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—Não —digo, balançando a cabeça, e ele me dá um soco<br />
na cara.<br />
O golpe me atordoa, não enxergo e fico zonza, antes que<br />
tenha consciência da dor absurda. Meu nariz sangra,<br />
respinga em sua mão e escorre pelo meu rosto. Em pânico,<br />
quero vomitar ou fazer xixi.<br />
Ele apoia o joelho no meu peito, pega o celular do bolso<br />
e tira fotos minhas sangrando, presa sob ele! Estou<br />
aterrorizada, esse cara pode me matar, mas isso é bom,<br />
funciona, porque permite que me recupere um pouco. Penso:<br />
ele é muito grande para eu empurrar e nessa posição não<br />
posso nem dar uma joelhada ou bater nele.<br />
Minha única opção é fingir que estou inconsciente e<br />
descobrir como abrir minha bolsa, que ainda está comigo.<br />
Deixo minha cabeça cair para o lado. Se eu conseguir apenas<br />
mexer dentro dela...<br />
Ele tira o joelho do meu peito e começa a abrir suas<br />
calças. Não faço nada. Mantenho minha respiração, movo<br />
meus dedos lentamente para a aba da minha bolsa. De<br />
repente, ele cai em cima de mim e como um animal raivoso<br />
morde forte o meu pescoço, tão forte, que já não consigo<br />
fingir que estou inconsciente.<br />
Eu grito. Minha mão procurando rapidamente dentro da<br />
minha bolsa. Ele me bate com força. Sinto uma faca na<br />
minha garganta e fecho a minha boca. Encontro meu spray<br />
de pimenta, disfarçadamente pego e num instante espirro em<br />
sua cara. Ele cai para trás, com as mãos arranhando seu