consciente_Setembro2017
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Não devemos atribuir aos nossos medos o poder de<br />
nos paralisarem, de condicionarem a nossa vida, o<br />
medo pode ser gerido, enfrentado, e, muitas vezes,<br />
usado a nosso favor.<br />
O medo e a ansiedade<br />
Tanto na linguagem do quotidiano como na da<br />
psicologia e das neurociências, o medo e a<br />
ansiedade são sistematicamente mencionados,<br />
sendo importante compreender o modo como se<br />
relacionam. De acordo com as teorias<br />
contemporâneas, o medo é descrito como uma<br />
emoção básica, transversal a todos os indivíduos,<br />
etnias e culturas, que tem como função primária<br />
lidar com um contexto imediato de ameaça, estando<br />
associado a um conjunto específico de sintomas<br />
fisiológicos e a uma expressão facial universal. Trata<br />
-se de uma resposta emocional automática, mais<br />
rápida que o pensamento <strong>consciente</strong>, um reflexo<br />
involuntário. Quando nos sentimos assustados a<br />
nossa mente prepara-nos para responder à ameaça,<br />
existindo um pico na libertação de adrenalina, e,<br />
subsequentemente, um aumento do fluxo sanguíneo<br />
nos músculos, que nos mobiliza para ação, focandonos<br />
na ameaça. Geralmente, a resposta emocional<br />
de medo é pouco duradoura, extinguindo-se quando<br />
(cont.)<br />
‘....Não devemos atribuir<br />
aos nossos medos o poder<br />
de nos paralisarem, de<br />
condicionarem a nossa<br />
vida, o medo pode ser<br />
gerido...’<br />
Setembro CONSCIENTE 61