LEO_HUBERMAN_-_HISTÓRIA_DA_RIQUEZA_DO_HOMEM
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jovem e sub-desenvolvida. Passara alguns anos nos Estados Unidos, onde<br />
verificara ocorrer o mesmo na indústria americana. Viu que, se o comércio<br />
internacional livre fosse estabelecido, seria necessário as indústrias dos dois<br />
países, atrasadas em relação à Inglaterra, um longo tempo para alcançá-la -<br />
se conseguissem. Disse ser a favor do comércio livre, mas somente depois<br />
que as nações menos avançadas igualassem as mais adiantadas. "Qualquer<br />
nação que, devido a infelicidades, esteja atrás das outras na indústria,<br />
comércio e navegação, Embora possua os meios mentais e materiais para<br />
desenvolver-se, deve acima de tudo fortalecer sua capacidade individual, a<br />
fim de poder entrar na concorrência livre com nações mais adiantadas."<br />
Disse que os preços baratos não eram tudo, e que coisas baratas podiam<br />
custar caro. O que tornava grande um país não era seu estoque de valores em<br />
determinado momento, mas sua capacidade de produzir valores. "As causas<br />
da riqueza são totalmente diferentes da riqueza em si. Uma pessoa pode ter<br />
riqueza se, porém, não tem o poder de produzir objetos de valor superior<br />
aos que consome, torna-se mais pobre. O poder de produzir riquezas é,<br />
portanto, infinitamente mais importante do que a riqueza em si. Isso é mais<br />
válido para as nações do que para as pessoas particulares."<br />
List sugere que a Inglaterra, tendo atingido a grandeza antes que o comércio<br />
livre se tornasse seu lema, tentava agora tornar impossível às outras nações<br />
progredir: "É um recurso muito comum e muito esperto que ao se atingir o<br />
cume da grandeza se lance fora a escada pela qual subimos, a fim de impedir<br />
aos outros os meios de subir atrás."<br />
List, portanto, defende a proteção, as muralhas tarifárias, atrás das quais a<br />
indústria incipiente, tendo assegurado o mercado doméstico, pode crescer até<br />
ficar de pé sozinha. Somente depois que reunisse forças suficientes, ela<br />
poderia aventurar-se no comercio mundial livre, para lutar. List foi um<br />
expressivo expoente do sistema nacional, em oposição ao sistema<br />
internacional, em economia. Suas idéias tiveram grande influência,<br />
particularmente na Alemanha e Estados Unidos.<br />
Ele foi, com sua forte defesa da Proteção contra o Comércio Livre de Adam<br />
Smith e seus seguidores, um dos numerosos descrentes da infalibilidade da<br />
escola clássica. A Economia clássica, tão popular e poderosa na primeira