Integração Ambiental Complexa (UIAC) da<br />
HAExaAtoEs, com os hemisférios e estratificação desta esfera humana de ambiente<br />
HASoHoReViReGeCo na InHum, segui Morin (2000 pp. 26, 32) e adotei o<br />
paradigma complexo (de implicação-distinção-conjunção) que não está inscrito<br />
na cultura científica - escapulindo-me, assim, do cristalizado e enraizado “grande<br />
paradigma do Ocidente” (formulado por René Descartes e imposto pelo<br />
"desdobramento mundial da história européia", a partir do século XVII, como<br />
"paradigma moderno").<br />
Isso permitiu-me conceber tanto uma unidualidade (natural↔cultural,<br />
cerebral↔psíquica), quanto uma relação simultânea de implicação e de separação<br />
entre o ser humano e a natureza - delineando um conhecimento complexo, que<br />
prescreve reunir "tudo" e distinguir "partes".<br />
Desse modo, nessa Unidade de Integração Ambiental Complexa (UIAC), num<br />
efeito matriosca 246 , o Sol não é o 'centro' do Universo 'Todo' ou do Sistema<br />
'Caos/Cosmo/Organização Natural' (onde o conhecimento humano moderno se<br />
vinha equivocando). Mas, como parte daquele todo, é o 'centro do seu universo ou<br />
do seu subsistema' de reprodução/fragmentação num topo 247 : subsistema solar ou<br />
cosmo-topo-Hélio de Unidade de Integração Ambiental Solar (UIAHel).<br />
Dentro da UIAHel, o planeta Terra não é o 'centro' do Universo 'Todo' ou do<br />
Sistema 'Caos/Cosmos/Organização Natural' (onde o conhecimento humano<br />
também já se equivocou grosseiramente, antes de Galileu). Mas, como 'outra' parte<br />
menor daquele todo, é o 'centro do seu universo ou do seu subsistema' de<br />
245 Não se deve fazer confusão com o clássico "antropocentrismo", porque este colocava o ser<br />
humano como parte central do Universo como um Todo.<br />
246 Ver "matriosca" no GLOSSÁRIO.<br />
247 Ver GLOSSÁRIO.
125<br />
reprodução/fragmentação num 'outro' topo: subsistema terráqueo ou cosmo-topo-<br />
Geo-Global de Unidade de Integração Ambiental Global (UIAGlo) 248 .<br />
Dentro dessa UIAGlo, uma região desse planeta Terra não é o 'centro' do<br />
Universo 'Todo' ou do Sistema 'Caos/Cosmos/Organização Natural'. Mas, como<br />
'outra' parte ainda menor daquele todo, é o 'centro do seu universo ou do seu<br />
subsistema' de reprodução/fragmentação num 'outro' topo: subsistema regional ou<br />
cosmo-topo-Geo-Região de Unidade de Integração Ambiental Regional (UIAReg)<br />
249 .<br />
Dentro dessa UIAReg, um local dessa região não é o 'centro' do Universo<br />
'Todo' ou do Sistema 'Caos/Cosmos/Organização Natural'. Mas, como 'outra' parte<br />
muito menor daquele todo, é o 'centro do seu universo ou do seu subsistema' de<br />
reprodução/fragmentação num 'outro' topo: subsistema local ou cosmo-topo-Geo-<br />
Local de Unidade de Integração Ambiental Local (UIALoc) 250 .<br />
E dentro de cada UIALoc, um ser humano não é o 'centro' do Universo 'Todo'<br />
ou do Sistema 'Caos/Cosmos/Organização Natural'. Mas, como 'outra' parte ínfima<br />
daquele todo, é o 'centro do seu universo ou do seu subsistema' de<br />
reprodução/fragmentação num 'outro' topo: um subsistema antrópico ou todo<br />
antrópico ou ambiente homo-antropus-socialis HASoHoReViReGeCo na<br />
HAExaAtoEs humana.<br />
Adaptando de um meu trabalho anterior (DA COSTA FERREIRA, 2009a pp.<br />
31-32), identificar, em cada UIALoc, a potencialidade de uma integração territorial<br />
participativa e, após isso, desenhar um zoneamento Cosmo-Ecológico-Econômico<br />
(zCEE). Tudo através de uma ciência genuína, transmultidisciplinar,<br />
transmultidimensional e epistemológica, articulada em todas as esferas, que<br />
conceba uma Unidade de Integração (UI) em torno de: subUnidades de Integração<br />
de Ar Respirável (UIARs); subUnidades de Integração Hidrográficas (UIHs);<br />
subUnidades de Integração de Solos (UISs); e subUnidades de Integração<br />
Litográficas (UILs). E perceba como essas subunidades, física e materialmente,<br />
condicionam, restringem e forçam estas outras: subUnidades de Integração de<br />
248 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.<br />
249 Idem.<br />
250 Idem.
126<br />
Abrigos Humanos (UIAHs); subUnidades de Integração de Trabalhos Humanos<br />
(UITHs); e subUnidades de Integração de Deslocamentos Humanos (UIDHs).<br />
Finalmente, um instrumento possível para aquela Unidade de Integração<br />
Ambiental Complexa (UIAC) pode ser uma matriz, à qual chamei Sistema Integrado<br />
de Hologramas Interdependentes (SIHI), com o respectivo índice de monitoramento<br />
e controle, ao qual chamei Índice de Vivência, Convivência e Sobrevivência<br />
Humanas (IVCSH ou InViCoSoHu), ambos criados por mim em um trabalho<br />
anterior. 251<br />
Assim, civilizo distintas teorias enquanto desenvolvo uma nova geração de<br />
teorias abertas, racionais, críticas, reflexivas, autocríticas e aptas a se autoreformar.<br />
E com a ajuda de ideias complexas (minhas e de outros) em co-operação<br />
com a minha própria mente, encontrei metapontos de vista para<br />
(auto)observação e (auto)concepção.<br />
Assim, para civilizar distintas teorias, cabe agora estabelecer a zona de<br />
integração da parte I (estado da arte) e da parte II (minha proposta), desta minha<br />
monografia, ou "Zona de Aderência Complexa" (ZAC).<br />
Essa "zona": cola o "empreendedor complexo" ao Homo-Antropus-Ecleticus-<br />
Responsabilis Matrioscas (HAERM); gruda a "incubadora complexa" à Incubadora<br />
Humana (InHum), sua imbricada InTeInHu e InDiInHu como imbricada desta; e<br />
adereça a "metodologia de incubação complexa" ao meu "método híbrido"<br />
CaosLocBalGloCalOrdem!ComRevHipSwoVesCoh 252 .<br />
Apesar de tudo isso, o meu "paradigma" é o "não-paradigma" !<br />
Pois de nada me serve o "paradigma moderno" em si, nem o "paradigma da<br />
complexidade" em si !<br />
Para iniciar uma nova geração de teorias não-paradigmáticas, fiz uma<br />
(intra)inter(retro)ação daqueles dois paradigmas.<br />
Por isso, independentemente de qualquer "estatuto paradigmático", tenho<br />
agora em mente a obtenção do "verdadeiro" bem-estar de cada "ser humano" local<br />
(sem qualquer exceção).<br />
251 Ver ANEXO "P": Sistema de ambientes imbricados "SIHI" e Índice "IVCSH".<br />
252 Método híbrido: Caos-Local-Global-Global-Local-Ordem!Complexo-Reverso-Hiperbólico-Swotiano-<br />
Vesteriano-Coheniano.
127<br />
Um bem-estar que seja fruto bom de um "processo existencial humano" 253 ,<br />
(r)evolucionário, num ambiente integrado a partir do indivíduo local e pensante<br />
(HASoHoReViReGeCo), nos limites superiores e inferiores de uma esfera humana<br />
estratificada (HAExaAtoEs) de cosmo-topo-geo-estacionaridade e homo-antropotrans-meta-socio-dinamicidade<br />
(ab)normal teleológica 254 , numa incubadora de<br />
identificação e integração humana (InHum), de neo-estabilidade humana (NeEsHu)<br />
e de responsabilidade ROH, onde a prioridade é a vida humana no UNI(DI)VERSO<br />
na Unidade de Integração Ambiental Complexa (UIAC).<br />
Nessa InHum, o Homo-Antropus (HA) pensa, e usa, não gananciosamente,<br />
"instrumentos" e "recursos" auxiliares (de modo efetivo, eficiente e eficaz), para<br />
obedecer, consciente e voluntariamente, a estes domínios na UIAC: o espiritual<br />
(sobrenatural); o natural ; e o social (infra-supra-natural).<br />
Lembrando que:<br />
A HUMANIDA<strong>DE</strong>, se quer realmente obter um verdadeiro BEM-ESTAR<br />
HUMANO no seu processo existencial: não deve escamotear o domínio<br />
espiritual que transmitiu um código espiritual aos seres humanos para sua<br />
obediência à ordem sobrenatural ou ordem espiritual; não deve negligenciar<br />
o domínio natural que transmitiu um código natural aos seres humanos<br />
para sua obediência à ordem ‘física’ natural; e não deve abusar do domínio<br />
humano que transmitiu um código humano aos próprios seres humanos<br />
para sua obediência à ordem social. (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 p.<br />
72)<br />
253 Rever ANEXO "K" - Homo-Antropus (HA): Genoma (HAGen) e Processo Existencial (HAPE). E<br />
rever ANEXO "L" - HA: ExaAtto Esfera (HAExaAtoEs).<br />
254 Rever ANEXO "O" - Dinâmicas no HAPE da HAExaAtoEs: HAE (HA Ecleticus).
128<br />
3.1.6 Unidade de Integração Ambiental Complexo-Teleológica<br />
Com a evolução da auto-consciência no homem, o processo evolucionário<br />
tornou-se, pelo menos em parte, teleológico, isto é, dirigido por uma<br />
imagem do futuro na mente dos participantes ativos, capazes de influir<br />
sobre o sistema. (BOULDING, 1965 pp. 30-42) apud (SILK, 1978 p. 214;<br />
grifos meus)<br />
Com a Unidade de Integração Ambiental Complexa (UIAC) apenas esbocei,<br />
compreendi e reconheci contornos e partes de uma complexidade do meta-ponto<br />
de vista e condições de interesse de um ser humano existindo num local de uma<br />
região do planeta Terra global.<br />
Todavia, como pretendo enfrentar essa complexidade para influir pacifica e<br />
teoricamente na ordem social do sistema vigorante hoje sob o "paradigma<br />
moderno", a partir de agora esboçarei uma imagem do futuro, como um agente de<br />
mudança presente nesse sistema passado, para poder propor outra dimensão<br />
(digital) como mediação do par contraditório real↔virtual. Em que o real é "ser" (ou<br />
"estar") e o virtual é o que o homo-antropus pensa, conhece, aprende e sabe<br />
desse "ser" (ou desse "estar").<br />
Assim, no UNI(REVIRE)VERSO de uma Unidade de Integração Ambiental<br />
Local (UIALoc) coloquei uma "árvore da vida" antrópica 255 (não-eterna) 256 .<br />
Trata-se efetivamente de uma árvore simbionte formada a partir de uma<br />
"árvore de conhecimento" 257<br />
(conhecimento humano não maniqueísta), de uma<br />
"árvore hiperbólica" 258 , de uma "árvore de problemas" e de uma "árvore de<br />
objetivos" (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 26, 63, 84).<br />
A "localização" dessa árvore simbionte (posicionamento do problema<br />
principal) é obtida por uma matriz de Vester 259 .<br />
O "tronco" dessa árvore é o "problema principal" (ou "ramo crítico"), os<br />
"galhos" dela ("ramo efetivo", "ramo passivo" e "ramo indiferente") são marcos<br />
lógicos de (re)arranjo de "causas" e "efeitos", e as suas "folhas" são marcos lógicos<br />
de (re)arranjo de "meios e fins".<br />
255 Ver GLOSSÁRIO.<br />
256 Rever ANEXO "N": HA numa "ÁRVORE DA VIDA TERRENA" num micro-sistema.<br />
257 Ver GLOSSÁRIO.<br />
258 Idem.<br />
259 Rever ANEXO "O" - Dinâmicas no HAPE da HAExaAtoEs: HAE.
129<br />
A "estrutura" dessa árvore, obtida por uma parte de uma matriz SWOT, é um<br />
conjunto de "fortalezas" e "fraquezas", inatas ou adquiridas, percebidas por um ser<br />
humano (e/ou o assentamento humano deste).<br />
As "raízes" penetram num ambiente natural e/ou antrópico de "oportunidades"<br />
e "ameaças", obtidas pela outra parte dessa matriz SWOT, que (des)envolvem essa<br />
árvore simbionte, em que: a "seiva bruta" emana das necessidades humanas; e a<br />
"seiva elaborada" provém da "lógica de intervenção" para satisfação dessas<br />
necessidades humanas. Nesta lógica há a seleção de objetivo geral e respectivos<br />
objetivos específicos, bem como a formulação uma estratégia. Nesta, um conjunto<br />
de orientações prioritárias que estabelecerão o caminho escolhido para alcançar tais<br />
objetivos específicos e, consequentemente, aquele objetivo geral.<br />
Do "fruto" dessa árvore depende irremediavelmente a "vida terrena" do ser<br />
humano, enquanto aguarda ou busca esperançosamente que lhe deem de "comer"<br />
do fruto da "árvore da vida não-terrena" ou da "árvore da vida não-conhecida" - o<br />
qual nunca foi proibido...<br />
Dadas essa dependência e tal esperança, nessa árvore simbionte, pendurei<br />
pelo umbigo cada o Homo Sapiens Sapiens (HoSaSa).<br />
Nesse HoSaSa, mantive o seu "gênero" (homo) 260 . Mas retirei-lhe o seu<br />
elemento identificador de "espécie" (sapiens sapiens). Isto porque o ser humano<br />
como está, em simultâneo, aninhado profundamente numa Uni(Di)versidade Real-<br />
Virtual-Real e pendurado umbilicalmente naquela "árvore da vida humana terrena",<br />
tem estado sujeito, a um tempo: ao domínio (sobre)natural; e a subdomínio social<br />
(não-natural). Este subdomínio, pela sua proximidade forçada e (não)consentida,<br />
suga a maior parte do tempo daquele "ser" nesse "estar", enquanto tenta subverter<br />
tolamente e em vão as ordens naturais (ordem cósmica, ordem terrestre e ordem<br />
humana).<br />
Ao ponto da sociedade moderna querer cortar democraticamente o "cordão<br />
umbilical natural" na labuta de cada ser humano e na divisão do trabalho!<br />
Para ao menos repor as "condições naturais" e essas "ordens naturais" da<br />
complexidade humana, permiti que a "vaga" deixada pela retirada forçada (por mim)<br />
260 Ver GLOSSÁRIO. De "Ho" passou a ser apenas "H".
130<br />
daquele elemento identificador de "espécie" fosse ocupada pelo prefixo de origem<br />
grega "antropus".<br />
Assim, o ser humano é aqui representado pelo dueto homo-antropus 261 .<br />
Mantenho a posição do prefixo de origem romana (homo) para evidenciar a<br />
tentativa do "direito romano" sobrepujar e mudar o "direito natural".<br />
Esse dueto passa a simbolizar o statu quo do ser humano enquanto produtor<br />
e produto da cultura greco-romana que lançou as bases da atual 'cultura global' da<br />
Humanidade.<br />
Num desenvolvimento já feito metodologicamente por mim (DA COSTA<br />
FERREIRA, 2011 pp. 64, 71-72, 86-88), ao assumir-se como empreendedor<br />
complexo num processo humano social 262 , o Homo-Antropus (HA), a partir de suas<br />
"características indiferentes" ("dominus", "humanus" e "regionalis") 263 , integra-se<br />
a três tríades identificadoras do que chamei então de Homo Ecleticus genuíno<br />
("eticus" ↔ "moris" ↔ "iuris"; "pluribus unum" ↔ "orbis" ↔ "urbis"; e "biotopus" ↔<br />
"ecotopus" ↔ "biosfericus") 264 , e transforma-se no Homo-Antropus Ecleticus<br />
(HAE) 265 . Tudo "na onda antrópica complexa da dinâmica socioeconômica 'normal',<br />
mas ameaçado de afogamento pela dinâmica socioeconômica 'abnormal' de uma<br />
contra-onda da complexidade humana".<br />
Também como parte sequencial desse desenvolvimento, a esse Homo-<br />
Antropus Ecleticus (HAE) atribui a responsabilidade de ordem humana (ROH),<br />
transformando o HAE em Homo-Antropus-Ecleticus Responsabilis (HAER).<br />
Por derradeira parte dessa sequência, o que interessa ao ser humano é ele<br />
mesmo ser imanente. Ou seja, ele está compreendido na própria essência do<br />
todo. E, num efeito matriosca 266 , apesar dele ser o menor, é o único com<br />
"conteúdo" no "ambiente humano" (u)tópico HASoHoReViReGeCo da incubadora<br />
humana InHum.<br />
261 Ver GLOSSÁRIO. Sob a sigla de "HA".<br />
262 Ver ANEXO "O" – Dinâmicas no HAPE da HAExaAtoEs: HAE<br />
263 Onde: "dominus" corresponde a "domínio"; "humanus" equivale a "humano"; e "regionalis"<br />
representa a pertença a uma "região".<br />
264 Onde: "eticus" ↔ "moris" ↔ "iuris" equivale a ético" ↔ "moral" ↔ "direito"; "pluribus unum" ↔<br />
"orbis" ↔ "urbis" equivale a "um entre vários" ↔ "mundo" ↔ "cidade"; e "biotopus" ↔ "ecotopus" ↔<br />
"biosfericus" equivale a "vida local" ↔ "áreas de deslocamento de vidas" ↔ "vida global".<br />
265 Ver GLOSSÁRIO.<br />
266 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.
131<br />
É aí que ocorre a "última" transformação, e o HAER vira Homo-Antropus-<br />
Ecleticus-Responsabilis Matrioscas (HAERM) 267 .<br />
E, na "árvore da vida" antrópica do UNI(REVIRE)VERSO da UIALoc, substitui<br />
o HoSaSa (já reduzido, por mim, apenas a "H") pelo HAERM.<br />
Agora, no ambiente integrado HASoHoReViReGeCo na InHum, que protege,<br />
sustenta e mantém esse UNI(REVIRE)VERSO, o HAERM é tanto o "menor<br />
ambiente" hologramático (onde se encontra o ecletismo, o regionalismo crítico e a<br />
responsabilidade humanos), como o output-input do processo endo-exo-humano<br />
existencial dialógico e diacrónico em espiral intra-inter-retroativa-recursiva localregional-global.<br />
Ainda como parte sequencial daquele desenvolvimento já feito por mim, o<br />
HAERM é humano (reconhecendo-se como um entre vários) com sentimento de<br />
pertença (a biotopo, a ecotopo, a biosfera) e autodomínio (ética, moral, direito). Ele<br />
age efetivamente (pensa, converge, sabe, aprende e conhece), correndo riscos e<br />
aceitando desafios (no fazer, no estar, no conviver, no poder, no sobreviver) 268 .<br />
Enquanto vai percebendo os contornos e imbricações da responsabilidade de<br />
ordem cósmica (ROC), responsabilidade de ordem terrestre (ROT) e<br />
responsabilidade de ordem humana social (ROHS) - para envolver sua própria<br />
responsabilidade de ordem humana individual (ROHI) e fortalecer a<br />
responsabilidade de ordem humana (ROH), aproveitando a neo-estabilização<br />
humana (NeEsHu) da InHum, nos âmbitos local, regional e global. 269<br />
Então, a Unidade de Integração Ambiental Complexa (UIAC) evoluiu para a<br />
Unidade de Integração Ambiental Complexo-Teleológica (UIACT).<br />
Nessa UIACT, o HAERM é uma "agente de mudança com amor" - entre uma<br />
herança maldita e um futuro que pretende bendito 270 - que assimila os princípios<br />
adotados pela ITEP/UENF: 1º) construção e difusão dos valores da cidadania; 2º)<br />
prioridades do local e da região; 3º) sensibilidade aos problemas sociais; 4º)<br />
superação de condições de desigualdade e exclusão; 5º) acesso às informações<br />
resultantes das pesquisas acadêmicas; e 6º) trabalho social para transformação<br />
social.<br />
267 Ver ANEXO "Q" - HAERM: Homo-Antropus-Ecleticus-Responsabilis Matrioscas.<br />
268 Rever ANEXO "O" - Dinâmicas no HAPE da HAExaAtoEs: HAE.<br />
269 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.<br />
270 Rever ANEXO "Q" - HAERM: Homo-Antropus-Ecleticus-Responsabilis Matrioscas.
132<br />
Porém, o HAERM não nasce feito. Mas está disposto e disponível para<br />
construir o próprio futuro, e com visão para realizar profundas transformações<br />
sociais, comprometendo-se com projeto(s) ou atividade(s) significante(s) no<br />
seu presente para obter tais alterações sociais, combinando pragmatismo e<br />
esse(s) compromisso(s).<br />
Em termos aplicativos, ao identificar-se uma dimensão, deve-se<br />
caracterizá-la de forma a reconhecer os pares de contraditório, ou<br />
elementos que estão em tensão ou conflito, que existem nessa<br />
dimensão. A partir desse reconhecimento, torna-se possível propor um<br />
terceiro fator, chamado de fator T, que está em outra dimensão e que,<br />
emerge da relação entre os pares de contraditório, (sic) oferecendo um<br />
caminho de mediação e relação entre as dimensões. (PALAVIZINI, 2006 p.<br />
130) apud (SAN<strong>DE</strong>S-SOBRAL, 2008 p. 95; grifos meus)<br />
Desse modo a UIACT, na InHum, "integra" um ambiente moral-ético e<br />
orgânico de HAERM's numa Unidade Homo-Antrópica Individual-Social (UHAIS) 271 .<br />
Esse novo ambiente, torna-se "ético-moral e (in)orgânico", para proporcionar um<br />
"verdadeiro" bem-estar a cada HAERM, enquanto mantém unida e a funcionar<br />
supra-infra localmente uma sociedade humana (u)tópica.<br />
O conjunto de (des)valorização e (des)adaptação do espaço-tempo de cada<br />
HAERM - como ser humano e empreendedor complexo integrado naquela Unidade<br />
Homo-Antrópica Individual-Social (UHAIS) por uma "imagem" do seu próprio<br />
processo existencial e pelo processo social pelos quais cada HAERM se insere<br />
responsavelmente na UIACT -, (des)faz-se numa Unidade de Integração Ambiental<br />
Homo-Antrópica Complexo-Teleológica Individual-Social UIAHACTIS 272 , na qual:<br />
As forças que modelaram [e modelam] o desenvolvimento da vida<br />
humana e da estrutura social são sem dúvida ulteriormente redutíveis a<br />
termos de tecido vivo e ambiente material [UIAC]; mais aproximadamente,<br />
para o objetivo em vista, essas forças podem melhor ser definidas em<br />
termos de meio ambiente, em parte humano, em parte não humano,<br />
[UIAHACTIS] e num elemento humano ["ambiente integrado"<br />
HASoHoReViReGeCo] dotado de constituição física e intelectual mais<br />
ou menos definida [HAERM]. (VEBLEN, 1983 p. 87; grifos meus)<br />
No entanto, o (des)envolvimento e integração socioambientais complexoteleológicos<br />
do HAERM na InHum, lançados numa espécie de homo-antropus-<br />
271 Unidade Homo-Antrópica Individual (UHAI) ∩ Unidade Homo-Antrópica Social (UHAS) = Unidade<br />
Homo-Antrópica Individual-Social (UHAIS)<br />
272 Unidade de Integração Ambiental Complexo-Teleológica (UIACT) U Unidade Homo-Antrópica<br />
Individual-Social (UHAIS) = Unidade de Integração Ambiental Homo-Antrópica Complexo-Teleológica<br />
Individual-Social (UIAHACTIS)
133<br />
socialis-geo-localis-regionalis-globalis "counter-trade"<br />
273 , esbarram em quatro<br />
enormes limitações da sociedade "humana" minha contemporânea. A primeira<br />
limitação é a sociedade herdada (em legação) por procedimentos "homo-sapiens<br />
sapiens" violentos e irresponsáveis, usando levianamente "ídolos" que bloqueiam a<br />
mente humana. A segunda limitação é a sociedade em (re)transformação também<br />
bloqueada por "barreiras" que impedem ou deturpam a comunicação humana 274 . A<br />
terceira limitação é a sociedade (con)formada pela (des)integração de cada ser<br />
humano na (in)sustentável leveza dos seus medos e terrores, do natural,<br />
sobrenatural e infranatural, bem como pelos seus (des)amores, intrigas e trocas<br />
na(da) sociedade homo-antrópica que (des)organiza (n)este (in)sustentável<br />
ecossistema frágil da Terra (que está presa a uma organização orbital de ordem<br />
cósmica suspensa alhures no Caos). E a quarta limitação é a sociedade (de)formada<br />
por uma maioria de "pessoas incapazes" e uma minoria de "pessoas criativas",<br />
que não desfrutam do seu tempo terrestre como um recurso não renovável e, por<br />
isso, não têm uma vida antropo-ética com qualidade o quanto baste.<br />
No que tange aos ídolos, segundo Bacon (BACON, 1979 pp. 21-22; grifos<br />
meus) e conforme referi na minha primeira monografia (DA COSTA FERREIRA,<br />
2006-2007 pp. 155-156), são:<br />
[...] de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana [...] Ídolos<br />
da Tribo; Ídolos da Caverna; Ídolos do Foro; e Ídolos do Teatro [...]<br />
[...] os ídolos da tribo estão fundados na própria natureza humana, na<br />
própria tribo ou espécie humana [...] todas as percepções, tanto dos<br />
sentidos como da mente, guardam analogia com a natureza humana e não<br />
com o universo [- em que o] intelecto humano é semelhante a um espelho<br />
que reflete desigualmente os raios das coisas [e o "raio das coisas"] e,<br />
dessa forma, as distorce e corrompe [...]<br />
[...] Os ídolos de caverna são os dos homens enquanto indivíduos. Pois,<br />
cada um – além das aberrações próprias da natureza humana em geral –<br />
tem uma caverna ou uma cova que intercepta e corrompe a luz da<br />
natureza: seja devido à natureza própria e singular de cada um; seja devido<br />
à educação ou conversação com outros; seja pela leitura dos livros ou pela<br />
autoridade daqueles que se respeitam e admiram; seja pela diferença de<br />
impressões, segundo ocorram em ânimo preocupado e predisposto ou em<br />
ânimo equânime e tranquilo [...] Por isso, bem proclamou Heráclito que os<br />
homens buscam em seus pequenos mundos e não no grande e<br />
universal [...]<br />
273 Ver GLOSSÁRIO.<br />
274 A comunicação humana é um processo que se (re)inicia, em tempo real ou diferido ou on-line,<br />
codificado ou não codificado, com um (re)emissor (re)transmitindo informação para um receptor,<br />
através de um canal (fechado ou aberto, temporário ou permanente, digital ou analógico, humano ou<br />
não humano) e conclui-se: com a (re)interpretação da informação recebida - que pode ter<br />
chegado até ele com algum tipo de barreira (bloqueio, ruído, filtragem, atrito); ou com a resposta<br />
(feedback), completando esse processo de comunicação.
