Cristão - Ano125_N03 - Mai_Jun 2016 - Final 13-05

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MATÉRIA DEM - Derpartamento ESPECIAL de Evangelização e Missões STCNE - 90 anos formando 1 2 3 4 5 1 - Dormitório Masculino / 2 - Jardim Interno / 3 - Arquibancada, prédio masculino e residência / 4 - Campo de futebol construídos em 1992 / 5 - Prédio Principal visto de lado Ano 125 nº 03 - União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil 14 No dia 21 de abril passado foi comemorado na cidade do Recife os 90 anos de existência do Seminário Teológico Congregacional do Nordeste, STCNE. A festa que tradicionalmente acontece no dia 1º de maio foi antecipada porque o dia 1º maio aconteceu em dia de domingo, o que inviabiliza a festa nas dependências do seminário. Alguns folhetos de propagada antigos atribuem a fundação do seminário ao ano de 1927. No entanto, 1926 é considerado o ano de fundação do seminário embora as aulas só tenham começado de fato no ano seguinte. Foi em 1926 que se realizou a Primeira Convenção Regional das Igrejas Filiadas a União Evangélica Sul Americana e Congregacional do Brasil e Portugal no Nordeste Brasileiro. A convenção foi realizada no templo da Igreja Congregacional de Monte Alegre, hoje Pirauá, nos dias 21 a 24 de janeiro de 1926. Neste encontro foi eleita a primeira direto- ria da Convenção Regional do Nordeste que ficou assim constituída: Presidente: Rev. Synésio Lyra; vice-presidente: Rev. Harry Briault; 1º secretário: Rev. Júlio Leitão de Melo; 2º secretário: Sem. Luiz de França; tesoureiro: Sr. José Ignácio; procurador: Sr. José Laudelino. Na época da convenção os candidatos ao ministério pastoral nas igrejas congregacionais se preparavam para o ministério estudando no Seminário Evangélico do Norte que mais tarde se tornaria conhecido como Seminário Presbiteriano da Madalena (Recife). Havia uma boa relação entre congregacionais e presbiterianos, visto a abertura de cooperação entre denominações irmãs proposta pelo Congresso do Panamá em 1916 que fez surgir no Rio de Janeiro o Seminário Unido em 1919. Graças à influência do Rev. Erasmo Braga o seminário não devia ter nome denominacional para ser uma instituição aberta a qualquer grupo confessional. Por proposta do Sr. Luiz de França foram nomeados os irmãos Rev. Harry Briault, Sr. José Ignácio de Araújo e Antônio Jorge Sobrinho para que esta comissão se encarregasse de procurar pessoas capazes de dirigir o programa de ensino do Seminário e assim preparar obreiros para o ministério pastoral. A proposta foi aprovada e no início de 1927 o Seminário começou a funcionar numa casa velha, na Av. Beberibe 268, em Porto da Madeira. Era o Instituto Bíblico do Recife. O Diretor escolhido foi o Rev. James Howie Haldane, missionário da UESA no Brasil entre os anos de 1912 e 1932. Ele e sua esposa, D. Mariana, estavam voltando de uma viagem a Inglaterra e foram morar nas proximidades do Instituto. Os primeiros alunos foram: Luiz de França, Artur Pereira Barros, Elias Alves de Oliveira e outros. Em 1932 o Rev. James Haldane passou a direção do Instituto ao Rev.
