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Soluções de Escavação e Contenção Periférica em Meio Urbano ...

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<strong>Soluções</strong> <strong>de</strong> <strong>Escavação</strong> e <strong>Contenção</strong> <strong>Periférica</strong> <strong>em</strong> <strong>Meio</strong> <strong>Urbano</strong> – Palácio dos Con<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Murça<br />

os diagramas <strong>de</strong> esforços instalados na contenção ao longo <strong>de</strong> todas as fases da escavação,<br />

sendo esta uma vantag<strong>em</strong> no dimensionamento estrutural dos el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> contenção [2].<br />

No projecto <strong>de</strong> estruturas ancoradas são usualmente formuladas hipóteses, que estão<br />

associadas a um elevado grau <strong>de</strong> incerteza, e que carec<strong>em</strong> <strong>de</strong> confirmação ao longo do<br />

<strong>de</strong>correr da própria obra. Estas hipóteses são confirmadas através dos resultados obtidos na<br />

instrumentação, analisando as <strong>de</strong>formações do terreno e a variação da tensão nas<br />

ancoragens, e durante o <strong>de</strong>correr da própria escavação, através da observação da constituição<br />

e do comportamento do terreno.<br />

O comportamento das ancoragens das cortinas <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong>ve ser analisado tendo <strong>em</strong><br />

conta as várias fases <strong>de</strong> escavação e respectivas interacções entre a cortina, ancoragens e o<br />

solo. Ainda é matéria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> controvérsia a previsão dos movimentos da contenção com a<br />

escavação e a sua relação com as solicitações nas ancoragens [3].<br />

Nível <strong>de</strong> pré-esforço<br />

Nas soluções dimensionadas <strong>de</strong> forma optimizada, a variação <strong>de</strong> pré-esforço nas ancoragens<br />

ao longo do faseamento construtivo <strong>de</strong>ve ser pequena. Quando o pré-esforço é inferior ao<br />

correspon<strong>de</strong>nte a um bom dimensionamento, a carga nas ancoragens vai aumentando<br />

gradualmente ao longo das fases <strong>de</strong> escavação. Para um pré-esforço excessivo é espectável<br />

uma diminuição da carga das ancoragens, não se notando tanto este efeito quando é aplicado<br />

um mo<strong>de</strong>lo constitutivo do solo mais próximo do real, <strong>em</strong> que o módulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>formabilida<strong>de</strong> na<br />

<strong>de</strong>scarga é superior ao da carga inicial [2].<br />

Equilíbrio vertical <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> contenção<br />

Nas cortinas ancoradas também surg<strong>em</strong> forças verticais provenientes da carga inclinada das<br />

ancoragens, que têm que ser compensadas, juntamente com o peso próprio da estrutura <strong>de</strong><br />

contenção, pela reacção vertical que se <strong>de</strong>senvolve na sapata da contenção, provocada pela<br />

reacção do terreno <strong>de</strong> fundação. Além da reacção na base da pare<strong>de</strong> também contribu<strong>em</strong> para<br />

este equilíbrio a resultante das forças <strong>de</strong> corte que se <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong> ao longo da pare<strong>de</strong> nas<br />

interfaces solo-cortina (Figura 2.1).<br />

Como <strong>de</strong>monstrando por Matos Fernan<strong>de</strong>s [4], a componente <strong>de</strong> força <strong>de</strong> atrito vertical do lado<br />

passivo, na interface solo-cortina t<strong>em</strong> alguma importância no equilíbrio vertical da pare<strong>de</strong>,<br />

mesmo quando se verificam assentamentos muito reduzidos. Esta parcela só se <strong>de</strong>senvolve<br />

<strong>em</strong> estruturas do tipo das Pare<strong>de</strong>s Moldadas ou Cortinas <strong>de</strong> Estacas, <strong>em</strong> que existe uma parte<br />

da cortina enterrada. Nas pare<strong>de</strong>s tipo Berlim isto já não acontece, pelo que não se consi<strong>de</strong>ra a<br />

parcela do impulso passivo. No caso da força <strong>de</strong> atrito do lado activo, verifica-se que esta não<br />

chega a ser totalmente mobilizada, mesmo quando ocorr<strong>em</strong> assentamentos elevados.

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