134<br />
[...] ídolos de foro devido ao comércio e consórcio entre os homens [...]<br />
Nem as definições, nem as explicações com que os homens doutos de<br />
munem e se defendem, em certos domínios, restituem as coisas ao seu<br />
lugar [...]<br />
[...] Há, por fim, ídolos que imigraram para o espírito dos homens por<br />
meio das diversas doutrinas filosóficas e também pelas regras viciosas da<br />
demonstração. São os ídolos do teatro [...] mercê da tradição, da<br />
credulidade e da negligência.<br />
No que concerne às barreiras, conforme também referi nessa minha primeira<br />
monografia (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 pp. 156-158; grifos meus), essas<br />
barreiras da(na) comunicação humana, visíveis ou invisíveis, devem ser combatidas<br />
quando: o emissor é inadequado ou está inoperacional - o emissor não tem<br />
capacidade de emissão adequada ou é alvo de bloqueios, ruídos, filtros estranhos e<br />
atritos; o canal é inadequado ou está inoperacional - o canal de (re)transmissão<br />
não tem capacidade de transporte adequado e permite algum tipo de bloqueio,<br />
ruído, filtro estranho e atrito; o receptor é inadequado ou está inoperacional - o<br />
receptor da (re)transmissão também não tem capacidade de recepção adequada e é<br />
alvo de bloqueios, ruídos, filtros estranhos e atritos; a linguagem é ou está<br />
inadequada - a linguagem usada, codificada ou não, é diferente entre emissor e<br />
receptor, e exige a intervenção de um elemento estranho, o tradutor; a informação<br />
não é aproveitada.<br />
Ora, uma informação não é aproveitada por ser, dentre outros: inadequada -<br />
informação recebida “não apropriada tendo em conta o contexto ou os objetivos<br />
pretendidos ou que não satisfaz as condições necessárias” (INFOPÉDIA, s/d);<br />
desajustada - informação recebida que “não cumpre a função que lhe foi atribuída”<br />
(INFOPÉDIA, s/d); cristalizada - informação recebida que não foi obtida pelo poder<br />
de refletir, meditar e raciocinar, como parte pertencente ao Universo; mal<br />
interpretada - informação recebida que não reproduz o pensamento ou intenção do<br />
emissor; omitida - informação que não é recebida (este tipo de bloqueio deve ser<br />
combatido pelo cruzamento de informações recebidas por informações análogas<br />
emitidas por outras fontes ou por outros canais para que se evitem quer a falta de<br />
ação, quer decisões equivocadas que levem a ações comprometedoras ou fatais); e<br />
excessivas - pior que um caminhão "sem qualquer ou pouca informação" é um trem<br />
"abarrotado de informações amontoadas".<br />
A meu ver, o(s) (re)produtor(es) desses ídolo(s) e barreira(s) humanos não<br />
deve(m), embora possa(m), continuar o vigente processo existencial autofágico, no<br />
embalo de uma história, de dominadores-segregadores/dominados-excluídos, que
135<br />
cristaliza a soberba humana, a partir de berços esplêndidos. Ou, nestes dizeres,<br />
sempre atuais, de Bacon (1979 p. 79; grifos meus):<br />
[...] Não será a história natural maculada. Não pretendemos dedicar ou<br />
um capitólio ou uma pirâmide à soberba humana. Mas fundamos no<br />
intelecto humano [do HAERM] um templo santo [protegido na InHum] à<br />
imagem do mundo [mundo virtual]. E por ele [templo santo] nos pautamos.<br />
Pois tudo o que é digno de existir é digno de ciência, que é a imagem da<br />
realidade [mundo real-virtual]. [Em que as] coisas vis existem tanto quanto<br />
as admiráveis.<br />
E os (re)produtor(es) desses ídolo(s) e barreira(s) humanos também não<br />
deve(m), embora ainda possa(m), continuar tal processo existencial autofágico, no<br />
embalo dos medos e dos terrores, do natural, sobrenatural e infranatural, dos<br />
(des)amores, das intrigas e das trocas na(da) sociedade homo-antrópica, usando e<br />
abusando da maioria de "pessoas incapazes", enquanto vão cooptando a minoria<br />
de "pessoas criativas".<br />
Perante aquelas quatro enormes limitações da sociedade "humana" minha<br />
contemporânea, hodiernas e hediondas, para as derrubar ou atenuar seus efeitos,<br />
a InHum adota um processo de incubação homo-antrópico, fundado no amor<br />
humano, para transformação e legação humanas, transparentes e responsáveis,<br />
pelo qual proporciona, catalisa, monitora, controla e divulga, atempadamente, a coresponsabilidade<br />
social de todos os HAERM's (des)envolvidos nos "quesitos<br />
humanos" de participação, coesão, solidariedade, submissão, comprometimento,<br />
conformidade, consenso, mutualidade e co-operação, na UIAHACTIS.<br />
Nessa UIAHACTIS, não interessa qualquer viabilidade econômica 275<br />
viabilidade cooperativa 276 ou viabilidade financeira do "processo de incubação"<br />
da InHum.<br />
Isso, porque nessa UIAHACTIS, interessam essencialmente: a dimensão<br />
bio-físico-química ou a dimensão ambiental natural - pela qual não se olvida a<br />
Hipótese Gaia, postulando que a própria "Terra deveria ser considerada como um<br />
organismo vivo"; e a dimensão psicossocial - pela qual cada HAERM aprende que<br />
a procura da verdade pede a busca e a elaboração de "metapontos de vista" que<br />
permitam a reflexividade e comportem especialmente a integração observador-<br />
ou<br />
275 "Não interessa" nos termos em que hoje está "concebida" a economia humana real-virtual.<br />
276 "Não interessa" nos termos em que hoje está "concebida" a cooperação humana real-virtual.
136<br />
conceptualizador na observação-concepção e a ecologização dessa observaçãoconcepção<br />
no contexto mental e cultural, que é o seu.<br />
Nessa UIAHACTIS, interessa remotamente a dimensão histórica, pois o<br />
progresso da Humanidade fica por conta dos HAERM's, da vigilância destes, de<br />
seus esforços, da clareza com que concebem seus fins e do realismo de suas<br />
escolhas, no espaço-tempo local e presente na InHum.<br />
Nessa UIAHACTIS, interessa concretamente a dimensão econômica,<br />
porquanto esta evidencia insofismavelmente o grande argumento de que, na InHum,<br />
o espaço pequeno é viável e conectável.<br />
Nessa UIAHACTIS, interessa abstratamente a dimensão sociológica ou a<br />
dimensão ambiental homo-antrópica, na qual o próprio conceito de nação tem de<br />
ser revisto, pois uma nação não se materializa necessariamente na coexistência de<br />
um exército, de uma polícia política e de guardas nas fronteiras. Ao contrário, uma<br />
nação emerge e consolida-se pelo sentimento de identidade e pertença de cada<br />
HAERM, a um local ou uma região, que (re)vitalizam o conjunto de HAERM's - a que<br />
cada um está ligado de alguma forma - cristalizando e vivificando tradições, valores,<br />
uma língua ou um dialeto, roupas e cultura - por um espaço público comunitário.<br />
Nessa UIAHACTIS, interessa esperançosamente a dimensão religiosa ou a<br />
dimensão ambiental sobre-infra-natural ou a dimensão noosférica, pela qual,<br />
certo ou errado, cada HAERM coloca esperançosamente seu interesse num destino<br />
sem limites, além de si mesmo, explorando e conquistando, pela fé, seu próprio<br />
futuro presente.<br />
E, nessa UIAHACTIS, finalmente, interessa supra-infra-localmente a<br />
dimensão digital, pela qual a InHum: promove e consolida a inteligência geral de<br />
cada HAERM, para permitir que, no contexto espaço-temporal local e de forma<br />
trans-pluri-multi-dimensional atempada, cada um se posicione relativamente aos<br />
demais, compreenda e interprete a complexidade dos fenômenos sócio-ambientais<br />
como conjuntos de elementos e relações integrados em sistemas, não isolando<br />
partes do todo, nem as partes umas das outras; e molda um "mundo antrópico realvirtual",<br />
através de sua integração a um "mundo digital": o UNI(REVIDIRE)VERSO.<br />
Na sua influência sobre o sistema supra-infra-local onde está, apesar da atual<br />
preponderância dos seus ídolos, de barreiras na sua comunicação, do seu medo e<br />
do seu desfavorável intercâmbio com uma minoria dominante de pseudo HAERM's,<br />
o HAERM genuíno, mesmo atualmente "dominado-excluído", primeiramente, opta
137<br />
pelo amor como seu fundamento inalienável para atender à satisfação aceitável<br />
quer de seus interesses e suas necessidades (suficientes) quer do interesse e<br />
necessidades comuns, visando a construção do futuro presente da Humanidade,<br />
com "qualidade" de vida para todos, o quanto baste.<br />
Seguidamente, esse HAERM opta por integrar tecno-digitalmente as<br />
dimensões bio-físico-química (ou ambiental natural), psicossocial, histórica,<br />
econômica, sociológica (ou ambiental homo-antrópica) e religiosa (ou ambiental<br />
sobre-infra-natural ou noosférica).<br />
Para isso, na InHum - desse HAERM e doutros HAERM's genuínos -, o meu<br />
"método híbrido" 277 cria 278 uma zona de controle virtual da UIAHACTIS - a<br />
Incubadora Tecnológica de Integração Humana (InTeInHu). Nesta são usadas<br />
tecnologias sociais sofisticadas, mas sem submeter esses indivíduos e sua<br />
sociedade a tais tecnologias. Estas agrupam-se em: Tecnologias de Hardware e<br />
Software (TecHS), como instrumentos; e Tecnologias de Informação e<br />
Comunicação (TIC's), como recursos auxiliares.<br />
Nessa InTeInHu, TecHS e TIC's (respectivamente, "instrumentos" e "recursos<br />
auxiliares") serão integradas para (des)mobilização, (re)captação, (re)articulação,<br />
(re)informação, (re)análise, re(in)flexão, (in)fusão, (re)organização, (re)comunicação<br />
e (re)ação homo-antrópicas locais↔regionais↔globais.<br />
Porém, a incubação virtual↔digital de cada HAERM só será possível usando<br />
as TecHS. Portanto, na InTeInHu, as tecnologias de hardware e software são os<br />
instrumentos que "constroem dentro dela mesma" uma incubadora virtual↔digital, a<br />
que chamo Incubadora Digital de Integração Humana (InDiInHu).<br />
Lembrando aqui que:<br />
[...] Nem a mão nua nem o intelecto, deixados a si mesmos [HAERM],<br />
logram muito. Todos os feitos se cumprem com instrumentos [TecHS:<br />
InTeInHu e InDiInHu] e recursos auxiliares [TIC's], de que dependem em<br />
igual medida, tanto o intelecto quanto as mãos... Ciência e poder do homem<br />
coincidem [integração complexo-teleológica], uma vez que, sendo a causa<br />
ignorada, frustra-se o efeito [a essência do próprio "paradigma moderno"].<br />
Pois a natureza [UIAC] não se vence, se não quando se lhe obedece<br />
[UIAHACTIS]. (BACON, 1979 p. 13; grifos meus)<br />
277 Rever meu "método híbrido": Caos-Local-Global-Global-Local-Ordem!Complexo-Reverso-<br />
Hiperbólico-Swotiano-Vesteriano-Coheniano (CaosLocBalGloCalOrdem!ComRevHipSwoVesCoh).<br />
278 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.
138<br />
Assim, na essência de uma genuína sociedade humana local de HAERM's<br />
vivos - integrada complexo-teleologicamente na unidade de uma InHum<br />
(UIAHACTIS) -, a partir de seu local, com os olhos postos numa imagem-objetivo, de<br />
"mãos não nuas", com TIC's, e usando o seu "intelecto" e o dos outros HAERM's<br />
(genuínos ou pseudos), dentro do instrumento que é aquela InTeInHu, cada HAERM<br />
iniciará seu processo individual-social de auto-incubação<br />
real→virtual→digital→real na InDiInHu, individual ou coletivamente, com uma<br />
imagem-objetivo local↔regional↔global, para poder (des)locar-se consciente e mais<br />
facilmente (pelas)nas veredas do possível, em geo-eco(s), protegido e auxiliado,<br />
real, virtual e digitalmente.<br />
É o Homo-Antropus-Ecleticus-Responsabilis-Matrioscas Tecnologicus<br />
(HAERMT) no UNI(REVIDIRE)VERSO. Ele é agente anônimo de mudança local da<br />
"1ª vida" (real), em contraponto ao atual "avatar" 279 da "2ª vida" (virtual), no<br />
"mundo digital" vigente e global. Dessa forma, a InHum, incubando a InTeInHu e,<br />
esta, a InDiInHu, dá prioridade à "vida humana real com qualidade que baste" no<br />
UNI(REVIRE)VERSO. E facilita tecno-digitalmente a informação comum,<br />
responsável e atempada, monitorada e controlada por um SIHI medido por um<br />
IVCSH 280 . É aqui que o UNI(REVIRE)VERSO vira UNI(REVIDIRE)VERSO.<br />
Assim, naquela imagem-objetivo, cada ser humano é um indivíduo singular,<br />
dotado de constituição bio-físico-química e recheado por constituintes genéticos,<br />
morais, mentais, intelectuais e noosféricos, que gera forças locais individuais,<br />
conhecidas e desconhecidas, que expandem e retraem, peristalticamente, ou<br />
movem, aleatoria ou teleologicamente, um campo real↔virtual↔digital↔real<br />
antrópico (ambiente genuinamente humano ou ambiente homo-antrópico individual,<br />
finitamente pequeno, de ondulações, marolas e calmarias, no "caldinho antrópico").<br />
A(s) potencialidade(s) ou exercício(s) dessas forças locais individuais nesse<br />
campo móvel, expansível e retrátil, é que torna(m) o ser humano sujeito e vítima<br />
do local por (re)ação ou omissão antrópicas. Enquanto, tudo a um só mesmo tempo<br />
ou delongado, sujeita nesse (e está sujeito a esse) local as forças locais,<br />
conhecidas e desconhecidas, de um campo real cosmo↔terrestre organizado<br />
cosmicamente "via" integração bio-fisico-química naturalmente tópica do planeta<br />
279 "Avatar": usado aqui como "imagem" representativa de um "ser humano real" num "mundo virtual".<br />
280 Rever ANEXO "P" - Sistema de ambientes imbricados "SIHI" e Índice "IVCSH".
139<br />
Terra (ambiente não humano ou ambiente não-homo-antrópico, finitamente<br />
pequeno-grande, de ondulações, marolas e calmarias, quer na "sopa cósmica", quer<br />
no "caldo terrestre"). Em que esse não humano é apenas no sentido de não<br />
influência homo-antrópica. Isso, porque, no meu pensamento complexo, o ser<br />
humano é um elemento natural que carrega hologramatica, dialogica,<br />
diacronica e recursivamente o "nada absoluto" e o "todo absoluto", eternamente<br />
desconhecidos, e os "nadas relativos" e "todos relativos", conhecidos e<br />
desconhecidos, outros elementos naturais de que faz parte (o caos, a ordem e a<br />
organização cósmicas, infinitamente grandes-pequenos, em particular a sua<br />
"finitude" como o caos, a ordem e organização terrestres, ou cosmo-topo-geo-ecocaos,<br />
cosmo-topo-geo-eco-ordem ou cosmo-topo-geo-eco-organização), ao mesmo<br />
tempo que contém o seu próprio caos, a sua própria ordem e a sua própria<br />
organização internas (ou cosmo-topo-geo-eco-homo-antropo caos, cosmo-topogeo-eco-homo-antropo<br />
ordem e cosmo-topo-geo-eco-homo-antropo organização).<br />
Enquanto isso, cada sociedade humana local é um conjunto dessas<br />
singularidades humanas, com sentimento de pertença a esse local, que sujeita cada<br />
uma dessas singularidades "via" contrato social formalizado e imperativo (por<br />
exemplos, a República Federativa do Brasil, os Estados que constituem esta e os<br />
municípios que compõem estes, formalizam-se, respectivamente, pelas<br />
"Constituição Federal do Brasil", "Constituições Estaduais" e "Leis Orgânicas").<br />
Nessa sociedade local, um "ambiente homo-antrópico"<br />
(HASoHoReViReGeCo) é a um tempo humano e não humano, finitamente grandepequeno,<br />
no qual são refletidas ou congeladas ou filtradas ou sublimadas<br />
digitalmente, pela InDiInHu, as forças interativas do campo<br />
real↔virtual↔digital↔real e as forças do campo espiritual da noosfera, todas de<br />
cada HAERM, individual ou coletivamente.<br />
33):<br />
Porém, como eu já citei num trabalho meu (DA COSTA FERREIRA, 2009a p.<br />
1. O mundo não é um conjunto de transações monetárias e fluxos<br />
financeiros [MERCADOS, BANCOS e PIB's], pelo que os seres humanos<br />
[HAERMs] não devem ficar obcecados por categorias rígidas e fora da<br />
realidade [EMPRESAS, GOVERNOS, PREÇOS, MOEDAS e JUROS] -<br />
conceitos que confundem os mais básicos fatos de ecologia e da cultura<br />
humana. Apud (WINNER, 1981) apud (HEN<strong>DE</strong>RSON, 1981 p. grifos meus)<br />
2. Por isso, é necessário criar um ambiente moral e orgânico [InHum] em<br />
que organizações que não estão atendendo às necessidades do ser<br />
humano nem estão reparando erros [partidos políticos, e empreendedores<br />
empresariais ou empreendedores sociais] não sobreviverão na
140<br />
competição com organizações recursivas que atendem a essas<br />
necessidades ou reparem tais erros [InTeInHu e InDiInHu]. Apud (SILK,<br />
1978 p. 205) apud (BOULDING, 1968 p. 217; grifos meus)<br />
3. Qualquer projeto de desenvolvimento responsável num [ou de um]<br />
território [não só ‘utilizado’] [HAExaAtoEs] deve considerar um modelo de<br />
civilização genuína num processo de articulação e parceria vitais entre<br />
“ordem natural” [UIAC] e “subordem humana”[UIAHACTIS].(grifos meus)<br />
4. Há que: Respeitar a Ordem Natural [em particular a Ordem Ecológica]; e<br />
Ajustar responsavelmente a subOrdem Humana [como a Ordem<br />
Econômica] às propriedades naturais de resistência e de resiliência<br />
daquela [no campo real do cosmo-topo-geo-eco]. (grifos meus)<br />
E uma integração complexo-teleológica de um ambiente moral e orgânico, em<br />
desenvolvimento responsável, permite imaginar, idealizar e desenhar, virtual e<br />
digitalmente, um rumo probabilístico - possível, avaliável, monitorável e<br />
controlável -, para a complexidade da EXA-atto esfera humana local (em enorme<br />
parte de si, desconhecida, insondável e incerta).<br />
Esse rumo é um caminho virtual↔digital de mediação e relação entre as<br />
hiper↔supra↔infra dimensões reais↔virtuais de um mundo homo-antrópico<br />
local↔regional↔global.<br />
Esse caminho é estabelecido em "outra dimensão" (dentro e fora desse<br />
mundo antrópico a que chamo EXA-atto esfera humana ou HAExaAtoEs), que<br />
emerge da relação do "par contraditório" 0 (impossível) e 1 (certo), de forma<br />
intuitiva e/ou científica e provável consensualmente.<br />
Desse modo, cada HAERM, individual ou coletivamente, com uma imagemobjetivo<br />
local↔regional↔global, poderá fixar-se conscientemente nas veredas do<br />
possível em um determinado cosmo-topo-geo-eco, sem necessitar de andar<br />
perambulando por outro(s) geo-eco(s), protegido, mantido e auxiliado, virtual e<br />
digitalmente, por uma Incubadora Tecnológica de Integração Humana que prioriza a<br />
vida humana no "mundo antrópico" 281 : a InTeInHu.<br />
Mas é a InDiInHu, como um "submundo digital" no UNI(REVIRE)VERSO, que<br />
"contém" uma PLATAFORMA que permite um melhor alinhamento do "mundo real"<br />
(cosmo↔geo↔antrópico) e do "mundo virtual" (representação desse "mundo real"<br />
pelo HAERM) e que transforma o "infra-mundo antrópico" em "infra-mundo<br />
real↔virtual↔digital", e configura uma "subzona" de redes homo-antrópicas nesse<br />
"mundo antrópico" (e nele dispersas) 282 .<br />
281 Rever APÊNDICE "C": Abrangência da monografia – zona de intercepção de mundos.<br />
282 Rever APÊNDICE "E": Dispersão da monografia – "subzona" de redes sociais humanas.
141<br />
E é na priorização dessa vida humana, nos ambientes integrados 283 dessa<br />
"subzona" de redes, que, a partir de um topo ou local, a InDiInHu facilita o<br />
(des)envolvimento e integração teleológicos do HAERM como um participante<br />
necessariamente e suficientemente ativo, individualmente ou fazendo parte de<br />
equipe(s), num mundo humano "fechado↔aberto": o mundo humano do<br />
"meu/nosso↔teu/vosso/dele(s)".<br />
Portanto, nesse mundo antrópico, o HAERM é dirigido intra-interdimensionalmente<br />
por uma imagem do seu "futuro presente" virtualizado a partir<br />
de sua mente, e protegido e assistido pela InDiInHu. E é esta que oferece a esse<br />
HAERM uma "dimensão digital" para a mediação as relações nas e entre as<br />
dimensões bio-físico-química, psicossocial, histórica, econômica, sociológica e<br />
religiosa, num "supra↔infra mundo real↔virtual↔digital".<br />
Contudo, no (des)conserto atual de cada GeoEco, intuitivamente, existe um<br />
gigantesco número de "pessoas incapazes" e apenas um ínfimo número de<br />
"pessoas criativas", com (in)acesso digital, por (in)competência ou<br />
(não)disponibilidade.<br />
Portanto, cabe a todos os HAERM's, incubados na InTeInHu, agir<br />
integradamente como Maestros-Consertadores (DA COSTA FERREIRA, 2011 p.<br />
71), pelo menos inicialmente. Sendo cada HAERM - a partir de Morin (2000 p. 85) -<br />
"realista no sentido complexo [complexidade como "potência" de massa e<br />
energia] para compreender [capacidade de pensar "c"] a incerteza do real<br />
[incógnita "x"], e saber que há algo possível ainda invisível [energia "e"] no real<br />
[massa "m"] ".<br />
Assim, a minha fórmula de integração teleológica, em que tudo existe e<br />
varia numa mesma relação espaço↔tempo, e que dá uma direção, sentido e<br />
intensidade complexos, é esta:<br />
e = mc |x|<br />
Em que e= energia do HAERM, m= massa real↔virtual↔digital do HAERM<br />
maestro, c= capacidade de pensar complexamente do HAERM consertador<br />
(ajustada pela velocidade do seu pensamento, que não é constante, e por<br />
instrumentos de apoio, como os proporcionados pela InTeInHu), e x= potência<br />
283 Rever APÊNDICE "F" - Recortes da monografia: ambientes integrados
142<br />
atribuída ao estrato da Exa-atto esfera humana local donde/para onde o HAERM<br />
dirige seu pensamento antes de agir.<br />
Como qualquer pensamento, por muito lento que seja, tem sempre alguma<br />
velocidade, usei o módulo matemático | x | para significar que a potência (u)tópica<br />
naquela fórmula será sempre positiva 284 .<br />
Curiosamente, a posteriori, verifiquei que a fórmula científica da famosa teoria<br />
da relatividade de Einstein 285 , conhecida pela relação energia↔massa (e=mc 2 ), em<br />
que a energia "e" é igual à massa "m" multiplicada pelo quadrado da velocidade da<br />
luz "c 2 " (que "é constante e equivale a 299.792.458 metros/segundo") e, portanto,<br />
uma "pequena massa" produz uma "enorme quantidade de energia".<br />
Essa "antiga" pérola científica 286 , "garimpada" por mim no passado, reforça a<br />
cor 287 do meu calhau alotrópico intuitivo de um todo-relativo em que cada HAERM é<br />
uma pequena massa individual (na grande massa coletiva) que, por muito pouco que<br />
pense, produz um enorme quantidade de energia na sua hiper↔supra↔infra<br />
cosmo-topo-geo-eco-homo-antropo-meta-socio complexidade humana local.<br />
Destarte, a "ignorância" não será mais álibi para as práticas (des)humanas<br />
(des)construtivas numa sociedade (des)humana. Em que esta é: (não)conservadora<br />
de materiais e energia; distribuidora (des)equilibrada dos frutos de produção;<br />
(des)controlada para obtenção de rendimentos (im)produtivos e (in)sustentáveis a<br />
curto, médio e longo prazos.<br />
Finalmente, adaptando agora de minha monografia anterior (DA COSTA<br />
FERREIRA, 2011 p. 71), na InTeInHu, catalisa-se e assiste-se, sistematicamente,<br />
digitalmente e supra↔infra localmente, o (des)envolvimento de gente (in)capaz<br />
local (cada HAERM) no seu Tempo de Vida Corpórea (TeViHACor) - este como<br />
base da sua contrapartida de "pequena massa↔enorme energia humana singular"<br />
em qualquer "countertrade" alotrópico, entrópico ou antrópico 288 .<br />
284 Isso tem especial relevância para a hemi deci-atto esfera humana, estratificadas por "potências<br />
negativas" que representam a "fragmentação" da unidade. Rever APÊNDICE "U" - Fatores (unidades<br />
SI): potências e prefixos-padrão.<br />
285 Ver GLOSSÁRIO.<br />
286 Da qual já não me lembrava! Talvez porque rejeito sumariamente qualquer tipo de "constante" em<br />
equilíbrios reais dinâmicos - ou equilíbrios reais aparentemente estáticos!<br />
287 E poupa-me de qualquer elocubração matemática, mais profunda ou sofisticada, para "demonstrar<br />
cientificamente" minha fórmula.<br />
288 Counter-trade antrópico: com outra(s) "pequena(s) massa(s)↔enorme(s) energia(s) humana(s)<br />
singular(s)"; ou com com outra(s) "pequena(s) massa(s)↔enorme(s) energia(s) humana(s) coletiva(s).
