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consciente_Setembro2017

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Setembro 2017<br />

Número 20<br />

Setembro 2017 Número 20 Volume 1<br />

<strong>consciente</strong><br />

Quando a criança se isola<br />

Apoios Sociais.Quais São?<br />

Até que ponto os seus medos a<br />

paralisam?<br />

Entrada no Mercado de Trabalho<br />

A TERRA nos próximos 200 anos


Revista digital | Bimensal |Gratuita Nº20 | Setembro 2017<br />

Direção<br />

Maria Paula Dias<br />

Psicologia clínica<br />

mpdias@revista<strong>consciente</strong>.pt<br />

Gabinetes de Apoio<br />

geral@revista<strong>consciente</strong>.pt<br />

Morada para Correspondência<br />

Marketing & Publicidade<br />

Maria Paula Dias<br />

geral@revista<strong>consciente</strong>.pt<br />

Edição<br />

Maria Paula Dias<br />

geral@revista<strong>consciente</strong>.pt<br />

Sugestões e Correspondências<br />

geral@revista<strong>consciente</strong>.pt<br />

Subscrições<br />

geral@revista<strong>consciente</strong>.pt<br />

Entrevistas<br />

geral@revista<strong>consciente</strong>.pt<br />

Apartado 1, EC Barreiro, 2831-909 Barreiro<br />

Contacto Telefónico<br />

91 254 71 26<br />

Cronistas<br />

Andreia Rodrigues de Almeida<br />

Psicologia soc. e das organizações<br />

Andreia.domingos88@hotmail.com<br />

Cláudia Oliveira<br />

Psicologia Clínica<br />

A.c.borgesoliveira@gmail.com<br />

Mafalda Marques<br />

Serviço Social<br />

mafmar2@gmail.com<br />

É expressamente proibido a reprodução desta edição em qualquer língua, no seu todo ou em parte, sem a prévia autorização escrita da CONSCIENTE<br />

● Todos as opiniões expressas<br />

são da inteira responsabilidade dos autores ● O Estatuto Editorial está disponível na pagina de internet : www.revista<strong>consciente</strong>.pt ● As imagens/fotografias aqui<br />

utilizadas foram pesquisadas com recurso à internet não sendo portanto nenhuma original à publicação Consciente .<br />

Revista <strong>consciente</strong><br />

Setembro 2017<br />

Registo Nº 126882<br />

Edição nº 20<br />

WEB<br />

www.revista<strong>consciente</strong>.pt<br />

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Suporte On-Line Digital Periodicidade BiMensal Registo Nº 126882 Propriedade: Maria Paula Dias<br />

Setembro CONSCIENTE 3


conteúdos 20<br />

Edição Nº<br />

16<br />

7 EDITORIAL<br />

O Mês de...............SETEMBRO<br />

9 FRAÇÕES & NÚMEROS<br />

10 SENTIDOS SOCIAIS<br />

Apoios Sociais. Quais são?<br />

16 EMPREGO & CARREIRAS<br />

20<br />

Entrada no Mercado de Trabalho<br />

20 NAS NOSSAS MÃOS<br />

Quando a Criança se Isola<br />

26 DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

A TERRA nos próximos 200 anos<br />

44 ESPECIAL VERÃO<br />

60 INCONSCIENTE<br />

26<br />

Até que ponto os seus medos a paralisam?<br />

68 UMA IMAGEM<br />

70 AGENDA FORMATIVA<br />

71 BOAS LEITURAS<br />

72 CAMINHOS A DESCOBRIR<br />

73 QUER SABER SE....<br />

73<br />

.....Gosta da Rotina?<br />

Setembro CONSCIENTE 5


Editorial<br />

Porque em Setembro...<br />

Por Maria Paula Dias<br />

Mês de Setembro, mês de renovações e reflexões. Tambem mês de preparar o futuro, mês de promessas e<br />

mês de planeamentos. O mês de Setembro é o mês associado ao inicio, ao recomeçar. Embalados nestas<br />

noções, apresentamos em Sentidos Sociais, os Apoios Sociais. Onde pedir uma ajuda social e como?Quais<br />

são as ajudas sociais? Tambem em Emprego & Carreiras com ‘Entrada no Mercado de Trabalho’ deixamos<br />

sugestões para quem inicia o seu primeiro emprego, um novo emprego ou apenas pretende fazer algumas<br />

mudanças no emprego. Até que ponto os seus medos a paralisam? É a pergunta que fazemos para refletir<br />

e sugerir na crónica In<strong>consciente</strong>. Apresentamos tambem crónicas especiais, porque estamos a recomeçar<br />

uma época de trabalho, de frio e de algumas angustias mas tambem porque alguns estão de férias.<br />

Dedicadas em especial à saúde e aos apoios sociais, valem a pena! Por fim, tal como em Setembro nos<br />

despedimos das férias, tambem na crónica Dossier Experiência, nos despedimos das noticias estelares.<br />

Surpreenda-se com 3ª crónica sobre o universo e sobre aquilo que ainda não sabemos. A Terra daqui a<br />

