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Baía de Guanabara: descaso e resistência

Para discutir a situação da Baía de Guanabara, cartão-postal e local das regatas dos Jogos Olímpicos de 2016, o jornalista Emanuel Alencar buscou referências em mais de 30 publicações, entre textos, reportagens e artigos científicos,e em uma dezena de entrevistas de pesquisadores, ativistas ambientais, pescadores, gestores e servidores públicos. O resultado é um livro rico em dados, mapas e informações que demonstram que os Jogos Olímpicos passarão sem deixar aquele que seria seu principal legado, com impacto em diversas áreas (trabalho e renda, saúde, lazer, transporte): o início de fato do processo de despoluição da baía.

Para discutir a situação da Baía de Guanabara, cartão-postal e local das regatas dos Jogos Olímpicos de 2016, o jornalista Emanuel Alencar buscou referências em mais de 30 publicações, entre textos, reportagens e artigos científicos,e em uma dezena de entrevistas de pesquisadores, ativistas ambientais, pescadores, gestores e servidores públicos. O resultado é um livro rico em dados, mapas e informações que demonstram que os Jogos Olímpicos passarão sem deixar aquele que seria seu principal legado, com impacto em diversas áreas (trabalho e renda, saúde, lazer, transporte): o início de fato do processo de despoluição da baía.

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acompanhou por 12 anos <strong>de</strong> trabalho em redações: <strong>de</strong>i voz aos<br />

múltiplos lados. Insisti para que os diversos atores que lidam <strong>de</strong><br />

alguma forma com a baía respon<strong>de</strong>ssem meus questionamentos,<br />

<strong>de</strong>ssem suas opiniões, rebatessem as críticas. Nem sempre<br />

obtive êxito. Em suma, calibrei minha bússola com os ensinamentos<br />

do mestre Clóvis Rossi, jornalista renomado: “jornalismo<br />

é a prática <strong>de</strong> quatro verbos que qualquer um tem condições<br />

<strong>de</strong> executar: ver, ler, ouvir e contar”. Porque sim, este é um livro-reportagem<br />

por essência.<br />

No primeiro capítulo, há um breve histórico da baía e suas<br />

belezas naturais que teimam em sobreviver. No segundo, o histórico<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação. A terceira seção é <strong>de</strong>dicada à discussão<br />

das crises política e ambiental nas quais estamos mergulhados.<br />

“Eu sou a <strong>Guanabara</strong>”, o quarto capítulo, traz reflexões <strong>de</strong> oito<br />

personalida<strong>de</strong>s historicamente ligadas ao dia a dia da baía. Por<br />

fim, no quinto capítulo, uma avaliação do que esperar da <strong>Guanabara</strong><br />

durante as competições <strong>de</strong> vela dos Jogos <strong>de</strong> 2016.<br />

Que o(a) leitor(a) não tenha dúvidas: falar em <strong>de</strong>spoluição<br />

da <strong>Guanabara</strong> quando mais <strong>de</strong> 1,6 milhão <strong>de</strong> moradias no Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro sequer são abastecidas por re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> esgoto é peça <strong>de</strong><br />

ficção. Ou <strong>de</strong>sonestida<strong>de</strong>. Mas há, sempre há, uma luz no fim do<br />

túnel. É possível recuperar a baía. Os resistentes 38 botos-cinza<br />

que suas águas abrigam são a prova disso.<br />

12 BAÍA DE GUANABARA: DESCASO E RESISTÊNCIA

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