143<br />
Nesse caso antrópico coletivo ou social, é do TeViHACor que se extrai o<br />
respectivo Tempo de Vida Social (TeViHASo). E sopesa-se o seu Tempo de Vida<br />
Social de Contribuição (TeViHASoCo), como base de "countertrade" social, na<br />
intra-inter-dependência de co-operação sistêmica desse HAERM com outros<br />
hologramas (antrópicos ou não), sob contrato ou não.<br />
Neste ponto, atinge-se parcialmente o quarto objetivo específico desta<br />
monografia - aquilo que respeita à integração de gente local numa região da Terra !<br />
E, com isso, em seu espaço-tempo relativo e em abordagens por<br />
"macro(sub)processo", cada HAERM influí sobre o sistema de complexidade<br />
real↔virtual que o envolve, de forma autoconsciente, empreendedora, teleológica,<br />
interdependente, integrada, fluída, persistente, responsável e digital.<br />
Destarte, o processo de incubação adotado pela InTeInHu e digitalizado<br />
pela InDiInHu, independentemente do "estágio de (in)capacidade" de cada HAERM<br />
na InHum, é antropo-ético e co-responsabilizante de (auto)incubação co-operante<br />
na UIAHACTIS, usando Tecnologias de Informação e de Comunicação (TIC's)<br />
integradas por Tecnologias de Hardware e Software (TecHS) nano-pico-fempto.<br />
Logo, numa UIALoc da InHum, imergindo, emergindo, flutuando, nadando,<br />
esbracejando, reproduzindo-se e fragmentando-se, no "caldo antrópico",<br />
principalmente entre as subesferas reais↔virtuais↔digitais de GIGA↔nano,<br />
TERA↔pico e PETA↔fempto, esse "ser menor", HAERM, é um agente (por isto,<br />
empreendedor) complexo, aninhado, protegido, integrado e assistido, e<br />
(des)envolvendo-se teleologica e responsavelmente como parte e em parte do<br />
mundo real↔virtual↔digital. Num surgir "todo novo" a partir de partes do velho<br />
"todo vivo" latente ou "adormecido" da Humanidade, como unidade complexa<br />
trans-pluri-multi-meta-dimensional, integrado e intra-inter(retro)agindo, na<br />
imbricação da UIAHACTIS. No espaço lamacento e pastoso dessa UIALoc, onde<br />
o "tempo de vida do HAERM" esvai-se continuamente numa Ampulheta Complexa<br />
Reversa Hiperbólica Swotiana Vesteriana Coheniana - AmComRevHipSwoVesCoh:<br />
A [u]topia e o projeto possível, racional, com a colaboração da ciência e<br />
da técnica, fruto da discursividade democrático-intersubjetiva não é então:<br />
a) a utopia impossível do anarquista; b) nem tampouco a utopia do sistema<br />
vigente; c) nem uma idéia meramente reguladora e transcendental, como a<br />
comunidade de comunicação ideal da Ética do Discurso. É uma [u]topia<br />
que passou pela prova da factibilidade a partir do horizonte das<br />
exigências ético-materiais e moral-formais... A [u]topia se faz projeto<br />
possível e, posteriormente, programa empírico. (DUSSEL, 2002 p. 476;<br />
grifos meus)
144<br />
3.2 <strong>INCUBADORA</strong> <strong>TECNOLÓGICA</strong> <strong>DE</strong> <strong>INTEGRAÇÃO</strong> <strong>HUMANA</strong><br />
[...] há [...] elemento estabilizador e agregador [InTeInHu], existente tanto<br />
na lógica estrutural da unidade [UIAHACTIS] quanto da lógica<br />
organizacional do ambiente [HASoHoReViReGeCo], que uma vez<br />
explicitado, permite uma nova visão da realidade<br />
[HASoHoReViDiReGeCo], baseado na identificação da pertinência entre<br />
estas dimensões relacionais [real↔virtual↔digital]. Esta pertinência<br />
[HAERM] é o "padrão que liga", é o "sagrado" que encanta, é o nexo do<br />
complexo, é a química do processo.<br />
(SILVA, 2002 p. 8) apud (SAN<strong>DE</strong>S-SOBRAL, 2008 p. 93; grifos meus).<br />
O meu método CaosLocBalGloCalOrdem!ComRevHipSwoVesCoh permite<br />
incubar, no geo-cosmo, uma incubadora humana (InHum) de "ambiente humano"<br />
(u)tópico, complexo-teleológico, HASoHoReViReGeCo, a qual incuba o Homo-<br />
Antropus-Ecleticus-Responsabilis Matrioscas (HAERM) para viver neste ambiente<br />
como "padrão que liga", como "sagrado que encanta", como "nexo do complexo" e<br />
como "química do processo", na Unidade de Integração Ambiental Homo-Antrópica<br />
Complexo-Teleológica Individual-Social (UIAHACTIS) dum UNI(REVIRE)VERSO 289<br />
baseados num Raciocínio Dialógico de Foco Difuso e Estratégico (RaDiFoDiEs) de<br />
Lógica Intuitivo-Racional (LIR).<br />
Nessa InHum, cada HAERM começa naturalmente como "um ser infantil,<br />
neurótico e delirante" 290 , que, inaugurando uma nova dialógica no processo de<br />
planejamento estratégico, busca o raciocínio complexo (como um entendimento<br />
dialógico, difuso e estratégico) para a comunicação entre a "lógica de sua intuição"<br />
(unicista e agregadora, alimentada pelo sagrado do HAERM em si ou de conjunto de<br />
HAERM's) e a "lógica de sua razão" (disjuntiva e esquartejadora, em cujo<br />
diagnóstico estratégico o futuro é uma extensão do presente com dados do<br />
passado).<br />
Aquela LIR fundamenta e enreda, de forma coesa e coerente, tanto a "Lógica<br />
Estrutural da Unidade" (LEU) que estrutura a UIAHACTIS quanto a "Lógica<br />
Organizacional do Ambiente" (LOA) que organiza e fortalece o ambiente<br />
real↔virtual↔real HASoHoReViReGeCo. Apenas uma abordagem integrativa, por<br />
processos de interação dessa LEU e dessa LOA (iLEULOA), estrutura, organiza e<br />
fortalece essa UIAHACTIS num UNI(REVIRE)VERSO. E essa mesma interação,<br />
seguindo o meu método CaosLocBalGloCalOrdem!ComRevHipSwoVesCoh,<br />
289 Ver APÊNDICE "DD" - Incubadora Tecnológica de Integração Humana: InTeInHu.<br />
290 Parafraseando novamente Morin.
145<br />
mediante o uso de uma plataforma digital em rede local↔regional↔global também<br />
digital, estrutura, organiza e fortalece essa UIAHACTIS num<br />
UNI(REVIDIRE)VERSO fruto de uma nova visão da realidade: um ambiente sóciocientífico<br />
de integração simbionte tecno-humana, o HASoHoReViDiReGeCo 291 .<br />
O elemento estabilizador e agregador - mantenedor ou renovador desse novo<br />
ambiente (HASoHoReViDiReGeCo) que parte de "exigências ético-materiais e<br />
moral-formais" humanos no UNI(REVIRE)VERSO (u)tópico - é um MECANISMO<br />
<strong>HOMO</strong>-<strong>ANTRÓPICO</strong>: a Incubadora Tecnológica de Integração Humana (InTeInHu).<br />
Essa InTeInHu é "incubada" na InHum e "incuba" a InDiInHu. 292<br />
Nessa InTeInHu, o HAERM (auto)instala-se virtual e digitalmente para agir<br />
no "seu" mundo "real", protegido, fortalecido, (des)envolvido, educado,<br />
(re)formado, preparado (estrategica, tecnica e gerencialmente) e integrado (social<br />
e ambientalmente).<br />
E é essa InTeInHu que se torna um projeto racional possível, não de um<br />
mero Ambiente Tecno-Humano (AmbTecHum), mas de um Ambiente Simbionte<br />
Tecno-Humano (ASTeHu) 293 em que a prioridade é a vida humana assistida por<br />
técnicas e tecnologias humanas de ponta.<br />
Nessa InTeInHu, o "processo de incubação" é um programa empírico de<br />
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.<br />
Portanto, a InTeInHu é um "MEIO COMPLEXO" estabilizador, protetor e<br />
agregador de vidas humanas num "ambiente simbionte tecno-humano em rede<br />
local↔regional↔global" de integração sistêmica hologramática teleológica<br />
digital (u)tópica de uma sociedade homo-antrópica, eclética e responsável, num<br />
geo-eco alhures num espaço↔tempo cósmico.<br />
Além disso, a InTeInHu é também um "INSTRUMENTO ORGANIZACIONAL"<br />
para a construção e desenvolvimento de uma sociedade local mais humana e<br />
responsável. Pois aquela viabiliza a interação da diversidade, multiplicidade e<br />
pluralidade de "padrões que ligam", "sagrados que encantam", "nexos do complexo"<br />
e "químicas de processos", no UNI(REVIRE)VERSO da InHum, mediante uma<br />
associação de TIC's (Tecnologias de Informação e de Comunicação) às ciências<br />
291 Rever APÊNDICE "DD": Incubadora Tecnológica de Integração Humana: InTeInHu. Ver<br />
APÊNDICE "EE" - InTeInHu:(Neo)Ambientes,(Re)Estrutura e (Re)Processo social.<br />
292 Rever APÊNDICE "CC": Integração humana: ambientes e incubadoras.<br />
293 Rever APÊNDICE "EE" - InTeInHu:(Neo)Ambientes,(Re)Estrutura e (Re)Processo social.
146<br />
computacionais e à engenharia de computação das TecHS (Tecnologias de<br />
Hardware e Software), para moldar, "fora↔dentro" do espaço físico da InTeInHu,<br />
um "mundo antrópico real↔virtual↔digital, finitamente grande e finitamente<br />
pequeno, num só espaço↔tempo antrópico.<br />
E é beneficiando dessas TecHS que o UNI(REVIRE)VERSO da InHum se<br />
transforma em UNI(REVIDIRE)VERSO DNA sua incubada InTeInHu 294 , via<br />
InDiInHu. Esta é que estratifica digitalmente o ambiente HASoHoReViDiReGeCo<br />
numa esfera humana (HAExaAtoEs) de neo-estabilidade digital (NeEsDi) e de<br />
Responsabilidade de Ordem Digital (ROD), onde a prioridade continua a ser a vida<br />
humana, como um todo e toda. 295<br />
Todavia, neste subcapítulo esboço apenas a InTeInHu, como "incubada" da<br />
InHum e "incubadora" da InDiInHu, pois a interação hardware/software da<br />
InTeInHu, consubstanciada na estrutura da sua incubada InDiInHu, foge ao escopo<br />
desta monografia.<br />
Porém, dada a importância das TecHS e o fato de que cada pessoa pode<br />
obter e usar um celular facilmente (TIC individual), a InDiInHu, em si mesma -<br />
principalmente por ser a Plataforma Digital de Censo, Senso e Integração<br />
Objetiva de Hologramas Interdependentes (PDCSIOHI) -, constituirá o meu<br />
próximo passo acadêmico "trans-pluri-multi-meta-disciplinar" (EcolCompEcon), que<br />
integra a área da "ciência da economia" (Econ) e a área da "ciência da ecologia"<br />
(Ecol)- que engloba as "ciências da Natureza"-, via área da "ciência da computação"<br />
(Comp), antes da efetiva construção e efetiva implementação da InTeInHu.<br />
Assim, para o "esboço" desta InTeInHu, evidencio apenas: 1) o seu ambiente<br />
sócio-científico (seu ambiente tecno-humano; sua localização; riscos a que está<br />
sujeita, impactos que poderá causar e sua legitimidade de ação); 2) a sua estrutura<br />
(sua estabilização tecno-humana, seus valores, sua missão, sua visão, sua<br />
estratégia, suas partes interessadas com respectivas "responsabilidades", seus<br />
catalisadores de incubação e seu modelo de gestão); e 3) seu processo de<br />
incubação, num sistema integrado de (auto)gestão local - que inclui, como "inputs"<br />
ou entradas, ingredientes, um método de incubação, e, como "outputs" ou saídas,<br />
produto, subprodutos, desperdícios e resíduos.<br />
294 Rever APÊNDICE "DD" - Incubadora Tecnológica de Integração Humana: InTeInHu.<br />
295 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.
147<br />
3.2.1 Ambiente socio-científico<br />
A InTeInHu 296<br />
As hierarquizações tradicionais dos espaços já são insuficientes, ou<br />
inadequadas, precisamos de muito mais democracia, de uma visão mais<br />
horizontal e inter-conectada da estrutura social.<br />
(DOWBOR, 1996 p. 7; grifos meus)<br />
enfrenta a complexidade própria de um ambiente de<br />
"dominados-excluídos" de uma sociedade local. Ou seja, um ambiente integrado<br />
(u)tópico HASoHoReViReGeCo, como um holograma real↔virtual numa Ampulheta<br />
Complexa Reversa Hiperbólica Swotiana Vesteriana Coheniana<br />
(AmComRevHipSwoVesCoh). Esta, tendo sido obtida pelo meu método<br />
(MetComRevHipSwoVesCoh) 297 , constitui um limite "espaço↔tempo" de cada<br />
HAERM, com o Tempo de Vida Corpórea deste (TeViHACor), com o seu Tempo de<br />
Vida Social (TeViHASo) e com o seu Tempo de Vida Social de Contribuição<br />
(TeViHASoCo).<br />
Visando a enfrentar localmente essa complexidade espaço↔temporal, de<br />
forma verdadeiramente democrática, a InTeInHu não aceita representantes de<br />
"dominados-excluídos locais" (constituídos por hierarquizações tradicionais em<br />
espaços insuficientes) e aceita todos "dominados-excluídos locais" como HAERM's<br />
(para formar uma corporação horizontal que inter-intra-conecte toda a estrutura<br />
social local destes).<br />
Assim, para o efetivo exercício responsável de vivência, convivência e<br />
sobrevivência amorosos na complexidade ambiental de cada um desses HAERM's<br />
genuinamente democráticos, a InTeInHu mantém, interconecta, integra e re(i)nova<br />
um Ambiente Tecno-Humano (AmbTecHum). Imbricando neste um Ambiente Socio-<br />
Científico (ASoCie) que, por sua vez, imbrica nele um Ambiente Simbionte Tecno-<br />
Humano (ASTeHu). Este acomoda e reflete digitalmente todo o holograma de um<br />
ambiente real↔virtual HASoHoReViReGeCo num holograma de um ambiente<br />
digital: o HASoHoReViDiReGeCo.<br />
Na InTeInHu, o ponto de partida é o seu núcleo (NuInTeInHu). Este "ganha"<br />
corpo, ainda que frágil, e competências, ainda que titubeantes, a partir de "embriões<br />
humanos" incubados naturalmente na InHum como Homo-Antropus (HA). Num<br />
296 Rever APÊNDICE "EE" - InTeInHu: (Neo)Ambientes,(Re)Estrutura e (Re)Processo social.<br />
297 Essa ampulheta contem hologramaticamente esse mesmo método que a (re)forma.
148<br />
processo de integração complexo-teleológico (PrintComTel), composto de<br />
subprocessos...<br />
Portanto, o PrintComTel é um processo de incubação que inclui o próprio<br />
processo de formação, constituição e implementação da InTeInHu e do<br />
NuInTeInHu. Bem como inclui a transformação de cada um desses Homo-Antropus<br />
(HA): primeiro, em Homo-Antropus-Ecleticus-Responsabilis Matrioscas (HAERM);<br />
segundo, em Homo-Antropus-Ecleticus-Responsabilis Matrioscas Tecnologicus<br />
(HAERMT); e, terceiro, em Homo-Antropus-Ecleticus-Responsabilis Matrioscas<br />
Digitalis (HAERMD) 298 . Esta é a transformação faseada de HA em Homo-Antropus-<br />
Ecleticus-Responsabilis Matrioscas Tecnus-Digitalis (HAERMTD).<br />
Esse NuInTeInHu, em Neo-Estabilização Tecno-Humana (NeEsTeHu) e<br />
como partícipe da Responsabilidade de Ordem Síncrona Tecno-Humana Geo-<br />
Cósmica (ROSiTeHuGeCo), facilita aquele PrintComTel.<br />
Ou seja - adaptando o que eu já escrevi num trabalho meu para o curso a que<br />
se refere esta monografia (DA COSTA FERREIRA, 2008c), mediante um ‘livre forçar’<br />
de uma UNI(REVIRE)VERSIDA<strong>DE</strong> integrada por uma UIAHACTIS, e cujas relações<br />
sistêmicas são aferidas por uma Unidade de Conta Ambiental Homo-Antrópica<br />
(UCAHA). Isso, num processo de incubação de pessoas residentes (não<br />
necessariamente "naturais") num "território”, mas valendo-se de uma genuína<br />
ciência, "trans-pluri-multi-meta-disciplinar", "trans-pluri-multi-meta-dimensional" e<br />
epistemológica (não numa enorme e frágil super-disciplina), re-articulada (real,<br />
virtual e digitalmente) em todas as esferas humanas (individual, social, local,<br />
regional, nacional e internacional),acadêmicas ou não.<br />
Na re-definição virtual↔digital desse "território", o NuInTeInHu permite<br />
virtualizar digitalmente a UNI(REVIRE)VERSIDA<strong>DE</strong> numa UIAHACTIS composta<br />
por supraUnidades de: Integração de Ar Respirável (UIAR); Integração Hidrográficas<br />
(UIH); Integração de Solos (UIS); e Integração Litográficas (UIL) 299 .<br />
O NuInTeInHu permite também que essas supraUnidades condicionem e<br />
restrinjam virtual e digitalmente estas infraUnidades de: Integração de Abrigos<br />
298 Rever APÊNDICE "EE" - InTeInHu:(Neo)Ambientes,(Re)Estrutura e (Re)Processo social.<br />
299 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.
149<br />
Humanos (UIAH); Integração de Trabalhos Humanos (UITH); e Integração de<br />
Deslocamentos Humanos (UIDH) 300 .<br />
O NuInTeInHu permite ainda que, através do SIHI local e respectivo IVCSH,<br />
essas infraUnidades se relacionem virtual e digitalmente em tempo real com aquelas<br />
supraUnidades de modo a valorizar a vida humana, em Biótopos e Ecótopos reais.<br />
Priorizando a re-definição real de fronteiras locais e dos limites da sua própria região<br />
ou estado ou nação. Tudo em função do essencial para a vida humana daquele<br />
"território", rigorosamente nesta ordem: "1-ar", "2-água", "3-solo" e "4-litosfera; "5-<br />
áreas de residência humana"; "6-áreas de trabalho humano"; e "7-áreas de<br />
deslocamento humano".<br />
O NuInTeInHu não estabelece tempos específicos do processo ou de partes<br />
dele (como as comuns Pré-Incubação, Incubação e Pós-incubação). E usa a<br />
pesquisa-participação, integradora e erudito-popular. Este tipo de pesquisa promove<br />
a produção e aplicação de conhecimento simultaneamente à intervenção, na medida<br />
em que se trabalhe de maneira participativa efetiva com o grupo local populacional a<br />
ser beneficiado - incluindo a (auto)elaboração do projeto do próprio<br />
(des)envolvimento social desse grupo no seu local.<br />
O NuInTeInHu, na forma de projetos, continuados ou não, e de programas,<br />
promove um choque tecno-amoroso (individual, social, local, dendítrico, infra-local<br />
e supra↔local, informacional, comunicacional e computacional, contestatário,<br />
multivariado, crítico, firme e determinado). Choque que constrói: uma outra<br />
academia; uma genuína identidade local; uma outra cultura local; uma outra<br />
economia local; um outro estado nacional; um outro ambiente; e um outro<br />
paradigma (ou não-paradigma). Tudo levando à formação co-responsável de uma<br />
outra sociedade local, legitimamente humana e transparente, em co-liderança e em<br />
co-operação !<br />
3.2.1.1 Ambiente Tecno-Humano<br />
O ambiente HASoHoReViReGeCo é um ambiente virtual numa perspectiva<br />
humana do ambiente real em si que parte de uma UIAHACTIS em NeEsTeHu com<br />
uma UNI(REVIRE)VERSIDA<strong>DE</strong> de ROSiTeHuGeCo. Nesse ambiente, o processo<br />
de integração complexo-teleológico (PrintComTel) se desenvolve efetivamente por<br />
300 Rever APÊNDICE "CC" - Integração humana: ambientes e incubadoras.
150<br />
estas cinco fases 301 : FASE 0, Sensibilização e Mobilização de HAERM’s; FASE I,<br />
Transformação de HAERM’s em HAERMT’s; FASE II, Transformação de<br />
HAERMT’s em HAERMD’s; FASE III, Censo; FASE IV, Senso; e FASE V,<br />
Integração Objetiva de Hologramas Interdependentes (IOHI).<br />
Esse PrintComTel, composto por subprocessos que seguem um método de<br />
incubação, é para melhor integrar o HAERM (real) ao (des)envolvimento de um local<br />
inserido na sua região, na sua nação e no restante do globo terrestre. Isso, por<br />
intermédio de um Ambiente Tecno-Humano (AmbTecHum). Neste, destaca-se um<br />
ambiente digital 302 - cujo acesso, por TIC individual (celular ou computador em<br />
rede) ou TIC coletiva (telecentro em rede), é feito remotamente por um Portal Virtual<br />
Local Corporativo (PoViLoCo). 303<br />
Esse portal é horizontal e colaborativo Ele é monitorado, controlado e<br />
disponibilizado remotamente por aquele local, mediante um Sistema Integrado de<br />
Gestão Local (SIGeLo). 304<br />
As relações desse sistema são aferidas por uma Unidade de Conta Ambiental<br />
Homo-Antrópica (UCAHA) local. 305<br />
3.2.1.2 Localização<br />
A InTeInHu fica fisicamente num Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas<br />
(LabCieSocApl), numa universidade pública (UniPub).<br />
3.2.1.3 Riscos<br />
[...] Quanto ao que você considera inconveniente, isto é, que o meio que<br />
convém, pela espécie, a outro meio, virá a ser mais distante daquele que o<br />
centro da periferia, que são naturalmente contrários, e por isso devem ser<br />
afastados ao máximo, eu respondo: primeiro, que os contrários não<br />
devem estar afastados ao máximo, mas somente aquele tanto que um<br />
possa ter ação sobre o outro e possa sofrer a ação do outro... Visto que<br />
a ordem da natureza estabeleceu que um contrário subsista, possa viver, e<br />
se alimente pelo outro, enquanto um é afetado, alterado, vencido e [ou] se<br />
converte no outro. (BRUNO, 1978 p. 85; grifos meus)<br />
O ambiente sócio-científico (ASoCie) para a integração ambiental, a estrutura<br />
da incubadora e o seu processo de incubação - por falta ou insuficiência, bem como<br />
por prevenção, precaução, negligência, imperícia e imprudência humanas -, estão<br />
301 Rever APÊNDICE "EE" - InTeInHu:(Neo)Ambientes,(Re)Estrutura e (Re)Processo social.<br />
302 Lembro aqui que nem todo o virtual é digital, mas todo digital é necessariamente virtual.<br />
303 Rever APÊNDICE "EE" - InTeInHu:(Neo)Ambientes,(Re)Estrutura e (Re)Processo social.<br />
304 Idem.<br />
305 O estudo desta unidade de conta está fora do escopo desta monografia.
151<br />
sujeitos a estes tipos de perigo: perigos físicos, oriundos da Natureza e da<br />
Tecnologia Humana; perigos do comportamento humano, por omissão, ação ou<br />
reação humana; e perigos inerentes aos processos de controle humano, pelo uso<br />
indevido ou abusivo das informações e das tecnologias humanas, na administração<br />
e operação de suas atividades.<br />
Ora, o risco é uma medida associada à possibilidade de ocorrência<br />
(frequência) de evento indesejado com magnitude causadora de dano(s) a (ou<br />
inibidora de) situação considerada normal, a vida humana, e a outros seres ou<br />
coisas.<br />
Assim, os riscos relacionados àqueles tipos de perigo devem ser<br />
identificados, avaliados, gerenciados e comunicados, atempadamente.<br />
A análise desses riscos visa a realizar uma estimativa qualitativa (ou<br />
quantitativa) deles, empregando-se técnicas cientificas, de forma a promover a<br />
combinação das frequências com a magnitude dos eventos indesejados.<br />
E a avaliação desses riscos é um processo que utiliza os resultados dessa<br />
análise para a tomada de decisão no gerenciamento desses riscos, através da<br />
comparação com os critérios de tolerabilidade de riscos previamente estabelecidos.<br />
No caso dos riscos da InTeInHu, essa análise, essa avaliação, esse<br />
gerenciamento e as respectivas comunicações, são todos competência do<br />
NuInTeInHu. E devem ser usados - de forma científica, quando possível - para<br />
recalcular os "graus de esperança de satisfação humana de necessidades<br />
genéricas e específicas", bem como o "peso" desses graus, no SIHI e respectivo<br />
IVCSH.<br />
3.2.1.4 Impactos<br />
Sendo todas as coisas causadas e causadoras, ajudadas ou ajudantes,<br />
mediatas e imediatas, e sustentando-se todas por um elo natural e<br />
insensível que une as mais distantes e as mais diferentes, considero ser<br />
impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, tampouco conhecer o<br />
todo sem conhecer particularmente as partes. (PASCAL, 1976)<br />
apud(MORIN, 2000)<br />
O ambiente sócio-científico (ASoCie) para a integração ambiental<br />
(HASoHoReViReGeCo), a estrutura da incubadora (InTeInHu) e o seu processo de<br />
incubação (PrintComTel), todos causam/sofrem impactos, mais ou menos<br />
significativos, na/da estabilização dinâmica do cosmo-holograma (CoHoRe), do geo-
152<br />
holograma (GeHoRe) e do antropo-holograma (AnHoRe) reais, bem como do<br />
próprio antropo-holograma virtual (AnHoVi).<br />
A prioridade naquela integração ambiental (e na própria InTeInHu e seu<br />
próprio PrintComTel) é valorizar cada vida humana real (HARe), em sociedade<br />
virtual (SoVi), no planeta Terra como conjunto de Biótopos e Ecótopos reais algures<br />
no Cosmo real (GeCoRe), todos como partes de um todo imanente a esses todos<br />
(holograma Ho). Assim, a avaliação desses impactos e a apuração de seus "saldos"<br />
são feitas mediante encontro de contas eco↔homo-antropo↔socialis<br />
(ConEcoHASo), medidas por Unidades de Conta Ambiental Homo-Antrópica<br />
(UCAHA's) 306 .<br />
Em função do que é essencial para a vida humana num "território", as contas<br />
ecológicas (de estoque e de serviços) "ConEco" são ar, água, solo e litosfera.<br />
Enquanto que as contas sociais (de estoque e de serviços) "ConSo" são<br />
residências humanas, trabalhos humanos e deslocamentos humanos. E as contas<br />
individuais (de estoque e de serviços) "ConHA" são prole, esforço-lazer e<br />
contribuição social.<br />
Apesar das questões "contábeis" não serem de minha competência, nem<br />
pertencerem ao escopo desta monografia (lembrando-me agora de confrontar as<br />
iluminadas visões "pibóticas" e "de rendas"<br />
307<br />
- míopes, estrábicas e<br />
financeirizadas), ilustro aqui apenas as contas sociais ConSo na sua relação<br />
genérica com os outros dois "tipos de conta" (ConEco e ConHA).<br />
Assim, na ConSo: a débito social, "entram" ar, água, solo e litosfera (ConEco),<br />
bem como prole, esforço-lazer e contribuição social (ConHA); e a crédito social,<br />
"entram" arquitetura e urbanismo (residências humanas), organização e<br />
compensação das atividades humanas (trabalhos humanos) e infraestruturas<br />
(assentamentos e deslocamentos humanos).<br />
Um saldo devedor dessa conta significa um "déficit social", enquanto que um<br />
saldo credor dessa conta significa um "excedente social".<br />
Porém, qualquer um desses saldos, negativo ou positivo, de uma sociedade<br />
local, regional, nacional, internacional ou global, em termos privados ou públicos,<br />
306 O estudo desta unidade de conta e de seus próprios impactos está fora do escopo desta<br />
monografia.<br />
307 Faço aqui claro confronto e clara alusão aos PIB's e Rendas (brutas, líquidas, nacionais, internas e<br />
per capita) que atormentam e moldam (pseudo)racionalmente a vida do cidadão moderno.