200 anos! Tambem uma boa crónica. Boas Leituras!<br />

A equipa da revista <strong>consciente</strong><br />

Alguns Dias Especiais:<br />

9 de Setembro—dia da grávida<br />

10 de Setembro —Dia mundial<br />

da Prevenção do Suícidio<br />

11 de Setembro—Dia nacional<br />

do bombeiro profissional<br />

15 de Setembro—Dia<br />

internacional da democracia<br />

21 de Setembro—Dia<br />

Internacional da Paz<br />

21 de Setembro—Dia mundial<br />

da gratidão<br />

22 de Setembro—Inicio do<br />

Outono<br />

SETEMBRO 2017<br />

dom seg ter qua qui sex sáb<br />

1 2<br />

3 4 5 6 7 8 9<br />

10 11 12 13 14 15 16<br />

17 18 19 20 21 22 23<br />

24 25 26 27 28 29 30<br />

Setembro CONSCIENTE 7


NÚMEROS & FRAÇÕES<br />

34 Especies<br />

Existem 34 especies de<br />

golfinhos no mundo inteiro.<br />

Da sua extraordinaria<br />

simpatia pelo homem destacase<br />

a sua colaboração na<br />

recuperação de torpedos ou a<br />

guarda de instalações.<br />

7584421 KM2<br />

Fonte: golfinhos.net<br />

7 584 421 KILOMETROS QUADRADOS É A<br />

EXTENSÃO DA AMAZÓNIA, CONSIDERADA O<br />

PULMÃO DO MUNDO. ABRANGE 9 PAÍSES DA<br />

AMÉRICA DO SUL : BRASIL, BOLIVIA,<br />

7PLANETAS<br />

7 potenciais planetas habitáveis<br />

é o panorama do sistema<br />

solar trappist—1, descobertos<br />

em Maio de 2016. Três<br />

deles, seguidos, com maior<br />

probalidade de conter vida<br />

semelhante à do planeta terra.<br />

Não estamos sozinhos.<br />

Fonte: shifter.pt<br />

COLOMBIA, EQUADOR, VENEZUELA, PERU,<br />

GUIANA E GUIANA FRANCESA E SURINAME.<br />

FONTE: INPA<br />

20:02 Horas<br />

20:02 horas do dia 22 de Outubro de<br />

2017, inicia a estação de outono em<br />

portugal. 01.54 horas, 23/09/2018/ 07:54<br />

horas, 23/09/2019<br />

Fonte: calenderr.com<br />

Setembro CONSCIENTE 9


SENTIDOS SOCIAIS<br />

APOIOS<br />

SOCIAIS<br />

Quais São?<br />

10 CONSCIENTE Setembro


Em Portugal o direito à proteção social está consagrado na<br />

Constituição. Num estado social, a organização política e económica<br />

coloca o estado como o agente principal na promoção social e<br />

organizador da economia. Regulamenta áreas de toda a vida social,<br />

política e económica do país, numa filosofia que pretende assegurar<br />

de forma universal e equitativa o bem-estar social, garantindo<br />

serviços públicos de proteção à população. Em Portugal, o Instituto<br />

da Segurança Social, I.P. constitui o sistema nacional precursor<br />

desta intervenção. Os apoios no sistema português são inúmeros e<br />

abarcam o ciclo de vida do ser humano, medidas que pretendem<br />

proteger desde o nascimento até à morte. De que apoios sociais<br />

falamos? Com que medidas podemos contar nas horas mais<br />

desesperantes da nossa vida? Conheça os seus direitos e o que pode<br />

requerer através da segurança social.<br />

Por Mafalda Marques<br />

O<br />

estado português tem-se<br />

preocupado em definir medidas de<br />

proteção social universal, no<br />

sentido de conseguir garantir<br />

direitos e minimizar as consequências das<br />

situações de pobreza, exclusão social e<br />

profissional e riscos associados a doença,<br />

invalidez, deficiência, velhice e morte. Os<br />

direitos e os benefícios que são concedidos no<br />

âmbito da Segurança Social, vulgarmente<br />

denominados apoios sociais, estão organizados<br />

em duas áreas temáticas, as prestações sociais e<br />

as respostas sociais. Prestações Sociais—<br />

São prestações de natureza pecuniária que<br />

procuram compensar a perda de remuneração<br />

de trabalho ou assegurar valores mínimos de<br />

subsistência ou de combate à pobreza. As<br />

medidas de proteção iniciam o seu ciclo no<br />

abono de família pré-natal, prestação atribuída<br />

ainda durante o período de gravidez. Para casos<br />

específicos estão previstos subsídios por risco<br />

clínico durante a gravidez, subsídios por<br />

interrupção da gravidez e ainda um subsídio por<br />

riscos específicos, uma prestação atribuída a<br />

quem esteja exposta a riscos que prejudiquem a<br />

sua segurança e saúde durante a atividade<br />

profissional. (cont.)<br />

Setembro CONSCIENTE 11


Em caso de criança com deficiência ainda acresce<br />

uma bonificação do abono de família. A educação<br />

não é esquecida e no sentido de combater o<br />

abandono escolar, melhorar a qualificação dos<br />

jovens em idade escolar e compensar os encargos<br />

acrescidos com a frequência escolar obrigatória, o<br />

sistema prevê a atribuição de bolsas de estudo. No<br />

caso da deficiência está previsto um subsídio de<br />

educação especial, que pretende garantir que<br />

qualquer família possa ter acesso a serviços<br />

adequados de educação. Na área da deficiência as<br />

prestações sociais pretendem compensar o<br />

acréscimo de despesas e redução de rendimentos,<br />

do beneficiário ou do seu agregado familiar devido<br />

à sua situação de deficiência. Para além dos<br />

previstos na infância, os cidadãos com deficiência<br />

maiores de 18 anos podem usufruir do subsídio<br />

mensal vitalício, quando exista uma<br />

impossibilidade de assegurar a subsistência pelo<br />

exercício de uma atividade profissional, podendo<br />

ainda ser acumulado com o complemento<br />

extraordinário de solidariedade. Em situação de<br />

dependência que necessite do acompanhamento<br />

permanente de terceira pessoa, está previsto um<br />

subsídio específico. Nesta área foi recentemente<br />

aprovada uma nova medida, a prestação social<br />

para a inclusão (PSI), uma prestação que será<br />

atribuída a pessoas com deficiência ou<br />

incapacidade igual ou superior a 80% e que<br />

entrará em vigor já a partir de outubro. Na área<br />

dos idosos, a pensão de velhice e social de velhice<br />

é atribuída aos beneficiários quando atingem a<br />

idade legalmente definida para a cessação do<br />

exercício da atividade profissional, à qual ainda<br />

pode acrescer o complemento solidário para<br />

idosos. Os pensionistas de velhice e de invalidez<br />

do regime geral da segurança social com cônjuge a<br />

cargo também podem usufruir de um<br />

complemento específico. Em situação de<br />

dependência que necessite do acompanhamento<br />

permanente de terceira pessoa está previsto a<br />

atribuição de um complemento. Aos antigos<br />

combatentes o sistema de proteção prevê ainda<br />

um suplemento especial de pensão. Existe uma<br />

manifesta preocupação na área da saúde neste<br />

grupo específico, pelo que o sistema prevê um<br />

apoio adicional aos idosos que recebem o<br />

complemento solidário, que se concretiza com o<br />

reembolso de parte das despesas de saúde em caso<br />

de compra de medicamentos, de óculos/lentes,<br />

compra ou reparação de próteses dentárias<br />

removíveis e consultas de dentista/<br />

estomatologista. O direito aos cuidados saúde é<br />

universal e o sistema de proteção português prevê<br />

algumas compensações, nomeadamente em caso<br />

de doença e/ou incapacidade - subsídio de doença,<br />

subsídio para assistência a filho e a neto, doença<br />

profissional, incapacidade temporária ou pensão<br />

de invalidez. Nem em caso de morte os apoios são<br />

menosprezados. O sistema prevê compensações,<br />

nomeadamente subsídio ou reembolso de<br />

despesas de funeral, subsídio por morte e pensões<br />

de orfandade ou viuvez. Em situação de<br />

desemprego, uma realidade tão próxima dos<br />

cidadãos portugueses nestes últimos anos, o<br />

sistema prevê compensação através do subsídio de<br />

desemprego e subsídio por cessação de atividade.<br />

Por fim, e num âmbito mais alargado de combate<br />

à pobreza e à exclusão social, o sistema contempla<br />

ainda, o subsídio de renda de casa para habitação,<br />

subsídio de caráter eventual em situações de<br />

carência económica imediata (e.g. apoio nas<br />

despesas no âmbito da saúde e aquisição de bens e<br />

serviços de primeira necessidade).<br />

12 CONSCIENTE Setembro


O rendimento social de inserção é também uma<br />

prestação para cidadãos e famílias mais<br />

carenciadas, um apoio monetário para satisfação<br />

das necessidades básicas que se conjuga com um<br />

programa de inserção social e profissional. Não<br />

foi esquecido o apoio de natureza jurídica,<br />

salvaguardando o direito dos cidadãos a<br />

representação em processos judiciais nos<br />

tribunais.<br />

Respostas Sociais<br />

O Estado apoia e fiscaliza, nos termos da lei, a<br />

atividade e o funcionamento das instituições<br />

particulares de solidariedade social ou de<br />

reconhecido interesse público sem carácter<br />

lucrativo que têm em vista a prossecução de<br />

objetivos de solidariedade social. Na área da<br />

infância, o sistema propõe um conjunto de<br />

respostas diversificadas. As amas, creche familiar<br />

(quando as amas estão associadas a uma<br />

instituição) e creche (em instituição), são<br />

serviços que têm como finalidade cuidar de<br />

crianças até aos três anos de idade, ou até<br />

atingirem a idade de ingresso no estabelecimento<br />

de educação pré-escolar, sendo que nas duas<br />

primeiras, o serviço é prestado na residência das<br />

amas. Os estabelecimentos de educação préescolar<br />

dão resposta a crianças entre os três anos<br />

e a idade de ingresso no ensino básico. Na idade<br />

escolar, os centros de atividades de tempos livres<br />

estão preparados para as atividades de lazer em<br />

períodos diários de tempo não letivo. Na área da<br />

deficiência, os apoios estão pensados para uma<br />

resposta muito precoce, iniciando a ação através<br />

da intervenção precoce, resposta que pretende<br />

garantir condições de desenvolvimento das<br />

crianças dos zero aos seis anos que apresentem<br />

alterações nas funções ou estruturas do corpo<br />

que limitam o crescimento pessoal e social, bem<br />

como das que apresentam grave risco de atraso<br />

de desenvolvimento. O apoio em regime<br />

ambulatório é uma resposta que desenvolve<br />

atividades de avaliação, orientação e intervenção<br />

terapêutica e socioeducativa, junto de crianças a<br />

partir dos sete anos. Os centros de atendimento,<br />

acompanhamento e reabilitação social e os<br />

centros de atividades ocupacionais, são respostas<br />

que pretendem assegurar o atendimento e<br />

acompanhamento a pessoas com deficiência e<br />

incapacidade através de serviços terapêuticos<br />

especializados e de atividades que visam o<br />

desenvolvimento pessoal e social, dando também<br />

suporte às famílias ou cuidadores. Para os nossos<br />

avós, os centros de convívio e centros dia, são<br />

respostas sociais direcionadas para o apoio a<br />

atividades sociais, recreativas e culturais. Para as<br />

famílias que necessitem de respostas mais<br />

efetivas e permanentes (ou por situações<br />

identificadas de risco), contamos com um<br />

conjunto de respostas que pressupõem de<br />

alguma forma a institucionalização ou integração<br />

em segundas famílias. O acolhimento familiar é<br />

uma resposta que se traduz na integração em<br />

famílias consideradas idóneas. É prevista para a<br />

área dos idosos, deficiência e infância. O<br />

alojamento coletivo é uma resposta prevista para<br />

a área dos idosos, deficiência e infância,<br />

contando com estruturas residenciais para<br />

idosos, lar residencial/residências autónomas e<br />

lar de infância e juventude/apartamento de<br />

autonomização respetivamente. Os centros de<br />

noite preveem o acolhimento noturno de pessoas<br />

idosas.<br />

Setembro CONSCIENTE 13


Guião Social<br />

Como posso saber se tenho direito a prestação<br />

da segurança social?<br />

Em www.seg-social.pt pode consultar toda a informação por temas. Terá acesso<br />

a informação muito útil e prática que lhe contextualiza a prestação (quem tem<br />

direito, quais as condições elegíveis, a duração e valores a receber, o que deve<br />

fazer para requerer e quais os deveres e sanções). Nos Guias Práticos disponíveis<br />

no site também poderá obter informação mais específica sobre o que pretende.<br />

Caso prefira, poderá dirigir-se ao serviço de atendimento da sua área de<br />

residência (informação sobre o seu serviço local disponível também no site, com<br />

possibilidade de marcar on-line ou telefonicamente o seu atendimento).<br />

De que forma posso requerer as prestações<br />

familiares?<br />

Tem disponível em www.seg-social.pt formulários e toda a informação de<br />

documentação a ser entregue. Algumas prestações podem ser requeridas através<br />

da segurança social direta, à qual pode aceder diretamente ou através do site da<br />

segurança social.<br />

Como posso saber que respostas sociais tenho<br />

disponíveis na área geográfica que pretendo?<br />

No site www.cartasocial.pt pode ter acesso à lista de respostas sociais a nível<br />

nacional. Será igualmente possível aceder à rede social do seu concelho (através<br />

do site da sua Câmara Municipal) que poderá disponibilizar o manual de rede de<br />

apoios do concelho.<br />

Para mais informações….<br />

Atendimento telefónico da Segurança Social 300 502 502 (dias úteis, das 9h às<br />

17h).<br />

Explore o site da segurança social, uma ferramenta muito intuitiva, rica e<br />

prática.<br />

14 CONSCIENTE Setembro


EMPREGO & CARREIRAS<br />

Entrada no<br />

Mercado de<br />

Trabalho<br />

Por Andreia Rodrigues de Almeida


O mercado de trabalho tem vindo a definir-se pela<br />

incerteza e permanente mudança. Cada vez mais<br />

surgem novas profissões, requerendo desta forma novos<br />

conhecimentos e novas competências. Profissões que há<br />

sensivelmente poucos anos atrás, exibiam altas taxas de<br />

empregabilidade, atualmente revelam-se como sendo<br />

áreas profissionais saturadas. O diploma adquirido na<br />

conclusão de um ciclo académico, não corresponde<br />

obrigatoriamente a um emprego nessa mesma área.<br />

Posto isto, é essencial que no momento em que se<br />

decide qual a formação a investir, sejamos capazes de<br />

acompanhar as contínuas alterações do mercado de<br />

trabalho, de modo a readaptar as opções tomadas.<br />

Devemos nesse caso, olhar para o período de formação<br />

como sendo um momento de preparação para a<br />

integração profissional.<br />

A<br />

entrada no mercado de trabalho nunca foi<br />

simples, mesmo para os jovens com uma<br />

educação adequada, que se encontram a viver numa<br />

economia em constante crescimento. As dificuldades<br />

ocorrem, na sua maioria, devido às escolas nem<br />

sempre prepararem os seus alunos para o mundo do<br />

trabalho. Para além dos conteúdos básicos<br />

procurados pelos empregadores, tais como, a<br />

capacidade de comunicação, existem ainda<br />

requisitos comportamentais que raramente são<br />

instruídos. Tratam-se das chamadas competências<br />

socioemocionais (soft skills), que envolvem aspectos<br />

como o autocontrolo, foco, capacidade de<br />

colaboração e proatividade. Uma outra dificuldade<br />

sentida pelos jovens, é que os mesmos se encontram<br />

em processo de descoberta. (cont.)<br />

Setembro CONSCIENTE 17


Deste modo, a rotatividade tende a ser muito<br />

elevada entre os jovens que entram e saem de<br />

diversos trabalhos, até encontrarem algo mais<br />

definitivo. Esta situação igualmente constitui<br />

enormes desafios para os jovens que frequentam o<br />

ensino técnico e o superior. Por um lado, os níveis<br />

de evasão são deveras elevados, dado que a<br />

semelhante dificuldade com que os jovens se<br />

deparam para se identificarem com um trabalho,<br />

experimentam ao escolher uma carreira. No<br />

entanto, por outro lado, o grande processo de<br />

transformação tecnológica em curso tem colocado<br />

em causa a lógica da formação “para toda a vida”<br />

que a maioria das universidades procura oferecer.<br />

De um modo geral, um dos principais problemas<br />

da nossa situação é em relação ao estudo, e como<br />

tal, cada vez mais o ensino técnico é o caminho<br />

mais curto para o mercado de trabalho com<br />

perspectivas de ingresso ao ensino superior. O<br />

crescimento dos Cursos Técnicos é um fator<br />

favorável para a educação e bastante estimulante/<br />

motivador como forte preparação para o mercado<br />

de trabalho. Os Cursos Técnicos são ótimos, pois<br />

possibilitam uma entrada mais célere no mercado<br />

de trabalho e muitas vezes profissionais formados<br />

por esses cursos conseguem mais ofertas de<br />

empregos e estágios do que os recém formados do<br />

ensino superior. Não obstante, como forma de<br />

contribuir para a empregabilidade dos seus<br />

diplomados, diversas instituições de ensino<br />

superior têm introduzido cada vez mais estágios<br />

curriculares nas suas licenciaturas. Os estágios<br />

curriculares permitem minimizar o impacto da<br />

inserção no mundo laboral, o que pode contribuir<br />

para uma maior autoestima dos graduados, bem<br />

como para uma atitude mais pró-ativa na procura<br />

de emprego, funcionando de certa forma, como o<br />

primeiro contacto com o mundo do trabalho. Os<br />

estágios curriculares permitem ainda a aplicação<br />

dos conhecimentos obtidos pelos estudantes ao<br />

‘..cada vez mais o ensino<br />

técnico é o caminho mais<br />

curto para o mercado de<br />

trabalho com perspectivas de<br />

ingresso ao ensino<br />

superior....’<br />

longo da licenciatura num contexto real de<br />

trabalho, permitindo a clarificação e ampliação<br />

dos mesmos, o que poderá vir a ser fundamental<br />

para a obtenção de competências específicas<br />

cruciais para um desempenho profissional de<br />

maior qualidade. Efetivamente, com a grande<br />

competitividade existente no mercado, as<br />

pessoas que pretendem começar a fazer parte<br />

deste meio ou as pessoas que pretendem<br />

reentrar no mesmo, devem estar atentas às<br />

seguintes dicas:<br />

18 CONSCIENTE Setembro


Renove-se!<br />

1 – Esteja presente no seu meio de trabalho: Estar presente no seu m eio de trabalho, é<br />

fundamental para se consolidar na sua área. Ir a palestras, conferências, eventos… ou qualquer outra ocasião<br />

que esteja minimamente relacionada com o seu meio de trabalho, é uma oportunidade a não perder que o vai<br />

ajudar a conseguir melhores colocações no mercado, dado que poderá fazer novos contactos e manter-se<br />

atualizado com as novidades deste mercado; 2 – Divulgue o seu Curriculum Vitae: A divulgação é a<br />

alma de qualquer negócio, e como tal se o seu objetivo é conseguir um bom emprego, o ideal é divulgar o seu<br />

currículo. Comece por procurar o maior número de sites e redes sociais credíveis onde possa colocar o seu<br />

currículo. O Linkedin, por exemplo, é uma ótima rede social para divulgar o seu trabalho, e já muitas pessoas<br />

receberam propostas de emprego através do seu perfil; 3 – Networking: Deve sempre manter os<br />

contactos de ex-empregos, faculdades, cursos, etc. e acima de tudo, igualmente criar novos<br />

laços profissionais a fim de ser recomendado. Hoje em dia, m uitas em presas apenas<br />

contratam novos profissionais com indicação de outros funcionários. Isso é uma forma de trabalhar com<br />

pessoas mais responsáveis e de confiança, ou seja, existe uma menor probabilidade de ter problemas futuros;<br />

4 – Esteja preparado para uma entrevista: Do que adianta ter um a am pla rede de contactos,<br />

conhecer o mercado e enviar o seu currículo, se quando o chamam para uma entrevista de trabalho você não<br />

está sequer preparado? Lembre-se sempre das regras básicas para uma boa entrevista: vista-se de forma<br />

adequada, seja pontual, responda a todas as perguntas colocadas pelo técnico de recrutamento de forma<br />

confiante e não minta em nenhum momento. Procure sempre demonstrar tranquilidade e jamais mostre que<br />

está desesperado por uma vaga de emprego, pois isso irá diminuir as suas possibilidades de entrada ou<br />

reentrada no mercado de trabalho; 5 – Tenha um objetivo: Quando as pessoas estão a tentar entrar<br />

ou reentrar no mercado de trabalho, muitas vezes, tendem a “atirar para todos os lados” e não se focam em<br />

alguma profissão ou área. Isto não é bom, pois acaba por passa a ideia de um profissional que não sabe<br />

exatamente o que pretende e que “qualquer coisa serve”. Em vez de agir desta forma, procure especializar-se<br />

na sua área o máximo possível e demonstre como se pode destacar e conseguir uma qualificação de acordo<br />

com os seus objetivos profissionais; 6 – Não abandone a sua vida pessoal: Mesm o que esteja focado<br />

em conseguir uma colocação/recolocação profissional, não permita que esta situação afete a sua vida pessoal.<br />

Isso não é bom por várias razões. Em primeiro lugar está sua saúde, pois apenas pessoas saudáveis são<br />

capazes de trabalhar bem. Para além disso, o seu estado psicológico deve estar preparado para qualquer<br />

entrevista eventual que possa surgir, de forma com que você se sinta confiante na entrevista; 7 – Aprenda a<br />

destacar as suas qualidades: Não adianta você saber que é bom em algum a coisa, deve<br />

igualmente mostrar e tentar convencer as pessoas que é bom naquilo que faz. Isso vai ajudá-lo não só numa<br />

entrevista como numa possível recomendação para uma vaga de emprego Seja você mesmo e utilize as suas<br />

próprias qualidades para convencer as pessoas; 8- Faça uma atualização dos seus conhecimentos e<br />

procure aprofundá-los: O m ercado de trabalho, exige atualização e qualificação. Procure fazer<br />

novos cursos ou ler livros sobre a sua área para se atualizar acerca das novidades do momento. Nos dias de<br />

hoje, a internet oferece cada vez mais uma variedade de cursos online que podem ajudá-lo neste momento, e<br />

muitos deles são gratuitos. Como sugestão, recomendo o filme “Em busca da felicidade” (The Pursuit of<br />

Happyness), que nos prova que a determinação é a chave para qualquer sector da nossa vida.<br />

