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REVISTA SERVICO GEOLOGICO

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TOP 10 TOP 10<br />

OCEAN CORE COMPLEX DERIVADO DE UMA NOVA INTERPRETAÇÃO<br />

BATIMÉTRICA NA DORSAL MESO-ATLÂNTICA<br />

Autores: Nóbrega II,M 1 ,Simões, H.A. 1 ,Lacasse, C.M. 1 ,Santos,R.V 1 , Pessanha, I.B.M. 1 , Cavalcanti,J.A.D. 1 ,Gomes,F.E.M. 1 ,<br />

Souza, M.L. 1 , Frazao,E.P. 1 , Bezerra, R.G. 1 , Souza, G.M. 1 , Lisniowski; M.A. 1<br />

1<br />

CPRM - Serviço Geológico do Brasil - Divisão de Geologia Marinha, Departamento de Recursos Minerais<br />

PROSPECÇÃO DE AGROMINERAIS NA REGIÃO DE IRECÊ E<br />

JAGUARARI – BAHIA: UMA PROPOSTA DE METODOLOGIA<br />

PARA MAPEAMENTO AGROGEOLÓGICO<br />

Autores: Blaskowski, A. E. ; Magda Bergmann; Abram, M.; Sardou, R.F. ; Cavalcante, O. A<br />

CPRM - Serviço Geológico do Brasil<br />

O interesse em estudar subsistemas vulcânicos<br />

subaquáticos tem conduzido à descobertas de novos<br />

campos hidrotermais com depósitos vulcanogênicos<br />

de sulfetos maciços (VHMS) do tipo Chipre proximais<br />

e exalativos com os do tipo SEDEX distais, em todos os<br />

oceanos. As duas principais províncias com fontes hidrotermais<br />

que contém depósitos minerais estão localizadas<br />

na dorsal do Pacífico “East Pacific Ridge” (EPR) e<br />

dorsal Meso-Atlântica (“Mid Atlantic Ridge” (MAR)), com<br />

vantagem a EPR em número de campos hidrotermais.<br />

Todos os sulfetos da EPR estão hospedados em basaltos,<br />

enquanto alguns depósitos do Atlântico em rochas<br />

ultramáficas. Um “Ocean Core Complex” (OCC) é uma<br />

exsudação do manto (MacLeod et al.,2011; Cherkashov<br />

et al.,2010) que ocorre através de uma falha com ângulo<br />

de rejeito elevado, a princípio (~ 60-70°) e que continua<br />

a se estender por milhões de anos, tendendo a formar<br />

superfícies suaves (~30°) e aplainadas no topo (MacLeod<br />

et al., 2011) e que se compacta nesse período. As superfícies<br />

capeadas pelo OCC, frequentemente mostram<br />

Closeup bathymetric map of Sector 03 showing the identification of a possible OCC.<br />

estrias que são perpendiculares à direção de acreção da<br />

MAR. Este trabalho teve como objetivo realizar um mapeamento estrutural utilizando dados batimétricos recentes para delimitar possíveis<br />

alvos de OCC. Na obtenção dos dados de batimetria foi utilizado o ecobatímetro multifeixe de casco SEABAT 7150 de 12 kHz da TELE-<br />

DYNE RESON instalados na embarcação Ocean Stalwart durante o ano de 2012.<br />

A área estudada está compreendida entre latitudes tropicais. Possui uma área aproximada de 100.000 km2, e um deslocamento<br />

de sul para norte, de aproximadamente 2000 km. Foram realizados 4 cruzeiros oceanográficos, entre os anos de 2012 e<br />

2013. Os dados permitiram, até o momento, uma interpretação de cunho estrutural. Em relação à batimetria, os dados foram reprocessados<br />

no início de 2015, o que possibilitou melhorar a resolução e atenuar ruídos. Associado à batimetria foi feito o mapa<br />

de declividade da MAR e, posteriormente, uma análise estrutural. A partir das análises foram destacados 9 setores com eixos de<br />

segmentos apresentando deslocamentos de primeira e segunda ordem, onde foram delimitados os OCCs. Na delimitação dos<br />

OCCs confrontamos os valores encontrados no mapa regional de anomalia gravimétrica Bouguer Simples associada à morfologia<br />

do assoalho oceânico e aos padrões de falhas e estrias perpendiculares a estas.<br />

Foram delimitados OCCs situados próximos a descontinuidades de segmentos e sobre as falhas de deslocamento. Em relação<br />

ao que se conhece sobre depósitos minerais nas áreas da MAR, adjacentes a área estudada pelo Serviço Geológico do Brasil, há o<br />

exemplo mencionado por Cherkashov et al.,(2010), que demonstra evidências com os distritos minerais de “Semyenov e Ashadze”<br />

para elementos como Fe, Cu, Zn, Au, Ag, Co, Ni e N. O estudo mostrou que há uma maior concentração de elementos químicos<br />

com viabilidades econômica oriundos de rochas ultramáficas (COOs) em detrimento aos das rochas basálticas. Há fortes indícios da<br />

presença de OCCs em toda a área estudada. Foram delimitados inicialmente para este estudo 10 sítios de ultramáficas.<br />