153<br />
significa um afastamento do equilíbrio dinâmico desejável. Neste, as "forças<br />
devedoras" e as "forças credoras" da sociedade se anulam, enquanto se auto-interorganizam<br />
no mundo real↔virtual↔digital↔real (composto por diversos "caos" e<br />
"ordens", naturais ou antrópicos).<br />
3.2.1.5 Legitimidade de Ação<br />
Citando [...] Milton Santos(1994), a base da ação reativa [e pró-ativa] é o<br />
espaço compartilhado no cotidiano [em que a] rearticulação dos<br />
espaços locais com os diversos espaços que hoje compõem a nossa<br />
sociedade complexa [...] passa por uma redefinição das instituições para<br />
que os espaços participativos coincidam com as instâncias de<br />
decisões significativas.(DOWBOR, 1996 p. 7; grifos meus)<br />
A InTeInHu permite que a um "livre forçar" se alie o deslocar, o ordenar e o<br />
capacitar do poder social nominativo, participativo e deliberativo de cada<br />
HAERM. Este, adaptando de Amartya Sen (2000 p. 47), é pessoa diretamente<br />
envolvida, com oportunidade efetiva de participar eficiente e eficazmente<br />
(necessariamente tendo conhecimentos e um grau de instrução básico, a propiciar<br />
pela própria incubadora), para enfrentar, avaliar e decidir legitimamente sobre<br />
escolhas entre a preservação da tradição (livres da alçada da elite dos guardiães<br />
da tradição) e as (des)vantagens da modernidade.<br />
A InTeInHu permite outrossim um alinhamento de políticas das localidades de<br />
uma região da(na) União Federativa do Brasil - numa integração internacional,<br />
nacional, regional e local -, de forma participativa (na medida em que envolva todas<br />
as partes interessadas, bióticas e abióticas) e de maneira efetiva (participação não<br />
apenas formal e que não sirva apenas para legitimar interesse próprios, localismos<br />
ou regionalismos). Isso para construção de um hiper↔supra↔infra cosmo-topogeo-eco-homo-antropo-meta-socio<br />
espaço compartilhado - ou território em si.<br />
Um espaço ocupado por uma sociedade humana legitimamente construída e<br />
alinhada livremente pelos HAERM's residentes nessa região - com ou sem auxílio de<br />
HAERM's de outros locais, regiões ou nações.<br />
Finalmente, a InTeInHu viabiliza um alinhamento legítimo dos HAERM's,<br />
mediante uma convergência homo-antrópica de valores, missão, visão, estratégia,<br />
objetivos, métodos, processos e produtos, da sua e para a sua comunidade local.
154<br />
3.2.2 Estrutura geral<br />
[...] o espaço compartilhado no cotidiano [...] tem de ser reconstituído,<br />
não numa visão poética de um small is beautiful generalizado.<br />
(DOWBOR, 1996 p. 7; grifos meus)<br />
A InTeInHu compõe-se de instalações físicas comedidas, máquinas,<br />
utensílios e equipamentos inteligentes e aplicações informáticas sofisticadas. Isso,<br />
para constituir um "mundo antrópico real↔virtual↔digital↔real", mediante uma teia<br />
de elos tecno-digitais em rede(s) de nós tecno-digitais, local(is) em região(ões) do<br />
planeta Terra (e fora dele).<br />
Na Unidade de Integração Ambiental Homo-Antrópica Complexo-Teleológica<br />
Individual-Social (UIAHACTIS) dum UNI(REVIRE)VERSO, a InTeInHu diferencia<br />
este em Ecótopos com Acessos Tecnológicos (EcoAceTec) e Biótopos com<br />
Acessos Tecnológicos (BioAceTec) 308 .<br />
O primeiro caracteriza o "nomadismo" do HAERM e o segundo evidencia o<br />
"sedentarismo" desse<br />
mesmo HAERM. Este, aqui, é um Homo-Antropus com<br />
Acessos Tecnológicos (HAAceTec), a que chamo também Homo-Antropus-<br />
Ecleticus-Responsabilis Matrioscas Tecnologicus (HAERMT) 309 , que se fixa algures<br />
em biótopos e se movimenta por ecótopos.<br />
Para monitorar e controlar EcoAceTec(s), BioAceTec(s) e HAERMT(s), a<br />
InTeInHu tem o seu Núcleo da Incubadora Tecnológica de Integração Humana<br />
(NuInTeInHu).<br />
Cabe também a esse núcleo projetar, construir e implementar uma<br />
Incubadora Digital de Integração Humana (InDiInHu). Esta, composta só por<br />
hardware e software que "encolherá" tanto aquele UNI(REVIRE)VERSO num<br />
UNI(REVIDIRE)VERSO quanto o HAERM num Homo-Antropus-Ecleticus-<br />
Responsabilis Matrioscas Digitalis (HAERMD) 310 .<br />
Esse NuInTeInHu é que desenha este UNI(REVIDIRE)VERSO numa<br />
PDCSIOHI da InDiInHu, de forma excludente, complementar e concorrente: um<br />
hemi-complexo "finitamente grande" (Exa-atto esfera humana real↔virtual); e outro<br />
308 Rever APÊNDICE "DD": Incubadora Tecnológica de Integração Humana: InTeInHu.<br />
309 Idem.<br />
310 Idem.
155<br />
hemi-complexo "finitamente pequeno" (Exa-atto esfera humana virtual↔digital), a<br />
partir de uma perspectiva topo-homo-antropo-cêntrica 311 .<br />
3.2.2.1 Estabilização Tecno-Humana<br />
O ambiente tecno-humano HASoHoReViReGeCo é dinâmico e está em (neo)<br />
estabilização (NeEsTeHu). Desta, depende direta e reversamente a Neo-<br />
Estabilidade Digital (NeEsDi).<br />
Porém, essa estabilização tecno-humana-digital depende também direta e<br />
reversamentemente da Neo-Estabilização Humana (NeEsHu). Esta, compreende a<br />
interação responsável da Neo-Estabilização Individual (NeEsIn) e da respectiva Neo-<br />
Estabilização Social (NeEsSo).<br />
Além disso, essa estabilização tecno-humana-digital depende ainda direta e<br />
reversamentemente da Neo-Estabilização Humana Geo-Cósmica (NeEsHuGeCo). E<br />
esta é dependente de uma Neo-Estabilização Terrestre (NeEsGe) que, por sua vez,<br />
depende diretamente de uma Neo-Estabilização Cósmica (NeEsCo).<br />
Em suma, de forma imbricada, a estabilização tecno-humana da InTeInHu<br />
depende diretamente de uma Neo-Estabilização Cosmo-Geo-Humana<br />
(NeEsCoGeHu).<br />
3.2.2.2 Valores, Missão, Visão e Estratégia da Incubadora<br />
A InTeInHu é um espaço tecnológico "compartilhado no cotidiano" de<br />
pessoas que, individualmente ou em conjunto, participam e decidem,<br />
significativamente, na (re)articulação complexo-teleológica de seu "espaço local<br />
complexo" com outro(s) "espaço(s) local(is) complexo(s)", do mesmo ou outro<br />
"espaço regional complexo", numa "sociedade global complexa".<br />
Essa InTeInHu orienta-se pelos mesmos valores que me condicionam, quais<br />
sejam: valores de existência - carregados de valores potenciais de subsistência e<br />
sobrevivência - que condicionam os valores funcionais; valores alotrópicos e<br />
valores entrópicos que condicionam os valores funcionais de existências alteradas;<br />
e valores antrópicos que condicionam valores econômicos de produção,<br />
311 Uma perspectiva a partir do HAERM, como indivíduo, integrado pela InHum tanto num<br />
ecossistema existente sem e com intervenção antrópica, quanto na própria sociedade humana<br />
local↔regional↔global de que esse HAERM é elemento ativo, mesmo se omitindo.
156<br />
distribuição, consumo, desperdício e resíduo, bem como valores morais, éticos,<br />
espirituais e de direito.<br />
A razão de ser da InTeInHu, fundada na minha missão como HAERM<br />
"primordial", é: proteger embrionariamente os (e facilitar a vida dos) empreendedores<br />
complexo-teleológicos (HAERM's); e viabilizar os empreendimentos complexos (não<br />
necessariamente na forma de "empresas" ou "cooperativas"), de modo responsável<br />
e sistemático, em diversos locais, através de método de incubação complexoteleológica,<br />
alinhando estrategicamente atividades e interesses naturalmente<br />
antagônicos de grandes, médios e pequenos, bem como de privados, de públicos e<br />
do terceiro setor, num território. Por isso, esta é a missão da InTeInHu:<br />
RE-INCUBANDO PARA RE-INTEGRAR<br />
O que foca essa missão é a visão da InTeInHu, ou seja, onde esta<br />
incubadora quer estar num futuro próximo. Essa visão funda-se também na minha<br />
visão como HAERM "primordial", de que é possível uma interação inteligente de<br />
processos dinâmicos de alteração do mundo herdado, topo-homo-antropo-cêntricos,<br />
alinhados sistematicamente, para desfrutar, preservar e legar um mundo bem<br />
melhor que esse que tem estado por aí. Sendo essa interação e alinhamento feitos a<br />
partir da "re-constituição" genuinamente democrática do "espaço compartilhado<br />
cotidiano" em ambientes complexos, hostis ou pouco amigáveis. Assim, esta é a<br />
visão da InTeInHu:<br />
Estar apta a permitir, manter e renovar<br />
a incubação virtual↔digital<br />
de gente que se considere dominada e/ou (auto)excluída<br />
e que queira tornar-se capaz e responsável<br />
pelos seus próprios destinos,<br />
individual e socialmente,<br />
eficiente, eficaz e efetivamente.<br />
A estratégia da InTeInHu para concretizar a sua visão (imagem de um futuro<br />
possível a partir de hoje) é: delimitar virtualmente uma região numa plataforma<br />
digital (a PDCSIOHI), com base na cultura regional reconhecida e aceite pela<br />
Antropo-Ética Contemporânea; pontuar digitalmente os locais dessa região;<br />
identificar digitalmente cada indivíduo residente (HAERM potencial) em cada um<br />
desses locais (comunidade); permitir o acesso àquela PDCSIOHI, de forma<br />
individual, digital e remota, de cada um desses HAERM's potenciais; e
157<br />
disponibilizar espaço digital suficiente para que cada um desses HAERM's se<br />
apresente, conheça os demais HAERM's, se informe, se conheça, se<br />
aperfeiçoe, se comunique, aja, individualmente ou em equipe, e seja<br />
reconhecido por rede social auto-gestionária.<br />
A partir da convergência dos seus incubados, a InTeInHu permite também<br />
que se estabeleça a política, os princípios, os objetivos, as metas, os indicadores e<br />
as ações, todos estratégicos. Bem como os instrumentos e parcerias estratégicos<br />
que fundarão o auto-planejamento, auto-monitoramento e auto-controle estratégicos<br />
desse território. Assim, re-constituindo uma corporação horizontal de co-liderança,<br />
co-operação e co-responsabilidade local.<br />
A respeito da (auto)organização e (auto)gestão do(s) HAERM(s), convém<br />
ressaltar (e adaptar), agora, parte da minha resposta à pergunta 312 ajustada de<br />
outros trabalhos meus do curso a que se refere esta monografia para o meu trabalho<br />
da disciplina de "Paradigma das Ciências Sociais", desse mesmo curso, intitulado<br />
"Sopa Cósmica - Caldo Antrópico de Signos"(DA COSTA FERREIRA, 2009b pp. 21-<br />
23).<br />
Nessa resposta, agora adaptada de forma mais ajustada, os pontos de partida<br />
(e pontos de chegada) são os "ambientes naturais" (hiper↔supra↔infra cosmotopo-geo-eco-homo-antropo<br />
complexidade supra↔infra local ou, reduzidamente,<br />
GeoEco's) inseridos numa "zona de integração meta-caótica" (parte cósmica,<br />
parte terrestre, parte homo-antrópica e parte socio-antrópica). Esta zona esconde (e<br />
revela) sistemas complexos interativos em equilíbrios dinâmicos<br />
(hiper↔supra↔infra cosmo-topo-geo-eco-homo-antropo-meta-socio complexidade<br />
supra↔infra local). Estes sistemas obedecem a uma ordem natural não teleológica<br />
(ordem cósmica e ordem terrestre). Mas são "alfinetados", "agulhados",<br />
"esventrados", "metamorfoseados" ou "extintos", tudo por uma ordem humana<br />
teleológica (individual ou social). É por esses dois tipos de ordem que aqueles<br />
sistemas convergem, gradual ou abruptamente, para “estados estáveis”. Isto,<br />
mediante fluxos e processos balanceados por “mecanismos estabilizadores”...<br />
312 Pergunta: Como pode ser eficiente, eficaz e efetivo o processo humano global de desenvolvimento<br />
para a subsistência e sobrevivência da Humanidade, através dos subprocessos de cada ‘país’ atual,<br />
combatendo problemas que são enormes, complexos e muito profundamente enraizados?
158<br />
Também nessa resposta, o meio para qualquer partida (e chegada) é a homoantropo<br />
compreensão dessa frágil (in)sustentabilidade natural (de GeoEco's), via<br />
uma meta-ciência-praxis trans-pluri-multi-disciplinar, trans-pluri-multi-dimensional e<br />
epistemológica 313 .<br />
Ora, a InTeInHu é um mecanismo estabilizador que usa uma meta-ciênciapraxis<br />
supra↔infra local para balancear o "processo" existencial e social de cada<br />
HAERM, individual ou coletivamente, num determinado GeoEco. Esse mecanismo<br />
estabelece, orienta, monitora, controla e responsabiliza socialmente cada HAERM.<br />
Nesse balancear pela InTeInHu: os GeoEcoValores são inalienáveis; a<br />
GeoEcoMissão é inadiável; a GeoEcoVisão é cristalina; a GeoEcoEstratégia é<br />
inevitável; os GeoEcoPrincípios estratégicos são inabaláveis; o GeoEcoObjetivo<br />
estratégico é compreensível por todos; os GeoEcoInstrumentos estratégicos<br />
(sofisticados e de ponta) são acessíveis por todos; e o GeoEcoPlano estratégico é<br />
controlável.<br />
Assim, sob a égide de seus GeoEcoValores, a InTeInHu valoriza: o respeito<br />
humano pela ordem natural; o amor humano pela geo(a)bio-diversidade e geo(a)biosustentabilidade;<br />
a integração humana na co-operação natural; e a participação<br />
humana na divisão do trabalho natural.<br />
Consciente de sua GeoEcoMissão, a InTeInHu mostra, a cada HAERM e às<br />
demais partes interessadas, a razão de ser "humano". Isto, como uma tentativa<br />
homo-antrópica-meta-social genuína de analisar criticamente, empreender eclética e<br />
sistematicamente, monitorar e controlar responsavelmente, e alinhar<br />
estrategicamente atividades e interesses naturalmente comuns ou diferentes de<br />
todas as “partes interessadas” (bióticas ou abióticas). Tudo isso, rumo a “estados<br />
dinâmicos estáveis”, de forma gradual ou abrupta. Numa integração matriosca 314<br />
real↔virtual↔digital↔real, em que cada HAERM é o "único ambiente" não oco.<br />
Acreditando em sua GeoEcoVisão, a InTeInHu conjetura, "evidenciando" a<br />
cada HAERM e às demais partes interessadas, onde estará o ser humano no mundo<br />
real↔virtual↔digital↔real. Isso, focando o HAERM (agente ou "ator") em todo o<br />
ecossistema Terra ("teatro") e em cada subespaço desse HAERM ("palco"). E<br />
observando, descrevendo e ajustando ou desenvolvendo ou implementando,<br />
313 Ver GLOSSÁRIO.<br />
314 Ver GLOSSÁRIO.
159<br />
responsavelmente, outros mecanismos estabilizadores de interação e de<br />
(re)alinhamento natural de fluxos e processos de mutação - incluindo a<br />
(auto)incubação de tal HAERM.<br />
Seguindo sua GeoEco-estratégia, a InTeInHu (re)desenha um modelo<br />
complexo-teleológico de (des)envolvimento responsável de HAERM's (tanto no seu<br />
GeoEco quanto nos demais GeoEco's por onde ele transitar). Esse modelo permite<br />
observar, descrever, monitorar, controlar, ajustar e desenvolver a satisfação possível<br />
de todas as “partes interessadas” (bióticas ou abióticas). A InTeInHu usa o método<br />
”CaosLocBalGloCalOrdem!” para conseguir um ambiente HASoHoReViDiReGeCo<br />
e delimitar um UNI(REVIDIRE)VERSO. E, encaixando o método Complexo Reverso<br />
Hiperbólico Swotiano Vesteriano Coheniano (MetComRevHipSwoVesCoh),<br />
transforma a própria InTeInHu numa Ampulheta Complexa Reversa Hiperbólica<br />
Swotiana Vesteriana Coheniana (AmComRevHipSwoVesCoh) supra↔infra Local.<br />
Obedecendo aos seus GeoEcoPrincípios estratégicos, a InTeInHu<br />
fundamenta o que deve subjazer em cada ação de um HAERM, individualmente ou<br />
em equipe, para manter a sua UIAHACTIS. Primeiro, o princípio da<br />
sustentabilidade complexa - pois, quer um ambiente real, CoGeAnHoRe, quer um<br />
ambiente virtual, HASoHoReViReGeCo, quer um ambiente digital,<br />
HASoHoReViDiReGeCo, são produtos e produtores de um "processo complexoteleológico"<br />
hiper↔supra↔infra cosmo-topo-geo-eco-homo-antropo-meta-sociosupra-infra-local<br />
caótico, e, por isto, instável, mas potencialmente convergente para<br />
“estados estáveis”. Segundo, o princípio da meta-identidade dialógica - a<br />
integração socioambiental mantém a dualidade e a diversidade, na sua unidade,<br />
UIAHACTIS, e nas suas partes. Terceiro, o princípio da meta-recursão<br />
organizacional - a integração socioambiental tem um mecanismo estabilizador<br />
natural que é o geociclo (composto de subciclos vitais naturais e subprocessos de<br />
velocidades e de ritmos diferentes). Quarto, o princípio do (des)envolvimento<br />
meta-hologramático - na integração socio-ambiental, a parte, o HAERM, individual<br />
ou em sociedade, está no "todo integrado", UIAHACTIS, mas este também está no<br />
HAERM, individual ou em sociedade. Quinto, o princípio da resistência metanatural<br />
- "como" e "quanto" a UIAHACTIS é inflexível a um distúrbio - ambiental,<br />
individual ou social. Sexto, e último, o princípio da resiliência meta-natural - quão<br />
rapidamente uma UIAHACTIS "perturbada" retorna ao seu equilíbrio imediatamente<br />
anterior (ambiental, individual e/ou social).
160<br />
Para atingir um GeoEcoObjetivo estratégico, a InTeInHu destaca a sua<br />
finalidade de identificar a satisfação possível esperada por cada HAERM e por todas<br />
as “partes interessadas” (bióticas ou abióticas, intra-inter-geracionais) na<br />
UIAHACTIS, e obter a posição relativa dos graus de satisfação observados (o<br />
IVCSH). Isso, através de um "processo complexo-teleológico" hiper-supra-infracosmo-topo-geo-eco-homo-antropo-meta-socio-supra-infra-local<br />
caótico (o SIHI).<br />
Para essa finalidade a InTeInHu diferencia uma "função objetivo". Tendo<br />
como variável dependente a "curto prazo": a hiper-supra-infra-cosmo-topo-geoeco-homo-antropo-meta-socio-supra-infra-local<br />
vivência humana (alimentação e<br />
segurança próprias para manter o indivíduo HAERM "vivo" individualmente). E tendo<br />
como variável dependente a longo prazo: a hiper-supra-infra-cosmo-topo-geo-ecohomo-antropo-meta-socio-supra-infra-local<br />
sobrevivência humana (reprodução e<br />
proteção da nova geração para manter a espécie HAERM "viva"). E a InTeInHu<br />
diferencia também uma "região viável" (área de des-envolvimento da meta-biodiversidade,<br />
a partir da meta-abiodiversidade) É essa região que condiciona e<br />
restringe aquela função, mediante "regiões críticas" socioambientais.<br />
Aqueles princípios, aquela finalidade e esta dupla diferenciação constroem<br />
este diagrama-objetivo:<br />
... InCosGeo ↔ Organização Real (OrgRe) ! ↔<br />
↔CaosLocBalGloCalOrdem! ↔<br />
↔ NeEsCoGeHu ↔<br />
↔ UIAC ↔ HA ↔<br />
↔ MetComRevHipSwoVesCoh ↔ AmComRevHipSwoVesCoh ↔<br />
↔ InHum ↔ HASoHoReViReGeCo ↔<br />
↔ Organização Real-Virtual-Real (OrgReViRe) ! ↔<br />
↔ UIACT ↔ HAERM ↔ UIAHACTIS↔<br />
↔ InTeInHu ↔ HASoHoReViDiReGeCo ↔<br />
↔ Organização Real-Virtual-Digital-Real (OrgReViDiRe) ! ↔<br />
↔ InTeInHu ↔ HAERMT ↔<br />
↔ InDiInHu ↔ HAERMD ↔<br />
↔ PDCSIOHI ↔ SIHI ↔ IVCSH ↔<br />
↔ Gestão Holística-Empreendedora-Corporativa (GesHolEmpCor) ↔<br />
↔ ReHASoHoReViDiReGeCo ↔<br />
↔ (Des)Envolvimento Amoroso Supra-Infra Local ou (D)EASI Loc !
161<br />
Os GeoEco-instrumentos estratégicos da InTeInHu são: um Sistema<br />
Integrado de Hologramas Interdependentes (SIHI) - uma hiper-supra-infra-cosmotopo-geo-eco-homo-antropo-meta-socio-supra-infra-local<br />
matriz, que inclui as<br />
ligações sistêmicas da sua abio-submatriz (mediante infra-matrizes para pirosfera,<br />
litosfera, solo, hidrosfera e atmosfera), com os das sua bio-submatriz (mediante<br />
infra-matrizes para seres autotróficos, seres heterotróficos e microrganismos) e<br />
destas com a sua cosmo-sobrematriz (mediante supra-matrizes para esfera celeste<br />
e espaço sideral), todas obtidas por tecnologias avançadas (de observação, cálculo,<br />
informação e comunicação), TecHS e TIC's; um Índice de Vivência, Convivência e<br />
Sobrevivência Humanas (IVCSH) - para monitorar e controlar esse SIHI; uma<br />
Plataforma Digital de Censo, Senso e Integração Objetiva de Hologramas<br />
Interdependentes (PDCSIOHI) - para ter um SIHI e um IVCSH, dinâmicos -, a qual<br />
se liga a uma (ou mais de uma) Rede de Homo-Antropo-Socialis-Hologramas-Reais-<br />
Virtuais-Digitais-Reais-Geo-Cósmicos (ReHASoHoReViDiReGeCo), ou Rede Social<br />
Homo-Antropo-Vitae Digital (ReSoHAViDi).<br />
No seu GeoEco-plano estratégico, a InTeInHu aborda, de modo trans-plurimulti-meta-disciplinar<br />
e trans-pluri-multi-meta-dimensional, cada hiper-supra-infracosmo-topo-geo-eco-homo-antropo-meta-socio-supra-infra<br />
complexidade local (ou<br />
GeoEco), numa efetiva mudança de paradigma. Assim, a InTeInHu abandona o<br />
"reducionismo" que tem pautado a investigação científica em todos os campos do<br />
conhecimento humano. E abraça a "criatividade" em cada GeoEco.<br />
3.2.2.3 Partes Interessadas<br />
A tendência para um reforço generalizado da gestão política nas próprias<br />
cidades representa uma importante evolução da democracia<br />
representativa, onde se é cidadão uma vez a cada quatro anos, para uma<br />
democracia participativa, onde grande parte das opções concretas<br />
relacionadas com as condições de vida e a organização do nosso cotidiano<br />
passam a ser geridas pelos próprios cidadãos.(DOWBOR, 1996 pp. 4-5;<br />
grifos meus).<br />
Uma vez que a democracia moderna (ou democracia representativa)<br />
concedeu a ilusão da prerrogativa da "voz ativa" e da quimera do poder de mando<br />
dos cidadãos de um local, de uma região e de uma nação, na InTeInHu só poderão<br />
participar "agentes de mudança" comprometidos com a genuína sociedade humana,<br />
e disponíveis.<br />
Eles agentes seguirão pelo caminho de integração sistêmica hiper-suprainfra-cosmo-topo-geo-eco-homo-antropo-meta-socio<br />
local. Esta integração é
162<br />
imprescindível à construção de uma outra sociedade local mais humana e mais<br />
responsável na UNI(DI)VERSIDA<strong>DE</strong> local.<br />
Aproveitando que "o que está dando” em termos ambientais é “ser catador de<br />
lixo”, a InTeInHu deverá ter como seus agentes de mudança 3 (três) tipos de<br />
catadores(as): Catador(a) de lixo físico, depositado no meio-geo-aéreo, meio-geoaquático<br />
e no meio-geo-terrestre, para promover o seu reaproveitamento e inibir a<br />
continuidade da sua produção; Catador(a) de lixo acadêmico, para catalogar e<br />
classificar trabalhos de conclusão de cursos, monografias, dissertações, teses e<br />
projetos acadêmicos, civis ou militares, selecionar aqueles que possam promover a<br />
sua tradução para benefício de populações em geral ou de grupos desprotegidos em<br />
particular, convidar os seus autores para serem agentes de mudança ativos nessa<br />
incubadora local↔regional↔nacional↔internacional↔global, e reaproveitar todo o<br />
papel usado nos trabalhos que sejam apenas mais do mesmo e que, por isso, não<br />
têm qualquer interesse para a sociedade ou até para a academia. Catador(a) de<br />
lixo religioso, para promover uma purga na economicidade (ou melhor,<br />
financeirização) das religiões, e encontrar o “luxo” em cada uma delas.<br />
Para poder ser um desses três tipos de “catadores(as) de lixo”, cada agente<br />
de mudança parte destes dois únicos pressupostos: ser Catador(a) de lixo de si -<br />
aquele depositado nele(a) ou por ele(a) mesmo(a); e ser Catador(a) de metalixo –<br />
lixo físico, lixo acadêmico e lixo religioso que possam ser integrados para<br />
(re)aproveitamento da sociedade local↔regional↔nacional↔internacional↔global.<br />
A instituição acadêmica que albergue a InTeInHu deverá olhar primeiro para<br />
dentro dela mesma, com a obrigação "moralética" e técnica de fazer uma autoincubação<br />
de “catadores de lixo acadêmico” - professores e alunos, internos e<br />
externos, que vasculharão cientificamente os seus "depósitos" de lixo ou desperdício<br />
ou resíduos acadêmicos.<br />
Os “catadores de lixo acadêmico” que forem professores formarão um<br />
Grupo Multidisciplinar de Intelectuais Excluídos (GMIE), de todas as áreas de<br />
conhecimento reconhecidas pelo (MEC/CNPq). Este será um conjunto não vazio e<br />
de adesão de professores dessa instituição acadêmica e de outras universidades<br />
públicas ou privadas na região onde se insere o "local". Cada intelectual excluído é<br />
aquele que se candidatou a bolsa(s) científica(s), e não teve sucesso ou recebeu<br />
uma "esmola", ou faz parte de grupo(s) de pesquisa “falido(s)” ou “morto(s)”. É<br />
também aquele que nunca se candidatou. Qualquer um deles tem que estar
163<br />
disponível, estar motivado, ou que se deixe motivar, pelo (Des)Envolvimento<br />
Amoroso Supra↔Infra Local - (D)EASI Loc - e pelo (Des)Envolvimento Responsável<br />
de Integração Humana Local - (D)ERIHI Loc -, e deve acreditar que outra<br />
sociedade mais humana é possível.<br />
Os “catadores de lixo acadêmico” que forem alunos cotistas ou<br />
bolsistas, de todas as áreas de conhecimento reconhecidas pelo (MEC/CNPq),<br />
formarão um Grupo Multidisciplinar de Alunos Cotistas-Bolsistas (GMACoBol). Este<br />
será um conjunto não vazio e obrigatório de todos os alunos cotistas ou que<br />
recebam bolsas dessa instituição acadêmica e de outras universidades públicas ou<br />
privadas. Eles serão: os “pontas-de-lança” ou elementos primordiais do processo<br />
complexo de incubação nas respectivas comunidades; e “propulsores” do efeito<br />
“bola de neve” auto-controlada.<br />
Os “catadores de lixo acadêmico” que forem alunos não cotistas ou não<br />
bolsistas formarão um Grupo Multidisciplinar de Alunos Excluídos Prematuramente<br />
(GMAEP). Este será um conjunto não vazio de alunos da UENF e de outras<br />
universidades no Norte-Noroeste Fluminense (NoNoFlu), públicas ou privadas. Em<br />
que cada aluno excluído é aquele que se candidatou a bolsa(s) científica(s), e não<br />
teve sucesso ou recebeu uma "esmola", ou faz parte de grupo(s) de pesquisa<br />
“falido(s)” ou “morto(s)”. É também aquele que nunca se candidatou. Qualquer um<br />
deles tem que estar disponível, estar motivado, ou que se deixe motivar, pelo<br />
(Des)Envolvimento Amoroso Supra↔Infra Local - (D)EASI Loc - e pelo<br />
(Des)Envolvimento Responsável de Integração Humana Local - (D)ERIHI Loc -, e<br />
deve acreditar que outra sociedade mais humana é possível.<br />
Os “catadores de lixo não acadêmico” formam um Grupo Multidisciplinar<br />
de Elementos da Sociedade Civil Excluídos (GMESCE). Este será um conjunto não<br />
vazio de todos os que não são professores nem alunos dessa instituição acadêmica<br />
e de outras universidades, públicas ou privadas, que se considerem excluídos ou se<br />
auto-excluam da “sociedade em curso”.<br />
A contrapartida para esses "catadores" será feita por uma/numa Unidade de<br />
Conta Ambiental Homo-Antrópica Local (UCAHA Loc). Ou, no caso de local no<br />
estado do Rio de Janeiro, Brasil, UCAHA_BR_RJ_Loc. É inteiramente vedado o<br />
trabalho voluntário ou outro que não seja compensado por uma "troca",<br />
real↔virtual↔digital↔real, que use essa unidade via "countertrade"<br />
ambiente↔indivíduo↔sociedade.
