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Carne de canhão

Carne de Canhão é a primeira novela do escritor argentino Agustín Arosteguy. A obra já foi editada na Espanha e no Chile. A tradução para o português é fruto de uma premiação do programa “Sur” de apoio a traduções do governo argentino. A novela retrata a vida do jovem Miguel, nascido na pequena cidade de Balcarce e alçado à fama na capital Buenos Aires. A cultura do espetáculo e as questões da vida em uma metrópole global vão desafiar Miguel e envolver o leitor na sua busca pelo sentido dessa jornada. Agustín Arosteguy é argentino. Escritor, produtor cultural e mestre em Gestão de projetos de ócio pela Universidade de Deusto, escreve, desde maio do 2013, uma coluna quinzenal para o jornal La Capital da Argentina. Seu livro de contos “¿Estás contenta con tu Rocambole, amor mío inaccesible?” foi finalista do II Prêmio de Literatura Experimental, organizado pelo Sporting Club Russafa (Espanha). Atualmente está trabalhando num de romance gráfico, que vai ser uma trilogia, chamado “La gran Peucelle”.

Carne de Canhão é a primeira novela do escritor argentino Agustín Arosteguy. A obra já foi editada na Espanha e no Chile. A tradução para o português é fruto de uma premiação do programa “Sur” de apoio a traduções do governo argentino.

A novela retrata a vida do jovem Miguel, nascido na pequena cidade de Balcarce e alçado à fama na capital Buenos Aires. A cultura do espetáculo e as questões da vida em uma metrópole global vão desafiar Miguel e envolver o leitor na sua busca pelo sentido dessa jornada.

Agustín Arosteguy é argentino. Escritor, produtor cultural e mestre em Gestão de projetos de ócio pela Universidade de Deusto, escreve, desde maio do 2013, uma coluna quinzenal para o jornal La Capital da Argentina. Seu livro de contos “¿Estás contenta con tu Rocambole, amor mío inaccesible?” foi finalista do II Prêmio de Literatura Experimental, organizado pelo Sporting Club Russafa (Espanha).

Atualmente está trabalhando num de romance gráfico, que vai ser uma trilogia, chamado “La gran Peucelle”.

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01<br />

El Río y el Abuelo__dino saluzzi<br />

{ bit.ly/1iYac7I }<br />

− O que se come se cria.<br />

− Se come o quê? Se cria o quê?<br />

− Dizer que o que se come se cria não é o mesmo que<br />

dizer que o que se cria se come.<br />

Com esse bordão Eugenio costumava arrematar suas<br />

frases <strong>de</strong>pois da ingestão <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> comida.<br />

Nunca se atrevia a explicar on<strong>de</strong> se criavam, por exemplo,<br />

uma salada mista, um melão com presunto, uma coxa <strong>de</strong><br />

frango, um bife à napolitana, um guisado ou uma simples<br />

empanada <strong>de</strong> carne. Com um olhar entre curioso e travesso<br />

julgava ter sido entendido, dando liberda<strong>de</strong> à imaginação<br />

<strong>de</strong> cada um. Ao dizer o bordão, como ele chegou<br />

a confessar, não tinha qualquer outro propósito além <strong>de</strong><br />

se jactar do que ocorria. Quando escutado pela primeira<br />

vez, o bordão produzia um efeito rotundo, tomando o ouvinte<br />

tão <strong>de</strong> surpresa que lhe provocava um sorriso que<br />

às vezes se convertia em gargalhadas curtas e contun<strong>de</strong>ntes.<br />

Para Miguel, neto <strong>de</strong> Eugenio, o melhor da frase era o<br />

gosto bom que <strong>de</strong>ixava no paladar e na garganta por tê-lo<br />

7

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