Moz_IN_07(1)
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país, que tem a natureza a seu favor – com<br />
belíssimas praias, lagoas, rios, paisagens a<br />
perder de vista, e uma enorme diversidade<br />
cultural - mas com problemas de transporte,<br />
logística, vias de acesso e recursos humanos<br />
pouco capacitados contra, o empresário<br />
moçambicano não teve de intentar grandes<br />
esforços para realizar o seu primeiro investimento<br />
fora do seu país natal.<br />
Em Portugal encontrou reunidas as condições<br />
necessárias para se tornar no primeiro<br />
empresário moçambicano a investir na área<br />
de turismo, no Porto, onde as autoridades<br />
locais, sobretudo a Câmara Municipal criaram<br />
um ambiente de negócios favorável<br />
para que mais investidores ali se instalem.<br />
As reformas e as inovações introduzidas<br />
para catapultar o desenvolvimento do turismo<br />
no Porto, nomeadamente as passagens<br />
low cost, a monitorização municipal no estudo<br />
de viabilidade dos investimentos hoteleiros,<br />
e alguns benefícios fiscais compõem<br />
a lista dos factores que determinaram o investimento<br />
de Baboo na cidade atravessada<br />
pelo rio Douro.<br />
Mas foi sobretudo o apoio prestado pela<br />
banca portuguesa que motivou o empresário<br />
moçambicano, de 74 anos, a abrir uma<br />
unidade hoteleira. Financiado pelo extinto<br />
Banco Espírito Santo, em 2012, adquiriu<br />
um imóvel na zona nobre do Porto, que antes<br />
acomodava um atelier e que está hoje<br />
transformado num hotel de quatro estrelas,<br />
com 10 colaboradores – todos de nacionalidade<br />
portuguesa.<br />
Com o negócio a correr de feição, Baboo<br />
adquiriu um segundo edifício que, tal como<br />
o primeiro, pretende transformar em um<br />
hotel. Neste momento, o projecto está pendente<br />
da aprovação da Câmara do Porto e<br />
de um provável financiamento da União Europeia,<br />
que disponibiliza um fundo de apoio<br />
a zonas históricas.<br />
Em Moçambique, onde se iniciou como<br />
operador turístico, Baboo é proprietário da<br />
cadeia de restaurantes Nautilus, em Maputo,<br />
e do hotel Kauri, em Pemba.<br />
Ligado ao mar desde a infância, o investidor<br />
abriu o seu primeiro estabelecimento turístico<br />
em Pemba em 1987 e, na década de<br />
90, expandiu a área dos seus investimentos,<br />
abrindo restaurantes em Maputo. A sua<br />
ligação à costa está reflectida nos nomes<br />
que atribuiu aos hotéis e restaurantes que<br />
ergueu ao longo de mais de 32 anos de<br />
experiência no sector do turismo: Nautilus é<br />
um molusco e Kauri uma concha.<br />
Nurmomade<br />
Abdulcarimo<br />
tornou-se<br />
no primeiro<br />
empresário<br />
moçambicano a<br />
investir na área de<br />
turismo<br />
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE<br />
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