Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
maiores e você não comeu a torta. ― Ele ri.<br />
― E estou atrasada ― admito.<br />
― Quanto tempo <strong>de</strong> atraso?<br />
― Cerca <strong>de</strong> um mês e meio.<br />
― Foi o que achei. ― Ele sorri como um bobo e balança o polegar em direção ao banheiro. ―<br />
Vá fazer xixi na porra <strong>do</strong> bastão, Em ― ele fala, abrin<strong>do</strong> uma das caixas e me segue. Ele não sai <strong>do</strong><br />
meu la<strong>do</strong> enquanto faço xixi no teste. Coloco o bastão sobre a bancada da pia, sentin<strong>do</strong> meu coração<br />
mais leve que nunca. Lavo as mãos e olho no espelho, afastan<strong>do</strong> o cabelo <strong>do</strong> meu rosto. Mor<strong>do</strong> uma<br />
unha e espero.<br />
Logan para atrás <strong>de</strong> mim e me olha pelo espelho, fazen<strong>do</strong> com que eu me lembre da primeira vez<br />
que ele me olhou assim. Estávamos no banheiro <strong>de</strong> um restaurante e ele tinha acaba<strong>do</strong> <strong>de</strong> me beijar<br />
pela primeira vez. Ele olhou em meus olhos pelo reflexo e me ganhou.<br />
― Está com me<strong>do</strong>? ― ele pergunta enquanto empurra meu cabelo para o la<strong>do</strong> e beija meu<br />
pescoço.<br />
― Eu estava ― admito ―, mas não mais. Agora que você está aqui, estou bem. ― Ele<br />
tranquiliza minha alma. É tu<strong>do</strong> o que preciso, além <strong>do</strong> outro pedacinho <strong>de</strong> nós <strong>do</strong>is. Coloco a mão<br />
sobre a barriga.<br />
Ele pega o bastão e o observa. Mais um segun<strong>do</strong> se passa e, então, ele olha para mim. Seus olhos<br />
se enchem <strong>de</strong> lágrimas e ele pisca. Então, acena. É um balançar rápi<strong>do</strong> <strong>de</strong> cabeça. Apenas um.<br />
Seguro seus ombros e choro.<br />
― Vamos ter um bebê, Em ― diz ele em voz baixa.<br />
Logan segura minha bunda e eu passo minhas pernas ao re<strong>do</strong>r da sua cintura. Ele me leva para o<br />
quarto, puxan<strong>do</strong> a camiseta por sobre a minha cabeça. Em seguida, ele solta meu sutiã com<br />
movimentos ágeis e me <strong>de</strong>ita, puxan<strong>do</strong> minha calça e minha calcinha até que eu esteja nua e exposta.<br />
Não consigo me mover. Meu coração está acelera<strong>do</strong>. Ele fica nu, aproxima-se <strong>de</strong> mim, mas não<br />
beija meu rosto. Ele se inclina e beija minha barriga, <strong>de</strong>pois me levanta e me puxa mais para cima,<br />
fican<strong>do</strong> por cima <strong>de</strong> mim.<br />
― Eu e você, Em ― ele fala, seus <strong>de</strong><strong>do</strong>s acarician<strong>do</strong> minha barriga.<br />
Ela ainda está plana. Ainda é muito ce<strong>do</strong> para aparecer, mas seu toque é repleto <strong>de</strong> ternura e<br />
reverência. Sua palma cobre minha barriga e eu coloco minha mão sobre a sua.<br />
― E se o nosso bebê for como eu, Logan? ― pergunto. Minha voz, <strong>de</strong> repente, falha. ― Jamais<br />
serei capaz <strong>de</strong> ler uma história para ele antes <strong>de</strong> <strong>do</strong>rmir.<br />
Ele segura minha mão sobre seu coração.<br />
― Mas eu posso. ― Ele respira fun<strong>do</strong>, com os olhos fecha<strong>do</strong>s e, em seguida, volta a olhar<br />
diretamente para os meus. ― Eu sequer falava antes <strong>de</strong> conhecer você, Em ― ele fala. ― Você me<br />
<strong>de</strong>u isso. Deixe-me usá-la. Vou ler para ele. Vou ler até minha garganta <strong>do</strong>er.<br />
― Mas o que vou fazer?<br />
Ele sorri suavemente.<br />
― Você vai fazer o que não posso. Vai cantar com ele. Ensinar ao bebê sobre música. Nunca<br />
po<strong>de</strong>rei fazer isso. ― É verda<strong>de</strong>. Logan sente a batida da música, mas não muito mais que isso. Ele<br />
nunca conseguirá apreciar a música da mesma forma que uma pessoa que escuta. ― Nós<br />
complementamos um ao outro, Em ― ele diz. ― Nós sempre seremos a meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> outro. Você me<br />
<strong>de</strong>u um soco na cara, porque eu estava agin<strong>do</strong> como um babaca, mas, na verda<strong>de</strong>, você roubou meu