Revista Entrelinhas - Abril 2017

a bicicleta para outros estados,
como Aparecida do Norte, em São
Paulo. “Tenho vontade de continuar
fazendo viagens de bicicleta,
mas, para isso, tem que ter um preparo
físico melhor. Tem que preparar
pelo menos um ano, para poder
ir no outro, porque já passa de 800
km”, pontua.
Entre as vantagens da cicloviagem,
o empresário aponta o custo-benefício.
Apesar de concordar que
a manutenção das peças e o custo
da bicicleta não é barato, ele afirma
que o valor não se compara ao de
um veículo.
“No ciclismo, o que é mais caro é
a bicicleta, que não se compara ao
valor de um carro. Nas viagens, um
carro gasta cerca de R$ 150 com
combustível, dependendo do preço
do litro, para andar 100 km. Já
de bike o custo é só com alimentação
e hidratação. É uma forma
de economizar fazendo uma coisa
que você gosta e que faz bem para
você”, pontua.
O administrador de empresas Anderson
Barros Figueiredo, de 46
anos, começou a pedalar há quatro
meses buscando aumentar a qualidade
de vida, com a prática do esporte.
Ele, que também é adepto do
mountain bike, conta que também
alimenta o desejo de conhecer novos
destinos de bicicleta.
“Comecei a pedalar há pouco tempo,
então, estou ampliando meus
limites aos poucos. Estou repetindo
as mesmas rotas, fazendo trilha
de Goiânia a Santo Antônio, uma
média de 30km, mas já planejo
fazer um cicloturismo. Estou estudando
algumas rotas para fazer
em cinco dias de viagem, 300 km
de distância, avaliando materiais,
e estudando rotas, me preparando
psicologicamente para aumentar
as distâncias”, conta.
Para Anderson, o diferencial de se
fazer trilhas de bicicleta, além da
paisagem, é o encontro com o inesperado.
Ele conta que já foi possí-
vel encontrar animais soltos como
gado e cobras. “O inesperado é o
mais emocionante. Até uma paisagem
muito bonita é algo inesperado
e a gente se surpreende”, revela.
O administrador começou a pedalar
junto com a esposa e vê isso
como um diferencial, tanto para
o relacionamento quanto para o
condicionamento físico. Ele explica
que muitos colegas, que também
pedalam, vão sem as esposas e namoradas
e, com isso, ficam preocupados
com o horário de retorno
e acabam não aproveitando o passeio.
“Fica aquela história, aquela preocupação
de ficar tarde para voltar.
Já com a esposa, o horário é o
mesmo, porque estamos juntos, a
esposa não fica brava”, brinca o administrador.
Já sobre o custo-benefício da modalidade,
Anderson concorda que
é vantajoso, no entanto, expõe que
esta não é a preocupação dos adeptos
da modalidade.
v
“É muito mais independente de
dinheiro. É claro que tem a preocupação,
porque você tem que se
preparar, com equipamentos, coisas
que não são tão baratas, mas a
viagem na verdade, a intenção é de
fazer algo diferente, ver coisas novas,
novas paisagens. Não é porque
é mais barato, o que te motiva é o
espirito de aventura”, completa.
O callcenter Bruno Ferreira Dantas,
de 30 anos, também é praticante
da modalidade mountain bike,
há sete anos, e faz parte do time dos
que começaram para manter uma
atividade física regular. Ele afirma
que, hoje, prefere trilhas com
maior grau de dificuldade, conhecidas
como downhill, que consiste
em rotas com descidas rápidas.
Bruno conta que utiliza a bicicleta
tanto para atividades físicas quanto
para ir ao trabalho e o que o atraiu
para a prática é a diversão durante
as trilhas em grupo. “A gente se diverte
muito quando está peda
Abril 2017 | 19