Setembro CONSCIENTE 19


N AS N OS SAS M Ã OS<br />

Quando a<br />

Criança<br />

se Isola<br />

Por Maria Paula Dias<br />

As crianças são fonte de emoções. Risos, gargalhadas altas,<br />

guinchos, choros e birras são comportamentos habituais. A<br />

beleza do mundo, as suas cores, as atividades, as pessoas, por<br />

norma, fazem o ser humano em crescimento sorrir. A sua<br />

bondade natural, a sua simplicidade e a sua ingenuidade dãolhe<br />

um colorido que transporta uma vivacidade característica.<br />

Quando a criança habitualmente faladora e sorridente se<br />

isola, algo está errado.<br />

20 CONSCIENTE Setembro


U<br />

ma criança que se isola, se retrai<br />

em brincadeiras, desvia o olhar e<br />

prefere ficar sozinha é uma criança<br />

em sofrimento. Uma criança que<br />

prefere ficar afastada das outras é uma criança<br />

que pode estar a ser vítima de agressão, física ou<br />

psicológica, grave ou menos grave. Assim falamos<br />

quando pensamos em bullying, chantagens,<br />

troça ou ameaças. Estas agressões podem vir do<br />

meio escolar ou do meio familiar. Se uma criança<br />

se retrai do relacionamento com os outros poderá<br />

não ser por timidez que apresenta outros contornos<br />

facilmente detectáveis mas sim por insegurança<br />

advindas de experiências negativas. Se sente<br />

o mundo de forma positiva, na abertura e na<br />

expansão do seu saber e da sua curiosidade, acolhendo-a,<br />

a criança reconhece-o e reconhece-se.<br />

Abre-se e expande-se. Deseja antes de mais aumentar<br />

as suas capacidades e a sua vontade face<br />

ao que não conhece é impulsionado para a frente.<br />

Se a abraçam, ela também abraça. Se não a abraçam,<br />

ela também não abraça e sofre. Quando o<br />

mundo não está ao seu alcance, é grande, poderoso<br />

e lhe incute temor e dificuldades inultrapassáveis,<br />

ela retrai-se, por frustração mas por insegurança<br />

em especial. Não se sente competente,<br />

interessante, gostada e admirada pelo outro. Está<br />

aquém e diminuída. O mundo é feio e o outro um<br />

ser muito complicado, imprevisível. A sua insegurança,<br />

por transferência ou própria por resultado de experiências<br />

fracassadas ou anuladas está na origem<br />

sobre a sua inabilidade para se relacionar, participar<br />

nas atividades mais simples. Afasta-se. Isola-se. O<br />

que fazer nesta situação? O que pensar? Investigue.<br />

Aproveite o momento para falar com a criança. Sem<br />

culpa e com tempo. Abrace o momento para ser abraçada.<br />

As crianças têm uma tendência natural para serem<br />

sinceras mas compreendem e leem, muitas vezes<br />

melhor que os adultos. Brinque. Fale de assuntos corriqueiros,<br />

de pó de fadas e também do que a leva a<br />

isolar-se. Investigue.<br />

Setembro CONCIENTE 21


Entenda:<br />

O espaço físico e relacional que ela procura para se sentir<br />

bem<br />

Quem são os outros que ela segue, na escola?<br />

Como comunica com os outros?<br />

<br />

Os seus comportamentos de isolamento:<br />

São atuais ou descrevem uma espécie de trajetória, ascende<br />

ou descendente<br />

Confundem-se com uma outra história tambem recente<br />

ou habitual de isolamento?<br />

<br />

Que lugar ocupa na dinâmica familiar:<br />

de confusão, de silêncio, de conforto, de descontração<br />

Irá encontrar ao longo da sua pequena investigação<br />

algumas respostas que a levarão a encontrar um fio<br />

condutor justificador do comportamento de isolamento<br />

da criança. Se não conseguir poderá sempre pedir ajuda<br />

a um bom/boa amigo/a ou ajuda profissional. A criança<br />

pode esconder um problema maior que vai além<br />

uma situação de conflito psicológico simples. Nesta situação<br />

pode sempre resolvê-la com pequenos passos e<br />

mudanças que a ajudem a sair da sua cápsula.<br />

Leve-a a parques verdes e/ou temáticos<br />

onde ela possa interagir com outras crianças<br />

Experimente atividades lúdicas na qual a<br />

criança possa participar e conviver<br />

<br />

Investigue atividades desportivas que a<br />

possam interessar<br />

22 CONSCIENTE Setembro


Setembro CONCIENTE 25


A TERRA daqui<br />

26 CONSCIENTE Setembro


a 200 ANOS<br />

DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

Com a revolução tecnológica sonhamos, prevemos<br />

e inventamos em todos os campos, em todas as<br />

áreas científicas. Criamos novos conceitos, ligamos<br />

e transformamos antigos quase de forma sedenta.<br />

Procuramos bem-estar, saúde e felicidade. Todos<br />

de olhos nas novas informações sobre Universo,<br />

Esperança e também na Imortalidade. Estes são os<br />

motores de atenção psíquica que vão moldando a<br />

nova era. Entramos devagar. Sem previsões exageradas<br />

ou descabidas, também nós fomos procurar<br />

respostas para refletirmos o futuro da espécie humana<br />

na TERRA. A nossa evolução até 50, 100 e<br />

200 anos.


DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

Quando iniciámos uma pesquisa sobre como seremos<br />

no futuro, milhares de artigos, series e<br />

vídeos estão disponíveis para ler, ouvir e ver em<br />

projeções das mais incríveis, das possíveis, coerentes<br />

até às mais cómicas e verdadeiramente<br />

impossíveis de ocorrer. Realçamos, desde já, a<br />

serie do canal Odisseia sonhar o futuro que passa<br />

na televisão atualmente. Esta série, com algum<br />

relevo e seriedade, pretende dar a conhecer<br />

a realidade evolutiva dos dias de hoje e aquilo<br />

que provavelmente vai acontecer até daqui a 50<br />

anos, até 2067. Em diferentes áreas – na energia,<br />

na cozinha, na moda, na formação, na saúde<br />

e no ambiente. Sem retirar o protagonismo e a<br />

cientificidade de uma série que vale a pena seguir,<br />

resumimos que nos parece que teremos um melhor<br />

futuro, mais trabalhoso, mais desafiante mas<br />

com melhor bem estar e saúde. Existem muitas<br />

outras hipóteses, nas projeções futuristas, que<br />

estarão mais corretas do que outras, por diferentes<br />

variáveis, por certo. Entre estas contamos<br />

aquelas provenientes da economia e dos fundos<br />

de investimento ou de importância para a maioria,<br />

como é o caso do consumo de energia. Pelos<br />

dados da WorldMeters – Estatísticas Mundiais<br />

em Tempo Real – verificamos que extraímos, ao<br />

dia de hoje – 27 de Julho – , pelas 7 horas da manha,<br />

cerca de 35.198.945 barris de petróleo e temos<br />

cerca de 16.759 dias até o petróleo acabar, se<br />

não fosse mais extraído. Ainda 27 de Julho de hoje<br />

temos cerca de 149 mil dias até o carvão terminar<br />

e cerca de 58 mil dias até o gás acabar. Concluindo,<br />

vamos extraindo da natureza todo o tipo<br />

de combustíveis fosseis para que o quotidiano à<br />

volta do mundo para os seus 7 milhões de habitantes<br />

seja igual ao do dia anterior ou melhor!<br />

85% dos combustíveis que utilizamos nas mais<br />

pequenas tarefas são combustíveis fosseis, uma<br />

grande preocupação para cientistas, políticos e<br />

todos aqueles que se preocupam e têm a responsabilidade<br />

de gerir ambiente e energia. A fóssil<br />

acabará. (cont.)<br />

28 CONSCIENTE Setembro


Os recursos de gás e carvão são limitados já para 7<br />

milhões de habitantes, como será quando formos 9<br />

milhões, daqui a uns poucos anos? A transição<br />

energética terá que ser efetuada. Como? As ideias<br />

expandem-se! A energia solar avança bem como a<br />

energia eólica assim como a energia material a explorar<br />

dos asteroides. Esta ultima é a fronteira a<br />

desejar e ultrapassar já por muitos. Sociedades,<br />

organizações e empresas agregam-se para avançarmos<br />

a todo gás! A Planetary Resourses é uma dessas<br />

empresas. Foi fundada em 2009, é americana e<br />

é a que no mundo apresenta uma grande proposta<br />

para a prospecção mineral espacial. O plano desta<br />

empresa é simples. Consiste em lançar telescópios<br />

espaciais, cada um à sua vez, capaz de observarem<br />

com precisão os NEO’s ( Near Earth Objects) (ver<br />

caixa) que apresentam uma trajetória tangencial à<br />

Terra, possibilitando a nossa aproximação e exploração<br />

mineral quando tal ocorre. O componente de<br />

grande interesse é a água que pode ser eletrolisada<br />

para criar oxigénio e hidrogénio – combustíveis<br />

essenciais para a própria mineração espacial no<br />

próprio asteroide. Assim é a ideia já em evolução.<br />

O ouro e a platina são os seguintes numa lista de<br />

interesse, não só pelo que representam em termos<br />

monetários mas pela sua própria composição química.<br />

E não falamos em quilinhos de ouro e platina<br />

mas de muitas toneladas que ultrapassam a riqueza<br />

mundial TOTAL com poucos ou menos de meia<br />

dúzia de asteroides mineralizados.<br />

NEO—Near Earth Object—Objeto Próximo da Terra.<br />

Um NEO é um asteroide, cometa ou meteorito que orbita<br />

perto da Terra, a distâncias semelhantes às da Lua.<br />

Porque pode haver risco de colisão estes objetos são<br />

observados pela NASA através de um projeto específico<br />

chamado SpaceGuard.<br />

DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

Setembro CONSCIENTE 29


DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

A Planetary Resourses está sediada em Washington,<br />

Redmond e foi fundada por Eric Anderson<br />

e Peter Diamandis. Apresentam como<br />

investidores de nome sonante tais como Sir Richard<br />

Branson , fundador da Virgin ou Larry<br />

Page fundador da Google. A Deep Space, fundada<br />

em 2013 té outra empresa de exploração mineral<br />

dos asteroides que tem dado passos nesse<br />

sentido. Em 2020 pretende dar início à exploração<br />

apresentando dois projetos em colaboração<br />

com outros países tais como o prospector X. O<br />

consumo de energia nos dirá muito sobre a nossa<br />

capacidade de evolução e o caminho escolhido.<br />

Antes de povoarmos outros planetas, vamos<br />

explorar os rochedos que flutuam à nossa volta,<br />

com aquisição de um poder económico astronómico.<br />

Os EUA lideram o caminho contudo a<br />

China e a Russia seguem perto e em algum secretismo.<br />

Pelas suas previsões adiantadas nos<br />

seus websites de relevo,<br />

(deepspaceindustries.com, planetaryresources.com)<br />

as suas conquistas irão se fazer sentir<br />

daqui a 50/70 anos. Muito se dirá ao longo deste<br />

percurso com a conquista de diferentes poderes<br />

económicos maiores que a riqueza mundial<br />

e a sua gestão. Certo será que este percurso em<br />

muito influenciará, não sozinho, as mudanças<br />

consideráveis ao nível laboral, das tarefas que o<br />

ser humano desempenha nas diferentes áreas<br />

do saber. Seremos mais formados e mais especializados,<br />

novas funções e novas profissões surgirão,<br />

em especial as ligadas às novas tecnologias.<br />

A tendência será para um maior esforço cognitivo<br />

apesar da promoção da facilidade quotidiana<br />

que todos procuraremos, contudo, mais inteligentes<br />

ou com maior capacidade de apreensão<br />

da complexidade e retenção desta. Já, atualmente,<br />

apresentamos uma tendência para estudar<br />

mais. Os incentivos ao estudo, o desemprego<br />

grande em áreas com (cont).<br />

‘...Esta alteração a faz<br />

50/70 anos, muito dirá<br />

guida se irá passar no<br />

za adquirida despropo<br />

‘.....com parceiros robó<br />

que acompanharão o no<br />

lhança dos assistentes p<br />

30 CONSCIENTE Setembro


er-se notar daqui a<br />

sobre o que de semundo<br />

com a riquercional...’<br />

ticos a 3 dimensões<br />

sso dia-a-dia à semeessoais<br />

....’<br />

menos potencial económico para grandes grupos<br />

leva, tal como já assistismos à construção e à criação<br />

de novos conceitos, novas linhas de pensamento<br />

e de ser em significação, novas morais<br />

com assento que vai além a tecnologia pura mas<br />

moldada pela abertura ao espaço, ao universo e<br />

ao homem na sua plena existência. Experiências<br />

para a integração da robótica já é uma realidade<br />

em 2017. Em 2217 será uma certeza quotidiana,<br />

impensável na ausência. A Linguagem e comunicação<br />

já em mudança tambem seguirá esse curso.<br />

Mesmo sem consenso e tambem porque a nossa<br />

história passada não é conhecida, a comunicação<br />

oral, surgiu há cerca de 50 mil anos e a escrita há<br />

cerca de 3 mil anos. E continua a evoluir. Concordamos<br />

com Michio Kaku, Professor e Físico<br />

da Universidade de Nova Iorque, quando este<br />

afirma que a língua natural acabará por se unificar<br />

ao longo dos anos numa fala universalmente,<br />

não só pelas evoluções tecnológicas que aproximarão<br />

as pessoas mas também por todas as alterações<br />

que temos vindo a descrever. Ainda ao<br />

nível da educação, cada vez mais, hoje em dia nos<br />

afastamos da escola tradicional para entrarmos<br />

numa escola cuja integrará diferentes línguas<br />

acessíveis a todos, independentemente da sua,<br />

robôs e todo o tipo de personal computers. Daqui<br />

a 100 anos, a robótica fará parte da educação e<br />

da formação. Conhecimentos de mecânica, mecatrónica<br />

e programação poderão fazer parte das<br />

disciplinas que agora timidamente abordam o<br />

universo e apenas um sistema solar: o nosso. Conhecimentos<br />

mais complexos e avançados farão<br />

parte do quotidiano. Viveremos, provavelmente<br />

com parceiros robóticos a 3 dimensões que<br />

acompanharão o nosso dia-a-dia à semelhança<br />

dos assistentes pessoais no office ou na Siri instalado<br />

em iPhones e iPads. O estudo em saúde<br />

também sofrerá, com toda a certeza alterações. A<br />

média de esperança de vida tem vindo a aumentar<br />

mais depressa, estando nós quase ao nível dos<br />

90 anos.<br />

Setembro CONSCIENTE 31<br />

DOSSIER EXPERIÊNCIA


DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

Em 2217 estaremos perto dos 150 anos? Não conseguimos<br />

prever o futuro sem ‘ajudas’, nem estamos<br />

em 2217 ainda. Muitas variáveis jogam na<br />

questão indecifrável até hoje: a nossa imortalidade<br />

material e espiritual. Embora de carácter frágil e<br />

dependente de grupos económicos e interesses que<br />

vão além o interesse e o verdadeiro bem estar, conservamos<br />

a ideia de sobrevivência para a evolução<br />

de todas as disciplinas que reinam no nosso planeta.<br />

A evolução biológica dos seres humanos continuará,<br />

ocorrendo pelas leis naturais do mais forte,<br />

mais saudável, mais adaptado, façamos o que façamos<br />

para controlar, manipular ou alterar a mesma.<br />

Insisteremos em evoluir e a expandirmo-nos,<br />

fazendo sempre com que o meio no qual<br />

habitamos e do qual dependemos se adapte a nós.<br />

Esta é a lei mais certa de todas.<br />

Independentemente da nossa evolução<br />

tecnológica, ambiental ou fisíca a água sairá<br />

sempre de uma espécie de torneira, controlada, o<br />

alimento será sempre comido com alguma<br />

confeção e/ou conservação. Incorporaremos a<br />

tecnologia no nosso corpo como já o acontece<br />

contudo de forma mais efetiva. A titulo de<br />

exemplo, vejamos o atleta da Africa do Sul – Óscar<br />

Pistórius – de pernas amputadas– que usa<br />

próteses biónicas de fibra de carbono tendo ganho<br />

diversas medalhas de ouro nos jogos paralímpicos.<br />

Outro são as próteses que são apresentadas na<br />

Nucleus Medical Media que são a prova dos<br />

avanços da medicina com grande ajuda das<br />

engenharias bio. Estas serão o nosso futuro em<br />

medicina em especial. Homem e Máquina. José<br />

Luís Cordeiro, Professor na Universidade de<br />

Silicon Valley e Transhumanista, defensor da<br />

evolução pela energia, afirma que os avanços a que<br />

assistimos não são nada comparados com aqueles<br />

que vamos assistir daqui em diante. Nos próximos<br />

20 anos, vivenciaremos mais mudanças do que nos<br />

últimos 2 milénios. Em 40 anos, poderemos prevenir<br />

todas as doenças, ultrapassando , inclusive, os<br />

impasses que vamos criando com as prescrições<br />

abusivas e as doses erradas que aumentam a resistência<br />

das doenças aos medicamentos. A humanidade<br />

dará um salto para a pós-humanidade- a<br />

tecnologia substituirá a biologia. Os pós-humanos<br />

não dependerão apenas de sistemas baseados na<br />

química do carbono mas em componentes como o<br />

silício e outras plataformas mais convenientes para<br />

diferentes situações como as viagens espaciais.<br />

Singularidade Tecnológica é o termo que define a<br />

confluência de ramos como a nanotecnologia, a<br />

biotecnologia, a engenharia genética, a inteligência<br />

artificial, a clonagem terapêutica, a farmacologia e<br />

a ciência espacial, que, em breve, segundo futuristas<br />

como o engenheiro do Google Raymond Kurzweil,<br />

autor de várias obras, mudará o mundo que<br />

conhecemos.!<br />

32 CONSCIENTE Setembro


DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

Serão as engenharias biotecnológicas e nanotecnológicas<br />

que triunfarão na ciência médica, cujo o<br />

instrumento começa a ficar obsoleto e os conhecimentos<br />

volteiam em volta e meia para necessidades<br />

paralelas que nada têm a ver com saúde. Do<br />

seu livro –The Singularity Is Near – Raymond<br />

Kurweil afirma que vamos poder combater por<br />

completo um cancro e moldar o nosso ADN. Assim<br />

como a água vai sair sempre de uma torneira<br />

ou algo semelhante, controlável por um<br />

mecanismo de fácil manuseamento, assim<br />

como o nosso ADN será manuseado, teremos<br />

sempre janelas e chãos. As cidades do futuro<br />

não modificarão muito mais além daquelas<br />

que conhecemos, contudo sofrerão alterações<br />

importantes as quais não podemos deixar de<br />

mencionar. A tendência atual já falada e que<br />

se arrasta há já várias décadas é a desertificação<br />

das zonas periféricas em torno das grandes<br />

cidades. Com incentivos maiores, as pessoas<br />

insistem e bem, a nosso entender, a querer<br />

mudar-se para as cidades. Ora vejamos,<br />

há mais possibilidades de emprego, há mais possibilidades<br />

de saúde, embora em poluição, há<br />

mais oportunidades sociais, há mais oportunidades<br />

ambientais, embora haja mais poluição, há<br />

mais oportunidades de evolução, há agua, gás e<br />

calor canalizados, ou seja, há sempre mais possibilidades<br />

de bem-estar. E esta tendência não variará.<br />

Setembro CONSCIENTE 33


DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

A diferença entre aquilo que existe hoje e aquilo<br />

que será o futuro daqui a 200 anos, está na vertiginosa<br />

altura dos edíficios. Ora vejamos os exemplos<br />

daquilo que hoje em dia já se faz a pensar no futuro<br />

das megas-cidades tais como São Paulo, Dubai,<br />

Singapura, entre outras. No Brasil, surgiu o Edíficio<br />

COPAN (na página seguinte, em cima), em<br />

1966, pioneiro em altura habitacional. Tem cerca<br />

de 115 metros e 32 andares, cada cerca de 1160<br />

apartamentos. Com cerca de 36 apartamentos chega-nos<br />

recentemente o projeto OASIA ( à direita)<br />

que segundo o site engenhariacivil.com, apresenta<br />

cerca de 19 mil metros quadrados no centro da cidade.<br />

Pretende estar rodeado por fora e por dentro<br />

com um pequeno ecossistema com plantas de várias<br />

origens, insectos e pássaros, piscinas e jardins com<br />

passadeiras semelhantes às que se encontram nas<br />

avenidas marginais de rios e mares que conhecemos<br />

habitualmente. Tem à semelhança do Edifício CO-<br />

PAN, várias zonas para Centros Comerciais, lojas<br />

exteriores. Está reservado para hotelaria com preços<br />

à volta dos 200 euros/noite. Mas está entre os<br />

edifícios identificados como aqueles que farão parte<br />

do nosso Futuro. Outros farão e são o espelho daquilo<br />

que serão as megas cidades que irão transformar<br />

o aspecto da Terra . Entre esses está o LOTTE<br />

WORLD TOWER (em baixo) de 123 andares, mais<br />

100 que o edifício Copan e 556 metros, não é habitacional.<br />

Possui salas de cinemas, concertos, Aquário,<br />

lojas e restaurantes. Outro o KL118, em Kuala<br />

Lumpur na Malásia com 682 metros dos quais 400<br />

mil metros quadrados para habitação e hotelaria e<br />

espaço comercial. Estará finalizado em 2024.<br />

34 CONSCIENTE Setembro


DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

A TORRE DE JEDDAH, (à esquerda, em baixo)<br />

ainda em construção, será o edifício mais alto até<br />

hoje, além 700 metros de altura, habitacional com<br />

comércio e hotelaria. Terá cerca de 167 andares e<br />

estará finalizado em 2020. Foi financiado pelo<br />

príncipe Alaweed Bin Talal. Por fim salientamos o<br />

WUHAN GREENLAND CENTER (à direita) na<br />

China que estará pronto em 2018 para hotelaria e<br />

escritórios nos seus 125 andares numa altura de<br />

636 metros. Outros se seguirão, por certo. Em<br />

2217, estaremos além nuvens, com os pés no chão.<br />

Esta é a tendência futurista que mais se demarca,<br />

demarcará e resolverá a densidade populacional<br />

nas grandes cidades ou megas cidades que serão o<br />

futuro daqui a 100/200 anos. Com fauna e flora<br />

incorporados assim como o comércio em suficiência<br />

para abastecer em tudo os seus habitantes, fazendo<br />

parte de uma revolução tecnológica, inteligente<br />

e ambiental. Portanto se daqui a uns 200<br />

anos, de volta à Terra material, acordar numa cama<br />

ergonómica com lençóis e endredons de um<br />

material que respeitam animais e ambiente, peso<br />

nulo e perfume sempre fresco e observar pela sua<br />

janela panorâmica, a míseros metros um bando de<br />

flamingos (porque não são exclusivos do Quénia)<br />

enquanto bebe um Starbucks que adquiriu há 1<br />

minuto via mini- elevador de compras diretamente<br />

no seu apartamento, não se admire, porque leu<br />

este artigo.<br />

Setembro CONSCIENTE 35


DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

A estas alterações que serão necessárias daqui a<br />

não muitas décadas juntam-se outras que fazem<br />

da massificação de agregação dos humanos uma<br />

realidade mais concreta. E essas são as são as alterações<br />

climatéricas que eventualmente não devastarão<br />

a TERRA nos próximos 1000 anos, mas serão<br />

suficientes para mudar a sua face. Jean-Nöel<br />

Thépaut, coordenador do Serviço de monitorização<br />

das alterações do Programa Copernicus* e Andrew<br />

Sheperd, professor de observação da TERRA<br />

da Universidade de Leeds, no Reino Unido, responderam<br />

às perguntas de J. Wilks, jornalista da<br />

Euronews, a propósito da Cimeira do Clima – CO-<br />

P21*- que se realizou em Paris (Ver caixa). Dessa<br />

conversa, salientamos a certeza de J-N Thépaut de<br />

que a temperatura aumentou, o nível do mar está a<br />

subir, as camadas de gelo no mar a retroceder, e os<br />

glaciares estão a diminuir drasticamente. O gelo<br />

polar na Antártica e na Gronelândia vão ter muito<br />

menos gelo e as pessoas vão ter de se adaptar a estas<br />

mudanças terrestres que influenciarão o ar, as<br />

estações do ano. O planeta Terra é hoje muito diferente<br />

daquele que existia em 1997, na altura da Cimeira<br />

do Clima em Quioto. Se a tendência se mantiver<br />

é possível que daqui a 1000 ou 10,000 anos<br />

possa não haver camada de gelo na Gronelândia ou<br />

no Ártico. Não é muito provável mas pode acontecer.<br />

A subida do nível da água também nos fará subir<br />

e procurar lugares mais seguros. O desaparecimento<br />

de mais de uma centena de ilhas paradisíacas<br />

tais como as ilhas das Maldivas, as de San Blas,<br />

as ilhas de Marshall, ilhas de Salomão que já é uma<br />

evidência, tornar-se-á concretizada em pouco menos<br />

de 200 anos. Também as famosas Ilhas Cook<br />

repletas de tesouros de navios e aviões afundados<br />

desaparecerão como outras tantas do Pacífico.<br />

COP 21— Conferência das Nações<br />

Unidas sobre as Mudanças<br />

Climáticas de 2015 foi a 21ª sessão anual<br />

da convenção das Nações Unidas sobre as<br />

alterações climáticas com reunião dos paíse<br />

envolvidos. Acordo de Paris, é um novo acordo que<br />

contempla medidas para reduzir as emissões de<br />

gases que aumentam o efeito de estufa que a Terra<br />

tem vindo a sofrer e tem provocado o degelo que te<br />

ocorrido, em especial.<br />

‘....O desaparecimento<br />

de mais de uma<br />

centena de ilhas paradisíacas<br />

tais como<br />

as ilhas das Maldivas...’<br />

36 CONSCIENTE Setembro


Mais perto do céu, mais perto do espaço, assim<br />

evoluíremos nos próximos 200 anos. Com exploração<br />

de asteroides ricos em ouro e platina, para 2020. O<br />

terraformar Marte e torna-lo habitado por seres<br />

humanos tambem será alcançado antes de 2217, dada<br />

a nossa capacidade em ‘estufar’ a nossa própria Terra<br />

A comunicação com outras civilizações humanas de<br />

outros planetas e a sua influência tambem se fará<br />

sentir. Faremos uma evolução extraordinária com<br />

aprendizagens e modificações psíquicas individuais e<br />

grupais que deverão acompanhar a rapidez das<br />

mudanças. Tal como catalogámos espécies na<br />

Amazónia, catalogaremos espécies de outros planetas<br />

tambem identificados e as galáxias mais próximas do<br />

planeta com mapeamentos dos seus planetas ao nível<br />

mais profundo da sua existência. A explicação do<br />

Universo será efetuada por milhões, os países ficaram<br />

mais próximos como assim parecem cada vez mais.<br />

“...Vivemos em 3<br />

dimensões espaciais –<br />

altura, comprimento e<br />

largura – e mais uma,<br />

a temporal. Não<br />

conhecemos as<br />

restantes ...”<br />

DOSSIER EXPERIÊNCA<br />

EXPERIÊNCIA<br />

A possibilidade de estudar outros Universos não<br />

será apenas uma equação matemática como agora<br />

parece ser. A Teoria M que é uma das últimas<br />

teorias dedica-se a explicar não o universo mas a<br />

vida em si. Agregando outras teorias tais como a<br />

Teoria das Cordas de Michio Kaku ou a Teoria da<br />

Relatividade de Albert Einstein, explica a existência<br />

e em especial a criação e constituição do nosso<br />

Universo. Esta teoria de autoria de Edward Witten<br />

é agora estudada e desenvolvida por vários. Defende<br />

que o nosso universo tem 11 dimensões, separadas<br />

por membranas. Vivemos em 3 dimensões espaciais<br />

– altura, comprimento e largura – e mais uma, a<br />

temporal. Não conhecemos as restantes 7<br />

dimensões que são recurvadas, tendo massa e carga<br />

elétrica, integrando noções tais como as de<br />

holograma que não são aqueles produzidos pelo<br />

homem. Estudada por nomes de peso tais como<br />

Juan Maldacena, Michio Kaku, Stefan Hawking e os<br />

seus seguidores, É a Teoria dos próximos séculos.<br />

Tambem consideramos que o mundo dos espíritos e<br />

o mundo material se unificarão lentamente numa<br />

convivência e ordem que sofrerá inovações em<br />

essência, pela procura e encontro da imortalidade<br />

material que os avanços da ciência nos podem<br />

prover mas tambem porque a nossa aproximação à<br />

dimensão tempo e às seguintes chegará<br />

rapidamente pela necessidade em exandir fronteiras<br />

além planeta Terra, dobrando leis que até agora<br />

ainda não foram possíveis de contornar num mais<br />

além Vamos até 2217 adicionar conhecimentos<br />

incríveis aos que já possuimos nesta jornada de<br />

existência tornando a vida muito mais facilitada.<br />

Não consideramos será tudo possível ou que será<br />

facilitismo. Muitos morrerão, muitas crises e recuos<br />

sofreremos, contudo a evolução não parará. O<br />

futuro humano poderá ser pensado e moldado além<br />

dimensão temporal com a aprendizagem e<br />

reprodução da criação da matéria, no mundo físico e<br />

no mundo espiritual. O multiverso será a pesquisa<br />

central. O ensino de outras especies mais<br />

colaborativas não será efetuada sem a participação<br />

daquelas que já nos rodeiam, além mitos e crenças.<br />

(cont.)<br />

Setembro CONSCIENTE 37


DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

Não acreditamos que as ciencias base em<br />

informatica e tecnologia cairão ou outras que<br />

estudam o ser humano contudo todas terão que re<br />

-pensar conceitos e definições que até agora<br />

explicavam fenomenos físicos e psíquicos de<br />

forma regular e única. Sofrerão crises e rupturas.<br />

As meta-teorias estarão para o multiverso como<br />

nós estaremos para a reprodução da criação da<br />

matéria, na passagem da civilização tipo I para a<br />

de tipo II, segundo Michio Kaku. Não temos<br />

dúvida que o nosso mundo, na TERRA ou em<br />

MARTE e em VENUS será como dizem os<br />

americanos : A better place! Contudo terá as suas<br />

agruras, grupos radicais e individuos à margem<br />

contra a evolução, inovação ou alteração ou até ao<br />

bem-estar, proporcionais, como sempre ao longo<br />

da história, ao poder e evolução de os combater.<br />

Portanto, prepare-se para a expansão da mente!<br />

‘....As meta-teorias<br />

estarão para o<br />

multiverso como nós<br />

estaremos para a<br />

reprodução da criação<br />

da matéria. Na<br />

passagem da civilização<br />

tipo I para a de tipo II..’


