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Revista Lótus nº 122 outubro 2016 As Quatro Marcas do Budismo

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Existem três tipos de sofrimentos.<br />

1 - O sofrimento Físico: corresponde<br />

ao sofrimento carnal, em<br />

que sentimos dor ao nos machucarmos,<br />

nos queimarmos, sermos<br />

beliscarmos etc. Esse tipo<br />

de sofrimento existe igualmente<br />

tanto nos seres humanos como<br />

nos animais. Mas esse tipo de<br />

sofrimento, por não ser constante<br />

não é o tipo de sofrimento<br />

afirmado por Buda como “Tudo<br />

é sofrimento”.<br />

2 - O sofrimento da Perda: corresponde<br />

ao sofrimento que passamos<br />

nos altos e baixos, quando<br />

perdermos algo ou sofremos<br />

pela escassez como; pobreza,<br />

velhice, decepção, desânimo,<br />

desamparo etc. No entanto, se<br />

há algo que se perde significa<br />

que algo havia. E enquanto<br />

algo havia, o sofrimento não se<br />

caracteriza, então, esse tipo de<br />

sofrimento também não é permanente<br />

e não faz parte do sofrimento<br />

afirmado por Buda.<br />

3 - O sofrimento em Si: corresponde<br />

ao estado não iluminado<br />

de um ser. Ter ou não ter, doer<br />

ou não doer, perder ou achar,<br />

não descaracterizam o sofrimento<br />

que é viver a mercê dos<br />

fenômenos e dos sucessivos renascimentos<br />

involuntários que<br />

ocorrem enquanto não atingimos<br />

a iluminação. Portanto, a<br />

afirmação de que tudo é sofrimento<br />

é baseada no estado em<br />

se vive as tentações, a descrença<br />

e os altos e baixos de uma<br />

vida. Somente a vida num mundo<br />

iluminado, pode caracterizar<br />

um pleno estado em que ocorre<br />

o cessar dos sofrimentos independente<br />

das circunstâncias.<br />

Essa também, foi a base da afirmação<br />

de Buda, quando pregou<br />

a primeira das Quatro Nobres<br />

Verdades.<br />

Mas porque será que essa visão<br />

fundamenta o budismo?<br />

Alguns estudiosos ocidentais,<br />

chegam a questionar essa visão<br />

budista como uma ideia pessimista<br />

de vida. Mas isso ocorre<br />

porque olham apenas para esse<br />

único ponto de vista e não visualizam<br />

a universalidade, realidade<br />

e abrangência dos ensinamentos.<br />

Ou seja, não percebem<br />

que o budismo visualiza a Serenidade<br />

do Nirvana (quarta marca<br />

do budismo), a iluminação<br />

como ideal e objetivo de vida.<br />

De modo geral as religiões existem<br />

para ajudar as pessoas a<br />

resolverem os seus problemas<br />

e superarem os sofrimentos<br />

Revista Lótus | 35

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