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Revista ed.98 - Crea-RS

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Luiz Carlos Prestes: sua atividade comoEngenheiroO texto a seguir é um resumo do artigo de Anita Leocádia, filha de Luiz CarlosPrestes e Olga Benário, que foi publicado no site do Instituto Luiz Carlos Prestes,www.ilcp.org.br. Além de ceder o texto para publicação na Conselho em <strong>Revista</strong>desta edição, dona Anita sugere a leitura de seu livro e tese de doutorado, A ColunaPrestes, resultado de uma longa pesquisa em fontes primárias e que contou com acolaboração de seu pai. “Há muito desconhecimento da história desta Coluna”,destacou a historiadora por e-mail.Em janeiro de 1921, Prestes, já promovido a 1º-tenente,a convite do coronel Monteiro de Barros, comandante daEscola Militar, assumia o posto de auxiliar de instrutor deEngenharia. Cada arma tinha um instrutor e um auxiliar.Anos mais tarde, ele recordaria que “a instrução de Engenhariaera a coisa mais complicada que havia”, porque eranecessário dar vários tipos de instrução:desde abrir trincheiras (...), construir pontes (....)telegrafia (...), radiotelegrafia, telefonia, fotografia (....)tudo isso cabia na instrução de Engenharia. Para dois...[o instrutor e o auxiliar]... tinham que serenciclopédicos (...) E não havia material nenhum! Demaneira que a primeira coisa que eu fiz foi pedirmaterial. (1)O 1º-tenente Luiz Carlos havia solicitado material parapoder dar aula. Mas o material não chegava. Apenas lhepassaram algum material de fotografia. “Tinha lá uma estaçãode radiotelegrafia, tinha algum material velho de telefoniade campanha, assim, muito pouca coisa, mas comesse material eu fui andando. Mas nada de receber o material.”Finalmente, após cerca de seis meses, recebeu umaterça ou quarta parte do que havia pedido. “Fiquei tão indignadoque resolvi pedir demissão. Porque, como instrutorde Engenharia, eu tinha direito a uma diária de mil milréis,além do soldo de 1º-tenente.” (2) Mas todos os alunosde Engenharia lhe pediram insistentemente que não saí s-se. Nesse ínterim, Prestes já havia sido promovido a diretorde instrução da arma de Engenharia, mas não lhe destinaramnenhum auxiliar. Ele dava aula também às outrasarmas, de Infantaria e de Cavalaria. Atendendo ao pedidodos alunos, Prestes permaneceu na Escola Militar até ofinal de 1921, quando, sem receber o material solicitado,fez um requerimento pedindo demissão.MEMORIAL COLUNA PRESTESRecebidos pela professora de História Neiva Soardi, o presidente do CREA-<strong>RS</strong>,Eng. Civil Luiz Alcides Capoani, e representantes do Conselho gaúcho realizaram,no dia 27 de setembro de 2012, uma visita a um dos pontos históricos da cidadede Santo Ângelo: o Memorial da Coluna Prestes, local onde este fato histórico começoue ganhou dimensão nacional. Instalado no prédio da antiga Estação Ferroviária,construído em 1921 e tombado pela importância histórica, o Memorial éo primeiro do Brasil a homenagear a Coluna Revolucionária. No local, é possívelacompanhar vários momentos da história desse movimento, com depoimentos devárias pessoas que conheceram Prestes e peças que restaram de sua antiga casae vestimentas, como os famosos lenços vermelhos que identificavam os integrantesda Coluna. Em 1969, essa estação foi desativada. O Memorial Coluna Prestesfoi inaugurado em 1996 e é composto de dois museus e dois monumentos: umprojetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, na entrada da cidade, e outro junto aoMemorial, “Coluna Invicta”, do artista carioca Maurício Benites, que mostra o caminhorealizado pela Coluna.Conselho em revista • SET/OUT’1341

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