As Nossas SUGESTÕES<br />

Para que continue a investigar a aventura que será o<br />

nosso futuro!<br />

Michio Kaku<br />

Hiperespaço, 2016, Bizâncio<br />

O Futuro da Mente, 2014,<br />

Bizâncio<br />

DOSSIER EXPERIÊNCA<br />

EXPERIÊNCIA<br />

Stephen Hawking<br />

Breve História do Tempo, 1998,<br />

Gradiva<br />

O Grande Desígnio, 2011, Gradiva<br />

Brian Greene<br />

O Tecido do Cosmos, 1998, Gradiva<br />

Setembro CONSCIENTE 39


DOSSIER EXPERIÊNCIA<br />

Eluf (2003)<br />

26 CONSCIENTE Outubro


Outubro CONSCIENTE 41<br />

DOSSIER EXPERIÊNCIA


50 CONSCIENTE Setembro


O que pode resolver na Segurança Social On-<br />

Line? ............................................................................................46<br />

Podologia—Pés deformados aos 35<br />

anos ...............................................................................................49<br />

Cuidado com os pés no<br />

Verao ............................................................................................50<br />

Portugueses não sabem o que são dispositivos<br />

médicos ........................................................................................52<br />

Novartis vai utilizar inteligência artificial para melhorar<br />

o tratamento do cancro da mama<br />

avançado......................................................................................53<br />

Mais de Mil idosos portugueses sofrem de estenose<br />

aortica...........................................................................................54<br />

Escoliose não é causada pelo peso das<br />

mochilas .....................................................................................59<br />

Setembro CONSCIENTE 45


O que pode resolver na<br />

Segurança Social On-Line?<br />

Por Mafalda Marques<br />

Com a vida ocupada que atualmente todos levamos,<br />

soluções rápidas à distância de um click são<br />

imperativas. Assistimos por parte de todos os<br />

serviços a um investimento na criação de soluções<br />

de interatividade e exploração das potencialidades<br />

das novas tecnologias da informação. Os serviços<br />

estatais não são exceção. Neste artigo vamos<br />

explorar as potencialidade do serviço segurança<br />

social direta, um canal rápido, cómodo e seguro que<br />

facilita e maximiza o relacionamento do cidadão e<br />

das empresas, prestando um serviço funcional e de<br />

proximidade.<br />

46 CONSCIENTE Setembro


A Segurança Social Direta (SSD) é um canal direto<br />

que permite às pessoas singulares ou coletivas,<br />

através da internet, usufruir dos serviços da<br />

segurança social sem terem de se deslocar aos<br />

serviços de atendimento presencial. Permite<br />

consultar informação registada no sistema de<br />

informação da segurança social (SISS) e alterar<br />

alguma dessa informação. Para ter acesso a este<br />

canal basta ter o seu número de identificação da<br />

segurança social (NISS), estar registado e ter a<br />

palavra-chave de acesso ou caso tenha o leitor de<br />

cartões, poderá autenticar-se através do cartão de<br />

cidadão.<br />

Que opções tem então disponíveis na SSD?<br />

Para as pessoas singulares, o serviço está dividido em<br />

conta-corrente, família, emprego, doença, ação<br />

social e pensões. Para as pessoas coletivas encontrase<br />

dividido em conta-corrente, emprego e ação<br />

social.<br />

Na conta-corrente a informação e operações<br />

disponíveis são idênticas para utilizadores singulares<br />

e coletivos. Pode aceder aos seus pagamentos,<br />

recebimentos da segurança social e solicitar emissão<br />

de documentos. Tem a possibilidade de aceder a<br />

programas especiais de redução do endividamento,<br />

consultar os seus pagamentos/recebimentos, as suas<br />

contribuições por trabalho independente do ano<br />

anterior e autorizar/alterar autorização para o débito<br />

direto para pagamentos de contribuições. Poderá<br />

solicitar a emissão de declaração de prestações pagas,<br />

de situação contributiva e declaração de não<br />

aplicação de sanções. Pode ainda nesta área dar/<br />

cancelar consentimento de consulta da sua situação<br />

contributiva a entidades públicas, nomeadamente,<br />

serviços de administração direta do Estado,<br />

organismo da administração indireta do Estado,<br />

autarquias locais, suas associações ou federações.<br />

o abono de família e os subsídios relacionados com a<br />

parentalidade, bem como os de assistência a filho e<br />

neto em caso de doença. Permite também, efetuar on<br />

-line a prova escolar anual. Tem aqui a possibilidade<br />

de solicitar emissão de declaração de situação do<br />

subsídio de parentalidade e de prestações familiares.<br />

Na área emprego as pessoas em nome individual<br />

podem consultar situações de pedido de subsídio de<br />

desemprego e obter respetiva declaração, consultar<br />

remunerações mensais ou anuais declaradas por<br />

empregadores e no caso de trabalhadores<br />

independentes, permite comunicar/anular e<br />

consultar comunicação de valores da sua atividade de<br />

trabalho independente e solicitar/anular a alteração<br />

do escalão de contribuições. Em caso de doença pode<br />

consultar a sua prestação de doença e solicitar<br />

emissão da respetiva declaração, bem como de<br />

declaração relativa a situação de impedimento<br />

temporário para o trabalho. Aqui poderá ainda<br />

obter/renovar o Cartão Europeu de Seguro de<br />

Doença. No caso de pessoas coletivas, na área<br />

emprego pode consultar informações sobre<br />

desemprego, nomeadamente, declarações de<br />

desemprego comunicadas à segurança social e no<br />

âmbito do apoio familiar, permite certificar situação<br />

profissional de um trabalhador para efeitos de<br />

requerimento de parentalidade e emitir declaração<br />

de situação de prestações familiares. No âmbito de<br />

remunerações, permite efetuar o envio, consulta e<br />

substituição da declaração mensal de remunerações.<br />

Poderá nesta funcionalidade comunicar a admissão e<br />

cessação de trabalhadores. Por fim, permite propor<br />

alteração aos membros dos órgãos estatutários.<br />

Na área família, disponível para pessoas singulares,<br />

pode requerer prestações familiares, nomeadamente<br />

Setembro CONSCIENTE 47


Na área ação social, as instituições também veem a<br />

sua vida facilitada com este instrumento no âmbito<br />

das crianças e jovens que possa ter ao seu encargo.<br />

No âmbito das prestações familiares, permite<br />

consultar valores recebidos da segurança social<br />

referentes a crianças e jovens a cargo da instituição,<br />

bem como solicitar emissão das respetivas<br />

declarações. Podem efetuar, enviar e consultar<br />

prova escolar.<br />

Na área pensões, disponível para pessoas<br />

singulares, pode efetuar a sua simulação de pensão,<br />

requere-la e consultar a situação do seu pedido.<br />

Consultar remunerações anuais declaradas por<br />

empregadores e aceder aos certificados de reforma,<br />

podendo aqui subscrever/suspender o regime<br />

público de capitalização (RPC), um regime de<br />

adesão individual e voluntária, que permite efetuar<br />

contribuições adicionais ao longo da vida ativa, que<br />

serão capitalizados e convertidos em certificados de<br />

reforma.<br />

Na área perfil, é possível consultar e atualizar os<br />

seus dados pessoais, nomeadamente, morada,<br />

telefone e endereço eletrónico, alterar a sua palavrachave<br />

e as pessoas individuais podem alterar<br />

informação relativa à sua conta bancária. Nesta<br />

área, pode solicitar a sua representação perante a<br />

segurança social para uma determinada ação. Pode<br />

definir os seus contatos com a segurança social<br />

através de formulário de contato, código de acesso<br />

para atendimento telefónico e definir alertas/<br />

notificações, bem como ter acesso a documentos<br />

comprovativos de ações realizadas no serviço. Pode<br />

agora também ter acesso à funcionalidade agenda,<br />

que permite um acompanhamento mais interativo e<br />

funcional de todas as obrigações e direitos dos<br />

beneficiários e contribuintes singulares e coletivos.<br />

lhe facilitará a vida. Poupe tempo…ele é precioso!<br />

Na área ajuda encontrará as respostas acerca das<br />

funcionalidades da SSD e pode consultar os Guias<br />

passo a passo.<br />

Sem dúvida SSD é um instrumento que<br />

lhe facilitará a vida. Poupe tempo…ele é<br />

precioso!<br />

56 CONSCIENTE Setembro


85% dos portugueses com<br />

mais de 35 anos têm<br />

alterações nos pés<br />

Consulta de podologia existe em doze hospitais públicos mas deve ser alargada<br />

LPM Comunicação<br />

S o f i a A g u i a r<br />

T e l . 2 1 8 5 0 8 1 1 0 / 9 6 2 1 1 6 0 3 3 ::<br />

s o f i a a g u i a r @ l p m c o m . p t<br />

De acordo com um estudo recente realizado pela<br />

Associação Portuguesa de Podologia (APP), 85% da<br />

população com idade superior a 35 anos, apresenta<br />

alguma alteração nos pés. Este alerta surge no âmbito do<br />

Dia do Podologista, assinalado a 8 de julho, e pretende<br />

sensibilizar para a importância de vigiar a saúde dos pés<br />

e recorrer a uma consulta de podologia, quando surgem<br />

os primeiros sintomas. Manuel Azevedo Portela,<br />

presidente da APP salienta que “São doze os hospitais<br />

públicos nacionais que têm consulta de podologia. A<br />

contratação de podologistas no Serviço Nacional de<br />

Saúde está direcionada para o pé diabético, mas é<br />

necessário que a consulta seja transversal, de forma a<br />

garantir que todos os doentes possam usufruir de<br />

tratamentos podológicos especializados. Prevê-se um<br />

aumento do número de vagas para o Serviço Nacional de<br />

Saúde, a verificar por mais dois concursos abertos, a<br />

decorrer em duas novas unidades hospitalares”. O pé<br />

diabético é a patologia mais complicada, sendo a<br />

principal causa de amputação da extremidade inferior.<br />

Estima-se que 15% dos doentes diabéticos desenvolvem<br />

úlceras nos membros inferiores ao longo dos anos e que<br />

85% das amputações são provocadas por esse tipo lesões.<br />

As calosidades, os joanetes e as onicopatias (infeções nas<br />

unhas) são as alterações mais comuns nos pés. Manuel<br />

Azevedo Portela acrescenta que “o sexo feminino é o que<br />

mais sofre com problemas nesta zona do corpo tão<br />

subvalorizada. Após os 60 anos de idade, regista-se uma<br />

prevalência de 70% das doenças osteoarticulares nos<br />

pés”. Os nossos pés tendem a alongar e a alargar à<br />

medida que envelhecemos. “Temos de estar <strong>consciente</strong>s<br />

dessa alteração e adaptar o tamanho do calçado com o<br />

passar dos anos, para evitar deformações nos dedos o<br />

prevenir os dolorosos e inestéticos calos. É a partir dos<br />

50 anos que começam a surgir as primeiras queixas de<br />

problemas nos pés. Para evitar esta situação, há quem<br />

recomende a utilização de calçado com um tamanho<br />

superior ao pé, em cerca de 2 cm” remata o presidente da<br />

APP e professor adjunto do Instituto Politécnico de<br />

Saúde do Norte (IPSN-CESPU) .<br />

Sobre a Podologia<br />

A podologia é a mais recente profissão das ciências da<br />

saúde em Portugal, reconhecida pelo Governo Português<br />

através da Lei 65/ 2014, que atribui competências de<br />

diagnóstico e tratamento das doenças dos pés que, até<br />

agora, estavam apenas ao alcance de algumas<br />

especialidades médicas. O domínio das funções do pé, da<br />

patologia, diagnóstico e tratamento individualizado,<br />

realizado por profissionais de saúde altamente<br />

especializados, é uma mais-valia para o doente e uma<br />

segurança para a saúde pública. A intervenção dos<br />

podologistas passa pela investigação, estudo, prevenção,<br />

diagnóstico e tratamento das doenças dos pés. A<br />

abrangência de formação desses profissionais permite-lhes<br />

intervir ao nível clínico, participar em projetos de<br />

investigação nos sectores do têxtil e calçado, indústria<br />

farmacêutica e na área da saúde.<br />

Setembro CONSCIENTE 49


Cuidados com<br />

os pés no<br />

Por Manuel Azevedo*<br />

verão<br />

*Professor Adjunto do Instituto Politécnico de Saúde do Norte-CESPU | Presidente da Associação<br />

