Fatores envolvidos na preparação das matrizes para o ... - Suinotec

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Mcal EM/d Figura 2 - Necessidades de mantença, de ganho maternal e do concepto durante a gestação de fêmeas OP1 e OP4 (adaptado de Close e Cole, 2001) . 8,0 Mantença Ganho maternal ganho concepto Mcal EM/d 6,0 4,0 2,0 0,0 8 6 4 2 0 Estágio da gestação (dias) OP 1 0 28 56 84 112 Mantença OP 4 Dias gestação Ganho maternal ganho concepto 0 28 56 84 112 Dias gestação Tabela 1 - Variações calculadas nas necessidades energéticas da fêmea durante a gestação Mantença (Kcal ED/d) Ganho Maternal (Kcal ED/d) Ganho do concepto (Kcal ED/d) Total de exigências (Kcal ED/d) Ordem de Parição 1 (120 kg à cobertura; 70 kg de ganho total durante a gestação) 0 3950 2546 0 6497 28 4379 2284 166 6830 56 4783 2046 309 7140 84 5188 1785 618 7592 112 5569 1523 1190 8282 Ordem de Parição 4 (250 kg à cobertura; 40 kg de ganho total durante a gestação) 0 6806 856 0 7663 28 7021 785 166 7973 56 7211 690 309 8211 84 7401 595 618 8615 112 7616 499 1190 9305 (Fonte: Close & Cole, 2001) Dessa forma, os fatores relacionados ao crescimento das matrizes, dos conceptos e seus anexos, e do complexo mamário, também indicam necessidades energéticas diferentes nas diferentes fases da gestação. 22
4.2. Tipos de alojamento e distribuição do alimento As formas de alojamento da fêmea suína na gestação podem implicar em condições diferenciadas à chegada ao parto. No preparo ideal de uma fêmea para o parto, estão envolvidos muitos manejos e interações nutricionais. O sistema de alojamento pode trazer efeitos positivos ou negativos, dependendo da escolha da forma de alojamento, baia ou gaiola individual, e também dos cuidados criteriosos dos funcionários responsáveis pelos manejos. As formas de distribuir o alimento são as mais diferentes, isto é, desde a utilização do fornecimento individualizado, alimentadores automáticos, semi-automáticos ou mesmo jogando a ração sobre o piso, sem nenhum controle individual, principalmente no alojamento em grupo. Mais recentemente devido a legislação implantada na Comunidade Européia respectivo ao bem estar animal, o alojamento em grupos irá prevalecer desde que, no momento do arraçoamento, o acesso ao alimento, seja individualizado. Em nosso meio prevalece o alojamento individual em gaiolas por toda a gestação e em algumas granjas o alojamento em grupos pode ser encontrado a partir de metade ou 2/3 finais da gestação. No alojamento em gaiolas o arraçoamento individualizado automatizado é predominante, permitindo que todas as fêmeas recebam o alimento ao mesmo tempo. Em granjas menores, o sistema semi automático também é encontrado, mas ele permite que as fêmeas também recebam o alimento ao mesmo tempo. Este fornecimento simultâneo reduz o período de estresse pré arraçoamento, e deve ser entendido como importante na suinocultura tecnificada. Nestes diferentes sistemas de alojamento e de fornecimento de ração, serão encontrados pontos favoráveis e desfavoráveis quanto a resposta de desempenho, principalmente em relação ao ganho de peso e consumo adequado de ração pelas fêmeas gestantes. O fornecimento de quantidades adequadas e de forma individual nas gaiolas é um ponto bastante desejado, mantendo a uniformidade do rebanho na chegada ao parto, de acordo com o programa nutricional desenvolvido. Nas instalações coletivas, quando não existem instalações mais tecnificadas de alimentação computadorizada e automatizadas, aumenta a variabilidade de peso das fêmeas, com fêmeas com escore corporal além ou aquém do desejado, muito em função do exercício da dominância demonstrado por algumas fêmeas no momento de fornecimento do alimento. Diante de todas as exigências nutricionais, que variam conforme a linhagem genética e idade produtiva das fêmeas, a preparação da fêmea para o momento do parto é dependente de ações de alimentação na proximidade do dia do parto. Algumas são as atitudes que podem ser tomadas neste momento. A transição de uma ração gestação (fornecida até o momento de transferência da fêmea para a maternidade) para uma ração lactação, pode refletir em menor volume de bolo fecal no trato digestório no momento do parto e, também, no reflexo do consumo de alimento e produção lactacional posterior ao parto. Alguns trabalhos demonstram que a utilização de uma dieta com alto teor de fibra durante a gestação, acarreta em um pós parto com menores problemas, além de demonstrarem que existe uma maior procura voluntária pela ração lactação nos primeiros dias de lactação (Guillemet et al., 2010). A recomendação prática para um sistema de alimentação de fêmeas próximas ao parto considera uma diminuição gradativa da quantidade de ração, seja ela com alto teor de fibra ou não, até o dia do parto, quando há privação total de alimento. Toda essa pratica visa dar maior conforto à fêmea no momento do parto, facilitando a passagem dos conceptos pelo canal vaginal, que estará menos comprimido pelo bolo fecal. 5. Fisiologia do parto A preparação final para o parto inicia 10-14 dias antes da data prevista, com maior desenvolvimento da glândula mamária, edema vulvar e mudanças comportamentais como sinais evidentes nesta fase (Bernardi, 2007). O parto propriamente dito é definido como o conjunto de eventos fisiológicos que conduzem o útero a expulsar o feto a termo e seus anexos (Toniollo, Vicent, 2003), sendo uma das etapas mais críticas para se otimizar a eficiência
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