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consciente_Setembro2017

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85% dos portugueses com<br />

mais de 35 anos têm<br />

alterações nos pés<br />

Consulta de podologia existe em doze hospitais públicos mas deve ser alargada<br />

LPM Comunicação<br />

S o f i a A g u i a r<br />

T e l . 2 1 8 5 0 8 1 1 0 / 9 6 2 1 1 6 0 3 3 ::<br />

s o f i a a g u i a r @ l p m c o m . p t<br />

De acordo com um estudo recente realizado pela<br />

Associação Portuguesa de Podologia (APP), 85% da<br />

população com idade superior a 35 anos, apresenta<br />

alguma alteração nos pés. Este alerta surge no âmbito do<br />

Dia do Podologista, assinalado a 8 de julho, e pretende<br />

sensibilizar para a importância de vigiar a saúde dos pés<br />

e recorrer a uma consulta de podologia, quando surgem<br />

os primeiros sintomas. Manuel Azevedo Portela,<br />

presidente da APP salienta que “São doze os hospitais<br />

públicos nacionais que têm consulta de podologia. A<br />

contratação de podologistas no Serviço Nacional de<br />

Saúde está direcionada para o pé diabético, mas é<br />

necessário que a consulta seja transversal, de forma a<br />

garantir que todos os doentes possam usufruir de<br />

tratamentos podológicos especializados. Prevê-se um<br />

aumento do número de vagas para o Serviço Nacional de<br />

Saúde, a verificar por mais dois concursos abertos, a<br />

decorrer em duas novas unidades hospitalares”. O pé<br />

diabético é a patologia mais complicada, sendo a<br />

principal causa de amputação da extremidade inferior.<br />

Estima-se que 15% dos doentes diabéticos desenvolvem<br />

úlceras nos membros inferiores ao longo dos anos e que<br />

85% das amputações são provocadas por esse tipo lesões.<br />

As calosidades, os joanetes e as onicopatias (infeções nas<br />

unhas) são as alterações mais comuns nos pés. Manuel<br />

Azevedo Portela acrescenta que “o sexo feminino é o que<br />

mais sofre com problemas nesta zona do corpo tão<br />

subvalorizada. Após os 60 anos de idade, regista-se uma<br />

prevalência de 70% das doenças osteoarticulares nos<br />

pés”. Os nossos pés tendem a alongar e a alargar à<br />

medida que envelhecemos. “Temos de estar <strong>consciente</strong>s<br />

dessa alteração e adaptar o tamanho do calçado com o<br />

passar dos anos, para evitar deformações nos dedos o<br />

prevenir os dolorosos e inestéticos calos. É a partir dos<br />

50 anos que começam a surgir as primeiras queixas de<br />

problemas nos pés. Para evitar esta situação, há quem<br />

recomende a utilização de calçado com um tamanho<br />

superior ao pé, em cerca de 2 cm” remata o presidente da<br />

APP e professor adjunto do Instituto Politécnico de<br />

Saúde do Norte (IPSN-CESPU) .<br />

Sobre a Podologia<br />

A podologia é a mais recente profissão das ciências da<br />

saúde em Portugal, reconhecida pelo Governo Português<br />

através da Lei 65/ 2014, que atribui competências de<br />

diagnóstico e tratamento das doenças dos pés que, até<br />

agora, estavam apenas ao alcance de algumas<br />

especialidades médicas. O domínio das funções do pé, da<br />

patologia, diagnóstico e tratamento individualizado,<br />

realizado por profissionais de saúde altamente<br />

especializados, é uma mais-valia para o doente e uma<br />

segurança para a saúde pública. A intervenção dos<br />

podologistas passa pela investigação, estudo, prevenção,<br />

diagnóstico e tratamento das doenças dos pés. A<br />

abrangência de formação desses profissionais permite-lhes<br />

intervir ao nível clínico, participar em projetos de<br />

investigação nos sectores do têxtil e calçado, indústria<br />

farmacêutica e na área da saúde.<br />

Setembro CONSCIENTE 49

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