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Fatores envolvidos na preparação das matrizes para o ... - Suinotec

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4. Cuidados durante a gestação<br />

4.1 Ganhos de peso de fêmeas, concepto e complexo mamário<br />

A idéia que se tem é que, uma vez coberta, a matriz está gestante e espera-se ape<strong>na</strong>s o<br />

parto. Cuidados especiais ou manejo adequado de acordo com a sua fisiologia e necessidades<br />

são negligenciados! Assim, o conhecimento fisiológico <strong>na</strong> maioria <strong>das</strong> vezes é desconhecido<br />

daqueles que atuam <strong>na</strong>s granjas, pois a maioria <strong>das</strong> fêmeas sofre adversidades, mas, <strong>na</strong><br />

média, produzem bem! O fornecimento de alimento <strong>para</strong> cada fêmea deveria ser<br />

individualizado de acordo com a sua categoria (leitoas, primí<strong>para</strong>s ou plurí<strong>para</strong>s), de acordo<br />

com o escore corporal (ECV), de acordo com o potencial de leitões a ser produzido e <strong>das</strong><br />

necessidades <strong>para</strong> cada fase ou período de gestação. Deve-se entender que, <strong>na</strong> prática, isto<br />

seja realmente muito difícil, mas não impossível de ser praticado.<br />

Outro aspecto que deve ser considerado <strong>na</strong>s diferentes fases da gestação, é que em cada<br />

uma delas existem algumas características do desenvolvimento fetal e da glândula mamária<br />

que dependem da nutrição oferecida. Por exemplo: <strong>na</strong> fase inicial, considerando do 0 até os 21<br />

dias, acontece a fecundação, a fixação do embrião ou a ligação embrio-mater<strong>na</strong>l, o<br />

reconhecimento da gestação, o início da formação da placenta e representa a fase em que<br />

fêmeas emagreci<strong>das</strong> <strong>na</strong> lactação anterior, deveriam ser recupera<strong>das</strong>. O manejo nutricio<strong>na</strong>l<br />

deverá ser direcio<strong>na</strong>do <strong>para</strong> a obtenção de um escore de condição corporal desejável, ou seja,<br />

entre 2,5 e 3,0 (em uma escala de 0 a 5) (Boyd, Gonzalo, Cabrera, 2002). Fêmeas que estão<br />

em estado corporal muito elevado, devem sofrer restrição alimentar, com a diminuição da<br />

quantidade de ração fornecida, até atingir a condição ideal. Da mesma forma, fêmeas com<br />

escore baixo devem ter um aumento de quantidade consumida, ate atingir a condição ideal. É<br />

uma fase de menor necessidade energética, mas variável dependendo da ordem de parto (OP)<br />

e do ECV. Quanto a restrição alimentar, ela deveria ser realizada ape<strong>na</strong>s nos primeiros três<br />

dias após a IA. Após, é recomendada a alimentação de acordo com as necessidades de cada<br />

fêmea (Boyd, Gonzalo, Cabrera, 2002). Na fase seguinte, dos 22 aos 75 dias, ocorrem a<br />

formação <strong>das</strong> fibras musculares, a mineralização do esqueleto, inicia o maior desenvolvimento<br />

dos conceptos, da glândula mamária e a capacidade imunogênica dos fetos, e ainda continua a<br />

recuperação do ECV de fêmeas que não tenham se recuperado <strong>na</strong> primeira fase. Na terceira<br />

fase, isto é dos 75 dias de gestação até o parto, devido ao maior crescimento fetal e do<br />

complexo mamário, a necessidade de nutrientes aumenta exponencialmente. Há estimativas<br />

de que a retenção de nitrogênio aumenta de 9 a 10 g/dia <strong>para</strong> 17 a 18 g/dia, do segundo<br />

estágio <strong>para</strong> o terceiro estágio. Além disto, a taxa de deposição protéica nos fetos dobra e no<br />

tecido mamário triplica (Boyd, Gonzalo, Cabrera, 2002) . De acordo com os mesmos autores<br />

nesta fase deve haver um consumo diário mínimo de ED (7,5 Mcal ED/dia) <strong>para</strong> evitar perda de<br />

reservas corporais. Cuidado especial deve ser dado às fêmeas de primeira e de segunda<br />

ordem de parição, pois seu desenvolvimento corporal ainda não foi completado, e suas<br />

necessidades são diferentes. Desti<strong>na</strong>r uma ração específica a estas categorias de fêmeas,<br />

sendo estruturalmente possível, pode produzir um efeito benéfico <strong>na</strong> conformação e<br />

composição corporal <strong>das</strong> fêmeas e uniformidade do grupo. Nesta fase continua a formação de<br />

fibras musculares secundárias e inicia-se a hipertrofia (Foxcroft & Town, 2004). Além disso,<br />

protocolos de alimentação levam em conta a formação de reservas energéticas <strong>para</strong> o<br />

atendimento <strong>das</strong> necessidades de produção de colostro e de leite, visando prevenir o<br />

catabolismo lactacio<strong>na</strong>l. Assim, cuidados durante esta fase são importantes no sentido de não<br />

oferecer alimento em demasia, evitando assim a obesidade, ou restrita, evitando o início do<br />

catabolismo já no fi<strong>na</strong>l da gestação.<br />

Para entender melhor alguns aspectos <strong>das</strong> necessidades energéticas <strong>das</strong> fêmeas durante<br />

a gestação, são apresenta<strong>das</strong> abaixo duas Figuras com<strong>para</strong>tivas entre o ganho de peso <strong>das</strong><br />

<strong>matrizes</strong> de diferentes ordens de parto (OP) e desenvolvimento do concepto e da glândula<br />

mamária durante a gestação, adaptado de Close & Cole (2001).

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