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LEO_HUBERMAN_-_HISTÓRIA_DA_RIQUEZA_DO_HOMEM

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seja pelos estímulos especiais, atrair para determinada espécie de indústria<br />

uma parte maior do capital da sociedade do que seria natural; ou pelas<br />

restrições extraordinárias, afastar de uma espécie de indústria parte do<br />

capital que de outro modo nela seria empregado, é em realidade subversiva<br />

ao grande propósito que pretende realizar. Retarda, ao invés de acelerar, o<br />

progresso da sociedade no sentido da verdadeira riqueza e grandeza; e<br />

diminui, ao invés de aumentar, o verdadeiro valor do produto anual de sua<br />

terra e trabalho.<br />

Todos os sistemas, seja de preferência ou contenção, portanto, devem ser<br />

afastados, estabelecendo-se o simples e óbvio sistema de liberdade natural.<br />

Todo homem, desde que não viole as leis da justiça, fica perfeitamente livre<br />

de procurar atender a seus interesses, da forma que desejar, e colocar tanto<br />

sua indústria como capital em concorrência com os de outros homens, ou<br />

ordem de homens.<br />

Releiamos a última frase e veremos prontamente por que The Wealth of<br />

Nations tornou-se a Bíblia dos homens de negócios num período em que os<br />

negócios eram muitos, mas prejudicados a todo momento pelos<br />

regulamentos restritivos.<br />

CAPÍTULO XIII<br />

"A Velha Ordem Mudou”...<br />

QUE pensaria o leitor de um governo que taxasse os pobres, mas não os<br />

ricos? Totalmente louco, seria seu primeiro pensamento; refletindo, poderia<br />

ocorrer-lhe que, de certa forma, é o que o governo dos Estados Unidos está<br />

fazendo hoje. Haverá naturalmente muita gente para discordar disso - gente<br />

que procuraria provar que os ricos nos E. U. A. pagam uma proporção de<br />

impostos mais do que justa: Mas quanto ao fato de que o governo francês do<br />

século XVIII realmente cobrava impostos dos pobres, e não dos ricos, não<br />

pode haver discordância.<br />

E não pode haver porque as próprias classes privilegiadas admitiam estarem<br />

isentas praticamente de todas as taxas da época. O clero e a nobreza<br />

julgavam que seria o fim do país se, como a gente comum, tivessem de

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