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OCEAN CORE COMPLEX, DORSAL MESO-ATLÂNTICA, VHMS.<br />

O Brasil, país de economia agrícola que possui um território de rara geodiversidade, conta com uma vasta gama de agrominerais<br />

e necessita desonerar custos com importação de insumos para fertilizantes químicos. O Projeto Agrominerais da Região<br />

de Irecê e Jaguarari-Bahia, foi realizado pela CPRM-Serviço Geológico do Brasil para atender à demanda da CODEVASF-Companhia<br />

de Desenvolvimentos dos Vales do São Francisco e Parnaíba por agrominerais para emprego no assentamento Baixio de<br />

Irecê. A metodologia do trabalho é apresentada enquanto proposta para a prospecção e mapeamento de fontes de remineralizadores<br />

e corretivos de solo. A área do levantamento foi determinada em função da proximidade e logística de aporte dos insumos,<br />

e corresponde a perímetros de 100 km a partir das cidade de Irecê e Jaguarari.<br />

Foram inicialmente definidas Unidades de Interesse Agrogeológico dentro dos principais Macro-Domínios identificados no Mapa Geológico<br />

da Bahia 1:1000.000-CBPM/CPRM. A área total, de 142.321 Km2, compreende grande diversidade de ambientes geológicos e litotipos<br />

com potencial para rochagem. Através de levantamento bibliográfico e do<br />

uso do programa Sigmine (DNPM) localizou-se minerações e garimpos, e os<br />

trabalhos de campo priorizaram a amostragem de rochas e polpas em pilhas<br />

de descartes e bacias de rejeitos. Embora se tenha pesquisado também<br />

outras rochas, a disponibilidade dos materiais já extraídos dispensa novos<br />

processos de licenciamento minerário e ambiental, possibilitando seu emprego<br />

a curto-médio prazo e custos reduzidos, além de em muitos casos<br />

somar o benefício da mitigação de um passivo ambiental.<br />

As rochas foram caracterizadas por litoquímica (ICP/ICP-MS) para<br />

determinação de óxidos maiores e elementos traços, petrografia modal<br />

e DRX, buscando selecionar as fontes mais adequadas de nutrientes e<br />

micronutrientes em sistemas minerais capazes de disponibilizá-los para<br />

as plantas, dentro dos critérios de limites de Elementos Potencialmente<br />

Tóxicos (EPT) e minerais inertes em solos. Para determinados litotipos as<br />

análises de mercúrio implicaram na escolha de métodos de abertura condizentes<br />

com os limites de detecção.<br />

A referência utilizada para EPT foi a legislação para fertilizantes<br />

(MAPA IN 27/2006), disponível à época e anterior à recente normatização<br />

específica para rochas silicáticas (MAPA IN 05/2016 e 06/2016). O levantamento das pilhas de rejeito de mineração incluiu<br />

a estimativa de percentual e reservas de cada litotipo, e nas bacias de rejeito foram pesquisadas granulometria e propriedades<br />

físicas e químicas dos materiais, aportando-se informações sobre o tratamento de minério.<br />

O trabalho resultou na proposição de fontes de potássio, como os flogopititos dos descartes dos garimpos de esmeralda (Cooperativa<br />

Mineral da Bahia, Campo Formoso e Pindobaçú); fósforo (bacia de rejeitos da Mineradora Galvani, Irecê); cálcio, magnésio, e corretivos<br />

de solos (rochas da Bacia de Irecê); magnésio, sílica e corretivos de solos associados a rochas máficas e ultramáficas das lavras de cromita da<br />

Mineração Ferbasa-Cia de Ferro Ligas da Bahia (Campo Formoso e Andorinhas); kimberlitos da Lipari Mineração Ltda (Campo Kimberlítico<br />

de Nordestina) e fontes de multinutrientes e micronutrientes variados (bacia de rejeitos da mineradora Caraíba S/A, Jaguarari), sendo que<br />

para cada uma delas foram efetuadas considerações quanto à viabilidade de uso, logística e fatores restritivos.<br />

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O levantamento dos materiais selecionados foi determinado<br />

em função da proximidade e logística de aporte dos insumos<br />

e o enfoque da pesquisa foi em materiais disponíveis em<br />

rejeitos de minerações e garimpos.<br />

Remineralizadores de solo, Corretivos de Acidez em Solos,<br />

Rejeitos de Mineração<br />

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