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Soluções de Escavação e Contenção Periférica em Meio Urbano ...

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<strong>Soluções</strong> <strong>de</strong> <strong>Escavação</strong> e <strong>Contenção</strong> <strong>Periférica</strong> <strong>em</strong> <strong>Meio</strong> <strong>Urbano</strong> – Palácio dos Con<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Murça<br />

Com base nas experiências realizadas <strong>em</strong> mo<strong>de</strong>los físicos por Hanna e Matalana [13] as<br />

ancoragens têm melhor comportamento <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> minimizar os <strong>de</strong>slocamentos quando<br />

apresentam uma inclinação mais próxima da horizontal, do que mais inclinadas, tanto para os<br />

<strong>de</strong>slocamentos horizontais, como para os assentamentos (Figura 2.2). Há assim uma maior<br />

vantag<strong>em</strong> <strong>em</strong> ter ancoragens horizontais. No entanto, verifica-se geralmente que o substrato<br />

competente encontra-se a profundida<strong>de</strong>s mais elevadas, sendo necessário a ancorag<strong>em</strong> ter<br />

alguma inclinação para po<strong>de</strong>r ser selada no terreno pretendido, s<strong>em</strong> possuir comprimentos<br />

<strong>de</strong>masiado elevados. O objectivo é então encontrar um equilíbrio no que respeita a inclinação e<br />

comprimento, <strong>de</strong> modo a conseguir um bom funcionamento da ancorag<strong>em</strong>, <strong>de</strong> forma<br />

económica.<br />

Figura 2.2 – Deslocamentos verticais e horizontais da pare<strong>de</strong> dos mo<strong>de</strong>los físicos <strong>de</strong> Hanna e<br />

Matallana [13]<br />

Segundo outros ensaios elaborados por Hanna e Abu Taleb [14], quando o substrato rígido<br />

encontra-se logo ao nível da base da pare<strong>de</strong>, os <strong>de</strong>slocamentos verticais elevados na situação<br />

<strong>de</strong> ancoragens mais inclinadas (30º) não se verificam, e os restantes <strong>de</strong>slocamentos diminu<strong>em</strong><br />

consi<strong>de</strong>ravelmente, aproximando-se o comportamento da situação <strong>em</strong> que as ancoragens são<br />

horizontais. A pare<strong>de</strong> ten<strong>de</strong> a sofrer movimentos <strong>de</strong> rotação <strong>em</strong> torno da base, e à medida que<br />

a escavação vai avançando, <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> meia altura, tornando-se nesta situação<br />

mais indiferente o aspecto da inclinação das ancoragens.<br />

Ao aumentar o ângulo das ancoragens com a horizontal obtêm-se, além <strong>de</strong> assentamentos<br />

mais elevados, ângulos <strong>de</strong> atrito entre a cortina e o terreno mais reduzidos, se b<strong>em</strong> que a uma<br />

taxa menor do que para os assentamentos [15].<br />

Matos Fernan<strong>de</strong>s et al. [15] concluíram, através <strong>de</strong> testes <strong>em</strong> mo<strong>de</strong>los numéricos <strong>de</strong> cortinas<br />

multi-ancoradas que a altura enterrada da cortina também t<strong>em</strong> um papel importante nos<br />

<strong>de</strong>slocamentos, na medida <strong>em</strong> que, nalgumas situações, não há comprimento suficiente para<br />

se <strong>de</strong>senvolver<strong>em</strong> as forças <strong>de</strong> atrito necessárias ao equilíbrio vertical. Verificou-se que para<br />

alturas enterradas aceitáveis a cortina apresentou <strong>de</strong>slocamentos horizontais que foram<br />

aumentando ligeiramente ao longo das fases <strong>de</strong> escavação. Para alturas enterradas<br />

insuficientes houve <strong>de</strong>slocamentos horizontais e assentamentos bastante mais acentuados,<br />

que continuaram a aumentar com maior intensida<strong>de</strong> nas últimas fases da escavação, contando<br />

também com a contribuição do próprio tensionamento das ancoragens (componente vertical).

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