A UIECB Seminário no Interdenominational Teológico Congregacional Theological Center, do Nordeste Atlanta, USA Obreiros para o Mestre William Banister Forsyth que havia chegado ao Recife em 3 de outubro de 1928 com a idade de 22 anos para trabalhar nos campos nordestinos. Depois de dois anos o Rev. Forsyth se despediu da direção do Instituto por motivo de viagem a Inglaterra passando a direção para o Rev. Charles Glass. Neste mesmo ano, 1934, o Instituto mudou de endereço passando a funcionar numa casa maior, na Praça da Convenção, 151, no bairro de Beberibe. O ano de 1935 foi de muitas lutas internas por questões doutrinárias. Alguns missionários da UESA norte-americana criaram atritos e houve repercussão negativa diante das igrejas. Em vista disso a matrícula se reduziu consideravelmente e o número de alunos chegou a três. Diante desse fato o Instituto suspendeu suas atividades voltando os candidatos ao ministério a estudar do Seminário Presbiteriano da Madalena. O número de estudantes congregacionais e presbiterianos era quase igual. Por isso, a partir de 1936 o trabalho foi feito em conjunto. O Rev. Forsyth era o deão. O Rev. Joel Leitão era professor da instituição e o Rev. Antônio Almeida era o reitor. Os demais professores eram presbiterianos. Assim funcionou até 1943. A partir do ano de 1937 os campos congregacionais no interior dos estados de Pernambuco e Paraíba voltaram a florescer. O ano mais difícil foi o de 1936 quando aconteceram as maiores perseguições no interior da Paraíba que levaram a destruição do templo da Igreja Congregacional de Catolé do Rocha logo depois de uma série de conferências apresentadas na Igreja pelo Rev. Josué Alves de Oliveira a convite do Rev. Lidônio Fragoso de Almeida. Foi no ano seguinte que o Rev. Antônio Francisco Neto assumiu a tarefa de erguer o templo de Catolé do Rocha, Brejo dos Santos e outros lugares atacados pela perseguição religiosa. O aumento do número de membros nessas igrejas fez com que surgissem vários candidatos ao ministério pastoral. Para atender a esta demanda o Rev. Harry Briault conseguiu apoio da UESA norte-americana e criou o Instituto Bíblico de Patos. Começaram a cooperar com esta instituição os pastores Paulo Davidson e Percy Bellah. No ano de 1944 o Instituto foi transferido para a cidade de Fortaleza e passou a se chamar Instituto Bíblico Nordestino. No entanto, a sua localização dificultava o atendimento das igrejas congregacionais em Pernambuco e Paraíba. Por isso, no ano de 1949 foi tomada uma importante resolução: o Instituto de Fortaleza foi transferido para a cidade do Recife e foi oficializado como instituição denominacional. Passou a funcionar na Avenida 17 de agosto, no Monteiro, nas proximidades do bairro de Dois Irmãos. Os acertos foram firmados entre a UESA norte-americana, que por causa da Segunda Guerra Mundial havia assumido todas as responsabilidades da UESA Britânica, e a Junta Regional do Nordeste. O diretor era o Rev. Paulo Davidson que exerceu marcante influencia naquela geração de pastores formados na década de 1940 e 1950. Suas aulas de teologia sistemática eram mimeografadas e distribuídas entre os alunos. No ano de 2005, esse material foi publicado em Fortaleza pelo Seminário e Instituto Bíblico Maranata, SIBIMA, com o título “Doutrinas Cristãs” e com prefácio de Edgard Leitão. Nessa época a instituição se chamava Seminário Cristão Congregacional do Nordeste porque era um seminário pertencente a nova denominação criada em 1942 em Santos, a União das Igrejas Evangélicas Congregacionais e Cristãs do Brasil, UIECCB. Em 1948 surgiu o jornal “O Embaixador” órgão interno do Seminário. O nº 20 , ano III, de 28 de novembro de 1950 apresenta a relação de concluintes daquele ano: Antônio Delmiro da Silva, Francisco Souto Maior, Raul de Souza Costa, Manoel Bernardino de Santana, Antônio Bezerra da Silva e José Alves de Oliveira. No ano de 1952 um grupo de pastores tomou a iniciativa de adquirir um terreno, com aproximadamente nove mil metros quadrados no bairro de Tejipió, Recife, quase no limite com a cidade de Jaboatão. O terreno tinha apenas uma casa velha, muito precária. O contrato de promessa de compra e venda foi assinada e o seminário passou a funcionar ali, apesar da precariedade das instalações. Em 1954 foi concluído o pagamento e assinada a escritura definitiva. Foi nessa época que foi iniciada a construção do prédio principal em forma de “L”. A outra parte, que fecha em “U” a construção somente seria erguida posteriormente. Na época da direção do Rev. Bernardino a frente do seminário um engenheiro deu um laudo dizendo que não havia condições de se aproveitar nada daquela casa velha que fechava o “U”. Então, com apoio do Tear Fund, da Inglaterra, todo o lado direito de quem entra no seminário foi construído desde o alicerce e deixado a ferragem pronta para se erguer o primeiro andar, onde hoje funciona o salão de cultos e eventos. Nesse local foi erguida a sede definitiva do Seminário à Rua Arealva, 19, Tejipió, Recife, PE. Após a liderança do Prof. Paulo Davidson o seminário esteve algum tempo sob a direção do União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil - Ano 125 nº 03 15
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