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― Tu<strong>do</strong> bem ― diz ele. Suas mãos estão mais suaves agora. ― Certo ― ele diz novamente. ―<br />
Estou ouvin<strong>do</strong>.<br />
― Ela não menstruou ― digo.<br />
― Como você sabe? ― ele pergunta.<br />
Levanto as mãos.<br />
― Como você acha que eu sei? ― Essa era a pergunta mais idiota <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os tempos.<br />
Seu peito incha com um suspiro.<br />
― Sei que vocês transam, mas, às vezes, alguns dias... ― ele não termina.<br />
― Não ficamos alguns dias sem transar ― falo e sinto meu rosto esquentar.<br />
― Você transa com ela to<strong>do</strong>s os dias? ― ele pergunta, as sobrancelhas arqueadas.<br />
Não vou respon<strong>de</strong>r a isso. Só arqueio minhas sobrancelhas. Fico <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>la praticamente to<strong>do</strong><br />
maldito dia. Não consigo ficar sem ela.<br />
― Tu<strong>do</strong> bem ― diz ele. ― Então, ela não menstruou?<br />
― Ela tem passa<strong>do</strong> mal ao acordar.<br />
― Certo ― ele diz, fazen<strong>do</strong> um movimento para que eu continue.<br />
― E os peitos <strong>de</strong>la estão fican<strong>do</strong> maiores. ― Faço um movimento como se estivesse seguran<strong>do</strong><br />
seus seios e apertan<strong>do</strong>-os.<br />
― Logan ― diz ele. ― Sério? ― Mas ele está sorrin<strong>do</strong>. Ele balança a cabeça e não posso<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> sorrir também.<br />
― Eles são meus. Posso fazer o que quiser com eles. ― Dou uma risada ao ver a expressão em<br />
seu rosto.<br />
― Ela já fez algum exame?<br />
Balanço a cabeça.<br />
― Não tenho certeza <strong>de</strong> que ela já percebeu isso.<br />
― Por que diabos você está aqui falan<strong>do</strong> comigo em vez <strong>de</strong> com ela? ― Ele olha para mim.<br />
Paul tem esse jeito <strong>de</strong> olhar para as pessoas como se enxergasse exatamente o que está <strong>de</strong>ntro da<br />
sua alma.<br />
― Não estou certo <strong>de</strong> que ela quer ter filhos ― admito.<br />
Ele bate as mãos.<br />
― Então você <strong>de</strong>veria ter usa<strong>do</strong> a porra <strong>de</strong> um preservativo.<br />
Passo as mãos pelos cabelos.<br />
― Você não enten<strong>de</strong> ― eu falo e vou em direção à porta. Ele agarra meu ombro e me vira.<br />
― Explique ― diz ele. ― Estou ouvin<strong>do</strong>.<br />
― Em tem me<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser mãe ― falo. O<strong>de</strong>io falar sobre sua dislexia quan<strong>do</strong> ela não está presente.<br />
― Eu a vi com Hayley. Ninguém que eu conheça seria uma mãe melhor.<br />
Meu coração acelera ao saber que ele pensa assim. Também penso.<br />
― Acho que você tem que fazer duas coisas ― diz ele.<br />
É por isso que quis conversar com Paul. Ele sempre sabe o que fazer. Faço um movimento para<br />
que ele continue.<br />
Ele levanta um <strong>de</strong><strong>do</strong>.<br />
― Um: você precisa conseguir a porra <strong>de</strong> um teste para ela.<br />
― E? ― pergunto.<br />
― Dois: você precisa tranquilizá-la. ― Ele se senta. ― Você sabe que ela está com me<strong>do</strong>. É seu