Jornal Cocamar Janeiro 2017

34 | Jornal de Serviço Cocamar
NO AREIÃO
O dia de campo reuniu produtores, representantes da Cocamar e do IAPAR
os controles da
atividade sejam
administrados com cuidado
e muito profissionalismo”,
explicou Antonio.
De acordo com ele, trata-se
de um trabalho contínuo:
“Coletamos e são processados,
por ano, mais de 40
mil dados sobre a pecuária”.
É feita, por exemplo,
uma avaliação minuciosa
dos pastos e da performance
dos animais.
A integração da pecuária
com a lavoura é um dos
pilares da reestruturação
da propriedade”
Marcelo Grisi, proprietário da
Fazenda Santa Nice
UM NOVO OLHAR - A ILP
complementa essa mudança.
“A integração da pecuária
com a lavoura é um
dos pilares da reestruturação
da propriedade”, comentou
Marcelo. Segundo
os irmãos, a ILP – com soja
no verão e pastagem no
inverno – trouxe mais
renda para o sistema, assegurando
pastos de qualidade
com a produção de
comida mais barata. “Trouxe,
principalmente, uma
mudança de olhar para a
pecuária”, assinalou Marcelo,
dizendo que ambos
assimilaram o conceito de
que “o pasto é a lavoura do
pecuarista”.
Com isso, a ocupação saltou
de 1,8 UAs/hectare ao
ano para 4 UAs/hectare no
período das águas e para
1,2 UAs no inverno, atingindo
a média de 2,86. Em
número de cabeças, a fazenda
mantém atualmente
3,45 unidades por hectare/ano,
enquanto a produtividade
varia de 27 a 31
arrobas de carne por hectare/ano,
segundo os proprietários.
A ILP possibilitou que a
atividade ficasse menos
arriscada, de acordo com
os irmãos. “Trouxe a segurança
de que a comida
paga o gado iria ser produzida”,
assinalou Marcelo.
PIVÔS - Em 2015, a integração
teve início com a
implantação de pivôs centrais
em duas áreas: a primeira
de 101 hectares de
soja e a outra de 76 hectares
de milho. Na safra
2015/16, na primeira colheita
de soja, a média obtida
foi de 71 sacas por
hectare.
A irrigação é uma medida
estratégica. De acordo
com os irmãos Grisi, o sistema
reduz os riscos de
uma frustração causada
por eventual déficit hídrico,
assegurando a produtividade.
Ao mesmo
tempo, permite o controle
da época mais recomendada
para o plantio e também
a realização de projetos
do tipo “agricultura
sem parar”, viabilizando
culturas de ciclo rápido
que possam ser encaixadas
no calendário, como a
do feijão.