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REVISTA SERVICO GEOLOGICO

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Hidrologia e GestÃo Territorial<br />

AVALIAÇÃO QUALI-QUANTITATIVA DA FORMAÇÃO<br />

ALTER DO CHÃO NA PORÇÃO LESTE DA BACIA DO<br />

AMAZONAS, MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA<br />

Autores: Melo Junior, H. R. 1 ; Imbiriba Junior, M. 1<br />

1<br />

CPRM - Superintendência Regional de Belém<br />

As águas subterrâneas do Aquífero Alter do Chão são estudadas ao longo de décadas nas regiões de sua ocorrência com<br />

maior densidade populacional, como Manaus (AM) e Santarém (PA) por diversos autores; a exemplo de Tancredi (1996), Silva &<br />

Bonotto (2000), Silva (2001), Silva & Silva (2007), Gonçalves & Miranda (2014) e Imbiriba Junior e Melo Junior (2014). Conforme<br />

os mesmos, a classificação hidroquímica de suas águas varia entre sódio cloretada em Santarém a bicarbonatada cálcica, cálcio<br />

cloretada, sódio cloretada e cloretada cálcica na região de Manaus. O pH varia entre 4,0 a 5,87 e a condutividade elétrica abrange<br />

valores entre 11, 1 µS/cm a 82,9 µS/cm. No município de Santarém, localizado na região oeste do estado do Pará com uma<br />

população estimada de 292.520 habitantes (IBGE 2016) existem três poços cedidos pela Companhia de Saneamento do Pará –<br />

COSANPA e um poço construído pela CPRM (poço 1500005574) que compõem a Rede Integrada de Monitoramento das Águas<br />

Subterrâneas (RIMAS) da CPRM - Serviço Geológico do Brasil.<br />

Este resumo apresenta uma avaliação quali-quantitativa, correspondentes à análise hidroquímica e ao monitoramento<br />

do nível estático no referido poço, no bairro Caranazal. O Aquífero Alter do Chão no local investigado está situado geomorfologicamente<br />

na superfície de aplainamento e inselbergs, onde a erosão atuou com maior intensidade, removendo parte dos<br />

estratos superiores, a coluna litológica é predominantemente arenosa com topografia irregular, com altitudes decrescentes<br />

até a planície de inundação do rio Amazonas. O aquífero no local estudado apresenta características livres entre a superfície<br />

e 119 metros de profundidade; além de caráter confinado entre 134 metros até a profundidade final do poço a 208 metros.<br />

O poço tem filtros instalados nos dois tipos de aquífero, no intervalo entre 111 metros a 115 metros (aquífero livre) e quatro<br />

seções filtrantes distribuídas ente 135 metros e 195 metros (aquífero confinado). Os resultados apresentados compreendem<br />

duas campanhas de campo para coleta dos dados nos anos de 2012 e 2015 e exibiram valores similares para todos os elementos<br />

analisados pelo LAMIN-CPRM.<br />

De acordo com as análises realizadas a hidroquímica do Aquífero Alter do Chão é pouco mineralizada, com valores de<br />

condutividade elétrica de 33,2 µS/cm e pH identificado de 4,40, classificada como sódica cloretada com ausência de carbonato.<br />

Os dados de nível da água monitorados ao longo de três anos variaram entre 13,2 metros e 28,7 metros de profundidade, nos<br />

períodos subsequentes ao inverno e ao verão amazônico, respectivamente. O nível estático sofreu influência de dois poços em<br />

bombeamento localizados na área da COSANPA do Sistema Caranazal, porém, a variação sazonal do NA é facilmente identificada<br />

e predominante. As vazões identificadas nos demais poços da COSANPA que exploram o aquífero variam entre 191 m3/h a 147<br />

m3/h, assim como a capacidade específica de 9,46 m3/h/m a 7,02 m3/h/m. A soma dos fatores analisados apresenta o Aquífero<br />

Alter do Chão como a melhor alternativa para abastecimento público na cidade de Santarém, sem comprometer a qualidade e<br />

a quantidade de seu reservatório por séculos.<br />

Hidrologia e GestÃo Territorial<br />

REDE INTEGRADA DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS:<br />

SISTEMA AQUÍFERO GUARANI NO RIO GRANDE DO SUL<br />

Autores: Troian, G.C. 1 ; Kuhn, I.A1; Goffermann, M. 1 ; Freitas, M. A 1<br />

1<br />

CPRM - Serviço Geologico do Brasil<br />

A CPRM - Serviço Geológico do Brasil - está implantando, desde 2010, a Rede Integrada de Monitoramento das Águas<br />

Subterrâneas (RIMAS) nos principais aquíferos do país. No Rio Grande do Sul optou-se por iniciar o monitoramento do Sistema<br />

Aquífero Guarani (SAG) nas suas áreas de afloramento na fronteira oeste do estado, onde o SAG apresenta sua melhor condição<br />

em termos de produtividade e qualidade, devido a importância sócio econômica de tal recurso e por esta região ser considerada<br />

a sua principal área de recarga. Posteriormente, o monitoramento foi estendido para o aquífero costeiro do Rio Grande do Sul e<br />

Santa Catarina.<br />

A construção dos poços tubulares destinados ao monitoramento foi iniciada em 2010, seguida por mais duas etapas de<br />

perfuração (2012 e 2014) que, somados a poços cedidos por instituições públicas, expandiram o monitoramento do SAG para<br />

a região central e leste do estado. Atualmente, o SAG no RS é monitorado através de 28 poços de monitoramento dedicados,<br />

dotados de medidores automáticos de nível d’água e dataloggers que fazem o armazenamento horário dos dados. Destes 28<br />

poços, 05 estão localizados no domínio estrutural Central-Missões, monitorando os sistemas aquíferos Santa Maria e Sanga do<br />

Cabral-Piramboia; 04 poços no domínio estrutural Leste, monitorando o sistema aquífero Botucatu-Piramboia; e 19 poços no<br />

domínio estrutural Oeste, monitorando os sistemas aquíferos Botucatu-Guará e Sanga do Cabral-Piramboia.<br />

Os dados brutos são analisados, consistidos, sintetizados e disponibilizados para o público através da plataforma Web RI-<br />

MAS. Nesta plataforma, o usuário tem acesso também a várias camadas temáticas com gráficos, perfis construtivos e litológicos<br />

dos poços, bem como à distribuição espacial da rede de monitoramento. Atualmente, a RIMAS possui séries históricas entre 2<br />

e 6 anos, além de análises físico-químicas de todos os parâmetros definidos pela resolução 396/2008 do CONAMA e dados de<br />

precipitação pluviométrica, temperatura e umidade relativa do ar, obtidos através de Plataformas de Coleta de Dados de chuva<br />

instaladas junto aos poços pela CPRM ou pertencentes à Rede Hidrometeorológica Nacional.<br />

Através da geração e difusão dos dados do monitoramento quali-quantitativo realizado pela RIMAS no SAG pretende-se<br />

obter um maior conhecimento do comportamento deste importante sistema aquífero a fim de subsidiar tomadas de decisão<br />

quanto ao seu uso e gerenciamento. As informações disponibilizadas também têm servido de base para diversos estudos hidrogeológicos,<br />

trabalhos acadêmicos, evidenciando-se assim o valor e importância da divulgação de informações hidrogeológicas<br />

consistentes por parte do Serviço Geológico do Brasil.<br />

PALAVRAS-CHAVE:<br />

hidrogeologia; WebRIMAS; monitoramento<br />

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