164<br />
Para esse (des)envolvimento local, integrado numa região do planeta Terra<br />
algures no "Cosmos", a InTeInHu permite a participação de grupos de trabalho<br />
multi-institucionais, locais, regionais ou nacionais ou internacionais, mediante<br />
projetos específicos que visem ao atendimento, diferenciado, consistente e<br />
sustentável, das necessidades mais prementes dos dominados-excluídos dessa<br />
sociedade local e, ao mesmo tempo, respondam pelos objetivos e anseios<br />
programáticos das instituições envolvidas.<br />
3.2.2.4 Catalisadores de incubação<br />
... devem nos ensinar a fazer o nosso trabalho e nosso sacrifício por esse<br />
trabalho, e não por amor de louvores ou para evitarmos censuras<br />
(POPPER, 1945 p. 234).<br />
A InTeInHu é um catalisador "tecno-humano", digital, de utilidade não<br />
duvidosa, para: a (in)formação e comunicação metódica da identidade (individual e<br />
coletiva) e da referência social (de cidadania e profissional); a satisfação das<br />
necessidades humanas genuínas (individuais e coletivas); e a realização de<br />
esperanças e expectativas humanas (individuais e coletivas, não necessariamente<br />
racionais), através de (in)certezas acadêmicas ou não acadêmicas.<br />
Por isso, a InTeInHu facilita movimentos e evidencia responsabilidades dos<br />
agentes humanos locais no vórtice do (des)envolvimento social de mundos<br />
humanos individuais no "caldo antrópico de signos e contra-signos" (mundos<br />
humanos coletivos ou sociais. Estes dois tipos de "mundos", também eles<br />
catalisadores das ações humanas locais numa região de “UNI(DI)VERSIDA<strong>DE</strong>”.<br />
A InTeInHu tem um Núcleo (NuInTeInHu) se auto-(re)construindo e cooperando,<br />
em co-liderança e co-responsabilidade, composto pelos quatro grupos já<br />
descritos no tópico "partes interessadas" (GMIE, GMACoBol, GMAEP e GMESCE).<br />
É esse núcleo que construirá, ajustará, monitorará e controlará: o Sistema Integrado<br />
de Hologramas Interfuncionais na/da UNI(DI)VERSIDA<strong>DE</strong> local (SIHI loc); e a<br />
evolução do Índice de Vivência, Convivência e Sobrevivência Humanas na/da<br />
"UNI(DI)VERSIDA<strong>DE</strong> local" (IVCSH loc), usando uma Ampulheta Complexa<br />
Reversa Hiperbólica Swotiana Vesteriana Coheniana (AmCoReHiSwVeCo).<br />
Esse IVCSH loc é o indicador geral que substitui qualquer outro indicador de<br />
desenvolvimento homo-antrópico local e supra↔infra local - como, por exemplos,<br />
estes famigerados indicadores gerais: Produto Interno Bruto (PIB); Produto Nacional<br />
Bruto (PNB); Renda per capita (Rpc); e Pegada Ecológica (PE).
165<br />
Por tal "ampulheta", a InTeInHu facilita o filtro, monitoramento e controle<br />
destes catalisadores ambientais naturais: matéria escura (composta por partículas<br />
exóticas elementares); matéria convencional ou matéria normal (a não luminosa<br />
ou "invisível", e a "visível"); energia escura (campo quântico); e serviços (relações<br />
naturais, entre "matéria" e "energia", entrópicas e alotrópicas) do supra↔infra<br />
sistema natural em curso no planeta Terra.<br />
Também por essa "ampulheta", a InTeInHu permite o filtro, monitoramento e<br />
controle destes catalisadores ambientais homo-antrópicos: deveres e direitos<br />
herdados e alterados pela sociedade humana, desde que tenha havido consenso<br />
planetário e, deste modo, passando a constituir a ética homo-antrópica inter-nações,<br />
já estão consagrados como 'inegociáveis' entre os seres humanos de qualquer<br />
nação ou região ou local; problemas sociais considerados relevantes pelos<br />
cidadãos Terráqueos, com preferência, primeiro, para a origem local↔regional, a<br />
seguir, para a origem nacional e, finalmente, para a origem internacional; educação<br />
de qualidade, adequada a problemas sociais do local, disponível pela Humanidade<br />
e para qualquer cidadão do planeta Terra, sem qualquer tipo de preferência quanto à<br />
origem; formação de qualidade, adequada a esses problemas sociais e disponível<br />
pela Humanidade e para qualquer cidadão do planeta Terra, sem qualquer tipo de<br />
preferência quanto à origem; tecnologia social humana adequada a esses<br />
problemas sociais, com preferência, primeiro, para a origem→destino<br />
local↔regional, depois, para a origem→destino nacional e, finalmente, para a<br />
origem→destino internacional; trabalho mental (do ser humano complexo vivo no<br />
planeta Terra) focado nesses problemas sociais, com preferência, primeiro, para a<br />
origem→destino local↔regional, depois, para a origem→destino nacional e,<br />
finalmente, para a origem→destino internacional; trabalho físico (desse ser<br />
humano) adstrito a esses problemas sociais e organizado para solucionar tais<br />
problemas sociais, com preferência, primeiro, para a origem→destino<br />
local↔regional, depois, para a origem→destino nacional e, finalmente, para a<br />
origem→destino internacional; e trabalho espiritual (desse ser humano)<br />
independentemente desses problemas sociais e organizado livremente, com<br />
preferência, primeiro, para o destino local-regional, depois, para o destino nacional<br />
e, finalmente, para o destino internacional.<br />
Tudo isso "medido" ou "referenciado" por uma Unidade de Conta Ambiental<br />
Homo-Antrópica Complexo-Teleológica Individual-Social (UCAHACTIS) ou,
166<br />
abreviadamente, Unidade de Conta Ambiental Homo-Antrópica (UCAHA) 315 . Em<br />
que mutações (homo-antrópicas ou forçadas pela "Natureza") impactarão, positiva<br />
ou negativamente, no seu sistema (SIHI local) e, dependendo de sua magnitude e<br />
da área atingida por elas, serão mostradas digitalmente, supra↔infra localmente,<br />
por um índice local (IVCSH local), a todos os HAERM's e outras "partes<br />
interessadas".<br />
Para tudo isso, a InTeInHu usa materiais, máquinas, equipamentos,<br />
utensílios, energia, tecnologias e serviços, herdados ou alterados pela<br />
sociedade humana, com preferência, primeiro, para a origem local↔regional,<br />
depois, para a origem nacional e, finalmente, para a origem internacional.<br />
A InTeInHu consente que TIC individuais conectem remotamente a sua<br />
Plataforma Digital de Censo, Senso e Integração Objetiva de Hologramas<br />
Interdependentes (PDCSIOHI). Esta utiliza: um Sistema Integrado de Hologramas<br />
Interfuncionais (SIHI); e o respectivo Índice de Vivência, Convivência e<br />
Sobrevivência Humanas (IVCSH). E está em Rede Social Antropo-Vital Digital<br />
(ReHASoAnViDi).<br />
Essa PDCSIOHI, integrada nessa ReSoAnViDi, é um infra-facilitador 316 que<br />
permite objetivamente à InTeInHu: (re)estabelecer um "sentimento de pertença"<br />
supra↔infra local 317 de HAERM's, através do Método Complexo Reverso Hiperbólico<br />
Swotiano Vesteriano Coheniano (MetComRevHipSwoVesCoh); orientar<br />
criteriosamente cada HAERM, mediante um modelo complexo no qual<br />
(intra)interagem um modelo estratégico, um modelo ambiental e um modelo<br />
gerencial 318 ; e delimitar, a sustentação e o sustento dos biótopos e dos ecótopos do<br />
possível cenário local (ou "cenário indígena"), ao orientar, proteger, conduzir e<br />
responsabilizar adequadamente cada "ator".<br />
Por essa PDCSIOHI, mediante comunicação digital remota, individual ou<br />
coletiva, privada ou pública, cada HAERM, (auto)organiza e (auto)gere digital e<br />
315 O plural de UCAHA é UCAHAS. A qualquer unidade de conta não ambiental (moedas fiduciárias<br />
ou lastreadas em algo real, locais, regionais, nacionais ou internacionais, de qualquer tipo ou,<br />
mesmo, na qualidade de moedas sociais avulsas) designo genericamente por Unidade de Conta<br />
Homo-Antrópica (UCHA)<br />
316 Porque dentro de outro facilitador, que é a prória incubadora InTeInHu.<br />
317 Pertença local, pertença regional, pertença nacional e pertença global.<br />
318 Este modelo gerencial implica a interação de: abordagem integrativa, gestão empreendedora,<br />
gestão holística e corporação virtual.
167<br />
amorosamente toda a sua sociedade humana local, sob um modelo de gestão com<br />
base nestas duas tríades:<br />
3.2.2.5 Modelo de Gestão da Incubadora<br />
real ↔ digital ↔ virtual<br />
medo ↔ amor 319 ↔ intercâmbio<br />
A InTeInHu, no seu processo de incubação complexo-teleológica, segue um<br />
"modelo ambiental de sustentabilidade local↔regional↔global".<br />
Esse modelo é que relaciona o bem-estar do HAERM e os recursos naturais,<br />
que incluem o próprio HAERM sem instrumentos ou elementos auxiliares. Essa<br />
relação é feita por abordagens integrativas que promovam uma ruptura com as<br />
visões mais “cientificas” ou “racionais” do planejamento e da gestão estratégica. E é<br />
feita também pela a interposição de três tipos de valorização vital ou vivencial do<br />
HAERM na hiper-supra-infra estratificação cosmo-topo-geo-eco-homo-antropo-metasocio<br />
complexidade humana local: a vida individual ou vivência homo-antropica do<br />
HAERM; a vida coletiva ou convivência homo-antrópica do HAERM; e a<br />
"perpetuação" dessas duas vidas (individual e coletiva) ou sobrevivência homoantrópica<br />
do HAERM.<br />
Esse modelo impõe à InTeInHu uma gestão local holística, empreendedora e<br />
de corporação real↔virtual↔digital . E o HAERM obedece a essa gestão.<br />
Esse tipo de gestão híbrida: dispensa qualquer tipo de autoridade humana;<br />
estabelece altos níveis de comunicação lateral; demanda rodízio de funções, com<br />
visão holística, buscando uma hiperhipofuncionalidade que seja trans-meta-plurimultifuncional;<br />
exige o comprometimento individual e/ou coletivo; é extremamente<br />
receptiva à inovação e mudança, vendo nesta uma oportunidade ao invés de uma<br />
ameaça; busca parceria(s) com o(s) "outro(s)", pensando nesse(s) "outro(s)";<br />
implanta horários flexíveis; desenvolve um clima organizacional favorável, através da<br />
transformação de cada HAERM e do uso do endomarketing; organiza os HAERM's<br />
mediante uma estrutura baseada e acordada localmente em "unidades de<br />
atividades", em que cada "unidade" visa a um objetivo específico e comum; forma<br />
uma “federação” de pequenos empreendimentos autônomos sob a filosofia da<br />
“sociedade-rede”; institui a automação de serviços administrativos; promove a<br />
319 Rever ANEXO "Q" – HAERM: Homo-Antropus-Ecleticus-Responsabilis Matrioscas.
168<br />
inovação em produtos e serviços; impõe o estilo participativo de gestão; mobiliza um<br />
núcleo de pessoas disponíveis para fazer um trabalho preliminar, determinar a<br />
estrutura básica da InTeInHu e elaborar um plano estratégico; e integra o setor<br />
privado e o setor público através de universidades públicas, na forma de processo<br />
de incubação - em que os inputs são tanto o ensino e a aprendizagem do HAERM,<br />
quanto a transferência de tecnologia social humana para a InTeInHu criar ou<br />
promover empreendimentos sociais complexos, e os outputs são a criação desses<br />
empreendimentos, a valorização da autogestão, da inclusão social e do diálogo na<br />
interação entre saberes e práticas cotidianas de trabalho e vivência dos grupos<br />
incubados, estabelecendo nexos complexos (não necessariamente complicados) de<br />
reflexão↔ação.<br />
Assim, o modelo de gestão da InTeInHu é um modelo complexo-teleológico<br />
de (des)envolvimento amoroso de HAERM's. E esse modelo implica a interação<br />
responsável de abordagem integrativa, gestão empreendedora, gestão holística e<br />
corporação virtual - a que chamo Gestão Holística-Empreendedora-Corporativa<br />
(GesHolEmpCor) 320 .<br />
E esse modelo, cujo estudo não cabe no escopo desta monografia, "garante"<br />
tanto um (Des)Envolvimento Responsável de Integração Humana Local - (D)ERIH<br />
Loc - quanto um (Des)Envolvimento Amoroso Supra↔Infra Local - (D)EASI Loc.<br />
320 Rever APÊNDICE "EE" - InTeInHu:(Neo)Ambientes,(Re)Estrutura e (Re)Processo social.
169<br />
3.2.3 Processo de Incubação<br />
O indivíduo encontra-se, neste processo de reordenamento dos<br />
espaços, desorientado. Na linha dos estudos do Pierre Lévy(1994), ou até<br />
na visão generalizadora do 'Powershift' de Alvin Toffler, as novas<br />
tecnologias e a conectividade eletrônica abrem novos canais de articulação<br />
social em torno aos espaços do conhecimento compartilhado. Outros têm<br />
mais presente a dramática marginalização de dois terços da<br />
humanidade, neste processo de modernização desigual. (DOWBOR, 1996<br />
p. 7; grifos meus)<br />
O processo de incubação da InTeInHu é um processo de integração (ProInt<br />
ou Print) que reordena espaços e orienta ocupantes humanos desses(nesses)<br />
espaços. Isso, sob a forma de um processo humano social (ProHumSoc ou<br />
Prhuso), de dinâmicas humanas normais e abnormais 321 orientadas por valores,<br />
imbuídos de uma missão, seguindo uma visão e obedecendo a uma estratégia de<br />
integração local↔regional↔global.<br />
Esse Prhuso tem como objetivo a satisfação das necessidades humanas<br />
desses ocupantes, incontornáveis e inegociáveis.<br />
Esse Prhuso congrega a digitalização dinâmica de um processo de<br />
integração complexo-teleológica (PrintComTel) e a incubação tecno-digital<br />
dinâmica de cada um dos indivíduos marginalizados nesses espaços "humanos"<br />
reais (HA dominado-excluído ou HADoEx). Nesta tríade "haermética": ...<br />
HAERM↔HAERMT↔HAERMD...<br />
Esse PrintComTel co-integra digitalmente uma sistematização supra-infrainterativa<br />
local do (u)topo onde vivem, convivem e sobrevivem os HAERM's. E,<br />
assim, o Prhuso vira processo de integração complexo-teleológica digital<br />
(PrintComTelDig), e a incubação torna-se digital.<br />
Esse PrintComTelDig processa-se a partir de diversos "ingredientes".<br />
Desses ingredientes, faz parte, em espiral retroativa-recursiva, cada um dos<br />
HAERM's que, sujeito a vários perigos e desafios, corre riscos para gerar<br />
responsavelmente produtos, subprodutos, desperdícios e resíduos, e causa<br />
impactos à sua envolvente...<br />
O PARADOXO - do Print, Prhuso, PrintComTel e PrintComTelDig - é que<br />
cada um dos indivíduos não marginalizados nesses espaços "humanos" reais, HA<br />
321 Rever ANEXO "O"- Dinâmicas no HAPE da HAExaAtoEs: HAE.
170<br />
dominante-incluído (HADoIn), ao serem excluídos desses processos humanos<br />
sociais, passam automaticamente a "fazer parte" dos excluídos.<br />
E é esse paradoxo que "obriga" qualquer ser humano, num local, a<br />
empreender de modo eclético, responsável e sistemático, alinhando<br />
estrategicamente atividades e interesses naturalmente antagônicos de "dominantes"<br />
e "dominados", "grandes", "médios" e "pequenos". Ou seja, a entrada no<br />
PrintComTelDig e, portanto, no PrintComTel, é para TODOS !<br />
3.2.3.1 Ingredientes<br />
Como entradas (inputs) do PrintComTel (o macro-processo de incubação da<br />
InTeInHu 322 ), em espiral inter-intra(retro)ativa recursiva, sublinho a seguir os<br />
"ingredientes" utilizados...<br />
O princípio da incerteza e o princípio da revolução sistêmica são (i)legítimos e<br />
(des)alinhados substratos da "sopa cósmica num cadinho cósmico", do "caldo<br />
terrestre num cadinho terrestre", do "caldinho antrópico num cadinho antrópico" e do<br />
"caldo social em vários e distintos cadinhos homo↔antropo↔socialis". Esses dois<br />
princípios emanam do vórtice do (des)envolvimento da "condição social" (socialis) -<br />
que não ofusca a "condição humana" (antropo) nem "o humano do humano" (homo)<br />
e subordina-se tanto à "condição cósmica" quanto à "condição terrestre". Esses dois<br />
princípios magnetizam a supremacia do conhecimento integrado dos seres<br />
humanos.<br />
Esse conhecimento potencializa um clima organizacional favorável à intrainter(retro)ação<br />
desses seres humanos. Esses seres humanos são<br />
"dominados↔excluídos" ↔"dominantes↔incluídos" locais, com seus interesses.<br />
Esses residentes locais "entram nesse clima" com comprometimento<br />
individual e criatividade e imaginação para distinguir as partes e reunir tudo. Esses<br />
seres humanos também "entram nesse clima" porque vão na busca de sua<br />
multifuncionalidade 323 e parceria(s).<br />
3.2.3.2 Método de incubação<br />
Apenas o sábio mantém o todo constantemente na mente, jamais esquece<br />
o mundo, pensa e age em relação ao cosmo. (GROETHUYSEN) apud<br />
(MORIN, 2000 p. 63).<br />
322 Rever APÊNDICE "EE" - InTeInHu:(Neo)Ambientes,(Re)Estrutura e (Re)Processo social.<br />
323 Essa multifuncionalidade é o "ecletismo" de cada homo-antropo.
171<br />
A InTeInHu usa em seu processo de incubação o Método Complexo Reverso<br />
Hiperbólico Swotiano Vesteriano Coheniano (MetComRevHipSwoVesCoh).<br />
Seguindo esse método, a InTeInHu desenvolve um máster-processo<br />
complexo-teleológico de INCUBAÇÃO <strong>TECNOLÓGICA</strong> de um<br />
"UNI(REVIRE)VERSO" 324 .<br />
Nesse máster-processo, a InTeInHu (não)(des)sincroniza estes cinco megaprocessos:<br />
1) incubação local - cada microbacia hidrográfica em que se fragmenta<br />
o "território", com todos os tipos de aglomerados e deslocamentos humanos<br />
existentes em cada uma dessas microbacias; 2) incubação regional - da(s) bacia(s)<br />
hidrográfica(s) onde se insere esse território; 3) incubação supra-regional - do(s)<br />
território(s) de outras nações indígenas e bacia(s) hidrográfica(s) contíguo(s) a esse<br />
território, do(s) território(s) de outras nações indígenas no espaço políticoadministrativo<br />
designado hoje Estado do Rio de Janeiro e bacia(s) hidrográfica(s)<br />
não contíguos ao território, do(s) território(s) de outras nações indígenas no espaço<br />
político-administrativo designado hoje República Federativa do Brasil e bacia(s)<br />
hidrográfica(s) não contíguos a esse território; 4) incubação subregional - dos<br />
subterritórios de Nações "Índias" (tribos) e das sub-bacia(s) hidrográfica(s) em que<br />
se fragmenta esse território; 5) incubação itinerante - do território e das famílias<br />
dispersas nele.<br />
Para efeitos deste trabalho, interessa desenvolver apenas o método do megaprocesso<br />
de incubação local: o Processo de Integração Complexo-Teleológico<br />
Local (PrintComTelLoc).<br />
Nesse PrintComTelLoc, os "ingredientes" são utilizados num Processo de<br />
Mudança Social (ProMuSo) que segue um MÉTODO <strong>DE</strong> INCUBAÇÃO<br />
COMPLEXO-TELEOLÓGICA. Esse processo é composto por estes dez grandes<br />
passos 325 : 1º) sensibilização de partes interessadas; 2º) mobilização de partes<br />
interessadas; 3º) (re)formação do núcleo da incubadora (NuInTeInHu); 4º)<br />
identificação dos dominados-incluídos e dos dominados-excluídos locais; 5º)<br />
(re)caracterização dos dominados-incluídos e dos dominados-excluídos locais; 6º)<br />
ensino, aprendizagem e formação intuitivo-racionais teleológicos; 7º) observação,<br />
reflexão, decisão e responsabilidade, num mundo de complexidade na unidade<br />
324 Rever "UNI(DI)VERSO" em GLOSSÁRIO.<br />
325 Rever APÊNDICE "EE" - InTeInHu: (Neo)Ambientes,(Re)Estrutura e (Re)Processo social.
172<br />
aberta (HASoHoReViReGeCo); 8º) produção antropo-ética local; 9º) monitoramento,<br />
controle e medição de graus de satisfação local; e 10º) desenvolvimento local, hiperdisciplinar<br />
e integrado na sua região.<br />
3.2.3.3 Resultado<br />
O resultado da inter-intra(retro)ação daqueles ingredientes (inputs), como<br />
entradas no ProMuSo, seguindo aquele método de incubação complexo-teleológica,<br />
são saídas (outputs), desse Processo de Mudança Social, aquelas relacionadas<br />
num sistema integrado de um produto, um ou mais subprodutos, desperdícios e<br />
resíduos (in)controlados 326 . E que se destacam a seguir ...<br />
3.2.3.3.1 Produto<br />
O produto do ProMuSo é único: o Homo Antropus Ecleticus Responsabilis<br />
Matrioscas Tecnologicus, Fortalecido, Capaz e Empreendedor (HAERMT_FoCaEm).<br />
Cada HAERMT_FoCaEm é gente local real de origem local transformada<br />
realmente em empreendedor humano responsável pela própria vivência,<br />
convivência e sobrevivência, numa "Uni(di)versidade".<br />
3.2.3.3.2 Subprodutos<br />
Os principais subprodutos do ProMuSo são estes dez: 1) HAERM's; 2)<br />
HAERM‘s tecnológicos (HAERM T); 3) HAERM’s digitais (HAERMD); 4) HAERM’s<br />
fortalecidos em sua moral, sua intuição e seu raciocínio; 5) HAERM’s capazes de<br />
exercer sua cidadania e de trabalhar em equipe; 6) HAERM’s empreendedores<br />
objetivando atividades humanas necessárias para eles e para outros; 7) Núcleo da<br />
incubadora (NuInTeInHu) formado por HAERM ‘s primordiais; 8) Produtos e serviços<br />
éticos do local; 9) Grau(s) de satisfação humana local (SIHI e IVCSH) 327 , individual<br />
