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Jornal Cocamar Março 2016

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46 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong> | <strong>Março</strong> <strong>2016</strong><br />

MERCADO<br />

Serão 55,3 milhões de toneladas, 1.3% mais que<br />

na temporada 2014/15 e um novo recorde histórico.<br />

No total, a Conab passou a estimar a produção brasileira de<br />

milho em 83,5 milhões de toneladas, apenas abaixo do recorde<br />

de 2014 (84,7 milhões).<br />

Se o câmbio mantiver a demanda externa pelo milho brasileiro<br />

aquecida, o volume que será colhido na safrinha levará<br />

as exportações a 29 milhões de toneladas em 2015/16, conforme<br />

a Conab, volume também inferior apenas ao recorde<br />

de 2014/15 (30,2 milhões).<br />

Para Renato Rasmussen, analista do Rabobank, de fato a<br />

tendência é mesmo de queda das cotações internacionais, já<br />

que os estoques globais estão em um patamar confortável e<br />

as perspectivas indicam que a próxima safra dos EUA, maior<br />

produtor mundial, será novamente robusta.<br />

De qualquer forma, o “Agrifocus – março de <strong>2016</strong>” RO Rabobank,<br />

de autoria de Rasmussen, ressalta que esse “problema”<br />

– para o produtor, já que para os frigoríficos de aves e<br />

suínos será um alívio – será diluído pelo aumento das vendas<br />

antecipadas, que começaram no ano passado.<br />

HEDGE - Para os volumes que ainda precisam ser comercializados,<br />

Rasmussen sugere que é um bom momento para operações<br />

de hedge. “Entendemos como improvável a viabilidade<br />

de manutenção das cotações de milho no Brasil em patamares<br />

elevados no médio prazo”, afirma o relatório do analista.<br />

Estoque “folgado” de grãos<br />

A safrinha nacional recorde esperada pela Conab será vital<br />

para garantir que a produção nacional de grãos também bata<br />

um novo recorde em <strong>2016</strong>/17. Ainda puxada pela soja, a colheita<br />

total passou a ser estimada pela autarquia em 210,3<br />

milhões de toneladas, 1,3% mais que em 2014/15.<br />

Se o câmbio mantiver a<br />

demanda externa pelo milho<br />

brasileiro aquecida, o<br />

volume que será colhido<br />

na safrinha deverá levar<br />

as exportações a 29<br />

milhões de toneladas<br />

Ainda que o Departamento<br />

de Agricultura dos EUA<br />

(USDA) tenha reduzido suas<br />

projeções para os estoques<br />

globais de milho, trigo e soja<br />

ao término desta safra<br />

2015/16, as relações entre as<br />

reservas e as demandas de<br />

cada mercado permanecem<br />

em níveis confortáveis e reforçam<br />

a expectativa de que<br />

a pressão sobre as cotações<br />

dessas commodities ainda<br />

está longe de arrefecer.<br />

A partir das correções efetuadas<br />

pelo USDA em relatório<br />

divulgado dia 9/3, os estoques<br />

finais de milho foram<br />

reduzidos para 206,97 milhões<br />

de toneladas, quase 1,9<br />

milhão a menos que o estimado<br />

em fevereiro. Na comparação,<br />

os estoques de trigo<br />

caíram 1,28 milhão de toneladas,<br />

para 237,59 milhões, e<br />

os de soja recuaram 1,55 milhão<br />

de toneladas, para 78,87<br />

milhões.<br />

As reduções foram relativamente<br />

pequenas e não<br />

foram influenciadas por mudanças<br />

previstas para os estoques<br />

americanos, o que<br />

gerou reações discretas sobre<br />

as cotações na bolsa de<br />

Chicago.<br />

Com os ajustes que efetuou,<br />

o USDA passou a estimar<br />

que os estoques finais<br />

de trigo, por exemplo, representarão<br />

33,5% da demanda<br />

global em 2015/16. No ciclo<br />

2014/15, o percentual ficou<br />

em 30,5% e, em 2013/14,<br />

quando as cotações estavam<br />

mais elevadas, em 27,8%.<br />

Particularmente nos EUA, os<br />

estoques finais de trigo previstos<br />

para o encerramento<br />

da atual safra representam<br />

81,6% da demanda total do<br />

país.

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