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SAÚDE & BEM ESTAR<br />
PRECISO TOMAR REMÉDIOS PARA<br />
BAIXAR O COLESTEROL?<br />
por Pedro Pinheiro<br />
Há muitos anos sabemos<br />
que existe uma relação direta<br />
entre os valores sanguíneos<br />
de colesterol, principalmente<br />
do colesterol LDL, e o risco de<br />
doenças cardiovasculares, tais<br />
como infarto agudo do miocárdio<br />
e AVC. Também não é nenhuma<br />
novidade que nos pacientes com<br />
dislipidemia (colesterol alto),<br />
o tratamento com o grupo de<br />
fármacos chama<strong>dos</strong> estatinas<br />
(ex: rosuvastatina, sinvastatina,<br />
pravastatina, atorvastatina…)<br />
ajuda a reduzir a incidência de<br />
eventos cardiovasculares.<br />
Até o momento, nenhuma outra classe<br />
de medicamentos mostrou-se tão efi caz<br />
na redução de mortalidade como as<br />
estatinas, motivo pelo qual esse é o<br />
fármaco que a maioria <strong>dos</strong> consensos<br />
indica como tratamento de primeira linha<br />
para a dislipidemia.<br />
Até 2013, os médicos utilizam uma<br />
tabela de valores do colesterol LDL para<br />
decidir quando iniciar o tratamento. Se<br />
o paciente ultrapassasse determinado<br />
valor de LDL e não consegui reduzi-lo<br />
com dieta e mudanças de hábito de vida,<br />
o médico estava autorizado a iniciar<br />
uma estatina de forma a trazer o LDL<br />
de volta àquele valor predeterminado.<br />
O problema desse protocolo é que ele<br />
não era baseado em fortes evidências<br />
científi cas e acabava por induzir um uso<br />
excessivo de estatinas em determina<strong>dos</strong><br />
pacientes, principalmente naqueles que<br />
tinham valores de LDL moderadamente<br />
eleva<strong>dos</strong>, mas não apresentavam outros<br />
fatores de risco.