Os pés encontram-se fechados durante dois terços<br />

da nossa vida, daí a pouca importância que lhes<br />

damos. No verão, a preocupação com o pé é maior<br />

devido à sua exposição, mas também é verdade que<br />

a falta de cuidados especiais aumenta o número de<br />

patologias nos membros inferiores. O aumento da<br />

temperatura, o excesso de transpiração, o calçado<br />

aberto ou a ausência dele nas praias e zonas de<br />

banho, são o motivo para o aparecimento de<br />

algumas doenças típicas de verão. A xerose cutânea<br />

(pele seca) é uma das principais complicações de<br />

verão devido à exposição dos pés ao ar e ao calor,<br />

às areias e ao excesso de transpiração e à<br />

permanência excessiva dentro de água, nas praias<br />

ou piscinas. Esta patologia provoca uma pele seca,<br />

por vezes áspera e com fissuras nas zonas da planta<br />

dos pés e nos calcanhares. A colocação de protetor<br />

solar no dorso e nos dedos dos pés é um gesto<br />

indispensável quando estamos expostos ao sol, de<br />

forma a evitar queimaduras e prevenir o cancro da<br />

pele. As infeções dermatológicas são também<br />

muito frequentes, pela vulnerabilidade da pele seca<br />

e fissurada e pelo contato com zonas<br />

contaminadas, como espaços de acesso a piscinas,<br />

bares de praia e casas de banho ou chuveiros. As<br />

infeções podem ser provocadas por diversos microorganismos,<br />

nomeadamente bactérias, fungos e<br />

vírus. O aparecimento de dermatomicoses,<br />

panarícios, verrugas plantares entre outras<br />

patologias nos pés, são frequentes nesta época do<br />

ano e o cuidado preventivo é fundamental. O<br />

diagnóstico precoce e tratamento especializado<br />

pelo podologista são determinantes para o sucesso<br />

da recuperação. Os pés, como alicerce do nosso<br />

organismo, necessitam de cuidados diários<br />

específicos, fundamentais para permitir um melhor<br />

estado geral de saúde do indivíduo, funcionalidade<br />

e estabilidade do pé e da marcha. Lavar os pés<br />

diariamente com um sabão de pH neutro,<br />

promover uma secagem eficaz sem fricção e aplicar<br />

um creme hidratante, são ações fundamentais para<br />

manter uma boa integridade da pele. No caso de<br />

existir uma hiperidrose, excesso de transpiração,<br />

deve ser usado um antitranspirante de forma<br />

controlar a perda de água e xerodermia. Não andar<br />

descalço em locais públicos, usar chinelos em<br />

instalações como piscinas, balneários e saunas é<br />

fundamentalmente (cont...)<br />

50 CONSCIENTE Setembro


para prevenir e evitar o contacto com fungos e<br />

bactérias. Esta medida evita, quase na totalidade a<br />

contaminação por microrganismos responsáveis<br />

por algumas infeções do pé e os traumatismos do<br />

pé e da pele. As unhas têm como função<br />

proporcionar o efeito de alavanca durante o<br />

caminhar e de proteção da zona distal dos dedos.<br />

São suscetíveis a microtraumatismos provocados<br />

pelo calçado apertado e vulneráveis a infeções<br />

fúngicas e a processos de onicocriptoses (unhas<br />

encravadas). O cuidado com as unhas é igualmente<br />

importante, começando com um corte ungueal de<br />

forma correta e, perante lesões dermatológicas, o<br />

auto tratamento está contraindicado, já que o uso<br />

de material não adequado e, na maioria dos casos,<br />

não esterilizado, associado às limitações<br />

individuais, origina um risco elevado de erro.<br />

Atendendo às características das unhas e à sua<br />

composição, é igualmente recomendável a sua<br />

hidratação e preservação da morfologia. Não<br />

devem ser retiradas as “cutículas”, porque estas<br />

significam uma proteção e barreira para as<br />

infeções, e o corte das unhas deve ser realizado<br />

com alicate individual e de forma reta. Desde que<br />

as unhas estejam em condições de saúde normal,<br />

sem qualquer alteração, podem ser pintadas<br />

durante períodos de tempo curto. Não se devem<br />

manter as unhas impermeabilizadas e sem luz<br />

mais que 7 dias, correndo o risco de ocultar<br />

alguma alteração na fase inicial. Sempre que<br />

existem alterações da unha, esta não deve ser<br />

pintada mas sim tratada. O uso de meias ou<br />

peúgas é importante para um melhor controlo da<br />

humidade nos pés e para evitar as forças de atrito e<br />

fricção entre a pele e o calçado, como bolhas,<br />

queimaduras ou feridas. O calçado, para além de<br />

ser estável e protetor, deve ser de material natural<br />

e com caraterísticas de respirabilidade e sem<br />

compromissos de traumatismo. Ter atenção às<br />

sandálias com tiras, que podem provocar<br />

compromissos de circulação e risco vascular, se<br />

forem demasiado apertadas. Devemos consultar<br />

um podologista sempre que existe qualquer sinal<br />

ou sintoma nos pés, ou no caso de não existirem<br />

alterações, realizar uma consulta de podologia uma<br />

vez por ano, como medida preventiva. O<br />

podologista é o profissional de saúde especializado<br />

na prevenção, diagnóstico e tratamento das<br />

patologias do pé.<br />

LPM Comunicação<br />

LPM Comunicação<br />

S o f i a A g u i a r<br />

A n a S a l e i r o :<br />

T e l . 2 1 8 5 0 8 1 1 0 / 9 6 2 1 1 6 0 3 3 :: T e l . 2 1 8 5 0 8 1 1 0 / 9 2 7 4 1 3 0 1 7 : :<br />

s o f i a a g u i a r @ l p m c o m . p t<br />

a n a s a l e i r o @ l p m c o m . p t<br />

Setembro CONSCIENTE 51


Portugueses não sabem o que<br />

são dispositivos médicos<br />

Para mais informações, por favor contacte:<br />

SOFIA AGUIAR<br />

Coordenadora de Projetos de Saúde<br />

Lisboa, 16 de junho, 2017 - O desconhecimento<br />

geral dos portugueses sobre a importância dos<br />

dispositivos médicos para a saúde e qualidade de<br />

vida, motivou a participação da Associação<br />

Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos<br />

(APORMED) na MedTech Week - Semana Europeia<br />

dos Dispositivos Médicos -, pelo terceiro ano<br />

consecutivo. A iniciativa, promovida pela MedTech<br />

Europe, pretendeu reconhecer o contributo das<br />

tecnologias da saúde para a vida de milhares de<br />

doentes, familiares, médicos e outros profissionais<br />

de saúde . Decorreu de 19 a 23 de junho, em vários<br />

países em simultâneo. O setor dos dispositivos<br />

médicos representa 1200 milhões de euros para a<br />

economia nacional. A nível europeu, falamos de uma<br />

indústria que regista mais de 500 mil produtos,<br />

conta com mais de 25 mil empresas e emprega cerca<br />

de 575 mil pessoas. Apesar do impacto destes<br />

números, “a maioria da população não sabe o que é<br />

um dispositivo médico e desconhece que alguns<br />

deles podem salvar vidas e são fundamentais para o<br />

diagnóstico e tratamento de muitas doenças e<br />

emergências médicas” alerta Antonieta Lucas,<br />

Presidente da APORMED. As empresas de<br />

dispositivos médicos contribuem para a<br />

sustentabilidade dos sistemas de saúde e as suas<br />

atividades “devem ser vistas como fonte de receita e<br />

não somente de despesa, como desenvolvimento da<br />

economia, da empregabilidade e da capacidade<br />

exportadora, que no caso desta indústria, atinge já<br />

268 milhões de euros” acrescenta. Algumas das<br />

atividades que a APORMED vai implementar em<br />

Portugal ao longo da MedTech Week incluem: um<br />

vox pop para avaliar o conhecimento dos<br />

portugueses sobre dispositivos médicos, um vídeo<br />

com testemunhos de doentes cujas vidas mudaram<br />

graças às tecnologias de saúde e um quizz interativo<br />

com perguntas sobre este tipo de dispositivos. Para<br />

ter acesso a esses vídeos e conhecer fatos relevantes<br />

sobre o setor, bem como consultar os eventos<br />

agendados em toda a Europa, para partilhar o valor<br />

dos dispositivos médicos junto da sociedade, aceda<br />

a:<br />

http://www.apormed.pt<br />

http://www.medtechweek.eu<br />

Fundada em 1990 por 16 membros fundadores, a<br />

APORMED conta atualmente com 58 empresas<br />

associadas, que empregam cerca de 2700<br />

trabalhadores, com um volume de negócios superior<br />

a 500 milhões de euros. O setor de atividade em qua<br />

atua é caracterizado por um investimento forte e<br />

regular na inovação, de forma a permitir o acesso dos<br />

doentes a terapias que garantem importantes ganhos<br />

em saúde.<br />

52 CONSCIENTE Setembro


Novartis vai utilizar inteligência artificial para melhorar tratamento do cancro da<br />

mama avançado<br />

<br />

<br />

<br />

Parceria com a IBM Watson Health baseia-se na utilização de dados de doentes reais de todo o mundo e num sistema de<br />

computação cognitiva para melhorar os resultados do cancro da mama avançado<br />

Juntam-se a inovação e experiência da Novartis na área do cancro da mama com o conhecimento da IBM Watson Health na<br />

análise de dados<br />

Parceria vai incidir na área do cancro da mama, mas com oportunidade de ser alargada a outros tipos de cancro<br />