e social; e 10) Neo-estabilização do ambiente integrado (u)tópico<br />
(HASoHoReViReGeCo) local. 328<br />
3.2.3.3.3 Desperdícios<br />
[...] o modelo de desenvolvimento da atual civilização do desperdício pode<br />
ser representado como um processo altamente dissipativo, que<br />
consome muitíssima energia para manter níveis de complexidade<br />
injustificados. (TRONCONI, et al., 1991 p. 18 da tradução; grifos meus)<br />
326 Rever APÊNDICE "EE" - InTeInHu:(Neo)Ambientes,(Re)Estrutura e (Re)Processo social.<br />
327 Rever ANEXO "P": Sistema de ambientes imbricados "SIHI" e Índice "IVCSH".<br />
328 Rever APÊNDICE "EE" - InTeInHu:(Neo)Ambientes,(Re)Estrutura e (Re)Processo social.
173<br />
Com base em minha monografia anterior a esta(DA COSTA FERREIRA, 2011<br />
p. 65), é provável que, nesse ProMuSo, dentre outros, ocorram os "desperdícios" 329<br />
que seguem...<br />
O mutável homo imaginarius, participando de redes sociais mundiais<br />
virtuais, com "outra vida" ou "avatar", mas esquecendo de sua "vida real" de valores,<br />
inércias, interesses, coerções, fortalezas, oportunidades, fraquezas, ameaças,<br />
proveitos, limitações, riscos e desafios.<br />
O inconsequente homo poeticus, acossado por seus sonhos, devaneios e<br />
idealismos, e frustrado em seu amor repreendido.<br />
O irresponsável homo ludens ou falso homo economicus, no "jogo da<br />
vida": jogo lotérico para as famílias; jogo de mercado e jogo de logística para os<br />
empresários; jogo democrático; e jogo de privilégios para os partidos políticos,<br />
governos, empresas e academias.<br />
O irrefletido homo consumans, tanto desamparado no consumo essencial à<br />
sua subsistência e sua sobrevivência, quanto perdulário no seu consumo suntuoso e<br />
supérfluo.<br />
O incansável (empacado e incompreensível) Homo Operarius Populis<br />
Mercatus. Uma mixórdia de Consumans Burrus, Logisticus, Falsificantis, Falsus,<br />
Organismus, Proletarius Burrus, Otiosus e Filantropus.<br />
Além disso, também é desperdício a efetiva irrelevância dos problemas<br />
sociais "antes considerados relevantes pelos cidadãos".<br />
Todos os "desperdícios" devem ser reavaliados pelos empreendedores<br />
humanos. Se essa reavaliação os mantiver como problemas sociais, estes<br />
retornarão recursivamente ao processo de incubação como um dos insumos<br />
deste; senão, deverão ser 'destruídos' mediante sua cristalização no histórico de<br />
aprendizado da incubadora tecnológica.<br />
3.2.3.3.4 Resíduos<br />
Também com base em minha monografia anterior a esta (DA COSTA<br />
FERREIRA, 2011 p. 65), é provável que, nesse ProMuSo, dentre outros, se<br />
encontrem os "resíduos" 330 conforme a seguir...<br />
329 Rever ANEXO "O" - Dinâmicas no HAPE da HAExaAtoEs: HAE<br />
330 Rever ANEXO "O" - Dinâmicas no HAPE da HAExaAtoEs: HAE
174<br />
O aparentemente invisível ("por isso", inimputável) Homo demens -<br />
dominando o homo sapiens, fabricando armas e drogas pesadas, e urdindo nações,<br />
grupos, leis, contratos, intrigas, guerras e guerrilhas.<br />
O temível Homo Luciferus - composto de Malus Tolerantis, Cogitus<br />
Interruptus, Malus Alter Humanus Anonimus, Malus Principatus, Ego Responsabilis<br />
Anonimus, Ego Inumanus Anonimus e Erga Omnes.<br />
O ignóbil Homo Dolus Malus Globalis - composto de Infraprosaicus,<br />
Ignorantis, Monetarius, Tributus, Censoris, Miserabilis, Ultrafaber, Usurarius e<br />
Corruptus.<br />
O presumível responsável Homo sapiens, ou seu "aprimorado" Homo<br />
sapiens sapiens.<br />
Além disso, também são considerados "resíduos": pessoas de origem local<br />
permanecendo ou transformadas em cidadãos irresponsáveis; pessoas de origem<br />
local permanecendo ou transformadas em empreendedores irresponsáveis; e<br />
problemas sociais dos cidadãos - de origem local - não solucionados.<br />
Todos os "resíduos" do processo de incubação devem ser reavaliados pelos<br />
empreendedores humanos. Se essa reavaliação os mantiver como problemas<br />
sociais, estes retornarão recursivamente ao processo de incubação como um dos<br />
insumos deste; senão, deverão ser 'destruídos' mediante sua cristalização no<br />
histórico de aprendizado da incubadora tecnológica.<br />
Finalmente, nesse (e por esse) mecanismo meta-estabilizador que é a<br />
incubadora tecnológica de integração humana (InTeInHu), qualquer pessoa de um<br />
mesmo local, dominante-incluído e/ou dominado-excluído, devidamente (re)educado<br />
e (in)formado, decide e comunica, livre e responsavelmente, sozinho ou em equipe,<br />
sobre seu(s) próprio(s) caminho(s), de forma intuitiva, afetiva e racional, e de<br />
maneira efetiva, eficaz e eficiente.<br />
Neste ponto, atinge-se totalmente o 4º objetivo específico desta monografia!<br />
Mas sempre tendo em mente que:<br />
[...] de toda forma, os rumos que apontamos prendem-se mais à<br />
necessidade de manter esperanças do que a certezas científicas.<br />
Perdemos as referências sociais, os "espelhos" da formação da nossa<br />
identidade, enquanto somos invadidos por um mar de quinquilharias<br />
tecnológicas de utilidade cada vez mais duvidosa, que apenas<br />
contribuem para a nossa desorientação. (DOWBOR, 1996 p. 7; grifos meus)
175<br />
4 CONCLUSÃO<br />
Os quatro objetivos específicos desta minha monografia distribuem-se pelo<br />
estado da arte (1º, 2º e 3º objetivos específicos) e minha proposta (4º objetivo<br />
específico).<br />
Foi tanto o meu pesquisar, analisar e sintetizar sobre o estado da arte<br />
referente a "empreendedores humanos", "incubadoras tecnológicas", "metodologias<br />
de incubação", quanto os meus métodos de "integração local'<br />
(”CaosLocBalGloCalOrdem!” e MetComRevHipSwoVesCoh), que me permitiram<br />
esboçar uma incubadora tecnológica de integração humana (InTeInHu) de gente<br />
local, homo antropus (HA), socialmente "dominante e incluída" e/ou "dominada e<br />
excluída", numa região, algures no globo terrestre, errando no Cosmo. Gente essa<br />
inter-intra-conectada remotamente por tecnologia de informação e comunicação<br />
(TIC) "a" e "por" uma Plataforma Digital de Censo, Senso e Integração Objetiva de<br />
Hologramas Interdependentes (PDCSIOHI), da qual se destaca um Portal Virtual<br />
Local Corporativo (PoViLoCo).<br />
Porém, essa segregação teórica/prática do estado da arte para<br />
empreendedor, incubadora tecnológica, metodologia de incubação, complexos, e a<br />
minha integração ambiental complexo-teleológica num UNI(DI)VERSO<br />
REAL↔VIRTUAL↔REAL, de ambiente (a)biótico endo-exo-humano<br />
(HASoHoReViReGeCo), é que fundamentam a minha proposta de agregação<br />
teórica/prática de integração ambiental complexo-teleológica num UNI(DI)VERSO<br />
REAL↔VIRTUAL↔DIGITAL↔REAL, de ambiente digital (a)biótico endo-exohumano<br />
(HASoHoReViDiReGeCo).<br />
E foi com essa segregação/agregação que alcancei o objetivo geral desta<br />
monografia, qual seja: esboçar teoricamente um meio instrumental dinâmico de<br />
integrar metodologicamente, de forma virtual, digital multilateral, transparente<br />
e democrática, os “dominados-excluídos” de uma sociedade atual de uma<br />
região, permitindo-lhes estar e empreender responsavelmente, individual ou<br />
coletivamente, tendo em conta (mas sem subordinação) as características<br />
socioculturais e educacionais da população dessa região.<br />
Decorrente disso, agora, respondo à questão desta monografia...
176<br />
Como consequência de meu objetivo geral atingido, via meus objetivos<br />
específicos e procedimentos metodológicos para atingir estes, este meu trabalho<br />
acadêmico, que se pretende científico, mostra que, nos estratos hostis do "mundo<br />
antrópico", hoje, já é possível a real execução de um projeto-piloto de<br />
autogestão responsável de uma incubadora local↔regional↔global,<br />
real↔virtual↔digital↔real, de empreendedores e processos sociais, humanos,<br />
locais, e com consciência crítico-cotidiana.<br />
Esse projeto-piloto constitui uma nova concepção de (des)envolvimento a<br />
partir de diagnósticos locais integrados pela ciência humana e pela reflexão prática<br />
das próprias comunidades locais numa determinada região. Em particular, a partir de<br />
biótopos e ecótopos na atual mesorregião Norte Fluminense, no estado do Rio de<br />
Janeiro, no país Brasil, no subcontinente da América do Sul, no planeta Terra,<br />
algures no Cosmo, entre "um Nada" e "um Tudo"...<br />
Isso, numa era da "sociedade de informação" em que o exercício de um poder<br />
"dominador-excludente" em condições ou conjunturas objetivas concretas pode ser<br />
contrariado pela capacidade que uma comunidade organizada de "dominados-<br />
(auto)excluídos" tem para transformar a atual "sociedade estupidificada por<br />
informação distorcida" numa "sociedade informada e esclarecida para (sobre)<br />
(con)viver 331 ". E, com isso, alterar o modelo do seu próprio (des)envolvimento<br />
humano num ambiente local↔regional↔global, ainda "hostil" a essa<br />
comunidade, aproveitando, parcial ou totalmente, os próprios signos e diagramas<br />
daquele poder e da tecnologia humana.<br />
Onde o aproveitamento dessa tecnologia humana por cada "dominadoexcluído"<br />
(autoconsciente, autocrítico, auto-estruturante, auto-controlado, não<br />
imbecilizado, não assistencialista, solidário, antropo-ético, não sufocante, co-líder e<br />
co-responsável), permite a este organizar dignamente a intra-inter-retro-ação<br />
entre massa humana no mundo real (local↔regional↔global) e massa humana<br />
no mundo social (virtual↔digital), mediante o desenvolvimento de um portal<br />
corporativo e colaborativo, conectado em rede e fazendo parte de um sistema<br />
integrado de gestão.<br />
331 Viver, conviver e sobreviver !
177<br />
Em suma, usando o palavreado muito em voga nos dias de hoje, que já virou<br />
jargão politicamente correto em todo o mundo humano, é a inclusão social<br />
humana via inclusão digital amorosa!<br />
Todavia, essas (pseudo)inclusões, até agora, têm sido feitas "jogando"<br />
computadores para massas populares de analfabetos, a maioria sem habitação<br />
própria e renda mínima dignas, e cujos filhos vão às escolas com o único fito de<br />
conseguirem uma merenda escolar.<br />
Não obstante aquele jargão, é mesmo o "mundo digital" o único que, no<br />
"mundo antrópico" (inicialmente apenas real↔virtual), permite, metodica, rapida e<br />
transparentemente: identificar, conhecer e posicionar cada "dominado" (e<br />
"dominante") na sua comunidade; evidenciar e justificar a necessidade individual e<br />
coletiva do seu sacrifício (o trabalho); ensinar a fazer esse trabalho (não por amor de<br />
louvores ou para evitar censuras); e perceber esse sacrifício feito anonimamente 332 .<br />
Por fim, e tendo concluído tanto o esboço teórico da minha incubadora<br />
tecnológica, com a respectiva plataforma digital, o próximo passo é a arquitetura<br />
física de ambos, que redesenharão um novo "mundo antrópico"<br />
(real↔virtual↔digital↔real).<br />
Isso, mediante um projeto científico de uma incubadora tecnológica de<br />
integração humana (InTeInHu), simultanea e complexamente, local, regional e<br />
global !<br />
Uma vez que não conheço uma universidade de ensino e extensão adstrita<br />
apenas a um local e dadas as minhas vivência e experiência na "atualmente<br />
carente" região Norte/Noroeste Fluminense, do estado federado brasileiro do Rio de<br />
Janeiro - originalmente povoada "livremente" pela extinta nação indígena<br />
GOITACÁ num "território" cortado pelos rios hoje designados por Paraíba do Sul e<br />
Itabapoana -, SUGIRO que se faça um projeto científico de incubadora tecnológica<br />
de integração humana Goitacá (InTeInHu_Goitacá) para ali re-construir um novo<br />
espaço de abrangência supra-local (regional): o "TERRITÓRIO GOITACÁ”.<br />
E dado que a Universidade Estadual Norte Fluminense (UENF) tem como<br />
missão "desempenhar o papel de promover o [des]envolvimento nessa região<br />
[antes, apenas região Norte Fluminense]".<br />
332 Ver "epígrafe" desta monografia.
178<br />
Então, a UENF, unida a outras universidades atuando nessa região,<br />
públicas (UFF e IFF, de Campos dos Goytacazes) ou privadas (como a UCAM),<br />
deve promover um Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas (LabCieSocApl), via<br />
ciências computacionais e engenharia de software, para construir e albergar a<br />
InTeInHu_Goitacá com a respectiva InDiInHu_Goitacá.<br />
Essa InTeInHu_Goitacá é uma incubadora de complexidade<br />
real↔virtual↔digital↔real, que executa a experimentação não-lucrativa de um<br />
novo modelo de sociedade humana e de sistemas integrados “justos”, de produção,<br />
distribuição e serviços, aferidos por uma Unidade de Conta Ambiental Homo-<br />
Antrópica Local (UCAHA Loc). Neste caso, uma UCAHA_BR_RJ_Goitacá, com<br />
lastro possível em "lixo reaproveitável" - seja este lixo físico, biológico, químico,<br />
intelectual-(não)acadêmico ou espiritual-(não)religioso ou (não)vernacular.<br />
Assim, a InTeInHu_Goitacá é, num determinado espaço↔tempo,<br />
simultaneamente, um projeto científico possível de [u]topia e um programa<br />
empírico de interesse social, numa re-articulação teleológica de espaços locais<br />
com os diversos espaços que hoje compõem a sociedade humana em sua<br />
complexidade.<br />
Terminando agora esta monografia, o rumo que aponto prende-se mais à<br />
necessidade de manter esperanças do que a certezas científicas. Por isso, no meu<br />
saber e por ele:<br />
Não imagino os seres humanos apartados da ciência aberta e<br />
refutável, mas, também, não concebo os seres humanos a fazer ciência<br />
sem os espíritos dos próprios seres humanos e o espírito da própria<br />
ciência! (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 p. 49)
179<br />
REFERÊNCIAS<br />
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2011. Informação e<br />
documentação - Trabalhos acadêmicos - Apresentação. NBR 14724:2011. Rio de<br />
Janeiro, RJ, Brasil : s.n., 2011. 3ª Edição, p. 11. Norma Brasileira válida a partir de<br />
17.04.2011. E-mail: abnt@abnt.org.br; Site: www.abnt.org.br. ISBN 978-85-07-<br />
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193<br />
GLOSSÁRIO<br />
ABSTRATO<br />
Adjetivo masculino singular de origem no latim clássico (abstractu) que pode significar uma qualidade<br />
com exclusão do sujeito. Inserido de: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
ALINHAMENTO<br />
Característica linear topográfica que pode representar uma estrutura da crusta (HAMILTON, 2000c).<br />
Usei como analogia para definir uma estrutura teórica de "encaixe" de fora para dentro.<br />
ALOTROPIA<br />
Na Física e Química: propriedade que têm certos elementos químicos de se apresentar em<br />
formas diferentes, cada uma delas com características próprias, como é, por exemplo, o caso do<br />
diamante e da grafite, formados do mesmo elemento - o carbono.(INFOPÉDIA, s/d p. s/nº; grifos<br />
meus)<br />
ANTROPIA<br />
O princípio antrópico se divide em forte e fraco. O forte diz em linhas gerais que todo o<br />
comportamento do Universo se deu pra resultar justamente no homem. O fraco diz que o Universo se<br />
comportou de forma a surgir o homem sem esse pleito pré-definido. (WIKIPÉDIA, s/d p. s/nº; grifos<br />
meus). Quando uso o termo "antropia" ou suas variantes (antropo ou antropus como prefixos simples<br />
ou compostos, ou sufixos, ou as palavras antrópico, antrópica ou antropismo, dentre outras variantes)<br />
quero dizer que, independentemente de gênero, grau e número, se trata do ser humano aninhado<br />
no Universo(Di)Vivo. Quando uso antropo ou antropus como prefixo, simples ou composto, pretendo<br />
destacar a parte grega do todo da cultura greco-romana, conotando-a ao domínio do (sobre)natural<br />
relativamente a esse ser humano aninhado no Uni(Di)verso Vivo. Confrontar com o prefixo homo.<br />
ÁRVORE DA VIDA (ou ÁRVORE SIMBIONTE)<br />
Não confundir com a árvore da vida eterna bíblica. Esta é formada a partir da integração de uma<br />
"árvore do conhecimento" (conhecimento humano não maniqueísta), uma "árvore hiperbólica", uma<br />
"árvore de problemas" e uma "árvore de objetivos" (locais, regionais, nacionais, internacionais e<br />
globais).<br />
ÁRVORE <strong>DE</strong> OBJETIVOS<br />
É uma técnica humana de encadeamento de meios e fins. (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 26)<br />
ÁRVORE <strong>DE</strong> PROBLEMAS<br />
É uma técnica humana de encadeamento de causas e efeitos. (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 26)<br />
ÁRVORE DO CONHECIMENTO<br />
Não confundir com a árvore bíblica do fruto proibido ou árvore do conhecimento do "bem" e do "mal".<br />
Esta é a árvore do conhecimento humano não maniqueísta, cujo fruto é a representação humana,<br />
consciente ou não, da realidade complexa, visível e invisível, conhecida e não conhecida. Pode<br />
assumir a aparência de uma árvore hiperbólica.<br />
ÁRVORE HIPERBÓLICA<br />
É uma "ferramenta baseada em navegação hiperbólica para minimizar a navegação desnecessária e<br />
possibilitar ao usuário acessar a informação mais rapidamente, com o máximo de informações" e<br />
essa ferramenta "se apresenta, graficamente, na forma de uma hipérbole cujo centro representa a<br />
informação desejada e de onde partem eixos radiais em direção aos nós, de onde, por sua vez,<br />
partem novos eixos e assim por diante" (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 26). Esta árvore hiperbólica<br />
torna-se uma árvore do conhecimento humano "quando essa árvore é formada por uma rede de nós<br />
que contêm informações que se desdobram em suas componentes hierarquicamente dependentes,<br />
representadas por seus nós filhos", em que a "inclusão de conteúdo em cada nó da árvore, incluindo<br />
os textos principais propriamente ditos, e todo conjunto de informações adicionais e complementares,<br />
na forma de arquivos de texto, imagens, mapas, vídeos, sons, banco de dados, entre outros, podem<br />
ser consultados na íntegra". (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 26)<br />
AUTOTROFISMO<br />
(Do grego trofein, alimentar-se), em biologia, é o nome dado à qualidade do ser vivo de produzir seu<br />
próprio alimento a partir de material inorgânico, por meio de fotossíntese ou quimiossíntese... Os<br />
seres vivos com essa característica são chamados de Autótrofos ou autotróficos... Estão entre eles<br />
bactérias (Cyanobacteria), protistas (algas), e plantas. (WIKIPÉDIA, s/d) apud(DA COSTA<br />
FERREIRA, 2006-2007 p. 100). Confrontar com "Heterotrofismo".
194<br />
BRECHA<br />
Rocha de grão grosso, composta por fragmentos de outras rochas, que se mantêm juntos por um<br />
cimento mineral ou uma matriz de grão fino (HAMILTON, 2000c). Usei como analogia para<br />
representar a fragilidade do pensamento não complexo do paradigma moderno da atual<br />
"intelectualidade humana". Essa fragilidade é proveniente do que Morin (2000 pp. 21-24) chama de<br />
"erros mentais", "erros intelectuais", "erros da razão" e "cegueiras paradigmáticas".<br />
BURACO NEGRO<br />
Um objecto cuja gravidade é tão intensa que a velocidade de escape excede a velocidade da luz<br />
(HAMILTON, 2000c p. s/nº; grifos meus). Usei como analogia para representar o atual estágio da<br />
"ciência humana", que descobriu muito após a vida humana até a Idade das Trevas (Idade Média) -<br />
com o "arranque" dado pelo Iluminismo e "passando" pela Teoria da Relatividade -, e esbraceja<br />
agora no foco difuso e errante da Teoria do Caos e da Teoria Quântica, continuando a desconhecer<br />
muito mais do que teria (e deveria) de conhecer.<br />
CADINHO<br />
s. m. Vaso de argila refratária, de ferro, de prata, de platina ou de outra matéria, que serve para nele<br />
se fundirem metais ou outros minerais; crisol. (Tem geralmente a fôrma de um tronco de cone.)<br />
A parte do forno onde se opera a fusão. Fig. Lugar onde se mesclam idéias diferentes, elementos<br />
de origens variadas.<br />
Inserido de http://www.dicionarioweb.com.br/cadinho.html<br />
CAMPO MAGNÉTICO<br />
Uma região do espaço perto de um corpo magnetizado em que as forças magnéticas podem ser<br />
detectadas. (HAMILTON, 2000c)<br />
CARTA DA TERRA (Linha do tempo)<br />
Iniciativa da Carta da Terra: Linha do tempo(CONSELHO DA TERRA, et al., 2008a pp. 1-2; grifos<br />
meus). Em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas<br />
(conhecida como "Comissão Brundtland") recomenda a criação de uma declaração universal sobre<br />
proteção ambiental e desenvolvimento sustentável na forma de uma “nova carta” que estabelecerá os<br />
principais fundamentos do desenvolvimento sustentável. Em 1992, a Cúpula da Terra no Rio de<br />
Janeiro indica como meta, entre outras, criar uma Carta da Terra aceita internacionalmente. Em 2000:<br />
no mês de março, a Comissão da Carta da Terra se reúne em Paris, França, para acordo sobre a<br />
versão final do documento; no mês de junho acontece o lançamento público oficial da Carta da Terra,<br />
no Palácio da Paz, em Haia, Holanda. Em 2006, é constituído um novo Conselho Internacional da<br />
Carta da Terra, com 23 membros para substituir o Comitê Diretivo e supervisionar os programas<br />
centrais e a Secretaria; esse novo Conselho juntamente com a Secretaria são reorganizados como<br />
Carta da Terra Internacional. Em 2008, essa Carta da Terra, já traduzida para 40 línguas e subscrita<br />
por 4.600 organizações, representa os interesses de centena de milhares de pessoas; e o Conselho<br />
da Carta da Terra Internacional adota um novo plano estratégico de longo prazo que enfatiza a<br />
expansão descentralizada da Iniciativa.<br />
CIÊNCIA<br />
Substantivo feminino singular de origem no latim clássico (scientia) que pode significar conhecimento<br />
sistematizado em campo de estudo ou observação e classificação dos fatos atinentes a um<br />
determinado grupo de fenômenos e formulação das leis gerais que os regem ou conhecimentos<br />
humanos considerados no seu todo, segundo a sua natureza e progresso. Inserido de:<br />
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
COMPLEXO (COMPLEXUS)<br />
Complexus significa o que foi tecido junto; de fato, há complexidade quando elementos diferentes são<br />
inseparáveis constitutivos do todo (como o econômico, o político, o sociológico, o psicológico, o<br />
afetivo, o mitológico), e há um tecido interdependente, interativo e inter-retroativo entre o objeto de<br />
conhecimento e seu contexto, as partes e o todo, o todo e as partes, as partes entre si. Por isso, a<br />
complexidade é a união entre a unidade e a multiplicidade. Os desenvolvimentos próprios a nossa era<br />
planetária (sic) nos confrontam cada vez mais e de maneira cada vez mais inelutável com os desafios<br />
da complexidade. Em consequência, a educação deve promover a “inteligência geral” apta a referirse<br />
ao complexo, ao contexto, de modo multidimensional e dentro da concepção global. (MORIN, 2000<br />
pp. 38-39)<br />
CONCRETO<br />
Adjetivo masculino singular de origem no latim clássico (concretu) que pode significar ser subsistente<br />
por si só. Inserido de: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues
195<br />
COSMO-TOPO-GEO-(A)BIO-ANTROPO (ALINHAMENTO)<br />
Inter-retroação integrada em ambientes multivariados sujeitos a condições cósmicas, terrestres<br />
(biológicas ou não) e humanas. É o mesmo que alinhamento ou integração cosmo-topo-geo-ecoantropo<br />
ou cosmo-topo-geo-eco-homo-antropo. Desse alinhamento primordial deriva o alinhamento<br />
ou integração responsável: cosmo-topo-geo-eco-antropo-meta-social.<br />
COUNTERTRA<strong>DE</strong> (ENCONTRO <strong>DE</strong> CONTAS)<br />
Encontro de "contas sociais", em que: a débito social, "entram" o tempo, os recursos materiais e as<br />
obrigações contratuais individuais ou coletivas disponibilizados por cada indivíduo e utilizados<br />
efetivamente na "sociedade" local, regional, nacional, internacional ou global, em termos privados ou<br />
públicos; a crédito social, "saem" o tempo, os recursos materiais e os direitos contratuais<br />
individuais ou coletivos disponibilizados por cada sociedade local, regional, nacional, internacional<br />
ou global, em termos privados ou públicos, e utilizados efetivamente pelo "indivíduo". Um saldo<br />
devedor dessa conta significa um "déficit social", enquanto que um saldo credor dessa conta significa<br />
um "excedente social". Qualquer um desses saldos, negativo ou positivo de uma sociedade local,<br />
regional, nacional, internacional ou global, em termos privados ou públicos, significa um<br />
afastamento do equilíbrio dinâmico desejável, onde as "forças devedoras" e as "forças credoras" da<br />
sociedade se anulam, enquanto se auto-inter-organizam no mundo real-virtual-digital (composto por<br />
diversos "caos" e "ordens", naturais e antrópicos).<br />
DIACRONISMO<br />
Dialógica na alteração do espaço ao longo do tempo, num determinado topo ou todo-relativo.<br />
DIALÓGICA<br />
Partes de um todo em associação simultaneamente complementar, concorrente e antagônica.<br />
(MORIN, 1999) apud (SAN<strong>DE</strong>S-SOBRAL, 2008 p. 93).<br />
ECOLOGIA<br />
É o estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente. A palavra Ecologia<br />
tem origem no grego “oikos" que significa casa e "logia", estudo, reflexão. Logo, seria o estudo da<br />
casa, ou de forma mais genérica, do lugar onde se vive. Foi o cientista alemão Ernst Haeckel, em<br />
1869, quem primeiro usou este termo para designar a parte da biologia que estuda as relações entre<br />
os seres vivos e o meio ambiente em que vivem, além da distribuição e abundância dos seres vivos<br />
no planeta. (WIKIPÉDIA, s/d p. s/nº; grifos meus). Segundo Limburg et al. (2002 p. 409; tradução<br />
minha) o complexo ecológico, tal como o complexo econômico, é um sistema adaptável e<br />
compartilha de muitas características deste, nomeadamente: ambos são redes complexas de partes<br />
componentes ligadas por processos dinâmicos; ambos contêm componentes bióticos e abióticos<br />
interativos, abertos a trocas através de suas fronteiras, cujos limites, que se expandem e se<br />
contraem, são um tanto arbitrários porque dependem de como são desenhados pelo observador.<br />
ELIPSE<br />
Uma curva fechada que é criada a partir de dois focos ou pontos nos quais a soma das distâncias de<br />
qualquer dos pontos da curva para os dois focos é constante. Johannes Kepler foi o primeiro a<br />
descobrir que as órbitas dos planetas são elipses e não círculos; ele baseou a sua descoberta em<br />
observações cuidadosas de Tycho Brahe. (HAMILTON, 2000c p. s/nº)<br />
ENERGIA ESCURA<br />
Um nome evocativo, por se tratar de algo cuja natureza é desconhecida e de difícil detecção<br />
(REVISTA SCIENTIFIC AMERICAN, 2007).<br />
ENTROPIA<br />
(Do gr. entropé, «mudança; volta», pelo fr. entropie, «entropia») valor que permite avaliar esse<br />
estado de desordem e que vai aumentando à medida que este evolui para um estado de<br />
equilíbrio (INFOPÉDIA, s/d).<br />
[...] é uma grandeza termodinâmica geralmente associada ao grau de desordem. Ela mede a parte<br />
da energia que não pode ser transformada em trabalho. É uma função de estado cujo valor cresce<br />
durante um processo natural em um sistema fechado. (WIKIPÉDIA, s/d p. s/nº; grifos meus)<br />
EPINOSFERA<br />
Formada por epinossistemas, que englobam os ecossistemas terrestres<br />
EPISTEMOLOGIA<br />
Substantivo feminino singular de origem grega (episteme) que pode significar o estudo da origem,<br />
da estrutura, dos métodos e da validade do conhecimento (daí também se designar por filosofia<br />
do conhecimento) e a avaliação da consistência lógica da teoria e da sua coesão fatual, ou teoria ou<br />
ciência da origem, natureza e limites do conhecimento [humano]. Inserido de:<br />
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues
196<br />
ESPIRAL RETROATIVA-RECURSIVA<br />
Uma espiral que, em seu percurso inacabado, vai transformando os termos que a compõem. (MORIN,<br />
1969, apud SÁNCHEZ, 1999, p.172, apud SAN<strong>DE</strong>S-SOBRAL, 2008, p. 93).<br />
FENÔMENO<br />
Substantivo masculino singular de origem grega (phainómenon) que pode significar qualquer<br />
manifestação ou aparição material ou espiritual ou tudo o que pode ser percebido pelos sentidos ou<br />
pela consciência. Inserido de: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
GEOTRANSGIRO<br />
Neologismo criado por mim para representar a simultaneidade na rotação e translação do planeta<br />
Terra.<br />
GERAL<br />
Substantivo masculino singular de origem no latim clássico (generale) que pode significar universal ou<br />
comum ou aplicável a um grande número ou à maior parte. Inserido de:<br />
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
GRAVIDA<strong>DE</strong><br />
Uma força física que atrai mutuamente dois corpos. (HAMILTON, 2000c p. s/nº)<br />
HELIOCÊNTRICO<br />
Centrado no Sol. (HAMILTON, 2000c p. s/nº)<br />
HETEROTROFISMO<br />
(Também chamado mais informalmente de consumidor), em biologia, é o nome dado à qualidade do<br />
ser vivo que não possui a capacidade de produzir o seu alimento a partir de material inorgânico, e por<br />
isso se alimenta de outros seres. São heterotróficos ou heterótrofos... todos os animais, a maioria dos<br />
fungos e algumas plantas (apenas parcialmente e de forma muito limitada). Os seres humanos são<br />
incapazes de usar diretamente a energia luminosa e a matéria inorgânica disponíveis no seu meioambiente<br />
para produzir os seus próprios alimentos e demais substâncias necessárias ao seu<br />
desenvolvimento e sua proteção. (WIKIPÉDIA, s/d) apud (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 p. 100).<br />
Confrontar com "Autotrofismo".<br />
HIPÓTESE GAIA<br />
Uma hipótese com o nome da deusa Grega da Terra, Gaea, segundo a qual a Terra deveria ser<br />
considerada como um organismo vivo. O biologista inglês James Lovelock avançou com esta ideia<br />
em primeiro lugar em 1969. (HAMILTON, 2000c p. s/nº).<br />
HOLOGRAMÁTICO<br />
Contêm o “todo” do qual faz “parte” e, simultaneamente, está contido nesse "todo".<br />
<strong>HOMO</strong><br />
Gênero referente aos "hominídeos", do grupo taxonômico "ordem dos primatas" (entre os quais<br />
não me incluo), a que pertencem estas espécies: Homo Habilis; Homo Erectus; Homo Ergaster;<br />
Homo Antecessor; Homo Heildelbergensis; Homo Neandertalensis; Homo Floresiensis; Homo<br />
Sapiens Idaltu; Homo Sapiens Sapiens. (DA COSTA FERREIRA, 2008a pp. 9-10; grifos e aspas<br />
meus, em texto de apostilha fornecida pelo professor). Quando uso este prefixo, simples ou<br />
composto, pretendo destacar a parte romana do todo da cultura greco-romana, conotando-a ao<br />
domínio do social não natural sobre o ser humano aninhado no Uni(Di)verso Vivo, enquanto<br />
satirizo a teoria científica autointitulada "evolucionista". Confrontar com os prefixos antropo ou<br />
antropus, em antropia.<br />
<strong>HOMO</strong>-ANTROPUS (HA)<br />
Ser humano aninhado profundamente na Uni(Di)versidade Real-Virtual, sujeito, simultaneamente, a<br />
domínio (sobre)natural e a subdomínio social (não natural) (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 63,84-<br />
87), em que este subdomínio, pela sua proximidade forçada e consentida, não só suga a maior parte<br />
do tempo daquele ser, como tenta subverter tolamente as ordens naturais (ordem cósmica, ordem<br />
terrestre e ordem humana). Tanto homo (latim) como antropus (grego) significam atributo do (ou<br />
atribuído ao) ser humano. Em meus métodos e dizeres, uso antropus como "topo-humano" e homo<br />
como "agente-humano". Daí, homo-antropus significar aqui agente humano num lugar, onde 'ele' é<br />
centro e o 'resto' periferia. Ou, também, ação humana num determinado lugar.
