Moz_IN_07(1)

A
necessidade de crescer tem
obrigado muitos países a redefinir
as suas políticas económicas,
dando prioridade
a uma economia aberta ao
mercado, assente em fluxos comerciais
com outras nações. Em Moçambique a situação
não é diferente.
Desde a década de 80 até então o país tem
vindo a alterar drasticamente o seu quadro
legal e regulamentar para permitir que os
players do mercado possam crescer e se
afirmar. As medidas têm se traduzido num
maior acesso ao crédito, empregabilidade,
no aumento da renda dos cidadãos e uma
melhoria geral das condições de vida.
Como resultado das mudanças jurídico-legais
com foco na economia que Moçambique
tem vindo a fazer o investimento
directo estrangeiro (IDE) está a crescer significativamente.
Orçado em 206 milhões
de dólares entre 2005 a 2006, o IDE em
Moçambique atingiu 4.902 milhões de
dólares em 2014. Os dados foram apresentados
pelo Presidente do Conselho
Executivo (PCE) do Millennium bim, Reino
da Costa, numa iniciativa denominada
“Jantar.com” organizada pela Câmara do
Comércio Moçambique-Portugal (CCMP),
na sua primeira edição. Importa referir que
nova plataforma da CCMP consiste essencialmente
em organizar jantares temáticos,
à porta fechada, para Networking com os
associados e outros convidados, por forma
a promover oportunidades de negócios
entre Moçambique e Portugal.
O IDE em Moçambique tem sido absorvido
pelo sector da indústria extractiva e pelos
CONTRIBUTO DA CCMP
PARA A MELHORIA DO
AMBIENTE DE NEGÓCIOS
EM MOÇAMBIQUE
grandes projectos, nomeadamente virados
para a exploração de energia eléctrica, do
gás natural, do alumínio, das areias pesadas
e do carvão, bem como na melhoria
de infraestruturas – designadamente da
rede de transportes com impacto significativo
nas exportações.
Para além do crescimento do fluxo do IDE o
país também registou melhorias em áreas
que directa ou indirectamente influenciam
o ambiente económico. No Índice Global
de Competitividade (2014-2015), citado
no jantar, notam-se avanços no que tange
ao crescimento e eficiência do mercado
(101ª e 104ª posição respectivamente) e
no ambiente macroeconómico. A construção
e melhoria das infraestruturas (128ª
posição), sobretudo da rede de estradas, é
o grande desafio apontado no documento
que avalia a competitividade em 144 países
do mundo.
Moçambique tem estado a perder posições
nos relatórios do“Doing Business”,
sobretudo nos últimos dois anos. Em 2014
o país ocupou a 127ª posição, numa lista
de 189 países. No presente ano, o país
desceu cinco, lugares ocupando a 133ª
posição.
Os agentes económicos mostram-se
preocupados com a situação e esforçam-
-se para a reverter. Falando do papel da
CCMP na melhoria do ambiente de negócio
em Moçambique, Reino da Costa
sugeriu várias acções, entre as quais - “o
desenvolvimento de empresas fortes,
eficientes e rentáveis; adopção de
práticas internacionais de auditoria e
qualidade; investimento em formação
de quadros e as parcerias público-privadas.”
GUIA PARA NEGÓCIOS EM MOÇAMBIQUE
29