Porto Salvo, 11 de julho, 2017 – A Novartis<br />

acaba de anunciar uma parceria com a IBM<br />

Watson Health para otimizar os cuidados de saúde<br />

e melhorar os resultados do tratamento dos<br />

doentes com cancro da mama. A parceria envolve a<br />

utilização de um sistema cognitivo, que se baseia<br />

em dados do mundo real e técnicas avançadas de<br />

análise para disponibilizar informações sobre os<br />

resultados do tratamento do cancro da mama. Esta<br />

colaboração vai juntar a experiência da Novartis na<br />

área do cancro da mama com o conhecimento da<br />

IBM Watson Health na análise de dados e<br />

aprendizagem de máquinas e, deste modo, irá<br />

permitir determinar quais as combinações e<br />

sequências terapêuticas que podem melhorar os<br />

resultados em saúde para o doente. “Através da<br />

utilização de dados reais e computação cognitiva,<br />

esta parceria vai permitir identificar soluções que<br />

podem ajudar os médicos a compreender qual a<br />

Sobre a Novartis<br />

A Novartis disponibiliza soluções de saúde inovadoras<br />

destinadas a dar resposta às necessidades em constante<br />

evolução dos doentes e da sociedade. Sediada em Basileia, na<br />

Suíça, a Novartis dispõe de um portefólio diversificado para<br />

responder de forma adequada a estas necessidades:<br />

medicamentos inovadores, genéricos e biossimilares<br />

económicos e cuidados oculares. A Novartis é a única empresa<br />

global com posições de liderança em todas estas áreas. Em<br />

2016, o Grupo alcançou um volume total de vendas de 48.5<br />

mil milhões de dólares e investiu 9 mil milhões de dólares em<br />

Investigação e Desenvolvimento. As empresas do Grupo<br />

Novartis empregam aproximadamente 118 mil colaboradores,<br />

desempenhando as suas atividades em mais de 155 países.<br />

Para obter mais informações, visite http://www.novartis.pt.<br />

melhor abordagem terapêutica para cada doente<br />

ou ajudar na orientação de diretrizes de prática<br />

clínica, sempre com o objetivo de melhorar os<br />

resultados do tratamento. É um enorme avanço<br />

para a Medicina e uma nova esperança para os<br />

doentes com cancro da mama”, explica Cristina<br />

Morgado, diretora da Unidade de Oncologia da<br />

Novartis, em Portugal. Com um dos maiores<br />

portefólios e número de medicamentos em<br />

desenvolvimento, o cancro da mama é uma das<br />

áreas prioritárias da farmacêutica Novartis. O<br />

conhecimento científico está a melhorar e o<br />

panorama do tratamento nesta área está a expandir<br />

-se. No entanto, estudos e tratamentos recentes<br />

podem levantar algumas questões no que se refere<br />

ao tratamento personalizado para cada doente. O<br />

Watson é o primeiro sistema cognitivo a ser<br />

comercializado e representa um enorme avanço na<br />

era da computação. O sistema, disponível através<br />

da cloud, analisa grandes quantidades de dados,<br />

interpreta questões complexas e propõe respostas<br />

baseadas em evidência.Há mais de 25 anos que a<br />

Novartis está na vanguarda do desenvolvimento de<br />

medicamentos inovadores na área do cancro da<br />

mama.<br />

Gabinete de Comunicação Novartis<br />

Catarina Ramalho<br />

Tlf: + 351 210 008 753<br />

Email: catarina.ramalho@novartis.com<br />

LPM Comunicação<br />

Ana Saleiro<br />

Tlf: +351 218 508 110 | Tlm: 927 413 017<br />

Email: anasaleiro@lpmcom.pt<br />

Setembro CONSCIENTE 53


Mais de 30 mil idosos<br />

portugueses sofrem de<br />

estenose<br />

aórtica<br />

Portugal está a recuperar do atraso no tratamento<br />

cardíaco dos idosos portugueses. O anúncio é feito<br />

pela Associação Portuguesa de Intervenção<br />

Cardiovascular da Sociedade Portuguesa de<br />

Cardiologia, e visa sensibilizar a sociedade civil, no<br />

âmbito do Dia Mundial dos Avós, que se assinalouse<br />

no dia 26 de julho, para a importância do<br />

tratamento correto da doença e para o igual acesso<br />

de todos os doentes às técnicas inovadoras e<br />

minimamente invasivas.A estenose aórtica é uma<br />

doença rapidamente fatal e altamente<br />

incapacitante, que afecta um em cada 15<br />

portugueses com mais de 80 anos. De acordo com<br />

o grupo de especialistas, a patologia valvular muito<br />

frequente nos países desenvolvidos, sendo<br />

sobretudo uma doença de desgaste associada ao<br />

envelhecimento. (cont..)<br />

54 CONSCIENTE Setembro


A estenose aórtica caracteriza-se pelo aperto da válvula<br />

aórtica, causado sobretudo pela acumulação de cálcio e<br />

que dificulta a passagem do sangue, provocando<br />

cansaço, dor no peito e desmaios. As melhorias<br />

produzidas pelos medicamentos são na maior parte dos<br />

casos limitadas e não evitam as complicações mais<br />

graves provocadas pela exaustão cardíaca que, após os<br />

primeiros sintomas e nos apertos de alto grau, conduz à<br />

morte de metade dos doentes no primeiro ano. “Nos<br />

últimos anos, o aumento de esperança de vida fez<br />

disparar o número de casos em Portugal, contudo a<br />

alternativa terapêutica que permite a reparação<br />

minimamente invasiva da válvula aórtica doentes<br />

com um risco muito elevado para a cirurgia de<br />

coração aberto – conhecida como implante da válvula<br />

aórtica por cateterismo – continua a ser pouco<br />

utilizada em Portugal”, explica Rui Campante Teles,<br />

cardiologista de intervenção do Hospital de Santa Cruz<br />

e coordenador da iniciativa Valve for Life da APIC.<br />

Ainda de acordo com o especialista, os dados são<br />

positivos mas podem melhorar muito pois “em média,<br />

os países europeus realizam cerca de uma centena de<br />

implantes por ano por milhão de habitantes e Portugal<br />

tem apenas metade por milhão de habitantes. As<br />

prioridades clínicas excluem muitas vezes os idosos<br />

sem um critério objetivo e assim atrasam o tratamento<br />

cardíaco dos nossos Avós.” O tratamento das válvulas<br />

por cateterismo é um das mais importantes avanços<br />

inovações da cardiologia na última década, uma vez<br />

que permite o implante da uma válvula cardíaca<br />

através de um pequeno tubo introduzido por uma<br />

artéria, não sendo necessária a abertura da caixa<br />

torácica, permitindo uma recuperação célere da sua<br />

autonomia e ganhos extraordinários da qualidade de<br />

vida. Na página www.valveforlife.pt os avós, filhos e<br />

netos podem encontrar toda a informação sobre esta<br />

doença.<br />

LPM Comunicação<br />

LPM Comunicação<br />

“...O tratamento<br />

das válvulas por<br />

cateterismo é um<br />

das mais<br />

importantes<br />

avanços inovações<br />

da cardiologia na<br />

última década, uma<br />

vez que permite o<br />

implante da uma<br />

válvula cardíaca<br />

através de um<br />

pequeno tubo<br />

introduzido por<br />

uma artéria, não<br />

sendo necessária a<br />

abertura da caixa<br />

torácica ...”<br />

S o f i a A g u i a r<br />

T e l . 2 1 8 5 0 8 1 1 0 / 9 6 2 1 1 6 0 3 3 ::<br />

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A n a S a l e i r o :<br />

T e l . 2 1 8 5 0 8 1 1 0 / 9 2 7 4 1 3 0 1 7 : :<br />

a n a s a l e i r o @ l p m c o m . p t<br />

Setembro CONSCIENTE 55


Escoliose não é causada<br />

por peso das<br />

mochilas<br />

A escoliose é uma deformidade em que existe uma<br />

curvatura lateral da coluna no plano frontal. Embora<br />

em regra seja mais evidente um desvio da coluna para<br />

um dos lados, a escoliose é uma deformidade<br />

tridimensional da coluna, com rotação e desvio em<br />

vários planos. A sua causa é, na maioria dos casos,<br />

desconhecida e por isso não é possível preveni-la.<br />

Estima-se que esta deformidade afete cerca de 2 a 3 por<br />

cento dos adolescentes. “Embora a causa da<br />

escoliose permaneça desconhecida, o seu<br />

desenvolvimento não tem sido relacionado a<br />

fatores nutricionais ou posturais, à prática de<br />

desporto, ao uso de mochilas ou ao transporte<br />

de uma mala pesada”, explica Nuno Neves, vice<br />

-presidente da Sociedade Portuguesa de<br />

Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV). E<br />

acrescenta: “O problema mais importante<br />

relacionado com a escoliose é a progressão da<br />

deformidade e os efeitos colaterais resultantes,<br />

como distúrbios respiratórios. Os principais<br />

sinais de alerta são os ombros a alturas<br />

diferentes, uma das ancas mais levantada,<br />

cintura desigual, inclinação do corpo para um<br />

dos lados e proeminência da grelha costal<br />

(bossa torácica) ao fletir a coluna para a<br />

frente”. Após a deteção da doença (onde os pais e<br />

professores desempenham um papel importante), a<br />

criança ou adolescente deve ser seguido por um<br />

especialista médico. A confirmação do diagnóstico e o<br />

acompanhamento geralmente são feitos por métodos<br />

radiológicos. As escolioses com menos de 20-25 graus<br />

exigem apenas uma vigilância regular até à conclusão<br />

do crescimento da coluna vertebral. Em escolioses com<br />

uma curvatura entre os 20-25 e os 40-45 graus em<br />

adolescentes que ainda não terminaram o seu<br />

crescimento, o uso de um colete pode ser recomendado<br />

para impedir o agravamento da curva. O tratamento<br />

deve ser individualizado e deve ter em conta o risco de<br />

progressão da deformidade. O exercício e a fisioterapia<br />

não reduzem a magnitude da curva ou o risco de<br />

progressão, mas essas opções podem ser usadas como<br />

terapia coadjuvante para melhorar a postura e<br />

fortalecer os músculos. A cirurgia, quando necessária,<br />

destina-se às escolioses mais graves (cerca de 1 em cada<br />

5000 casos). O procedimento cirúrgico é feito com<br />

recurso a anestesia geral e geralmente obriga a um<br />

regime de internamento<br />

entre 4 a 7 dias.<br />

Andreia Garcia<br />

andreiagarcia@miligrama.com.pt<br />

www.miligrama.com.pt<br />

A SPPCV foi fundada em 2003 com o objetivo de promoção, estudo,<br />

investigação e divulgação das questões inerentes à problemática da<br />

prevenção, diagnóstico e tratamento das patologias da coluna<br />

vertebral. Para mais informações e inscrições consulte http://<br />

sppcv.org/<br />

56 CONSCIENTE Setembro


Escoliose pode afetar autoestima das crianças<br />

Dia Internacional de Sensibilização para a Escoliose assinalou-se a 24 de junho<br />

