Livro Agroceres
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Antiga fábrica de isca formicida<br />
em Matão (SP).<br />
Ao longo da história do Brasil, várias foram as soluções<br />
adotadas para tentar controlar as formigas cortadeiras. Gases,<br />
produtos químicos em pó, fogo, explosão de formigueiro<br />
e termonebulização. Até água quente era usada. Entre<br />
os anos 1960 e 1970, no entanto, uma solução inteligente<br />
e eficiente se destacou entre as demais: a isca formicida.<br />
Uma isca formicida é um pequeno pellet, ou grão cilíndrico,<br />
feito à base de polpa de laranja e óleos vegetais,<br />
que contém um princípio ativo para o controle das formigas.<br />
As formigas cortadeiras são atraídas pelas iscas e<br />
as carregam para dentro do formigueiro. Lá as formigas<br />
jardineiras usam as iscas na produção do fungo alimentar<br />
da colônia e acabam por ingerir e dispersar o princípio<br />
ativo pelo formigueiro. Com a morte das jardineiras, o<br />
fungo alimentar deixa de ser cultivado, e todas as outras<br />
formigas, inclusive a rainha, morrem de fome. É o fim definitivo<br />
do formigueiro.<br />
Em 1970, a <strong>Agroceres</strong> decidiu participar desse mercado<br />
e inaugurou uma unidade em Matão (SP) para fabricar<br />
iscas formicidas que continham o princípio ativo heptacloro,<br />
sete anos depois substituído por outro mais eficiente, o<br />
dodecacloro. Em 1985, no entanto, os produtos clorados<br />
foram considerados nocivos ao meio ambiente e tiveram<br />
o uso proibido no Brasil. Para a produção de iscas formicidas,<br />
estabeleceu-se um prazo para que o dodecacloro<br />
fosse substituído por outro princípio ativo.<br />
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