Boletim Setcepar
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O impacto dos reajustes<br />
dos combustíveis no TRC<br />
OPINIÃO<br />
Por Marcos Battistella,<br />
Presidente do <strong>Setcepar</strong><br />
Os constantes reajustes no preço dos combustíveis, especialmente<br />
do diesel, estão gerando grandes prejuízos para as<br />
empresas de transporte de carga, como a dificuldade na negociação<br />
do frete.<br />
O setor de transportes já vem se sentindo sufocado há algum<br />
tempo com aumento de impostos e diminuição do lucro, prejudicando<br />
a permanência de muitos profissionais da área no mercado.<br />
Além da subtração de renda, as transportadoras se veem<br />
obrigadas a manter o valor do frete, mesmo depois do reajuste,<br />
o que dificulta o suprimento de despesas. Hoje o custo do<br />
combustível corresponde a 40% do valor do frete. Dessa forma,<br />
o governo joga areia em cima de quem está contribuindo para a<br />
retomada da economia.<br />
Qualquer reajuste adicional no combustível tem um impacto<br />
direto na inflação e nos custos de quase toda a cadeia produtiva.<br />
Com isso, produtos de primeira necessidade, como farinha,<br />
arroz e feijão, por exemplo, sofrem o maior impacto final, prejudicando<br />
o consumidor. O aumento afeta não somente o consumidor<br />
final, mas todos os setores da sociedade, principalmente<br />
o de transporte de carga, um dos que mais tem ajudado o<br />
Produto Interno Bruto (PIB) a crescer.<br />
Infelizmente, com a política da Petrobras de revisar os preços<br />
dos combustíveis mensalmente de acordo com o mercado<br />
internacional, as empresas vão precisar rever a mecânica de<br />
negociação com os clientes. Será preciso estudar uma fórmula<br />
de repasse automático. As negociações serão de cada empresa<br />
com seus clientes.<br />
É importante que as empresas encontrem a melhor solução<br />
para manter os custos do frete em níveis razoáveis, levando em<br />
consideração o peso real da mercadoria, o valor da nota fiscal e<br />
os locais de origem e destino. Ao valor final é necessário que<br />
sejam acrescidas taxas como frete-peso, ad valorem, taxa de<br />
gerenciamento de risco (GRIS), taxa de administração das<br />
Secretarias de Fazenda (TAS), taxa de restrição ao trânsito<br />
(TRT), despesas administrativas e de terminais (DAT), seguro,<br />
pedágio e tributos, como o Imposto de Circulação de Mercadorias<br />
e Serviços (ICMS), além de taxas adicionais conhecidas<br />
como generalidades, tais como a dificuldade de acesso ou a<br />
estocagem temporária no terminal de cargas.<br />
Para o embarcador, é essencial escolher uma empresa de<br />
transporte que disponha do conhecimento necessário para fazer<br />
os levantamentos dos detalhes que gerem economias maiores.<br />
De qualquer forma, tudo isso é mais um complicador para um<br />
setor que vive enfrentando desafios.<br />
SÓCIOS MANTENEDORES<br />
MASTER<br />
PREMIUM<br />
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