Livro Agroceres
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mundo para obter milho híbrido sem a necessidade<br />
de despendoamento. Para voltar a produzir sementes<br />
seguras, a <strong>Agroceres</strong> teria que usar linhagens sem<br />
macho-esterilidade, que só ficariam prontas em volume<br />
suficiente para a safra seguinte.<br />
Em julho de 1971, a <strong>Agroceres</strong> divulgou que não<br />
venderia a produção de sementes daquele ano para<br />
evitar o risco de disseminação da helmintosporiose. A<br />
decisão, que teve enorme impacto financeiro para a<br />
empresa, foi amplamente reconhecida pelo mercado<br />
como demonstração do compromisso da <strong>Agroceres</strong><br />
com a qualidade de seus produtos. Anos mais tarde,<br />
a <strong>Agroceres</strong> passaria a usar a fonte de macho-esterilidade<br />
Charrua, ou C, em seus híbridos. Essa fonte, não<br />
suscetível ao Hm, havia sido descoberta pela própria<br />
empresa em 1954.<br />
No mesmo ano de 1971, Ney Bittencourt de Araujo,<br />
agrônomo formado pela ESAV e filho de Secundino,<br />
assumiu a Presidência da empresa. A crise do Helminthosporium<br />
reforçava a convicção de Ney de que<br />
a empresa não poderia depender somente de semente<br />
de milho e precisava diversificar-se. A <strong>Agroceres</strong>, que<br />
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