Lisboa, 21 de junho, de 2017 - O desvio<br />

acentuado da coluna vertebral é causa frequente de<br />

baixa autoestima nas crianças, uma situação que<br />

preocupa pais e profissionais de saúde. O alerta é da<br />

campanha nacional “Josephine explica a escoliose”,<br />

que pretende ajudar a compreender e ultrapassar o<br />

impacto que a escoliose tem na qualidade de vida<br />

das crianças e adolescentes."Embora muito<br />

associada a dor dorsal ou lombar a escoliose<br />

idiopática é uma patologia relativamente silenciosa<br />

sendo o primeiro sintoma a deformidade estética do<br />

tronco, tão valorizada, que acaba por surpreender os<br />

adolescentes e os pais. É hoje bem reconhecida a<br />

forte correlação entre a deformidade do tronco e a<br />

baixa da autoestima entre as crianças afetadas. Só<br />

em casos mais avançados poderá haver<br />

compromisso respiratório e por último cardíaco,<br />

sobretudo em escolioses de origem muito precoce e<br />

quando não tratadas. A incidência de dor nos<br />

adolescentes com escoliose por sua vez é<br />

sobreponível à da população em geral", esclarece<br />

Pedro Fernandes, ortopedista do H. Stª Maria em<br />

Lisboa e coordenador desta campanha. Acrescenta<br />

ainda que “a abordagem terapêutica vai desde a<br />

simples observação ao famigerado colete como<br />

opções conservadoras, onde a participação em<br />

atividades desportivas ou reabilitação deverá ser<br />

encorajado. Por fim, em casos de deformidades<br />

avançadas a cirurgia é a opção a ser equacionada,<br />

procedimento que, dados os avanços registados nos<br />

últimos anos, se tem revelado muito segura e eficaz”.<br />

“Josephine explica a escoliose” é uma campanha<br />

nacional de sensibilização e esclarecimento sobre a<br />

escoliose pediátrica, a principal deformidade da<br />

coluna em crianças e adolescentes. A campanha tem<br />

como embaixadora a girafa Josephine (Jo, para os<br />

mais pequenos) e conta com o patrocínio científico<br />

da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e<br />

Traumatologia (SPOT) e da Sociedade Portuguesa de<br />

Pediatria (SPP), com o apoio da Medtronic.<br />

Para mais informações sobre a campanha consulte o<br />

facebook:<br />

https://www.facebook.com/girafajosephine<br />

Informações adicionais: LPM Comunicação<br />

Sofia Aguiar Tel. 21 850 81 10/962 116 033: sofiaaguiar@lpmcom.pt<br />

Ana Saleiro: Tel. 21 850 81 10/ 92 741 30 17: anasaleiro@lpmcom.pt<br />

Setembro CONSCIENTE 59


INCONSCIENTE<br />

Até que ponto<br />

os medos a<br />

paralisam?<br />

Por Cláudia Oliveira<br />

Os medos podem paralisar-nos e dominar a nossa vida.<br />

Mas, não é realmente esse o papel do medo, o medo é uma<br />

emoção que deveria proteger-nos das ameaças. Quando o<br />

medo se torna demasiado intenso, algo não correu de<br />

acordo com o esperado, e é preciso encontrar estratégias<br />

para recuperarmos o nosso bem-estar.<br />

t<br />

odos nós o medo é uma emoção que nos<br />

é muito familiar, que faz parte da<br />

experiência humana, uma resposta<br />

automática, in<strong>consciente</strong>, que surge<br />

quando estamos perante situações<br />

ameaçadoras ou inesperadas. Como<br />

uma resposta natural, que a nossa espécie<br />

desenvolveu há milhares de anos e que partilha<br />

com outras espécies, o medo tem persistido como<br />

parte do nosso reportório emocional por<br />

representar um benefício para a sobrevivência.<br />

Porém, a forma como lidamos com o medo pode<br />

tornar-se disfuncional, quando o interpretamos<br />

como concreto e absoluto, e não como um produto<br />

da nossa interpretação da realidade, deixando-nos<br />

dominar e aprisionar pela nossa própria mente.<br />

(cont.)<br />

60 CONSCIENTE Setembro


Não devemos atribuir aos nossos medos o poder de<br />

nos paralisarem, de condicionarem a nossa vida, o<br />

medo pode ser gerido, enfrentado, e, muitas vezes,<br />

usado a nosso favor.<br />

O medo e a ansiedade<br />

Tanto na linguagem do quotidiano como na da<br />

psicologia e das neurociências, o medo e a<br />

ansiedade são sistematicamente mencionados,<br />

sendo importante compreender o modo como se<br />

relacionam. De acordo com as teorias<br />

contemporâneas, o medo é descrito como uma<br />

emoção básica, transversal a todos os indivíduos,<br />

etnias e culturas, que tem como função primária<br />

lidar com um contexto imediato de ameaça, estando<br />

associado a um conjunto específico de sintomas<br />

fisiológicos e a uma expressão facial universal. Trata<br />

-se de uma resposta emocional automática, mais<br />

rápida que o pensamento <strong>consciente</strong>, um reflexo<br />

involuntário. Quando nos sentimos assustados a<br />

nossa mente prepara-nos para responder à ameaça,<br />

existindo um pico na libertação de adrenalina, e,<br />

subsequentemente, um aumento do fluxo sanguíneo<br />

nos músculos, que nos mobiliza para ação, focandonos<br />

na ameaça. Geralmente, a resposta emocional<br />

de medo é pouco duradoura, extinguindo-se quando<br />

(cont.)<br />

‘....Não devemos atribuir<br />

aos nossos medos o poder<br />

de nos paralisarem, de<br />

condicionarem a nossa<br />

vida, o medo pode ser<br />

gerido...’<br />

Setembro CONSCIENTE 61


a ameaça desaparece, assim como as reações fisiológicas a<br />

ela associadas. Por sua vez, a ansiedade resulta de um<br />

estado de tensão face à antecipação de perigos futuros ou<br />

imaginados em que o medo é a emoção predominante. A<br />

ansiedade pode ser ainda definida como um estado de<br />

apreensão persistente e de preocupação crónica. Apesar<br />

de diferentes, quer o medo como a ansiedade constituem<br />

faces da mesma moeda, preparando-nos para reagir em<br />

circunstâncias de perigo, tendo, por isso, um papel<br />

bastante importante ao longo do nosso desenvolvimento.<br />

O medo e a ansiedade podem apresentar diversas<br />

manifestações no nosso corpo. Na dimensão fisiológica<br />

tendem a desencadear um aumento da sudação, do ritmo<br />

cardíaco, respiração acelerada, tensão muscular e<br />

sensação de tonturas, entre outros. Geralmente, estes<br />

sintomas são acompanhados por pensamentos de<br />

ruminação e de teor mais negativo e catastrófico (“vai<br />

correr mal”, “não vou conseguir”), que nada mais são do<br />

que o resultado da nossa interpretação subjetiva perante a<br />

perceção de uma ameaça. Mergulhados num estado de<br />

desconforto emocional e de tensão, experienciamos<br />

sentimentos de pânico, terror e angústia, mostrando-nos<br />

agitados ou inibidos, motivados para agir ou para fugir o<br />

mais rápido possível da situação.<br />

A evolução e o desenvolvimento dos medos<br />

Perante uma ameaça, o nosso sistema defensivo é ativado,<br />

sendo desencadeados padrões automáticos de resposta,<br />

como a fuga e o evitamento, a imobilização, a defesa<br />

agressiva ou a submissão. Podemos entender melhor a<br />

naturalidade e automacidade destas resposta se nos<br />

focarmos nos nossos dilemas evolutivos, isto é,<br />

sobreviveram os que ao longo da história não se<br />

enganaram e perante um predador fugiram ou ficaram<br />

imóveis, tentando passar despercebidos, e os que perante<br />

indivíduos mais fortes e em situação de desvantagem não<br />

lutaram, subordinando-se. Deste modo, faz sentido que<br />

algumas ameaças ancestrais, como animais selvagens e<br />

alturas, continuem a ser situações atualmente temidas,<br />

ainda que, hoje, se tenham tornado praticamente<br />

inofensivas devido às alterações que a cultura introduziu<br />

(cont.)<br />

‘...Perante uma ameaça, o<br />

ativado, sendo desencadead<br />

resposta, como a fuga e o e<br />

defesa agressiva ou a subm<br />

‘....Gera-se, assim, um c<br />

sistematicamente, somo<br />

pensamentos negativos<br />

desconforto emocional q<br />

62 CONSCIENTE Setembro


nosso sistema defensivo é<br />

os padrões automáticos de<br />

vitamento, a imobilização, a<br />

issão....’<br />

iclo vicioso, em que,<br />

s invadidos por<br />

e por sentimentos de<br />

ue....’<br />

no nosso ambiente. Por isso, mantemo-nos<br />

vulneráveis a medos evolutivamente programados no<br />

nosso genoma, mesmo que hoje nos pareçam<br />

aparentemente irracionais. Aqui, reside a chave para a<br />

compreensão de muitos dos nossos comportamentos<br />

fóbicos, dado que, por exemplo, são muito mais<br />

frequentes as fobias a aranhas do que a aparelhos<br />

elétricos.Por outro lado, o surgimento de<br />

determinados medos também pode coincidir com<br />

tarefas desenvolvimentais importantes. Por exemplo, o<br />

medo de alturas tem início aquando do aparecimento<br />

da locomoção, por volta dos 6 meses, e a sua<br />

intensidade vai estar positivamente correlacionada<br />

com a capacidade de explorar o ambiente demostrada<br />

pela criança. Assim, em momentos cruciais do nosso<br />

desenvolvimento, o medo pode aparecer e<br />

desaparecer, tendo habitualmente maior incidência<br />

durante a infância até ao início da idade adulta, e<br />

tendendo depois a diminuir. Se pensarmos no medo<br />

como parte da nossa programação genética, mas capaz<br />

de ser influenciável pelo nosso contexto, percebemos<br />

que entre todos nós existem diferenças na forma como<br />

lidamos com esta emoção, e, ainda que em algumas<br />

fases do nosso desenvolvimento esta se revela crucial,<br />

podendo atuar como um elemento protetor.<br />

Mas o medo pode ser uma prisão<br />

Quando o medo e a ansiedade se tornam demasiado<br />

intensos e prolongados deixam de ser adaptativos para<br />

a nossa sobrevivência, podendo comprometer<br />

gravemente a nossa qualidade de vida e saúde mental.<br />

Se o medo assume o papel de emoção dominante nas<br />

nossas vidas significa que vivemos num estado de<br />

constante alerta, focados no perigo e na antecipação<br />

dos piores cenários. Nestas circunstâncias, o nosso<br />

sistema de defesa encontra-se sobreativado, mantendo<br />

-nos hipervigilantes. Gera-se, assim, um ciclo vicioso,<br />

em que, sistematicamente, somos invadidos por<br />

pensamentos negativos e por sentimentos de<br />

desconforto emocional que, por sua vez, acentuam<br />

ainda mais a nossa perceção de perigo. (cont.)<br />

Setembro CONSCIENTE 63


Para o nosso bem-estar este estado de alerta<br />

constante não é viável, pelo desgaste que causa e<br />

pelas implicações negativas em várias áreas da<br />

nossa vida diária, diminuindo a nossa capacidade<br />

de concentração em outras tarefas, levando-nos a<br />

evitar progressivamente mais situações temidas e<br />

colocando-nos num estado de angústia constante.<br />

E aqui, cruza-se a fronteira, entre o medo<br />

adaptativo, moderado, e o disfuncionamento e as<br />

perturbações psicológicas. As perturbações de<br />

ansiedade, como a fobia específica, a perturbação<br />

de pânico com ou sem agorafobia, a fobia social, a<br />

perturbação obsessivo-compulsiva, a perturbação<br />

pós-stress traumático, a perturbação aguda de<br />

stress e a perturbação de ansiedade generalizada,<br />

representam estados em que a vivência do medo e<br />

da ansiedade interferem significativamente no<br />

nosso funcionamento individual, familiar,<br />

interpessoal e laboral ou académico.<br />

Comparativamente com outros problemas<br />

psicológicos, os problemas de ansiedade são dos<br />

mais frequentes, estimando-se que afetem cerca de<br />

15% a 20% da população, coexistem um grande<br />

número de vezes com outras condições clínicas,<br />

como a depressão, e podem agravar-se<br />

intensamente quando não são alvo de uma<br />

intervenção adequada. Do medo à armadilha do<br />

evitamento<br />

O medo e a ansiedade, por si só, não são o<br />

problema, mas as interpretações e avaliações que<br />

fazemos destes e que vão condicionar a nossa<br />

reação perante situações de ameaça ou levar-nos a<br />

percecionar perigo onde, por vezes, ele não existe.<br />

Como outras emoções (e.g., alegria, tristeza, raiva),<br />

o medo pode ser gerido de forma positiva e<br />

contribuir para o nosso crescimento pessoal,<br />

podendo revelar-se um bom aliado na persecução<br />

de objetivos, motivando-nos e aumentando os<br />

nossos níveis de preparação e concentração. Por<br />

exemplo, perante uma situação de exame a<br />

experiência de níveis de ansiedade moderados<br />

acaba por ajudar a manter-nos empenhados e a<br />

antecipar possíveis dificuldades, permitindo-nos<br />

aperfeiçoar os nossos conhecimentos. De um modo<br />

geral, o medo pode ser de natureza mais objetiva,<br />

surgindo como resultado de ameaças físicas (e.g.,<br />

catástrofes naturais, um carro que se aproxima a<br />

elevada velocidade), ou mais subjetiva,<br />

relacionando-se com ameaças psicológicas (e.g.,<br />

insucesso, humilhação). Embora, a maior parte das<br />

vezes, não expressemos os nossos medos em voz<br />

alta, no nosso discurso e imagens mentais estes são<br />

vividos de forma muito intensa, tornando-se os<br />

principais alvos da nossa atenção e sendo, por isso,<br />

cada vez mais reais de acordo com a nossa<br />

perceção. Todos nós, inclusive aqueles que<br />

vivenciam o medo e a ansiedade de forma<br />

disfuncional, somos capazes de classificar alguns<br />

dos nossos medos mais intensos como irracionais e<br />

exagerados, contudo, a dificuldade em lidar com<br />

estes persiste. Enfrentar o medo é sempre<br />

doloroso, e quando este já se encontra de tal modo<br />

enraizado nas nossas vivências pode parecer mais<br />

fácil deixar que este continue a dominar-nos do<br />

que sairmos da nossa zona de conforto. De facto, as<br />

pessoas ansiosas tendem a desenvolver um<br />

conjunto de estratégias para aliviar o desconforto<br />

desencadeado pelos seus medos, mas estas não têm<br />

um efeito duradouro. A longo prazo, o medo e a<br />

ansiedade excessivos persistem, ganhando terreno,<br />

generalizando-se a outras situações e<br />

comprometendo ainda mais o funcionamento<br />

diário. Estas estratégias, designadas na literatura<br />

clínica por comportamentos de segurança,<br />

sustentam-se no evitamento do confronto com as<br />

situações temidas, impedindo, assim, que as nossas<br />

crenças e pensamentos mais negativos e<br />

catastróficos sejam postos à prova ou mesmo<br />

refutados . O evitamento tem sem dúvida um papel<br />

crucial na manutenção dos nossos medos, no seu<br />

fortalecimento, funcionando como uma espécie de<br />

catalisador nocivo. (cont.)<br />

64 CONSCIENTE Setembro


Medos mais subjetivos, como o medo do fracasso, o<br />

medo da rejeição emocional e o medo da incerteza e<br />

de perder o controlo frequentemente estão associados<br />

a problemas de ansiedade, podendo tornar-se<br />

bastante limitadores e paralisantes. Deste modo, um<br />

indivíduo que receia excessivamente o fracasso evita<br />

comprometer-se com objetivos mais exigentes e<br />

gratificantes, pois prefere não tentar do que falhar.<br />

Ou quando o medo da rejeição pelos outros é<br />

vivenciado de forma intensa, acredita que é<br />

percecionado pelos outros de forma negativa, como<br />

inferior e desinteressante, e, por isso, prefere evitar<br />

situações sociais e não estabelecer relações próximas<br />

de forma a prevenir a dor de ser rejeitado. Ou então,<br />

se apenas se sente seguro quando pode controlar tudo<br />

à sua volta, negando todas as experiências que não<br />

façam parte da sua rotina rígida, recusando-se a ser<br />

flexível e aberto a novas experiências, vive num<br />

estado de constante preocupação consumido pelo<br />

medo de ter medo.<br />

Mas como podemos lidar com o medo<br />

Se estamos dispostos a reconhecer que o medo tem<br />

dominado as nossas vidas, comprometendo a nossa<br />

qualidade de vida, já demos o primeiro passo. Depois<br />

é importante que aceitemos que somos vulneráveis a<br />

determinados medos e que desenvolvemos um<br />

problema de ansiedade. Procurar ajuda especializada<br />

será, por isso, fundamental para que possamos<br />

beneficiar de uma intervenção específica e adequada<br />

às nossas necessidades. A psicoterapia,<br />

principalmente, as terapias cognitivocomportamentais<br />

e de exposição, mas também as<br />

terapias de biofeedback e a hipnoterapia possuem<br />

linhas de tratamento muito eficazes, privilegiando a<br />

psicoeducação, isto é, estimulando o nosso<br />

conhecimento acerca do medo e da ansiedade, e as<br />

técnicas de exposição, enfrentamento dos medos, e de<br />

relaxamento e mindfulness. Adicionalmente, poderão<br />

também ser ótimas estratégias integrarmos um grupo<br />

de suporte para pessoas com problemas de ansiedade<br />

ou frequentarmos um curso de desenvolvimento<br />

pessoal. Para além disso, a prática regular de<br />

exercício físico, a realização de pequenos exercícios<br />

de relaxamento e meditação, se possível diariamente,<br />

uma dieta equilibrada e o envolvimento em<br />

atividades sociais e experiências gratificantes são<br />

estratégias que devemos incluir na nossa rotina e que<br />

nos vão ajudar na regulação da ansiedade,<br />

promovendo o nosso bem-estar.É altura de deixar<br />

que os seus medos e a sua ansiedade ditem os<br />

enredos da sua vida, de não se sentir mais paralisado<br />

ou angustiado por não os conseguir controlar, aceiteos,<br />

procure ajuda, comprometa-se a enfrentá-los e<br />

reconstrua o seu caminho de acordo com os seus<br />

verdadeiros valores e objetivos.<br />

‘...a maior parte das<br />

vezes, não<br />

expressemos os<br />

nossos medos em voz<br />

alta, no nosso<br />

discurso e imagens<br />

mentais estes são<br />

vividos de forma<br />

muito intensa,<br />

tornando-se os<br />

principais alvos da<br />

nossa atenção ...’<br />

Setembro CONSCIENTE 65


Uma Imagem<br />

No Canadá, com temperaturas abaixo dos 30º, o lago Abraham, em Alberta, congela por completo, formando<br />

ao longo da sua extensão bolhas de ar que o tornam conhecido pelo espetáculo da natureza. Estas bolhas<br />

provêm da profundidade e contêm gás metano que congelam ao longo do percurso até à superfície. IN<br />

National Geographic<br />

68 CONSCIENTE Setembro


Outubro CONSCIENTE 69


Agenda<br />

Workshop Caligrafia Japonesa<br />

27 de Setembro de 2017<br />

Fundação Oriente<br />

Mais informação: www.museudooriente.pt<br />

Formativa<br />

Workshop Cozinha Vegan<br />

para principiantes<br />

2 de Setembro de 2017<br />

Rua Braacamp—Lisboa<br />

Mais informação:<br />

www.acozinhaverde.blogspot.pt<br />

Workshop<br />

Iniciação à fotografia Digital<br />

16-17 de Setembro de 2017<br />

Lisboa<br />

Mais informação: www.primeiraluz.pt<br />

Workshop<br />

Escrita Criativa—Narrativas<br />

ao acaso<br />

11 de Setembro de 2017<br />

Baixa Chiado—Lisboa<br />

Mais informação:<br />

Curso<br />

Curso para iniciados—Cozinha<br />

12 de Setembro<br />

Lisboa<br />

Mais informação: www.feedme.pt<br />

Workshop<br />

Biocosmética e as plantas de Ayurveda<br />

30 de Setembro de 2017<br />

Fundação do Oriente<br />

Mais informação: www.museudooriente.pt<br />

Workshop<br />

Desenho a carvão<br />

Inicio a 12 de Setembro de 2017<br />

Baixa Chiado—Lisboa<br />

Mais informação: www.nextart.pt<br />

70 CONSCIENTE Setembro


Boas Leituras<br />

A Sociedade dos Sonhadores<br />

Involuntários<br />

José Eduardo Agualusa<br />

O jornalista angolano Daniel Benchimol sonha com pessoas que não conhece. Moira<br />

Fernandes,<br />

artista plástica moçambicana, radicada em Cape Town, encena e fotografa os próprios sonhos. Hélio de Castro, neurocientista brasileiro,<br />

filma-os. Hossi Kaley, hoteleiro, antigo guerrilheiro, com um passado obscuro e violento, tem com os sonhos uma relação ainda mais<br />

estranha e misteriosa. Os sonhos juntam estas quatro personagens num país dominado por um regime totalitário à beira da completa<br />

desagregação. A Sociedade dos Sonhadores Involuntários é uma fábula política, satírica e divertida, que desafia e questiona a natureza da<br />

realidade, ao mesmo tempo que defende a reabilitação do sonho enquanto instrumento da consciência e da transformação. .......<br />

Edição/Reimpressão: 2017<br />

Páginas: 208<br />

Editor: Quetzal Editores<br />

15,93 €<br />

Á Flor da Pele<br />

Pucci Romano<br />

Se os olhos são o espelho da alma (e o intestino é o segundo cérebro!), a pele é a superfície<br />

que revela o estado de saúde de todo o organismo. É o maior órgão do corpo humano, e<br />

cresce e desenvolve-se connosco. Mas é muito mais do que um simples "invólucro", como a<br />

medicina tradicional o vinha tratando até há pouco tempo. Descobertas recentes apontam<br />

para a importância da saúde da pele para o equilíbrio do organismo como um todo - e o<br />

potencial de diagnóstico deste órgão que é o maior que temos!<br />

Edição/Reimpressão: 2017<br />

Páginas: 264<br />

Editor: Pergaminho<br />

16,60€<br />

Outras Sugestões:<br />

Cérebro de Farinha - Kristin Perlmuter, David Perlmuter<br />

Farmácia em Casa - Dr. Pedro Andrez<br />

Biochá - Zélia Zakai<br />

Viagem ao Sonho Americano - Isabel Lucas<br />

Enciclopédia do Inexplicável - Judy Allen<br />

Setembro CONSCIENTE 71


CAMINHOS A DESCOBRIR<br />

LAGOA DAS FURNAS<br />

A Lagoa das Furnas é uma lagoa portuguesa, localizada na Ilha de São Miguel, Açores. De formação<br />

vulcânica está rodeada de vegetação impar, tipica açoreana e apresenta uma ligação tambem singular<br />

vulcanica, muito conhecida através das caldeiras de águas ferventes, nas quais se cozinham os<br />

tradiocionais cozidos à portuguesa. A não perder!<br />

72 CONSCIENTE Setembro


QUER SABER SE....<br />

Gosta da<br />

ROTINA ?<br />

1.Repito os mesmos menus<br />

Sempre Muitas Vezes Ás Vezes<br />

2.Quando escolho um livro, tenho tendência a ir para os mesmos temas<br />

Sempre Muitas Vezes Ás Vezes<br />

3.Prefiro ver um único tipo de filmes (ação, comédia, ficção científica...)<br />

Sempre Muitas Vezes Ás Vezes<br />

4.Compro a mesma marca de carro<br />

Sempre Muitas Vezes Ás Vezes<br />

5.Vou à mesma padaria<br />

Sempre Muitas Vezes Ás Vezes<br />

6.Compro a mesma marca de champôo<br />

Sempre Muitas Vezes Ás Vezes<br />

7.Compro o mesmo vinho quando tenho convidados<br />

Sempre Muitas Vezes Ás Vezes<br />

RESULTADOS<br />

Setembro CONSCIENTE 73


A MAIORIA DAS SUAS RESPOSTAS—ÀS VEZES<br />

Gosta de surpresas ainda que procure o apoio de certos hábitos<br />

A MAIORIA DAS RESPOSTAS— MUITAS VEZES<br />

Certo receio do desconhecido leva a que tenha tendência para previligiar os hábitos e afastar as<br />

situações de aprendizagem<br />

A MAIORIA DAS RESPOSTAS—SEMPRE<br />

Não gosta de ser confrontada com a variedade. Tenha cuidado, porque põe a sua memória em<br />

perigo: sendo pouco estimulada, ela só raramente funciona<br />

Alguns estratagemas para evitar a<br />

rotina:<br />

Se costuma ir à compras sempre pelo mesmo caminho, escolha<br />

outro, mesmo que seja mais longo<br />

Se os pratos que costuma comer têm sempre o mesmo gosto,<br />

experimente a cozinha exótica. Há óptimos livros de receitas para o<br />

efeito.<br />

Se gosta de café, mude de marca e descubra outros aromas<br />

Se ouve sempre o mesmo estilo de música, não mude forçosamente<br />

mas parta à descoberta de novos compositores e intérpretes que lhe<br />

podem reservar boas surpresas!<br />

Se gosta de ler, descubra novos autores<br />

Se frequenta uma biblioteca, aproveite para explorar um tema novo<br />

por mês<br />

Aventure-se a aprender uma nova língua, apoiando-se num método<br />

recente e prático, não se culpabilize.<br />

Mas se não tiver realmente vontade de se lançar em novas

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