197<br />
<strong>HOMO</strong>-ANTROPUS-ECLETICUS (HAE)<br />
Composto metodologicamente por mim (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 64,86-87), a partir da<br />
integração do Homo-Antropus (HA) a três tríades identificadoras do homo ecleticus genuíno<br />
("ETICUS" ↔ "MORIS" ↔ "IURIS"; "PLURIBUS UNUM" ↔ "ORBIS" ↔ "URBIS"; e "BIOTOPUS" ↔<br />
"ECOTOPUS" ↔ "BIOSFERICUS"), o Homo-Antropus Ecleticus (HAE), "na onda antrópica complexa<br />
da dinâmica socioeconômica 'normal', mas ameaçado de afogamento pela dinâmica socioeconômica<br />
'abnormal' de uma contra-onda da complexidade humana [...] tais como: (homo luciferus) maldade<br />
humana induzida ou exacerbada pela sociedade (ZIMBARDO, 2007) apud (ARAÚJO, 2010); (homo<br />
operarius populis mercatus) farsa eleitoral, amor ao trabalho, burrice do proletariado e falsificação<br />
empresarial (LAFARGUE); e (homo dolus malus globalis) potencialidades intrínsecas, globais e<br />
dolosas advindas dos dez mandamentos de Dowbor (DOWBOR, 2011)".- Ver ANEXO "N"<br />
<strong>HOMO</strong>-ANTROPUS- ECLETICUS RESPONSABILIS (HAER)<br />
Composto metodologicamente por mim (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 64), a partir da integração<br />
do Homo-Antropus Ecleticus (HAE) à responsabilidade social humana (Homo responsabilis), o HAE<br />
se transforma em HAERM- Homo-Antropus-Ecleticus-Responsabilis Matrioscas.<br />
<strong>HOMO</strong>-ANTROPUS- ECLETICUS RESPONSABILIS MATRIOSCAS (HAERM)<br />
Composto metodologicamente por mim (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 64, 71, 72, 88), humano<br />
(reconhecendo-se como um entre vários) com sentimento de pertença (a biótopo, ecótopo, biosfera)<br />
e autodomínio (ética, moral, direito), agindo efetivamente (pensar, convergir, saber, aprender e<br />
conhecer), correndo riscos e aceitando desafios (no "fazer", "estar", "conviver", "poder",<br />
"sobreviver" -, percebendo os contornos da ROC (Responsabilidade de Ordem Cósmica), ROT<br />
[Responsabilidade de Ordem Terrestre] e ROHS [Responsabilidade de Ordem Humana Social] para<br />
envolver sua ROHI [Responsabilidade de Ordem Humana Individual]. Ver ANEXO "O".<br />
IDÉIA ou I<strong>DE</strong>IA<br />
Substantivo feminino singular de origem grega (idéa) que pode significar representação mental de<br />
uma coisa concreta ou abstrata. Inserido de: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
IDOLATRIA<br />
É a prática de adoração a ídolos, imagens, sendo essa criação do homem e não do Criador.<br />
Teologicamente... é o culto de adoração que se presta a uma criatura, a uma imagem, tributando-lhe<br />
a honra que é devida só a Deus... A Bíblia, a Torah e o Alcorão são particularmente taxativos quanto<br />
à idolatria, comparando-a com alguns dos piores crimes e pecados concebíveis... Desobedecendo as<br />
leis de Deus segundo os seus mandamentos. (WIKIPÉDIA, s/d)<br />
IMANENTE<br />
Adjetivo singular de origem no latim clássico (immanente) que pode significar que está compreendido<br />
na própria essência do todo. Inserido de: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
INSTRUMENTO TEÓRICO<br />
Elaborados por mim: ao primeiro, que relaciona de forma complexa qualquer parte ao todo, chamei<br />
"CaosLocBalGloCalOrdem!" (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 pp. 144-153); ao segundo, que<br />
relaciona a sociedade humana ao seu tempo e ao seu espaço, chamei AmCoReHiSwVeCo-<br />
Ampulheta Complexa Reversa Hiperbólica Swotiana Vesteriana Coheniana. (DA COSTA FERREIRA,<br />
2011 p. 62)<br />
IVCSH<br />
Índice de Vivência, Convivência e Sobrevivência Humanas (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 63, 65,<br />
80) é a "satisfação possível das necessidades humanas na intercepção desses ambientes [cosmo,<br />
geo e antropo hologramas reais, e antropo holograma virtual], a qual é de responsabilidade social e<br />
medida por graus de esperança ponderados que atingem o máximo global de 15.280 pontos - que<br />
conduzem a um Índice de Vivência,Convivência e Sobrevivência Humanas (IVCSH) variando<br />
entre 0 (nenhuma satisfação humana) e 1 (satisfação humana plena possível)". O ANEXO "L" mostra<br />
o IVCSH "aplicado a um local, numa região hidrográfica (RH), num município (MUN) do estado do Rio<br />
de Janeiro (RJ), do atual país Brasil (BR), no subcontinente América do Sul (AS), no planeta Terra<br />
(GEO) como topo do Cosmo entre o 'nada' e o 'tudo'. É uma simulação para verificar o funcionamento<br />
da aplicação informática e observar uma satisfação real local relativamente à satisfação esperada<br />
no geral. No caso, o IVCSH local igual a 0,354 (ou 35,4% de satisfação de necessidades humanas<br />
locais) mostra: no geral, uma tendência para uma 'região insuportável'; e, em particular, que os<br />
pontos fortes - 'necessidades humanas genéricas' dos seres humanos - enfraqueceram<br />
assustadoramente".
198<br />
LAGRANGE (PONTOS <strong>DE</strong>)<br />
[...] definidos pelo matemático italiano Joseph-Louis de Lagrange... existência de pontos especiais<br />
próximos de um sistema orbital de dois corpos massivos... ocorrem porque as forças<br />
gravitacionais das massas cancelam a aceleração centrípeta... Dos cinco pontos de Lagrange,<br />
três são instáveis e dois estáveis. Os pontos de Lagrange instáveis chamam-se: L1, L2 e L3... Os<br />
pontos estáveis chamam-se: L4 e L5. Formam o ápice de dois triângulos eqüiláteros que têm as<br />
massas dos astros grandes em seus vértices. A letra "L" que define os locais é usada em<br />
homenagem ao físico... No sistema Sol-Terra o ponto L1 é propício para a utilização de satélites<br />
artificiais de observação solar. A visão do astro neste local é ininterrupta... O ponto L2 está localizado<br />
na parte exterior da órbita terrestre ao largo da reta que une a Terra e o Sol... É sabido que os pontos<br />
de L1 e L2 são instáveis e que é necessário ajustar escala orbital... até chegar num ponto de<br />
equilíbrio... O ponto L3 também se encontra ao longo da mesma reta que liga L1-L2, mas numa<br />
posição simétrica oposta ao centro das massas... O Sol sempre estará entre este ponto e um<br />
observador da Terra durante o tempo todo... Os pontos L4 e L5 se situam sobre a órbita terrestre<br />
em posições simétricas à da Terra. As direções de ambos os pontos formam ângulos de 60° entre<br />
a reta que une os dois corpos. Nestes pontos as órbitas são estáveis e tão longas como a relação de<br />
massa entre dois corpos... L4 e L5 – são considerados estáveis uma vez que qualquer material<br />
que lá se encontre só pode ser libertado por colisão ou qualquer outro evento catastrófico...<br />
Os objetos em órbita nos pontos de L4 e L5 são chamados de Troianos... No Sistema Solar existem<br />
centenas de Asteróides Troianos[...]. (WIKIPÉDIA, s/d pp. s/nº, grifos meus)<br />
LIMNOSFERA<br />
Formada por limnossistemas, que englobam os ecossistemas aquáticos continentais - que podem ser<br />
lênticos (lagos)<br />
MATRIOSCA<br />
É um brinquedo tradicional da Rússia constituído por uma série de bonecas, feitas de diversos<br />
materiais, que são colocadas umas dentro das outras, da maior (exterior) até a menor (a única que<br />
não é oca).<br />
MÉTODO<br />
Substantivo singular de origem no latim clássico (methodu) que pode significar maneira de fazer as<br />
coisas ou modo de proceder ou conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar um<br />
fim e, especialmente, para chegar a um conhecimento científico ou comunicá-lo aos outros. Inserido<br />
de: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
MÉTODO COMPLEXO( ou MetCom)<br />
Elaborado por mim (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 59), mas "fundado nos três princípios básicos do<br />
pensamento complexo: diacrônico (diversidade de pontos ou partes - complementares, concorrentes<br />
e antagônicos - na unidade e unidade deles); hologramático (cada parte está no todo e o todo está<br />
nessa parte); organizacional recursivo (cada parte é causa do que produz e efeito do que produziu)".<br />
Isso, para obter um "topo de estabilização cósmica [...] - entre o nada e o tudo de giro cósmico, como<br />
(in)evolução cósmica do espaço↔tempo no caos cósmico - [...] esta tríade real estabilizadora [...]<br />
"cosmo↔topo↔geo" [...]".<br />
MÉTODO HÍBRIDO (ou MetComRevHipSwoVesCoh)<br />
Elaborado por mim (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 58-62, 79) "para 'estabilizar' um lugar cósmico<br />
relativamente ao diacronismo espaço↔tempo cósmicos na sopa de ordem cósmica e, ao mesmo<br />
tempo, 'isolar' a responsabilidade cósmica [inicialmente] sistematizou e integrou [...] num só método<br />
híbrido [...] método complexo, reverso e hiperbólico". Posteriormente, como parte do método híbrido<br />
em si, adicionei: categorização ("arrumação" de categorias sociais); métodos-integrados (interação<br />
dos métodos complexo, reverso e hiperbólico); análise SWOT (determinação de pontos fortes e<br />
fracos, oportunidades e ameaças); matriz de VESTER (posicionamento trigonométrico das ações<br />
humanas). Ainda adicionalmente, para mostrar o "processo humano econômico" e o "processo<br />
humano social", ajustei esse método pela parte metodológica do processo híbrido que também<br />
desenvolvi então - "apenas para a quarta categoria ['social'], ajustaram-se os quatro fatores sociais<br />
[de Cohen] que, coexistindo e interagindo na sociedade humana, explicam a ordem social (advinda<br />
do holograma antrópico não real que imputa as devidas responsabilidades sociais) e orientam o<br />
progresso social ". Daí, por fim, eu chamá-lo então Método Complexo Reverso Hiperbólico Swotiano<br />
Vesteriano Coheniano (MetComRevHipSwoVesCoh).
199<br />
MÉTODO HIPERBÓLICO (ou MetHip)<br />
Elaborado por mim (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 60-61), "aproveitando: o 'percurso' do método<br />
complexo; o método reverso para inverter a ordem de matéria e energia (então cósmicas) em<br />
mundo de matéria e mundo de energia num determinado cosmotopo (o planeta terra, num sistema<br />
solar, [numa constelação, numa galáxia] via láctea, no caos↔cosmo); centro e periferias,<br />
sistematizando-os e intra(inter)relacionando-os em três mundos distintos: mundo-matéria ↔<br />
mundo-centro ↔ mundo-energia. Ao longo [de um] eixo diacrônico e tendo por fundo a [dialógica<br />
cósmica] de desordem↔ordem, torce-se o hiper espaço↔tempo cósmico. Essa torção cósmica gera<br />
um 'cosmotopo' (cosmo-holograma ou mundo local) e, alinhados com este e equidistantes dele,<br />
dois 'não-lugares' cósmicos (focos na periferia), numa linha de base posicional (distância focal),<br />
metamorfoseiam o "mundo local" em mundo-centro. Esses focos, 'represam concentricamente' e<br />
'ligam hiperbolicamente' a 'matéria" e 'energia' cósmicas em mundo-matéria e mundo energia daquele<br />
'mundo-centro'. Neste, não interessa as magnitudes em si dos 'mundos-periferia', mas interessa<br />
apenas que seja constante a diferença entre essas magnitudes. É essa 'constância' que evidenciará<br />
uma referência que permitirá a integração sistemática e intra(inter)funcionalidade da '(des)ventura<br />
cósmica' desse mundo-centro, orientando este num lugar geométrico construído pela interligação de<br />
pontos hiperbólicos hologramáticos de dois não-lugares 'enclausurando' um espaço↔tempo nesse<br />
lugar (a esta "clausura" chamo Ampulheta Complexa Reversa Hiperbólica Swotiana Vesteriana<br />
Coheniana ou AmComRevHipSwoVesCoh). Portanto, é um 'não-lugar' que estabilizará<br />
dinamicamente a 'vida local' de um cosmotopo. Esse 'não-lugar' é um espaço↔tempo de<br />
navegação local segura ou a zona de 'responsabilidade' cósmica. Para cada 'cosmo↔topo' do<br />
'uni(di)verso vivo' existe uma 'torção própria' em que as 'consequências' e 'responsabilidades' dela<br />
repetem-se... Até o fim de cada 'mundo-centro' ou 'cosmotopo'."<br />
MÉTODO REVERSO (ou MetRev)<br />
Elaborado por mim (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 60) - em adição ao método complexo, por este<br />
ser inter-retro-recursivo e, consequentemente, "organizacional por fora" - é um método<br />
"organizacional por dentro", pelo qual, "mantendo-se o 'fundo cósmico' resultante do 'método<br />
complexo' e, a partir do equilíbrio cósmico dinâmico integrado 'obtido' ("cosmo↔topo↔geo"),<br />
destacou-se, em ordem inversa, o holograma de cada parte - escondendo e revelando um todo<br />
(holograma de um todo que é a 'imagem' tridimensional de um cosmo↔topo ou todo↔parte). Na<br />
união dos dois métodos [complexo e reverso], cada ser humano é centro em seu próprio todo<br />
tramado junto pela ordem de seu corpo e contra-ordem de seu espírito, em sua alma - onde ficam os<br />
seus valores, os seus interesses, o seu arbítrio (onde 'mora' a responsabilidade individual) e aonde<br />
chegam as oportunidades e ameaças, dos "ambientes periféricos" que o perpassam - a 'sopa'<br />
cozinhada por ordem cósmica (onde 'vagueia' a responsabilidade 'cósmica') e o 'caldo' entornado pela<br />
ordem social (onde se 'metamorfoseia' a responsabilidade social).<br />
MÔNADA<br />
A palavra "Mônada" vem do Grego monas = unidade. O termo foi usado primeiro pelos pitagóricos<br />
como o nome do número inicial de uma série de números. Giordano Bruno empregou o termo com<br />
sentido de "substância real", emprego que ele teria copiado de Plotino e passado a Leibniz, que<br />
certamente leu os seus escritos... O elemento material na mônada corresponde à passividade da<br />
matéria-prima, e o elemento imaterial corresponde à atividade da forma da substância; matéria e<br />
forma, como em Aristóteles, e mesmo como em Platão, pois cada mônada resulta de uma matéria<br />
prima ou princípio passivo, que é a sua imperfeição, e de um elemento ativo, uma alma, que busca a<br />
perfeição. (COBRA, 2000b p. s/nº; grifos meus).<br />
MONOGRAFIA<br />
Pode ser um trabalho escrito, pormenorizado, em que se pretende dar informação completa sobre<br />
algum tema particular de um ramo de conhecimento. Inserido de:<br />
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
MUNDO REAL<br />
Realidade em si, de nada(s) e tudo(s), entre O NADA e O TUDO, em espaço(s) e tempo(s) de torções<br />
e distensões cósmicas NO HIPER ESPAÇO e NO TEMPO.<br />
MUNDO VIRTUAL<br />
Realidade percebida pelo ser humano num topo (lugar) de uma torção cósmica.<br />
NOOSFERA<br />
A esfera das coisas do espírito (MORIN, 2000 p. 28)
200<br />
OBSERVAÇÃO<br />
Substantivo feminino singular de origem no latim clássico (observatione) que pode significar estudo<br />
ou exame minucioso de fenômenos ou fatos físicos ou morais. Inserido de:<br />
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
ÓRBITA<br />
O percurso de um objecto que se move à volta de um segundo objecto ou ponto. (HAMILTON, 2000c<br />
p. s/nº)<br />
PARADIGMA<br />
Substantivo masculino singular de origem grega (parádeigma) que pode significar modelo ou padrão.<br />
Inserido de: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
PESO<br />
A força gravitacional exercida sobre um corpo. (HAMILTON, 2000c p. s/nº)<br />
PROBLEMAS (CLASSIFICAÇÃO)<br />
Os problemas são classificados em: Problemas Críticos - valor em total de ativos e total de passivos<br />
é alto por serem problemas que apresentam muitas causas e efeitos (de seu manejo e intervenção,<br />
dependem os resultados finais); Problemas Passivos - apresentam um total passivo alto e um total<br />
ativo baixo, significando que têm pouca influência causal (utilizam-se como indicadores de mudança e<br />
de eficiência da intervenção de problemas ativos); Problemas Indiferentes - têm total de ativos e total<br />
de passivos de baixo valor, de baixa influência causal, não são originados pela maioria dos demais<br />
(são de baixa prioridade dentro do sistema analisado). Problemas Ativos - valor em total ativos alto e<br />
em total passivos baixo, por serem de alta influência causal sobre a maioria dos restantes, mas não<br />
causados por outros (são chaves, por serem causa primaria do problema central, portanto, requerem<br />
atenção e manejo crucial). (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 62-63)<br />
PROCESSO HÍBRIDO<br />
Elaborado por mim, é composto por três (sub)processos: metodológico (que ajustou o método<br />
híbrido); econômico; e social. (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 58-64)<br />
QUINTESSÊNCIA<br />
A tradução deste termo é 'quinto elemento', uma alusão à antiga filosofia grega, que sugeria que o<br />
Universo é composto de terra, ar, fogo, água e uma substância efêmera que impede a Lua e os<br />
planetas de caírem em direção ao centro da esfera celeste. Quase cinco anos atrás, Robert R.<br />
Caldwell, Rahul Dave e um de nós (Steinhardt), todos da University of Pennsylvania, reintroduzimos o<br />
termo para nos referir a um campo quântico dinâmico, não muito diferente de um campo elétrico ou<br />
magnético, que gravitacionalmente repele. O dinamismo é a característica que os cosmólogos<br />
consideram atraente na quintessência. (REVISTA SCIENTIFIC AMERICAN, 2007 p. grifos meus)<br />
RACIOCÍNIO<br />
Substantivo masculino singular de origem no latim clássico (ratiociniu) que pode significar operação<br />
intelectual discursiva, pela qual, da afirmação de uma ou mais de uma proposição, passamos a<br />
afirmar outra em virtude de uma conexão necessária com as primeiras. Inserido de<br />
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
RELATIVIDA<strong>DE</strong> (TEORIA DA)<br />
Decreve (sic) mais pormenorizadamente o movimento de corpos em campos magnéticos fortes ou<br />
próximo da velocidade da luz do que a mecânica de Newton. Todas as experiências efectuadas até<br />
agora concordam com as predições da relatividade num nível elevado de rigor [...] A fórmula da<br />
famosa teoria da relatividade de Einstein, conhecida por relação energia-massa (e=mc 2 ). A energia e<br />
é igual à massa m multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz c 2 . Uma pequena massa<br />
produz uma enorme quantidade de energia. (HAMILTON, 2000c p. s/nº; grifos meus)<br />
RIPÁRIA<br />
Área próxima a corpo da água<br />
RUACH HA KO<strong>DE</strong>SH<br />
É um dos registros da pronúncia do nome hebraico transliterado para HSDK H HCR (lê-se da direita<br />
para a esquerda) que é o nome do "Espírito Santo do Deus do povo hebreu" [YAHUVAH]. Eu<br />
considero RUACH HA KO<strong>DE</strong>SH como O INFINITAMENTE PEQUENO ABSOLUTO.<br />
SATÉLITE<br />
Um corpo que roda à volta de outro corpo maior. (HAMILTON, 2000c p. s/nº)<br />
SATÉLITE PASTOR<br />
Um satélite que limita a extensão de um anel planetário por meio de forças gravitacionais.<br />
(HAMILTON, 2000c p. s/nº)
201<br />
SIGNO<br />
Substantivo masculino singular de origem no latim clássico (signu) que pode significar tanto cada uma<br />
das doze partes em que se divide o zodíaco e cada uma das constelações respectivas quanto a<br />
presumida influência de uma dessas partes sobre a vida das pessoas (e, por extensão, de outras<br />
influências) como a entidade semiológica que substitui o objeto a conhecer, representando-o aos<br />
indivíduos e apresentando-lhes em lugar do objeto. Inserido de:<br />
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues<br />
SISTEMA<br />
[...] sistemas são caracterizados geralmente como tendo componentes (variáveis de estado ou<br />
estoques), interações entre eles (fluxos de matéria, de energia, ou de informação) e, em sistemas<br />
abertos tais como os ecológicos e os econômicos, fluxos para dentro e para fora dos limites do<br />
sistema (importações e exportações). (LIMBURG, et al., 2002 p. 410; tradução minha; grifos meus)<br />
SISTEMA INTEGRADO <strong>DE</strong> HOLOGRAMAS INTER<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTES (SIHI)<br />
Matriz mostrando uma dinâmica possível da ECONOMIA <strong>HUMANA</strong>, mergulhada numa sopa<br />
cósmica (que sustenta a vida) e embrulhada num caldo antrópico de signos, contra-signos e<br />
signos contra signos (que condiciona a vida) de uma OR<strong>DE</strong>M SOCIAL em constante mutação<br />
informal, apesar da aparente estabilidade formal (que confunde a vida). Associou-se cada<br />
"holograma" a um "ambiente", evidenciando-se "pontos fortes e "fracos" dos seres humanos vivos, e<br />
as "oportunidades e ameaças" no local onde eles se fixam e movimentam. Por um lado, integram o<br />
"ambiente natural" os três hologramas reais (cosmo, geo e antropo hologramas). Por outro lado, o<br />
"ambiente social" é um único holograma não real (holograma antrópico). O objetivo desse sistema<br />
é a satisfação possível das necessidades humanas na intercepção desses ambientes, a qual é de<br />
responsabilidade social. (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 63, 64, 68, 80)<br />
SISTEMA "S"<br />
Formado, entre outros serviços de educação e cultura do trabalhador, por SEBRAE (Serviço<br />
Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas), SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem<br />
do Comércio), SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), SENAT (Serviço Nacional de<br />
Aprendizagem em Transportes), SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), SESC<br />
(Serviço Social do Comércio), SESCOOP (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo),<br />
SESI (Serviço Social da Indústria) e SEST (Serviço Social de Transportes).<br />
STATU QUO ou STATUS QUO<br />
Substantivo masculino singular de origem numa expressão do latim clássico (in statu quo res erant<br />
ante bellum = "no estado em que se estava antes da guerra") que pode significar o estado atual das<br />
coisas. Inserido de: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Statu_quo&oldid=16130764<br />
SUBLIMAÇÃO<br />
Ocorre quando uma substância muda directamente do estado sólido para o estado gasoso sem<br />
passar pelo estado líquido (HAMILTON, 2000c p. s/nº). Por analogia, uma antropo-dissipação, por<br />
já ser uma "meta-vida concreta", é a transformação direta da vida material-espiritual (dueto matériaenergia<br />
de cada ser humano ou cada sociedade humana) para a vida exclusivamente espiritual<br />
(energia de cada ser humano ou cada sociedade humana), abandonando a vida exclusivamente<br />
material (matéria de cada ser humano ou cada sociedade humana).<br />
SWOT (MATRIZ ou ANÁLISE)<br />
Uma matriz evidenciando um sistema integrado em quatro quadrantes: endogenamente, pontos fortes<br />
(strengths=fortalezas) e pontos fracos (weaknesses=fraquezas); e, exogenamente, pontos de<br />
oportunidade (opportunities=oportunidades) e pontos de ameaças (threats=ameaças). A<br />
inter(retro)dependência funcional nesses quadrantes é dada por outras tantas relações aplicáveis a<br />
cada ser humano: 1) potencialidades (fortalezas↔oportunidades); 2) limitações<br />
(fraquezas↔ameaças); 3) riscos (fortalezas↔ ameaças); e 4) desafios (fraquezas ↔ oportunidades).<br />
(DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 61)<br />
TALASSOSFERA<br />
Formada por talassossistemas, que englobam os ecossistemas oceânicos<br />
TELEOLÓGICO<br />
Dirigido(s) por uma visão transformadora de um (ou mais de um) sistema.
