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Idecon<br />
Des<strong>em</strong>penho econômico do DF <strong>em</strong> <strong>20</strong><strong>16</strong><br />
Sandra Andrade<br />
Eurípedes Oliveira<br />
A atividade econômica no DF, medida pelo Idecon-DF,<br />
retraiu 2,2% no 4º trimestre de <strong>20</strong><strong>16</strong>,<br />
ante igual trimestre de <strong>20</strong>15. Foi a oitava taxa<br />
negativa consecutiva. Em <strong>20</strong><strong>16</strong>, a economia encolheu<br />
1,6% <strong>em</strong> relação a <strong>20</strong>15. O des<strong>em</strong>penho<br />
econômico do DF sentiu os efeitos desfavoráveis<br />
do des<strong>em</strong>prego e da redução da renda do trabalhador.<br />
Embora negativos, os resultados mostraram<br />
um comportamento menos recessivo que o<br />
nacional, que caiu 2,5% no último trimestre e<br />
3,6% no ano de <strong>20</strong><strong>16</strong>, segundo o IBGE. Pontos<br />
positivos para economia: <strong>em</strong> <strong>20</strong><strong>16</strong> houve redução<br />
da taxa básica de juros e da inflação.<br />
Serviços<br />
O setor de Serviços é o maior responsável pela dinâmica<br />
econômica do DF, representando 92,9% da<br />
economia. Retraiu <strong>em</strong> <strong>20</strong><strong>16</strong>, 2,3%, no 4º trimestre e<br />
1,6% no ano, frente aos mesmos períodos de <strong>20</strong>15.<br />
No contexto nacional, o setor recuou 2,4% no trimestre<br />
e 2,7% no ano.<br />
O Comércio local retrocedeu 8,6% nos últimos<br />
três meses de <strong>20</strong><strong>16</strong> e acumulou queda anual de<br />
7,7%. O índice nacional caiu 3,5% no trimestre<br />
e 6,3% no ano, segundo o IBGE. A redução do<br />
ritmo de crédito e a maior cautela do consumidor<br />
contribuíram para o declínio da atividade comercial,<br />
que perdeu 7.440 postos formais de trabalho<br />
no DF, <strong>em</strong> <strong>20</strong><strong>16</strong> (Caged/MT).<br />
A Intermediação Financeira contraiu 5,1% no 4º trimestre<br />
de <strong>20</strong><strong>16</strong> e 3,7% no ano, comparados a iguais<br />
períodos de <strong>20</strong>15. O índice nacional caiu 3,4% no<br />
trimestre e 2,8% no ano. O encarecimento do crédito<br />
pode explicar parte do resultado desfavorável da<br />
atividade, a taxa real de juros manteve-se elevada.<br />
A atividade de Serviços de Informação caiu 2,6%<br />
no último trimestre de <strong>20</strong><strong>16</strong> e 1,6% no ano. No<br />
Brasil, recuou 3,0% <strong>em</strong> cada um dos períodos. Um<br />
dos motivos pode ser a redução na quantidade de<br />
linhas móveis, também reflexo do crescente uso de<br />
internet nos celulares.<br />
O segmento da Administração, Saúde e Educação<br />
Públicas retraiu 0,4% nos três últimos meses de<br />
<strong>20</strong><strong>16</strong> e 0,2% no ano, frente a iguais períodos de<br />
<strong>20</strong>15. O Brasil registrou decréscimos de 0,7% na<br />
comparação trimestral e 0,1% na anual. A atividade<br />
pública responde por 43,1% da estrutura produtiva<br />
do DF.<br />
Indústria<br />
A Indústria, com peso de 6,6% na economia do DF,<br />
contraiu 2,6% na comparação com os últimos trimestres<br />
de <strong>20</strong>15 e <strong>20</strong><strong>16</strong>. No des<strong>em</strong>penho nacional,<br />
o IBGE computou decréscimo de 2,4%. Nos 12<br />
meses do ano, registrou-se retração para o DF de<br />
2,9% e para o Brasil, 3,8%.<br />
A Construção, responsável por 3,9% da atividade<br />
econômica local e 58,8% do setor industrial, retraiu<br />
4,0% no 4º trimestre e 3,7% no acumulado de <strong>20</strong><strong>16</strong>.<br />
No Brasil, a atividade decresceu 7,5% e 5,2% nos<br />
mesmos períodos, respectivamente. No DF, foram<br />
eliminados 7.534 <strong>em</strong>pregos formais <strong>em</strong> <strong>20</strong><strong>16</strong>, inferior<br />
às 13.527 vagas extintas <strong>em</strong> <strong>20</strong>15 (Caged/MT).<br />
A Indústria de Transformação, que representa 1,8%<br />
na estrutura econômica do DF, retraiu 1,1% de outubro<br />
a dez<strong>em</strong>bro de <strong>20</strong><strong>16</strong>, <strong>em</strong> relação ao mesmo<br />
período de <strong>20</strong>15. No Brasil, a atividade recuou<br />
2,4%, segundo o IBGE. No ano, houve retração de<br />
3,5% no DF e de 5,2% no país, <strong>em</strong> relação a <strong>20</strong>15.<br />
De acordo com o Caged/MTE, a atividade fechou<br />
1.835 postos formais <strong>em</strong> <strong>20</strong><strong>16</strong>.<br />
Agropecuária<br />
A Agropecuária no DF, responsável por 0,4% da<br />
estrutura produtiva, subiu 9,0% no 4ºtrimestre,<br />
ante igual período de <strong>20</strong>15. O último trimestre do<br />
ano não apresenta colheitas de culturas locais relevantes,<br />
e a produção se concentra <strong>em</strong> produtos da<br />
lavoura t<strong>em</strong>porária, com ciclos curtos de cultivo.<br />
No mesmo trimestre, o IBGE apurou contração de<br />
5,0% para o Brasil. Em <strong>20</strong><strong>16</strong>, o índice do DF recuou<br />
2,8% e o nacional 6,6%.<br />
O índice anual negativo do DF deve-se, <strong>em</strong> parte,<br />
às reduções nas safras anuais esperadas para o<br />
milho e o feijão, que foram impactadas pelo clima<br />
seco <strong>em</strong> <strong>20</strong><strong>16</strong>. O milho apresentou queda <strong>em</strong> sua<br />
estimativa de 44,6%, e o feijão, de 23,0%. Um fator<br />
favorável, que arrefeceu o índice do setor, foi<br />
o aumento da soja, que registrou uma das maiores<br />
altas na produção entre as Unidades da Federação,<br />
31,6%, <strong>em</strong> relação a <strong>20</strong>15. ■<br />
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<strong>Brasília</strong> <strong>em</strong> <strong>Debate</strong>