Cristão - Ano125_N03 - Mai_Jun 2016 - Final 13-05
Publicação da União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil - Ano 125 - nº 3 de Maio/Junho/2016
Publicação da União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil - Ano 125 - nº 3 de Maio/Junho/2016
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PALAVRA DO PRESIDENTE<br />
Pano Novo e Vinho Novo<br />
“Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha;<br />
porque o remendo tira parte da veste, e fica maior a<br />
rotura. Nem se põe vinho novo em odres velhos; do<br />
contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e<br />
os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres<br />
novos, e ambos se conservam” (Mateus 9:16,17)<br />
Ano 125 nº 03 - União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil<br />
4<br />
As palavras no texto supracitado<br />
fazem parte de uma resposta dada por<br />
Jesus à uma indagação dos discípulos<br />
de João, o batista, em relação ao fato<br />
de que eles e os fariseus muitas vezes<br />
jejuavam, enquanto que os discípulos<br />
de Jesus não o faziam. Depois revela<br />
que tal prática era profundamente<br />
desnecessária, pois o Cristo (o noivo)<br />
estava ali presente com eles (V.15),<br />
profere esta rica parábola utilizandose<br />
de duas importantes metáforas:<br />
Pano novo e veste velha; Vinho novo<br />
e odres velhos (ou novos). ”Ninguém<br />
põe remendo de pano novo em veste<br />
velha; porque o remendo tira parte<br />
da veste, e fica maior a rotura. Nem se<br />
põe vinho novo em odres velhos; do<br />
contrário, rompem-se os odres, derrama-se<br />
o vinho, e os odres se perdem.<br />
Mas põe-se vinho novo em odres<br />
novos, e ambos se conservam”, diz o<br />
Mestre. Que lições podemos tirar e<br />
que aplicações podemos fazer dessas<br />
palavras de Jesus às nossas vidas hoje,<br />
no contexto em que vivemos?<br />
Primeiramente, precisamos entender<br />
o significado das palavras<br />
acima, ou seja, sobre o que, ou sobre<br />
quem, Jesus estava falando? No nosso<br />
entendimento, as vestes velhas e<br />
os odres velhos, referem-se à antiga<br />
Aliança, ou àquela estrutura falida do<br />
Judaísmo, realidade encontrada por<br />
Jesus no exercício de Seu ministério<br />
público aqui na terra. Enquanto que,<br />
o pano novo e o vinho novo, referemse<br />
ao próprio Jesus e Seu Evangelho<br />
do Reino. Os panos e odres velhos do<br />
Judaísmo, envelhecidos, dilatados e<br />
desgastados pelo tempo não suportariam<br />
o “novo do Evangelho” que Ele<br />
pessoalmente veio trazer e implantar<br />
entre os homens; é preciso que se<br />
apresente à Ele vestes novas e odres<br />
novos para que pano novo e o vinho<br />
novo cheguem até nós sem receios de<br />
rompimentos ou perdas.<br />
Todos nós temos plena consciência<br />
de que vivenciamos tempos<br />
difíceis, pois, uma profunda crise<br />
política, econômica, social, moral e<br />
espiritual se instalou em nossa nação,<br />
gerando uma atmosfera de instabilidade<br />
e insegurança. Estamos<br />
cansados de tanta corrupção no âmbito<br />
municipal, estadual e federal.<br />
Não suportamos mais o descaso das<br />
autoridades com a saúde, educação,<br />
moradia, segurança pública, saneamento,<br />
e tantas outras necessidades<br />
básicas da população brasileira. É<br />
quase que unânime o discurso de que<br />
o Brasil precisa de mudanças profundas<br />
e radicais, de reformas políticas,<br />
econômicas e sociais, entretanto,<br />
precisamos nos preparar para elas,<br />
pois, sem uma mudança profunda<br />
nessa cultura, ou mentalidade, terrivelmente<br />
contaminada, do povo<br />
brasileiro, seria como colocar panos<br />
novos em vestes velhas e vinho novo<br />
em odres velhos. Com certeza, esta<br />
classe política, corrompida, imoral,<br />
viciada e avarenta que aí está, jamais<br />
poderá ser agente de transformação<br />
e reformas nesses dias difíceis que<br />
temos vivenciado. Não há qualquer<br />
esperança nessas “vestes velhas” e<br />
nesses “odres velhos”, precisamos, urgentemente,<br />
de que algo novo venha<br />
sobre nós, e este “novo”, é Jesus e os<br />
princípios de Seu Reino e Evangelho!<br />
No que tange a Igreja Brasileira, os<br />
caminhos são os mesmos. Podemos<br />
mudar estruturas, alterar leis, eleger<br />
ou nomear novos líderes, aderir aos<br />
modismos do tempo, elaborar planejamentos<br />
estratégicos inteligentes,<br />
usar os mais modernos recursos tecnológicos,<br />
ter grande poder econômico<br />
e patrimonial, possuir grande<br />
influência política e midiática, apresentar<br />
em seu rol uma enorme membresia,<br />
se não houver mudanças profundas<br />
de dentro para fora, ou seja,<br />
em nossa maneira de pensar e sentir,<br />
será como colocarmos pano novo em<br />
vestes velhas e vinho novo em odres<br />
velhos, e jamais teremos uma presença<br />
relevante nesta terra, como agência<br />
do Reino de Deus. Os textos de 2 Crônicas<br />
7:14 e a Romanos 12:1 e 2, indicam-nos<br />
o caminho para recebermos<br />
o novo de Deus. Em 2 Crônicas, Deus<br />
afirma: Se o meu povo, que se chama<br />
pelo meu nome, se humilhar, e orar,<br />
e me buscar, e se converter dos seus<br />
maus caminhos, então, eu ouvirei dos<br />
céus, perdoarei os seus pecados e sararei<br />
a sua terra. Em Romanos 12:1 e<br />
2, Paulo nos exorta: “Rogo-vos, pois,<br />
irmãos, pelas misericórdias de Deus,<br />
que apresenteis o vosso corpo por sacrifício<br />
vivo, santo e agradável a Deus,<br />
que é o vosso culto racional. E não<br />
vos conformeis com este século, mas<br />
transformai-vos pela renovação da<br />
vossa mente, para que experimenteis<br />
qual seja a boa, agradável e perfeita