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caderno 2

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Arte<br />

ramento, não é enriquecer com isso,<br />

mas, principalmente, reunir, porque<br />

respeita esse material, e expô-lo, como<br />

prova de excelência de nossa cultura.<br />

Como senhor avalia o trabalho<br />

feito com os mediadores que vão<br />

trabalhar no atendimento ao público<br />

na Coleção Airton Queiroz?<br />

É um trabalho delicioso porque é<br />

um pessoal muitíssimo interessado, é<br />

uma turma que tem um pique muito<br />

grande, muito entusiasmada, apaixonada,<br />

fascinada e também muito<br />

curiosa. E que tem uma avidez por conhecimento<br />

muito grande. Então isso<br />

é muito gratificante porque a troca é<br />

intensa. E eles absorvem as informações<br />

como esponjas. São atenciosos e<br />

muito educados.<br />

Tenho certeza que eles vão realizar<br />

um belíssimo trabalho porque são<br />

pessoas que gostam de gente. Acredito<br />

que eles vão transmitir com o mesmo<br />

entusiasmo e respeito com que absorveram<br />

as informações sobre as obras<br />

que nós transmitimos para eles.<br />

Qual o recado que o senhor deixa<br />

para os cearenses?<br />

Que visitem a Coleção Airton<br />

Queiroz. Isso é imprescindível. Ela<br />

Centro de<br />

exposições<br />

pertence ao povo brasileiro, mas pertence<br />

ao povo cearense em particular.<br />

Então todos têm que usufruí-la, têm<br />

que tirar proveito dela. Essa exposição<br />

é um privilégio do Ceará. Poucos Estados<br />

no Brasil têm esse tipo de privilégio.<br />

Trata-se de uma grande generosidade<br />

do chanceler Airton Queiroz.<br />

Seria fundamental que houvesse mais<br />

pessoas assim, que tivessem esse desprendimento.<br />

Afinal, o custo para adquirir<br />

essas obras é muito alto, além<br />

de salvaguardá-las. Ao proceder dessa<br />

forma, o colecionador demonstra claramente<br />

que a ideia não é de entesouramento,<br />

não é enriquecer com isso,<br />

mas, principalmente, reunir, porque<br />

respeita esse material, e expô-lo, como<br />

prova de excelência de nossa cultura.<br />

O quinto e último núcleo, dedicado<br />

à produção contemporânea, traz Beatriz<br />

Milhazes, dos anos 80, até chegar<br />

a Ana Holck, que é uma artista muito<br />

mais recente. Separados ou juntos,<br />

esses núcleos têm muita substância,<br />

muita qualidade para ser vista e apreciada.<br />

Durante três dias seguidos, o crítico<br />

de arte Agnaldo Farias, professor<br />

da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo<br />

da Universidade de São Paulo e<br />

curador de importantes bienais e instituições<br />

culturais do Brasil e de Joanesburgo<br />

(África do Sul), ministrou aulas<br />

para os mediadores do Espaço Cultural<br />

Airton Queiroz.<br />

Em pauta, informações e curiosidades<br />

do acervo da Coleção Airton<br />

Queiroz, que reúne 253 obras do século<br />

XVII à atualidade, e que estará aberta<br />

ao público, gratuitamente, até 19 de<br />

dezembro de 2016. E serão esses mediadores,<br />

alunos da Unifor, os responsáveis<br />

por repassar aos visitantes aspectos<br />

da exposição, como conteúdo,<br />

organização e informações relevantes<br />

sobre as obras e seus autores.<br />

Em entrevista a seguir, o professor<br />

Agnaldo Farias destaca a importância<br />

da exposição para o cenário das artes<br />

plásticas no Brasil, bem como a iniciativa<br />

do chanceler Airton Queiroz de<br />

expor seu acervo à visitação pública.<br />

Sobre as obras, ele é taxativo: “essa exposição<br />

é um privilégio do Ceará. Poucos<br />

Estados no Brasil têm esse tipo de<br />

privilégio”.<br />

Qual a importância da Coleção<br />

Airton Queiroz para as artes<br />

plásticas no Brasil?<br />

Poucas coleções têm a abrangência<br />

da Coleção Airton Queiroz. É um<br />

projeto muito ambicioso: traz artistas<br />

do século XVI, a partir de Frans Post<br />

e Eckhout, até chegar a Ana Holck,<br />

Adriana Varejão e Gustavo Rezende,<br />

que são jovens artistas, ainda trabalhando.<br />

É impressionante nós possuirmos<br />

em nosso país um acervo da qualidade<br />

da Coleção Airton Queiroz. É um grande<br />

patrimônio porque a partir desta<br />

exposição nós podemos ter acesso a algumas<br />

das obras mais importantes do<br />

mundo. O público que visitar a exposição<br />

terá conhecimento do que melhor<br />

foi produzido nos últimos 400 anos.<br />

O que é muito significativo. A bem da<br />

A refeição mais completa tem origem na aristocracia<br />

inglesa. A nobreza costumava reunir os ingleses logo<br />

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