202<br />
TERRA (GEO)<br />
É o terceiro planeta a contar do Sol, a uma distância de 150 milhões de quilómetros (93,2 milhões de<br />
milhas). Demora 365,256 dias para girar em volta do Sol e 23.9345 horas para a Terra efectuar uma<br />
rotação completa. Tem um diâmetro de 12.756 quilómetros (7.973 milhas), apenas poucas centenas<br />
de quilómetros maior que o de Vénus. A nossa atmosfera é composta por 78 por cento de azoto, 21<br />
por cento de oxigénio e 1 por cento de outros componentes. A Terra é o único planeta conhecido a<br />
abrigar vida, no sistema solar. O núcleo do nosso planeta, de níquel-ferro fundido girando<br />
rapidamente, provoca um extenso campo magnético que, junto com a atmosfera, nos protege de<br />
praticamente toda a radiação prejudicial vinda do Sol e outras estrelas. A atmosfera da Terra protegenos<br />
dos meteoros, cuja maioria se queima antes de poder atingir a superfície. (HAMILTON, 2000a)<br />
TOPO<br />
Do grego tópos, ou, lugar: elem. de comp. Exprime a noção de lugar. Obtido em<br />
http://www.priberam.pt<br />
TOPOLOGIA<br />
[do grego topos, lugar e logos, estudo] é um ramo da matemática, uma extensão da geometria, que<br />
leva em conta a natureza do espaço, investigando tanto a sua ínfima estrutura quanto a sua estrutura<br />
global; constrói com base na Teoria dos Conjuntos e estuda funções ou mapas contínuos que<br />
estendem o espaço sem fragmentá-lo ou sem forçar a união de partes distintas. (INFOPÉDIA, s/d)<br />
UNIDA<strong>DE</strong> ASTRONÓMICA (UA)<br />
A distância média da Terra do Sol; 1 UA corresponde a [aproximadamente] 149,597,870 quilómetros<br />
(92,960,116 milhas). (HAMILTON, 2000c p. s/nº). Isto é, 149,597870 x 10 6 km ou 149,597870 x 10 9<br />
m ou 149,597870 x 10 12 cm. Ou seja, em termos de "Exa-atto" esfera terrestre (ver APÊNDICE A -<br />
Fatores (unidades SI): potências e prefixos-padrão) e, mais especificamente, na "Exa-centi" sub-geoestrato-esfera<br />
ou supra-infra-região geo-orbital - a unidade terrestre igual a 10 0 -, usando a medida<br />
mais proporcional e mais adequada ao tamanho de qualquer ser humano - a unidade antrópica<br />
medida em centímetros (cm) ou igual a 10 -2 . Isto é, a unidade antrópica como uma fração ou<br />
fragmentação da unidade terrestre, posicionado no infra-estrato "geo-antropo-centi". Assim<br />
considerando, aquela mesma distância que essa unidade antrópica (um ser humano) "poderia"<br />
percorrer, se não fosse "dissipado" antes do término de sua viagem Terra→Sol (sem retorno), hoje,<br />
uma "representação virtual ou digital" (homo-antrópica) do "mundo real" (cosmo-topo-geo não<br />
antrópico) "colocaria" o popularizado "astro-rei" no supra-estrato "geo-antropo-TERA".<br />
UNI(DI)VERSIDA<strong>DE</strong><br />
Neologismo criado por mim para designar tanto a diversidade numa unidade, percebida ou a<br />
perceber pela universidade, como a unidade nessa diversidade, percebida, pensada ou catalisada<br />
por uma universidade. O “(DI)” representa quer o princípio dialógico e diacrônico do pensamento<br />
complexo, na relação complexa entre universidade e diversidade, quer a espiral intra-inter-retroativa<br />
de excludências complementares (ou complementaridades excludentes) do saber dito erudito e do<br />
saber dito popular.<br />
UNI(DI)VERSIDA<strong>DE</strong> GOITACÁ<br />
Neologismo criado por mim para designar tanto a "diversidade numa unidade regional" (um "todorelativo"<br />
atualmente designado Norte-Noroeste Fluminense), percebida ou a perceber pela<br />
universidade, como a "unidade da diversidade de locais dessa região" percebida, pensada ou<br />
catalisada por universidades - a construir com base na cultura "ex-ante" ao "contado" e "retratado"<br />
pela "história ocidental" moderna dominante. O “(DI)” representa quer o princípio dialógico do<br />
pensamento complexo, nessa nessa inter-relação complexa entre universidade e diversidade, quer a<br />
espiral intra-inter-retroativa de excludências complementares (ou complementaridades excludentes)<br />
do saber dito erudito e do saber dito popular. Em suma, esse neologismo representa um possível<br />
CHOQUE CULTURAL LOCAL-REGIONAL-GLOBAL SINCRÉTICO.<br />
UNI(DI)VERSO VIVO<br />
Neologismo criado por mim para designar o conjunto complexo da diversidade abiótica e da<br />
diversidade biótica que, hologramaticamente num determinado topo e num determinado espaçotempo,<br />
em dialógica (e diacronicamente), se complementam, concorrem e se antagonizam, numa<br />
espiral intra-inter-retroativa-recursiva, de energia e matéria (conhecidas e desconhecidas). Portanto, é<br />
a complexidade universal de "realidade dinâmica" em sua significativa "aparência estática". Obs: Não<br />
confundir com o "DI" de UNI(REVIDIRE)VERSO, que abrevia "DIGITAL".<br />
VALOR<br />
Substantivo masculino singular de origem no latim clássico (valore) que pode significar caráter dos<br />
seres pelo qual são mais ou menos desejados ou estimados por uma pessoa ou grupo ou os<br />
julgamentos não diretamente procedentes da experiência ou de elaboração pessoal, em oposição aos<br />
julgamentos de realidade, próprios do conhecimento objetivo ou da ciência. Inserido de:<br />
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues
203<br />
YAHUSHUAH (YH SH H)<br />
Traduzido erradamente para "Jesus", e significa: YAHUVAH SALVA. Por isso, YAHUSHUAH<br />
(CRISTO ou MESSIAS) não salva, mas carregou (carrega) com ele a esperança de salvação da<br />
maior parte da Humanidade.<br />
YAHUVAH (YHVH)<br />
Tradução incorreta do NOME DO CRIADOR conforme revelado ao povo Hebreu [o tetragrama YHVH,<br />
transliterado (in WIKIPÉDIA, 2006)], qual seja YAHUVAH (uma das pronúncias que significa em<br />
português “AQUELE QUE É O QUE É” [por isso, não foi e nem pode vir a ser]). Eu considero YHVH<br />
como O INFINITAMENTE GRAN<strong>DE</strong> ABSOLUTO, O QUAL a partir dO NADA criou O TODO (um todo<br />
absoluto com todos relativos, que inclui o próprio nada absoluto com nadas relativos). Essa criação, é<br />
fruto do pensamento divino complexo de YHVH e evidencia quer um "ADN [DNA] espiritual humano",<br />
quer a ordem espiritual que conduz ao bem-estar espiritual humano, nos mundos não espiritual e no<br />
espiritual. (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 pp. 49, 72-94, TCC II)<br />
ZOPP (Ziel Orientierte Projekt Planung)<br />
Método para facilitar a obtenção de informações rápidas e por escrito. O ZOPP (sigla que significa<br />
Planejamento de Projetos Orientado por Objetivos) é constituído de duas grandes etapas que se<br />
sucedem de forma interligada e integrada. A primeira etapa, chamada de etapa de análises, é a fase<br />
em que são realizados: diagnósticos da situação existente; prognósticos da situação futura; análise<br />
dos envolvidos; seleção da estratégia mais adequada a ser adotada na fase seguinte. A segunda<br />
etapa, direcionada à concepção do plano do projeto, sumariza numa matriz lógica toda a estratégia<br />
do projeto. O desenvolvimento do ZOPP caracteriza-se por: identificação/classificação de problemas<br />
ou conflitos e potencialidades; hierarquização/priorização dos problemas ou conflitos; propostas de<br />
solução para os problemas e conflitos; e sistematização dos resultados do DRP (Diagnóstico Rápido<br />
Participativo) numa "matriz de resultados". (DA COSTA FERREIRA, 2009a pp. 23-30)
APÊNDICES<br />
APÊNDICE A - Minha consciência do ‘complexo’.................................................................................. 205<br />
APÊNDICE B - Propósito essencial da monografia ............................................................................... 205<br />
APÊNDICE C - Abrangência da monografia – zona de intercepção de mundos .................................. 206<br />
APÊNDICE D - Zona de intercepção de mundos: mundo antrópico ..................................................... 206<br />
APÊNDICE E - Dispersão da monografia – "subzona" de redes sociais humanas ............................... 207<br />
APÊNDICE F - Recortes da monografia: ambientes integrados ........................................................... 207<br />
APÊNDICE G - Relevância da monografia ............................................................................................ 208<br />
APÊNDICE H - Zona de relevância: bases da problemática ................................................................. 208<br />
APÊNDICE I - Estado da arte: estrutura e finalidade............................................................................. 209<br />
APÊNDICE J - Estado da arte: perspectivas pesquisadas, analisadas e sintetizadas ......................... 209<br />
APÊNDICE K - Estado da arte: empreendedores humanos (e minha 1ª opção) .................................. 210<br />
APÊNDICE L - Empreendedor Humano: condicionantes da complexidade humana ............................ 210<br />
APÊNDICE M - Empreendedor Humano: consciência .......................................................................... 211<br />
APÊNDICE N - Empreendedor Humano: empreendedor complexo ...................................................... 211<br />
APÊNDICE O - Estado da arte: incubadoras tecnológicas (e minha 2ª opção) .................................... 212<br />
APÊNDICE P - Incubadora Empresarial: exemplo (IEBTUFF).............................................................. 212<br />
APÊNDICE Q - Incubadora Social: exemplo 1 (ITCP/UFRJ) ................................................................ 213<br />
APÊNDICE R - Incubadora Social: exemplo 2 (ITEP/UENF) ................................................................ 213<br />
APÊNDICE S - ITEP/UENF: Programa => Função Social .................................................................... 214<br />
APÊNDICE T - ITEP/UENF: Programa => Princípios Básicos .............................................................. 214<br />
APÊNDICE U - Fatores (unidades SI): potências e prefixos-padrão ..................................................... 215<br />
APÊNDICE V - Incubadora tecnológica: incubadora complexa ............................................................. 215<br />
APÊNDICE W - Estado da arte: metodologias de incubação (e minha 3ª opção) ................................ 216<br />
APÊNDICE X - Incubação Empresarial: exemplo (IEBTUFF) ............................................................... 216<br />
APÊNDICE Y - Incubação Social: exemplo (COPPE/ITCP/UFRJ)........................................................ 217<br />
APÊNDICE Z - Metodologia de Incubação: pensamento complexo ...................................................... 218<br />
APÊNDICE AA - Metodologia de Incubação: incubação complexa ....................................................... 219<br />
APÊNDICE BB - Minha proposta: estrutura ........................................................................................... 219<br />
APÊNDICE CC - Integração humana: ambientes e incubadoras .......................................................... 220<br />
APÊNDICE DD - Incubadora Tecnológica de Integração Humana : InTeInHu ..................................... 222<br />
APÊNDICE EE - InTeInHu: (Neo)Ambientes, (Re)Estrutura e (Re)Processo social ............................. 223
APÊNDICE A - Minha consciência do ‘complexo’<br />
205<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
APÊNDICE B - Propósito essencial da monografia<br />
Elaboração: autor desta monografia.
206<br />
APÊNDICE C - Abrangência da monografia – zona de intercepção de mundos<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
APÊNDICE D - Zona de intercepção de mundos: mundo antrópico<br />
Elaboração: autor desta monografia.
207<br />
APÊNDICE E - Dispersão da monografia – "subzona" de redes sociais humanas<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
APÊNDICE F - Recortes da monografia: ambientes integrados<br />
Elaboração: autor desta monografia.
APÊNDICE G - Zona de relevância da monografia<br />
208<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
APÊNDICE H - Zona de relevância: bases da problemática<br />
Elaboração: autor desta monografia.
APÊNDICE I - Estado da arte: estrutura e finalidade<br />
209<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
APÊNDICE J - Estado da arte: perspectivas pesquisadas, analisadas e sintetizadas<br />
Elaboração: autor desta monografia.
APÊNDICE K - Estado da arte: empreendedores humanos (e minha 1ª opção)<br />
210<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
APÊNDICE L - Empreendedor Humano: condicionantes da complexidade humana<br />
Elaboração: autor desta monografia.
APÊNDICE M - Empreendedor Humano: consciência<br />
211<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
APÊNDICE N - Empreendedor Humano: empreendedor complexo<br />
Elaboração: autor desta monografia.
APÊNDICE O - Estado da arte: incubadoras tecnológicas (e minha 2ª opção)<br />
212<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
APÊNDICE P - Incubadora Empresarial: exemplo (IEBTUFF)<br />
Elaboração: autor desta monografia.
APÊNDICE Q - Incubadora Social: exemplo 1 (ITCP/UFRJ)<br />
213<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
APÊNDICE R - Incubadora Social: exemplo 2 (ITEP/UENF)<br />
Elaboração: autor desta monografia.
APÊNDICE S - ITEP/UENF: Programa => Função Social<br />
214<br />
Elaboração: aluno-autor desta monografia.<br />
APÊNDICE T - ITEP/UENF: Programa => Princípios Básicos<br />
Elaboração: aluno-autor desta monografia.
APÊNDICE U - Fatores (unidades SI): potências e prefixos-padrão<br />
215<br />
FATOR POTÊNCIA 333 NOME SÍMBOLO<br />
10 18 18 EXA E<br />
10 15 15 PETA P<br />
10 12 12 TERA T<br />
10 9 9 GIGA G<br />
10 6 6 MEGA M<br />
10 3 3 KILO K<br />
10 2 2 HECTO H<br />
10 1 1 <strong>DE</strong>CA DA<br />
10 0 0 UNIDA<strong>DE</strong> UN<br />
10 -1 -1 <strong>DE</strong>CI d<br />
10 -2 -2 CENTI c<br />
10 -3 -3 MILI m<br />
10 -6 -6 MICRO μ<br />
10 -9 -9 NANO n<br />
10 -12 -12 PICO p<br />
10 -15 -15 FEMPTO f<br />
10 -18 -18 ATTO a<br />
Adaptação: aluno-autor desta monografia. 334<br />
APÊNDICE V - Incubadora tecnológica: incubadora complexa<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
333 Logaritmo do fator de base 10.<br />
334 SI - Sistema Internacional.(ECONOMIST, 1994 p. 264)
216<br />
APÊNDICE W - Estado da arte: metodologias de incubação (e minha 3ª opção)<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
APÊNDICE X - Incubação Empresarial: exemplo (IEBTUFF)<br />
Elaboração: autor desta monografia.
APÊNDICE Y - Incubação Social: exemplo (COPPE/ITCP/UFRJ)<br />
217<br />
Elaboração: autor desta monografia.
APÊNDICE Z - Metodologia de Incubação: pensamento complexo<br />
218<br />
Elaboração: autor desta monografia.
APÊNDICE AA - Metodologia de Incubação: incubação complexa<br />
219<br />
Elaboração: autor desta monografia.<br />
APÊNDICE BB - Minha proposta: estrutura<br />
Elaboração: autor desta monografia.
APÊNDICE CC - Integração humana: ambientes e incubadoras<br />
220
Elaboração: autor desta monografia.<br />
221
APÊNDICE DD - Incubadora Tecnológica de Integração Humana : InTeInHu<br />
222<br />
Elaboração: autor desta monografia.
223<br />
APÊNDICE EE - InTeInHu: (Neo)Ambientes, (Re)Estrutura e (Re)Processo social
Elaboração: autor desta monografia.<br />
224
225<br />
ANEXOS<br />
ANEXO A – Empreendedor humano: ações = verbos ........................................................................ 226<br />
ANEXO B – Definições de incubadoras adotadas pela ANPROTEC e SEBRAE .............................. 227<br />
ANEXO C – PRONINC: Universidades integrantes ............................................................................ 228<br />
ANEXO D – UENF: Resolução CONSUNI de criação da ITEP/UENF em 2009/FEV ........................ 229<br />
ANEXO E – ITEP/UENF: Projeto institucional no organograma da PROEX ...................................... 230<br />
ANEXO F – Estrutura BSC p/ IEBTUFF (Esq) e suas Incubadas (Dir) .............................................. 231<br />
ANEXO G – Sistema de Incubação da UFF (IEBTUFF)..................................................................... 232<br />
ANEXO H – Modelo conceptual da sustentabilidade - Pirâmide de Meadows ................................... 233<br />
ANEXO I – Método ”CaosLocBalGloCalOrdem!”................................................................................ 234<br />
ANEXO J – Método "ComRevHipSwoVesCoh" ou "MeCoReHiSwVeCo".......................................... 235<br />
ANEXO K – Homo-Antropus (HA): Genoma (HAGen) e Processo Existencial (HAPE)..................... 237<br />
ANEXO L – HA: ExaAtto Esfera (HAExaAtoEs) ................................................................................. 238<br />
ANEXO M – HA agindo num micro-sistema ....................................................................................... 239<br />
ANEXO N – HA numa "ÁRVORE DA VIDA TERRENA" num UIALoc ................................................ 242<br />
ANEXO O – Dinâmicas no HAPE da HAExaAtoEs: HAE ................................................................... 243<br />
ANEXO P – Sistema de ambientes imbricados "SIHI" e Índice "IVCSH" ........................................... 244<br />
ANEXO Q – HAERM: Homo Antropus Ecleticus Responsabilis Matrioscas ...................................... 245
226<br />
ANEXO A – Empreendedor humano: ações = verbos<br />
Fonte: O autor desta monografia (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 82)
227<br />
ANEXO B – Definições de incubadoras adotadas pela ANPROTEC e SEBRAE<br />
Fonte: ANPROTEC e SEBRAE (2002) apud Gurgel (2004 p. 110)<br />
In: Revista Gerenciais. v. 3, p. 101-111. São Paulo: UNINOVE, out. 2004.
228<br />
ANEXO C – PRONINC: Universidades integrantes<br />
Fonte: (BOCAYUVA CUNHA, et al., 2007b p. 52)<br />
In: 2º Livro do Projeto de Acompanhamento do PRONINC - Diagnóstico e<br />
impactos
229<br />
ANEXO D – UENF: Resolução CONSUNI de criação da ITEP/UENF em 2009/FEV<br />
Fonte: UENF/PROEX/ITEP
230<br />
ANEXO E – ITEP/UENF: Projeto institucional no organograma da PROEX<br />
Fonte: UENF/PROEX/ITEP
231<br />
ANEXO F – Estrutura BSC p/ IEBTUFF (Esq) e suas Incubadas (Dir)<br />
Fonte: ReINC (2001) apud Ribeiro e Andrade (2008 p. 81)<br />
In: ORGANIZAÇÃO & ESTRATÉGIA, v. 4, n. 1, p. 71-90, janeiro a abril de 2008
232<br />
ANEXO G – Sistema de Incubação da UFF (IEBTUFF)<br />
Fonte: Adaptado de Neves (2004) por Ribeiro e Andrade (2008 p. 83), com dados da IEBTUFF<br />
In: ORGANIZAÇÃO & ESTRATÉGIA, v. 4, n. 1, p. 71-90, janeiro a abril de 2008
233<br />
ANEXO H – Modelo conceptual da sustentabilidade - Pirâmide de Meadows<br />
Fonte: Adaptado de Meadows (1998) por Gama (2010 p. 31)<br />
In: Dissertação de Mestrado – Centro Universitário de Araraquara – UNIARA
234<br />
ANEXO I – Método ”CaosLocBalGloCalOrdem!”<br />
PASSO ENTRADA SUBPROCESSO SAÍDA OBSERVAÇÃO<br />
1 NADA<br />
ABSOLUTO<br />
Afirmação de<br />
Existência<br />
NADA<br />
ABSOLUTO<br />
Tautologia ← a sua contradição é<br />
dada por qualquer parte existente<br />
2 NADA<br />
ABSOLUTO<br />
Contradição da<br />
Afirmação<br />
PARTE<br />
EXISTENTE<br />
Não existe ‘parte’ sem ‘todo’<br />
3 PARTE<br />
EXISTENTE<br />
Conclusão<br />
TODO<br />
EXISTENTE<br />
Subconjunto ESTÁTICO: {{},<br />
{espaço}, {tempo}, {energia},<br />
{matéria}}<br />
4 TODO<br />
EXISTENTE<br />
Fragmentação TODO RELATIVO Subconjunto DINÂMICO: ø,<br />
matéria, energia, espaço e tempo<br />
existindo e [intra]interagindo →<br />
Caos<br />
5 TODO RELATIVO Posicionamento<br />
Topológico<br />
EXISTÊNCIA DO<br />
AGENTE<br />
NASCIMENTO DO AGENTE →<br />
INÍCIO DO CICLO POSSÍVEL DO<br />
AGENTE: Loc<br />
6 EXISTÊNCIA DO<br />
AGENTE<br />
Limitação<br />
Topológica<br />
ESFERA<br />
POTENCIAL<br />
MÁXIMA<br />
ECOSSISTEMA DO AGENTE →<br />
Conflito da matéria e energia num<br />
espaço-tempo possível → Exa-Atto<br />
Esfera: Bal<br />
7 ESFERA<br />
POTENCIAL<br />
MÁXIMA<br />
Hierarquização<br />
Topológica<br />
NÍVEIS <strong>DE</strong><br />
HIERARQUIA<br />
Estabilização orto-diagonal do<br />
conflito da matéria e energia no<br />
espaço-tempo → Exa-hemisfério e<br />
Atto-hemisfério : Glo<br />
8 NÍVEIS <strong>DE</strong><br />
HIERARQUIA<br />
Plano Topológico PLANO <strong>DE</strong><br />
LOCALIZAÇÃO<br />
DO AGENTE<br />
VIZINHANÇA DO AGENTE: Cal →<br />
Ordem! → OBEDIÊNCIA DO<br />
AGENTE<br />
9 PLANO <strong>DE</strong><br />
LOCALIZAÇÃO<br />
DO AGENTE<br />
Alteração<br />
Topológica<br />
ECOSSISTEMA<br />
ALTERADO<br />
PELO AGENTE<br />
AÇÃO DO AGENTE<br />
10 ECOSSISTEMA<br />
ALTERADO<br />
PELO AGENTE<br />
Fragmentação<br />
Existencial<br />
NOVA POSIÇÃO<br />
DO AGENTE<br />
MORTE OBSERVÁVEL DO<br />
AGENTE: FIM DO CICLO DO<br />
AGENTE<br />
11 NOVA POSIÇÃO<br />
DO AGENTE<br />
Topologia do<br />
Legado<br />
ECOSSISTEMA<br />
LEGADO PELO<br />
AGENTE<br />
HER<strong>DE</strong>IRO DO AGENTE, mesmo<br />
que não seja por reprodução do<br />
agente...<br />
12 ECOSSISTEMA<br />
LEGADO PELO<br />
AGENTE<br />
Topologia do<br />
Herdado<br />
ECOSSISTEMA<br />
HERDADO DO<br />
AGENTE<br />
HER<strong>DE</strong>IRO É O NOVO AGENTE<br />
com ø, matéria, energia, espaço e<br />
tempo existindo e<br />
[intra]interagindo → Caos<br />
13 ECOSSISTEMA<br />
HERDADO DO<br />
AGENTE<br />
Novo<br />
Posicionamento<br />
Topológico<br />
POSIÇÃO DO<br />
NOVO AGENTE<br />
Caos ↓<br />
Repete passos 5 a 12, enquanto<br />
houver herdeiro [e mesmo se não<br />
houver...]<br />
Fonte: aluno-autor desta monografia (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 p. 150).
ANEXO J – Método "ComRevHipSwoVesCoh" ou "MeCoReHiSwVeCo"<br />
235
Fonte: aluno-autor desta monografia (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp.<br />
63-80).<br />
236
237<br />
ANEXO K – Homo-Antropus (HA): Genoma (HAGen) e Processo Existencial (HAPE)<br />
Fonte: aluno-autor desta monografia (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 p. 70).
238<br />
ANEXO L – HA: ExaAtto Esfera (HAExaAtoEs)<br />
Fonte: aluno-autor desta monografia (DA COSTA FERREIRA, 2006-2007 p. 71).
ANEXO M – HA agindo num micro-sistema<br />
239
240
Fonte: aluno-autor desta monografia (DA COSTA FERREIRA, 2011 pp. 84, 85).<br />
241
242<br />
ANEXO N – HA numa "ÁRVORE DA VIDA TERRENA" num UIALoc<br />
Fonte: aluno-autor desta monografia (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 84).
243<br />
ANEXO O – Dinâmicas no HAPE da HAExaAtoEs: HAE<br />
Fonte: aluno-autor desta monografia (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 88).
244<br />
ANEXO P – Sistema de ambientes imbricados "SIHI" e Índice "IVCSH"<br />
Fonte: aluno-autor desta monografia (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 81).
245<br />
ANEXO Q – HAERM: Homo Antropus Ecleticus Responsabilis Matrioscas<br />
Fonte: aluno-autor desta monografia (DA COSTA FERREIRA, 2011 p. 88).